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QUE TODO MUNDO PRECISA SABER SOBRE 
SÍNDROME DE DOWN 
10 COISAS
USE 
NÃO USE 
Deficiente, inválido, doente e excepcional 
Portador de síndrome de Down, retardado, portador de retardamento mental 
Doença genética 
Pessoa especial, com necessidades especiais 
Trabalhadores com deficiência são melhores, pessoas com síndrome de Down são anjos, ingênuos e carinhosos 
Defeituoso, condenado, erro genético e anomalia 
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Pessoa com síndrome de Down 
Condição genética 
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Algumas pessoas acham que não há mal em usar o termo “retardado” quando estão se referindo a elas próprias ou a pessoas sem deficiência intelectual, mas essa expressão nunca deve ser usada, independentemente do contexto. 
Pais, amigos e pessoas com deficiência intelectual sentem-se desrespeitados com o uso da expressão "retardado" porque é sempre pejorativa e há forte ligação histórica com o tratamento desigual/segregador dado a pessoas com deficiência intelectual. 
Dizer que uma pessoa é especial ou tem necessidades especiais virou um falso eufemismo para “compensar” a deficiência. Mais adequado seria dizer necessidades específicas. 
Todos podemos fazer a diferença no processo de inclusão. 
Deficiência não é doença. 
Ter uma deficiência não significa ter uma doença. Doença é um problema de saúde. Pessoas com deficiência, como qualquer um, eventualmente adoecem, mas na maior parte do tempo estão saudáveis.
AS PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN 
2 
SÍNDROME DE DOWN NÃO É DOENÇA. 
1 
A síndrome de Down ocorre quando, ao invés da pessoa nascer com duas cópias do cromossomo 21, ela nasce com 3 cópias, ou seja, um cromossomo número 21 a mais em todas as células. Isso é uma ocorrência genética e não uma doença. Por isso, não é correto dizer que a síndrome de Down é uma doença ou que uma pessoa que tem síndrome de Down é doente. 
Apesar de indivíduos com síndrome de Down terem algumas semelhanças entre si, como olhos amendoados, baixo tônus muscular e deficiência intelectual, não são todos iguais. 
Por isso, devemos evitar mencioná-los como um grupo único e uniforme. Todas as pessoas, inclusive as pessoas com síndrome de Down, têm características únicas, tanto genéticas, herdadas de seus familiares, quanto culturais, sociais e educacionais. 
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PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN 
3 
Deficiência intelectual não é o mesmo que deficiência mental. 
Por isso, não é apropriado usar o termo “deficiência mental” para se referir às pessoas com síndrome de Down. Deficiência mental é um comprometimento de ordem psicológica. 
TÊM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL.
NÃO SÃO PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN. 
AS PESSOAS TÊM SÍNDROME DE DOWN, 
4 
Uma pessoa pode portar (carregar ou trazer) uma carteira, um guarda- chuva ou até um vírus, mas não pode portar uma deficiência. 
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Diante disso o termo “portador” tanto para síndrome de Down quanto para outras deficiências caiu em desuso. O mais adequado é dizer que a pessoa tem deficiência. 
A PESSOA É UM INDIVÍDUO. ELA NÃO É A DEFICIÊNCIA. 
5 
A pessoa vem sempre em primeiro lugar. Ter uma deficiência não é o que caracteriza o indivíduo. 
Por isso, é importante dizer quem é a pessoa para depois citar a deficiência. Por exemplo: o funcionário com síndrome de Down, o aluno com autismo, a professora cega, e assim por diante.
PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN TÊM OPINIÃO. 
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As pessoas com síndrome de Down estudam, trabalham e convivem com todos. Esses indivíduos têm opinião e podem se expressar sobre assuntos que lhes dizem respeito. 
Em caso de entrevistas, procure falar com as próprias pessoas com deficiência, não apenas com familiares, acompanhantes ou especialistas. 
NÃO DEVEM SER TRATADAS COMO COITADINHAS. 
PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN 
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Ter uma deficiência é viver com algumas limitações. Isso não significa que pessoas com deficiência são “coitadinhas”. 
Pessoas com síndrome de Down se divertem, estudam, passeiam, trabalham, namoram e se tornam adultos como todo mundo. Nascer com uma deficiência não é uma tragédia, nem uma desgraça, é apenas uma das características da pessoa. 
DE PERTO, NINGUÉM É NORMAL. 
8 
No mundo não existem “os normais” e “os anormais”. Todos são seres humanos de igual valor, com características diversas. 
Se precisar, use os termos pessoa sem deficiência e pessoa 
com deficiência.
DIREITO CONSTITUCIONAL À INCLUSÃO E CIDADANIA. 
9 
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi aprovada no Brasil em 2008 como norma constitucional. Ela diz que cabe ao Estado e a sociedade buscar formas de garantir os direitos de todas as pessoas com deficiência em igualdade de condições com os demais. 
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POR QUE A TERMINOLOGIA É IMPORTANTE. 
10 
Referir-se de forma adequada a pessoas ou grupo de pessoas é importante para enfrentar preconceitos, estereótipos e promover igualdade.
O Movimento Down é uma iniciativa do Observatório de Favelas 
do Rio de Janeiro e é fi liado a FEBRASD e a DSI. 
APOIO 
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para contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. 
Texto: Patricia Almeida, Adriana Nicacio e Melina Sales 
Fotografi a: Paula Moreira Fotografi a, Fábio Caffe e Rosilene Miliotti 
Projeto gráfi co: Raquel Bento 
MAIS INFORMAÇÕES 
www.movimentodown.org.br 
movimentodown@movimentodown.org.br 
55. 21. 2239-9379 
RELAÇÃO DE FONTES 
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  • 2. USE NÃO USE Deficiente, inválido, doente e excepcional Portador de síndrome de Down, retardado, portador de retardamento mental Doença genética Pessoa especial, com necessidades especiais Trabalhadores com deficiência são melhores, pessoas com síndrome de Down são anjos, ingênuos e carinhosos Defeituoso, condenado, erro genético e anomalia O risco de ter uma criança com síndrome de Down Pessoa com deficiência Pessoa com síndrome de Down Condição genética Evite estereótipos Palavras positivas ou neutras Necessidades específicas A probabilidade / as chances de ter uma criança com síndrome de Down
  • 3. Algumas pessoas acham que não há mal em usar o termo “retardado” quando estão se referindo a elas próprias ou a pessoas sem deficiência intelectual, mas essa expressão nunca deve ser usada, independentemente do contexto. Pais, amigos e pessoas com deficiência intelectual sentem-se desrespeitados com o uso da expressão "retardado" porque é sempre pejorativa e há forte ligação histórica com o tratamento desigual/segregador dado a pessoas com deficiência intelectual. Dizer que uma pessoa é especial ou tem necessidades especiais virou um falso eufemismo para “compensar” a deficiência. Mais adequado seria dizer necessidades específicas. Todos podemos fazer a diferença no processo de inclusão. Deficiência não é doença. Ter uma deficiência não significa ter uma doença. Doença é um problema de saúde. Pessoas com deficiência, como qualquer um, eventualmente adoecem, mas na maior parte do tempo estão saudáveis.
  • 4. AS PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN 2 SÍNDROME DE DOWN NÃO É DOENÇA. 1 A síndrome de Down ocorre quando, ao invés da pessoa nascer com duas cópias do cromossomo 21, ela nasce com 3 cópias, ou seja, um cromossomo número 21 a mais em todas as células. Isso é uma ocorrência genética e não uma doença. Por isso, não é correto dizer que a síndrome de Down é uma doença ou que uma pessoa que tem síndrome de Down é doente. Apesar de indivíduos com síndrome de Down terem algumas semelhanças entre si, como olhos amendoados, baixo tônus muscular e deficiência intelectual, não são todos iguais. Por isso, devemos evitar mencioná-los como um grupo único e uniforme. Todas as pessoas, inclusive as pessoas com síndrome de Down, têm características únicas, tanto genéticas, herdadas de seus familiares, quanto culturais, sociais e educacionais. NÃO SÃO TODAS IGUAIS. PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN 3 Deficiência intelectual não é o mesmo que deficiência mental. Por isso, não é apropriado usar o termo “deficiência mental” para se referir às pessoas com síndrome de Down. Deficiência mental é um comprometimento de ordem psicológica. TÊM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL.
  • 5. NÃO SÃO PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN. AS PESSOAS TÊM SÍNDROME DE DOWN, 4 Uma pessoa pode portar (carregar ou trazer) uma carteira, um guarda- chuva ou até um vírus, mas não pode portar uma deficiência. A deficiência é uma característica inerente a pessoa, não é algo que se pode deixar em casa. Diante disso o termo “portador” tanto para síndrome de Down quanto para outras deficiências caiu em desuso. O mais adequado é dizer que a pessoa tem deficiência. A PESSOA É UM INDIVÍDUO. ELA NÃO É A DEFICIÊNCIA. 5 A pessoa vem sempre em primeiro lugar. Ter uma deficiência não é o que caracteriza o indivíduo. Por isso, é importante dizer quem é a pessoa para depois citar a deficiência. Por exemplo: o funcionário com síndrome de Down, o aluno com autismo, a professora cega, e assim por diante.
  • 6. PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN TÊM OPINIÃO. 6 As pessoas com síndrome de Down estudam, trabalham e convivem com todos. Esses indivíduos têm opinião e podem se expressar sobre assuntos que lhes dizem respeito. Em caso de entrevistas, procure falar com as próprias pessoas com deficiência, não apenas com familiares, acompanhantes ou especialistas. NÃO DEVEM SER TRATADAS COMO COITADINHAS. PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN 7 Ter uma deficiência é viver com algumas limitações. Isso não significa que pessoas com deficiência são “coitadinhas”. Pessoas com síndrome de Down se divertem, estudam, passeiam, trabalham, namoram e se tornam adultos como todo mundo. Nascer com uma deficiência não é uma tragédia, nem uma desgraça, é apenas uma das características da pessoa. DE PERTO, NINGUÉM É NORMAL. 8 No mundo não existem “os normais” e “os anormais”. Todos são seres humanos de igual valor, com características diversas. Se precisar, use os termos pessoa sem deficiência e pessoa com deficiência.
  • 7. DIREITO CONSTITUCIONAL À INCLUSÃO E CIDADANIA. 9 A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi aprovada no Brasil em 2008 como norma constitucional. Ela diz que cabe ao Estado e a sociedade buscar formas de garantir os direitos de todas as pessoas com deficiência em igualdade de condições com os demais. A Convenção é uma importante ferramenta de acesso à cidadania e precisa ser mais difundida entre as próprias pessoas com deficiência, juristas e a população em geral. POR QUE A TERMINOLOGIA É IMPORTANTE. 10 Referir-se de forma adequada a pessoas ou grupo de pessoas é importante para enfrentar preconceitos, estereótipos e promover igualdade.
  • 8. O Movimento Down é uma iniciativa do Observatório de Favelas do Rio de Janeiro e é fi liado a FEBRASD e a DSI. APOIO PATROCÍNIO INSTITUCIONAL PATROCÍNIO Reutilize este material e compartilhe estas informações com outras pessoas para contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Texto: Patricia Almeida, Adriana Nicacio e Melina Sales Fotografi a: Paula Moreira Fotografi a, Fábio Caffe e Rosilene Miliotti Projeto gráfi co: Raquel Bento MAIS INFORMAÇÕES www.movimentodown.org.br movimentodown@movimentodown.org.br 55. 21. 2239-9379 RELAÇÃO DE FONTES http://www.movimentodown.org.br/sala-de-imprensa/