2. Pressupostos Relevantes:
Muito se comenta que há diferentes princípios, formas e processos de
observação que poderiam ajudar no ensino de crianças especiais.
Quanto mais conhecimento o professor tem acerca do estudante, maior é a
adequação de suas propostas de ensino e a sua segurança para promover
o desenvolvimento de seus alunos.
(BIRKENSHAW-FLEMING apud JOLY, 1993, p. 80).
3. Pressupostos Relevantes:
É necessário investigar a utilização de determinados
procedimentos e estratégias em educação musical no universo da educação
inclusiva, através de uma metodologia envolvendo jogos e brincadeiras, os
quais proporcionam de maneira prazerosa, o desenvolvimento cognitivo
musical e corporal dos sujeitos inseridos no processo.
4. Perguntas:
Há diferença significativa no processo ensino-aprendizagem de música para
alunos com necessidades especiais?
Temos princípios, olhares e propostas específicas para esse grupo
educacional?
De que maneira deve ser concebida a aula de música?
5. Existe uma estreita relação entre música, educação e as pessoas com
necessidades especiais.
Assim, as atividades musicais têm papel importante na formação
e no desenvolvimento do individuo como um todo, justificando sua inclusão no
contexto educacional e social.
Muitas manifestações artísticas, especialmente a música,
aparecem com predominância em relatos de experiências e de pesquisas, como
propulsora de aspectos relacionados com a qualidade de vida e na mudança de
comportamento de pessoas portadoras de necessidades especiais.
6. A rítmica musical: uma experiência a partir de Dalcroze e Orff
O aprendizado da rítmica corporal e instrumental são elementos imprescindíveis
em atividades musicais, do mesmo modo que a criação é importante para que os
alunos possam vivenciar de forma integral as informações e o conhecimento em
música, realizada mediante avaliação continua e formativa.
O ensino de música deve ser construído a partir do fazer musical e da realidade dos
alunos, contemplando seus interesses, preferências e saberes, desenvolvendo
habilidades, atitudes e valores considerados necessários para a formação do
individuo como cidadão.
(DEL BEN; HENTSCHKE, 2002, p. 50).
7. Para Dalcroze e Orff, o ensino da música parte do desenvolvimento rítmico.
Dalcroze coloca a rítmica, como uma linguagem corporal através da qual são
relacionados os ritmos musicais, com papel de destaque na Educação Musical.
Em sua experiência enquanto educador, percebeu que os alunos realizavam a música de forma
mecânica, desprovida de sensibilidade, realizando os ritmos de forma artificial, levando
o autor a criar em 1903 a Eurritmia. Esse método propõe a percepção rítmica através da
sensibilidade, para que se distingam os componentes musicais como dinâmica,
compasso, frase, entre outros. É desenvolvido pela repetição de exercícios e pelos
ritmos naturais do corpo, além de que, aperfeiçoa a memória e enriquece o cérebro.
O registro através do corpo propicia uma fixação profunda e racional da aprendizagem,
por isso é muito importante o aluno vivenciar todas as potencialidades do corpo com
acuidade e concentração, para conseguir compreender e dominar com precisão os
movimentos. (GOULART, 2004, p. 3).
8. Para Orff, a base de seu método é o ritmo da linguagem, a palavra representa a
célula geradora.
O método Orff nos legou três importantes caminhos, a saber:
O primeiro refere-se à descoberta do ritmo da palavra em todo o seu potencial,
o segundo diz respeito ao ritmo no corpo transformando-o num instrumento de
percussão, e por ultimo, o uso do instrumental especifico.
Somamos as estes três pilares, a valorização e o resgate do folclore, presente em
todos os momentos, além da ênfase nos exercícios de criação e improvisação.
9. Por onde começar:
♪ Atividades específicas, com movimentos corporais e os instrumentos de percussão.
♪ Dinâmicas de iniciação rítmica com uma abordagem adequada para familiarizar os
alunos com esses conteúdos.
♪ Atividades que desenvolvam a coordenação motora a partir do som e do silêncio
em música.
♪ Atividades que envolvam o pulso em andamentos lento, moderado e rápido
♪ O canto e a livre expressão corporal
10. Referências:
DEL BEM, L.;HENTSCHKE L. Educação Musical escolar: uma investigação a partir
das concepções de três professoras de música. Revista da ABEM. Porto Alegre, n. 7,
2002, p. 49-57
FONTES, A. A. N. Olha a Bernúncia. In: Anuário de Itajaí. Itajaí: PMI, 1959, p. 155-
156.
GOULART, D. Quatro educadores. Disponível em:
http://www.dianagoulart.pro.br/bibliot/dkos.htm. Acesso em: nov. 2007.
JOLY, I. Z. L. Musica e Educação Especial: uma possibilidade concreta para
promover
o desenvolvimento de indivíduos. Revista Educação. V. 28, N. 2, São Paulo: UFSCar,
2003.