a aula aborda a concepção dos disgnósticos de enfermagem pela Nanda International, demonstrando o processo de elaboração da taxonomia da enfermagem. faz ainda um apanhado dos principais (mas não todos, é claro) diagnósticos de enfermagem encontrados em portadores de transtornos mentais.
1. O DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
EM SAÚDE MENTAL
Prof. Me. Enf.º Aroldo Gavioli
2. NANDA: NORTH AMERICAN
NURSING DIAGNOSIS
ASSOCIATION
• NANDA Internacional existe
para desenvolver, refinar e
promover a terminologia
que reflete com precisão os
julgamentos clínicos dos
enfermeiros.
• Baseia-se exclusivamente em
evidências e inclui as dimensões
sociais, psicológicas
e espirituais de cuidados
(NANDA-I, 2009).
Assim a associação
descreve o seu propósito:
3. IMPORTÂNCIA DA PADRONIZAÇÃO
Durante as aulas de saúde mental iremos usar a nomenclatura da
Taxonomia de diagnósticos de enfermagem adotados pela NANDA
Padronização das ações de enfermagem e suas terminologias comuns é
importante para a prestação de cuidados consistentes ao longo do tempo, entre
enfermeiros, através de turnos, e mesmo entre diferentes unidades de saúde e
prestação de cuidados.
5. COMPONENTES ESSENCIAIS DOS
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM:
FORMATO PES
• Exemplo: risco de
confusão aguda
relacionado a síndrome
de abstinência alcoólica,
evidenciado por ideação
delirante persecutória
As três partes são combinadas
em uma declaração
através da utilização de
"palavras de ligação.“
O diagnóstico seria escrito
desta forma: Problema (ou
questão de interesse)
"Relacionadas com" etiologia
"evidenciado por" sinais e
sintomas (caracteristicas
definidoras).
6. COMPONENTES ESSENCIAIS DOS
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM:
FORMATO PES
• Pode ser identificado como a resposta humana aos
problemas de saúde reais ou potenciais avaliadas pelo
enfermeiro.
PROBLEMA
• Pode ser representada por experiências passadas do
indivíduo, influências genéticas, fatores ambientais
atuais ou alterações fisiopatológicas.
ETIOLOGIA
• Descrevem o que o cliente diz e o que o enfermeiro
observa e que indicam a existência de um problema
particular.
SINAIS OU SINTOMAS
(CARACTERÍSTICAS
DEFINIDADORAS)
BASE DO
PLANEJAMENTO
DO CUIDADO
7. PARA OS DIAGNÓTICOS MÉDICOS
CID 10 CapítuloVTranstornos mentais e
comportamentais (F00-F99)
Algumas
definições
da DSM IV:
Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders, Fourth Edition,Text Revision (DSM-
IV-TR,APA, 2000).
8. ENFERMAGEM
“Enfermagem é a proteção, promoção e
otimização da saúde e competências, prevenção
de doenças e lesões, alívio do sofrimento
através do diagnóstico e tratamento da resposta
humana, e apoio dado no cuidado dos
indivíduos, famílias, comunidades, e
populações” (ANA, 2010, p. 10).
9. PROCESSO DE ENFERMAGEM: UM PASSO
PARA O PROFISSIONALISMO
O PE é identificado como a “metodologia Cientifica do cuidado de Enfermagem”
Composto de Fases ou passos.
• Um banco de dados
sobre o cliente
histórico
• Identificação das
necessidades de
saúde e objetivos do
cuidado
Diagnóstico
• Estabelece critérios
de medidas dos
objetivos alcançados
Prognóstico
• Estabelece as
estratégias de
alcançar os
objetivos de
cuidado
planejamento
• Realizando as ações
necessárias para o
alcance dos
objetivos
implementação
• Registrando e
determinando como
e quais objetivos do
cuidado foram
alcançados
evolução
10. Marco referencial sistemático
para a tomada de decisão e e
resolução de problemas na
assistência de enfermagem.
• Processo dinâmico.
Processo de
enfermagem
(RE)Histórico
diagnóstico
Prognóstico
planejamento
implementação
evolução
11. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Parte integral do processo de enfermagem
Identificação de respostas humanas para o
problema de Saúde atual e potencial
Privativo do Enfermeiro
Responsabilidade legal do Enfermeiro
Fornece a base para prescrições de intervenções
específicas
12. MAPA CONCEITUAL DO
PROCESSO DE ENFERMAGEM
EM SAÚDE MENTAL
Diagnóstico
médico
Sinais e
sintomas
Diagnósticos
de enfermagem
Ações de
enfermagem
Resultados
medicação
14. DOMÍNIO 1 – PROMOÇÃO DE SAÚDE
Atividade de recreação deficiente.
Autocontrole ineficaz da saúde.
Comportamento de saúde propenso a risco.
Controle familiar ineficaz do regime terapêutico.
Manutenção ineficaz da saúde.
15. AUTOCONTROLE INEFICAZ DA SAÚDE.
(APLICANDO O PES)
Definição: Padrão da regulação e integração à vida diária de um regime terapêutico para o
tratamento de doenças e suas sequelas que é insatisfatório para alcanças as
metas especificas.
Caraterísticas
definidoras:
Escolhas da vida diária ineficazes para atingir metas de saúde.
Expressão do desejo de controlar a doença.
Expressão de dificuldade com os regimes prescritos.
Falha de agir para reduzir fatores de risco.
Falha em incluir regimes de tratamento à vida diária
16. AUTOCONTROLE INEFICAZ DA SAÚDE.
(APLICANDO O PES)
Fatores relacionados:
• Barreiras percebidas.
• Benefícios percebidos.
• Complexidade do regime terapêutico.
• Complexidade do sistema de atendimento
a saúde.
• Conflito familiar.
• Conflitos de decisão.
• Déficit de apoio social.
• Déficit de conhecimento
cont. – fatores relacionado
• Demandas excessivas (p. ex., individuais,
familiares)
• Dificuldades econômicas.
• Gravidade percebida.
• Impotência.
• Número inadequado de indícios á ação.
• Padrões familiares de cuidados de saúde.
• Regime.
• Suscetibilidade percebida
17. EXEMPLO
AUTOCONTROLE INEFICAZ DA SAÚDE.
(APLICANDO O PES)
• O paciente não utiliza a medicação antipsicóticas pelo processo de negação em
reconhecer-se doente. Permaneceu internado por 20 dias e obteve remissão
completa da sintomatologia positiva e negativa e ao sair de alta hospitalar
recebe uma receita de antipsicóticos de última geração, porem a família não
tem condições de adquirir. O paciente para o uso e reagudiza em um novo
surto psicótico, sendo levado novamente a emergência psiquiátrica.
• Autocontrole ineficaz do regime terapêutico relacionado a falta do uso
de medicação prescrita evidenciado por reagudização (quantas vezes?) de
estado psicótico.
18. DOMÍNIO 2: NUTRIÇÃO
Nutrição desequilibrada: mais do que as necessidade corporais.
Deglutição prejudicada.
Nutrição desiquilibrada: menos que as necessidades corporais.
Risco de nutrição desequilibrada.
Risco de desequilíbrio eletrolítico.
22. DOMÍNIO 6 - AUTOPERCEPÇÃO
Desesperança.
Risco de dignidade humana comprometida.
Distúrbio de identidade pessoal.
Risco de solidão.
Baixa autoestima crônica.
Distúrbio da imagem corporal
23. DOMÍNIO 7: PAPÉIS E
RELACIONAMENTOS
Risco de paternidade ou maternidade prejudicada.
paternidade ou maternidade prejudicada.
Processos familiares disfuncionais.
Interação social prejudicada.
Relacionamento ineficaz.
24. DOMÍNIO 8 - SEXUALIDADE
Disfunção sexual.
Padrão de sexualidade ineficaz.
Processo de criação de filhos ineficaz.
26. DOMÍNIO 10: PRINCÍPIOS DA VIDA
Conflito de decisão.
Falta de adesão.
Sofrimento espiritual.
Sofrimento moral.
27. DOMÍNIO 11: SEGURANÇA PROTEÇÃO
Risco de lesão.
Risco de quedas.
Automutilação.
Risco de suicídio.
Risco de violência dirigida a si mesmo.
Risco de violência dirigida a outros.
Hipertermia.
30. REFERÊNCIAS
• NANDA international. Diagnósticos de enfermagem da Nanda internationa:
definições e classificação 2012-2014. HerdmanT. H. [organizadora]. Porto
Alegre: Artmed, 2013.
• BULECHECK. G. M., BUTCHER. H. K., DOCHTERMAN. J. M. Classificação das
intervenções de enfermagem – tradução da 5ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier,
2010.
• TOWNSEND. M. C. Nursing diagnoses in psyquiatric nursing: care plan and
psycotropic medications – eigth edition. Philadelphia, PA: F.A. Davis Company,
2011.