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Andressa Leal Lopes
METODOLOGIA
BÁSICANO
ENSINODA
MÚSICA
COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO E
PREPARAÇÃO DE ORIGINAIS
Ministério de Música e Artes da
Convenção Geral das Igrejas Adventista da Promessa
AUTORA
Andressa Leal Lopes
REVISÃO
Fábio Manfrin
PROJETO GRÁFICO
Agência de Publicidade Imaginare
1ª Edição
Março, 2021.
ÍNDICE
21
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
A inidades e Divergências entre
Musicalidade, Musicalização e
Educação Musical
CAPÍTULO 1 - CONCEITO E
CLASSIFICAÇÃO DE MUSICALIDADE,
MUSICALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO
MUSICAL
Musicalidade
Musicalização
Educação Musical
CAPÍTULO 2 - O QUE A ORIGEM TEM
HAVER COM AS PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS?
Musicalidade
Musicalização
Educação
CONCLUSÃO
REFERÊNCIA
4
6
9
10
11
11
12
13
15
17
7
19
20
APRE
SEN
TAÇÃO
A música faz parte de nosso cotidiano desde
muito cedo. Ainda no ventre, é difıc
́ il imaginar um
bebe, que mesmo por uma única vez, não tenha ouvido
́
amãecantarolarmesmoqueumsó pequenotrechode
umacanção.
Somos bombardeados com música em pratica-
mente todos os lugares que frequentamos, supermer-
cados, elevadores, estabelecimentos, na rua e ainda
em nossos smartphones, conectados, quase que sem-
́
pre,emdiferentesplataformasdemúsicaeaté sociais.
Também já faz parte do senso comum que a
música promove o desenvolvimento de nossas poten-
cialidades criativas, cognitivas, motoras e sensoriais,
com todos os estım
́ ulos contidos em sua prática ou
simplesmenteemsuaapreciação.
No relato bıb
́ lico encontramos indıc
́ ios da exis-
tência musical desde a criação, quando Deus indaga a
Jó sobre sua existência, descrevendo a criação, “quan-
do as estrelas da alva juntas alegremente CANTAVAM,
APRESENTAÇÃO
4
e todos os ilhos de Deus jubilavam? ” (Jó 38:7).
Também servindo como ferramenta de louvor, e até
mesmo,deconsolopelossalmistas,nolivrodeSalmos.
Entendemos que, para os nossos dias, a música é
umaferramentapoderosadeevangelizaçãoparacum-
prirmos o nosso chamado de levar o Evangelho de
Jesus a todas as pessoas (Mt 16:15) no poder do
Espır
́ ito Santo (1Ts 1:5) até que Ele volte. Não se trata
somente de fazer música, mas sim de aplicar o dom,
dadoporDeus,nessamissão.
O projeto TOCANDO VIDAS nasce com a missão
de estreitar a relação entre a mus
́ ica e as pessoas,
começandobemcedo,aindacomascrianças,epromo-
vendo o desenvolvimento de nossos pequenos com a
consciênciadequeaarteé umpresentedadoporDeus
para nós, podendo ser utilizada com ferramenta de
proclamaçãodoEvangelhodeCristo.
Neste primeiro material abordaremos uma visão
segmentada para a compreensão do ensino e desen-
volvimento de uma prática musical efetiva, re letindo
sobre abordagens técnicas em diferentes âmbitos
pedagógicos. As metodologias e re lexões, trazidas
pela professora Andressa Leal, nos ajudarão a encon-
trar caminhos acessıv
́ eis a todos os nıv
́ eis de conheci-
mento musical, proporcionando aos alunos uma evo-
luçãogradativaeaconstruçãodeumabasesólidapara
oprocessodeensinodamúsica.
Fábio Manfrin
Líder Geral do Ministério de Música e Artes
APRESENTAÇÃO
5
IN
TRO
DUÇÃO
INTRODUÇÃO
4
AFINIDADES E DIVERGÊNCIAS ENTRE
MUSICALIDADE, MUSICALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO
MUSICAL
O ensino da música, quando aplicado de forma
correta,é fundamentalemtodasasfasesdavidadoser
humano, pois desenvolve habilidades especı́ icas
como a percepção e memória auditiva, coordenação
ina e grossa, raciocı́nio lógico, memória auditiva,
muscular e espacial, entre outras habilidades do fazer
musical que são desenvolvidas dentro de três grandes
eixosdoensinodamúsicaquesãomusicalidade,musi-
calização e educação musical. Veremos que a única
a inidade é o fato de todas estarem dentro do universo
chamado ensino da música e que as divergências são o
que de ine o inıc
́ io e o im de cada eixo do ensino da
música. Vejamos então, três conceitos fundamentais
paraainiciaçãomusical.
INTRODUÇÃO
Figura 1. Apresentação grá ica dos eixos (LEAL, p. 11).
ENSINO DA MÚSICA
Musicalidade
Musicalização
Educação Musical
7
Ao seguirmos está ótica estaremos contribuindo
para o ensino da música de forma e icaz e compromis-
sada com a evolução do aluno, seja qual for a idade
dele, levando sempre em consideração o inıc
́ io da
vivência musical do aluno, depois, localizando onde o
aluno se encontra no momento e, por im, visando e
direcionandooalunoparaondeelequerchegar.
Nessa perspectiva o aluno desenvolve inúmeras
competências que contribuem na formação da auto-
nomia musical do aluno. Chegará o tempo em que o
aluno de inirá os seus próprios gostos musicais, apti-
dões musicais, escolhas por determinadas alturas,
timbres e gêneros musicais e por im a mais importan-
te que é a motivação pessoal. O aluno motivado é um
alunoquerealizaasatividades,lições,eventosnãopor
obrigação, mas por satisfação pessoal. Esse é o alvo do
ensinonamúsicatornarumalunoemummúsico.
Vejamos do inıc
́ io ao im o processo do ensino da
música, primeiro de inindo o conceito de cada eixo,
sinalizando suas origens e por im, exempli icando
suaspráticas.
INTRODUÇÃO
8
CONCEITO E
CLASSIFICAÇÃO
DE MUSICALIDADE,
MUSICALIZAÇÃO E
EDUCAÇÃO MUSICAL
CAPÍTULO 1
1
As línguas existem para que possamos falar uns com
os outros. [...] Naturalmente, é necessário primeiro
identi icarascoisasdequequeremosfalare,portanto,
designar pessoas, lugares, acontecimentos etc. sobre
os quais vamos nos expressar. Assim, a língua é ao
mesmo tempo um sistema de classi icação e um siste-
madecomunicação.(BASÍLIO,2011,p.5).
Conceito é bom e esclarecedor, por isso Basıl
́ io
destaca a necessidade de primeiro identi icar para
depois falar, expressar sobre algo. E isso que faremos
agora, identi icaremos o que é musicalidade, musicali-
zaçãoeeducaçãomusicaldentrodoensinodamúsica.
MUSICALIDADE
Oprimeiroeixodoensinodamúsicaé amusicali-
dade que consiste, na vivência musical, ou seja, todo e
qualquer contato que o ser-humano já teve com a
música de forma indireta, sem nenhum objetivo a ser
alcançado ou desenvolvido. Cuervo e Maf ioletti
(2018) a irmam que é uma caracterıs
́ tica humana ao
alcancedetodoseporissoovemoscomoomaioreixo.
CAPÍTULO 1
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DE MUSICALIDADE,
MUSICALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO MUSICAL
10
MUSICALIZAÇÃO
O segundo eixo está contido dentro de musicali-
dade, nomeamos de musicalização, é o eixo de transi-
ção e um dos mais importantes, pois traz o inıc
́ io do
processo construtivo da música a partir da vivência
musicalcom inalidadedetornar-sesensıv
́ elamúsica
(PENNA, 1990) e desenvolver habilidades especı́ icas
no que diz respeito à percepção musical sendo elas: o
movimento, audição, sensibilidade, apreciação, criati-
vidade,oritmo,melodia,harmonia.
EDUCAÇÃOMUSICAL
Por im, o terceiro e último eixo que está contido
dentro de musicalização, responsável pelo inıc
́ io de
uma longa jornada no ensino da música nomeamos de
educação musical, cujo papel é aprimorar as habilida-
des adquiridas na musicalização (ABREU, 2011) e
avançando para o desenvolvimento cultural e psico-
motor, estimulando o contato com diferentes lingua-
gens, contribuindo para a sociabilidade e democrati-
zando o acesso à arte (NADAL, 2010), gerando enten-
dimento, raciocın
́ io, re lexão sobre o que se reproduz
ligado ao intérprete de instrumentos musicais ou
cantor ou no fazer musical ligado a criatividade: com-
positor,arranjador,improvisador.
CAPÍTULO 1
11
2
O QUE A ORIGEM
TEM HAVER COM
AS PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS?
CAPÍTULO 2
Assim, antes de classi icá-las, temos que saber de onde
elas vêm e como são formadas. A menor unidade
signi icativa que forma as palavras e dá sentido a elas
é o morfema. É a partir desse conceito que damos
nomes às partes de uma palavra qualquer, seus ele-
mentosmór icos.(OLIVEIRA,2016,p.125).
Origem tem tudo a ver com as práticas, pois é
compreendendo o signi icado desde a sua raiz que se
torna possıv
́ el a contribuição para o ensino da música
de forma e icaz. E isso que faremos agora associare-
mos os signi icados dos morfemas aos seus resultados
napráticapedagógica.
E importante entender que, embora a musicali-
dade seja a primeira dos eixos no ensino da música,
CAPÍTULO 2
13
MUSICALIDADE
Figura 2. Formação da palavra musicalidade
(Baseado em FERREIRA, REBELLO e TIMM, p.8)
MUSIC AL IDADE
raiz do grego
mousiké
indica qualidade,
propriedade ou estado
su ixo latino
ideia de relação;
noção coletiva
isso não signi ica que é um ensino exclusivo de bebês
ou crianças bem pequenas. A musicalidade em seu
morfema AL traz a ideia de uma relação coletiva uma
noçãodetodoserhumanosejaeleaindabebê,criança,
adolescente, adulto ou até mesmo ancião. O su ixo
IDADE por sua vez nos faz entender que a música (mu-
sic,dogregomousiké)já é umaqualidade,umapropri-
edade do ser humano. Isso esclarece o nosso entendi-
mento ao nos despertar para compreender que todos
serhumanoé dealgumaformamusical.
Se não fossemos seres musicais, muitas ações
musicais seriam impossıv
́ eis de se realizar quando
estivéssemos junto a outros seres humanos. Mesmo
saindo da ação mais simples, como por exemplo can-
tar o hino nacional periodicamente na escola, a ação
mais desa iadora, como por exemplo reger uma ópera.
Do contrário vemos ações musicais extraordinárias
entre os seres humanos, por exemplo o canto coral,
des iles de bandas militares, orquestras, balés, musi-
cais,óperas,instrumentistas,regentes.
E por isso que a musicalidade é a primeira no
eixo do ensino da música. Independente da idade, é
nesse eixo que se torna possıv
́ el reunir crianças, ado-
lescentes, adultos, anciões para cantar ou tocar per-
cussões corporais mesmo sem um conhecimento
aprofundado na música. Isto é, mesmo sem saber os
ritmos que está tocando, mesmo sem saber a nota, a
harmonia da canção, mesmo sem saber ler cifra ou
partitura, mesmo sem saber toda a teoria da música é
possıv
́ el se reunir para cantar ou tocar junto dentro do
eixo musicalidade. E por isso que a musicalidade con-
CAPÍTULO 2
14
siste, na vivência musical, ou seja, todo e qualquer
contatoqueoser-humanojá teveoutemcomamúsica
de forma indireta, ou seja, sem nenhum objetivo a ser
alcançado ou desenvolvido, ou seja, sem a pretensão
deaprenderaarteeaciênciadecombinarossons.
CAPÍTULO 2
15
Agora vejamos como se compreende a musicali-
zação, assim como a musicalidade, a musicalização
não é um eixo do ensino da música exclusivo para
criança, e sim, para todo aquele que tem o interesse de
aperfeiçoarsuaspráticasmusicais.
MUSICALIZAÇÃO
Figura 2. Formação da palavra musicalidade
(Baseado em FERREIRA, REBELLO e TIMM, p.8)
MUSIC AL IZA ÇÃO
raiz do grego
mousiké
ação ou
resultado dela
ideia de relação;
noção coletiva
atribuição de qualidade
ou modo de ser
Mais uma vez temos na palavra musicalização o
morfema AL que é a ideia coletiva, mas agora caminha
para outro morfema IZA que atribui uma qualidade ao
modo de ser. Ou seja, eu já era um ser musical agora
quero ter mais qualidade no que faço. Esse é o alvo da
musicalização.
E nesse sentido que a musicalização se torna o
eixo de transição e um dos mais importantes, pois traz
o inıc
́ io do processo construtivo da música, ou seja, a
partir da vivência musical vivida no eixo da musicali-
dade, agora eu passo construir um novo olhar sobre a
música (music, do grego mousiké), pois nesse eixo eu
aprendocoma inalidadedemetornarsensıv
́ elamúsi-
ca. Ou seja, é nesse eixo do ensino da música que o
morfema ÇÃO faz todo sentido, uma ação musical em
buscadoresultadocomqualidadenomododeser.
E por isso que muitas atividades, treinos, ensaios
são feitos nesse eixo do ensino da música. Inclusive a
frase, “a repetição levam a perfeição” é frequentemen-
teusadaparamotivarosestudantesqueestãonamusi-
calização.
E na musicalização que o ser humano passa ser
chamado de aluno, estudante de música. E de fato é
agora que ele irá re letir sobre o comportamento do
som e o silêncio, sobre os atributos do som, sobre a
execução e leitura rıt
́ mica, sobre a percepção do movi-
mento harmônico, sobre a distância que há entre as
notas, sobre a atenção a regência, sobre a memoriza-
ção e execução de melodias curtas ou longas, sobre
perceber pela sensação a harmonia maior e menor,
CAPÍTULO 2
16
CAPÍTULO 2
16
encontrar a tonalidade e cantar dentro do tom... entre
outraspráticasmusicaisdentrodoensinodamúsica.
Oeixodamusicalizaçãopodeserdesa iadorpara
os que possuem poca vivência no eixo da musicalida-
de. Pois, ao se deparar com sensações auditivas novas,
pode não compreender de inıc
́ io e levar um tempo a
mais que outros que tiveram mais vivência a musicali-
dade. E por isso que incentivar todos as práticas músi-
cas mesmo sem entender é de extrema importância. O
seja,estarinseridoemumcantocoral,grupodecoreo-
gra ia, grupos pequenos, ou grandes de cantores e
instrumentistasé enriquecedorparaoensinodamúsi-
ca.
EDUCAÇÃO
Figura 4. Formação da palavra educação
(Baseado em REBELLO e TIMM, p. 8)
E DUC A ÇÃO
préverbio ação ou
resultado dela
raiz latina ato ou efeito de agir
17
Chegamos ao último eixo do ensino da música, a
educação musical. Temos uma raiz totalmente nova
queé DUC(grauzerodaraizlatinaDEUK)quesigni ica
levar, conduzir, guiar, ou seja, “trazer à luz a ideia” ou
iloso icamentefazeroserhumanopassardapotência
ao ato, da virtualidade à realidade. E exatamente esse
ofocodoterceiouocantor,ounofazermusicalligadoa
criatividade:compositor,arranjador,improvisador.
E nessa faze que aluno conquista a sua autono-
mia musical, ele possui educação musical, ou seja, ele
consegue enxergar a música como um material ao
alcance de sua criatividade, de suas competências
técnicas ao ponto de criar, adaptar, reinventar.
Consegue aprender com mas facilidade por toda habi-
lidade desenvolvida ao longo do tempo e muitas das
vezes consegue passar adiante o ensino da música.
Procuraseespecializarnumaáreaespecı́ icamúsica.
E interessante destacar que o ensino da música
não acaba ao chegar no último eixo, pois sempre há
habilidades para se adquirir, desa ios a serem venci-
dos, que o faz durar pra vida toda e uma vez que se
para no ensino da música o aluno passa a regredir nas
habilidades, sensibilidade, é comum ou vir nesses
casos a seguinte frase “a música é ingrata”. E de fato é
uma vez que não é como andar de bicicleta, ou seja,
não importa quanto tempo parou de andar de bicicle-
ta, sempre que monta sabe exatamente como pedalar.
Naeducaçãomusicalseparar,oalunoregridenaquali-
dade, na autonomia de manusear bem a música como
umaferramenta.
CAPÍTULO 2
18
CON
CLU
SÃO
Dada a importância do estudo apresentado e o
uso correto dos termos no processo de ensino-
aprendizagem da música, considera-se necessário
realizaroutrosestudosvoltadospara:
a) prá ticas pedagó gicas que desenvolva a
Musicalidade;
b) prá ticas pedagó gicas que desenvolva a
Musicalização;
c) práticas pedagógicas que desenvolva a educa-
ção musical, estudo especı́ ico do ensino da
música.
CONCLUSÃO
19
REFERÊNCIA
20
ABREU, Tatiana Kelly Deoclides de. Educação Musical. Disponıv
́ el em:
<http://atividadesmusicais.blogspot.com/p/entenda-o-que-e-
educacao-musical.html> Acesso em 24 de outubro de 2019.
CUERVO, Luciane; MAFFIOLETTI, Leda de Albuquerque.
Compreensões sobre musicalidade nos cursos de Pedagogia e
Música: pistas para diversidade cultural no currıc
́ ulo. Porto
Alegre, Educação Unisinos, 22(1):91-100, janeiro-março 2018,
p. 91-100. Disponıv
́ el em:
<http://revistas.unisinos.br/index.php/educacao/article/view
File/edu.2018.221.10/60746124>. Acesso em: 30 de
novembro de 2020.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: o
dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1999. xxxi, 2128. Bibliogra ia: p. 2111-2128. Disponıv
́ el em:
<http://biblioteca.sophia.com.br/5782/index.asp?codigo_soph
ia=37946>. Acesso em: 02 de dezembro de 2020.
LEAL, Andressa. A inidades e divergente entre musicalidade,
musicalização e educação musical. 2020. Monogra ia
(Licenciatura em Música). Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro (UNIRIO) / Instituto Villa-Lobos.
NADAL, Paula. Música será conteúdo obrigatório na educação básica.
Nova Escola, 2010. Disponıv
́ el em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/2897/musica-sera-
conteudo-obrigatorio-na-educacao-
basica?gclid=CjwKCAjwxaXtBRBbEiwAPqPxcM6ILkW5c9YvtQs
GcZ69BPTKMnB2fewSabv7OeruZGDHthOFWAbSOhoCgSEQAv
D_BwE>. Acesso em: 25 de outubro de 2019.
PENNA, Laura. Reavaliações e buscas em musicalização: Musicalização
tema e reavaliações. Edições Loyola. São Paulo, 1990.
REBELLO, L. S.; TIMM, C. Pre ixos e su ixos gregos e latinos: uma
proposta de ensino. Disponıv
́ el em:
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/60667
/000861827.pdf>. Acesso em: 29 de novembro de 2020.

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  • 2. COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO E PREPARAÇÃO DE ORIGINAIS Ministério de Música e Artes da Convenção Geral das Igrejas Adventista da Promessa AUTORA Andressa Leal Lopes REVISÃO Fábio Manfrin PROJETO GRÁFICO Agência de Publicidade Imaginare 1ª Edição Março, 2021.
  • 3. ÍNDICE 21 APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO A inidades e Divergências entre Musicalidade, Musicalização e Educação Musical CAPÍTULO 1 - CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DE MUSICALIDADE, MUSICALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO MUSICAL Musicalidade Musicalização Educação Musical CAPÍTULO 2 - O QUE A ORIGEM TEM HAVER COM AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS? Musicalidade Musicalização Educação CONCLUSÃO REFERÊNCIA 4 6 9 10 11 11 12 13 15 17 7 19 20
  • 4. APRE SEN TAÇÃO A música faz parte de nosso cotidiano desde muito cedo. Ainda no ventre, é difıc ́ il imaginar um bebe, que mesmo por uma única vez, não tenha ouvido ́ amãecantarolarmesmoqueumsó pequenotrechode umacanção. Somos bombardeados com música em pratica- mente todos os lugares que frequentamos, supermer- cados, elevadores, estabelecimentos, na rua e ainda em nossos smartphones, conectados, quase que sem- ́ pre,emdiferentesplataformasdemúsicaeaté sociais. Também já faz parte do senso comum que a música promove o desenvolvimento de nossas poten- cialidades criativas, cognitivas, motoras e sensoriais, com todos os estım ́ ulos contidos em sua prática ou simplesmenteemsuaapreciação. No relato bıb ́ lico encontramos indıc ́ ios da exis- tência musical desde a criação, quando Deus indaga a Jó sobre sua existência, descrevendo a criação, “quan- do as estrelas da alva juntas alegremente CANTAVAM, APRESENTAÇÃO 4
  • 5. e todos os ilhos de Deus jubilavam? ” (Jó 38:7). Também servindo como ferramenta de louvor, e até mesmo,deconsolopelossalmistas,nolivrodeSalmos. Entendemos que, para os nossos dias, a música é umaferramentapoderosadeevangelizaçãoparacum- prirmos o nosso chamado de levar o Evangelho de Jesus a todas as pessoas (Mt 16:15) no poder do Espır ́ ito Santo (1Ts 1:5) até que Ele volte. Não se trata somente de fazer música, mas sim de aplicar o dom, dadoporDeus,nessamissão. O projeto TOCANDO VIDAS nasce com a missão de estreitar a relação entre a mus ́ ica e as pessoas, começandobemcedo,aindacomascrianças,epromo- vendo o desenvolvimento de nossos pequenos com a consciênciadequeaarteé umpresentedadoporDeus para nós, podendo ser utilizada com ferramenta de proclamaçãodoEvangelhodeCristo. Neste primeiro material abordaremos uma visão segmentada para a compreensão do ensino e desen- volvimento de uma prática musical efetiva, re letindo sobre abordagens técnicas em diferentes âmbitos pedagógicos. As metodologias e re lexões, trazidas pela professora Andressa Leal, nos ajudarão a encon- trar caminhos acessıv ́ eis a todos os nıv ́ eis de conheci- mento musical, proporcionando aos alunos uma evo- luçãogradativaeaconstruçãodeumabasesólidapara oprocessodeensinodamúsica. Fábio Manfrin Líder Geral do Ministério de Música e Artes APRESENTAÇÃO 5
  • 7. AFINIDADES E DIVERGÊNCIAS ENTRE MUSICALIDADE, MUSICALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO MUSICAL O ensino da música, quando aplicado de forma correta,é fundamentalemtodasasfasesdavidadoser humano, pois desenvolve habilidades especı́ icas como a percepção e memória auditiva, coordenação ina e grossa, raciocı́nio lógico, memória auditiva, muscular e espacial, entre outras habilidades do fazer musical que são desenvolvidas dentro de três grandes eixosdoensinodamúsicaquesãomusicalidade,musi- calização e educação musical. Veremos que a única a inidade é o fato de todas estarem dentro do universo chamado ensino da música e que as divergências são o que de ine o inıc ́ io e o im de cada eixo do ensino da música. Vejamos então, três conceitos fundamentais paraainiciaçãomusical. INTRODUÇÃO Figura 1. Apresentação grá ica dos eixos (LEAL, p. 11). ENSINO DA MÚSICA Musicalidade Musicalização Educação Musical 7
  • 8. Ao seguirmos está ótica estaremos contribuindo para o ensino da música de forma e icaz e compromis- sada com a evolução do aluno, seja qual for a idade dele, levando sempre em consideração o inıc ́ io da vivência musical do aluno, depois, localizando onde o aluno se encontra no momento e, por im, visando e direcionandooalunoparaondeelequerchegar. Nessa perspectiva o aluno desenvolve inúmeras competências que contribuem na formação da auto- nomia musical do aluno. Chegará o tempo em que o aluno de inirá os seus próprios gostos musicais, apti- dões musicais, escolhas por determinadas alturas, timbres e gêneros musicais e por im a mais importan- te que é a motivação pessoal. O aluno motivado é um alunoquerealizaasatividades,lições,eventosnãopor obrigação, mas por satisfação pessoal. Esse é o alvo do ensinonamúsicatornarumalunoemummúsico. Vejamos do inıc ́ io ao im o processo do ensino da música, primeiro de inindo o conceito de cada eixo, sinalizando suas origens e por im, exempli icando suaspráticas. INTRODUÇÃO 8
  • 10. As línguas existem para que possamos falar uns com os outros. [...] Naturalmente, é necessário primeiro identi icarascoisasdequequeremosfalare,portanto, designar pessoas, lugares, acontecimentos etc. sobre os quais vamos nos expressar. Assim, a língua é ao mesmo tempo um sistema de classi icação e um siste- madecomunicação.(BASÍLIO,2011,p.5). Conceito é bom e esclarecedor, por isso Basıl ́ io destaca a necessidade de primeiro identi icar para depois falar, expressar sobre algo. E isso que faremos agora, identi icaremos o que é musicalidade, musicali- zaçãoeeducaçãomusicaldentrodoensinodamúsica. MUSICALIDADE Oprimeiroeixodoensinodamúsicaé amusicali- dade que consiste, na vivência musical, ou seja, todo e qualquer contato que o ser-humano já teve com a música de forma indireta, sem nenhum objetivo a ser alcançado ou desenvolvido. Cuervo e Maf ioletti (2018) a irmam que é uma caracterıs ́ tica humana ao alcancedetodoseporissoovemoscomoomaioreixo. CAPÍTULO 1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DE MUSICALIDADE, MUSICALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO MUSICAL 10
  • 11. MUSICALIZAÇÃO O segundo eixo está contido dentro de musicali- dade, nomeamos de musicalização, é o eixo de transi- ção e um dos mais importantes, pois traz o inıc ́ io do processo construtivo da música a partir da vivência musicalcom inalidadedetornar-sesensıv ́ elamúsica (PENNA, 1990) e desenvolver habilidades especı́ icas no que diz respeito à percepção musical sendo elas: o movimento, audição, sensibilidade, apreciação, criati- vidade,oritmo,melodia,harmonia. EDUCAÇÃOMUSICAL Por im, o terceiro e último eixo que está contido dentro de musicalização, responsável pelo inıc ́ io de uma longa jornada no ensino da música nomeamos de educação musical, cujo papel é aprimorar as habilida- des adquiridas na musicalização (ABREU, 2011) e avançando para o desenvolvimento cultural e psico- motor, estimulando o contato com diferentes lingua- gens, contribuindo para a sociabilidade e democrati- zando o acesso à arte (NADAL, 2010), gerando enten- dimento, raciocın ́ io, re lexão sobre o que se reproduz ligado ao intérprete de instrumentos musicais ou cantor ou no fazer musical ligado a criatividade: com- positor,arranjador,improvisador. CAPÍTULO 1 11
  • 12. 2 O QUE A ORIGEM TEM HAVER COM AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS? CAPÍTULO 2
  • 13. Assim, antes de classi icá-las, temos que saber de onde elas vêm e como são formadas. A menor unidade signi icativa que forma as palavras e dá sentido a elas é o morfema. É a partir desse conceito que damos nomes às partes de uma palavra qualquer, seus ele- mentosmór icos.(OLIVEIRA,2016,p.125). Origem tem tudo a ver com as práticas, pois é compreendendo o signi icado desde a sua raiz que se torna possıv ́ el a contribuição para o ensino da música de forma e icaz. E isso que faremos agora associare- mos os signi icados dos morfemas aos seus resultados napráticapedagógica. E importante entender que, embora a musicali- dade seja a primeira dos eixos no ensino da música, CAPÍTULO 2 13 MUSICALIDADE Figura 2. Formação da palavra musicalidade (Baseado em FERREIRA, REBELLO e TIMM, p.8) MUSIC AL IDADE raiz do grego mousiké indica qualidade, propriedade ou estado su ixo latino ideia de relação; noção coletiva
  • 14. isso não signi ica que é um ensino exclusivo de bebês ou crianças bem pequenas. A musicalidade em seu morfema AL traz a ideia de uma relação coletiva uma noçãodetodoserhumanosejaeleaindabebê,criança, adolescente, adulto ou até mesmo ancião. O su ixo IDADE por sua vez nos faz entender que a música (mu- sic,dogregomousiké)já é umaqualidade,umapropri- edade do ser humano. Isso esclarece o nosso entendi- mento ao nos despertar para compreender que todos serhumanoé dealgumaformamusical. Se não fossemos seres musicais, muitas ações musicais seriam impossıv ́ eis de se realizar quando estivéssemos junto a outros seres humanos. Mesmo saindo da ação mais simples, como por exemplo can- tar o hino nacional periodicamente na escola, a ação mais desa iadora, como por exemplo reger uma ópera. Do contrário vemos ações musicais extraordinárias entre os seres humanos, por exemplo o canto coral, des iles de bandas militares, orquestras, balés, musi- cais,óperas,instrumentistas,regentes. E por isso que a musicalidade é a primeira no eixo do ensino da música. Independente da idade, é nesse eixo que se torna possıv ́ el reunir crianças, ado- lescentes, adultos, anciões para cantar ou tocar per- cussões corporais mesmo sem um conhecimento aprofundado na música. Isto é, mesmo sem saber os ritmos que está tocando, mesmo sem saber a nota, a harmonia da canção, mesmo sem saber ler cifra ou partitura, mesmo sem saber toda a teoria da música é possıv ́ el se reunir para cantar ou tocar junto dentro do eixo musicalidade. E por isso que a musicalidade con- CAPÍTULO 2 14
  • 15. siste, na vivência musical, ou seja, todo e qualquer contatoqueoser-humanojá teveoutemcomamúsica de forma indireta, ou seja, sem nenhum objetivo a ser alcançado ou desenvolvido, ou seja, sem a pretensão deaprenderaarteeaciênciadecombinarossons. CAPÍTULO 2 15 Agora vejamos como se compreende a musicali- zação, assim como a musicalidade, a musicalização não é um eixo do ensino da música exclusivo para criança, e sim, para todo aquele que tem o interesse de aperfeiçoarsuaspráticasmusicais. MUSICALIZAÇÃO Figura 2. Formação da palavra musicalidade (Baseado em FERREIRA, REBELLO e TIMM, p.8) MUSIC AL IZA ÇÃO raiz do grego mousiké ação ou resultado dela ideia de relação; noção coletiva atribuição de qualidade ou modo de ser
  • 16. Mais uma vez temos na palavra musicalização o morfema AL que é a ideia coletiva, mas agora caminha para outro morfema IZA que atribui uma qualidade ao modo de ser. Ou seja, eu já era um ser musical agora quero ter mais qualidade no que faço. Esse é o alvo da musicalização. E nesse sentido que a musicalização se torna o eixo de transição e um dos mais importantes, pois traz o inıc ́ io do processo construtivo da música, ou seja, a partir da vivência musical vivida no eixo da musicali- dade, agora eu passo construir um novo olhar sobre a música (music, do grego mousiké), pois nesse eixo eu aprendocoma inalidadedemetornarsensıv ́ elamúsi- ca. Ou seja, é nesse eixo do ensino da música que o morfema ÇÃO faz todo sentido, uma ação musical em buscadoresultadocomqualidadenomododeser. E por isso que muitas atividades, treinos, ensaios são feitos nesse eixo do ensino da música. Inclusive a frase, “a repetição levam a perfeição” é frequentemen- teusadaparamotivarosestudantesqueestãonamusi- calização. E na musicalização que o ser humano passa ser chamado de aluno, estudante de música. E de fato é agora que ele irá re letir sobre o comportamento do som e o silêncio, sobre os atributos do som, sobre a execução e leitura rıt ́ mica, sobre a percepção do movi- mento harmônico, sobre a distância que há entre as notas, sobre a atenção a regência, sobre a memoriza- ção e execução de melodias curtas ou longas, sobre perceber pela sensação a harmonia maior e menor, CAPÍTULO 2 16
  • 17. CAPÍTULO 2 16 encontrar a tonalidade e cantar dentro do tom... entre outraspráticasmusicaisdentrodoensinodamúsica. Oeixodamusicalizaçãopodeserdesa iadorpara os que possuem poca vivência no eixo da musicalida- de. Pois, ao se deparar com sensações auditivas novas, pode não compreender de inıc ́ io e levar um tempo a mais que outros que tiveram mais vivência a musicali- dade. E por isso que incentivar todos as práticas músi- cas mesmo sem entender é de extrema importância. O seja,estarinseridoemumcantocoral,grupodecoreo- gra ia, grupos pequenos, ou grandes de cantores e instrumentistasé enriquecedorparaoensinodamúsi- ca. EDUCAÇÃO Figura 4. Formação da palavra educação (Baseado em REBELLO e TIMM, p. 8) E DUC A ÇÃO préverbio ação ou resultado dela raiz latina ato ou efeito de agir 17
  • 18. Chegamos ao último eixo do ensino da música, a educação musical. Temos uma raiz totalmente nova queé DUC(grauzerodaraizlatinaDEUK)quesigni ica levar, conduzir, guiar, ou seja, “trazer à luz a ideia” ou iloso icamentefazeroserhumanopassardapotência ao ato, da virtualidade à realidade. E exatamente esse ofocodoterceiouocantor,ounofazermusicalligadoa criatividade:compositor,arranjador,improvisador. E nessa faze que aluno conquista a sua autono- mia musical, ele possui educação musical, ou seja, ele consegue enxergar a música como um material ao alcance de sua criatividade, de suas competências técnicas ao ponto de criar, adaptar, reinventar. Consegue aprender com mas facilidade por toda habi- lidade desenvolvida ao longo do tempo e muitas das vezes consegue passar adiante o ensino da música. Procuraseespecializarnumaáreaespecı́ icamúsica. E interessante destacar que o ensino da música não acaba ao chegar no último eixo, pois sempre há habilidades para se adquirir, desa ios a serem venci- dos, que o faz durar pra vida toda e uma vez que se para no ensino da música o aluno passa a regredir nas habilidades, sensibilidade, é comum ou vir nesses casos a seguinte frase “a música é ingrata”. E de fato é uma vez que não é como andar de bicicleta, ou seja, não importa quanto tempo parou de andar de bicicle- ta, sempre que monta sabe exatamente como pedalar. Naeducaçãomusicalseparar,oalunoregridenaquali- dade, na autonomia de manusear bem a música como umaferramenta. CAPÍTULO 2 18
  • 19. CON CLU SÃO Dada a importância do estudo apresentado e o uso correto dos termos no processo de ensino- aprendizagem da música, considera-se necessário realizaroutrosestudosvoltadospara: a) prá ticas pedagó gicas que desenvolva a Musicalidade; b) prá ticas pedagó gicas que desenvolva a Musicalização; c) práticas pedagógicas que desenvolva a educa- ção musical, estudo especı́ ico do ensino da música. CONCLUSÃO 19
  • 20. REFERÊNCIA 20 ABREU, Tatiana Kelly Deoclides de. Educação Musical. Disponıv ́ el em: <http://atividadesmusicais.blogspot.com/p/entenda-o-que-e- educacao-musical.html> Acesso em 24 de outubro de 2019. CUERVO, Luciane; MAFFIOLETTI, Leda de Albuquerque. Compreensões sobre musicalidade nos cursos de Pedagogia e Música: pistas para diversidade cultural no currıc ́ ulo. Porto Alegre, Educação Unisinos, 22(1):91-100, janeiro-março 2018, p. 91-100. Disponıv ́ el em: <http://revistas.unisinos.br/index.php/educacao/article/view File/edu.2018.221.10/60746124>. Acesso em: 30 de novembro de 2020. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. xxxi, 2128. Bibliogra ia: p. 2111-2128. Disponıv ́ el em: <http://biblioteca.sophia.com.br/5782/index.asp?codigo_soph ia=37946>. Acesso em: 02 de dezembro de 2020. LEAL, Andressa. A inidades e divergente entre musicalidade, musicalização e educação musical. 2020. Monogra ia (Licenciatura em Música). Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) / Instituto Villa-Lobos. NADAL, Paula. Música será conteúdo obrigatório na educação básica. Nova Escola, 2010. Disponıv ́ el em: <https://novaescola.org.br/conteudo/2897/musica-sera- conteudo-obrigatorio-na-educacao- basica?gclid=CjwKCAjwxaXtBRBbEiwAPqPxcM6ILkW5c9YvtQs GcZ69BPTKMnB2fewSabv7OeruZGDHthOFWAbSOhoCgSEQAv D_BwE>. Acesso em: 25 de outubro de 2019. PENNA, Laura. Reavaliações e buscas em musicalização: Musicalização tema e reavaliações. Edições Loyola. São Paulo, 1990. REBELLO, L. S.; TIMM, C. Pre ixos e su ixos gregos e latinos: uma proposta de ensino. Disponıv ́ el em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/60667 /000861827.pdf>. Acesso em: 29 de novembro de 2020.