1. ChelaPressChelaPressPROPRIEDADE: RECORD - SOCIEDADE DE EDITORES, SARLFUNDADOR: FRANCISCO RASGADO DIRECTOR EDITOR: FRANCISCO RASGADO
O JORNAL DA REGIÃO CENTRO E SUL DE ANGOLA
EDIÇÃO Nº 1520 - 14 DE julho 2014
Tel: 923 302 851 / 923 571 548, Email: chelapressras@outlook. com
Preço AKZ: 300. 00
Qual será o preço da morte
de Francisco Rasgado?
Francisco Rasgado, director do jornal ChelaPress, segundo informações circulantes à boca pequena, já
está com a morte encomendada e sacramentada. Os presumíveis mandantes, homens de baixa visibi-
lidade, Ricardo Segunda, Administrador Municipal do Lobito, Magistratura da Província de Benguela,
Procurador Francisco Fortunato, Procurador Dias Baptista da Silva, juíza Catarina Micolo, Elsa Sinde,
juíza chefe do tribunal de Benguela da Sala do Cível e do Administrativo, filha de Jorge Sinde, advoga-
do renomado com banca na cidade de Benguela, Eduarda Magalhães “Dada”, a inquisição do M.P.L.A.
em Benguela, irmãos Mota, António Francisco Umbelino Vicente e Manuela Vaz Morais Vicente,
Adérito Saramago Pereira Areias, Manuel Francisco, ex-Administrador Municipal de Benguela e José
Augusto Vieira, ex-chefe da repartição técnica da Administração Municipal de Benguela. Será? Assunto
muito sério e reflectivo.
Novos desenvolvimentos nas próximas edições do jornal ChelaPress.
Págs. 4,5 Págs. 14,15
Pág. 7
O ChelaPress aproveita
este espaço para fazer
uma denúncia pública,
aguardando pelo pro-
nunciamento do Minis-
tério Públicoenquanto
defensor do Governo e
o Garante da Legalidade,
bem como do Conselho
Superior da Magistratura
Judicial, enquanto órgão
fiscalizador das activida-
des dos juízes.
“Se sentiriam muito
orgulhosas de nós,
estou a me referir à
minha mãe e à mãe
do Luís de Oliveira
Rasgado, que, por
conseguinte, conver-
savam muito, duas
senhoras sofridas,
duas senhoras im-
portantes de Ben-
guela. Para elas muito
obrigado!
As mentiras da Justiça e as
vinganças da juíza Elsa Sinde
Jorge Gabriel é o novo
presidente das Acácias Rubras
AS FAMÍLIAS SÃO OS PILARES DA SOCIEDADE
A família é um patrimó-
nio mais valioso que as
riquezas, as mansões,
os carros, mas, infeliz-
mente, muitos ango-
lanos construíram os
seus monumentos de
vitória sobre os mau-
soléusdas famílias e
chegaram ao topo da
pirâmide social e do
sucesso, deixando para
trás os destroços de
várias famílias dignas
e caracterizadas.
O MPLA tem uma relação
de amor e ódio com Benguela
A cultura da morte apodera-se dos profissionais
de saúde. Morre mais gente de cura, do que de
paludismo e de acidente de viação.
Medicina é para quem paga
Pág. 6
2. 3CHELAPRESS | 14 DE julho 2014CHELAPRESS | 14 DE julho 2014
Nota de
Abertura
E
m Benguela um clima de
desencanto se espalhou
pela província, com uma
carrada de más notícias que
se abatem sobre todos os
munícipios da província com maior
acuidade para o Lobito, Benguela,
Baía-Farta, Catumbela, Cubal e Ganda
como “as pragas do Egipto”. Golpes
palacianos, pressões ilegais, arrom-
bos de cofres do Estado, aproveita-
mentos abusivos de nomes de figu-
ras do governo central, corrupção,
funcionários fantasmas, afrontas e
desobediências flagrantes de Amaro
Segunda, Administrador Municipal
do Lobito, às orientações do principal
magistrado da província de Bengue-
la, Isaac dos Anjos. Amaro Segunda
faz questão de resistir à giratória de
Isaac dos Anjos e de encorajar os
ocupantes dos terrenos da zona da
Académica a manterem-se firmes e
não darem importância às bocas de
Isaac dos Anjos.
A situação está realmente muito
difícil e complicada, pois, segundo
Amaro Segunda, Isaac dos Anjos
inicia um processo novo de impotên-
cia perante ele.
Há muito que os benguelenses
estão expostos a arbitrariedades. Só
a crise é novidade e pretexto para
políticos e governantes poucos es-
crupulosos.
Mas a culpa não morre solteira:
está casada e amancebada em poli-
gamia com instituições que deveriam
fiscalizar, prevenir e sancionar esta
ilegalidade: o Ministério Público, que
nada fiscaliza, o Tribunal (Sala do Cível
e do Administrativo e o da Sala dos
Crimes Comuns de Benguela e do Lo-
bito), onde os processos apodrecem
e só ganha quem tem dinheiro para
pagar, e a Direcção Provincial da Saú-
de, à qual competiria apresentar ele-
mentos sobre as doenças contraídas
e outras causadas por más condições
nas cadeias ou pela impune demoli-
ção psicológica de cidadãos vítimas
de arbitrariedades. Junte-se os advo-
gados abutres, mercenários e assim
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BENGUELA E A
VISIBILIDADE DO
TRABALHO DE ISAAC
DOS ANJOS
Estatuto
Editorial
CartadoDirector
Por: francisco rasgado
CHEFE DE REDACÇÃO,
CHELAPRESS
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Benguela - República de Angola
Por motivos de espaço ou de clareza,
as cartas poderão ser publicadas
resumidamente.
Só poderão ser publicadas na edição
seguinte as cartas que chegarem à
redacção até à Sexta-feira de cada
semana.
está completo o quadro da precarie-
dade benguelense.
O ChelaPress, para além de estar
diuturnamente debruçado sobre os
bastidores dos programas, projectos
e suas articulações políticas, também
vai estando atento às propostas dos
nomeados e às questões reais que
afectam o quotidiano benguelense.
O jornal ChelaPress acredita na
democracia. Isso significa que o me-
lhor modo de resolver tudo aquilo
que tem contribuído para o clima
negativo na província de Benguela
são as pessoas e as instituições nada
democráticas. O papel da imprensa
é desvendar as causas e os respon-
sáveis pelos problemas, para que as
pessoas aceitem melhor os novos
2
responsáveis. Infelizmente ainda não
é por meio de votos que cada um
dos benguelenses transmite o seu
recado à classe política.
O jornal ChelaPress, na próxi-
ma edição, começa a dedicar mais
páginas à cobertura do exercício
do governo da província da Huíla.
Trata-se de um movimento natural,
uma vez que as principais obras de
saneamento básico, de infraestrutura
e outras reabilitações começaram a
ganhar visibilidade. O resultado está
em linha com a previsão dos ana-
listas políticos de um aumento na
qualidade de vida para os huílanos. A
classe governamental quer ser mais
capaz de lidar com os problemas da
Huíla.
mente, a tentativa de assalto as
Acácias Rubras – Associação dos
Naturais e Amigos da Província
de Benguela, liderado aparente-
mente por João Carlos de Car-
valho (apenas capa, pois atrás
estão os pesos pesados, sobeja-
mente conhecidos da sociedade
benguelense), veio pôr a nu as
dificuldades com que se debate
a consciência identitária de uma
grande e rica Província que tem
muito peso na economia e políti-
ca angolana.
As dificuldades, de resto, fa-
zem parte da sua identidade,
sempre em crise. Identidade que
se define, pois, pela crise identi-
tária, e que se supera por uma
nova tensão critica, ao afirmar
uma hiperidentidade face à falha
que a crise revela.
Assim surge uma nova difi-
culdade.
Apesar das perdas, aqui e ali,
de urbanidade, constitui um gran-
de ganho cerrar fileiras em torno
das Acácias Rubras – Associação
dos Naturais e Amigos da Provín-
cia de Benguela, que foi sentida
como largamente positiva pela
população. Tanto mais que essas
perdas não destruíram o “canti-
B
enguela foi abalada
pela luta pelo poder,
para além da guerra
fratricida. A ameaça to-
tal que pesou sobre ela, sobre as
vidas dos benguelenses, sobre as
famílias, sobre o emprego, sobre
a educação, sobre a saúde, para
não falar no espectro da falên-
cia dos sucessivos governos li-
derados por Contreiras, Castro,
Dino Matross, Kundy Pahyma
(maior falência), João Lourenço,
obrigou Benguela a descobrir a
sua dependência relativamente a
Luanda, cidade capital.
No entanto, a vacina identi-
tária que mantém o benguelense
imune às doenças e aos assaltos
exteriores, sobretudo depois do
27 de Maio de 1977, com a mor-
te dos seus melhores filhos, con-
tinua a surtir efeitos, a não falhar.
Por isso, os políticos, governan-
tes e empresários emergentes
(criados pelas mãos do partido
no poder e não pelo mercado)
insistem tanto na especificidade
do sistema sociopolítico e eco-
nómico de Benguela: ser ben-
guelense é muito vantajoso.
Mas como o descalabro do
M.P.L.A. já não é dissimulável,
eles têm também de assinalar a
gravidade da crise e as suas par-
ticulares debilidades. E aí, como
o benguelense é especial, “como
sói dizer”, vai renascer bengue-
lense, porque o que se assiste
não é o seu destino. Curiosa-
SER BENGUELENSE PROTEGE
nho muito familiar benguelense”,
a forma de viver, de estar, a inti-
midade benguelense, o gostar e o
detestar a si mesmos, aos outros,
a Benguela e a Angola. Angola,
cada vez mais, faz menos parte da
experiência vivida quotidiana dos
benguelenses.
A capacidade do benguelen-
se de viver o local, o seu espa-
ço como global é muito grande,
incomensurável. Trata-se de uma
questão de alcance da percep-
ção. Todavia, Benguela mental é
ilimitada, e as suas fronteiras au-
tênticas muralhas que reenviam
a sua imagem, o que permite
reconhecê-la imediatamente. Por
isso, essa percepção aumenta a
identificação com muitos benefí-
cios. Por esta e por outras razões
Benguela, a sua identificação,
não podemesboroar-se, mesmo
com a crise que assola Angola e
que tende acelerar bruscamente.
Cada vez mais, adquirir uma per-
cepção de longo alcance, sentir
ao longe os prolongamentos da
existência de Benguela, exige um
esforço doloroso de luta cons-
tante. É abrir as portas aoestran-
geiro, ao desconhecido, aos en-
contros inesperados, as emoções
e aos afectos.
É afastar constantemente a
ameaça psicótica, pois Benguela
tem sim grandes limites espaciais
corporais. Nunca perdeu a ima-
gem de si, ou a identidade. Desa-
parecer nunca, lutar sim.
3. 4 CHELAPRESS | 14 DE julho 2014 5CHELAPRESS | 14 DE julho 2014
Destaque Destaque
AS MENTIRAS DA JUSTIÇA E AS VINGANÇAS DA JUÍZA ELSA SINDE
da esbulhou o Requerente da
sua posse com violência”;
Ass: Elsa Ema do Rosário
Jorge Sinde – Juíza de Direito.
Fim do Despacho.
Contra factos não há argu-
mentos, ou seja, os documentos
falam por si e desmentem o con-
teúdo do despacho e nos autos
do infractor António Francisco
Umbelino Vicente confirmam
que a propriedade que ocupava
passou a ser depois do descon-
fisco propriedade de António
Soares Borrego, pai de Rosário
de Fátima Vaz Soares Borrego, e
com ela teve um contrato que não
foi renovado por falta de decoro.
Porém, sem contrato actualizado,
instigado por outros vizinhos nas
mesmas condições, continuou a
ocupar, durante cinco anos, des-
de Julho de 2008 até àdata pre-
sente, sem pagar as rendas à fi-
lha do proprietário, actualmente
aguardando do Tribunal Supremo
pela sua habilitação como herdei-
ra única e universal de António
Soares Borrego.
O impostor, António Umbe-
lino Vicente, dehá uns tempos a
esta parte, tem vindo a ludibriar a
justiça com acusações falsas con-
tra Rosário de Fátima Vaz Soares
Borrego, as quais não consegue
rio (na era colonial, numa altura
em que a Rosário de Fátima Vaz
Soares Borrego ainda não era
nascida),que considera António
Soares Borrego, único e univer-
sal herdeiro de Virginia Fernan-
des Cardoso, para ele é falsa.
A certidão passada pela irmã,
Clementina Vaz Soares Borre-
go, a declinar a sua participação
na herança a favor da Rosário de
Fátima Vaz Soares Borrego, para
ele também é falsa. Teve contrato
com a herdeira,que foi rescindido,
continuando a ocupar o espaço,
durante cinco anos, sem pagar
uma única renda, conforme do-
cumento em anexo.
Depois de tudo ainda tem a
veleidade de acusar a herdeira de
o retirar à força do local que ocu-
pava abusivamente. Na realida-
de tudo se passou com a polícia
presente e no cumprimento de
uma medida administrativa ema-
nada pelo Leopoldo Muhongo,
administrador do município de
Benguela.
Porque razão a juíza Elsa Sin-
de não ouviu a polícia e a Admi-
nistração? Porque razão a juíza
Elsa Sinde aceitou a contestação
de António Umbelino, na aná-
lise da Providencia Cautelar Não
Especificada da qual é requerente
a Rosário de Fátima Vaz Soares
Borrego?
O infractor António Umbeli-
no Vicente, não tem contrato há
mais de cinco anos, denunciado
várias vezes por cartas endereça-
das a si, via DHL, as quais assinou
mas a que nunca respondeu. A
mentira tem pernas curtas. A colo-
cação dos tapumes foi confirmada
através de uma Providencia Cau-
telar Não Especificada interposta
pelo infractor António Umbelino
Vicente, contra a Administração
Municipal de Benguela, sobre os
ditos tapumes, foi considerada
improcedente pela juíza Elsa Sin-
de. Outra incongruência, exigiu
da herdeira as chaves do estabe-
lecimento, quando na realidade
as chaves do mesmo sempre es-
tiveram com o infractor.
A própria juíza Elsa Sinde,
animada por interesses não con-
fessados, apareceu mais tarde a
passar por cima do seu despacho
anterior e sem comunicar à Ad-
ministração Municipal e fazendo
recurso à polícia,permitiu que o
infractor invadisse a proprieda-
de de António Soares Borrego
e que os tapumes legalmente
autorizados pela administração
fossem retirados. E assim pas-
sou por cima de uma medida
administrativa da Administra-
ção Municipal de Benguela,
circunscrita no comunicado
anexo, do dia 16 de Julho de
2013.
A juíza Elsa Sinde, que
tem por hábito desvalori-
zar as medidas do Governo
e da Administração, mais
uma vez, achou que as
mesmas não são para ser
cumpridas e que o seu
poder está acima de tudo
e de todos.
A necessidade de vingança e
ódio que a juíza Elsa Sinde, ali-
menta contraFrancisco Rasgado,
director do Jornal ChelaPress,
em representação (neste processo
e noutros), da juíza Catarina Mi-
colo e da Juíza Elizandra Amaral,
é tão grande, que para atingi-lo
não se coíbe de dar tiros no seu
próprio pé.
Querem a cabeça de Francis-
co Rasgado a todo custo. Não
sabemos como e se será com pri-
são ou morte. Tudo caminha para
lá. Será? Veremos!
Não se faz justiça com menti-
ras, escamoteamento de informa-
ções e provas, ódios e vinganças.
A
juíza Elsa Sinde, Chefe
da Sala do Cível e do
Administrativo do Tri-
bunal de Benguela,é
filha do ilustre Jorge Sinde, ad-
vogado com banca de advocacia
na província de Benguela. Um
acto que não é permitido por lei.
Procuradores e Juízes (cochicham
nas esquinas), reconhecem a ile-
galidade, no entanto, limitam-se
apenas a dizer que já encontra-
ram esta situação e que todos
dominam está informação, mes-
mo no Tribunal Supremo.
O ChelaPress aproveita este
espaço para fazer uma denúncia
pública, aguardando pelo pro-
nunciamento do Ministério Públi-
coenquanto defensor do Governo
e o Garante da Legalidade, bem
como do Conselho Superior da
Magistratura Judicial, enquanto
órgão fiscalizador das actividades
dos juízes.
O Jornal ChelaPress vai apre-
sentar nos próximos dias ao Con-
selho Superior da Magistratura
Judicial, uma participação contra
a juíza Elsa Ema do Rosário Jorge
Sinde, Chefe da Sala do Cível e
do Administrativo do Tribunal de
Benguela e distribuidora de pro-
cessos, assim como uma recla-
mação ao Presidente do Tribunal
Supremo.
A juíza Elsa Ema do Rosário
Jorge Sinde, chefe da Sala do Cí-
vel e do Administrativo do Tribu-
nal de Benguela, na sua sentença
do dia 17 de Fevereiro de 2014,
resultante de uma Providencia
Cautelar Não Especificada, deque
é requerente infractor António
Francisco Umbelino Vicente,
omitindo deliberadamente docu-
mentos factuais constantes nos
autos e sem ouvir a outra parte,
a legitima herdeira, Rosário de
Fátima Vaz Soares Borrego, fi-
lha de António Soares Borrego,
proprietário único e universal,
produziu um despacho do qual o
Jornal ChelaPress a seguir repro-
duz parte.
Despacho:
“Com efeito, resulta do teor da
petição cautelar e dos factos
provados no processo 33/013
apenso aos presentes autos do
qual foram dados como inte-
grantes provados e reproduzi-
dos no presente processo, que
o Requerente fundou a presen-
te providência, na existência de
uma violação do seu direito de
posse sobre o estabelecimento
comercial, onde prestava servi-
ços de oficina, lavagem e venda
de lubrificantes, associado ao
facto de juntar aos autos dois
contratos de arrendamento que
demonstram que é inquilino da
Requerida.
Considerando de novo a factua-
lidade provada, verifica-se que:
A Requerida, em posse da li-
cença nº 1.19/AMB/2013, para
colocação de tapumes e repara-
ção geral do imóvel objecto do
presente litigio, não respeitou
o direito de posse do Reque-
rente, e com auxílio de força
pública (polícia), vedou o esta-
belecimento em que o Reque-
rido exercia a sua actividade,
iniciando a vedação no período
diurno, concluindo a mesma
no período nocturno, ficando
retidos no estabelecimento ani-
mais e viaturas dos clientes do
Requerente”.
“Deste modo, podemos obser-
var claramente, que a Requeri-
provar e que por várias vezes fo-
ram consideradas infundadas por
entidades de respeito da Repúbli-
ca de Angola.
No entanto, não parece que
seja só para confundir os incau-
tos.
O testamento feito em Cartó-
4. 6 CHELAPRESS | 14 DE julho 2014 7CHELAPRESS | 14 DE julho 2014
Saúde Família
É
impossível viver sem so-
nhos, porém “sobrevi-
ver” é somente um direi-
to de quem tem dinheiro.
Um direito para ricos.
Neste conto de fadas em
que vivemos de tantas incerte-
zas e mentiras não existem vi-
tórias para comemorar, e muito
menos conquistas para registar.
Logo, temos hora marcada para
morrer, e enfrentar mais barreiras
que dificultam continuamente o
direito de estar vivo. A medicina
em Benguela não é só uma “cai-
xa preta” como também é uma
caixa enferrujada, ultrapassada,
com todos os médicos das mais
diversas áreas, técnicos médios,
enfermeiros e auxiliares a faze-
rem abusivamente e descarada-
mente os mais diversos exercí-
cios de fome.
Se o poder político ou go-
vernamental quisesse ajudar as
populações mais desfavorecidas
e poupar milhares de vidas que
se esfumam todos os dias nos
hospitais da província, com cer-
teza teria que responsabilizar
mais os responsáveis, directores
Medicina versus morte
dos hospitais e unidades, penali-
zar muitos deles e pôr outros em
casa a catar piolhos. Não existe
cultura de vida. Existe sim, cultu-
ra de morte, a mais fácil e mais
rentável.
Um número brutal de pro-
fissionais de saúde estão nesta,
transformados em animadores
da morte. Mortes sem justifica-
ção aparente.
Aparentemente provocadas
por falta de profissionalismo, má
formação,falta de ética, desaten-
ção e necessidade gritante de
exercício de fome.
É só conversar com qualquer
um narua,kupapatas,domésticas,
funcionários públicos e privados,
zungueiras, taxistas, militares, jor-
nalistas, pequenos empresários,
pedreiros, serralheiros, carpin-
teiros, que você ouvirá o que as
pesquisas detectam: insatisfação,
medo e desconfiança. O elevado
número de mortes nos serviços
é bastante grande, tanto que os
hospitais de Benguela e quiçá de
Angola passaram a ser apelida-
dos de “máquinas de morte”.
“Entra-se vivo e sai-se morto”.
Como a maioria não acredita em
“legado social do colonialismo”
O MPLA tem uma relação
de amor e ódio com Benguela
A
guerra fratricida que
assolou o território an-
golano desde o 25 de
Abril de 1974, antes da
independência de Angola, a 11
de Novembro de 1975 até 2002,
marcada pela morte do líder ca-
rismático da U.N.I.T.A., Dr. Jonas
Malheiro Savimbi, está na base
da divisão, desestruturação, de-
gradação, desaparecimento em
massa de famílias, da destruição
das tradições e dos valores éticos
conquistados ao longo de todo o
processo de luta nacionalista.
A guerra provocou graves
danos no tecido social e as famí-
lias, como pilares da sociedade,
foram as mais atingidas. A famí-
lia é um património mais valioso
que as riquezas, as mansões, os
carros, mas, infelizmente, muitos
angolanos construíram os seus
monumentos de vitória sobre os
mausoléusdas famílias e chega-
ram ao topo da pirâmide social
e do sucesso, deixando para trás
os destroços de várias famílias
dignas e caracterizadas.
Passados 38 anos de inde-
pendência e 16 anos do fim das
hostilidades, ou seja, do fim da
guerra fratricida, não obstante os
traumas resultantes, assistimos
ainda avários desencantos e ten-
tativas veladas de marginalização
e aniquilamento de algumas fa-
mílias tradicionais.
“Famílias equilibradas dão
sociedades sadias”
Todavia, vão ser necessárias
muitas décadas para os angola-
nos recomporem a Angola dos
angolanos desses traumas. Este
é um problema grave que não
passa despercebido e, por con-
seguinte, tem profundas impli-
cações na vida dos angolanos. É
preciso que todos os angolanos
de Angola saibam e reflictam so-
bre esta realidade.
Algumas famílias no meio de
tantas famílias de Benguela. Al-
gumas conseguiram resistir ao
processo colonial,assim como
contribuíram, com sangue, para
que Angola se tornasse inde-
pendente. No entanto, na luta
canibalística pela afirmação,
crescimento e subsequente de-
senvolvimento de Angola, com
tanta ignorância e despreparação
pelo meio, muitas famílias, por
força da violência do processo,
desapareceram simplesmente do
cenário sócio-político bengue-
lense, e outras famílias de marca,
deliberadamente, ainda continu-
am a ser eliminadas, através de
assassinatos, por homens de bai-
xa visibilidade.
Família Fernandes
Família Asdrúbal
Família Rasgado
Família Jordão
Família Benchimol
Família Cohen
Família Faro
Família Lima
Família Faztudo
Família Gregório
Família Mendonça (Dionísio)
Família Pita Grós
Família Santos
Família Kassanji
Família Alicerces Mango
Família Assis
Família Sardinha
Família Marinheiro
Família Rocha
Família Carmelino
e milhares de pessoas morreram
indefesaspelo M.P.L.A.. Entretan-
to, e noutros teatros, também as-
sistimos a participação violenta e
mortal da U.N.I.T.A., de outros
tantos milhares de angolanos
por incapacidade e irresponsa-
bilidade do primeiro, visto, que
o segundo não tem poder até
hoje. Muitas incongruências. No
entanto, outras famílias, certa-
mente em crescimento, ocupa-
rão, naturalmente, os seus res-
pectivos espaços na sociedade
benguelense, sem precisarem
de forçar, nem atropelar outras
famílias antigas e há muito con-
solidadas.
O M.P.L.A., que não é carne
nem é peixe, continua a penalizar
Benguela e os seus pilares.
Nos vários programas cria-
dos clandestinamente, quer a ní-
vel económico e financeiro, quer
político-partidário, Benguela está
sempre afastada, senão mesmo
marginalizada.
Nos mil ricos angolanos cria-
dos abusivamente, sem critérios e
sem propósitos muito claros,com
dinheiros do Estado, do petró-
leo, pela direcção do M.P.L.A.,
não há um único benguelense.
No entanto, denota-se em todas
outras províncias representantes
neste clube.
“Marcação serrada, homem
a homem, nada de espaço para
Benguela”.
Benguela, a segunda praça
política e económica do M.P.L.A.
em Angola, não tem um único
empresário militante de primeira
água no órgão central do parti-
do, quando na verdade existem
aos milhares.
Os existentes são políticos
supostamente profissionais ou
de carreira, transformados, fora
do prazo, em empresários de
segunda água, provenientes dos
comités provinciais. Uma opor-
tunidade para se safarem, pois
também são filhos de Deus!
A cultura da mor-
te apodera-se dos
profissionais de
saúde. Morre mais
gente de cura, do
que de paludismo
e de acidentes de
viação.
AS FAMÍLIAS SÃO OS PILARES DA SOCIEDADEMEDICINA É PARA QUEM PAGA
tornou-se visível uma sociedade
cada vez militante contra o de-
sempenho da saúde.
A saúde tem tudo para dar
certo; tecnologia, instrumentos
de ponta, medicamentos, apenas
falta o elemento principal: O Ho-
mem, o profissional conscien-
te.
Se a população de Angola e
em particular de Benguela, fosse
bem informada, saberia que o
governo central aumentou so-
bremaneira as despesas totais na
saúde. A conta de pessoal e en-
cargos sociais cresceu igualmen-
te nos últimos tempos.
Apesar dos altos e crescen-
tes investimentos financeiros por
parte do governo, a qualidade da
saúde pública angolana continua
longe do patamar da saúde das
nações desenvolvidas. Uma das
razões é a má gestão da rede de
saúde por parte dos seus chefes
provinciais, municipais e comu-
nais. O desperdício dos recursos
não está relacionado apenas com
a corrupção e clientelismo políti-
co. Mesmo com bons propósitos,
os gestores de saúde esbarram
em vários problemas na hora de
administrar, dentro da lei, os re-
cursos. Identificar quais são essas
dificuldades é a principal missão
do programa de saúde lidera-
do pelo magistrado principal da
Província de Benguela, governa-
dor Isaac dos Anjos.
O direito à saúde de qualida-
de deve ser visto como um direi-
to fundamental e inalienável de
cada cidadão angolano.
Pena de Quim Ribeiro sobe para 20 anos
O
Supremo Tribunal
Militar (STM) decidiu
aumentar, recente-
mente, a pena de prisão do
ex-comandante do Comando
Provincial de Luanda (CPL)
da Polícia Nacional(PN), Joa-
quim Vieira Ribeiro (Quim Ri-
beiro) e dos seus antigos co-
laboradores, Paulo Rodrigues
e João Lando Caricoco, au-
mentada de 15 para 20 anos e
de 15 para 18 anos de prisão
maior, respectivamente.
O aumento da pena re-
sultou da análise do recurso
apresentado pelos advoga-
dos da acusação do famige-
rado “Caso Quim Ribeiro”,
remetido ao Supremo Tri-
bunal Militar, que se tinham
mostrado insatisfeitos com a
sentença aplicada aos réus,
cujo julgamento durou mais
de um ano.
Contra Quim Ribeiro e
mais 20 membros da cor-
poração, onde se destacava-
mAntónio João, ex-director
provincial da Investigação
Criminal, João (Caricoco)
Adolfo Pedro ePaulo Rodri-
gues, que respondiam pelo
sector de buscas e capturas,
pendiam acusações de autoria
moral de dois crimes de vio-
lência contra inferior hierár-
quico, de que resultaram as
mortes e homicídio voluntário
de Domingos Francisco João
e Domingos Mizalaque. Sob
o processo número 11/011, o
crime, sobre o qual era indi-
ciado Joaquim Vieira Ribei-
ro, é punível nos termos do
artigo décimo nono, número
três,“abuso no exercício do
cargo e conduta indecorosa”,
segundo está tipificado na Lei
dos Crimes Militares.
Antes do julgamento, à
excepção de Quim Ribeiro,
os outroscondenados ficaram
encarcerados mais de um ano.
Quim Ribeirofoi o último a ser
detido pelaProcuradoria Ge-
ral da República(PGR), depois
deste órgão jurisdicional ter
ouvido Augusto Viana, que, na
altura, era o chefe de Divisão
de Viana, local onde decorreu
o delito, e que foi uma das tes-
temunhas chave do encerrado
processo.
Nas declarações prestadas
à PGR, Augusto Viana tinha
denunciado Quim Ribeiro
como sendo o mandante da
morte de Domingos João, ofi-
cial que tinha sido incumbido
pelo Comando Geral da Polícia
Nacional (CGPN) de investigar
o desvio de avultadas somas
de dinheiro do famigerado
“caso BNA”.
Segundo Augusto Viana,
Quim Ribeiro pretendia silen-
ciar a investigação do dinheiro
desviado do Banco Nacional
de Angola(BNA) por um gru-
po de funcionários, tendo ele
beneficiado parte deste mon-
tante que tinha sido recupera-
do pela Polícia.
O referido dinheiro foi en-
contrado em casa de um dos
funcionários do BNA, que se
encontrava detidona Cadeia
Central de Luanda(CCL), vulgo
Comarca da Petrangol, muni-
cípio do Sambizanga, por sus-
peita de roubo.
Família Sequeira
Família Matos
Família Bragança
Família Tadeu Bastos
Família Flora
Família Manita
Família Fançony
Família Severino Vasconcelos
Família Godinho
Família Reis
Família Pinheiro
Família Lara
Família Correia Victor
Família Marcolino
Família Correia
Família Barros
Família Ranque Frank
Família Pompeu Pompilio
da Silva
Família Filipe Amado
Família Amor
Família Ferreira
Família Silva
Família Tavares
Família Cordeiro
Família Lopes Cordeiro
Família Norton da Silva
Família Álvaro Eugénio
Família Leite Velho
Família Bettencourt
Família Rocha Monteiro
Família Guardado
Família Lima Viega
Família Suzarte Mendonça
Família Ferreira Pinto
Família Africano de Carvalho
Todas estas famílias foram
tocadas na sua essência pelo vio-
lento processo político imposto
directamente, sem contornar o 27
de Maio de 1977, onde milhares
5. 8 CHELAPRESS | 14 DE julho 2014 9CHELAPRESS | 14 DE julho 2014
PUBLIREPORTAGEMEm Foco
A oligarquia angolana anda nua
também de um movimento ori-
ginário da sua tribo. Os Quim-
bundos por sua vez aderiram ao
MPLA, que também teve a gran-
de aderência da massa estudantil,
dos de tendência socialista e dos
pró-progressistas, dos assimila-
dos e dos mulatos. Todo o res-
to, classificado de entulho, não
aderiu, foi de arrasto. Pois, não
conheciam a sua linha de força,
não conheciam o seu programa
maior, nem tampouco sabiam se
o MPLAera organização política
de esquerda ou de direita. Aliás,
nem sabiam o que isto quereria
dizer. E, por mais que se queira
fingir, esta é a realidade contada
na rude linguagem da verdade, a
que a juventude tem direito.
Entretanto, com o aproximar
do 11 de Novembro, (1975) data
marcada para a independência,
eclodiu a desenhada guerra pela
tomada do poder, numa altura
em que,num flagrante, toda a
escumalha começava atabalho-
adamente a ser fardada de mili-
tar mesmo sem recruta. Tendo o
MPLA, entretantojá fortemente
armado, saído vitorioso e pondo
em debandada os outros dois
beligerantes FNLA e UNITA para
não mais serem falados. O caso
dos cubanos, sul-africanos e mer-
cenários, são outros quinhentos.
E, em sequência da violação dos
Acordos do Alvor, entretanto lan-
çado ao cesto do lixo, o MPLA-
asseguroupara si o poder, sem
eleições, que de contrário teria
saído vitoriosamente derrotado.
Mas, com a auto proclamação
da independência, logo formou
governo e exército, como não
poderia deixar de ser.
Sem linha política declarada,
seguiu aumentando o seu núme-
ro de aderentes, até que,no seu
congresso de 1977, destapou o
manto e declararou-sePartido
do Trabalho - Marxista-Leninista.
Logo, toda a sua massa mili-
tante miúda, graúda, figuran-
tes e entulho, se converteu em
marxista-leninista, sem mesmo
saber o que tal significava, pois,
nunca antesteriam ouvido falar
em Marx, Lenine, Engels, Fidel
de Castro, Che Guevara, enfim,
autênticos aprendizes políticos,
que passaram a recitar na ínte-
gra, com vírgulas e todo o mais,
as quadras da cartilha marxista-
leninista, sempre com o “eu cito
e fim de citação” e, se alguém
lhes perguntasse o que tinham
dito, era logo chamado de re-
acionário. É como diz o saber
popular: “queres ver um vi-
lão, põe-lhe um pau na mão”.
Só queaqui o perigo era maior
quando metiam a cartilha polí-
tica nas mãos e não na cabeça
de matumbos, arrogantes pela
sua ignorância e até mesmo fa-
cínoras. Era a época do vale-tudo
como no jogo-maria com bola
de meia.Uma época marcada
pela destruição propositada de
toda uma soberana organização
política, administrativa e econó-
mica desta Angola, porque se
pretendeu não dar continuidade,
a coberto duma finalidade hoje
destapada: “O enriquecimento
e muito mais”.
Mais recentemente, a epo-
peia da Perestroika na Rússiapro-
vocou a queda do marxismo-le-
ninismo no planeta Terra e, todos
os seus derivados,tal como Ango-
la, sofreram o seu efeito dominó.
Tendo o MPLA imediatamente-
posto de parte a sua velha filo-
sofia política, arrastando assim,
mais uma vez, toda a sua massa
militante para fora do grande cir-
co político pró-russo. E eis que
já mais ninguém era marxista-
leninista. Astutos e marionetes
autênticos, que para esconder
não só as suas injustificadas for-
tunas, como tambéma sua notó-
ria má governação, até criaram o
processo 105, quando afinal já a
sua seleção nacional governativa
estava endinheirada fora do país,
mesmo naquele tempo em que a
DISA cangava feio.
Hojeentão, já não precisam
simular mais nenhum 105, por-
quenos dias que correm, qual-
quer membro da seleção nacio-
nal do poder não precisa ter o
sentimento de culpa de algum
dia se ter dissimulado marxista-
leninista e, bem como a exemplo
do passado, agora muito menos
sente necessidade do sentido de
pudor humano, para esconder
fortunas incalculáveis e inima-
gináveis, concorrendo em pé de
superioridade com os homens
mais ricos do mundo, alguns
deles na ordem dos biliões de
dólares,esmifrados, como se
sabe, dos cofres do Estado, em
desrespeito a uma todapoderosa
miséria a que estão acometidos
os povos de Angola.
Afinal com que convicção po-
lítica gritavam até à rouquidão,
nos comícios: “a luta continua
pelo poder popular”; por qual
poder popular? Agora,nem eles
próprios sabem qual é, nem o
porquê da invocação do tal po-
der popular.
Porque agora, é só dinheiro,
dinheiro e mais dinheiro, porque
entrementes, para eles, a coo-
peração agora com o poder po-
pular já não é fácil, dado a que,
presentemente, todos eles, hoje
oligarcas,nem num ápice se que-
rem lembrarque algum dia, sem
ideias e motivados pelo nada e
pela bajulação, aplaudiram a na-
cionalização da banca, da saúde
e do ensino. Para num mais tar-
de de hoje,esses mesmos, serem
banqueiros, donos das grandes
clínicas, dos colégios e das uni-
versidades. Quase sempre com
a tomada de assalto da instala-
ções públicas, em detrimento
do Estado e do propalado Poder
Popular,que estes oportunistas
diziam ter no coração que afinal
não tinham.
Agora é que se está a ver
quem é quem.E quem constrói
mansões com cagadeiras de ouro
por $US. 10.000.000,00, com o
dinheiro que também pertence
aosque ainda vivem em cubatas
de pau-a-pique, aos velhos que
às sextas-feiras deambulam de
mão estendida à mendicidade,
ao povo que quando doente
é transportado ao hospital de
“cangulo” ou de “caléluia” e lá
morre por falta de Cloroquina e
Aspirina. Dinheiro que também
é das crianças que estudam nas
barracas de chapa de zinco,com
cadeiras de latas de leite, sem
merenda e sem transporte esco-
lar.
Claro que o dinheiro do erário
público pertence aos meninos, fi-
lhos dos do poder, que estudam
nos colégios de luxo, têm meren-
da gostosa, chegam ao colégio
de VX com ar condicionado, de
fatinho e gravata, não se sujam
na terra porque jogam a bola no
salão do ATL e só bebem sumo
fresquinho. Comunismo é assim
mesmo e, só não é comunista
quem tem falta de oportunidade.
Mas, tudo sem equidade, e sem
que os da seleção nacional do
poder, porque desde o tempo do
marxismo que estão tão suma-
mente pobres que não têm se-
não dinheiro, nem se apercebem
da dor de quem está a sofrer.
É! É isso mesmo, de quem
está a sofrer calado, para não
levar porrada, nem mordeduras
daqueles cães adestrados para
matar.
Texto: Primo Tony
Fotografia: Arquivo ChelaPress
F
olheando a história real
de há 40 anos, voltamos
a página do 25 de Abril
de 1974. Recordamos o
golpe de estado em Portugal,
de que foi ideólogo Otelo Sa-
raiva de Carvalho e teve como
executante o saudoso Capitão
Salgueiro Maia, herói do 25 de
Abril, a quem, pela sua bravura e
determinação política, os povos
das antigas colónias devem um
agradecimento.
Foi o alívio dos três movi-
mentos de libertação de Angola,
que já estavam como que em si-
tuação de desistência, segundo
relatos dos que vieram do maqui
ainda de consciência íntegra. E
não só, porque também os nos-
sos olhos viram entrar menos de
uma centena de guerrilheiros
(excluo aqui a FNLA que se nos
apresentou com o exército Zai-
rense de Mobutu e depois levou
com a do“corações em geleiras”).
Foi a lufada de ar para quem já se
sentia asfixiado poder ressurgir
da fénix com muito ar. É próprio.
Mas não deixam por isso de ser
heróis da pátria. Honremo-los.
Assinaram-se então em terras
de Angola, os acordos de paz en-
tre Portugal e os movimentos de
libertação FNLA, MPLA e UNITA,
que mesmo tendo lutado pelo
mesmo fim durante treze anos,
nunca se entenderam, nem tão-
pouco em vez alguma se teriam
aproximado entre si, como se
sabe, por imposição e interesses
das potências imperialistas em
que estes movimentos se encon-
travam apoiados.
Entretanto, outras forças po-
líticas angolanas de peso, como
a FUA (o partido dos intelectuais
e tecnocratas angolanos), não
foram acreditados pelo regime
pró-comunista, que então do-
minava a frágil governação por-
tuguesa pós 25, com toda a sua
gama de políticos inexperientes
e governos lúdicos da época, em
que quase todos os dias havia um
novo governo a sair do forno.
É então que, assinados os
acordos de Alvor, aqueles três
movimentos de libertação, só
eles acreditados, entraram para
as cidades, vilas e vilarejos, com
todo o seu potencial bélico e
mais algum. Esse mais algum,
refere-se àquele material de
guerra do exército português em
Angola, que Portugal, numa fase
entãomarcada pelo “Almirante
Vermelho”,mandou entregar ao
MPLA. Com isso,começava-se a
desenhar uma sádica guerra civil
pela ganância do poder e pela
sede de experimentar mandar
com ou sem visão de sucesso.
Enquanto isso, começavam as
filiações nos três movimentos. Os
bacongos, como é óbvio, aderi-
ram na sua maioria à FNLA, por
se tratar de um movimento origi-
nário da sua tribo. Os ovimbun-
dos, esses aderiram em massa à
UNITA, claro que, por se tratar
G
anha força entre as em-
presas o capitalismo
consciente de que a
sua contribuição para a
sociedade vai além da geração de
lucro, renda e empregos. As crises
económicas e sociais que volta e
meia assolam o território ango-
lano, levaram a administração da
Omatapalo, empresa de direito
angolano, líder da região centro e
sul de Angola, com sede no Bairro
Tchioco, zona industrial II, Luban-
go - província da Huíla, a repensar
o propósitodos seus empreendi-
mentos, das suas construções e o
papel dos negócios num país sa-
turado de muitos e velhos para-
digmas. A Omatapalo, sintoniza-
da com os novos tempos, através
do seu gestor principal, Carlos
Alves, tem vindo a impulsionar
um modelo de desenvolvimento
que tem proporcionado cada vez
mais ganhos no panorama corpo-
rativo.
Trata-se do capitalismo cons-
ciente, conceito que consiste
essencialmente na ideia de que
a Omatapalo, Empresa de En-
genharia Construção S.A. -
Obras Públicas, Obras Particula-
res e Projectos de Arquitectura e
Engenharia,deve ter uma motiva-
ção maior do que apenas a bus-
ca de lucro a qualquer preço. “O
capitalismo consciente repre-
senta uma profunda e necessá-
ria transformação na forma de
fazer negócios, onde aspectoa
como governança, modelo de
negócios ou contratos, relacio-
namento com a comunidade e
meio ambiente constituem uma
constante. As empresas que
não se adequarem a essas mu-
danças provavelmente ficarão
para trás. Não basta ser apenas
a melhor empresa de Angola,
mas a melhor para Angola. A
Omatapalo não quer visar ex-
clusivamente o lucro, mas pre-
cisa ter um conjunto de valores”,
refere Carlos Alves, administra-
A omatapalo, uma mais
valia para Benguela
benguela
dor executivo da Omatapalo.
“Quando vamos construir
um empreendimento, pensa-
mos no que a obra pode trazer
de conceitos e como contribui
para mudanças de comporta-
mentos positivos”, diz André
Costa, delegado da Omatapalo
na província de Benguela.
Carlos Alves é o coordenador
de uma vasta equipa, focalizada
para atingir objectivos e concre-
tizar projectos. A força da Oma-
tapalo diariamente contribui com
seu trabalho para a organização e,
por outro lado, todos os parceiros
com quem tem vindo a crescer ao
longo de mais de uma década,
qualificando-se.
A sua cultura assenta no dina-
mismo, na honestidade, na capa-
cidade de resposta às necessida-
des do país e na disponibilidade
para o trabalho. Com elevado
pendor angolano no que respeita
aos seus funcionários, muitos dos
quais estão na empresa desde a
primeira hora, tem vindo a ser
reforçada e todos os dias, novos
colaboradores são admitidos na
empresa. Todavia, a maioria as-
simila rapidamente a cultura da
empresa e, assim, faz crescer a
grande Omatapalo.
Consideravelmente jovem
mas experimentada em Angola,
é pluridisciplinar e fortemente
comprometida com os valores de
qualidade, cumprimento de com-
promissos, ou seja, asatisfação in-
tegral dos seus clientes, que são:
as instituições públicas, empresas
públicas e privadas e clientes par-
ticulares de todo o país. É nesta
matriz e filosofia que a Omata-
palo assenta a sua capacidade de
fazer acontecer e crescer.
A Omatapalo é uma empresa
que cresceu sustentadamente há
mais de 12 anos e está localizada
em doze províncias de Angola.
Anos depois, a Omatapalo
orgulha-se de possuir uma mo-
derna estrutura num edifício-sede
de 1600 metros quadrados. Além
de sede própria no Lubango, a
sua experiência também inclui
10 anos de actuação em diver-
sas províncias angolanas, como o
Cunene, Namibe, Benguela.
A DAMER GRÁFICAS S.A., NO LOBITO
A província de Benguela conta desde o passado dia 12 de Maio com a presença de mais uma
empresa que vem intensificar a aposta dos empresários angolanos na região.
Trata-se da Damer Gráficas S.A., uma prestigiada empresa, 100% angolana, que inaugurou o seu
escritório na zona do 28, na cidade do Lobito, tendo organizado uma pequena, mas muito simpática,
festa de inauguração.
Falamos de um espaço moderno, agradável, capaz de proporcionar o melhor atendimento a todos
aqueles que até lá se desloquem.
A aposta na província de Benguela tem como objectivo oferecer aos seus clientes da região a
possibilidade de terem todos os produtos produzidos nas actuais instalações fabris em Luanda, mas
agora “à porta de casa”.
Dotada dos melhores equipamentos, a nível mundial na área das artes gráficas, a Damer pretende
com este investimento, encurtar a distância entre a capital e a província de Benguela, que era, até
agora, altamente deficitária na oferta deste tipo de produtos.
Produzindo todo o tipo de produtos impressos, a qualidade, a rapidez e o atendimento
personalizado, são as imagens de marca desta dinâmica empresa.
6. 10 CHELAPRESS | 14 DE julho 2014 11CHELAPRESS | 14 DE julho 2014
JustiçaEconomia
Empresas - Gerir melhor
as contas a receber de clientes
O
s valores a receber
que se acumulam na
conta de clientes do
balanço patrimonial
de uma empresa são o resulta-
do da concessão de crédito ou
parcelamento do pagamento de
uma compra. Isso faz parte de
um processo muito comum de
comercialização para manter a
empresa competitiva, atraindo
clientes e, com isso, aumentando
as vendas e os lucros. Porém, ao
se adiar recebimentos, as empre-
sas diminuem seu caixa, além de
aumentar o risco da inadimplên-
cia.
O executivo financeiro deve
gerir directamente a conta de
clientes e se envolver no estabe-
lecimento da política de crédito,
a qual inclui o processo de se-
lecção de clientes, determinação
de procedimentos e a análise do
crédito propriamente dita. Pou-
ca restrição pode significar au-
mento significativo nas vendas
e na inadimplência. Já o contrá-
rio acarreta uma diminuição das
vendas, porém com redução do
risco no recebimento. Os pro-
cessos de vender e receber ade-
quadamente estão ligados a uma
política de crédito eficiente.
Existem inúmeras variáveis
envolvidas na análise de crédi-
to de uma empresa, tais como
a concessão com restrições, os
prazos, os valores envolvidos, as
garantias oferecidas, etc. Na prá-
tica, a empresa enfrenta algumas
questões que devem ser respon-
didas, como o custo para finan-
ciar os clientes, o risco envolvido
e o capital de giro necessário
para conceder crédito. Os ana-
listas de crédito frequentemente
utilizam o conceito dos 5 Cs para
orientar suas análises sobre as
dimensões-chave da capacidade
de um cliente:
Textos: SANDRO SANTOS*
Fotografia: Arquivo chela
O
Tribunal Militar da Re-
gião Centro (TMRC),
condenou no passado
dia 6 de Junho, o réu
Major José Lino Gonçalves (pi-
loto) a 6 anos de prisão efectiva
e absolveu o capitão Francisco
Gomes de Almeida (co-piloto),
ambos da Força Aérea Nacional
(FAN), acusados de crimes de
“negligência no serviço e vio-
lação das regras de voo e sua
preparação”.
O Tribunal argumentou ter
provado o crime de “violação das
regras de voo” por parte do pilo-
to José Lino Gonçalves, mas não
provou todas as acusações que
pendiam contra o co-réu Fran-
cisco Gomes da Silva, durante as
sessões de julgamento realizadas
de 6 a 9 de Maio de 2014, na ci-
dade do Huambo, presididas pelo
meritíssimo juiz deste Tribunal,
coronel Eurico Maria Pereira.
O Tribunal justificou que a
condenação do réu Lino Gonçal-
ves, 43 anos, dos quais 23 como
piloto, baseando-se na “Lei Inter-
nacional da Aviação Civil”, que
atribui aos comandantes todas as
responsabilidades na gestão das
aeronaves e pessoal subalterno
durante os voos.
O réu, que vai cumprir cadeia
na unidade penitenciária do Hu-
ambo, foi também compulsiva-
mente afastado das Forças Ar-
madas Angolanas (FAA), as quais
serviu durante 26 anos. A Força
Aérea Nacional foi também soli-
dariamente condenada a pagar 3
milhões e 500 mil Kwanzas aos fa-
miliares de cada vítima e 1 milhão
de Kwanzas aos visados.
O absolvido, (piloto instruen-
do), deverá permanecer no exér-
cito, desconhecendo-se se con-
tinuará ou não com a formação
que vinha fazendo para adaptar-
se como piloto de aviões “Em-
brarer-120”, onde estava a ser
instruído, depois de ter passado
já por uma outra aeronave.
Como tudo aconteceu
José Lino Gonçalves e Francis-
co Gomes de Almeida estiveram
aos comandos de uma aeronave
“embraer-120” da FAN, queno
dia 14 de Setembro de 2011,se
acidentou no Aeroporto Albano
Machado, no Huambo, quando
fazia a descolagem da rota Luan-
da-Huambo-Catumbela-Luanda,
causando a morte a 26 passagei-
ros, entre militares e civis.
Contra os réus pendiam acu-
sações movidas pelo Ministério
Público (MP) de terem alterado a
composição da equipa da tripu-
lação da aeronave, tendo o co-
mandante Lino Gonçalves per-
mitido que o capitão Francisco
de Almeida seguisse na aerona-
ve como piloto observador, sem
autorização dos seus superiores
hierárquicos.
Segundo ainda a acusação, o
comandante fez embarcar onze
passageiros a partir do Aeroporto
de Luanda, entre militares e civis
Seis anos de prisão e expulso do Exército
com destino ao Huambo, tendo a
aeronave partido às 8 horas. Este
embarque, segundo a acusação,
terá colocado em risco as normas
de segurança de voo e dos pas-
sageiros.
O Tribunal declarou ainda que
o réu Lino Gonçalves, ao permi-
tir que o seu colega Francisco de
Almeida seguisse na aeronave na
qualidade de piloto observador,
terá alterado a disposição dos
lugares da tripulação escalada,
tendo o técnico de manutenção,
o malogrado tenente Miguel, se
sentado num dos lugares de pas-
sageiros.
Julgamento e revelações
da “caixa negra”
A primeira audiência, realizada no
dia 6, foi marcada com a apre-
sentação da “caixa negra” do
avião, descodificada no Brasil,
país fabricante da referida aero-
nave. Apresentada pelo coronel
Isaías da Graça Francisco, chefe
da comissão de inquérito do aci-
dente e também responsável pela
prevenção de acidentes da FAN,
durante a apresentação da “cai-
xa negra” concluiu-se não terem
sido observados, pelos pilotos,
alguns procedimentos necessá-
rios para uma descolagem sem
sobressaltos.
Baseando-se nas gravações
apresentadas pela “caixa negra”,
e exibidas num painel pelo coro-
nel Isaías da Graça Francisco, o
avião não imprimiu a rotação ne-
cessária que lhe permitiria a corri-
da para a descolagem, que devia
ser de 117 nós, contra 100 ou 110
feitos, conforme tinha sido acor-
dado durante o “briefing” entre
os pilotos, ainda no Aeroporto
Albano Machado.
O especialista em prevenção
contra acidentes explicou que,
com a rotação feita, o avião não
estava habilitado a descolar com
sucesso para fazer a “perna”, ou
rota, do Aeroporto Albano Ma-
chado até à Base Aérea da Ca-
tumbela (Benguela), que seria o
seu próximo destino, conforme se
constatou nas imagens durante a
queda do avião.
Segundo o coronel Isaías da
Graça, que é também piloto avia-
dor há 32 anos, e atendo-se ainda
às explicações contidas na “cai-
xa negra”, o co-piloto Francisco
Gonçalves de Almeida, que na-
quele fatídico dia se encontra-
va com o comando do controlo
direccional e afragem (manche),
apresentava dificuldades para
fazer a rota Huambo-Catumbela,
ainda na pista Albano Macha-
do, como ficou demonstrado nas
imagens.
As imagens exibidas numate-
la revelavam o interior do cockpit
(cabina), a fraca rotação dos ma-
nómetros e a movimentação dos
pedais em forma desordenada a
partir do lugar do co-piloto da
aeronave, ainda na pista, e com
base nesta ondulação, segundo
Isaías da Graça, o avião tentou
descolar, mas sem sucesso, des-
viando-se para o lado esquerdo
da pista, tendo-se imobilizado em
seguida.
Piloto refutou acusações
Chamado a depor pelo meritíssi-
mo juiz Eurico de Matos Pereira,
o comandante da aeronave Lino
Gonçalves começou por refutar
as acusações que pendiam contra
si, dizendo que a tripulação havia
observado todos os procedimen-
tos para que se efectuasse um
voo seguro, como sempre o fez,
nestes 23 anos que é piloto de li-
nha da Força Aérea Nacional.
“Fiz todos os procedimen-
tos que competiam a um co-
mandante, mas não sei o que
se passou depois realmente
para que houvesse o acidente”,
justificou-se perante o juiz da
causa, reforçando que, até à altu-
ra em que respondia ao Tribunal,
não sabia exactamente o que terá
ocorrido para que o avião se des-
penhasse.
Lino Gonçalves negou tam-
bém que o avião tivesse qualquer
problema técnico no dia em que
se despenhou, não obstante, dias
antes, a direcção da área técnica
ter notificado o “Comando das
Operações” para os serviços ro-
tineiros de revisão e/ou manuten-
ção da aeronave, “mas que ainda
podia voar sem quaisquer pro-
blemas”, respondeu à pergunta
do meritíssimo juiz deste Tribunal,
sobre o estado técnico em que se
encontrava o avião.
Co-piloto (instruendo)
O réu e co-piloto Francisco de
Almeida, instado a pronunciar-
se pelo juiz-presidente, o coronel
Eurico Matos Pereira sobre a
sua presença neste voo, respon-
deu que apareceu porque na sua
unidade havia uma escala diária
de serviços “para comandantes,
co-pilotos e pilotos instruen-
dos” que deviam seguir via-
gem nas aeronaves e foi nestas
circunstâncias em que aparece
como co-piloto instruendo, de-
fendeu-se.
Disse que na qualidade de
co-piloto instruendo nesta aero-
nave, a sua missão era de apren-
der a pilotar o referido avião,
depois de ter passado já por um
outro, onde foi qualificado como
piloto. Segundo o réu, com o
comandante Lino já voou mais
de três vezes, sendo que o últi-
mo voo acontecera no dia 5 de
Setembro de 2010, um ano antes
do acidente, transportando uma
delegação da Igreja Católica de
Luanda ao Kuito (Bié), e vice-ver-
sa, e que o mesmo terá ocorrido
sem nenhum sobressalto.
1. Carácter – O histórico
do solicitante quanto à idonei-
dade e ao cumprimento de suas
obrigações financeiras, contra-
tuais e morais. Dados históricos
de pagamentos sem quaisquer
causas judiciais pendentes ou
concluídas.
2. Capacidade – Repre-
senta o potencial do cliente para
quitar o crédito solicitado. No
caso de empresas, são realizadas
análises dos demonstrativos fi-
nanceiros.
3. Capital – A solidez fi-
nanceira do solicitante, confor-
me apresentado em seu balanço
patrimonial. O total de Passivo
Circulante e Não Circulante é
analisado frequentemente.
4. Colateral – O montante
de activos colocado à disposição
pelo solicitante para garantir o
crédito.
5. Condições – Análise
das condições empresariais, mais
ou menos favoráveis para a con-
cessão de crédito.
Esses são baseados nos con-
ceitos de geração e inovação de
valor e, se bem cumpridos, são
objecto de um sucesso empre-
sarial.
*Economista
Cresce trabalho infantil em angola
miserável rendimento resultante
do trabalho feito por estes petizes
é que sustenta muitos lares.
Algumas destas crianças, cuja
idade varia entre os 8 e 12 anos,
são obrigadas a abandonarem a
escola para se dedicarem ao tra-
balho ou à venda ambulante, co-
mercializando algo que no fim do
dia dê algum dinheiro para com-
prar comida ou uma peça de rou-
pa usada no mercado informal.
Durante a venda, alguns pas-
sam por sevícias cometidas por
fiscais das Administrações Mu-
nicipais, correndo-os para não
comercializarem em locais im-
próprios, chegando-se ao ponto
de lhes receberem o negócio e
o pouco dinheiro que arrecadam
das vendas, levando-o para par-
te incerta. Para além da atitude
dos fiscais, que têm “dois pesos
e duas medidas”porque exercem
a sua actividade para combater a
desordem da venda ambulante
em locais impróprios- até aqui
tudo bem- mas a verdade é que
muitas vezes cometem excessos
de zelo na sua actuação, havendo
Texto: Ismael Nascimento
Fotografia: Arquivo ChelaPress
Texto: Ismael Nascimento
Fotografia: Arquivo ChelaPress
A
pesar dos incessantes es-
forços das organizações
filantrópicas que zelam
pela defesa dos direitos humanos,
sobretudo no que concerne ao
combate ao trabalho infantil, em
Angola nota-se a existência de
focos desta natureza, embora em
pequena escala, mas preocupan-
te, por se tratar de violação dos
direitos desta franja de cidadãos.
O que parecia ser um caso
simples, está a ganhar contor-
nos imprevisíveis nos dias que
correm, havendo crianças que
são submetidas pelos próprios
familiares(pais, tios, avós, irmãos
e outros), e não só, a fazerem tra-
balhos de carga e descarga, ven-
da de bens alimentares e outros
bens de consumo nos mercados e
em locais de maior concentração
populacional, nas zonas urbanas
e rurais.
Luanda, Huambo, Benguela,
Huíla, Lundas Norte e Sul, eram
inicialmente considerados como
sendo os centros de maior con-
centração urbana, onde começa-
ram a ser notórios os primeiros
focos deste trabalho, mas, hoje,
a situação expandiu-se paulatina-
mente para outras regiões. Aliás,
quase um pouco por todo o país.
A alegação é a de que o módico e
casos em que a repressão contra
estas crianças termina em agres-
sões físicas.
Existem exemplos à mão de
semear sobre as sevícias que al-
gumas crianças sofrem, e, por
isso mesmo, numaaltura em que
estamos em Junho, mês consa-
grado à Criança (1 de Junho, dia
Internacional, e 16 de Junho, dia
da Criança Africana), urge a impe-
riosa necessidade de quem de di-
reito proteger esta “espécie” hu-
mana mais fragilizada, sobretudo
no continente Africano.
Perante este triste quadro,é
preciso que o próprio Governore-
dobre a sua política de protecção
à criança, assim como o comba-
teao trabalho infantil, já que com
base em denúncias públicas das
autoridades polícias há indícios
de haver grupos bem organizados
que recrutam clandestinamente
crianças para o exercício de tra-
balhos que não lhes competem.
O caso mais recente acon-
teceu na Huíla, no ano passado,
onde um indivíduo não identifi-
cado recrutou petizes num dos
municípios desta província, levan-
do-as para algures numa das fa-
zendas localizadas na vizinha pro-
víncia do Namibe. O facto só não
foi consumado graças à denúncia
atempada, e logo as autoridades
intervieram para a libertação das
mesmas, devolvendo-as às suas
áreas de residência.
julgamento do piloto da força aérea
7. CHELAPRESS | 14 DE julho 2014
aqui mandoeu
Por: francisco rasgado
SE A MODA PEGA, BENGUELA SERÁ PRESA
PELO PROCURADOR DIAS DA SILVA
A FOME E A MISÉRIA INVADEM
AS CASAS DE POLÍTICOS E
GOVERNANTES DE BENGUELA
FICOU-LHE MUITO BEM
HUMILDADE E URBANIDADE
O
tão propalado caso dos funcio-
nários-fantasma do governo,
com implicações muito sérias de
vários directores do governo provincial
de Benguela, ainda vai no adro. Samuel
Zacarias Gomes “Samy”, preso nas
mesmas ou piores condições que Zaca-
rias Camwenho, é apenas uma pequena
peça na engrenagem. Porém, ficou, mais
uma vez, provado que o procurador Dias
Baptista da Silva, junto da polícia econó-
mica de Benguela, não está a ser sensato,
está muito distante da lei e tem vindo a
usurpar funções e responsabilidades de
outras instituições, sob o olhar cúmplice
e silencioso de Domingos Dias, Sub-Pro-
curador Geral da Província de Benguela.
Sem investigação e sem interrogatório
prévio, só homicídio ou flagrante delito
pode determinar a prisão de um cida-
dão, caso contrário só mesmo o tribunal.
O Procurador Dias Baptista da Silva
está abusivamente a prender os pacatos
cidadãos para depois investigar. Caricato,
o processo “Caso de funcionários- fan-
tasma do Governo”,foi aberto inicial-
mente na D.P.I.C. – Direcção Provincial de
Investigação Criminal, transitado para o
tribunal (tratando-se de pessoa localizável,
aguardava em liberdade), para espanto
de todos, o procurador Dias Baptista da
Silva abriu também outro processo que
culminou na prisão de Samuel Zacarias
Gomes “Samy”. Assim fica como? Será
que vai ser julgado por instâncias diferen-
tes pelo mesmo crime? O procurador Dias
Baptista anda com lupa a tentar procurar
trabalho, visibilidade, razão pela qual
aparece, nos últimos tempos, a interferir
abusivamente nas searas alheias. Por falta
de autoridade do Sub-Procurador Geral
Provincial Domingos Dias, que não con-
segue controlar o seu “rebanho”, o magis-
trado principal da Província de Benguela,
Isaac dos Anjos, deve intervir no sentido
de pôr ordem no circo judicial.
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SAPALO ESCOLHEU NOVO FATO
O TRIÂNGULO DE LONDRES
Q
uando chegou a sede
do M.P.L.A. em Ben-
guela como 2º homem,
no tempo do consulado de
Armando da Cruz Neto, direc-
tamente do Cubal, Veríssimo
Sapalo distinguiu-se por não
ser propriamente aquilo a que
se chama “fashion victim”.
Mas o 2º homem do partido
da situação, nas vestes de
1º, porque o verdadeiro 1º
andava sempre ocupado com
a governação da província, mal
aconselhado pelos “spin doc-
tors” do partido, acobardou-
se, perdeu a capacidade de
enfrentar e lutar, deixando os
seus créditos em mãos alheias.
Quase desapareceu do cenário
político benguelense. No fatal
segundo mandato, equili-
brando-se bem nos limites da
mediocridade, Veríssimo Sa-
palo é, ainda assim, o melhor
político possível do M.P.L.A.
face às possibilidades que são
dadas aos militantes.
Z
acarias Camwenho,
arquitecto e ex-director
do Ordenamento do
Território, Urbanismo, Habita-
ção e Ambiente, depois de ter
concluído, na cidade do Porto
– Portugal, a sua formação
por uma semana, juntamente
com boa parte do governo
de Benguela, incluindo Isaac
dos Anjos, Governador da
Província de Benguela, foi
viver temporariamente para
Londres, capital do Reino
Unido, país de Sua Majestade.
Zacarias Camwenho vive
numa das zonas londrinas
mais caras, o bairro Hendon-
North West, onde o amigo
de peito, o Jamba, poderá
passar para almoçar ou jantar
com ele nos restaurantes
caríssimos que o urbano
frequenta. Acompanhado ou
não do arquitecto Lobão, que
é um gastrónomo, para dis-
cutir política angolana, ou os
temas de inglês de Shakes-
peare e filosofia política que
o ex-administrador municipal
adjunto de Benguela, Director
Provincial das Obras Públicas e
Director Provincial do Ordena-
mento do Território, Urbanis-
mo, Habitação e Ambiente
está a estudar.
Gente fina é outra loiça,
não se mistura, nem luta.
N
ão se concebe como
é que Benguela, pro-
víncia marcada por
uma forte urbanidade e in-
telectualidade, não está sen-
sível, pelomenos, para olhar
para os grandes problemas
dos mais desfavorecidos da
Província. A pobreza, a fome
e a loucura estão na rua e
alguns políticos e governan-
tes permanecem indiferentes
ao cenário.
Era suposto verificar ape-
nas cenários tristes e chocan-
tes na Benguela profunda,
nos municípios, nas zonas
periféricas e nos bairros
suburbanos,de onde a maio-
ria de políticos e governantes
saíram e hoje fazem questão
de esconder as suas próprias
origens miseráveis, fazendo
olho grosso para os que por
lá ficaram.
Ironia do destino, a pobre-
za e a fome com eles e nos
seus próprios novos meios
urbanos,os persegue.
Acudam! Ana Maria Bea-
triz, natural de Katchiungo -
ex- Bela Vista – Huambo, nas-
cida aos 31 de Maio de 1978,
casada com Victor Chiquete
Catumbela, mãe de quatro fi-
lhos, na Rua Sacadura Cabral,
a viver ao relento, no espaço
da E.N.A.M.A., profundamente
doente e sem alimentação.
Por favor, tenham dó.
8. 14 CHELAPRESS | 14 DE julho 2014 15CHELAPRESS | 14 DE julho 2014
SociedadeSociedade
Luís Rasgado, presidente da assembleia geral e Dumilde Rangel, presidente do conselho fiscal
Gabriel defende mais
coesão nas Acácias Rubras
JORGE GABRIEL É O NOVO PRESIDENTE DE DIRECÇÃO DAS ACÁCIAS RUBRAS
procuraram debater o assunto,
certos cidadãos enervaram-se e,
ao tentarem argumentar, perdiam
manifestamente a razão.
As ideias iam fazendo o seu
caminho na consciência da socie-
dade benguelense e da popula-
ção em geral de Benguela.
Angola, no dia 28 de Junho
esteve de olho em Benguela. Os
benguelenses estiveram de olho
na melhor opção para Benguela
dos benguelenses. Angola esteve
em movimento. Benguela esteve
em movimento para encontrar o
melhor local para a Direcção das
Acácias Rubras e os melhores na-
turais e amigos para os seus cor-
pos directivos.
A vida está em movimento. A
vida, Benguela e você que é natu-
ral ou amigo de Benguela, estive-
ram presentes no salão nobre da
Administração Municipal de Ben-
guela, uma moldura constituída
por várias dezenas de associados,
votaramanova e única lista dos
corpos directivos das Acácias Ru-
bras, com muita cidadania.
No final das eleições, a co-
missão eleitoral composta por
Miguel Maiato, Carlos Gregório,
Herculano Costa e João Bernar-
do “Kudi”, identificou 71 votos a
favor da lista única, 4 votos con-
tra, 3 ausências e nenhuma abs-
tenção.
A urbanidade, um exercício
de cidadania, uma particulari-
dade dos benguelenses de Ben-
guela que perdurou, mais uma
vez, permitindo com serenidade
e responsabilidade a formação e
a aprovação por unanimidade de
uma lista única de harmonia das
Acácias Rubras.
Os benguelenses de Benguela
nunca discordam, discutem muito
e raramente desafinam.
Teremos para os próximos
anos uma Associação dos Na-
turais e Amigos da província de
Benguela para Benguela, muito
forte e parceira do Governo Pro-
vincial de Benguela, e onde a di-
visa será sempre e acima de tudo
os interesses mais elementares do
povo de Benguela. Benguela para
Benguela, sem cores políticas,
etnias e religiões.Benguela mais
equitativa, única e indivisível.
Lista dos Corpos Gerentes da
Associação dos Naturais e Ami-
gos da Província de Benguela.
ras importantes que gostaria que
testemunhassem o acto e que
por imperativo da vida não es-
tão, mencionar duas grandes se-
nhoras que “se sentiriam muito
orgulhosas de nós, estou a me
referir à minha mãe e à mãe do
Luís de Oliveira Rasgado, que,
por conseguinte, conversavam
muito, duas senhoras sofridas,
duas senhoras importantes
de Benguela. Para elas muito
obrigado! Agora sim gostaria
de lembrar Mário Rui Tanakas,
que guardei para vos dizer que
é o meu secretário a título pós-
tumo e depois vamos pensar
numa pessoa possível à ima-
gem do nosso querido Mário
Rui” homenageou o recém- elei-
topresidente.
Entretanto, o também hotelei-
ro Jorge Gabriel, ainda no capí-
tulo das homenagens, não deixou
de referenciar o malogrado Paulo
Jorge, ex-Governador da Pro-
víncia de Benguela,pelo seucon-
tributo prestado em prol da As-
sociação das Acácias Rubras. De
acordo com Gabriel, este homem
foi, mais do que ninguém, o que
uniu os benguelenses tanto den-
tro como fora: “O dono de muitas
obras e de muitos valores. Uma
pessoa de consenso, de valor”.E
prosseguiu: “ Também ainda
conto com a tia Bebé, sei que
ainda vai dar o seu contributo
às Acácias Rubras. Para ela, um
breve regresso, óptima saúde e
que a debilidade no pé não lhe
corte nada e não lhe impossibi-
lite de fazer nada, porque eu sei
que ela, de todas as outras for-
mas, ela vai estar com Bengue-
la” considerou, tendo, no entanto,
pedido aos membros das Acácias
Rubras, coesão, unidade, harmo-
nia, a fim de que a equipa ora
eleita, que para uns, considerou, é
uma equipa dividida, para outros
ficou fragilizada, tendo clarifica-
do que “aqui não há partes. Há
uma lista, há benguelenses com
um único objectivo e interesse,
resolver os problemas mais im-
portantes. Vocês sabem quais
são” desafiou a Assembleia.
Porém, fez saber, o que im-
portadaqui para frente, é lutar
afincadamente contra alguns pro-
blemas que enfermamos bengue-
lenses de modo particular, nome-
adamente, a pobreza e fome,
ASSEMBLEIA GERAL
Presidente Luís de Oliveira Rasgado
Vice-presidente José Severino Vasconcelos
Vice-presidente Matias Lima Coelho
Vice-presidente Manuel Vicente Inglês Pinto
Vice-presidente Júlia Ornelas
Secretário Luís Gomes
DIRECÇÃO
Presidente Jorge Gabriel Brito
Vice-presidente Teresa Cohen dos Santos
Vice-presidente Francisco de Boavida Rasgado
Vice-presidente Jorge Valentim
Vice-presidente Joaquim José Luís Grilo
Secretário p/ Administração José Guerreiro
Secretário p/ Finanças Adérito Saramago Areias P.
Secretário p/ Desportos Fernando Barroso
Secretário p/ Juventude José Ramon
Secretário p/ Cultura e Recreação Carlos Flora Ramos
Secretário p/ Projectos Sociais Mário Kajibanga
Secretário p/ Informação Adão Felipe
Secretário p/ Municípios Miguel Máquina
Secretário p/ Assuntos Judiciais Dr. Paula Godinho
Secretário Executivo (a título póstumo) Mário R. de Vasconcelos
VOGAIS
Octávio Pinto Galvão Branco
Horácio Rasgado António Freitas
Fernando Jordão Numa Pompeu Pompilio da Silva
Raimundo Fernandes José Araújo Torres
Júlia N’guenda Ana Sofia Roque
Fernando Bravo Manuel António Monteiro
Fernando Simões Fernando Andrade
José Carlos Fonseca
CONSELHO FISCAL
Presidente Dumilde das Chagas S. Rangel
Secretário Luís Bonfim
Relator Roberto Lima
Vogal Celestino Kanda
ASSOCIAÇÃO ACÁCIAS RUBRAS
LISTA ÚNICA APROVADA EM ASSEMBLEIA
F
ernando Vidinha é um ho-
mem de 53 anos de idade e
fruto de uma existência vivi-
da entre a alegria de ser e estar
como ele é, e o desafio sempre
presente de uma pessoa habitua-
da a trabalhar no duro para vencer
tudo quando lhe surgisse como
obstáculo, quer fossem natural ou
artificial. Com uma fluidez eston-
teante, Fernando Vidinha conta
a sua vida com orgulho e certa
nostalgia, sobretudo sustentada
por ter que deixar para trás Por-
tugal e sua família em busca de
outros rumos, outros desafios.
Por que não outras aventu-
ras mais tropicais, mais quentes?
Tivemos pela frente um homem
disposto a não deixar cair uma lá-
grima sequer, quando confronta-
do com questões muito pessoais;
questões que, de algum modo,
o transformaram num “herói do
trabalho” em várias regiões do
país, onde fora chamado a acudir
situações que chegaram mesmo
a meter em risco a sua vida e, há
quem diga com arrojo, a própria
vitória da paz...
Um homem, vários
investimentos e várias provas
Benguela Construções Lda
uma união de sucesso
O PATRÃO DA “BENGUELA CONSTRUÇÕES Lda”
Dez em cada dez empresários bem-sucedidos têm algo em co-
mum: conquistaram o mercado apostando em um diferencial.
Excelência, inovação, competência, profissionalismo e ética. To-
dos esses itens em união são a razão do sucesso da Benguela Cons-
truções Lda. Está no mercado há mais de 10 anos e reúne vários
serviços associados, integrados no Grupo AB Industrial – Alumínio
Benguela, transformadora de alumínio, transformadora de mármo-
re e granitos, serralharia de ferro (infraestrutura metálica), serração
de madeira, carpintaria, fabrico de cozinhas e transformadora de vi-
dros.
Na prossecução do objetivo estratégico para a intensificação do
desenvolvimento da estrutura económica benguelense, a empresa
Benguela Construções Lda., tem vindo de forma muito discreta (nos
últimos tempos) a ocupar uma posição de elevado protagonismo na
Construção Civil e Obras Públicas na província de Benguela e quiçá
da região centro de Angola.
Em perspectiva a formação de várias unidades de trabalho, no-
meadamente: exploração de granito,fábrica metalomecânica, fábrica
de pré-forçados, lancil, bobadilha, pavê e blocos, fábrica de cimento
cola e reboques e britadeira com saída de 400 metros cúbicos.
A Benguela Construções tem assente a sua estratégia de actua-
ção na prestação de um serviço personalizado e na conjugação da
relação preço/qualidade com inovação/ tradição. São princípios bá-
sicos que contribuem para a posição que a mesma ocupa no mer-
cado onde opera, nomeadamente, Benguela, Lobito, Cubal, Ganda
e Huambo.
Neste sentido e de modo a ir de encontro às necessidades mais
imaginativas dos Clientes, a Benguela Construções Lda. está a imple-
mentar novos posto de trabalhos.
Sinais que fazem parte do historial da empresa e que represen-
tam o compromisso desta entidade com o amanhã.
A
Assembleia Geral para
eleições de novos cor-
pos gerentes das Acá-
cias Rubras – Associa-
ção dos Naturais e Amigos da
Província de Benguela, um acto
há muito desejado por todos os
benguelenses, teve lugar, no salão
nobre da Administração Munici-
pal de Benguela, no dia 28 de Ju-
nho de 2014, sob a orientação de
José Severino de Vasconcelos,
presidente em exercício da Mesa
da Assembleia, em substituição
de Hermínio Escórcio, ausente
por razões profissionais.
Os acontecimentos que an-
tecederam a realização propria-
mente dita da aludida Assembleia
Geral foram muito escritos pelos
jornais, os políticos e governantes
bem como assistência aos mais
carenciados. E ficou o compro-
misso da parte dele, de passar
por lugares que necessitam de
assistência social como o caso
da Casa dos Gaiatos, Abrigo,
Centro de Recuperação Desa-
fio Jovem “E se me deixarem,
o beiral dos pobres também
vai voltar”. Para finalizar a sua
intervenção disse que nesta
eleição, apesar de ter havido
uma única lista, ninguém saiu
derrotado ou vencedor, pelo
contrário todos ganharam, prin-
cipalmente a velha Ombaka e
os seus filhos.“ Só ganhou Ben-
guela mais uma vez”,disse para
quem a coesão é importante no
seio do grupo.
O
recém-presidente elei-
to considera a coesão
e unidade como pres-
supostos básicos e garantia de
uma convivência sã entre os
membros associados das Acá-
cias Rubras. Dedicou parte do
seu primeiro dos muitos dis-
cursos, a homenagear algumas
figuras benguelenses, como a
mãe de Luís de Oliveira Ras-
gado “Dufa”, presidente ces-
sante e a sua mãe.
Jorge Gabriel, que inter-
veio depois de ter sido eleito,
em Assembleia, presidente
da Associação dos Naturais e
Amigos de Benguela, Acácias
Rubras, disse que sempre pau-
tou a sua conduta pela simpli-
cidade. Para ele, foi graças a
intervenção dos “mais velhos”
que os membros consegui-
ram o entendimento no seio
da Associação “Compromisso
que fica e que passarei aos
mais novos: educação e boas
maneiras. Se me permitirem,
com vocês quero gritar bem
alto viva Benguela! E viva os
benguelenses!” exaltou, para
de seguida, no leque de figu-
9. 17
AGORA É O MOMENTO!
Advogados de benguela
em pé de guerra
“A felicidade é absolutamente
necessária para a produção do
melhor tipo de ser humano”.
Referiu o filósofo britânico Ber-
trand Russel (1870-1970).
C
onsiderada como a uni-
dade social mais antiga
do ser humano, a famí-
lia é constituída por um
grupo de pessoas que possuem
grau de parentesco entre si e vi-
vem na mesma casa formando
um lar. Enquanto família tradicio-
nal, esta é normalmente forma-
da pelo pai e mãe, unidos pelo
matrimónio ou união de facto, e
por um ou mais filhos, compon-
do uma família elementar ou nu-
clear.
Como instituição social, a
família está sujeita a influências
que a realidade histórica e cul-
tural determinam. No decorrer
da história, os grupos humanos
tiveram que enfrentar e convi-
ver com realidades diferentes. A
ideia que geralmente concebe-
mos da família como um grupo
relativamente bem estruturado
envolvendo o pai, a mãe e os
filhos nem sempre correspon-
de à diversidade dos modelos
de família existentes e das rea-
lidades que elas vivem. Além da
estrutura familiar tradicional, as
transformações sociais e cultu-
rais proporcionaram a existência
de diferentes estruturas, entre as
quais apenas destacaremos as
seguintes:famíliasmonoparentais
(composta apenas por um dos
progenitores, pai ou mãe - por
diversos motivos - e filhos), famí-
lias alargadas (composta por um
número maior de pessoas, uni-
das por afinidade ou parentesco)
efamília comunitária(composta
por adultos que constituem o
agregado familiar, em que todos
são responsáveis pela educação
da criança).
Pois bem, diante de todas es-
sas mudanças que têm ocorrido
no conceito de família, coloca-
mos a seguinte questão:Será que
essas transformações produzem
bons frutos, socialmente?
Oobjectivo deste novo arti-
go consiste em espelhar o quão
é importante o papel da família
seja ela tradicional, monoparen-
tal, comunitária ou outra, em
termos de construção de valores
do indivíduo.Estamos certamen-
te de acordo quando afirmamos
que os valores são as convicções
e as ideias que temos relativa-
mente a vida, a pessoas e ao di-
nheiro. Estes valores influenciam
os nossos relacionamentos, ou
seja, o modo como nos tratamos
e como resolvemos as diferen-
ças. Nesse sentido, a transmis-
Texto: Alice Ferreira Rasgado*
Fotografia: DR
são de valores deve ser uma das
preocupações de toda a família.
Não é possível formar cidadãos
éticos e preparados para viver
em sociedade sem transmitir os
valores humanos universais. A
família é a instituição social de
maior peso na formação huma-
na, não obstante por vezes esta
ser também a promotora de irre-
gularidades, produzindo efeitos
adversos. Ela exerce a sua influ-
ência durante os anos da infân-
cia e da adolescência, que são os
mais maleáveis do ciclo da vida,
referem os especialistas (Posse
Melgosa, 2006). Esboçaremos al-
guns princípios fundamentais da
relação familiar, de modo a con-
tribuirmos para a construção de
valores em família.
Tanto a criança como o adul-
to, é na família que encontram
o apoio diário que lhes serve de
oásis no meio das actividades
quotidianas. Portanto, família é
um sistema de apoio emocional
básico.O amor, a confiança, a se-
gurança, o conforto, a indepen-
dência, a tolerância são senti-
mentos que se constroem desde
cedo no seio familiar. Quando o
sistema familiar funciona e com
um pouco de esforço, a vida no
lar é uma fonte de saúde mental.
A relação familiar óptima e
continuada não se produz es-
pontaneamente. A óptima re-
lação conjugal é um processo
construtivo e moroso, onde as
manifestações de carinho, de
respeito, de consideração, de in-
teligência, não podem ser deixa-
das ao acaso. Da mesma forma,
o entusiasmo pelos filhos, pelos
seus progressos, e a atitude de
apoio activo na resolução dos
seus problemas devem continuar
para além das primeiras etapas.
Caro leitor, uma família de êxito
constrói-se à base de entrega,
esforço, empenho e dedicação.
As famílias que utilizam a co-
municação a todos os níveis são
potenciadoras de vínculos psico-
afectivos mais fortes que unem os
seus membros. Logo,a comunica-
ção eficaz é um dos fundamentos
básicos do êxito familiar. Nem
sempre é fácil comunicar senti-
mentos, estados de ânimo e ex-
pectativas, contudo, pode conse-
guir-se com a prática e no quadro
de um ambiente favorável.
Valorize os primeiros anos de
vida para a formação da crian-
ça. Aspectos relevantes como
o desenvolvimento do carácter,
a formação de múltiplos traços
da personalidade, bem como os
fundamentos cognitivos, devem
ser impulsionados nos primeiros
oito a dez anos da existência de
todo o ser humano. Jean Piaget
(1896-1980) autor da teoria do
desenvolvimento cognitivo/inte-
lectual, afirma que as competên-
cias académicas e profissionais
do adulto, dependem fortemen-
te da estimulação vivida no está-
dio sensório-motor, fase da vida
da criança entre os 0 e 2 anos de
idade.
Todo o minuto que transcorre
no âmbito familiar é um investi-
mento para o futuro a curto e a
longo prazo. Por isso, valorize o
tempo na convivência familiar.O
tempo dedicado a estar com os
filhos, tanto dentro como fora do
circuito do lar, deixará marcas in-
deléveis. Assim, vale a pena con-
siderá-lo como um investimento
positivo.
Considere a disciplina como
um pilar básico na educação dos
filhos. Para o desenvolvimento
harmonioso da personalidade
da criança, a disciplina é neces-
sária. Sendo assim, esta deve ser
estabelecida de acordo com as
características gerais da idade e
com as peculiaridades da criança
em questão. Para a formação da
autodisciplina, objectivo da dis-
ciplina, é necessário promover
condutas correctas que sejam
livremente aceites pela própria
criança. Logo, a disciplina deve
ser educativa. Esta dimensão
abarca duas funções: a preventi-
va, que se exerce para evitar, tan-
to quanto possível, o comporta-
mento indesejável; e a punitiva,
que se aplica depois se, apesar
de tudo, este tiver acontecido.
A maior parte dos pedagogos
e psicólogos concordam que a
disciplina é a educação para o
autodomínio, que torna a pessoa
mais responsável, mais livre e
mais autocontrolada. A disciplina
positiva e com bons resultados,
requerum processo educativo in-
teligente, sistemático e contínuo.
De igual modo, o ambiente
familiar oferece o melhor con-
texto para a educação sexual das
surgirão e deverão ser satisfeitas
a um nível superior. Porém, pode-
mos encontrar crianças que nun-
ca fazem perguntas sobre este
tema. Isso pode ficar a dever-se
ao facto da criança perceber que
o assunto é rejeitado pelos pais,
talvez por alguma resposta gé-
lida. Crianças há também que,
por não terem recebido estímulo
suficiente para sentir curiosidade
pelo assunto não emitem qual-
quer comentário. De qualquer
modo, aconselhamos aos pais
que criem situações que estimu-
lem a conversa sobre o assunto,
uma vez que é muito importan-
te que seja tratado em família e
que as crianças conheçam estas
coisas antes de iniciarem a sua
escolaridade. As crianças que
aprendem com a família os as-
pectos biológicos, psicológicos e
emocionais, livram-se mais facil-
mente dos preconceitos e tabus
que envolvem a sexualidade.
A partilha de valores espiri-
tuais elevados une e enriquece
a família. Nesse sentido, promo-
ver valores de espiritualidade no
âmbito da família ajuda a crian-
ça de hoje, homem de amanhã,
a sair de si mesmo para oferecer
um serviço altruísta aos outros,
constituindo um favorável passo
para a harmonia e a compreen-
são mútua no seio de qualquer
comunidade e, claro, também na
família.
Concluindo, referimos que
vale a pena acreditar na família
como fonte de felicidade e de
saúde mental para os seus mem-
bros, contribuindo para uma so-
ciedade mais justa, equilibrada e
mais humana.
Cremos, prezado leitor, que
colocamos nas suas mãos exce-
lentes ferramentas para ajudar a
conseguir o melhor para os seus
filhos/protegidos. Lembre-se,
AGORA É O MOMENTO.
N
os termos do artigo
194 da C.R.A, os advo-
gados nos seus actos
e manifestações processuais
forenses necessários a sua ac-
tividade, gozam de imunida-
des nos limites consagrados
na lei.
Porém, a este respeito a lei
especifica, mormente, o Esta-
tuto da Ordem dos Advoga-
dos de Angola no seu artigo
51 determina que no exercício
da sua profissão, o advogado
pode solicitar em qualquer Tri-
bunal ou repartição pública o
exame do processo, livros ou
documento que não tenham
caracter reservado ou secreto,
bem como requerer, verbal-
mente ou por escrito, a passa-
gem de certidões, sem neces-
sidade de exibir procuração.
No entanto, é de referir
que os Advogados têm pre-
ferência no exercício da sua
profissão em serem atendidos
por qualquer funcionário ha-
bilitado para o efeito e têm o
direito ao acesso nas secreta-
rias judiciais.
Contudo, face ao estatuído
quer na constituição quer no
Estatuto da O.A.A, enquanto
legislação especial sobre a ma-
téria, os Magistrados, agentes
de autoridade e funcionários
públicos devem assegurar
aos Advogados, quando no
exercício da sua profissão,
tratamento compatível com
dignidade da advocacia e con-
dições adequadas para o cabal
desempenho do mandato, tal
como determina o nº 1 do ar-
tigo 46 da O.A.A.
CHELAPRESS | 14 DE julho 2014
Psicologia
Benguela Construções – Construção Civil e Obras Públicas Lda
Contribuinte Fiscal Nº 5111029184
Zona Industrial II Calombotão – Benguela
Tel. 272 231 823 – Tlm. 925 400 800
PROJECTAMOS E CONSTRUIMOS O FUTURO
crianças. Os especialistas desta
área marcam o começo da ins-
trução sexual na família duran-
te a idade pré-escolar. Segundo
Sigmund Freud (1856-1939), psi-
cólogo do desenvolvimento psi-
cossexual, a fase fálica da criança,
que compreende as idades entre
os 3 e 6 anos, caracterizada pela
manipulação da região genital,
constitui o momento ideal para a
abordagem desta temática. Ge-
ralmente, as crianças pequenas
sentem curiosidade acerca de
todas as partes do corpo e infor-
mam-se das diferenças entre ho-
mens e mulheres. Começam por
perguntar “porquê tenho isto” ou
“porquê não aquilo”. Caras fa-
mílias, com a primeira pergunta
relacionada com o sexo começa
a educação sexual. Como norma
geral, as respostas devem ser
simples e naturais, correctas e
sem tabus, para que as crianças
possam entendê-las, porque na
verdade no futuro muito próximo
outras perguntas mais complexas
ÚLTIMA HORA
10. 18 CHELAPRESS | 14 DE julho 2014 19CHELAPRESS | 14 DE julho 2014
Jazz Club Jazz Club
O
Rasgado’s Jazz Club,
um empreendimento
cultural localizado na
primeira linha da Baía
Azul, município da Baía Farta,
em Benguela, é um clube com
instalações próprias para efeito,
que tenciona congregar no seu
seio aficcionados do Jazz como à
mais alta expressão músico-cul-
tural. Reunir todos os potenciais
apreciadores do ritmo, estudio-
sos, praticantes e envolvê-los
sem excepção partidária,
racial, religiosa e de sexo
no exercício quotidiano
do clube.
Neste contexto,
pretende-se criar um
calendário anual sócio-
cultural, nacional com
envolvência internacional
que compreenderá acti-
vidades regulares de Jazz
ao vivo, workshops para
abordagensde temas re-
lacionados com o Jazz,
a sua origem, contribui-
ções e outros aspectos
intrínsecos.
O Rasgado’s Jazz
Club vai funcionar em
regime de sócios e, pre-
tende ser um projecto
dedicado ao desenvol-
vimento cultural da pro-
víncia de Benguela, a oferecer
apoio concreto a Direcção Pro-
vincial da Cultura de Bengue-
la, na realização de programas
que concorram para a melhoria
da qualidade músico-cultural e
tecnológica da sociedade ben-
guelense.
Tendo em conta a dimen-
são do projecto Rasgado’s Jazz
Club e os montantes envolvidos
para a sua concretização, a pro-
cura de parcerias com entidades
cujo envolvimento do ponto de
vista promocional e de forneci-
mento de matérias-primas seja
exclusivo, tornando-se funda-
mental.
Todavia, o aparecimento do
Rasgado’s Jazz Club foi mar-
cado por um festival Interna-
cional de Jazz, que teve lugar
no cine calunga nos dias 02 e
03 de Abril de 2011, às 19 ho-
ras, contou com várias bandas
provenientes de Moçambique;
Muzila Project e Yanga Project
que teve como cabeça de cartaz
a categorizada cantora Rahima,
de Cabo-Verde Kim Alves, de
Portugal, Lourent Filipe e três
participações com sua respecti-
vas Bandas de Luanda; Afrika-
nita, Rui Bento Cesar, Yola Se-
medo, e a banda de Hélvio, em
representação de Benguela.
O
RASGADO’S JAZZ CLUB abriu nas redes so-
ciais um espaço para recepção de propostas e
ideias para a elaboração do estatuto, formação
da Direcção do Club de Jazz (de preferência de
estrutura simples, objectiva e sem apêndices), data para a
primeira reunião de sócios, a ter lugar no aludido clube, na
Baía-Azul – Benguela, no último trimestre do corrente ano e
marcação do dia de abertura oficial do mesmo.
No entanto, mais uma vez, importa aqui salientar, que
o RASGADO’S JAZZ CLUB é um clube privado, reservado
o direito de admissão, propriedade da MANSÃO MARIA
MÁXIMA BOAVIDA, que compreende duas esplanadas,
um restaurante, um resort com vários bungalows em estado
de finalização, uma loja de conveniência, um museu e vários
palcos para concertos de praia.
Porém, o RASGADO’S JAZZ CLUB, no meio de todo este
exuberante e paradisíaco mundo, apenas detém o conceito
de jazz, ou seja, a parte cultural do jazz que vai funcionar
no interior do restaurante. O resto, são espaços que vão ser
alugados a terceiros, assim como à restauração do aludido
espaço para o exercício musical do jazz.
Todavia, é da responsabilidade do RASGADO’S JAZZ
CLUB a elaboração dos programas culturais mensais com
grupos provenientes de diversas latitudes do mundo, os
contratos, as chegadas e os regressos dos músicos e ban-
das, logística(hospedagem, alimentação e lazer), publicida-
de, promoção e venda de espaços publicitários.
O acesso ao RASGADO’S JAZZ CLUB far-se-á mediante
a apresentação de um cartão de sócio intransmissíveldevi-
damente protegido.
O sócio devidamente legalizado (joia e quotas em dia),
pode fazer-se acompanhar da esposa, namorada, amiga ou
amigo.
O sócio tem como benefícios: acesso ao parque de
estacionamento privado, acesso grátisnas actividadesdo
RASGADO’S JAZZ CLUB,nomeadamente concertos de praia
e nos festivais nacionais e internacionais de jazz tem lugar
garantido e o bilhete adquirido na metade do preço.
No RASGADO’S JAZZ CLUB, quanto ao consumo, o sócio
beneficia de 10% de desconto.
A DIRECÇÃO
www.facebook.com/rasgadosjazzclub
APRESENTAÇÃO
DO RASGADO’S
JAZZ CLUB
Algumas informações para
orientação dos presumíveis sócios
Nº Nome Cidade
1 Adelaide Boavida Rasgado Benguela
2 Áderito Saramago Pereira Areias Benguela
3 Afrikkanitha Luanda
4 Aladino Correia Palege Jasse Moçambique
5 Álvaro Eugénio Benguela
6 Álvaro Manuel Júnior da Silva Luanda
7 Armando da Cruz Neto Benguela
8 Carlos Alberto da Silva (Cabé) Benguela
9 Carlos Miranda Luanda
10 Dumilde Rangel Benguela
11 Fernando Simões Benguela
12 Francisca do Rosário Rasgado Luanda
13 Galvão Branco Luanda
14 Lucrécio Costa Luanda
15 Manuel Vicente Inglês Pinto Luanda
16 Mario Cabral Itália
17 Mário Paiva Luanda
18 Matias Lima Coelho Luanda
19 Miguel Máquina Benguela
20 Mito Gaspar Malanje
21 Nuno Borges Luanda
22 Octavio Pinto Benguela
23 Osvaldo Rasgado Benguela
24 Rafael Richard Oehme Rasgado Alemanha
25 Reginaldo Silva Luanda
26 Sandro da Fonseca Rasgado China
27 Sandro Santos Benguela
28 Sérgio Fonseca Rasgado Espanha
29 Victor Aleixo da Costa Luanda
30 Aires Africano Neto Luanda
31 Alberto Hendrick da Silva Luanda
32 Alberto Neto Alemanha
33 Alcina Maria Jordão da Silva Benguela
34 Aldemiro Vaz da Conceição Luanda
35 Alexandre Diniz Santos Luanda
36 Álvaro Manuel Boavida Neto Bié
37 Américo Borges Luanda
38 Ana Antunes dos Reis Portugal
39 Ana Cristina A. V. de Ceita Luanda
40 Ana Filomena Ferreira Luanda
41 Ana Maria da Silva Luanda
42 Ana Maria de Oliveira (Careca) Londres
43 Ângelo Veiga Tavares Luanda
44 Aníbal José Rasgado Benguela
45 Anselmo Gilberto Benguela
46 António Arsénio da Silva Benguela
47 António Dias Luanda
48 António Ferreira Lobito
49 António Luís Cortez de Lobão Benguela
50 António Ole Luanda
51 Armando Bendrau Benguela
52 Armando Valente Namibe
53 Armando Vieira Benguela
54 Artur Cunha Luanda
55 Artur Neves Huambo
56 Basílio Santos Luanda
57 Beto Sousa Luanda
58 Bigó Lubango
59 Birgit Ramona Oehme Alemanha
60 Cacato Mendes Benguela
61 Carla de J. P. Ramos Williams Benguela
62 Carlinho Jardim Benguela
63 Carlos Alberto (Zimbabwe) U.S.A
64 Carlos Duarte Luanda
65 Carlos Flora Ramos Benguela
66 Carlos Freitas Luanda
67 Carlos Nascimento Luanda
68 Carlos Viegas de Abreu Luanda
Todos os presumíveis sócios constantes nesta relação terão 30 (trinta) dias para regularizarem
as suas adesões com fichas totalmente preenchidas e duas fotografias. Finalizado o prazo, os
incumpridores serão substituídos.
69 Carlos Vieira Lopes Luanda
70 Cátia Isabela Mendes Cruz Luanda
71 Celestino Eliseu Kanda Luanda
72 Chiri Nascimento Luanda
73 Ciro Emanuel Moreira Rasgado Londres
74 Coco Fançony Benguela
75 Cristina de Fatima Boavida Luanda
76 Daniel Correia Luanda
77 Daniel Ferreira Benguela
78 Dário Correia Benguela
79 David Martins Luanda
80 Diavita Rasgado Luanda
81 Dilcinho Lacerda Benguela
82 Dino Dessay Luanda
83 Dionísio Mendonça Luanda
84 Dionísio Rocha Luanda
85 Ducho Correia Benguela
86 Edmundo Peres Benguela
87 Eduardo Baptista Luanda
88 Eduardo Cerqueira Bié
89 Eliseu Bumba Luanda
90 Elsa Goia Benguela
91 Elvino Gouveia (Vinito) Luanda
92 Eruno Rasgado Pereira Luanda
93 Eugénio da Silva Lubango
94 Eurico Silva Lubango
95 Eusébio de Brito Teixeira Kwanza-Sul
96 Eusébio Rangel Luanda
97 Evaristo Leão Benguela
98 Evaristo Macedo Lubango
99 Faustino Boavida da Silva Luanda
100 Feliciano Boavida Rasgado Benguela
101 Felipe Mukenga Luanda
102 Felipe Zau Luanda
103 Fernando Alves Lubango
104 Fernando Andrade Benguela
105 Fernando Coelho da Cruz Luanda
106 Fernando da Trindade Jordão Luanda
107 Fernando de Almeida Luanda
108 Fernando José Luanda
109 Fernando M. Rodrigues Vidinha Benguela
110 Fernando Pontes Pereira Luanda
111 Fernando Sardinha Benguela
112 Francisco das Chagas Luanda
113 Francisco de Boavida Rasgado Benguela
114 Francisco Gando Xavier Benguela
115 Francisco Macedo Benguela
116 Francisco Rocha Luanda
117 Gonçalo Miguel Rodrigues Pereira Benguela
118 Guilherme Galiano Luanda
119 Gustavo Costa Luanda
120 Gustavo Dias Vaz da Conceição Luanda
121 Hauser Benchimol Benguela
122 Helder Nhandamo Moçambique
123 Henda Rasgado Luanda
124 Henriques Calenga Benguela
125 Herculano D. e Costa (Lanucha) Namibe
126 Horácio de Jesus Rasgado Luanda
127 Hortêncio Andrade Luanda
128 Humberto Gago Afonso Benguela
129 Isaac dos Anjos Benguela
130 Isabel Fernandes Benguela
131 Jaime Cohen Luanda
132 James da Trindade Jordão Luanda
133 Jerónimo Belo Luanda
134 João Alves Benguela
135 João António do Sacramento Neto Luanda
136 João Baptista Luanda
137 João Felix da Silva Luanda
138 João Gomes Benguela
139 João Gorjão Benguela
140 João Maria de Sousa Luanda
141 João Peres do Amaral Luanda
142 Joaquim de Almeida (Nosso Futuro) Lobito
143 Joaquim Grilo Benguela
144 Joaquim Vieira Luanda
145 Job Graça Luanda
146 Jorge Arrulo Lobito
147 Jorge Chaves Lubango
148 Jorge Dambi Benguela
149 Jorge Fonseca Benguela
150 Jorge Gabriel Benguela
151 Jorge Manuel Toulson Leite Velho Lobito
152 Jorge Prata Benguela
153 José António Tavares Benguela
154 José Araújo Torres Benguela
155 José Correia Benguela
156 José Maria (Combal) Luanda
157 José Maria Sita Luanda
158 José Pascoal A. Lopes Luanda
159 José Paulo Pinto de Sousa Benguela
160 José Vieira Luanda
161 Júlio Lopes Cordeiro Benguela
162 Justino Pinto de Andrade Luanda
163 Kalu Mirrado Benguela
164 Leonardo Serra Van-Dúnem Luanda
165 Leonel da Silva Luanda
166 Leopoldo Muhongo Benguela
167 Lourdes Marisa Boavida Rasgado Luanda
168 Lucrécio Cruz Luanda
169 Luís Fernandes Luanda
170 Luís Manuel Serra Van-Dúnem Luanda
171 Luís Nunes Lubango
172 Luís Oliveira Rasgado Luanda
173 Luís Vasco (Pepino) Benguela
174 Luís Vaz da Conceição Luanda
175 Manuel Andrade Espanhã
176 Manuel de Sousa Bandeira Portugal
177 Manuel Junior Luanda
178 Marcio Rasgado Pascoal Benguela
179 Marcos Cohen Benguela
180 Maria da Luz Benguela
181 Maria Delfina Rasgado Luanda
182 Maria do Rosário Coração Boavida Luanda
183 Maria Dulce Idalina Lobito
184 Maria João Baía-Farta
185 Maria Luna Peixoto Mendes Cruz Luanda
186 Maria Paula Ramos Furtado Luanda
187 Mario Fernandes Luanda
188 Mario Jorge Mello Xavier Luanda
189 Mario Morais Leite Junior Namibe
190 Mario Santos Luanda
191 Mario Silva Luanda
192 Martinho Nunes Luanda
193 Mateus Eduardo Luanda
194 Mauro Silva Benguela
195 Mendinho Ângelo Benguela
196 Mifaria Luanda
197 Miguel Neto Lubango
198 Miguel Paim Benguela
199 Mussolo Vaz da Conceição Luanda
200 Nelito Monteiro Benguela
201 Nelma Horta Luanda
202 Nelson Pestana Luanda
203 Nene Pizarro Luanda
204 Nguxi dos Santos Luanda
205 Norberto Garcia Luanda
206 Numa Pompeu Pompilio da Silva Benguela
207 Octavio Serra Van-Dúnem Luanda
208 Osvaldo de J. da S. S. Oliveira Luanda
209 Osvaldo Simões Benguela
210 Passos Lopes Luanda
211 Paulo Fançony (Coco) Luanda
212 Paulo Flora Benguela
213 Paulo Rangel Benguela
214 Paulo Rasgado Luanda
215 Paulo Tonet Luanda
216 Pedro Morais Neto Luanda
217 Pedro Santos Luanda
218 Prudêncio Rita São Tome
219 Ricardo Peres Benguela
220 Roberto Lima Benguela
221 Rosário de Fátima Vaz S. Borrego Benguela
222 Rui Bento César Portugal
223 Rui Fançony (Coco) Luanda
224 Rui Jorge Barata Luanda
225 Rui Mingas Luanda
226 Salaviza Luanda
227 Salvador Rodrigues Lubango
228 Salvador Rodrigues (Dodô) Luanda
229 Sandra Duarte Lubango
230 Sandra Fonseca Benguela
231 Sandro Freitas Lubango
232 Sebastião Teixeira Benguela
233 Sérgio da Trindade Rasgado Benguela
234 Silva Candembo Luanda
235 Simão Cacete Luanda
236 Simão Pedro Chitunguila Benguela
237 Sito Simões Benguela
238 Teresa Cohen Luanda
239 Teresa Costa Lobito
240 Ulisses Maia Luanda
241 Valdemar Bastos Luanda
242 Valdemar Correia Benguela
243 Victor Assuilo Benguela
244 Victorino Hossi Luanda
245 William Tonet Luanda
246 Yola Semedo Luanda
247 Yolanda de Fátima V. M. Viegas Luanda
248 Zacarias Camwenho Benguela
249 Zé Guerreiro Luanda
250 Zeca Van-Dúnem Luanda
Baía-Azul, aos 25 de Junho de 2014
A DIRECÇÃO
Estamos em:
Benguela
Huambo
Bié
Huíla
Luanda
Uíge
Malanje
N’dalatando
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