O documento apresenta um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen intitulado "Poema-Fundo do mar". A professora Vanessa Gonçalves analisa o poema, discutindo o número de estrofes, versos, métrica, rima e escolhendo uma imagem ilustrativa do fundo do mar.
3. Sophia de Mello Breyner A.
Sophia Andresen nasceu a 6 de Novembro de 1919 e
faleceu a 2 de Julho de 2004 (84 anos).
Era uma das mais importantes poetisas portuguesas do
século XX.
Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais
importante galão literário, o Prémio Camões, em 1999.
Vanessa Gonçalves
4. Poema-Fundo do mar
No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.
Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.
Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.
Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.
Vanessa Gonçalves
de Sophia de Mello Breyner
6. Numero de estrofes
No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
1º TERCETO
E os animais são flores.
Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.
Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.
2º NONA
3º DÍSTICO
Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.
Vanessa Gonçalves
4º DISTICO
7. Numero de versos
1.
2.
3.
No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.
13.
14.
Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.
15.
16.
Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.
Vanessa Gonçalves
9. Rima
No fundo do mar há brancos pavores, A
Onde as plantas são animais B
E os animais são flores. A
Mundo silencioso que não atinge C
A agitação das ondas. D
Abrem-se rindo conchas redondas, D
Baloiça o cavalo-marinho. E
Um polvo avança F
No desalinho E
Dos seus mil braços, G
Uma flor dança, F
Sem ruído vibram os espaços. G
Sobre a areia o tempo poisa H
Leve como um lenço. I
Mas por mais bela que seja cada coisa H
Tem um monstro em si suspenso. I
Vanessa Gonçalves