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XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – Vitória – 2015
Iniciação musical com introdução ao violão (IMIV) - Propostas de
atividades para o ensino coletivo de violão para crianças de 07 a 11 anos de
idade
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO
Autor: Mabel Macêdo
e-mail: mabel.macedo@gmail.com
Resumo: O presente trabalho trata-se de um relato de experiência em ensino coletivo de violão
desenvolvido com crianças em um curso de iniciação musical, que tem o objetivo de promover a
aprendizagem musical aplicada diretamente ao instrumento. Foi utilizada a pedagogia dos métodos
ativos, com o intuito de desenvolver a percepção musical dos estudantes. O objetivo principal deste
trabalho é organizar e reunir atividades experimentadas e compilá-las para que sirva de suporte para
professores interessados em trabalhar com esse público. Pode-se notar progressos consideráveis dos
alunos em relação à musicalidade e desenvolvimento de valores sociais como respeito e amizade.
Palavras-chave: Iniciação musical. Violão infantil. Ensino coletivo
Musical Initiation with Introduction to Guitar (IMIV) - Proposals of Activities for the
Collective Teaching Guitar for Children 07-11 Years Old
Abstract: This paper is an experience on guitar’s collective teaching developed with children in
a classes of musical initiation, during 2013, which aims to promote applied learning music directly
to the instrument. The actives pedagogical methods was used, in order to develop the musical
perception of students. The main objective is to organize and gather activities experienced and
compile them to serve as a support for teachers interested in this field of activity. It may be noted
considerable progress of students in relation to the musicianship and development of social values
such as respect and friendship.
Keywords: Musical Initiation. Guitar in Childhood. Collective Teaching.
1. Introdução
O ensino coletivo de instrumentos musicais oferece uma formação musical de
integração e socialização entre os colegas e a comunidade na qual os aprendizes estão inseridos.
Por este motivo, consideramos o ensino coletivo democrático, pois os alunos recebem os
mesmos conteúdos e informações do professor de forma igualitária e simultânea.
Este trabalho trata do ensino coletivo de violão para crianças (na faixa etária de 07
a 11 anos) em um curso de extensão desenvolvido na Escola de Música da Universidade Federal
da Bahia (UFBA). Este curso serve de laboratório para os estudantes da graduação e da pós-
graduação cujos trabalhos de conclusão de curso e de pesquisa se apoiam nas atividades
desenvolvidas e testadas com os alunos. Visa produzir e organizar materiais específicos
(exercícios, jogos musicais, arranjos) para o ensino coletivo de violão destinado a crianças na
faixa etária acima citada, com o intuito de ampliar as possibilidades metodológicas nesta área
XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – Vitória – 2015
da educação musical. Neste artigo, vamos nos deter no projeto Iniciação Musical com
Introdução ao Violão (IMIV) da Escola de Música da UFBA.
2. Ensino Coletivo de Violão para Crianças
O ensino coletivo de violão para crianças de 07 a 11 anos de idade tem como
objetivo principal desenvolver a aprendizagem musical aplicada diretamente ao violão. No
IMIV, as aulas são planejadas de modo que os alunos possam ter a oportunidade de vivenciar
o aprender musical de forma abrangente. Com o objetivo de interiorizar e aprender ao máximo
os ensinamentos da iniciação musical, são trabalhados elementos como apreciação, criação e
execução musical. Dentre os objetivos específicos, estão o desenvolvimento da percepção
musical, a vivência da música, o exercício da escrita e da leitura musical de partituras e cifras,
além da execução de peças em solo e em conjunto.
As aulas são estruturadas para fornecer um ambiente propício e agradável para a
aprendizagem musical. O lúdico está presente na construção e planejamento de todas as aulas,
tendo em vista que é um dos elementos fundamentais para levar o aluno a aprender de uma
forma significativa e prazerosa.
Sabe-se que o professor, no processo do ensino coletivo, deve aprender a lidar com
as diferenças do progresso individual e do tempo de aprendizado entre os alunos. O professor
não precisa “sacrificar” pessoas na turma para mantê-la homogênea, uma vez que, ao diminuir
o ritmo da aula, corre-se o risco de o aluno mais adiantado se desestimular. O ideal é que o
ritmo da aula seja mantido como uma forma de estimular o aluno que apresenta menor
progresso, sempre respeitando suas limitações, até que ele consiga alcançar os demais colegas.
Através do desenvolvimento de tarefas que abranjam diferentes níveis de dificuldades, tais
diferenças podem ser compensadas.
Nas aulas coletivas de violão, todos os alunos trabalham ao mesmo tempo e se
observam conjuntamente. Os atendimentos individuais são flashes sempre direcionados ao
grupo. Por esta razão, o professor precisa estar devidamente preparado para manter o ritmo da
aula, para torná-la dinâmica e prazerosa, a fim de que os alunos se sintam estimulados e capazes
de realizar as atividades propostas pelo professor.
No ensino coletivo de instrumentos musicais a imitação é bastante utilizada como
recurso na execução de exercícios, trechos melódicos e músicas. A partitura, geralmente, não
está presente nas aulas iniciais onde o foco principal para o aprendizado é a imitação e o
desenvolvimento da percepção auditiva.
XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – Vitória – 2015
Em relação ao repertório, Galindo (2000, p. 100) afirma que “devem ser utilizados
temas conhecidos e desconhecidos tanto na música erudita quanto popular, canções folclóricas
brasileiras e de outros países, entre outras possibilidades”. Dessa forma, o aluno tem a
possibilidade de conhecer e executar músicas que, provavelmente, poderia nunca ter a
oportunidade de ouvir. Não deve existir a famosa dicotomia “clássico-popular”. Pode-se,
perfeitamente, grafar na partitura melodias populares, colocando-se letras e cifras, bem como
mostrar acompanhamentos cifrados para peças do repertório tradicional de violão, como
demonstra a Prof.ª Drª Cristina Tourinho (São Paulo, 1998) em trabalho realizado para o Projeto
Guri.
A motivação é considerada um dos aspectos mais importantes na prática do ensino
coletivo, uma vez que oferece ao indivíduo a oportunidade de trocar informações com seus
colegas, de modo a ajudar aos que têm mais dificuldades, tornando-os criativos, participativos
e assíduos às aulas (Cruvinel, 2005).
3. Influências Metodológicas
Dentre os mais destacados educadores musicais, Swanwick e Willems foram
escolhidos para compor o pilar teórico deste trabalho. O conhecimento alcançado através dos
princípios pedagógicos, das abordagens e das estratégias usadas por tais educadores
concorreram para elucidar meus procedimentos.
Para Swanwick (1937-) a educação musical é uma prática contextualizada, que se
baseia em uma relação entre professor, aluno e música, levando em consideração a realidade, a
cultura musical e o meio cultural. Desta forma, o educador deve promover trocas musicais,
buscando encontrar pontos comuns entre os vários tipos de música, para que seu repertório seja
ampliado e, como resultado, possa aprofundar a relação do aluno com a música.
Foi escolhido o modelo C(L)A(S)P (Composição, Literatura, Apreciação,
Técnica/Skill, Execução/Performance) para que os alunos se desenvolvam musicalmente, por
meio das atividades centrais de execução, composição e apreciação musical, apoiados na
literatura e na técnica, como atividades periféricas.
No que se refere à composição, foram feitas combinações de notas dentro de um
estilo sugerido, pequenas variações rítmicas e improvisações no violão, com objetos recicláveis
e com batimentos corporais. A apreciação musical aconteceu através da observação de vídeos,
gravações, execuções de peças ou escalas. A atenção para qualidade do som, fraseado, dinâmica
foi sempre enfatizada. Em relação à performance, os alunos puderam tocar seus instrumentos
musicais e outros instrumentos – objetos recicláveis, o corpo (batimentos corporais) e a própria
XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – Vitória – 2015
voz –, porque no repertório estão peças de música folclórica e popular, que são ensinadas de
forma integral (melodia, acompanhamento e letra). Na técnica, foi trabalhada a capacidade da
leitura musical (tocar lendo uma partitura, seja em notação tradicional ou símbolos de altura e
duração desenvolvidos em classe), desenvolvimento da percepção auditiva (ditados, exercícios
de imitação), postura (como sentar, como posicionar ambas as mãos, sonoridade). Na literatura,
foram abordados aspectos históricos e estilísticos referentes ao compositor, como apoio às
atividades de execução e apreciação.
Para Willems (1890-1978), é fundamental que a criança vivencie os “fatos
musicais” antes de tomar consciência deles e isso é o que caracteriza os métodos ativos de
educação musical. Os métodos ativos propõem que os alunos participem ativamente dos
processos musicais desenvolvidos na sala de aula, processos estes que oferecem ao educando o
contato com diversas dimensões do fazer musical.
Willems aborda os elementos que compõem a música como ritmo, melodia e
harmonia, separadamente. Cada um desses elementos possui uma função específica no
aprendizado musical e assim o faz em toda a sua obra. Ele utiliza a canção como forma de unir
esses três elementos, ritmo, melodia e harmonia. Para Willems a canção é o melhor meio para
iniciar a musicalidade infantil.
Willems propõe exercícios referentes ao movimento do som antes de iniciar o
solfejo e o ditado musical. Usando, dessa forma, a prática da fonomímica (movimento da mão
de acordo com as notas ouvidas, isto é, o gesto tem a ver com a altura do som – grave e agudo),
os educandos podem reproduzir o movimento sonoro com gestos, o que foi muito utilizado
durante as aulas. A leitura musical através de gráficos proporcionais de altura e duração também
foi um dos aspectos amplamente trabalhados neste projeto.
4. Metodologia
As aulas foram planejadas de maneira que os alunos pudessem ter a oportunidade
de vivenciar o aprender musical de forma abrangente, trabalhando vários elementos no que se
refere à apreciação, criação, execução musical, percepção auditiva, atenção e criatividade
conduzindo o aluno a interiorizar e aprender ao máximo os ensinamentos da iniciação musical.
Durante as aulas, foram desenvolvidas atividades como cantar, tocar (pequenas melodias e
acompanhamento) ao violão e em instrumentos de percussão. Também se trabalhou por
imitação, com motivos rítmicos conduzindo o aluno a improvisar dentro de seus limites,
desenvolvendo dessa forma, sua criatividade.
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O trabalho com os alunos tem início com informações básicas sobre o violão, o
nome de suas partes, nomenclatura dos dedos de mão direita e esquerda e a postura que os
estudantes devem utilizar para tocar. Batimentos corporais são trabalhados através da imitação
como também “batidas” ou “levadas” que servem para acompanhamento das canções
trabalhadas em sala de aula. Para execução das canções, são ensinados aos alunos dois acordes
que fazem parte do mesmo campo tonal, onde eles terão que praticar até conseguir fazer a troca
com segurança.
Além disso, durante as aulas, para um melhor desempenho dos estudantes,
exercitou-se a técnica (todo trabalho que serve para alcançar um objetivo musical); a locomoção
(atividades que estimulem o equilíbrio corporal e a coordenação motora); a apreciação (escutar
a si mesmo, aos colegas e às gravações). Na literatura, foram abordados aspectos históricos e
estilísticos referentes ao compositor, como apoio às atividades de execução e apreciação.
A avaliação dos educandos foi feita de forma processual. Os estudantes foram
avaliados a cada aula e a cada atividade, procurou-se estimular também a auto avaliação, além
da avaliação do professor. Dessa forma, propicia-se, um ambiente de trocas entre professor e
estudantes na busca da construção mútua do conhecimento.
5. Resultados obtidos
Durante o ano letivo de 2013, foram notados progressos consideráveis dos alunos
em relação à musicalidade, percepção e desenvolvimento com o instrumento. No que tange ao
violão, os alunos, inicialmente, sentiam muita dificuldade para tocar e cantar ao mesmo tempo,
porém com a vivência, a prática dos acordes e a apreciação das canções, os educandos
progrediram consideravelmente. Ao final do ano, tocaram cinco acordes e acompanharam
canções em vários estilos como: baião, valsa, reggae e samba de roda (canções folclóricas),
além de serem capazes de solar algumas melodias utilizando as três primeiras cordas do violão,
usando a técnica de alternância dos dedos indicador e médio da mão direita.
No decorrer do processo de musicalização, as crianças demonstraram dificuldades
em relação à afinação das notas. Não conseguiam cantar e nem entoar as notas de maneira
afinada, mas por meio das atividades de percepção, solfejo de notas e apreciação de músicas
em sala de aula, constatou-se uma melhora significativa, e elas foram capazes de cantar
pequenas melodias por imitação de maneira afinada, como também de criar exercícios
melódicos para os colegas identificarem.
Uma apresentação coletiva com algumas canções foi realizada, como culminância
do trabalho desenvolvido durante todo o ano. Nesta apresentação, os pais, familiares e
XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – Vitória – 2015
responsáveis se fizeram presentes e também participaram cantando as músicas que foram
executadas por todos os alunos e pelos professores. Ao final, os responsáveis fizeram
comentários sobre o maior interesse das crianças pela música.
Outros aspectos sociais foram observados pelos professores em sala de aula. Os
alunos, em sua grande maioria, iniciaram o curso bastante tímidos, porém com o trabalho
coletivo, no qual ocorre a participação conjunta e a troca de saberes individuais, foi
proporcionada uma melhora gradativa no relacionamento entre o grupo. A cooperação, o
respeito e a solidariedade também foram, naturalmente, desenvolvidos no decorrer do ano
letivo.
6. Conclusão
Pela escassez de material didático e de iniciativas que combinem musicalização
com aprendizagem instrumental para essa faixa-etária, como também a ausência de
metodologias específicas para o ensino de violão para crianças, procurou-se desenvolver um
material com as atividades que foram experimentadas durante o ano de 2013 com os estudantes
do IMIV, visando a oferecer suporte a outros professores para a compreensão de práticas
adequadas ao ensino infantil.
Nota-se que o ensino coletivo de violão para crianças pode ser uma ferramenta de
grande valia para a faixa etária de 07 a 11 anos, uma vez que conduz o aluno a interiorizar e
aprender ao máximo os ensinamentos da iniciação musical no que se refere à apreciação,
criação e execução musical. Todos os alunos, enquanto grupo, podem se socializar, motivar e
tocar para o professor e seus colegas possibilitando que seja trabalhada a autoestima, a amizade,
a tolerância e o respeito em sala de aula.
Referências:
BRITO, Joziely Carmo de. Ensino coletivo de instrumentos de cordas friccionadas:
catalogação crítica. 2010. 128 f. Dissertação (Mestrado em Música) – Programa de Mestrado
Interinstitucional em Música, Universidade Federal da Bahia / Universidade Federal do Pará,
Salvador / Belém, 2010.
CRUVINEL, Flávia. O Ensino do Violão – Estudo de uma metodologia criativa para a infância.
In: Anais do X Encontro Anual da Abem. Uberlândia: 2001.
XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – Vitória – 2015
______. Ensino Coletivo de Instrumentos Musicais: aspectos históricos. In: Anais do I
Encontro Nacional de Ensino Coletivo de Instrumentos Musicais. Goiânia: Escola de
Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás, 2004. p. 76-80.
______. Educação Musical e Transformação Social: uma experiência com o ensino coletivo
de cordas. Goiânia: Instituto Centro-Brasileiro de Cultura, 2005.
FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre
música e educação. São Paulo: Editora UNESP, 2008.
GALINDO, João Maurício. Instrumentos de arco e o ensino coletivo: a construção de um
método. São Paulo: dissertação de mestrado, Escola de Comunicação e Artes, Universidade de
São Paulo, 2000, 180p.
MATEIRO, Teresa; ILARI, Beatriz. Pedagogias em Educação Musical. Curitiba: Editora
IBPEX, 2011.
SWANWICK, Keith. Ensinando Música Musicalmente. Tradução de Alda Oliveira e Cristina
Tourinho. São Paulo: Editora Moderna, 2003.
TOURINHO, Cristina. Ensino coletivo de instrumentos musicais: crenças, mitos, princípios
e um pouco de história. 2007. Disponível In:
http://www.abemeducacaomusical.org.br/Masters/anais2007/Data/html/pdf/art_e/Ensino%20
Coletivo%20de%20Instrumentos%20Musicais%20Ana%20Tourinho.pdf Acesso em: 17 jun.
2013.
______. O Ensino Coletivo de Violão na Educação Básica e em Espaços Alternativos:
utopia ou possibilidade? 2008. Disponível In:
http://pt.scribd.com/doc/102696943/Artigo-Ana-Tourinho Acesso em: 17 jun. 2013.
______. Curso - Materiais e Técnicas para a Aula de Violão em Grupo - São Paulo/SP.
1998. (Curso de curta duração ministrado/Extensão).
XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – Vitória – 2015
WILLEMS, Edgar. As Bases Psicológicas da Educação Musical. Pro-musica Bienne. Suiça,
1970.

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Iniciação musical com introdução ao violão

  • 1. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – Vitória – 2015 Iniciação musical com introdução ao violão (IMIV) - Propostas de atividades para o ensino coletivo de violão para crianças de 07 a 11 anos de idade MODALIDADE: COMUNICAÇÃO Autor: Mabel Macêdo e-mail: mabel.macedo@gmail.com Resumo: O presente trabalho trata-se de um relato de experiência em ensino coletivo de violão desenvolvido com crianças em um curso de iniciação musical, que tem o objetivo de promover a aprendizagem musical aplicada diretamente ao instrumento. Foi utilizada a pedagogia dos métodos ativos, com o intuito de desenvolver a percepção musical dos estudantes. O objetivo principal deste trabalho é organizar e reunir atividades experimentadas e compilá-las para que sirva de suporte para professores interessados em trabalhar com esse público. Pode-se notar progressos consideráveis dos alunos em relação à musicalidade e desenvolvimento de valores sociais como respeito e amizade. Palavras-chave: Iniciação musical. Violão infantil. Ensino coletivo Musical Initiation with Introduction to Guitar (IMIV) - Proposals of Activities for the Collective Teaching Guitar for Children 07-11 Years Old Abstract: This paper is an experience on guitar’s collective teaching developed with children in a classes of musical initiation, during 2013, which aims to promote applied learning music directly to the instrument. The actives pedagogical methods was used, in order to develop the musical perception of students. The main objective is to organize and gather activities experienced and compile them to serve as a support for teachers interested in this field of activity. It may be noted considerable progress of students in relation to the musicianship and development of social values such as respect and friendship. Keywords: Musical Initiation. Guitar in Childhood. Collective Teaching. 1. Introdução O ensino coletivo de instrumentos musicais oferece uma formação musical de integração e socialização entre os colegas e a comunidade na qual os aprendizes estão inseridos. Por este motivo, consideramos o ensino coletivo democrático, pois os alunos recebem os mesmos conteúdos e informações do professor de forma igualitária e simultânea. Este trabalho trata do ensino coletivo de violão para crianças (na faixa etária de 07 a 11 anos) em um curso de extensão desenvolvido na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Este curso serve de laboratório para os estudantes da graduação e da pós- graduação cujos trabalhos de conclusão de curso e de pesquisa se apoiam nas atividades desenvolvidas e testadas com os alunos. Visa produzir e organizar materiais específicos (exercícios, jogos musicais, arranjos) para o ensino coletivo de violão destinado a crianças na faixa etária acima citada, com o intuito de ampliar as possibilidades metodológicas nesta área
  • 2. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – Vitória – 2015 da educação musical. Neste artigo, vamos nos deter no projeto Iniciação Musical com Introdução ao Violão (IMIV) da Escola de Música da UFBA. 2. Ensino Coletivo de Violão para Crianças O ensino coletivo de violão para crianças de 07 a 11 anos de idade tem como objetivo principal desenvolver a aprendizagem musical aplicada diretamente ao violão. No IMIV, as aulas são planejadas de modo que os alunos possam ter a oportunidade de vivenciar o aprender musical de forma abrangente. Com o objetivo de interiorizar e aprender ao máximo os ensinamentos da iniciação musical, são trabalhados elementos como apreciação, criação e execução musical. Dentre os objetivos específicos, estão o desenvolvimento da percepção musical, a vivência da música, o exercício da escrita e da leitura musical de partituras e cifras, além da execução de peças em solo e em conjunto. As aulas são estruturadas para fornecer um ambiente propício e agradável para a aprendizagem musical. O lúdico está presente na construção e planejamento de todas as aulas, tendo em vista que é um dos elementos fundamentais para levar o aluno a aprender de uma forma significativa e prazerosa. Sabe-se que o professor, no processo do ensino coletivo, deve aprender a lidar com as diferenças do progresso individual e do tempo de aprendizado entre os alunos. O professor não precisa “sacrificar” pessoas na turma para mantê-la homogênea, uma vez que, ao diminuir o ritmo da aula, corre-se o risco de o aluno mais adiantado se desestimular. O ideal é que o ritmo da aula seja mantido como uma forma de estimular o aluno que apresenta menor progresso, sempre respeitando suas limitações, até que ele consiga alcançar os demais colegas. Através do desenvolvimento de tarefas que abranjam diferentes níveis de dificuldades, tais diferenças podem ser compensadas. Nas aulas coletivas de violão, todos os alunos trabalham ao mesmo tempo e se observam conjuntamente. Os atendimentos individuais são flashes sempre direcionados ao grupo. Por esta razão, o professor precisa estar devidamente preparado para manter o ritmo da aula, para torná-la dinâmica e prazerosa, a fim de que os alunos se sintam estimulados e capazes de realizar as atividades propostas pelo professor. No ensino coletivo de instrumentos musicais a imitação é bastante utilizada como recurso na execução de exercícios, trechos melódicos e músicas. A partitura, geralmente, não está presente nas aulas iniciais onde o foco principal para o aprendizado é a imitação e o desenvolvimento da percepção auditiva.
  • 3. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – Vitória – 2015 Em relação ao repertório, Galindo (2000, p. 100) afirma que “devem ser utilizados temas conhecidos e desconhecidos tanto na música erudita quanto popular, canções folclóricas brasileiras e de outros países, entre outras possibilidades”. Dessa forma, o aluno tem a possibilidade de conhecer e executar músicas que, provavelmente, poderia nunca ter a oportunidade de ouvir. Não deve existir a famosa dicotomia “clássico-popular”. Pode-se, perfeitamente, grafar na partitura melodias populares, colocando-se letras e cifras, bem como mostrar acompanhamentos cifrados para peças do repertório tradicional de violão, como demonstra a Prof.ª Drª Cristina Tourinho (São Paulo, 1998) em trabalho realizado para o Projeto Guri. A motivação é considerada um dos aspectos mais importantes na prática do ensino coletivo, uma vez que oferece ao indivíduo a oportunidade de trocar informações com seus colegas, de modo a ajudar aos que têm mais dificuldades, tornando-os criativos, participativos e assíduos às aulas (Cruvinel, 2005). 3. Influências Metodológicas Dentre os mais destacados educadores musicais, Swanwick e Willems foram escolhidos para compor o pilar teórico deste trabalho. O conhecimento alcançado através dos princípios pedagógicos, das abordagens e das estratégias usadas por tais educadores concorreram para elucidar meus procedimentos. Para Swanwick (1937-) a educação musical é uma prática contextualizada, que se baseia em uma relação entre professor, aluno e música, levando em consideração a realidade, a cultura musical e o meio cultural. Desta forma, o educador deve promover trocas musicais, buscando encontrar pontos comuns entre os vários tipos de música, para que seu repertório seja ampliado e, como resultado, possa aprofundar a relação do aluno com a música. Foi escolhido o modelo C(L)A(S)P (Composição, Literatura, Apreciação, Técnica/Skill, Execução/Performance) para que os alunos se desenvolvam musicalmente, por meio das atividades centrais de execução, composição e apreciação musical, apoiados na literatura e na técnica, como atividades periféricas. No que se refere à composição, foram feitas combinações de notas dentro de um estilo sugerido, pequenas variações rítmicas e improvisações no violão, com objetos recicláveis e com batimentos corporais. A apreciação musical aconteceu através da observação de vídeos, gravações, execuções de peças ou escalas. A atenção para qualidade do som, fraseado, dinâmica foi sempre enfatizada. Em relação à performance, os alunos puderam tocar seus instrumentos musicais e outros instrumentos – objetos recicláveis, o corpo (batimentos corporais) e a própria
  • 4. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – Vitória – 2015 voz –, porque no repertório estão peças de música folclórica e popular, que são ensinadas de forma integral (melodia, acompanhamento e letra). Na técnica, foi trabalhada a capacidade da leitura musical (tocar lendo uma partitura, seja em notação tradicional ou símbolos de altura e duração desenvolvidos em classe), desenvolvimento da percepção auditiva (ditados, exercícios de imitação), postura (como sentar, como posicionar ambas as mãos, sonoridade). Na literatura, foram abordados aspectos históricos e estilísticos referentes ao compositor, como apoio às atividades de execução e apreciação. Para Willems (1890-1978), é fundamental que a criança vivencie os “fatos musicais” antes de tomar consciência deles e isso é o que caracteriza os métodos ativos de educação musical. Os métodos ativos propõem que os alunos participem ativamente dos processos musicais desenvolvidos na sala de aula, processos estes que oferecem ao educando o contato com diversas dimensões do fazer musical. Willems aborda os elementos que compõem a música como ritmo, melodia e harmonia, separadamente. Cada um desses elementos possui uma função específica no aprendizado musical e assim o faz em toda a sua obra. Ele utiliza a canção como forma de unir esses três elementos, ritmo, melodia e harmonia. Para Willems a canção é o melhor meio para iniciar a musicalidade infantil. Willems propõe exercícios referentes ao movimento do som antes de iniciar o solfejo e o ditado musical. Usando, dessa forma, a prática da fonomímica (movimento da mão de acordo com as notas ouvidas, isto é, o gesto tem a ver com a altura do som – grave e agudo), os educandos podem reproduzir o movimento sonoro com gestos, o que foi muito utilizado durante as aulas. A leitura musical através de gráficos proporcionais de altura e duração também foi um dos aspectos amplamente trabalhados neste projeto. 4. Metodologia As aulas foram planejadas de maneira que os alunos pudessem ter a oportunidade de vivenciar o aprender musical de forma abrangente, trabalhando vários elementos no que se refere à apreciação, criação, execução musical, percepção auditiva, atenção e criatividade conduzindo o aluno a interiorizar e aprender ao máximo os ensinamentos da iniciação musical. Durante as aulas, foram desenvolvidas atividades como cantar, tocar (pequenas melodias e acompanhamento) ao violão e em instrumentos de percussão. Também se trabalhou por imitação, com motivos rítmicos conduzindo o aluno a improvisar dentro de seus limites, desenvolvendo dessa forma, sua criatividade.
  • 5. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – Vitória – 2015 O trabalho com os alunos tem início com informações básicas sobre o violão, o nome de suas partes, nomenclatura dos dedos de mão direita e esquerda e a postura que os estudantes devem utilizar para tocar. Batimentos corporais são trabalhados através da imitação como também “batidas” ou “levadas” que servem para acompanhamento das canções trabalhadas em sala de aula. Para execução das canções, são ensinados aos alunos dois acordes que fazem parte do mesmo campo tonal, onde eles terão que praticar até conseguir fazer a troca com segurança. Além disso, durante as aulas, para um melhor desempenho dos estudantes, exercitou-se a técnica (todo trabalho que serve para alcançar um objetivo musical); a locomoção (atividades que estimulem o equilíbrio corporal e a coordenação motora); a apreciação (escutar a si mesmo, aos colegas e às gravações). Na literatura, foram abordados aspectos históricos e estilísticos referentes ao compositor, como apoio às atividades de execução e apreciação. A avaliação dos educandos foi feita de forma processual. Os estudantes foram avaliados a cada aula e a cada atividade, procurou-se estimular também a auto avaliação, além da avaliação do professor. Dessa forma, propicia-se, um ambiente de trocas entre professor e estudantes na busca da construção mútua do conhecimento. 5. Resultados obtidos Durante o ano letivo de 2013, foram notados progressos consideráveis dos alunos em relação à musicalidade, percepção e desenvolvimento com o instrumento. No que tange ao violão, os alunos, inicialmente, sentiam muita dificuldade para tocar e cantar ao mesmo tempo, porém com a vivência, a prática dos acordes e a apreciação das canções, os educandos progrediram consideravelmente. Ao final do ano, tocaram cinco acordes e acompanharam canções em vários estilos como: baião, valsa, reggae e samba de roda (canções folclóricas), além de serem capazes de solar algumas melodias utilizando as três primeiras cordas do violão, usando a técnica de alternância dos dedos indicador e médio da mão direita. No decorrer do processo de musicalização, as crianças demonstraram dificuldades em relação à afinação das notas. Não conseguiam cantar e nem entoar as notas de maneira afinada, mas por meio das atividades de percepção, solfejo de notas e apreciação de músicas em sala de aula, constatou-se uma melhora significativa, e elas foram capazes de cantar pequenas melodias por imitação de maneira afinada, como também de criar exercícios melódicos para os colegas identificarem. Uma apresentação coletiva com algumas canções foi realizada, como culminância do trabalho desenvolvido durante todo o ano. Nesta apresentação, os pais, familiares e
  • 6. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – Vitória – 2015 responsáveis se fizeram presentes e também participaram cantando as músicas que foram executadas por todos os alunos e pelos professores. Ao final, os responsáveis fizeram comentários sobre o maior interesse das crianças pela música. Outros aspectos sociais foram observados pelos professores em sala de aula. Os alunos, em sua grande maioria, iniciaram o curso bastante tímidos, porém com o trabalho coletivo, no qual ocorre a participação conjunta e a troca de saberes individuais, foi proporcionada uma melhora gradativa no relacionamento entre o grupo. A cooperação, o respeito e a solidariedade também foram, naturalmente, desenvolvidos no decorrer do ano letivo. 6. Conclusão Pela escassez de material didático e de iniciativas que combinem musicalização com aprendizagem instrumental para essa faixa-etária, como também a ausência de metodologias específicas para o ensino de violão para crianças, procurou-se desenvolver um material com as atividades que foram experimentadas durante o ano de 2013 com os estudantes do IMIV, visando a oferecer suporte a outros professores para a compreensão de práticas adequadas ao ensino infantil. Nota-se que o ensino coletivo de violão para crianças pode ser uma ferramenta de grande valia para a faixa etária de 07 a 11 anos, uma vez que conduz o aluno a interiorizar e aprender ao máximo os ensinamentos da iniciação musical no que se refere à apreciação, criação e execução musical. Todos os alunos, enquanto grupo, podem se socializar, motivar e tocar para o professor e seus colegas possibilitando que seja trabalhada a autoestima, a amizade, a tolerância e o respeito em sala de aula. Referências: BRITO, Joziely Carmo de. Ensino coletivo de instrumentos de cordas friccionadas: catalogação crítica. 2010. 128 f. Dissertação (Mestrado em Música) – Programa de Mestrado Interinstitucional em Música, Universidade Federal da Bahia / Universidade Federal do Pará, Salvador / Belém, 2010. CRUVINEL, Flávia. O Ensino do Violão – Estudo de uma metodologia criativa para a infância. In: Anais do X Encontro Anual da Abem. Uberlândia: 2001.
  • 7. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – Vitória – 2015 ______. Ensino Coletivo de Instrumentos Musicais: aspectos históricos. In: Anais do I Encontro Nacional de Ensino Coletivo de Instrumentos Musicais. Goiânia: Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás, 2004. p. 76-80. ______. Educação Musical e Transformação Social: uma experiência com o ensino coletivo de cordas. Goiânia: Instituto Centro-Brasileiro de Cultura, 2005. FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. São Paulo: Editora UNESP, 2008. GALINDO, João Maurício. Instrumentos de arco e o ensino coletivo: a construção de um método. São Paulo: dissertação de mestrado, Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, 2000, 180p. MATEIRO, Teresa; ILARI, Beatriz. Pedagogias em Educação Musical. Curitiba: Editora IBPEX, 2011. SWANWICK, Keith. Ensinando Música Musicalmente. Tradução de Alda Oliveira e Cristina Tourinho. São Paulo: Editora Moderna, 2003. TOURINHO, Cristina. Ensino coletivo de instrumentos musicais: crenças, mitos, princípios e um pouco de história. 2007. Disponível In: http://www.abemeducacaomusical.org.br/Masters/anais2007/Data/html/pdf/art_e/Ensino%20 Coletivo%20de%20Instrumentos%20Musicais%20Ana%20Tourinho.pdf Acesso em: 17 jun. 2013. ______. O Ensino Coletivo de Violão na Educação Básica e em Espaços Alternativos: utopia ou possibilidade? 2008. Disponível In: http://pt.scribd.com/doc/102696943/Artigo-Ana-Tourinho Acesso em: 17 jun. 2013. ______. Curso - Materiais e Técnicas para a Aula de Violão em Grupo - São Paulo/SP. 1998. (Curso de curta duração ministrado/Extensão).
  • 8. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – Vitória – 2015 WILLEMS, Edgar. As Bases Psicológicas da Educação Musical. Pro-musica Bienne. Suiça, 1970.