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O JORNAL DA REGIÃO CENTRO E SUL DE ANGOLA 
EDIÇÃO Nº 1521 - 11 DE setembro 2014 
Tel: 923 302 851 / 923 571 548, Email: chelapressras@outlook. com 
Preço AKZ: 300. 00 
FUNDADOR: FRANCISCO RASGADO DIRECTOR EDITOR: FRANCISCO RASGADO PROPRIEDADE: RECORD - SOCIEDADE DE EDITORES, SARL 
as verdades e as mentiras 
de dois ratos 
Dois portugueses classificados, destroem 
a magistratura em Benguela com muitos 
exercícios de fome pelo meio. eles pretendem 
deliberadamente implicar a Magistratura 
Judicial de Benguela! estão a confundir as 
juízas da Sala do Cível e do Administrativo 
do Tribunal de Benguela, Catarina Micolo, 
Elsa Amaral, Elsa Ema do Rosário Jorge Sin-de, 
os procuradores Francisco Fortunato, 
Dias da Silva,procurador junto da Polícia 
Económica, Francisco Dias, procurador 
provincial de Benguela por ocultação, e 
víctor assuílo, juíz presidente do tribunal 
de benguela que prefere apenas ficar em 
cima do muro. 
Pág. Benguela solidária, exige 
suspensão da juíza Elsa Sinde Págs. 4 Pág. 8 
Págs. 5 
Amaro Ricardo Segunda, 
militante de última car-ruagem 
Visita de José Eduardo dos Santos 
à benguela não produziu os 
efeitos desejados 
Segundo as más línguas, José Eduardo dos Santos terá aproveitado a 
oportunidade para pedir, a Ricardo Segunda “Quiabo”, de volta a fotocó-pia 
do seu bilhete de identidade. A suposta fotocópia do bilhete de iden-tidade 
de José Eduardo dos Santos, Presidente da República de Angola, 
foi muitas vezes agitada de boca por Ricardo Segunda “Quiabo” para 
intimidar seus opositores internos (governo e partido). Amaro Segunda, 
mais respeito para com a entidade máxima do País! 
do M.P.L.A, que 
mal começou, já está em 
estado terminal. Num 
último esforço para 
tentar preservar a sua 
pele, Amaro Segunda foi 
aconselhado pelos seus 
fiéis depositários a re-nunciar 
ao seu lugar de 
Administrador Municipal 
do Lobito. 
Adolfo Maria, exilado 
em Lisboa desde 1979 , 
Nacionalista desde os anos 
50, chegou a ser preso pela 
PIDE. Membro do MPLA da 
primeira hora, passou pelo 
exílio em Argel e Brazzavile, 
foi próximo de Agostinho 
Neto, tudo isto até romper 
com a direcção centralista 
do presidente e participar 
na Revolta Activa com 
Gentil Viana. 
Despedida de Amaro 
Segunda “Quiabo”, para breve 
“O Neto e o Nito tinham 
a mesma natureza repressiva” 
Contra factos não há argumentos. 
A entidade que se apodera de um 
imóvel e não é governo, não é 
proprietário, não é herdeiro..., não 
pode ser considerado inquilino, 
por conseguinte é um impostor. 
No entanto, a juíza Elsa Ema do 
Rosário Jorge Sinde, chefe da 
Sala do Cível e do Administrativo 
do Tribunal de Benguela, numa 
atitude puramente revanchista 
e vingativa, contraria todas as 
disposições legais previstas na lei.
Nota de 
Abertura 
CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 3 
Oreencontro permanente 
com Angola e o mundo, 
com a chancela de Du-milde 
Rangel, e as fes-tas 
da Nossa Senhora do 
Monte que se realizam todos os anos 
no mês de Agosto. 
Dois grandes acontecimentos a re-fletirem 
os interesses de Angola num 
jogo entre o crescimento do país, par-ticularmente 
de Benguela e da Huíla, 
e a degradação social e económica da 
Nação Angolana. A Unidade Nacio-nal 
e o seu crescimento é a bandeira 
que todos agitam. Na realidade pode 
concluir-se que, em qualquer dos 
acontecimentos, ninguém está pre-meditadamente 
contra o crescimento 
sócio-ecónomico, porque o mesmo é 
um facto incontornável e corresponde 
a um ideal de aproximação e harmo-nização 
dos espíritos, dos povos de 
Angola com o mundo. 
A questão que se levanta é como 
atingir tal propósito. 
Será que falta muito para reunir 
à mesma mesa o governo, políticos, 
empresários e a sociedade civil em 
busca de um amplo entendimento so-bre 
questões nacionais? Forma única 
para resolução dos graves problemas 
da sociedade angolana. 
A sociedade civil tem sido a única 
força nacional que mais se tem empe-nhado 
para alcançar o chamado de-sarmamento 
de espíritos, sem o qual 
sentar à mesma mesa não será pos-sível. 
No mínimo, temos que chegar 
à um pacto de verdade com coragem 
construtiva de quem está preparado 
para harmonizar e partir de um marco 
zero, deixando para trás as marcas de 
várias guerras, vários abusos de poder, 
os desmandos, os tribalismos, os ra-cismos, 
as perdas humanas, o ódio, a 
intolerância e os ressentimentos que 
só contribuem para desagregar ainda 
mais a Nação Angolana. 
O projecto de união nacional tem 
que estar isento de “culpas e respon-sabilidades, 
de um lado e de outro”. 
A Nação defende uma atitude de 
renúncia a interesses particulares e 
imediatistas, da parte de todos os 
segmentos envolvidos na construção 
da unidade. “Quem recusar, à priori, 
a viabilidade dos programas da so-ciedade 
civil, acusar propósitos de 
desestabilização nas reivindicações 
do povo ou continuar a imputar a 
falência da nação à guerra civil, ini-ciada 
finais de 1974 e terminada 
em 2002 com a morte do líder da 
UNITA Jonas Malheiro Savimbi, ob-viamente, 
não pode estar interes-sado 
na estabilidadee no projecto 
de Unidade Nacional, sem pobreza, 
miséria, tribalismo e racismo”. Mais 
uma vez, o governo e os políticos dão 
sinais de falta de fôlego e maturidade 
para espantar para sempre o fantasma 
da desunião. 
Só assim, teremos cultura ango-lana 
e, por conseguinte, desenvolvi-mento 
social e económico. 
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Por motivos de espaço ou de clareza, 
as cartas poderão ser publicadas 
resumidamente. 
Só poderão ser publicadas na edição 
seguinte as cartas que chegarem à 
redacção até à Sexta-feira de cada 
semana. 
2 
UM EXERCÍCIO COM URBANIDADE 
benguelenses consideram que o 
governo deverá dar mais aten-ção. 
Estas são, em linhas gerais, 
as grandes metas traçadas por 
Isaac dos Anjos, que completou 
53 anos, para atingir ao longo do 
mandato, cujo tempo continua 
imprevisível. 
Mas o que vai fazer Isaac dos 
Anjos,que imprimiu inicialmente 
um inconfundível estilo de go-verno, 
que conseguiu agradar a 
sociedade benguelense, políticos 
desaproveitados e marginaliza-dos, 
pequenos e grandes empre-sários, 
a função pública e os sec-tores 
mais pobres da província? 
Enquanto Isaac dos Anjos 
assume a pesada herança de ser 
o sucessor de Dumilde Rangel 
e Armando da Cruz Neto, que 
deixaram o poder com o índice 
recorde de 75% e 50% respecti-vamente 
de aprovação, o agora 
governador prepara-se para lan-çar- 
se em novos voos, em Ben-guela 
e além-fronteiras. 
E que caminhos vai seguir 
Isaac dos Anjos, que chegou a 
Benguela, numa ascensão polí-tica 
meteórica que deixou para 
trás muitos dos mais conhecidos 
Um governo de con-tinuidade 
ou alguns 
anos de surpresa? Esta 
é uma das interroga-ções 
que se ouvem, cada vez 
com mais frequência nos meios 
políticos, bares e restaurantes de 
Benguela, passados um ano e 
meses de governo de Isaac dos 
Anjos. E Dumilde Rangel? E Ar-mando 
da Cruz Neto? Será uma 
despedida definitiva ou só um 
adeus, até ao regresso deles? 
A transmissão de poderes 
marcada por um ambiente de 
continuidade política, assistimos 
posteriormente apenas a mais 
uma etapa do complexo “puzzle” 
político que caracteriza a forma-ção 
de qualquer governo numa 
Angola que se quer democráti-ca. 
Isaac dos Anjos foi investi-do 
no cargo de governador da 
província de Benguela e assumiu 
vários desafios simultâneos: dar 
dignidade e introduzir mudanças 
necessárias e lógicas ao seu go-verno, 
promover o crescimento 
sócio-económico da província, 
criar as bases para o relança-mento 
da agricultura, reduzir a 
pobreza, moralizar e urbanizar a 
sociedade. 
Saúde, educação, segurança 
pública, papel da magistratura 
judicial, o combate à fome e à 
pobreza, a luta contra as drogas, 
o desemprego e o combate à 
corrupção são as áreas a que os 
lideres do partido da situação? 
Isaac dos Anjos, na opinião da 
generalidade dos analistas po-líticos 
e jornalistas devia pros-seguir 
políticas de continuidade 
em alguns dos sectores da vida 
sócio-económica e mais aproxi-mação. 
Não obstante muitos dos 
integrantes do novo governo 
não terem feito parte de nenhum 
executivo, por conseguinte, sem 
experiência governativa, salvo os 
provenientes da Huíla que fize-ram 
parte do executivo de Isaac 
dos Anjos, enquanto governa-dor 
da Huíla. 
Todavia, apesar da conjun-tura 
favorável, nem tudo será 
um mar de rosas para Isaac dos 
Anjos, com fortes ligações com 
Benguela. Isaac dos Anjos terá 
de enfrentar um descontenta-mento 
que tem vindo a aumen-tar, 
as pressões por não ter uma 
agenda para recepção da popu-lação 
e lentidão na resolução dos 
problemas domésticos e não só, 
do sector público e do privado, e 
dossiês sensíveis, que envolvem 
muitos milhões de dólares, como 
o fim da gestão danosa do mu-nicípio 
do Lobito levada a cabo 
por Ricardo Segunda “Quia-bo”, 
clarificação das empresas 
de construção civil e públicas 
de Benguela e do projecto Blue 
Ocean, na Baía Farta, liderada 
pela empresa Horizonte Global, 
pertencente ao Grupo 7 Cunhas, 
para além de outros. 
Angola não pode ficar indiferente ao crescimento 
da província de Benguela. 
A PESADA HERANÇA DE ISAAC DOS ANJOS 
RADAR 
somente estar a defender (na opinião dele) 
causas contra o governo, como o caso do 
lixo que envolveu Armando da Cruz Neto, 
ex-governador, Zacarias Camwenho, Va-lódia 
Sardinha e Júlio Lopes Cordeiro. 
Comentários de 
Filomeno Vieira Lopes 
A confirmar-se essa notícia, es-tamos 
perante a perseguição 
de uma personalidade da so-ciedade 
civil benguelense, por 
membros com mandatos ins-titucionais 
do Estado (Gover-no 
Local, Judiciário, incluindo 
Ministério Público) que deve-riam 
saber cumprir e honrar a 
Constituição, em particular, no 
tocante à garantia dos direitos 
fundamentais dos cidadãos. 
Essa atitude persecutória é 
mais uma evidência do Estado 
ditatorial em que estamos. 
dor de Benguela, uma carta confidencial, 
cujo conteúdo apela para suspensão ou 
expulsão do advogado José Faria, fun-cionário 
do gabinete juridico do governo 
de Benguela. O argumento utilizado é tão 
Francisco Rasgado, director do jornal ChelaPress, 
segundo informações circulantes à boca pequena, já 
está com a morte encomendada e sacramentada. 
Os presumíveis mandantes, homens de baixa 
visibilidade, Ricardo Segunda, Administrador Mu-nicipal 
do Lobito, Magistratura da Província de Ben-guela, 
Procurador Francisco Fortunato, Procurador 
Dias Baptista da Silva, juíza Catarina Micolo, Elsa 
Sinde, juíza chefe do tribunal de Benguela da Sala 
do Cível e do Administrativo, filha de Jorge Sinde, 
advogado renomado com banca na cidade de Ben-guela, 
Eduarda Magalhães “Dada”, a inquisição do 
M.P.L.A. em Benguela, irmãos Mota, António Fran-cisco 
Umbelino Vicente e Manuela Vaz Morais Vi-cente, 
Manuel Francisco, ex-Administrador Muni-cipal 
de Benguela e José Augusto Vieira, ex-chefe 
da repartição técnica da Administração Municipal 
de Benguela. Será? Assunto 
muito sério e reflectivo. 
Novos desenvolvi-mentos 
nas próximas 
edições do jornal 
ChelaPress. 
BENGUELA ÀS ESCURAS POR IN-COMPETÊNCIA 
Os moradores da rua 10 de Fevereiro, 
na cidade de Benguela, estão privados 
do fornecimento da energia eléctrica há 
mais de um mês, em função duma avaria 
registada na rede de distribuição deste 
precioso bem. 
Já reclamaram junto da entidade 
de direito que superintende esta área 
para encontrar uma solução, mas até 
ao momento essa mesma “ luz não se 
vislumbra no fundo do túnel”, causando 
embaraços e estragos aos produtos pe-recíveis 
dos consumidores e não só. 
Há um jogo de empurra-empurra 
entre a Administração Municipal e a 
empresa que zela pela gestão da energia 
eléctrica para a resolução do caso. 
Mas ao que parece, a situação pode-rá 
continuar ainda por muito tempo, sem 
que alguém mova uma palha para rever-ter 
este lúgubre quadro, infelizmente! 
Bar Ferreira o Ex-Libris de 
Benguela transformado em 
local de farras 
A sociedade Benguelense continua ainda 
indignada e condoída com o escândalo 
do famigerado “Jardim milionário”, prota-gonizado 
pelo ex-administrador munici-pal 
de Benguela, Manuel Francisco. 
Volvidos poucos anos, o homem 
parece continuar useiro e vezeiro em 
desrespeitar as regras administrativas 
que um dia ele próprio exigiu que o 
pacato cidadão cumprisse. 
Desta vez, Manuel Francisco vedou 
o jardim onde está instalado o Bar Fer-reira, 
de quem é proprietário, privando 
os munícipes de usufruir deste espaço 
público, já que a dita obra nunca “anda e 
nem desata”. 
Apesar de conhecer as normas sobre 
as transgressões administrativas, Manuel 
Francisco “faz ouvidos de mercador” 
ao clamor dos cidadãos que pretendem 
que este espaço vedado e transformado 
em salão de “farras rijas”, com elevada 
poluição sonora, esteja livre para o be-nefício 
dos munícipes. Se a moda pega, 
então muita coisa há-de ser privatizada 
pelo homem que já foi o número um da 
Administração Municipal de Benguela. 
O DESESPERO DO PROCURADOR 
DIAS BAPTISTA DA SILVA 
Dias Baptista 
da Silva, procu-rador 
junto da 
Direcção da Po-lícia 
Económica 
de Benguela, 
açoitado por 
um inquérito 
promovido pela 
Procuradoria Geral da República, endere-çou 
ao engº. Isaac dos Anjos, governa- 
Qual será o preço da morte de Francisco Rasgado?
Destaque Entrevista 
4 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 5 
Visita de José Eduardo dos Santos 
não produziu os efeitos desejados 
Foi decretada tole-rância 
de ponto. Em 
Benguela, a vida pa-rou. 
Benguela está 
mal. Não há dinheiro. 
Sem ovos não se fa-zem 
omoletes. Contra 
factos não há argu-mentos. 
José Eduardo dos Santos, 
presidente da República 
de Angola, escalou Ben-guela 
por pouco menos 
de meio dia, para fazer 
governação e não política, razão 
pela qual não fez discurso pú-blico. 
À chegada, no Aeroporto 
Internacional da Catumbela, não 
proferiu palavras à população, 
assim como não ouviu nem falou 
com a sociedade benguelense. 
“Segundo as más línguas, 
José Eduardo dos Santos terá 
aproveitado a oportunidade 
para pedir aRicardo Segunda 
‘Quiabo’ de volta a fotocópia 
do seu bilhete de identidade. A 
suposta fotocópia do bilhete de 
identidade de José Eduardo dos 
Santos, Presidente da Repúbli-ca 
de Angola, foi muitas vezes 
agitada por Ricardo Segunda 
“Quiabo” para intimidar seus 
opositores internos (governo e 
partido)”. 
A província de Benguela, mais 
propriamente a cidade do Lobito, 
liderada pelo Amaro Segunda 
“Quiabo”, o administrador mais 
indesejado e odiado da provín-cia, 
recebeu na sexta-feira, dia 22 
de Agosto de 2014, a reunião da 
comissão económica onde cen-tenas 
de projectos, que vão dar, 
obviamente, corpo à governação 
de Isaac dos Anjos, foram apre-sentados, 
e apenas metade dos 
mesmos receberam aprovação. 
O executivo de Benguela, li-derado 
por Isaac dos Anjos, na 
reunião da comissão económica 
realizada no quadro da governa-ção 
aberta, na cidade de Lobito, 
Província de Benguela, dirigida 
por José Eduardo dos Santos, 
presidente da República de An-gola, 
justificou os valores atribu-ídos 
ao desenvolvimento rural, 
considerando que este é uma ne-cessidade 
imperativa, numa pro-víncia 
onde 80% da população 
vive em áreas rurais. Os projectos 
e programas destinam-se, sobre-tudo, 
a provocar o arranque e au-mentar 
a produtividade agrícola 
e a melhorar a rede de estradas 
rurais, e de outras infra-estruturas 
rurais como sistemas de irriga-ção 
(construção e recuperação 
de barragens, represas, canais e 
condutas). 
A indústria, mais uma vez, foi 
preterida, assim como o projecto 
Blue Ocean, com todas as suas 
dúvidas, indefinições e valores, foi 
transferido para a competência 
do Ministério do Plano. 
No que toca à governação 
democrática, não houve indica-ção 
de politicas e muitos menos 
de montantes monetários espe-cíficos 
para as áreas da justiça, 
magistratura judicial, a maior ver-gonha 
da província de Benguela, 
com juízes e procuradores a in-em 
Benguela 
fringirem e colocarem-se desca-radamente 
acima da lei, media e 
comunicação, sendo que o apoio 
a estas instituições democráticas 
básicas constituem um pilar para 
a consolidação das estruturas 
orgânicas da província e, em pri-meira 
instância, do país. 
A sociedade civil, como sem-pre, 
não foi tida nem achada, os 
projectos não apoiam os interve-nientes 
não-governo e, por con-seguinte, 
continua comprometida 
a transparência e a participação 
dos cidadãos na vida local e na-cional. 
Quanto aos rasgados elogios 
proferidos por José Eduardo dos 
Santos, Presidente da República 
de Angola a Benguela e ao seu 
mais alto mandatário não refle-tem 
a realidade. Em Benguela 
muitas coisas estão por fazer ou 
ainda não foram feitas, e o pró-prio 
governador tem consciência 
disso. 
Em outras latitudes estes elo-gios 
de seguida deram direito a 
exonerações. Isaac dos Anjos 
sabe bem disso, as duas vezes 
que foi elogiado, apanhou em 
acto contínuo no coco. Outros 
exemplos: Dumilde Rangel e 
Aníbal Rocha. 
Não é possível criar urbanos. 
Eles existem por razões históricas 
e sociais. Urbanos somos todos 
nós e aqueles que vierem pelas 
suas capacidades (razões óbvias), 
e não impingidos. 
Um rural que pensou um dia ser urbano 
Dado que, no episódio 
das mudanças de go-vernantes 
efectuadas 
no início do ano, as palavras 
roçaram a ofensa e insinuaram 
um preocupante alheamento 
da realidade, as consequên-cias 
não tardaram e não se 
caracterizaram pela mode-ração. 
À boca pequena, nos 
média – Rádio Lobito e Jornal 
ChelaPress - na internet e nas 
ruas da Restinga, do Compão, 
da Canata até as ruas do Liro, 
a população do Lobito passou 
nos últimos tempos a despejar 
ódio ou escárnio sobre Amaro 
Segunda, também conhecido 
como “Quiabo”, de súbito er-guido 
a símbolo da corrupção, 
do garimpo de terrenos pú-blicos 
e das desgraças pátrias. 
Uma petição está a ser elabo-rada 
por munícipes do Lobito, 
subscrita até agora por muitas 
e muitas almas a reclamarem a 
demissão de Amaro Segunda, 
Administrador do Município 
do Lobito e seguirá para o Pre-sidente 
da República, Jose Eduar-do 
dos Santos e para a Assem-bleia 
Nacional de Angola. 
Não custa imaginar a quanti-dade 
de subscritores tácitos. 
Amaro Segunda, rural con-fesso, 
é no município do Lobito o 
homem mais contestado e odia-do. 
Porém, antes que os urbanos 
acendam os archotes e apontem a 
sede da Administração Municipal 
do Lobito, na Restinga, convém 
notar que a política, já há muito, 
deixou de ser um lugar de ideias, 
mas do escapatório. 
Amaro Ricardo Segunda, 
militante de última carruagem 
do M.P.L.A, que mal começou, já 
está em estado terminal. Num 
último esforço para tentar preser-var 
a sua pele, Amaro Segunda 
foi aconselhado pelos seus fiéis 
depositários a renunciar ao seu 
lugar de Administrador Municipal 
do Lobito. 
Não vai ser o suficiente para 
impedir que o governador insta-le 
um processo crime contra ele, 
por gestão danosa. A sua situa- 
DESPEDIDA DE AMARO SEGUNDA “QUIABO” 
ção deteriorou-se depois que 
foi acusado publicamente por 
Isaac dos Anjos, Governador 
de Benguela, de manter uma 
relação promíscua com os bens 
do Estado. 
A destituição de Amaro 
Ricardo Segunda recebeu 
apoio da maioria da popula-ção 
do município do Lobito. 
Não há dúvidas que esse é o 
passo principal para superar as 
lembranças horríveis, (gestão 
danosa), deixadas pelo famige-rado 
administrador Amaro Se-gunda, 
tristemente conhecido 
por “Quiabo”. 
Não se podem desfazer to-dos 
os crimes cometidos, mas 
julgar Amaro Segunda por es-sas 
atrocidades é, no mínimo, 
um dever. 
Amaro Segunda, preten-deu 
transformar o consulado 
de Isaac dos Anjos, Governa-dor 
na 3ª República da Provín-cia 
de Benguela, em balneário 
fácil. 
Nacionalista adolfo maria 
“O Neto e o Nito tinham 
a mesma natureza repressiva” 
Quando acontece o 25 de Abril 
estavam a preparar a Revolta 
Activa, chegaram a pensar em 
recuar? 
Sim, muitos de nós pensaram 
nisso. Mas, como nós fazíamos o 
contrário do que existia no mo-vimento, 
discutíamos a fundo e 
porfiadamente, durante horas, 
cada um apresentou os seus ar-gumentos 
e a linha que venceu 
foi que o movimento estava de 
tal maneira fragilizado que era 
útil lançar aquele apelo, era útil 
fazer um congresso, até para unir 
as três facções do movimento e 
pôr os problemas, para dali sair 
uma nova estratégia. E se já se 
justificava no momento em que 
nós começámos a organizar a 
Revolta Activa, em finais de Fe-vereiro, 
princípios de Março de 
1974, a verdade é que depois 
do 25 de Abril sentíamos que 
era mais necessário que nunca. 
Agora, sucedeu precisamente o 
oposto daquilo que esperávamos. 
Porquê? Porque muitos quadros 
do exterior que, realmente, per-filhavam 
dos nossos pontos de 
vista, de que aquilo estava no 
chão, estava a cair, era preciso fa-zer 
qualquer coisa, perante o 25 
de Abril acharam que aquele era 
o caminho para a independência 
e que era de aproveitar. Portanto, 
acharam que o momento não era 
de discutir mas de caminhar para 
vencer a concorrência, no fundo, 
para chegar ao poder. 
Qual era a sua posição? 
A minha posição era de que de-víamos 
fazer a Revolta Activa. Eu 
pertencia ao núcleo duro. Aliás, 
a Revolta Activa foi trabalhada a 
partir da ideia do Gentil Viana, 
mas, quando começa a tomar 
forma organizativa clandestina, 
estão três pessoas: o Gentil Viana, 
o Comandante Monimambo e eu. 
E esse foi o núcleo duro durante 
bastante tempo. 
E arrependeu-se dessa decisão? 
Não, não me arrependi, porque, 
ao fim e ao cabo, hoje a Revolta 
Activa, que foi tão caluniada, que 
foi mesmo objecto de persegui-ção, 
que levou à nossa prisão – eu 
só não fui porque me escondi – e 
que está relatado nesse livro que 
publiquei há dias, Angola, Sonho 
e Pesadelo, hoje a Revolta Activa 
ou algumas pessoas da Revolta 
Activa restam como uma espécie 
de referência moral e política, éti-ca, 
ao fim de 30, 40 anos. Não foi 
por acaso que no lançamento do 
meu livro, eu tive uma sala a trans-bordar 
e estavam lá angolanos de 
todas as gerações e de diferentes 
modos de pensar. De facto, não 
conseguimos modificar o proces-so, 
até porque o processo passou 
a ser mais comandado daqui de 
Lisboa, do que de lá. E o MFA aca-bou 
por apoiar muito fortemente 
a direcção do Agostinho Neto. 
O MPLA estava mesmo no chão, 
fragilizado, num recúo político-militar 
em todas as frentes – a 
Primeira Região estava morta; no 
Leste, estava tudo na fronteira; e 
Cabinda, tínhamos uma base mas 
era no Mayombe e fazíamos uns 
ataques mas praticamente a par-tir 
da fronteira, sem o povo con-nosco, 
porque o povo não aderia. 
Se o 25 de Abril tivesse aparecido 
seis meses depois, a clarificação 
dentro do MPLA ter-se-ia feito 
e ter-se-iam encontrado novas 
estratégias, novas motivações e 
uma democratização, uma par-ticipação 
mais forte, porque o 
MPLA era o movimento com mais 
quadros das colónias portugue-sas. 
Sobretudo, no princípio da 
luta, em 1960/61, tínhamos uma 
quantidade de quadros tremen-da, 
comparado com o PAIGC e 
com a Frelimo. 
Acha que se tivessem recuado, 
se tivesse ganho a posição do 
‘vamos ver o que vai aconte-cer 
e não vamos avançar com 
a Revolta Activa’, acha que a 
situação teria sido diferente 
ou acabariam perseguidos na 
mesma? 
Teria sido diferente. A única coi-sa 
é que muitos de nós tería-mos 
participado daquele poder 
ditatorial que foi instalado no 
pós-independência. Teríamos 
colaborado naquele processo de 
esmagamento dos adversários 
políticos, da UNITA e da FNLA, 
que foi a linha adoptada pela 
direcção do MPLA – Agostinho 
Neto, Lúcio Lara, Ivo Carreira, 
Nito Alves e por aí fora. Muitos de 
nós teríamos sido poder e tería-mos 
seguido a via que muitos dos 
nossos camaradas seguiram. Uns 
que tinham as mesmas ideias que 
nós acabaram por ser ministros e 
outros, não acumularam riqueza, 
mas usufruíram dos privilégios do 
regime instalado, quer para sua 
projecção pessoal, quer até com 
outro estilo de vida, outros ainda 
enriqueceram através do regime 
que foi implantado e formaram 
a nomenclatura que perdurou 
muito tempo e, em grande parte, 
ainda resta no poder. Não íamos 
modificar nada. 
Não acha que podiam ter sido 
essa reserva moral que o novo 
regime precisaria para conter 
esses excessos? 
Não, se não já tínhamos contido 
lá fora. No exterior, a direcção do 
movimento já punia com a mor-te 
aqueles que divergiam. Era a 
cultura da época. Um contexto 
diferente. De qualquer maneira, é 
a cultura que perdura e os resquí-cios 
passam pela exclusão do ou-tro 
e o outro é aquele que pensa 
diferente de nós. 
Críticas a Pepetela 
Em recentes declarações à 
agência Lusa, Pepetela dizia 
que o 25 de Abril tinha chega-do 
na pior altura para o MPLA. 
Mas acha que se tivesse chega-do 
seis meses depois, sem essa 
reflexão, não corriam o risco 
de acontecer o mesmo? 
Eu li as declarações do Pepetela. 
Ele reconhece que o MPLA esta-va 
dividido e quase deixa suben-tendido 
que as outras tendências 
aproveitaram o 25 de Abril apara 
aprofundar as divisões. São mui-to 
capciosas as declarações dele. 
O meu ponto de vista é bem di-ferente. 
Segundo inferi das de-clarações 
dele, chegou na pior 
altura porque veio atrasar aquele 
processo de luta contra os outros 
[movimentos] pela supremacia. E 
eu digo que veio na pior altura 
porque não pudemos fazer a cla-rificação 
do MPLA e sair dali com 
uma estratégia correcta, porque a 
que existia tinha sido a incorrecta. 
Porque, aí sim, aí vínhamos todos 
juntos. Eu era um dos colabora-dores 
próximos do [Agostinho] 
Neto, muito amigo e admirador 
dele, e tive de romper e foi uma 
dolorosa ruptura. E o Pepetela se-guiu 
e teve as suas recompensas 
– foi vice-ministro da Educação, 
etc. São opções pessoais, mais 
nada. 
Tendo em conta a situação do 
MPLA naquela altura, se não 
tivesse havido o 25 de Abril, 
podia o MPLA ter desapareci-do? 
O MPLA estava quase a desapare-cer. 
Há relatos disso. O Nito Alves, 
quando se dá o 25 de Abril, está 
em Luanda, para ver se há uma úl-tima 
possibilidade. A PIDE chama-va- 
lhe nomadismo, que o MPLA 
estava em nomadismo, eram 200 
ou 300 pessoas do povo, enqua-dradas 
por 30 ou 50 guerrilheiros 
sem balas que andavam sempre 
a fugir. Isto na Primeira Região. E 
nós sem possibilidade de abaste-cer 
dentro do exterior, devido ao 
cordão “sanitário” fetio pela UPA e, 
sobretudo, pelas tropas do Mobu-tu 
[Sesse Seko, presidente do Zai-re]. 
No Leste, onde nos tínhamos 
expandido através de uma má 
estratégia, as forças portuguesas 
fazem a contra-ofensiva a partir 
de 1968, que começa a notar-se 
bem a partir de 1970, quando já 
morreu o Hoji-Ya-Henda, quan-do 
já morreu o Américo Boavida, 
quando já as nossas bases foram 
desmanteladas – lá uma outra se 
ia mantendo. Ainda se tenta a co-luna 
Ferraz Bomboco, depois cha-mada 
pomposamente rota Agos-tinho 
Neto, a imitar a rota Ho Chi 
Min (as nossas manias de gran-deza), 
que tenta a ligação através 
do Leste – subindo pela Lunda, 
entrando em Malanje e chegando 
ao Kwanza Norte – para reforçar 
a primeira região. Ficámos na 
fronteira entre Luanda e Malanje 
e morreram vários comandantes, 
ouitros foram aprisionados, fa-laram 
na rádio, descobriram os 
podres do movimento. Além das 
divisões existentes, estávamos 
todos na fronteira, se um ou ou-tro 
combate havia era, de vez em 
quando, para fazer um comunica-do 
para a OUA – entrava-se 30 ou 
40 km, atiravam-se uns fogachos 
sobre um quartel, sem saber os 
resultados, e voltava-se. 
A minha pergunta era essa, se 
tivesse continuado aquilo que 
estava… 
Não, porque o próprio presiden-te 
permitiu o reajustamento na 
Frente Leste, ideia do Gentil Via-na, 
de lançar uma discussão, ouvir 
as críticas para depois colher os 
ensinamentos e traçar as correc-ções 
necessárias. Até se congelou 
o comité director, para todos fi-carem 
em pé de igualdade – foi 
uma catarse extraordinária. E com 
a pressão dos países vizinhos, que 
estavam fartos de nos ter ali, nós 
chegaríamos a um entendimento. 
Continua na próxima edição 
Texto: António Rodrigues 
Fotografia: Arquivo ChelaPress 
Adolfo Maria, exilado em 
Lisboa desde 1979 , espe-ra 
pelo passaporte para 
poder voltar ao seu país. 
Nacionalista desde os 
anos 50, Adolfo Maria 
chegou a ser preso pela 
PIDE. Membro do MPLA da 
primeira hora, passou 
pelo exílio em Argel e 
Brazzavile, dirigiu a Radio 
Angola Combatente, o 
Departamento de Infor-mação 
e Propaganda, fez 
parte do Centro de Estu-dos 
Angolanos, foi pró-ximo 
de Agostinho Neto, 
tudo isto até romper com 
a direcção centralista do 
presidente e participar na 
Revolta Activa com Gentil 
Viana. Depois da Indepen-dência, 
e quando todos 
os que lhe estavam próxi-mos 
politicamente eram 
detidos e torturados 
pelos seus antigos compa-nheiros, 
viveu clandesti-namente 
em Luanda, num 
apartamento com as jane-las 
tapadas com um plás-tico. 
Passou quase três 
anos assim, sobrevivendo 
com um regime rigoroso 
de ioga e um estrito plano 
de actividades que incluía 
tomar notas de tudo o 
que ia saindo na impren-sa. 
Entregou-se, finalmen-te, 
em 1978 e foi enfiado 
num avião e expulso para 
Portugal em 1979. Ap ós 
todos estes anos de exílio, 
continua a afirmar-se 
angolano, a olhar aten-tamente 
a realidade do 
seu país e a comentar as 
notícias do continente 
no programa semanal da 
RDP África “Debate Africa-no”. 
Em 2006, o livro An-gola 
no Percurso de um 
Nacionalista : Conversas 
com Adolfo Maria (Afron-tamento) 
resgatou-o um 
pouco do esquecimento. 
E se aí o que tínhamos 
era uma conversa aca-démica 
com o investiga-dor 
Fernando Tavares 
Pimenta, uma lúcida, mas 
mediada, reflexão sobre o 
nacionalismo angolano, 
o seu novo livro, Angola, 
Sonho e Pesadelo, edita-do 
agora pelas Edições 
Colibri é a história mais 
pessoal desses dois anos 
de “autocárcere”, como 
lhe chama, em que se 
escondeu das garras da 
polícia política do regime, 
a DISA.
Internacional Eventos 
6 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 7 
Benguela realizou o III congresso 
angolano de ortopedia e traumatologia 
A Sociedade Angolana 
de Ortopedia e Trau-matologia 
comemorou 
os seus primeiros três 
anos com um balanço positivo. 
Orgulhosa do sucesso dos dois 
primeiros congressos e da im-plantação 
de um alargado pro-grama 
de palestras e workshops, 
nas Clínicas e Hospitais de An-gola. 
A Sociedade Angolana de 
Ortopedia e Traumatologia ga-nhou 
prestigio, fortaleceu a ima-gem 
dos médicos ortopedistas e 
apresenta-se como uma socieda-de 
forte, encorajada a prosseguir 
com as suas tarefas de investir 
na capacitação dos profissionais, 
facilitando assim o intercâmbio 
cultural entre os colegas e pro-movendo 
a partilha de conhe-cimentos 
com todos que estão 
a trabalhar para a melhoria dos 
serviços de ortopedia e trauma-tologia 
em Angola. 
A Sociedade Angolana de 
Ortopedia e Traumatologia as-sumiu 
o compromisso de levar 
as suas actividades a todas as 
províncias de Angola e escolheu, 
desta feita, a cidade das Acácias 
Rubras de Benguela para realizar 
o III Congresso de Ortopedia e 
Traumatologia. 
O Congresso decorreu so-bre 
os temas centrais: Pé Torto 
Congénito – do Diagnóstico ao 
Tratamento e Atenção ao Poli-traumatizado 
em Ortopedia en-tre 
os dias 19 a 23 de Agosto, no 
Centro de Conferências do Hotel 
Mombaka. 
No âmbito do III Congres-so 
de Ortopedia e Traumatolo-gia 
foram organizados cursos e 
workshops com aulas práticas 
e teóricas. Porém, no dia 19 re-gistou- 
se uma acção pública, na 
praça central de Benguela, para 
consciencialização popular. 
Quanto aos traumas provo-cados 
pelos acidentes de viação 
e os cuidados necessários para 
evitá-los, algumas amostras fo-ram 
exibidas. Foram abordados 
temas sobre o impacto da sinis-tralidade 
rodoviária na socie-dade 
civil, assim como algumas 
entrevistas foram desencadea-das 
por membros da Sociedade 
Angolana de Ortopedia e Trau-matologia. 
Estes encontros foram abri-lhantados 
por diversos especia-listas 
nacionais e estrangeiros 
que se mostraram orgulhosos 
e satisfeitos com a aderência e 
com os resultados, não obstante 
não terem visto o rosto do go-verno. 
Toda a vida europeia 
morreu em Auschwitz 
Quando leio isto não posso deixar de pensar: quanto tempo levará até que não se ofenda ninguém se começarem a dizer que a tragédia do 
US World Trade Centre nunca aconteceu? Verifique o seguinte artigo publicado em Espanha, em 2008. Nunca veremos este género de artigo 
na nossa imprensa. Ele ofenderia muitas pessoas. Algo a ter em consideração. Segue-se a cópia de um artigo escrito pelo escritor espanhol 
Sebastian Vilar Rodriguez, publicado num jornal espanhol, a 15 de Janeiro de 2008.Não é preciso muita imaginação para extrapolar a 
mensagem ao resto da Europa e possivelmente ao resto do mundo. Quando estiver a ler lembre-se que foi num jornal espanhol, datado de 
terça feira, 15 de Janeiro de 2008, às 14h 30m. 
Texto: Sebastian Vilar Rodriguez 
Fotografia: Arquivo ChelaPress 
Desci uma rua em Bar-celona, 
e descobri 
repentinamente uma 
verdade terrível: A Eu-ropa 
morreu em Auschwitz. Ma-támos 
seis milhões de Judeus e 
substituímo-los por 20 milhões 
de muçulmanos. 
Em Auschwitz queimámos 
uma cultura, pensamento, criati-vidade 
e talento. 
Destruímos o povo escolhido, 
verdadeiramente escolhido, por-que 
era um povo grande e mara-vilhoso 
que mudara o mundo. 
A contribuição deste povo 
sente-se em todas as áreas da 
vida: ciência, arte, comércio inter-nacional, 
e acima de tudo, como 
a consciência do mundo. Este é o 
povo que queimámos. 
E debaixo de uma pretensa 
tolerância, e porque queríamos 
provar a nós mesmos que es-távamos 
curados da doença do 
racismo, abrimos as nossas por-tas 
a 20 milhões de muçulmanos 
que nos trouxeram estupidez e 
ignorância, extremismo religio-so 
e falta de tolerância, crime e 
pobreza, devido ao pouco dese-jo 
de trabalhar e de sustentar as 
suas famílias com orgulho. 
Eles fizeram explodir os nos-sos 
comboios, transformaram as 
nossas lindas cidades espanholas 
num terceiro mundo, afogando-as 
em sujeira e crime. 
Fechados nos seus aparta-mentos 
eles recebem, gratuita-mente, 
do governo, eles planeiam 
o assassinato e a destruição dos 
seus ingénuos hospedeiros. 
E assim, na nossa miséria, 
trocámos a cultura por ódio fa-nático, 
a habilidade criativa, por 
habilidade destrutiva, a inteli-gência 
por subdesenvolvimento 
e superstição. 
Trocámos a procura de paz 
dos judeus da Europa e o seu ta-lento, 
para um futuro melhor para 
os seus filhos, a sua determina-ção, 
o seu apego à vida porque 
a vida é santa, por aqueles que 
prosseguem na morte, um povo 
consumido pelo desejo de morte 
para eles e para os outros, para 
os nossos filhos e para os deles. 
Que terrível erro cometido 
pela miserável Europa. 
O total da população islâmi-ca 
(ou muçulmana) é de aproxi-madamente, 
1 200 000 000, isto 
é um bilião e duzentos milhões, 
ou seja, 20% da população mun-dial. 
Eles receberam os 
seguintes Prémios Nobel: 
Literatura 
1988 – Najib Mahfooz 
Paz 
1978 – Mohamed A. El-Sadat 
1990 – Elias James Corey 
1994 – Yaser Arafat 
1999 – Ahmed Zewai 
Economia 
(ninguém) 
Física 
(ninguém) 
Medicina 
1960 – Peter Brian Medawar 
1998 – Ferid Mourad 
TOTAL: 7 (sete) 
O total da população de Judeus 
é, aproximadamente, 14 000 
000, isto é catorze milhões ou 
seja cerca de 0,02% da popula-ção 
mundial. 
Eles receberam os 
seguintes Prémios Nobel: 
Literatura 
1910 - Paul Heyse 
1927 - Henri Bergson 
1958 - Boris Pasternak 
1966 - Shmuel Yosef Agnon 
1966 - Nelly Sachs 
1976 - Saul Bellow 
1978 - Isaac Bashevis Singer 
1981 - Elias Canetti 
1987 - Joseph Brodsky 
1991 - Nadine Gordimer World 
Paz 
1911 - Alfred Fried 
1911 - Tobias M. Carel Asser 
1968 - Rene Cassin 
1973 - Henry Kissinger 
1978 - Menachem Begin 
1986 - Elie Wiesel 
1994 - Shimon Peres 
1994 - Yitzhak Rabin 
Física 
1905 - Adolph Von Baeyer 
1906 - Henri Moissan 
1907 - Albert A. Michelson 
1908 - Gabriel Lippmann 
1910 - Otto Wallach 
1915 - Richard Willstaetter 
1918 - Fritz Haber 
1921 - Albert Einstein 
1922 - Niels Bohr 
1925 - James Franck 
1925 - Gustav Hertz 
1943 - Gustav Stern 
1943 - George C. de Hevesy 
1944 - Isidor Issac Rabi 
1952 - Felix Bloch 
1954 - Max Born 
1958 - Igor Tamm 
1959 - Emilio Segre 
1960 - Donald A. Glaser 
1961 - Robert Hofstadter 
1961 - Melvin Calvin 
1962 - Lev Davidovich Landau 
1962 - Max Ferdinand Perutz 
1965 - Richard P. Feynman 
1965 - Julian Schwinger 
1969 - Murray Gell-Mann 
1971 - Dennis Gabor 
1972 - William Howard Stein 
1973 - Brian David Josephson 
1975 - Benjamin Mottleson 
1976 - Burton Richter 
1977 - Ilya Prigogine 
1978 - Arno Allan Penzias 
1978 - Peter L Kapitza 
1979 - Stephen Weinberg 
1979 - Sheldon Glashow 
1979 - Herbert Charles Brown 
1980 - Paul Berg 
1980 - Walter Gilbert 
1981 - Roald Hoffmann 
1982 - Aaron Klug 
1985 - Albert A. Hauptman 
1985 - Jerome Karle 
1986 - Dudley R. Herschbach 
1988 - Robert Huber 
1988 - Leon Lederman 
1988 - Melvin Schwartz 
1988 - Jack Steinberger 
1989 - Sidney Altman 
1990 - Jerome Friedman 
1992 - Rudolph Marcus 
1995 - Martin Perl 
2000 - Alan J.. Heeger 
Economia 
1970 - Paul A. Samuelson 
1971 - Simon Kuznets 
1972 - Kenneth Joseph Arrow 
Não há um único judeu que 
tenha destruído uma igreja. NÃO 
há um único judeu que proteste 
matando pessoas. 
Os judeus não traficam es-cravos, 
não têm líderes a clamar 
pela Jihad Islâmica e morte a to-dos 
os infiéis. 
Talvez os muçulmanos do 
mundo devessem considerar in-vestir 
mais numa educação mo-delo 
e menos em queixarem-se 
dos judeus por todos os seus 
problemas. 
Os muçulmanos deviam per-guntar 
o que poderiam fazer 
pela humanidade antes de pedir 
que a humanidade os respeite. 
Independentemente dos 
seus sentimentos sobre a crise 
entre Israel e os seus vizinhos 
palestinianos e árabes, mesmo 
que creiamos que há mais culpas 
na parte de Israel, as duas frases 
que se seguem realmente dizem 
tudo: 
“Se os árabes depusessem 
hoje as suas armas não have-ria 
mais violência. Se os judeus 
depusessem hoje as suas armas 
não haveria mais Israel”. (Ben-jamin 
Netanyahu) 
Por uma questão histórica, 
quando o Comandante Supre-mo 
das Forças Aliadas, General 
Dwight Eisenhower, encontrou 
todas as vítimas mortas nos 
campos de concentração nazi, 
mandou que as pessoas ao vi-sitarem 
esses campos de mor-te, 
tirassem todas as fotografias 
possíveis, e para os alemães das 
aldeias próximas fossem levados 
através dos campos e que enter-rassem 
os mortos. 
Ele fez isto porque disse de 
viva voz o seguinte: 
“Gravem isto tudo hoje. Ob-tenham 
os filmes, arranjem as 
testemunhas, porque poderá 
haver algum malandro lá em 
baixo, na estrada da história, 
que se levante e diga que isto 
nunca aconteceu.” 
Recentemente, no Reino Uni-do, 
debateu-se a intenção de 
remover o holocausto do curri-culum 
das suas escolas, porque 
era uma ofensa para a popula-ção 
muçulmana, a qual diz que 
isto nunca aconteceu. Até agora 
ainda não foi retirado do curricu-lum. 
Contudo é uma demonstra-ção 
do grande receio que está a 
preocupar o mundo e a facilida-de 
com que as nações o estão a 
aceitar. 
Já passaram mais de sessenta 
anos depois da Segunda Guerra 
Mundial na Europa ter termina-do. 
O conteúdo deste mail está 
a ser enviado como uma cadeia 
em memória dos 6 milhões de 
judeus, dos 20 milhões de russos, 
dos 10 milhões de cristãos e dos 
1 900 padres Católicos que foram 
assassinados, violados, queima-dos, 
que morreram de fome, fo-ram 
espancados, e humilhados 
enquanto o povo alemão olhava 
para o outro lado. 
Agora, mais do que nunca, 
com o Irão entre outros, recla-mando 
que o Holocausto é um 
mito, é imperativo assegurar-se 
de que o mundo nunca esque-cerá 
isso. 
Depois do ataque ao World 
Trade Center, quantos anos pas-sarão 
antes que se diga “NUNCA 
ACONTECEU”, porque isso pode 
ofender alguns muçulmanos nos 
Estados Unidos? 
1975 - Leonid Kantorovich 
1976 - Milton Friedman 
1978 - Herbert A. Simon 
1980 - Lawrence Robert Klein 
1985 - Franco Modigliani 
1987 - Robert M. Solow 
1990 - Harry Markowitz 
1990 - Merton Miller 
1992 - Gary Becker 
1993 - Robert Fogel 
Medicina 
1908 - Elie Metchnikoff 
1908 - Paul Erlich 
1914 - Robert Barany 
1922 - Otto Meyerhof 
1930 - Karl Landsteiner 
1931 - Otto Warburg 
1936 - Otto Loewi 
1944 - Joseph Erlanger 
1944 - Herbert Spencer Gasser 
1945 - Ernst Boris Chain 
1946 - Hermann Joseph Muller 
1950 - Tadeus Reichstein 
1952 - Selman A. Waksman 
1953 - Hans Krebs 
1953 - Fritz Albert Lipmann 
1958 - Joshua Lederberg 
1959 - Arthur Kornberg 
1964 - Konrad Bloch 
1965 - Francois Jacob 
1965 - Andre Lwoff 
1967 - George Wald 
1968 - Marshall W. Nirenberg 
1969 - Salvador Luria 
1970 - Julius Axelrod 
1970 - Sir Bernard Katz 
1972 - Gerald M. Edelman 
1975 - Howard Martin Temin 
1976 - Baruch S. Blumberg 
1977 - Roselyn Sussman Yalow 
1978 - Daniel Nathans 
1980 - Baruj Benacerraf 
1984 - Cesar Milstein 
1985 - Michael Stuart Brown 
1985 - Joseph L. Goldstein 
1986 - Stanley Cohen 
1988 - Gertrude Elion 
1989 - Harold Varmus 
1991 - Erwin Neher 
1991 - Bert Sakmann 
1993 - Richard J. Roberts 
1993 - Phillip Sharp 
1994 - Alfred Gilman 
1995 - Edward B. Lewis 
1996 - Lu RoseIacovino 
TOTAL: 128 (cento 
e vinte e oito) 
Os judeus não estão a pro-mover 
lavagens cerebrais a crian-ças 
em campos de treino militar, 
ensinando-os a fazerem-se ex-plodir 
e causar um máximo de 
mortes a judeus e a outros não 
muçulmanos. 
Os judeus não “tomam” avi-ões, 
nem matam atletas nos Jo-gos 
Olímpicos, nem se fazem ex-plodir 
em restaurantes alemães. 
Refinaria de Luanda despede grevistas 
Dez dos 40 trabalhadores 
da empresa SAMBIENTE, 
que presta serviços à Re-finaria 
de Luanda, ligada à Socie-dade 
Nacional de Combustíveis 
de Angola (Sonangol-EP), que 
faziam, há mais 30 dias, uma gre-ve 
interpolada, em protesto aos 
maus salários que auferem, assim 
como as péssimas condições em 
que laboram, foram expulsos do 
serviço a pouco mais de um mês, 
sob acusação de agitar o grupo 
para não retomar o trabalho. 
Segundo apurou o Chela-press 
junto dos seus advoga-dos, 
ligados à Associação Mãos 
Livres (AML), os grevistas, cuja 
idade varia entre os 25 e 50 anos, 
optaram pela greve depois de 
a entidade patronal não ter res-pondido 
às preocupações apre-sentadas 
num caderno reivindi-cativo 
enviada a ela, em tempo 
útil, que consistiam, para além 
do aumento salarial e das condi-ções 
laborais, no melhoramento 
dos contratos de trabalho, qua-lificação 
ocupacional, assistência 
médica, subsídio de funeral do 
trabalhador e seus dependentes 
(esposa e filhos). 
Das reivindicações apresenta-das 
por estes trabalhadores, to-dos 
de nacionalidade angolana, 
alguns dos quais com mais de 20 
anos de serviço, constam ainda 
o subsídio de transporte, assim 
como a sua inscrição junto do 
Instituto Nacional de Segurança 
Social (INSS). Eles alegam que os 
descontos que lhe são feitos não 
são depositados nas suas contas 
junto deste instituto público. 
Em declarações prestadas a 
este jornal, exigem que a entida-de 
patronal aumente os salários 
na ordem dos 100 por cento. Os 
grevistas, antes de pertencerem 
à SAMBIENTE, laboraram nas 
denominadas empresas JADA, 
CDTE E ANAYA, todas ligadas à 
Refinaria. 
De lá para cá, segundo reve-laram, 
trabalham em condições 
extremamente difíceis e sub-humanas, 
com todos os riscos, 
numa empresa que produz pro-dutos 
químicos. 
Segundo alegaram, os mes-mos 
ganham o salário de 34 mil 
Kwanzas, sem direito a transporte 
de casa para o serviço, havendo 
o risco de alguns serem assalta-dos 
na via pública por meliantes, 
já que a maior parte reside na 
periferia da cidade, conforme re-feriram 
a este jornal. 
A maioria alega sair das suas 
casas em Viana, Cacuaco, Kifan-gondo, 
Panguila, Kilamba Kiaxi 
e Benfica, a partir das 4 horas 
da manhã para dirigirem-se às 
paragens dos taxistas, nas quais 
apanham as primeiras viaturas 
que os transporta ao centro da 
cidade de Luanda, e a partir daí 
até ao local de serviço (Refinaria 
da Petrangol),entrando nas horas 
normais de expediente. 
Mesmo com o afastamento 
compulsivo de dez grevistas, cuja 
situação aumentou ainda mais a 
ira dos restantes, os outros que 
também ainda não retomaram 
o serviço, prometeram não ar-redarem 
pé enquanto a situação 
não for resolvida para beneficiar 
todos os reivindicadores. “Nós 
estamos contra a expulsão dos 
nossos colegas, e estamos a 
exigir que sejam readmitidos”, 
disse um dos grevistas que falou 
sob anonimato. 
Desde o princípio de Julho, 
todos os dias um grupo de mais 
de 40 pessoas tem-se juntado 
defronte às instalações da Re-finaria 
da Petrangol, situado na 
comuna do Ngola Kiluanje, Dis-trito 
do Sambizanga, exigindo 
que sejam resolvidas as premen-tes 
necessidades que os afligem, 
mas, ao que parece, a direcção 
da empresa “faz ouvidos de 
mercador” ante o clamor destes 
trabalhadores. 
Como tem sido quase nor-ma 
em todas as empresas pú-blicas 
ou estatais no nosso país 
os responsáveis das instituições 
recusarem falar à imprensa so-bre 
um determinado assunto, o 
mesmo sucedeu com esta enti-dade 
em epígrafe, associado ao 
excesso de zelo dos seguranças 
das instalações que frustraram o 
aludido contacto, alegando cum-prirem, 
como sempre, “ordens 
superiores”, mas não se sabendo 
de quem partem essas mesmas 
ordens. 
Texto: Ismael Nascimento 
Fotografia: Arquivo ChelaPress
Justiça Justiça 
8 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 9 
Exige suspensão da juíza Elsa Sinde O excesso de juventude 
e a dimensão da justiça 
nela proferida, sendo 
favorável, perca toda 
a sua eficácia ou 
parte dela, segun-do 
o eminente Prof. 
Antunes Varela – Manual de 
Processo Civil, 2ª Edição pág. 23 
(vide também artigo 2º in fine, 
do C.P.C). 
Aliás, salvo melhor opinião, 
o próprio legislador, no que se 
refere ao articulado da contesta-ção, 
inseriu-lhe no conjunto do 
processo ordinário ou comum, 
ex vi artigo 486º e seguintes do 
C.P.C. 
Daí a razão de não fazer sen-tido 
algum ter lugar o articulado 
da contestação propriamente 
dita nos presentes autos da Pro-vidência 
Cautelar Não Especifica-da. 
No entanto, ainda que admi-tamos 
a mera hipótese de consi-derar 
a “oposição” a que se refe-re 
o nº 2 do artigo 400º do C.P.C., 
como Contestação propriamente 
dita, mesmo assim estaríamos a 
fazer uma interpretação errónea 
da norma, uma vez que a “oposi-ção” 
a que se refere o legislador 
não é a contestação propriamen-te 
dita, mas sim audição do Réu, 
tal como confirma o aludido nº 1 
ab initio e 2 ab initio ambos do 
artigo 400º do C.P.C. 
Face o exposto, a juíza Elsa 
Ema do Rosário Jorge Sinde, 
chefe da Sala do Cível e do Ad-ministrativo 
do Tribunal de Ben-guela, 
distribuidora de processos 
e filha do ilustre Jorge Sinde, 
advogado com banca de advo-cacia 
em Benguela,devia indefe-rir 
o articulado da contestação 
juntando aos autos do impostor 
António Francisco Umbelino 
Vicente, ordenando o desentra-nhamento 
do mesmo aos autos 
e toda a documentação que o 
acompanha. Devia ser devolvido 
todo o expediente à parte que 
o apresentou, em obediência 
ao principio da legalidade com 
dignidade constitucional, ex vi 
artigo 6º e artigo 177º nº 1, con-jugado 
com estatuído no artigo 
400º do C.P.C. 
Tal como a senhora Rosário 
de Fátima Vaz Soares Borrego-já 
referiu no seu requerimento 
inicial, é a legítima e universal 
herdeira/proprietária do imóvel 
situado na Rua Aires de Almeida 
Santos nº 158 – A, 166, inscrito 
na matriz predial nº 705, adqui-rido 
por herança, como resultado 
da morte de seu pai, o de cujus 
António da Cruz Soares Borre-go, 
conforme provam os docu-mentos 
constantes nos autos. 
Porém, é totalmente desca-bido 
e falso os argumentos adu-zidos 
pelo António Francisco 
Umbelino Vicente, quando diz 
que celebrou o contrato com a 
senhora Rosário Borrego, numa 
altura em que o mesmo desco-nhecia 
a existência do confisco 
do imóvel em favor do Estado. 
Escamoteando a verdade e ig-norando 
os vários recursos apre-sentados 
pela senhora Rosário 
Borrego,dirigidos aos órgãos do 
Estado (Presidência da Repúbli-ca, 
Ministério da Justiça, Ministé-rio 
do Urbanismo, Ministério da 
Construção, Tribunal Supremo, 
Procuradoria Geral da Republica 
e Outros) que culminou com o 
reconhecimento de que o confis-co 
ora efectuado no imóvel sub 
judice foi ilegal. 
Por esta razão, o próprio Es-tado, 
através dos seus órgãos 
competentes, ordenou imediata-mente 
a reposição da legalidade, 
através da publicação de anula-ção 
do confisco, reintegrando o 
imóvel na situação que anterior- 
Rosário de Fátima Vaz Soares Bor-rego, 
parte certa no processo nº 
15/2014 por não se conformar com 
o conteúdo da sentença proferida 
pela juíza Elsa Ema do Rosário Jorge Sinde, 
Chefe da Sala do Cível e do Administrativo do 
tribunal de Benguela, distribuidora de proces-sos 
e filha do ilustre Jorge Sinde, advogado 
com banca de advocacia em Benguela, fez 
uso, mais uma vez, de um direito que a assis-te, 
à luz do preceito dos artigos 676º, 733º e 
740º nºs 1, 2, alínea d) e 3 in fine, interpondo 
um recurso de agravo com efeito suspensivo, 
em virtude de considerar que a decisão ora 
tomada foi parcial, criminosa e violadora do 
principio da legalidade e da independência 
dos tribunais, com dignidade constitucional, 
ex vi artigo 6º e 175º, ambos da C.R.A. 
Perante a presença do recurso, a juíza Elsa 
Ema do Rosário Jorge Sinde, apanhada na 
contramão, emitiu uma sentença, a qual ane-xamos. 
O jornal ChelaPress, com o devido respeito 
que a juíza Elsa Ema do Rosário Jorge Sinde 
merece, vê-se na obrigação de pôr em causa a 
maturidade, seriedade e formação jurídica da 
mesma, e rebater publicamente as suas deci-sões 
com base na lei, só na lei e no direito. 
A senhora Rosário de Fátima Vaz Soares 
Borrego, herdeira legitima e universal de An-tónio 
Soares Borrego, tinha 1 ano de exis-tência 
quando seu pai faleceu m Angola, em 
1977. Atingida a maior idade e porque nem 
o tribunal de Benguela nem o Ministério Pú-blico 
souberam salvaguardar os interesses 
da menor, decidiu interpôr com documentos 
comprovativos uma acção judicial, com vista 
à reposição da legalidade. A juíza Elsa Sinde 
acusou-a de litigar de má fé pelos seus pró-prios 
interesses. Decretou que a mesma fosse 
depositar a quantia de Akz 989.292,00, prove-niente 
de custas contadas nos autos de Pro-vidência 
Cautelar Não Especificada nº 15/14, 
em que é requerido o impostor António 
Francisco Umbelino Vicente (há anos que 
deixou de pagar as respectivas rendas), e a 
requerente, a depositante Rosário de Fátima 
Vaz Soares Borrego, herdeira legitima e uni-versal 
de António Soares Borrego, com efei-to 
suspensivo. Em acto contínuo, a secretaria 
do tribunal endereçou a nota de cobrança à 
senhora Rosário Borrego sob pena de ser 
processada, em caso de incumprimento. 
Afinal de contas o que é isto de uma sen-tença 
com efeito suspensivo? 
Efeito suspensivo nada mais é que a sus-pensão 
de eficácia de uma decisão (sentença) 
recorrida, não podendo ser a mesma execu-tada, 
enquanto estiver em grau de recuso, 
para se evitar dano grave de difícil ou incerta 
reparação. No caso em tela (em discursão), o 
efeito suspensivo não extingue a multa diária, 
apenas suspende o pagamento ou a execução 
da mesma, até ser julgado o recurso. 
Face o exposto, em jeito de aula de direito, 
a juíza Elsa Ema Sinde deve fazer a devolu-ção 
do montante exigido à senhora Rosário 
de Fátima Vaz Soares Borrego. 
Contra factos não há 
argumentos. A lei do 
inquilinato protege o 
inquilino, mas não os 
impostores. A entidade que se 
apodera de um imóvel e não é 
governo, não é proprietário, não 
é herdeiro, não tem contrato de 
arrendamento actualizado, não 
honra os seus compromissos, se 
alguma vez foi inquilino, não de-posita 
a sua renda em nenhuma 
conta bancária indicada pelo tri-bunal, 
não pode ser considerado 
inquilino, por conseguinte é um 
impostor. 
No entanto, a juíza Elsa Ema 
do Rosário Jorge Sinde, chefe 
da Sala do Cível e do Adminis-trativo 
do Tribunal de Benguela, 
distribuidora de processos e filha 
do ilustre Jorge Sinde, advoga-do 
com banca de advocacia em 
Benguela, numa atitude pura-mente 
revanchista e vingativa, 
contraria todas as disposições 
legais previstas na lei. 
O Jornal ChelaPress,depois 
do contacto mantido com 
Rosário de Fatima Vaz Soa-res 
Borrego, constatou que a 
mesma,desgastada com as in-congruências 
da magistratura 
judicial de Benguela, faz questão 
de manter tudo quanto aludiu no 
seu requerimento inicial presente 
nos autos da Providência Caute-lar 
Não Especificada. 
Porém, compulsada, mais 
uma vez, a legislação civil em 
vigor no ordenamento jurídico 
angolano, nomeadamente, o Có-digo 
de Processo Civil, no seu ar-tigo 
399º, Especificadas, verifica-se 
nitidamente que em momento 
algum nas Providências Cautela-res 
Não Especificadas têm lugar 
o articulado da contestação. 
Os nºs 1 e 2 a bintiodo artigo 
400.º do C.P.C, a que se refere o 
processamento da Providência 
Cautelar Não Especificada, é bas-tante 
claro na medida em que 
nos diz claramente que depois 
de o requerente oferecer prova 
sumária do direito ameaçado 
e, justificado o receio da lesão, 
o Tribunal ouvirá o Réu, desde 
que esta audiência não ponha o 
fim da providência. 
E acrescenta ainda o legis-lador 
no nº 3 do supracitado 
artigo que: “se o Réu não tiver 
sido ouvido, o juiz pode or-denar 
também todas diligên-cias 
de provas necessárias”. 
O Jornal ChelaPress, atento 
às referidas disposições legais, 
constatou que em momento 
algum o legislador estatuiu 
o articulado da contestação 
com intuito de não transfor-mar 
a providência acautelar 
num processo ordinário, uma 
vez que “os procedimentos 
cautelares constituem os 
meios que o titular do di-reito 
dispõe para acaute-lar 
o efeito útil da acção”, 
visando com ele impedir 
que durante a pendência de 
qualquer acção declarativa ou 
executiva, a situação de facto se 
altere de modo a que a sentença 
A DAMER GRÁFICAS S.A., NO LOBITO 
A província de Benguela conta desde o passado dia 12 de Maio com a presença de mais uma 
empresa que vem intensificar a aposta dos empresários angolanos na região. 
Trata-se da Damer Gráficas S.A., uma prestigiada empresa, 100% angolana, que inaugurou o seu 
escritório na zona do 28, na cidade do Lobito, tendo organizado uma pequena, mas muito simpática, 
festa de inauguração. 
Falamos de um espaço moderno, agradável, capaz de proporcionar o melhor atendimento a todos 
aqueles que até lá se desloquem. 
A aposta na província de Benguela tem como objectivo oferecer aos seus clientes da região a 
possibilidade de terem todos os produtos produzidos nas actuais instalações fabris em Luanda, mas 
agora “à porta de casa”. 
Dotada dos melhores equipamentos, a nível mundial na área das artes gráficas, a Damer pretende 
com este investimento, encurtar a distância entre a capital e a província de Benguela, que era, até 
agora, altamente deficitária na oferta deste tipo de produtos. 
Produzindo todo o tipo de produtos impressos, a qualidade, a rapidez e o atendimento 
personalizado, são as imagens de marca desta dinâmica empresa. 
BENGUELA SOLIDÁRIA 
mente existia, (vide Despacho 
Conjunto nº 397/12, de 30 de 
Abril já aos autos). 
Todavia, o que está em cau-sa 
nos presentes autos não é o 
reconhecimento ou não da titu-laridade 
do imóvel em questão, 
até porque, para se decretar a 
presente providência, é apenas 
necessário que sejam preenchi-dos 
os 5 (cinco) requisitos da 
Providência Cautelar Não Espe-cificada; 
Porém, para a determinação 
do primeiro requisito com que 
tanto se debate o António Um-belino 
Vicente (a existência de 
um direito), basta um juízo de 
probabilidade e o seguimento do 
juízo da certeza. 
Assim sendo, não há dúvida 
alguma que os referidos requi-sitos 
legais encontram-se pre-enchidos 
in casu em apreço tal 
como a senhora Rosário Borre-go 
referiu no seu requerimento 
inicial. 
O ChelaPress não tem dúvi-das 
que a juíza Elsa Sinde, ani-mada 
de sentido de vingança 
e retaliação, tem estado a agir 
de má fé e para justificar os ti-ros 
que tem estado a dar no seu 
próprio pé, intentou uma acção 
junto da Direcção Provincial de 
Investigação Criminal contra a 
senhora Rosário de Fátima Vaz 
Soares Borrego, alegando esta 
ter desobedecido a uma ordem, 
por sinal descuidadamente por si 
emitida. “Que grande lata” para 
não dizer “que grande incon-gruência”. 
O impostor vira vítima 
e a vítima vira impostora. 
No entanto, importa aqui 
salientar que António Francis-co 
Umbelino Vicente é marido 
casado de Manuela Vaz Morais 
Vicente, prima como irmã de 
Rosário de Fátima Vaz Soares 
Borrego.Foi esta última que, por 
respeito e consideração ao pai de 
Manuela Vaz Morais Vicente, 
aceitou alugar o imóvel em causa 
ao impostor António Francisco 
Umbelino Vicente.
Justiça Justiça 
10 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 11 
Familiares de bárbara indignados 
com o tribunal provincial de luanda 
Texto: Ismael Nascimento 
Fotografia: Arquivo ChelaPress 
O Pintor das Acácias Rubras 
A magistratura judicial de Benguela 
facilita sabotagem económica 
Abias,o pintor da Galeria do Jazz 
do Rasgado’s Jazz Club 
Texto: Francisco Rasgado 
Fotografia: Arquivo ChelaPress 
Texto: Ismael Nascimento 
Fotografia: Arquivo ChelaPress 
A exposição do pintor Abias 
Kayenga Ukuma, conhe-cido 
pela sua versatilidade 
no mundo artístico, há muito es-perada 
pelo público de Benguela 
e integrada no Fenacult – Festival 
Nacional da Cultura, terá lugar no 
Rasgado’s Jazz Club nos dias 18 
e 19 de Setembro. 
Abias Kayenga Ukuma nas-ceu 
na aldeia de Kassareia, mu-nicípio 
de Bailundo, Província do 
Huambo, em 1969. 
Fez os estudos primários e se-cundários 
em Benguela. 
Pintor autodidacta, é membro 
fundador do Núcleo de Jovens 
Pintores de Benguela. 
Em 1986 participou na execu-ção 
de alguns painéis publicitá-riosna 
antiga secção de desenho 
e propaganda do Comité Provin-cial 
do MPLA em Benguela e na 
UNAP (União Nacional dos Artis-tas 
Plásticos). 
Desde 1990 que expõe em 
Angola e Portugal as suas obras, 
tendo realizado 5 mostras indivi-duais 
e 20 colectivas. 
Prémios 
1990: 2º Lugar do prémio alu-sivo 
ao 17 de Setembro 
1995: 1º e 2º Lugares do Pré-mio 
Prualb, no concurso sobre o 
meio ambiente. 
Será que no pro-cesso 
judicial que 
determinou a des-truição 
da Ceten-co 
– Engenharia, 
Construção Civil e 
Obras Públicas, Lda, 
a juíza Catarina 
Micolo envolveu o 
procurador Fran-cisco 
Fortunato 
ou o procurador 
Francisco Fortuna-to 
envolveu a juíza 
Catarina Micolo e 
a juíza Elsa Ama-ral 
foi envolvida 
pela juíza Catari-na 
Micolo e o juiz 
Tupita envolveu-se 
nesta grande em-brulhada 
em soli-dariedade 
as juízas 
na Providência 
Cautelar Não Espe-cificada 
intentada 
pelo Banco B.I.C 
contra à gerência 
ilegal e delapida-ção 
do imobilizado 
da Cetenco, Lda, 
sua devedora, por 
Eliseu Luís dos Reis, 
considerando-a 
de improcedente? 
Agora temos os 
resultados com a 
destruição total 
da Cetenco, Lda, 
uma empresa saudá-vel 
e consolidada 
que facturava usd 
5.000.000,00 ano, e 
dezenas de traba-lhadores 
desempre-gados. 
O corpora-tivismo 
também tem 
o seus inconvenien-tes. 
Eliseu e Pedro dois lotes de ter-reno, 
designadamente números 
130 e 131, ao senhor Francisco 
Guerreiro, no valor de 8 milhões e 
500 mil kwanzas (85 mil dólares). 
A fonte referiu que o mon-tante 
arrecadado nesta venda 
não entrou nos cofres da empre-sa, 
desconhecendo-se o destino 
a que foi dado, numa altura em 
que se precisa de mais de 500 mil 
dólares para continuar a saldar 
os salários e indemnizações dos 
mais de 120 trabalhadores, desde 
Maio do ano passado. 
No meio deste turbilhão, a 
fonte acusou ainda o senhor Eli-seu 
de não ter apresentado o re-latório 
de contas do ano fiscal de 
2012, tendo abandonado a em-presa 
e fugindo para o Brasil com 
o dinheiro que havia levantado 
do banco. 
Para além de ter levado supos-tamente 
o dinheiro, contra Eliseu 
pendem acusações de não ter fei-to 
o relatório do último exercício 
fiscal de 2013, cujo prazo termi-nou 
no dia 31 de Maio. 
Uso indevido de meios 
Segundo ainda a fonte deste jornal, 
presentemente estão a ser usados 
ilegalmente desde Dezembro do 
ano passado, meios da empresa 
para serviços particulares. 
São viaturas ligeiras e pesadas 
(basculantes e cisternas), por in-divíduos 
(Miranda e Diogo), que 
a fonte alega não pertencerem à 
empresa, assim como não habili-tados 
para conduzirem os meios 
com os quais circulam. 
Também estão a ser furtados 
peças de equipamentos estacio-nados 
no parque da Fundação 
Lwini, pelos senhores Miranda, 
Diogo e Lourenço, segunda ain-da 
a nossa fonte, que considera a 
acção de vil e vergonhosa. 
Toda esta sabotagem econó-mica 
está à ser facilitada por uma 
Providência Cautelar Não Especi-ficada 
intentada pelo Banco B.I.C., 
considerada improcedente pelo 
Juíz Tupita. 
Inspirando-se nas figuras inter-nacionais 
e nacionais do mundo 
do jazz pintadas por si, Abias 
Kayenga Ukuma vai inaugurar a 
sua primeira exposição individual 
de originais em ambiente de festa. 
O espaço escolhido foi o Rasgado’s 
Jazz Club, na Baía Azul, município 
da Baía Farta – Benguela, onde 
certamente irá receber artistas e 
amigos, entre eles Dumilde Rangel 
e Armando da Cruz Neto, ex- go-vernadores 
da província de Bengue-la, 
Isaac dos Anjos, actual governa-dor 
e Carlos Freitas, ex-director do 
Plano do governo de Benguela. 
1997: 2º 
Lugar do Pré-mio 
Pruarb, no 
concurso sobre 
o meio ambien-te. 
Tem obras re-presentadas 
em 
colecções particu-lares 
em Angola, 
Portugal, França, 
Espanha, Estados 
Unidos, Inglaterra, 
Finlândia, Suécia e 
Alemanha. 
A exposição de 
pintura em óleo so-bre 
tela, de Abias, 
retrata a realidade social e o amor. 
Abias, revelando-se um pintor 
com verdadeiro labor na arte de 
pintar a vida, consegue, com esta 
obra, romper com algumas nor-mas 
tradicionais. 
Abias disse que esta foi a me-lhor 
forma que encontrou para 
mostrar algumas das suas melho-res 
obras, com uma “Vernisage” 
algo diferente do habitual. 
E mais, segundo Abias,com 
esta exposição vê os seus créditos 
reconfirmados e o seu trabalho 
valorizado, desta feita, pelas mãos 
do Rasgado’s Jazz Cub. 
Os quadros reunidos para esta 
exposição são de uma importân-cia 
extrema, pois acompanham 
todo percurso artístico de Abias, 
dono de uma vasta e plurifaceta-da 
obra em óleo sobre tela. 
Familiares da malograda 
Bárbara Menezes de Sá 
Nogueira, 38 anos, ex-funcionária 
do banco co-mercial 
“Millenium-Angola” as-sassinada 
em Maio de 2013 pela 
sua ex-amiga e colega de servi-ço, 
Judith da Silva, insurgiram-se 
contra o Tribunal Provincial de 
Luanda (TPL), ao aplicar à ré a 
pena de 20 anos de prisão maior, 
em vez de pena máxima. 
Eles alegam ter havido uma 
leveza da sentença, tendo em 
conta o hediondo crime come-tido 
por Judith da Silva contra 
a malograda Bárbara, de quem 
alegou ter sido amiga e confi-dente, 
enquanto em vida. “ Não 
esperávamos por essa senten-ça 
tão leve, esperávamos que 
fosse mais pesada”, disse um 
dos familiares, balbuciando com 
os nervos à flor da pele. 
Para este familiar, o Tribunal 
devia aplicar pena máxima à con-denada, 
para desencorajar actos 
semelhantes no futuro, acrescen-tando 
que este órgão de jurispru- 
pregada da sua residência, que 
foi amante do seu esposo, um 
conhecido pastor da Igreja Uni-versal 
do Reino de Deus (IURD), 
em Luanda. 
Como tudo aconteceu 
Segundo a Polícia de Investi-gação 
Criminal, Bárbara Sá No-gueira 
saiu de casa levando con-sigo 
a sua filha Pérsia Alexandra 
Meneses,11 anos, ao colégio Eli-sângela 
Filomena, onde estuda-va, 
em seguida reunir-se-ia com 
um dos clientes do banco para 
o qual trabalhava, encontro que 
estava marcado num dos novos 
edifícios próximos da Feira Inter-nacional 
de Luanda (FIL). 
Volvidos quatro dias, a infor-mação 
sobre o seu desapareci-mento 
foi tornada pública por 
um dos seus irmãos, em entre-vista 
ao programa radiofónico da 
Rádio Luanda (RL), informando 
que a malograda estava ausente 
da sua casa, desde aquele fatídi-co 
dia em que se tinha dirigido 
à FIL sem mais regressar com 
vida junto dos seus. 
Antes de tornarem pública a 
informação, o irmão, cujo nome 
o Chelapress não apurou, tinha 
dito que os familiares já haviam 
procurado em toda a parte pos-sível 
em que poderia ser encon-trada, 
incluindo numa das casas 
que a malograda e o seu mari-do, 
Atos Nogueira, construíam 
no Benfica, a Sul de Luanda, mas 
sem sucesso. 
Tudo girava numa expectativa 
que ela pudesse ter sido raptada 
e que os sequestradores exigis-sem 
dinheiro para o seu resgate. 
Mas tudo não passou de conjun-turas, 
pois o pior tinha já aconte-cido 
na vida desta jovem mulher. 
Depois de apuradas investiga-ções 
da Polícia, o seu corpo foi 
encontrado nas imediações de 
Kikuxi, em Viana, com graves si-nais 
de tortura. 
Após a descoberta do corpo, 
a Polícia de Investigação Crimi-nal 
deteve Judith da Silva, pois, 
segundo informações tornadas 
públicas pelo marido da malo-grada, 
ela terá assumido a auto-ria 
deste crime que chocou não 
só a sociedade luandense, mas 
também a angolana, em geral. A 
acusada confessa do crime re-latou 
que o delito teve razões 
passionais, pelo caso que ambas 
vinham mantendo, versão essa 
desmentida pelos familiares da 
vítima. 
dência “não fez o seu trabalho 
devidamente”. Durante o acto, 
depois da leitura da sentença, 
houve revolta da parte dos fami-liares 
da malograda Bárbara Sá 
Nogueira, e Judith da Silva saiu 
a correr da sala de julgamento e 
escoltada pela guarda dos Ser-viços 
Penitenciários (SP) até ao 
carro celular que a levou até à 
Unidade Penitenciaria de Viana 
(UPV). 
Sob o processo número 
5746/13/, segundo apurou o 
Chelapress de fonte ligada ao Tri-bunal 
Provincial de Luanda (TPL), 
a ré foi encaminhada dias depois 
para o campo de reeducação de 
Bentiaba, província do Namibe, 
onde deverá cumprir os 20 anos. 
Para além deste crime, o Tri-bunal 
condenou-a também por 
um outro, o de aborto forçado e 
cárcere privado contra a ex-em- 
Os nomes dos elementos: 
Jorge, Pedro e José Luís, este 
último considerado pela fonte 
como sendo falso sócio, têm es-tado 
a desmantelar o património 
da empresa. 
De Maio até à data foram ven-didas 
viaturas, retiraram mobiliá-rio 
da casa de passagem da refe-rida 
empresa e levando-as para 
parte incerta. 
Para além de viaturas, segun-do 
a fonte, estão sendo desvia-dos 
também equipamentos de 
construção e outros materiais dos 
armazéns e parque de máquinas. 
Máquinas pesadas importantes 
para o exercício da CETENCO, Lda, 
estão à ser retalhadas para serem 
vendidas como sucatas. Estas 
acções têm tido a conivência da 
magistratura judicial de Benguela, 
acrescentou. 
José Luís é citado pela fonte, 
como estando a fazer passar-se 
por gerente da Cetenco junto da 
empresa chinesa CITIC, “tentando 
manobras para o recebimento ilí- 
A Cetenco Construções 
vive nos últimos tempos 
uma situação de sabo-tagem 
dos seus meios 
de trabalho, protagonizada por 
um dos seus sócios, Eliseu Luís 
dos Reis, coadjuvado pelo José 
Luís, segundo denúncias feitas ao 
Chelapress por fonte familiarizada 
com o assunto. 
cito de areia” feita pela Empresa 
Areias de Benguela (EAB), através 
de um contrato assinado em Mar-ço 
de 2013. 
Segundo a fonte, José Luís 
nunca foi da Cetenco, mas possui 
uma empresa de construção civil, 
conhecida por “Pétala e Corola”, 
concorrente da Cetenco. 
Venda ilícita de terrenos 
Durante esse tempo todo, foram 
também vendidos pelos senhores 
Eliseu Luís 
dos Reis, 
o gerente 
ilegal. 
A gerência anterior, conforme o despacho nº 48/013 da juíza 
Elsa Amaral, não consta o nome de Eliseu dos Reis.
CHELAPRESS | 11 DE setembro 2014 
aqui mando eu 
Por: franc isc o ras gado 
MORREU O FOTÓGRAFO DAS ACÁCIAS RUBRAS 
O INÍCIO E o fim do meu amigo 
Mano Augusto Vieira está 
nas sete quintas 
Pedro Prumo deu o me-lhor 
de si à província de 
Benguela. Trabalhou com 
vários governadores da pro-víncia 
de Benguela, entre eles: 
Dumilde Rangel, Armando da 
Cruz Neto e, por menos tempo, 
com Isaac dos Anjos. 
Talvez com um pouco mais 
de atenção e humanismo, por 
quem de direito, tivéssemos o 
nosso Pedrito por mais tempo. 
Pedro Prumo lamentou e men-digou 
às portas dos gabinetes, 
mas ninguém o quis ouvir nem 
ver com olhos de ver. 
O nosso Pedrito estava 
muito mal. O nosso Pedrito 
definhava a olho nú. 
Tudo teria sido mais fácil há 
uns anos atrás. Porém, assim 
quis o destino que tudo contigo 
acontecesse. Paciência, amigo 
Pedrito. 
Pedro Prumo, depois de al-gumas 
tentativas no estrangeiro 
em busca de tratamento, morreu 
inesperadamente na sequência 
de uma operação ao estomago, 
que há muito o apoquentava. 
O EX-LIBRIS DE BENGUELA ESTÁ A SER DELAPIDADO 
O cine Benguela, localizado 
no limiar do asfalto da 
urbe benguelense, outrora 
propriedade da família Cente-no 
e mais tarde da EDECINE, 
foi tomado de assalto por, 
por alma de quem, pelo 
Manuel Francisco ex-admi-nistrador 
do município de 
Benguela. 
O seu precioso parque 
público está a ser, com 
muros altos, transformado 
em oficina de reparação de 
carros, chaparia e pinturas. 
A sociedade de benguela 
vai sair à rua para protestar 
contra mais esta tomada 
de assalto levada a cabo 
pela grande aberração de 
Dumilde Rangel, - Manuel 
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AGORA É QUE VAI 
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Victor Moita, o carismá-tico 
quadro de carreira 
do M.P.L.A em Bengue-la, 
por falta de visão política, 
comprometeu o seu percurso 
ao aceitar o cargo de vice-governador 
da Província de 
Benguela para a área de infra-estruturas. 
O cargo de vice-governador 
não é politico, é efémero, 
subalterno e dependente da 
boa vontade do governador da 
situação. 
Como secretário da comis-são 
executiva do M.P.L.A, tinha 
o seu futuro assegurado como 
membro do Comité Central do 
M.P.L.A e deputado da Assem-bleia 
Nacional, à semelhança 
de Eduarda Magalhães e Za-carias 
Davoca. E, como se não 
bastasse, deixou o partido com 
o rótulo de traidor e de estar 
na origem da morte política do 
seu iniciador, Lito Guardado, 
remetido aos escanteios. 
No meio de tantas 
mudanças, a posterior, 
houve uma, que não foi nada 
fácil de digerir. 
Tratou-se da transferência 
de Miguel Maiato, delegado 
da justiça de Benguela para à 
província do Namibe e a Pau-la 
Marisa Correia, delegada 
da justiça do Namibe para 
Benguela. 
Miguel Maiato, tocado 
no seu ego, declinou, na 
óptica de muitos, o presente 
envenenado. 
Miguel Maiato à seme-lhança 
de todos os dirigentes 
locais e centrais, também fez 
a sua “Acumulação Primitiva 
de Capital”, que lhe vai, por 
conseguinte, permitir abraçar 
o empresariado local. 
José Augusto Vieira, pre-potente 
e arrogante, ex-chefe 
da Repartição Técnica 
da Administração Municipal 
de Benguela, acabou de ser 
transformado em chefe do 
projecto “Uche - 1.000 m2 
por pessoa” de Isaac dos An-jos, 
governador da província 
de Benguela. 
José Augusto Vieira, 
com esta transformação, a 
funcionar agora no Uche, 
a caminho do Lubango, foi 
apenas escondido ou tem-porariamente 
posto fora das 
vistas da sociedade ben-guelense. 
Um dos grandes 
inimigos da sociedade de 
Benguela, tudo por causa dos 
terrenos. Boa safra. 
Estamos aqui para policiar 
o seu desempenho. 
O jornal ChelaPress, em 
tribunal, num processo judi-cial 
a decorrer, promete falar, 
com documentos e fotogra-fias, 
das casas, dos terrenos, 
invasões, atropelos e das 
conexões de José Augusto 
Vieira, enquanto chefe dos 
Serviços Técnicos de Leopol-do 
Muhongo, administrador 
municipal de Benguela. 
Francisco. Onde está a sensi-bilidade 
e a visão de Estado, 
estratégica da administração 
ou do governo de Benguela? 
Quem autorizou tamanha 
atrocidade? 
Com o cine Benguela trans-formado 
em mais um local 
de comércio, Benguela a ficar 
mais pobre e sem cultura.
Huíla Psicologia 
14 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 15 
Huíla 
Até quando o desenvolvimento perdido 
A situação económica da 
Província da Huíla, à 
semelhança que acon-tece 
em todo o país, é 
extremamente difícil e preocu-pante, 
pois não existem perspec-tivas 
de uma melhoria significati-va 
para os próximos tempos que, 
pensamos, se adivinham mais 
complicados, se ausência de no-ção 
de nação perpetuar. 
No entanto, nem só a falta de 
quadros explica a actual situação, 
não obstante, acreditarmos que, 
indirectamente, ela se faz sentir 
nas razões objectivas que estran-gulam 
o real desenvolvimento de 
uma região que, com algumas 
medidas de apoio financeiro (e 
por que não político) se poderia 
tornar numa zona de desenvol-vimento 
agro-pecuário conside-rável. 
Para tal seria necessário um 
grande apoio ao empresariado 
por parte das autoridades, para 
se vencerem algumas condicio-nantes 
que entravam o referido 
desenvolvimento, o que contri-buiria 
para uma melhoria subs-tancial 
das condições em que 
vivem, especialmente, as popu-lações 
rurais e, muito em parti-cular, 
os milhares de deslocados 
que procuraram a tranquilidade 
desta província para se resguar-darem 
dos esquecimentos e au-sência 
de governação e se viam, 
assim, impedidos de contribuir 
positivamente para o aumento 
da produção interna. 
Esta situação reflecte-se, ob-viamente, 
no actual estado eco-nómico- 
financeiro das empresas 
existentes na Província da Huíla 
e cujos proprietários assistem, 
impotentes, à degradação pau-latina 
da componente financeira, 
pois não existem as condições 
julgadas necessárias para se ini-ciar 
todo um processo de recu-peração 
das muitas empresas 
que se encontram em situação 
difícil e que poderiam satisfazer 
algumas das necessidades des-ta 
província, em particular, e do 
país, em geral. Sabemos que o 
país necessita de um empresa-riado 
forte e consciente das suas 
responsabilidades, única forma 
de criar riqueza, diminuir o de-semprego, 
combater a inflação e 
retomar o caminho para a recu-peração 
económica de Angola. 
Mas assim acreditamos que 
não vai ser possível a manuten-ção 
do actual empresariado nem, 
tão pouco, o seu alargamento 
com o aparecimento de novos 
empresários, se não forem cria-das 
as condições fundamentais 
para que tal aconteça e que se 
traduzem, essencialmente, no 
apoio inequívoco, por parte do 
Governo. Quanto a alguns te-mas 
considerados de vital im-portância 
para o relançamento 
da economia, alguns de âmbito 
central, tal como a reanimação 
do investimento público a nível 
de infraestruturas, uma políti-ca 
de crédito menos restritiva e 
com incentivos ao investimento 
privado (bonificação de taxa de 
juro em casos pontuais), uma cri-teriosa 
política aduaneira virada 
para a protecção à indústria na-cional, 
a redução substancial da 
importação de bens de consu-mo 
dito supérfluo e a redução/ 
isenção de direitos da importa-ção 
de matéria-prima e outros 
“inputs” produtivos essenciais, a 
criação de incentivos fiscais para 
actividades produtivas chave, a 
adequação da massa monetária 
à oferta de bens e serviços com 
elemento base para o controle 
da inflacção, um generalizado e 
acérrimo combate à corrupção, 
etc. 
A nível regional há que fazer 
reproduzir, localmente, as me-didas 
tomadas centralmente e 
complementá-las, tendo em con-ta 
as especialidades da Província 
a nível da pecuária e riquezas de 
solo e subsolo. 
Como enquadramento de 
todas estas medidas, é vital con-seguir- 
se a livre circulação e se-gurança 
de pessoas e bens, sem 
os quais, inevitavelmente, não 
teremos crescimento. 
É um facto que a falta de po-líticas 
sérias tem contribuído de-cisivamente 
para actual situação. 
Facto é, também, que a nossa 
Província, contrariamente ao que 
se passa com as restantes, se tem 
esquivado aos confrontos políti-cos 
internos e com o poder polí-tico 
central. 
Este facto, só por si, pode e 
deve levara que a Huíla funcione 
como “reserva” económica da 
Nação. 
A Huíla tem condições exce-lentes 
para a implementação de 
um programa sério de recupera-ção 
económica da Região, mas 
é necessário que, para além do 
esforço que compete ao empre-sariado 
huilano, as autoridades 
tomem consciência das poten-cialidades 
humanas e materiais 
e passem à acção tão depressa 
quanto possível. Porque senão, 
adeus eleições. 
SABER LIDAR COM A DIFERENÇA 
Texto: Alice Ferreira Rasgado* 
Fotografia: DR 
Durante épocas, as so-ciedades 
em todo o 
mundo foram indi-ferentes 
às pessoas 
portadoras de deficiência, tendo 
estas sido segregadas e excluídas 
do convívio social. Nas socieda-des 
da Antiguidade, era normal 
a prática do infanticídio quando 
se observavam anomalias nas 
crianças, refere o especialista es-panhol 
Jimenéz (1997). Durante a 
Idade Média, a Igreja condenou 
o infanticídio, mas, por outro 
lado,embalou a ideia de atribuir 
a causas sobrenaturais as defici-ências 
de que padeciam as pes-soas. 
Considerava-as possuídas 
pelo demónio e outros espíritos 
maléficos, sendo por este facto 
submetidas a práticas de exor-cismo. 
Nos séculos XVII e XVIII os 
deficientes mentais eram intro-duzidos 
em manicómios, orfa-natos, 
prisões e outros tipos de 
instituições estatais. Ali perma-neciam 
com delinquentes, ve-lhos, 
pobres…, desorganizada-mente. 
As primeiras experiências 
positivas começaram a surgir 
com a coragem e sensibilidade 
de determinados frades ainda no 
século XVI. O frade Pedro Ponce 
de Léon, com êxito surpreenden- 
te, utilizou um método de ensino 
oral e 12 crianças surdas no Mos-teiro 
de Oña fizeram aprendiza-gens 
significativas. Mais tarde, o 
frade escreveu o livro “Doutrina 
para os mudos-surdos”, e foi re-conhecido 
como o iniciador do 
ensino para surdos e criador do 
método oral. Posteriormente, no 
século XVIII, Valentin Hauy criou 
em Paris um instituto para crian-ças 
cegas. Entre os seus alunos 
encontrava-se Louis Braille (1806 
– 1852), que viria mais tarde a 
criar o famoso sistema de leitu-ra 
e escrita, o conhecido sistema 
Braille. 
Nos finais do século XVIII, 
início do XIX, vislumbra-se uma 
nova era para as pessoas por-tadoras 
de deficiências, a era 
das instituições especializadas. 
Considera-se ter surgido a partir 
desta altura a Educação Especial. 
Os novos horizontes do pensa-mento 
conduzem a sociedade 
de então a tomar consciência da 
necessidade de conceder mais 
apoio a estas pessoas. Importa 
referir que a princípio o apoio era 
revestido de carácter mais assis-tencial 
do que educativo, pois im-perava 
a ideia de que era preciso 
proteger a pessoa dita “normal” 
da não normal, sendo esta últi-ma 
considerada como um perigo 
para a sociedade. Ao longo do 
século XIX inúmeras instituições 
especiais foram abertas. Com o 
desenvolvimento científico e téc-nico 
do século XX, Montessori e 
Decroly valorizam a educação es-pecial 
e sentem a necessidade de 
construir uma nova pedagogia. 
Nos últimos anos observou-se 
que as escolas especiais propor-cionam 
às crianças com defici-ências 
um ambiente demasiado 
limitado que resulta em empo-brecimento 
desaconselhado do 
ponto de vista educativo, de altos 
custos em função da sua eficácia 
especiais em alguma fase da sua 
vida. A educação é um direito 
para todos e deve ser orientada 
no sentido do pleno desenvol-vimento 
e do fortalecimento da 
personalidade. 
Caro leitor, percebe a trajec-tória 
vivida ao longo dos séculos 
pela pessoa portadora de defici-ência? 
Certamente estarei a conver-sar 
com alguém que infelizmente 
também é deficiente do ponto 
de vista … 
Saiba que o respeito aos 
direitos e liberdades humanas 
deve ser incentivado para a cons-trução 
da cidadania. Tratar bem 
a deficiência não é apenas uma 
questão de “humanidade”, é sim, 
de respeito e oportunidade a um 
segmento pouco explorado. Pro-fessores, 
psicólogos, médicos, 
advogados, jornalistas, empresá-rios, 
meios de comunicação so-cial, 
entre outros, contribuamos 
todos com a inserção da pessoa 
com deficiência no sistema social 
e preparemo-lo para que assuma 
o seu papel nas diversas esferas 
da comunidade. Desse modo, es-taremos 
a equacionar problemas, 
a encontrar soluções e a concre-tizar 
a equiparação de oportuni-dades 
para todos. 
Estimado leitor cabe a mim, a 
si, à sociedade em geral eliminar 
todas as barreiras “atitudinais”, 
físicas e programáticas para que 
as pessoas portadoras de defici-ência, 
quer física, sensorial ou in-telectual, 
tenham acesso à escola, 
serviços, espaços, informações e 
bens necessários ao seu desen-volvimento 
pessoal, psicossocial, 
educacional e profissional.Lem-bre- 
se do maravilhoso conselho 
divino para uma convivência sau-dável: 
“Ama o teu próximo como 
a ti mesmo” Marcos 12:31. 
e ideologicamente inconveniente 
por promover a discriminação e 
a segregação. Esta realidade tem 
sido modificada com o esforço 
pela inclusão social e escolar. Até 
ao início do século XXI o sistema 
educativo abrigava dois tipos de 
serviços: a escola regular e a es-cola 
especial. Na última década, 
o sistema de ensino nos países 
desenvolvidos da Europa, Amé-rica 
e outros, modificou-se com 
a proposta inclusiva e um único 
tipo de escola foi adoptado: a 
escola regular que acolhe todos 
os alunos, apresentando meios e 
recursos adequados e disponibi-lizando 
apoio para aqueles que 
têm mais dificuldades. A educa-ção 
inclusiva compreende a edu-cação 
especial dentro da escola 
regular e transforma a escola 
num espaço para todos, favore-cendo 
a diversidade, na medida 
em que considera que todos os 
alunos podem ter necessidades
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Jornal ChelaPress 1521

  • 1. ChelaPress O JORNAL DA REGIÃO CENTRO E SUL DE ANGOLA EDIÇÃO Nº 1521 - 11 DE setembro 2014 Tel: 923 302 851 / 923 571 548, Email: chelapressras@outlook. com Preço AKZ: 300. 00 FUNDADOR: FRANCISCO RASGADO DIRECTOR EDITOR: FRANCISCO RASGADO PROPRIEDADE: RECORD - SOCIEDADE DE EDITORES, SARL as verdades e as mentiras de dois ratos Dois portugueses classificados, destroem a magistratura em Benguela com muitos exercícios de fome pelo meio. eles pretendem deliberadamente implicar a Magistratura Judicial de Benguela! estão a confundir as juízas da Sala do Cível e do Administrativo do Tribunal de Benguela, Catarina Micolo, Elsa Amaral, Elsa Ema do Rosário Jorge Sin-de, os procuradores Francisco Fortunato, Dias da Silva,procurador junto da Polícia Económica, Francisco Dias, procurador provincial de Benguela por ocultação, e víctor assuílo, juíz presidente do tribunal de benguela que prefere apenas ficar em cima do muro. Pág. Benguela solidária, exige suspensão da juíza Elsa Sinde Págs. 4 Pág. 8 Págs. 5 Amaro Ricardo Segunda, militante de última car-ruagem Visita de José Eduardo dos Santos à benguela não produziu os efeitos desejados Segundo as más línguas, José Eduardo dos Santos terá aproveitado a oportunidade para pedir, a Ricardo Segunda “Quiabo”, de volta a fotocó-pia do seu bilhete de identidade. A suposta fotocópia do bilhete de iden-tidade de José Eduardo dos Santos, Presidente da República de Angola, foi muitas vezes agitada de boca por Ricardo Segunda “Quiabo” para intimidar seus opositores internos (governo e partido). Amaro Segunda, mais respeito para com a entidade máxima do País! do M.P.L.A, que mal começou, já está em estado terminal. Num último esforço para tentar preservar a sua pele, Amaro Segunda foi aconselhado pelos seus fiéis depositários a re-nunciar ao seu lugar de Administrador Municipal do Lobito. Adolfo Maria, exilado em Lisboa desde 1979 , Nacionalista desde os anos 50, chegou a ser preso pela PIDE. Membro do MPLA da primeira hora, passou pelo exílio em Argel e Brazzavile, foi próximo de Agostinho Neto, tudo isto até romper com a direcção centralista do presidente e participar na Revolta Activa com Gentil Viana. Despedida de Amaro Segunda “Quiabo”, para breve “O Neto e o Nito tinham a mesma natureza repressiva” Contra factos não há argumentos. A entidade que se apodera de um imóvel e não é governo, não é proprietário, não é herdeiro..., não pode ser considerado inquilino, por conseguinte é um impostor. No entanto, a juíza Elsa Ema do Rosário Jorge Sinde, chefe da Sala do Cível e do Administrativo do Tribunal de Benguela, numa atitude puramente revanchista e vingativa, contraria todas as disposições legais previstas na lei.
  • 2. Nota de Abertura CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 3 Oreencontro permanente com Angola e o mundo, com a chancela de Du-milde Rangel, e as fes-tas da Nossa Senhora do Monte que se realizam todos os anos no mês de Agosto. Dois grandes acontecimentos a re-fletirem os interesses de Angola num jogo entre o crescimento do país, par-ticularmente de Benguela e da Huíla, e a degradação social e económica da Nação Angolana. A Unidade Nacio-nal e o seu crescimento é a bandeira que todos agitam. Na realidade pode concluir-se que, em qualquer dos acontecimentos, ninguém está pre-meditadamente contra o crescimento sócio-ecónomico, porque o mesmo é um facto incontornável e corresponde a um ideal de aproximação e harmo-nização dos espíritos, dos povos de Angola com o mundo. A questão que se levanta é como atingir tal propósito. Será que falta muito para reunir à mesma mesa o governo, políticos, empresários e a sociedade civil em busca de um amplo entendimento so-bre questões nacionais? Forma única para resolução dos graves problemas da sociedade angolana. A sociedade civil tem sido a única força nacional que mais se tem empe-nhado para alcançar o chamado de-sarmamento de espíritos, sem o qual sentar à mesma mesa não será pos-sível. No mínimo, temos que chegar à um pacto de verdade com coragem construtiva de quem está preparado para harmonizar e partir de um marco zero, deixando para trás as marcas de várias guerras, vários abusos de poder, os desmandos, os tribalismos, os ra-cismos, as perdas humanas, o ódio, a intolerância e os ressentimentos que só contribuem para desagregar ainda mais a Nação Angolana. O projecto de união nacional tem que estar isento de “culpas e respon-sabilidades, de um lado e de outro”. A Nação defende uma atitude de renúncia a interesses particulares e imediatistas, da parte de todos os segmentos envolvidos na construção da unidade. “Quem recusar, à priori, a viabilidade dos programas da so-ciedade civil, acusar propósitos de desestabilização nas reivindicações do povo ou continuar a imputar a falência da nação à guerra civil, ini-ciada finais de 1974 e terminada em 2002 com a morte do líder da UNITA Jonas Malheiro Savimbi, ob-viamente, não pode estar interes-sado na estabilidadee no projecto de Unidade Nacional, sem pobreza, miséria, tribalismo e racismo”. Mais uma vez, o governo e os políticos dão sinais de falta de fôlego e maturidade para espantar para sempre o fantasma da desunião. Só assim, teremos cultura ango-lana e, por conseguinte, desenvolvi-mento social e económico. Propriedade RECORD Record – Sociedade de Editores, S. A. R. L Nº de Contribuinte 0088-485/00-5 Nº de Registo MCS 251/B/2003 Moradas Sede Lubango – R. Câmara Leme, 1º - Prédio do Figurino Tel. : 261 223 089 / 923 246 260 Condomínio da Cetenco, Aeroporto 17 de Setembro- Benguela - Tel. : 923 302 851 / 916 928 453 Email: chelapressras@outlook. com. chelapress@gmail. com Director Editor Francisco Rasgado Editor Adjunto António Tavares Director Financeiro Mimoso da Silva Director Comercial Carlos Salvador Flora Ramos Tlm: 928 509 852 Emai: carlos.salvador.ramos@gmail.com Director de Fotografia Aladino Jasse José Silva Alves Chefe de Redação Benguela Francisco Rasgado Editor de Sociedade António Tavares Tlm 923 571 548 Email: tonitavares2009@hotmail.com Redacção Chico Babalada, Elias Kahango, Moreira Mário, Primo Tony, Fernando Caetano Colaboradores Mário Paiva, Luís Walter, Paula Coração, Reginaldo Silva, Sandro Santos, Ulisses Maia, Ismael Nascimento e Alice Ferreira Rasgado Correspondentes nas Províncias Cunene, Namibe, Huíla: Elias Kahango Kwanza Sul: Fernando Caetano M’banza Congo: N’tanda Mambu Correspondentes no Estrangeiro João Serra – Portugal Paulo Evandro da Silva – Reino Unido Consultor Jurídico Valdemar Correia, Norberto Garcia Revisão Ana Cristina Mendes, Alice Ferreira Rasgado Fotografia Alegário Vieira “Nonó”, Fedy Design Gráfico e Paginação Rupestre - Designer’s kakykely2@hotmail.com Distribuição e Assinaturas Luanda – Alfredo Silvestre “Fedy” - 929 807 040 Cardoso Vieira - 928 121 817 Lubango – Antónia Kalupeteka - 923 246 260 Postos de venda Benguela Barbearia Máximo - 919 356 114 Barbearia Raça Negra - 923 634 537 Tabacaria Grilo CAB - Café da Cidade Huanbo – Tozé Piranha - 923 465 462 Jango central 934 537 127 Bié – Vitorino Travassos - 923 982 727 Namibe – Josia Romão “Bexi” - 923 916 579 Cunene – António Melgaço - 923 521 312 / 923 528 610 Kwanza Sul – Fernando Caetano - 923 878 253 Impressão Damer Gráficas, SA Número de Exemplares 5000 CHELA PRESS é uma publicação quinzenal de grande informação geral e de actualidade. Os artigos assinados reflectem a opinião dos autores e não necessariamente a do Jornal. Nos termos da lei, publicamos o nosso estatuto editorial. Além deste estatuto e do que consta do ponto 4, o Chelapress rege-se ainda pelas normas constantes do seu livro de estilo. 1. Chelapress é um jornal quinze-nal de informação geral que pretende dar, através do texto e da imagem, uma ampla cobertura dos mais importantes e significativos acontecimentos regio-nais, nacionais e quiça internacionais, divulgar e promover as potencialida-des de Angola e os empreendimentos nacionais e estrangeiros, em todos os domínios de interesse; 2. Chelapress é independente do poder político, do poder económico e de quaisquer grupos de pressão; 3. Chelapress identifica-se com os valores da democracia pluralista e so-lidária; 4. Chelapress rege-se, no exercício da sua actividade, pelo cumprimento rigoroso das normas éticas e deonto-lógicas do jornalismo; 5. Chelapress defende o pluralis-mo de opiniões, sem prejuízo de assu-mir as suas próprias posições; 6. Chelapress pauta-se pelo prin-cípio de que os factos e as opiniões devem ser claramente separadas; os primeiros são intocáveis e as segundas são livres. ANGOLA quer UM PACTO DE VERDADE, HONESTIDADE E LEALDADE Estatuto Editorial Carta do Director Por: francisco rasgado CHEFE DE REDACÇÃO, CHELAPRESS Condomínio da Cetenco, Aeroporto 17 de Setembro- Benguela - Tel. : 923 302 851 / 916 928 453 chelapressras@outlook, chelapress@ outlook. com Benguela - República de Angola Por motivos de espaço ou de clareza, as cartas poderão ser publicadas resumidamente. Só poderão ser publicadas na edição seguinte as cartas que chegarem à redacção até à Sexta-feira de cada semana. 2 UM EXERCÍCIO COM URBANIDADE benguelenses consideram que o governo deverá dar mais aten-ção. Estas são, em linhas gerais, as grandes metas traçadas por Isaac dos Anjos, que completou 53 anos, para atingir ao longo do mandato, cujo tempo continua imprevisível. Mas o que vai fazer Isaac dos Anjos,que imprimiu inicialmente um inconfundível estilo de go-verno, que conseguiu agradar a sociedade benguelense, políticos desaproveitados e marginaliza-dos, pequenos e grandes empre-sários, a função pública e os sec-tores mais pobres da província? Enquanto Isaac dos Anjos assume a pesada herança de ser o sucessor de Dumilde Rangel e Armando da Cruz Neto, que deixaram o poder com o índice recorde de 75% e 50% respecti-vamente de aprovação, o agora governador prepara-se para lan-çar- se em novos voos, em Ben-guela e além-fronteiras. E que caminhos vai seguir Isaac dos Anjos, que chegou a Benguela, numa ascensão polí-tica meteórica que deixou para trás muitos dos mais conhecidos Um governo de con-tinuidade ou alguns anos de surpresa? Esta é uma das interroga-ções que se ouvem, cada vez com mais frequência nos meios políticos, bares e restaurantes de Benguela, passados um ano e meses de governo de Isaac dos Anjos. E Dumilde Rangel? E Ar-mando da Cruz Neto? Será uma despedida definitiva ou só um adeus, até ao regresso deles? A transmissão de poderes marcada por um ambiente de continuidade política, assistimos posteriormente apenas a mais uma etapa do complexo “puzzle” político que caracteriza a forma-ção de qualquer governo numa Angola que se quer democráti-ca. Isaac dos Anjos foi investi-do no cargo de governador da província de Benguela e assumiu vários desafios simultâneos: dar dignidade e introduzir mudanças necessárias e lógicas ao seu go-verno, promover o crescimento sócio-económico da província, criar as bases para o relança-mento da agricultura, reduzir a pobreza, moralizar e urbanizar a sociedade. Saúde, educação, segurança pública, papel da magistratura judicial, o combate à fome e à pobreza, a luta contra as drogas, o desemprego e o combate à corrupção são as áreas a que os lideres do partido da situação? Isaac dos Anjos, na opinião da generalidade dos analistas po-líticos e jornalistas devia pros-seguir políticas de continuidade em alguns dos sectores da vida sócio-económica e mais aproxi-mação. Não obstante muitos dos integrantes do novo governo não terem feito parte de nenhum executivo, por conseguinte, sem experiência governativa, salvo os provenientes da Huíla que fize-ram parte do executivo de Isaac dos Anjos, enquanto governa-dor da Huíla. Todavia, apesar da conjun-tura favorável, nem tudo será um mar de rosas para Isaac dos Anjos, com fortes ligações com Benguela. Isaac dos Anjos terá de enfrentar um descontenta-mento que tem vindo a aumen-tar, as pressões por não ter uma agenda para recepção da popu-lação e lentidão na resolução dos problemas domésticos e não só, do sector público e do privado, e dossiês sensíveis, que envolvem muitos milhões de dólares, como o fim da gestão danosa do mu-nicípio do Lobito levada a cabo por Ricardo Segunda “Quia-bo”, clarificação das empresas de construção civil e públicas de Benguela e do projecto Blue Ocean, na Baía Farta, liderada pela empresa Horizonte Global, pertencente ao Grupo 7 Cunhas, para além de outros. Angola não pode ficar indiferente ao crescimento da província de Benguela. A PESADA HERANÇA DE ISAAC DOS ANJOS RADAR somente estar a defender (na opinião dele) causas contra o governo, como o caso do lixo que envolveu Armando da Cruz Neto, ex-governador, Zacarias Camwenho, Va-lódia Sardinha e Júlio Lopes Cordeiro. Comentários de Filomeno Vieira Lopes A confirmar-se essa notícia, es-tamos perante a perseguição de uma personalidade da so-ciedade civil benguelense, por membros com mandatos ins-titucionais do Estado (Gover-no Local, Judiciário, incluindo Ministério Público) que deve-riam saber cumprir e honrar a Constituição, em particular, no tocante à garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos. Essa atitude persecutória é mais uma evidência do Estado ditatorial em que estamos. dor de Benguela, uma carta confidencial, cujo conteúdo apela para suspensão ou expulsão do advogado José Faria, fun-cionário do gabinete juridico do governo de Benguela. O argumento utilizado é tão Francisco Rasgado, director do jornal ChelaPress, segundo informações circulantes à boca pequena, já está com a morte encomendada e sacramentada. Os presumíveis mandantes, homens de baixa visibilidade, Ricardo Segunda, Administrador Mu-nicipal do Lobito, Magistratura da Província de Ben-guela, Procurador Francisco Fortunato, Procurador Dias Baptista da Silva, juíza Catarina Micolo, Elsa Sinde, juíza chefe do tribunal de Benguela da Sala do Cível e do Administrativo, filha de Jorge Sinde, advogado renomado com banca na cidade de Ben-guela, Eduarda Magalhães “Dada”, a inquisição do M.P.L.A. em Benguela, irmãos Mota, António Fran-cisco Umbelino Vicente e Manuela Vaz Morais Vi-cente, Manuel Francisco, ex-Administrador Muni-cipal de Benguela e José Augusto Vieira, ex-chefe da repartição técnica da Administração Municipal de Benguela. Será? Assunto muito sério e reflectivo. Novos desenvolvi-mentos nas próximas edições do jornal ChelaPress. BENGUELA ÀS ESCURAS POR IN-COMPETÊNCIA Os moradores da rua 10 de Fevereiro, na cidade de Benguela, estão privados do fornecimento da energia eléctrica há mais de um mês, em função duma avaria registada na rede de distribuição deste precioso bem. Já reclamaram junto da entidade de direito que superintende esta área para encontrar uma solução, mas até ao momento essa mesma “ luz não se vislumbra no fundo do túnel”, causando embaraços e estragos aos produtos pe-recíveis dos consumidores e não só. Há um jogo de empurra-empurra entre a Administração Municipal e a empresa que zela pela gestão da energia eléctrica para a resolução do caso. Mas ao que parece, a situação pode-rá continuar ainda por muito tempo, sem que alguém mova uma palha para rever-ter este lúgubre quadro, infelizmente! Bar Ferreira o Ex-Libris de Benguela transformado em local de farras A sociedade Benguelense continua ainda indignada e condoída com o escândalo do famigerado “Jardim milionário”, prota-gonizado pelo ex-administrador munici-pal de Benguela, Manuel Francisco. Volvidos poucos anos, o homem parece continuar useiro e vezeiro em desrespeitar as regras administrativas que um dia ele próprio exigiu que o pacato cidadão cumprisse. Desta vez, Manuel Francisco vedou o jardim onde está instalado o Bar Fer-reira, de quem é proprietário, privando os munícipes de usufruir deste espaço público, já que a dita obra nunca “anda e nem desata”. Apesar de conhecer as normas sobre as transgressões administrativas, Manuel Francisco “faz ouvidos de mercador” ao clamor dos cidadãos que pretendem que este espaço vedado e transformado em salão de “farras rijas”, com elevada poluição sonora, esteja livre para o be-nefício dos munícipes. Se a moda pega, então muita coisa há-de ser privatizada pelo homem que já foi o número um da Administração Municipal de Benguela. O DESESPERO DO PROCURADOR DIAS BAPTISTA DA SILVA Dias Baptista da Silva, procu-rador junto da Direcção da Po-lícia Económica de Benguela, açoitado por um inquérito promovido pela Procuradoria Geral da República, endere-çou ao engº. Isaac dos Anjos, governa- Qual será o preço da morte de Francisco Rasgado?
  • 3. Destaque Entrevista 4 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 5 Visita de José Eduardo dos Santos não produziu os efeitos desejados Foi decretada tole-rância de ponto. Em Benguela, a vida pa-rou. Benguela está mal. Não há dinheiro. Sem ovos não se fa-zem omoletes. Contra factos não há argu-mentos. José Eduardo dos Santos, presidente da República de Angola, escalou Ben-guela por pouco menos de meio dia, para fazer governação e não política, razão pela qual não fez discurso pú-blico. À chegada, no Aeroporto Internacional da Catumbela, não proferiu palavras à população, assim como não ouviu nem falou com a sociedade benguelense. “Segundo as más línguas, José Eduardo dos Santos terá aproveitado a oportunidade para pedir aRicardo Segunda ‘Quiabo’ de volta a fotocópia do seu bilhete de identidade. A suposta fotocópia do bilhete de identidade de José Eduardo dos Santos, Presidente da Repúbli-ca de Angola, foi muitas vezes agitada por Ricardo Segunda “Quiabo” para intimidar seus opositores internos (governo e partido)”. A província de Benguela, mais propriamente a cidade do Lobito, liderada pelo Amaro Segunda “Quiabo”, o administrador mais indesejado e odiado da provín-cia, recebeu na sexta-feira, dia 22 de Agosto de 2014, a reunião da comissão económica onde cen-tenas de projectos, que vão dar, obviamente, corpo à governação de Isaac dos Anjos, foram apre-sentados, e apenas metade dos mesmos receberam aprovação. O executivo de Benguela, li-derado por Isaac dos Anjos, na reunião da comissão económica realizada no quadro da governa-ção aberta, na cidade de Lobito, Província de Benguela, dirigida por José Eduardo dos Santos, presidente da República de An-gola, justificou os valores atribu-ídos ao desenvolvimento rural, considerando que este é uma ne-cessidade imperativa, numa pro-víncia onde 80% da população vive em áreas rurais. Os projectos e programas destinam-se, sobre-tudo, a provocar o arranque e au-mentar a produtividade agrícola e a melhorar a rede de estradas rurais, e de outras infra-estruturas rurais como sistemas de irriga-ção (construção e recuperação de barragens, represas, canais e condutas). A indústria, mais uma vez, foi preterida, assim como o projecto Blue Ocean, com todas as suas dúvidas, indefinições e valores, foi transferido para a competência do Ministério do Plano. No que toca à governação democrática, não houve indica-ção de politicas e muitos menos de montantes monetários espe-cíficos para as áreas da justiça, magistratura judicial, a maior ver-gonha da província de Benguela, com juízes e procuradores a in-em Benguela fringirem e colocarem-se desca-radamente acima da lei, media e comunicação, sendo que o apoio a estas instituições democráticas básicas constituem um pilar para a consolidação das estruturas orgânicas da província e, em pri-meira instância, do país. A sociedade civil, como sem-pre, não foi tida nem achada, os projectos não apoiam os interve-nientes não-governo e, por con-seguinte, continua comprometida a transparência e a participação dos cidadãos na vida local e na-cional. Quanto aos rasgados elogios proferidos por José Eduardo dos Santos, Presidente da República de Angola a Benguela e ao seu mais alto mandatário não refle-tem a realidade. Em Benguela muitas coisas estão por fazer ou ainda não foram feitas, e o pró-prio governador tem consciência disso. Em outras latitudes estes elo-gios de seguida deram direito a exonerações. Isaac dos Anjos sabe bem disso, as duas vezes que foi elogiado, apanhou em acto contínuo no coco. Outros exemplos: Dumilde Rangel e Aníbal Rocha. Não é possível criar urbanos. Eles existem por razões históricas e sociais. Urbanos somos todos nós e aqueles que vierem pelas suas capacidades (razões óbvias), e não impingidos. Um rural que pensou um dia ser urbano Dado que, no episódio das mudanças de go-vernantes efectuadas no início do ano, as palavras roçaram a ofensa e insinuaram um preocupante alheamento da realidade, as consequên-cias não tardaram e não se caracterizaram pela mode-ração. À boca pequena, nos média – Rádio Lobito e Jornal ChelaPress - na internet e nas ruas da Restinga, do Compão, da Canata até as ruas do Liro, a população do Lobito passou nos últimos tempos a despejar ódio ou escárnio sobre Amaro Segunda, também conhecido como “Quiabo”, de súbito er-guido a símbolo da corrupção, do garimpo de terrenos pú-blicos e das desgraças pátrias. Uma petição está a ser elabo-rada por munícipes do Lobito, subscrita até agora por muitas e muitas almas a reclamarem a demissão de Amaro Segunda, Administrador do Município do Lobito e seguirá para o Pre-sidente da República, Jose Eduar-do dos Santos e para a Assem-bleia Nacional de Angola. Não custa imaginar a quanti-dade de subscritores tácitos. Amaro Segunda, rural con-fesso, é no município do Lobito o homem mais contestado e odia-do. Porém, antes que os urbanos acendam os archotes e apontem a sede da Administração Municipal do Lobito, na Restinga, convém notar que a política, já há muito, deixou de ser um lugar de ideias, mas do escapatório. Amaro Ricardo Segunda, militante de última carruagem do M.P.L.A, que mal começou, já está em estado terminal. Num último esforço para tentar preser-var a sua pele, Amaro Segunda foi aconselhado pelos seus fiéis depositários a renunciar ao seu lugar de Administrador Municipal do Lobito. Não vai ser o suficiente para impedir que o governador insta-le um processo crime contra ele, por gestão danosa. A sua situa- DESPEDIDA DE AMARO SEGUNDA “QUIABO” ção deteriorou-se depois que foi acusado publicamente por Isaac dos Anjos, Governador de Benguela, de manter uma relação promíscua com os bens do Estado. A destituição de Amaro Ricardo Segunda recebeu apoio da maioria da popula-ção do município do Lobito. Não há dúvidas que esse é o passo principal para superar as lembranças horríveis, (gestão danosa), deixadas pelo famige-rado administrador Amaro Se-gunda, tristemente conhecido por “Quiabo”. Não se podem desfazer to-dos os crimes cometidos, mas julgar Amaro Segunda por es-sas atrocidades é, no mínimo, um dever. Amaro Segunda, preten-deu transformar o consulado de Isaac dos Anjos, Governa-dor na 3ª República da Provín-cia de Benguela, em balneário fácil. Nacionalista adolfo maria “O Neto e o Nito tinham a mesma natureza repressiva” Quando acontece o 25 de Abril estavam a preparar a Revolta Activa, chegaram a pensar em recuar? Sim, muitos de nós pensaram nisso. Mas, como nós fazíamos o contrário do que existia no mo-vimento, discutíamos a fundo e porfiadamente, durante horas, cada um apresentou os seus ar-gumentos e a linha que venceu foi que o movimento estava de tal maneira fragilizado que era útil lançar aquele apelo, era útil fazer um congresso, até para unir as três facções do movimento e pôr os problemas, para dali sair uma nova estratégia. E se já se justificava no momento em que nós começámos a organizar a Revolta Activa, em finais de Fe-vereiro, princípios de Março de 1974, a verdade é que depois do 25 de Abril sentíamos que era mais necessário que nunca. Agora, sucedeu precisamente o oposto daquilo que esperávamos. Porquê? Porque muitos quadros do exterior que, realmente, per-filhavam dos nossos pontos de vista, de que aquilo estava no chão, estava a cair, era preciso fa-zer qualquer coisa, perante o 25 de Abril acharam que aquele era o caminho para a independência e que era de aproveitar. Portanto, acharam que o momento não era de discutir mas de caminhar para vencer a concorrência, no fundo, para chegar ao poder. Qual era a sua posição? A minha posição era de que de-víamos fazer a Revolta Activa. Eu pertencia ao núcleo duro. Aliás, a Revolta Activa foi trabalhada a partir da ideia do Gentil Viana, mas, quando começa a tomar forma organizativa clandestina, estão três pessoas: o Gentil Viana, o Comandante Monimambo e eu. E esse foi o núcleo duro durante bastante tempo. E arrependeu-se dessa decisão? Não, não me arrependi, porque, ao fim e ao cabo, hoje a Revolta Activa, que foi tão caluniada, que foi mesmo objecto de persegui-ção, que levou à nossa prisão – eu só não fui porque me escondi – e que está relatado nesse livro que publiquei há dias, Angola, Sonho e Pesadelo, hoje a Revolta Activa ou algumas pessoas da Revolta Activa restam como uma espécie de referência moral e política, éti-ca, ao fim de 30, 40 anos. Não foi por acaso que no lançamento do meu livro, eu tive uma sala a trans-bordar e estavam lá angolanos de todas as gerações e de diferentes modos de pensar. De facto, não conseguimos modificar o proces-so, até porque o processo passou a ser mais comandado daqui de Lisboa, do que de lá. E o MFA aca-bou por apoiar muito fortemente a direcção do Agostinho Neto. O MPLA estava mesmo no chão, fragilizado, num recúo político-militar em todas as frentes – a Primeira Região estava morta; no Leste, estava tudo na fronteira; e Cabinda, tínhamos uma base mas era no Mayombe e fazíamos uns ataques mas praticamente a par-tir da fronteira, sem o povo con-nosco, porque o povo não aderia. Se o 25 de Abril tivesse aparecido seis meses depois, a clarificação dentro do MPLA ter-se-ia feito e ter-se-iam encontrado novas estratégias, novas motivações e uma democratização, uma par-ticipação mais forte, porque o MPLA era o movimento com mais quadros das colónias portugue-sas. Sobretudo, no princípio da luta, em 1960/61, tínhamos uma quantidade de quadros tremen-da, comparado com o PAIGC e com a Frelimo. Acha que se tivessem recuado, se tivesse ganho a posição do ‘vamos ver o que vai aconte-cer e não vamos avançar com a Revolta Activa’, acha que a situação teria sido diferente ou acabariam perseguidos na mesma? Teria sido diferente. A única coi-sa é que muitos de nós tería-mos participado daquele poder ditatorial que foi instalado no pós-independência. Teríamos colaborado naquele processo de esmagamento dos adversários políticos, da UNITA e da FNLA, que foi a linha adoptada pela direcção do MPLA – Agostinho Neto, Lúcio Lara, Ivo Carreira, Nito Alves e por aí fora. Muitos de nós teríamos sido poder e tería-mos seguido a via que muitos dos nossos camaradas seguiram. Uns que tinham as mesmas ideias que nós acabaram por ser ministros e outros, não acumularam riqueza, mas usufruíram dos privilégios do regime instalado, quer para sua projecção pessoal, quer até com outro estilo de vida, outros ainda enriqueceram através do regime que foi implantado e formaram a nomenclatura que perdurou muito tempo e, em grande parte, ainda resta no poder. Não íamos modificar nada. Não acha que podiam ter sido essa reserva moral que o novo regime precisaria para conter esses excessos? Não, se não já tínhamos contido lá fora. No exterior, a direcção do movimento já punia com a mor-te aqueles que divergiam. Era a cultura da época. Um contexto diferente. De qualquer maneira, é a cultura que perdura e os resquí-cios passam pela exclusão do ou-tro e o outro é aquele que pensa diferente de nós. Críticas a Pepetela Em recentes declarações à agência Lusa, Pepetela dizia que o 25 de Abril tinha chega-do na pior altura para o MPLA. Mas acha que se tivesse chega-do seis meses depois, sem essa reflexão, não corriam o risco de acontecer o mesmo? Eu li as declarações do Pepetela. Ele reconhece que o MPLA esta-va dividido e quase deixa suben-tendido que as outras tendências aproveitaram o 25 de Abril apara aprofundar as divisões. São mui-to capciosas as declarações dele. O meu ponto de vista é bem di-ferente. Segundo inferi das de-clarações dele, chegou na pior altura porque veio atrasar aquele processo de luta contra os outros [movimentos] pela supremacia. E eu digo que veio na pior altura porque não pudemos fazer a cla-rificação do MPLA e sair dali com uma estratégia correcta, porque a que existia tinha sido a incorrecta. Porque, aí sim, aí vínhamos todos juntos. Eu era um dos colabora-dores próximos do [Agostinho] Neto, muito amigo e admirador dele, e tive de romper e foi uma dolorosa ruptura. E o Pepetela se-guiu e teve as suas recompensas – foi vice-ministro da Educação, etc. São opções pessoais, mais nada. Tendo em conta a situação do MPLA naquela altura, se não tivesse havido o 25 de Abril, podia o MPLA ter desapareci-do? O MPLA estava quase a desapare-cer. Há relatos disso. O Nito Alves, quando se dá o 25 de Abril, está em Luanda, para ver se há uma úl-tima possibilidade. A PIDE chama-va- lhe nomadismo, que o MPLA estava em nomadismo, eram 200 ou 300 pessoas do povo, enqua-dradas por 30 ou 50 guerrilheiros sem balas que andavam sempre a fugir. Isto na Primeira Região. E nós sem possibilidade de abaste-cer dentro do exterior, devido ao cordão “sanitário” fetio pela UPA e, sobretudo, pelas tropas do Mobu-tu [Sesse Seko, presidente do Zai-re]. No Leste, onde nos tínhamos expandido através de uma má estratégia, as forças portuguesas fazem a contra-ofensiva a partir de 1968, que começa a notar-se bem a partir de 1970, quando já morreu o Hoji-Ya-Henda, quan-do já morreu o Américo Boavida, quando já as nossas bases foram desmanteladas – lá uma outra se ia mantendo. Ainda se tenta a co-luna Ferraz Bomboco, depois cha-mada pomposamente rota Agos-tinho Neto, a imitar a rota Ho Chi Min (as nossas manias de gran-deza), que tenta a ligação através do Leste – subindo pela Lunda, entrando em Malanje e chegando ao Kwanza Norte – para reforçar a primeira região. Ficámos na fronteira entre Luanda e Malanje e morreram vários comandantes, ouitros foram aprisionados, fa-laram na rádio, descobriram os podres do movimento. Além das divisões existentes, estávamos todos na fronteira, se um ou ou-tro combate havia era, de vez em quando, para fazer um comunica-do para a OUA – entrava-se 30 ou 40 km, atiravam-se uns fogachos sobre um quartel, sem saber os resultados, e voltava-se. A minha pergunta era essa, se tivesse continuado aquilo que estava… Não, porque o próprio presiden-te permitiu o reajustamento na Frente Leste, ideia do Gentil Via-na, de lançar uma discussão, ouvir as críticas para depois colher os ensinamentos e traçar as correc-ções necessárias. Até se congelou o comité director, para todos fi-carem em pé de igualdade – foi uma catarse extraordinária. E com a pressão dos países vizinhos, que estavam fartos de nos ter ali, nós chegaríamos a um entendimento. Continua na próxima edição Texto: António Rodrigues Fotografia: Arquivo ChelaPress Adolfo Maria, exilado em Lisboa desde 1979 , espe-ra pelo passaporte para poder voltar ao seu país. Nacionalista desde os anos 50, Adolfo Maria chegou a ser preso pela PIDE. Membro do MPLA da primeira hora, passou pelo exílio em Argel e Brazzavile, dirigiu a Radio Angola Combatente, o Departamento de Infor-mação e Propaganda, fez parte do Centro de Estu-dos Angolanos, foi pró-ximo de Agostinho Neto, tudo isto até romper com a direcção centralista do presidente e participar na Revolta Activa com Gentil Viana. Depois da Indepen-dência, e quando todos os que lhe estavam próxi-mos politicamente eram detidos e torturados pelos seus antigos compa-nheiros, viveu clandesti-namente em Luanda, num apartamento com as jane-las tapadas com um plás-tico. Passou quase três anos assim, sobrevivendo com um regime rigoroso de ioga e um estrito plano de actividades que incluía tomar notas de tudo o que ia saindo na impren-sa. Entregou-se, finalmen-te, em 1978 e foi enfiado num avião e expulso para Portugal em 1979. Ap ós todos estes anos de exílio, continua a afirmar-se angolano, a olhar aten-tamente a realidade do seu país e a comentar as notícias do continente no programa semanal da RDP África “Debate Africa-no”. Em 2006, o livro An-gola no Percurso de um Nacionalista : Conversas com Adolfo Maria (Afron-tamento) resgatou-o um pouco do esquecimento. E se aí o que tínhamos era uma conversa aca-démica com o investiga-dor Fernando Tavares Pimenta, uma lúcida, mas mediada, reflexão sobre o nacionalismo angolano, o seu novo livro, Angola, Sonho e Pesadelo, edita-do agora pelas Edições Colibri é a história mais pessoal desses dois anos de “autocárcere”, como lhe chama, em que se escondeu das garras da polícia política do regime, a DISA.
  • 4. Internacional Eventos 6 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 7 Benguela realizou o III congresso angolano de ortopedia e traumatologia A Sociedade Angolana de Ortopedia e Trau-matologia comemorou os seus primeiros três anos com um balanço positivo. Orgulhosa do sucesso dos dois primeiros congressos e da im-plantação de um alargado pro-grama de palestras e workshops, nas Clínicas e Hospitais de An-gola. A Sociedade Angolana de Ortopedia e Traumatologia ga-nhou prestigio, fortaleceu a ima-gem dos médicos ortopedistas e apresenta-se como uma socieda-de forte, encorajada a prosseguir com as suas tarefas de investir na capacitação dos profissionais, facilitando assim o intercâmbio cultural entre os colegas e pro-movendo a partilha de conhe-cimentos com todos que estão a trabalhar para a melhoria dos serviços de ortopedia e trauma-tologia em Angola. A Sociedade Angolana de Ortopedia e Traumatologia as-sumiu o compromisso de levar as suas actividades a todas as províncias de Angola e escolheu, desta feita, a cidade das Acácias Rubras de Benguela para realizar o III Congresso de Ortopedia e Traumatologia. O Congresso decorreu so-bre os temas centrais: Pé Torto Congénito – do Diagnóstico ao Tratamento e Atenção ao Poli-traumatizado em Ortopedia en-tre os dias 19 a 23 de Agosto, no Centro de Conferências do Hotel Mombaka. No âmbito do III Congres-so de Ortopedia e Traumatolo-gia foram organizados cursos e workshops com aulas práticas e teóricas. Porém, no dia 19 re-gistou- se uma acção pública, na praça central de Benguela, para consciencialização popular. Quanto aos traumas provo-cados pelos acidentes de viação e os cuidados necessários para evitá-los, algumas amostras fo-ram exibidas. Foram abordados temas sobre o impacto da sinis-tralidade rodoviária na socie-dade civil, assim como algumas entrevistas foram desencadea-das por membros da Sociedade Angolana de Ortopedia e Trau-matologia. Estes encontros foram abri-lhantados por diversos especia-listas nacionais e estrangeiros que se mostraram orgulhosos e satisfeitos com a aderência e com os resultados, não obstante não terem visto o rosto do go-verno. Toda a vida europeia morreu em Auschwitz Quando leio isto não posso deixar de pensar: quanto tempo levará até que não se ofenda ninguém se começarem a dizer que a tragédia do US World Trade Centre nunca aconteceu? Verifique o seguinte artigo publicado em Espanha, em 2008. Nunca veremos este género de artigo na nossa imprensa. Ele ofenderia muitas pessoas. Algo a ter em consideração. Segue-se a cópia de um artigo escrito pelo escritor espanhol Sebastian Vilar Rodriguez, publicado num jornal espanhol, a 15 de Janeiro de 2008.Não é preciso muita imaginação para extrapolar a mensagem ao resto da Europa e possivelmente ao resto do mundo. Quando estiver a ler lembre-se que foi num jornal espanhol, datado de terça feira, 15 de Janeiro de 2008, às 14h 30m. Texto: Sebastian Vilar Rodriguez Fotografia: Arquivo ChelaPress Desci uma rua em Bar-celona, e descobri repentinamente uma verdade terrível: A Eu-ropa morreu em Auschwitz. Ma-támos seis milhões de Judeus e substituímo-los por 20 milhões de muçulmanos. Em Auschwitz queimámos uma cultura, pensamento, criati-vidade e talento. Destruímos o povo escolhido, verdadeiramente escolhido, por-que era um povo grande e mara-vilhoso que mudara o mundo. A contribuição deste povo sente-se em todas as áreas da vida: ciência, arte, comércio inter-nacional, e acima de tudo, como a consciência do mundo. Este é o povo que queimámos. E debaixo de uma pretensa tolerância, e porque queríamos provar a nós mesmos que es-távamos curados da doença do racismo, abrimos as nossas por-tas a 20 milhões de muçulmanos que nos trouxeram estupidez e ignorância, extremismo religio-so e falta de tolerância, crime e pobreza, devido ao pouco dese-jo de trabalhar e de sustentar as suas famílias com orgulho. Eles fizeram explodir os nos-sos comboios, transformaram as nossas lindas cidades espanholas num terceiro mundo, afogando-as em sujeira e crime. Fechados nos seus aparta-mentos eles recebem, gratuita-mente, do governo, eles planeiam o assassinato e a destruição dos seus ingénuos hospedeiros. E assim, na nossa miséria, trocámos a cultura por ódio fa-nático, a habilidade criativa, por habilidade destrutiva, a inteli-gência por subdesenvolvimento e superstição. Trocámos a procura de paz dos judeus da Europa e o seu ta-lento, para um futuro melhor para os seus filhos, a sua determina-ção, o seu apego à vida porque a vida é santa, por aqueles que prosseguem na morte, um povo consumido pelo desejo de morte para eles e para os outros, para os nossos filhos e para os deles. Que terrível erro cometido pela miserável Europa. O total da população islâmi-ca (ou muçulmana) é de aproxi-madamente, 1 200 000 000, isto é um bilião e duzentos milhões, ou seja, 20% da população mun-dial. Eles receberam os seguintes Prémios Nobel: Literatura 1988 – Najib Mahfooz Paz 1978 – Mohamed A. El-Sadat 1990 – Elias James Corey 1994 – Yaser Arafat 1999 – Ahmed Zewai Economia (ninguém) Física (ninguém) Medicina 1960 – Peter Brian Medawar 1998 – Ferid Mourad TOTAL: 7 (sete) O total da população de Judeus é, aproximadamente, 14 000 000, isto é catorze milhões ou seja cerca de 0,02% da popula-ção mundial. Eles receberam os seguintes Prémios Nobel: Literatura 1910 - Paul Heyse 1927 - Henri Bergson 1958 - Boris Pasternak 1966 - Shmuel Yosef Agnon 1966 - Nelly Sachs 1976 - Saul Bellow 1978 - Isaac Bashevis Singer 1981 - Elias Canetti 1987 - Joseph Brodsky 1991 - Nadine Gordimer World Paz 1911 - Alfred Fried 1911 - Tobias M. Carel Asser 1968 - Rene Cassin 1973 - Henry Kissinger 1978 - Menachem Begin 1986 - Elie Wiesel 1994 - Shimon Peres 1994 - Yitzhak Rabin Física 1905 - Adolph Von Baeyer 1906 - Henri Moissan 1907 - Albert A. Michelson 1908 - Gabriel Lippmann 1910 - Otto Wallach 1915 - Richard Willstaetter 1918 - Fritz Haber 1921 - Albert Einstein 1922 - Niels Bohr 1925 - James Franck 1925 - Gustav Hertz 1943 - Gustav Stern 1943 - George C. de Hevesy 1944 - Isidor Issac Rabi 1952 - Felix Bloch 1954 - Max Born 1958 - Igor Tamm 1959 - Emilio Segre 1960 - Donald A. Glaser 1961 - Robert Hofstadter 1961 - Melvin Calvin 1962 - Lev Davidovich Landau 1962 - Max Ferdinand Perutz 1965 - Richard P. Feynman 1965 - Julian Schwinger 1969 - Murray Gell-Mann 1971 - Dennis Gabor 1972 - William Howard Stein 1973 - Brian David Josephson 1975 - Benjamin Mottleson 1976 - Burton Richter 1977 - Ilya Prigogine 1978 - Arno Allan Penzias 1978 - Peter L Kapitza 1979 - Stephen Weinberg 1979 - Sheldon Glashow 1979 - Herbert Charles Brown 1980 - Paul Berg 1980 - Walter Gilbert 1981 - Roald Hoffmann 1982 - Aaron Klug 1985 - Albert A. Hauptman 1985 - Jerome Karle 1986 - Dudley R. Herschbach 1988 - Robert Huber 1988 - Leon Lederman 1988 - Melvin Schwartz 1988 - Jack Steinberger 1989 - Sidney Altman 1990 - Jerome Friedman 1992 - Rudolph Marcus 1995 - Martin Perl 2000 - Alan J.. Heeger Economia 1970 - Paul A. Samuelson 1971 - Simon Kuznets 1972 - Kenneth Joseph Arrow Não há um único judeu que tenha destruído uma igreja. NÃO há um único judeu que proteste matando pessoas. Os judeus não traficam es-cravos, não têm líderes a clamar pela Jihad Islâmica e morte a to-dos os infiéis. Talvez os muçulmanos do mundo devessem considerar in-vestir mais numa educação mo-delo e menos em queixarem-se dos judeus por todos os seus problemas. Os muçulmanos deviam per-guntar o que poderiam fazer pela humanidade antes de pedir que a humanidade os respeite. Independentemente dos seus sentimentos sobre a crise entre Israel e os seus vizinhos palestinianos e árabes, mesmo que creiamos que há mais culpas na parte de Israel, as duas frases que se seguem realmente dizem tudo: “Se os árabes depusessem hoje as suas armas não have-ria mais violência. Se os judeus depusessem hoje as suas armas não haveria mais Israel”. (Ben-jamin Netanyahu) Por uma questão histórica, quando o Comandante Supre-mo das Forças Aliadas, General Dwight Eisenhower, encontrou todas as vítimas mortas nos campos de concentração nazi, mandou que as pessoas ao vi-sitarem esses campos de mor-te, tirassem todas as fotografias possíveis, e para os alemães das aldeias próximas fossem levados através dos campos e que enter-rassem os mortos. Ele fez isto porque disse de viva voz o seguinte: “Gravem isto tudo hoje. Ob-tenham os filmes, arranjem as testemunhas, porque poderá haver algum malandro lá em baixo, na estrada da história, que se levante e diga que isto nunca aconteceu.” Recentemente, no Reino Uni-do, debateu-se a intenção de remover o holocausto do curri-culum das suas escolas, porque era uma ofensa para a popula-ção muçulmana, a qual diz que isto nunca aconteceu. Até agora ainda não foi retirado do curricu-lum. Contudo é uma demonstra-ção do grande receio que está a preocupar o mundo e a facilida-de com que as nações o estão a aceitar. Já passaram mais de sessenta anos depois da Segunda Guerra Mundial na Europa ter termina-do. O conteúdo deste mail está a ser enviado como uma cadeia em memória dos 6 milhões de judeus, dos 20 milhões de russos, dos 10 milhões de cristãos e dos 1 900 padres Católicos que foram assassinados, violados, queima-dos, que morreram de fome, fo-ram espancados, e humilhados enquanto o povo alemão olhava para o outro lado. Agora, mais do que nunca, com o Irão entre outros, recla-mando que o Holocausto é um mito, é imperativo assegurar-se de que o mundo nunca esque-cerá isso. Depois do ataque ao World Trade Center, quantos anos pas-sarão antes que se diga “NUNCA ACONTECEU”, porque isso pode ofender alguns muçulmanos nos Estados Unidos? 1975 - Leonid Kantorovich 1976 - Milton Friedman 1978 - Herbert A. Simon 1980 - Lawrence Robert Klein 1985 - Franco Modigliani 1987 - Robert M. Solow 1990 - Harry Markowitz 1990 - Merton Miller 1992 - Gary Becker 1993 - Robert Fogel Medicina 1908 - Elie Metchnikoff 1908 - Paul Erlich 1914 - Robert Barany 1922 - Otto Meyerhof 1930 - Karl Landsteiner 1931 - Otto Warburg 1936 - Otto Loewi 1944 - Joseph Erlanger 1944 - Herbert Spencer Gasser 1945 - Ernst Boris Chain 1946 - Hermann Joseph Muller 1950 - Tadeus Reichstein 1952 - Selman A. Waksman 1953 - Hans Krebs 1953 - Fritz Albert Lipmann 1958 - Joshua Lederberg 1959 - Arthur Kornberg 1964 - Konrad Bloch 1965 - Francois Jacob 1965 - Andre Lwoff 1967 - George Wald 1968 - Marshall W. Nirenberg 1969 - Salvador Luria 1970 - Julius Axelrod 1970 - Sir Bernard Katz 1972 - Gerald M. Edelman 1975 - Howard Martin Temin 1976 - Baruch S. Blumberg 1977 - Roselyn Sussman Yalow 1978 - Daniel Nathans 1980 - Baruj Benacerraf 1984 - Cesar Milstein 1985 - Michael Stuart Brown 1985 - Joseph L. Goldstein 1986 - Stanley Cohen 1988 - Gertrude Elion 1989 - Harold Varmus 1991 - Erwin Neher 1991 - Bert Sakmann 1993 - Richard J. Roberts 1993 - Phillip Sharp 1994 - Alfred Gilman 1995 - Edward B. Lewis 1996 - Lu RoseIacovino TOTAL: 128 (cento e vinte e oito) Os judeus não estão a pro-mover lavagens cerebrais a crian-ças em campos de treino militar, ensinando-os a fazerem-se ex-plodir e causar um máximo de mortes a judeus e a outros não muçulmanos. Os judeus não “tomam” avi-ões, nem matam atletas nos Jo-gos Olímpicos, nem se fazem ex-plodir em restaurantes alemães. Refinaria de Luanda despede grevistas Dez dos 40 trabalhadores da empresa SAMBIENTE, que presta serviços à Re-finaria de Luanda, ligada à Socie-dade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol-EP), que faziam, há mais 30 dias, uma gre-ve interpolada, em protesto aos maus salários que auferem, assim como as péssimas condições em que laboram, foram expulsos do serviço a pouco mais de um mês, sob acusação de agitar o grupo para não retomar o trabalho. Segundo apurou o Chela-press junto dos seus advoga-dos, ligados à Associação Mãos Livres (AML), os grevistas, cuja idade varia entre os 25 e 50 anos, optaram pela greve depois de a entidade patronal não ter res-pondido às preocupações apre-sentadas num caderno reivindi-cativo enviada a ela, em tempo útil, que consistiam, para além do aumento salarial e das condi-ções laborais, no melhoramento dos contratos de trabalho, qua-lificação ocupacional, assistência médica, subsídio de funeral do trabalhador e seus dependentes (esposa e filhos). Das reivindicações apresenta-das por estes trabalhadores, to-dos de nacionalidade angolana, alguns dos quais com mais de 20 anos de serviço, constam ainda o subsídio de transporte, assim como a sua inscrição junto do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS). Eles alegam que os descontos que lhe são feitos não são depositados nas suas contas junto deste instituto público. Em declarações prestadas a este jornal, exigem que a entida-de patronal aumente os salários na ordem dos 100 por cento. Os grevistas, antes de pertencerem à SAMBIENTE, laboraram nas denominadas empresas JADA, CDTE E ANAYA, todas ligadas à Refinaria. De lá para cá, segundo reve-laram, trabalham em condições extremamente difíceis e sub-humanas, com todos os riscos, numa empresa que produz pro-dutos químicos. Segundo alegaram, os mes-mos ganham o salário de 34 mil Kwanzas, sem direito a transporte de casa para o serviço, havendo o risco de alguns serem assalta-dos na via pública por meliantes, já que a maior parte reside na periferia da cidade, conforme re-feriram a este jornal. A maioria alega sair das suas casas em Viana, Cacuaco, Kifan-gondo, Panguila, Kilamba Kiaxi e Benfica, a partir das 4 horas da manhã para dirigirem-se às paragens dos taxistas, nas quais apanham as primeiras viaturas que os transporta ao centro da cidade de Luanda, e a partir daí até ao local de serviço (Refinaria da Petrangol),entrando nas horas normais de expediente. Mesmo com o afastamento compulsivo de dez grevistas, cuja situação aumentou ainda mais a ira dos restantes, os outros que também ainda não retomaram o serviço, prometeram não ar-redarem pé enquanto a situação não for resolvida para beneficiar todos os reivindicadores. “Nós estamos contra a expulsão dos nossos colegas, e estamos a exigir que sejam readmitidos”, disse um dos grevistas que falou sob anonimato. Desde o princípio de Julho, todos os dias um grupo de mais de 40 pessoas tem-se juntado defronte às instalações da Re-finaria da Petrangol, situado na comuna do Ngola Kiluanje, Dis-trito do Sambizanga, exigindo que sejam resolvidas as premen-tes necessidades que os afligem, mas, ao que parece, a direcção da empresa “faz ouvidos de mercador” ante o clamor destes trabalhadores. Como tem sido quase nor-ma em todas as empresas pú-blicas ou estatais no nosso país os responsáveis das instituições recusarem falar à imprensa so-bre um determinado assunto, o mesmo sucedeu com esta enti-dade em epígrafe, associado ao excesso de zelo dos seguranças das instalações que frustraram o aludido contacto, alegando cum-prirem, como sempre, “ordens superiores”, mas não se sabendo de quem partem essas mesmas ordens. Texto: Ismael Nascimento Fotografia: Arquivo ChelaPress
  • 5. Justiça Justiça 8 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 9 Exige suspensão da juíza Elsa Sinde O excesso de juventude e a dimensão da justiça nela proferida, sendo favorável, perca toda a sua eficácia ou parte dela, segun-do o eminente Prof. Antunes Varela – Manual de Processo Civil, 2ª Edição pág. 23 (vide também artigo 2º in fine, do C.P.C). Aliás, salvo melhor opinião, o próprio legislador, no que se refere ao articulado da contesta-ção, inseriu-lhe no conjunto do processo ordinário ou comum, ex vi artigo 486º e seguintes do C.P.C. Daí a razão de não fazer sen-tido algum ter lugar o articulado da contestação propriamente dita nos presentes autos da Pro-vidência Cautelar Não Especifica-da. No entanto, ainda que admi-tamos a mera hipótese de consi-derar a “oposição” a que se refe-re o nº 2 do artigo 400º do C.P.C., como Contestação propriamente dita, mesmo assim estaríamos a fazer uma interpretação errónea da norma, uma vez que a “oposi-ção” a que se refere o legislador não é a contestação propriamen-te dita, mas sim audição do Réu, tal como confirma o aludido nº 1 ab initio e 2 ab initio ambos do artigo 400º do C.P.C. Face o exposto, a juíza Elsa Ema do Rosário Jorge Sinde, chefe da Sala do Cível e do Ad-ministrativo do Tribunal de Ben-guela, distribuidora de processos e filha do ilustre Jorge Sinde, advogado com banca de advo-cacia em Benguela,devia indefe-rir o articulado da contestação juntando aos autos do impostor António Francisco Umbelino Vicente, ordenando o desentra-nhamento do mesmo aos autos e toda a documentação que o acompanha. Devia ser devolvido todo o expediente à parte que o apresentou, em obediência ao principio da legalidade com dignidade constitucional, ex vi artigo 6º e artigo 177º nº 1, con-jugado com estatuído no artigo 400º do C.P.C. Tal como a senhora Rosário de Fátima Vaz Soares Borrego-já referiu no seu requerimento inicial, é a legítima e universal herdeira/proprietária do imóvel situado na Rua Aires de Almeida Santos nº 158 – A, 166, inscrito na matriz predial nº 705, adqui-rido por herança, como resultado da morte de seu pai, o de cujus António da Cruz Soares Borre-go, conforme provam os docu-mentos constantes nos autos. Porém, é totalmente desca-bido e falso os argumentos adu-zidos pelo António Francisco Umbelino Vicente, quando diz que celebrou o contrato com a senhora Rosário Borrego, numa altura em que o mesmo desco-nhecia a existência do confisco do imóvel em favor do Estado. Escamoteando a verdade e ig-norando os vários recursos apre-sentados pela senhora Rosário Borrego,dirigidos aos órgãos do Estado (Presidência da Repúbli-ca, Ministério da Justiça, Ministé-rio do Urbanismo, Ministério da Construção, Tribunal Supremo, Procuradoria Geral da Republica e Outros) que culminou com o reconhecimento de que o confis-co ora efectuado no imóvel sub judice foi ilegal. Por esta razão, o próprio Es-tado, através dos seus órgãos competentes, ordenou imediata-mente a reposição da legalidade, através da publicação de anula-ção do confisco, reintegrando o imóvel na situação que anterior- Rosário de Fátima Vaz Soares Bor-rego, parte certa no processo nº 15/2014 por não se conformar com o conteúdo da sentença proferida pela juíza Elsa Ema do Rosário Jorge Sinde, Chefe da Sala do Cível e do Administrativo do tribunal de Benguela, distribuidora de proces-sos e filha do ilustre Jorge Sinde, advogado com banca de advocacia em Benguela, fez uso, mais uma vez, de um direito que a assis-te, à luz do preceito dos artigos 676º, 733º e 740º nºs 1, 2, alínea d) e 3 in fine, interpondo um recurso de agravo com efeito suspensivo, em virtude de considerar que a decisão ora tomada foi parcial, criminosa e violadora do principio da legalidade e da independência dos tribunais, com dignidade constitucional, ex vi artigo 6º e 175º, ambos da C.R.A. Perante a presença do recurso, a juíza Elsa Ema do Rosário Jorge Sinde, apanhada na contramão, emitiu uma sentença, a qual ane-xamos. O jornal ChelaPress, com o devido respeito que a juíza Elsa Ema do Rosário Jorge Sinde merece, vê-se na obrigação de pôr em causa a maturidade, seriedade e formação jurídica da mesma, e rebater publicamente as suas deci-sões com base na lei, só na lei e no direito. A senhora Rosário de Fátima Vaz Soares Borrego, herdeira legitima e universal de An-tónio Soares Borrego, tinha 1 ano de exis-tência quando seu pai faleceu m Angola, em 1977. Atingida a maior idade e porque nem o tribunal de Benguela nem o Ministério Pú-blico souberam salvaguardar os interesses da menor, decidiu interpôr com documentos comprovativos uma acção judicial, com vista à reposição da legalidade. A juíza Elsa Sinde acusou-a de litigar de má fé pelos seus pró-prios interesses. Decretou que a mesma fosse depositar a quantia de Akz 989.292,00, prove-niente de custas contadas nos autos de Pro-vidência Cautelar Não Especificada nº 15/14, em que é requerido o impostor António Francisco Umbelino Vicente (há anos que deixou de pagar as respectivas rendas), e a requerente, a depositante Rosário de Fátima Vaz Soares Borrego, herdeira legitima e uni-versal de António Soares Borrego, com efei-to suspensivo. Em acto contínuo, a secretaria do tribunal endereçou a nota de cobrança à senhora Rosário Borrego sob pena de ser processada, em caso de incumprimento. Afinal de contas o que é isto de uma sen-tença com efeito suspensivo? Efeito suspensivo nada mais é que a sus-pensão de eficácia de uma decisão (sentença) recorrida, não podendo ser a mesma execu-tada, enquanto estiver em grau de recuso, para se evitar dano grave de difícil ou incerta reparação. No caso em tela (em discursão), o efeito suspensivo não extingue a multa diária, apenas suspende o pagamento ou a execução da mesma, até ser julgado o recurso. Face o exposto, em jeito de aula de direito, a juíza Elsa Ema Sinde deve fazer a devolu-ção do montante exigido à senhora Rosário de Fátima Vaz Soares Borrego. Contra factos não há argumentos. A lei do inquilinato protege o inquilino, mas não os impostores. A entidade que se apodera de um imóvel e não é governo, não é proprietário, não é herdeiro, não tem contrato de arrendamento actualizado, não honra os seus compromissos, se alguma vez foi inquilino, não de-posita a sua renda em nenhuma conta bancária indicada pelo tri-bunal, não pode ser considerado inquilino, por conseguinte é um impostor. No entanto, a juíza Elsa Ema do Rosário Jorge Sinde, chefe da Sala do Cível e do Adminis-trativo do Tribunal de Benguela, distribuidora de processos e filha do ilustre Jorge Sinde, advoga-do com banca de advocacia em Benguela, numa atitude pura-mente revanchista e vingativa, contraria todas as disposições legais previstas na lei. O Jornal ChelaPress,depois do contacto mantido com Rosário de Fatima Vaz Soa-res Borrego, constatou que a mesma,desgastada com as in-congruências da magistratura judicial de Benguela, faz questão de manter tudo quanto aludiu no seu requerimento inicial presente nos autos da Providência Caute-lar Não Especificada. Porém, compulsada, mais uma vez, a legislação civil em vigor no ordenamento jurídico angolano, nomeadamente, o Có-digo de Processo Civil, no seu ar-tigo 399º, Especificadas, verifica-se nitidamente que em momento algum nas Providências Cautela-res Não Especificadas têm lugar o articulado da contestação. Os nºs 1 e 2 a bintiodo artigo 400.º do C.P.C, a que se refere o processamento da Providência Cautelar Não Especificada, é bas-tante claro na medida em que nos diz claramente que depois de o requerente oferecer prova sumária do direito ameaçado e, justificado o receio da lesão, o Tribunal ouvirá o Réu, desde que esta audiência não ponha o fim da providência. E acrescenta ainda o legis-lador no nº 3 do supracitado artigo que: “se o Réu não tiver sido ouvido, o juiz pode or-denar também todas diligên-cias de provas necessárias”. O Jornal ChelaPress, atento às referidas disposições legais, constatou que em momento algum o legislador estatuiu o articulado da contestação com intuito de não transfor-mar a providência acautelar num processo ordinário, uma vez que “os procedimentos cautelares constituem os meios que o titular do di-reito dispõe para acaute-lar o efeito útil da acção”, visando com ele impedir que durante a pendência de qualquer acção declarativa ou executiva, a situação de facto se altere de modo a que a sentença A DAMER GRÁFICAS S.A., NO LOBITO A província de Benguela conta desde o passado dia 12 de Maio com a presença de mais uma empresa que vem intensificar a aposta dos empresários angolanos na região. Trata-se da Damer Gráficas S.A., uma prestigiada empresa, 100% angolana, que inaugurou o seu escritório na zona do 28, na cidade do Lobito, tendo organizado uma pequena, mas muito simpática, festa de inauguração. Falamos de um espaço moderno, agradável, capaz de proporcionar o melhor atendimento a todos aqueles que até lá se desloquem. A aposta na província de Benguela tem como objectivo oferecer aos seus clientes da região a possibilidade de terem todos os produtos produzidos nas actuais instalações fabris em Luanda, mas agora “à porta de casa”. Dotada dos melhores equipamentos, a nível mundial na área das artes gráficas, a Damer pretende com este investimento, encurtar a distância entre a capital e a província de Benguela, que era, até agora, altamente deficitária na oferta deste tipo de produtos. Produzindo todo o tipo de produtos impressos, a qualidade, a rapidez e o atendimento personalizado, são as imagens de marca desta dinâmica empresa. BENGUELA SOLIDÁRIA mente existia, (vide Despacho Conjunto nº 397/12, de 30 de Abril já aos autos). Todavia, o que está em cau-sa nos presentes autos não é o reconhecimento ou não da titu-laridade do imóvel em questão, até porque, para se decretar a presente providência, é apenas necessário que sejam preenchi-dos os 5 (cinco) requisitos da Providência Cautelar Não Espe-cificada; Porém, para a determinação do primeiro requisito com que tanto se debate o António Um-belino Vicente (a existência de um direito), basta um juízo de probabilidade e o seguimento do juízo da certeza. Assim sendo, não há dúvida alguma que os referidos requi-sitos legais encontram-se pre-enchidos in casu em apreço tal como a senhora Rosário Borre-go referiu no seu requerimento inicial. O ChelaPress não tem dúvi-das que a juíza Elsa Sinde, ani-mada de sentido de vingança e retaliação, tem estado a agir de má fé e para justificar os ti-ros que tem estado a dar no seu próprio pé, intentou uma acção junto da Direcção Provincial de Investigação Criminal contra a senhora Rosário de Fátima Vaz Soares Borrego, alegando esta ter desobedecido a uma ordem, por sinal descuidadamente por si emitida. “Que grande lata” para não dizer “que grande incon-gruência”. O impostor vira vítima e a vítima vira impostora. No entanto, importa aqui salientar que António Francis-co Umbelino Vicente é marido casado de Manuela Vaz Morais Vicente, prima como irmã de Rosário de Fátima Vaz Soares Borrego.Foi esta última que, por respeito e consideração ao pai de Manuela Vaz Morais Vicente, aceitou alugar o imóvel em causa ao impostor António Francisco Umbelino Vicente.
  • 6. Justiça Justiça 10 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 11 Familiares de bárbara indignados com o tribunal provincial de luanda Texto: Ismael Nascimento Fotografia: Arquivo ChelaPress O Pintor das Acácias Rubras A magistratura judicial de Benguela facilita sabotagem económica Abias,o pintor da Galeria do Jazz do Rasgado’s Jazz Club Texto: Francisco Rasgado Fotografia: Arquivo ChelaPress Texto: Ismael Nascimento Fotografia: Arquivo ChelaPress A exposição do pintor Abias Kayenga Ukuma, conhe-cido pela sua versatilidade no mundo artístico, há muito es-perada pelo público de Benguela e integrada no Fenacult – Festival Nacional da Cultura, terá lugar no Rasgado’s Jazz Club nos dias 18 e 19 de Setembro. Abias Kayenga Ukuma nas-ceu na aldeia de Kassareia, mu-nicípio de Bailundo, Província do Huambo, em 1969. Fez os estudos primários e se-cundários em Benguela. Pintor autodidacta, é membro fundador do Núcleo de Jovens Pintores de Benguela. Em 1986 participou na execu-ção de alguns painéis publicitá-riosna antiga secção de desenho e propaganda do Comité Provin-cial do MPLA em Benguela e na UNAP (União Nacional dos Artis-tas Plásticos). Desde 1990 que expõe em Angola e Portugal as suas obras, tendo realizado 5 mostras indivi-duais e 20 colectivas. Prémios 1990: 2º Lugar do prémio alu-sivo ao 17 de Setembro 1995: 1º e 2º Lugares do Pré-mio Prualb, no concurso sobre o meio ambiente. Será que no pro-cesso judicial que determinou a des-truição da Ceten-co – Engenharia, Construção Civil e Obras Públicas, Lda, a juíza Catarina Micolo envolveu o procurador Fran-cisco Fortunato ou o procurador Francisco Fortuna-to envolveu a juíza Catarina Micolo e a juíza Elsa Ama-ral foi envolvida pela juíza Catari-na Micolo e o juiz Tupita envolveu-se nesta grande em-brulhada em soli-dariedade as juízas na Providência Cautelar Não Espe-cificada intentada pelo Banco B.I.C contra à gerência ilegal e delapida-ção do imobilizado da Cetenco, Lda, sua devedora, por Eliseu Luís dos Reis, considerando-a de improcedente? Agora temos os resultados com a destruição total da Cetenco, Lda, uma empresa saudá-vel e consolidada que facturava usd 5.000.000,00 ano, e dezenas de traba-lhadores desempre-gados. O corpora-tivismo também tem o seus inconvenien-tes. Eliseu e Pedro dois lotes de ter-reno, designadamente números 130 e 131, ao senhor Francisco Guerreiro, no valor de 8 milhões e 500 mil kwanzas (85 mil dólares). A fonte referiu que o mon-tante arrecadado nesta venda não entrou nos cofres da empre-sa, desconhecendo-se o destino a que foi dado, numa altura em que se precisa de mais de 500 mil dólares para continuar a saldar os salários e indemnizações dos mais de 120 trabalhadores, desde Maio do ano passado. No meio deste turbilhão, a fonte acusou ainda o senhor Eli-seu de não ter apresentado o re-latório de contas do ano fiscal de 2012, tendo abandonado a em-presa e fugindo para o Brasil com o dinheiro que havia levantado do banco. Para além de ter levado supos-tamente o dinheiro, contra Eliseu pendem acusações de não ter fei-to o relatório do último exercício fiscal de 2013, cujo prazo termi-nou no dia 31 de Maio. Uso indevido de meios Segundo ainda a fonte deste jornal, presentemente estão a ser usados ilegalmente desde Dezembro do ano passado, meios da empresa para serviços particulares. São viaturas ligeiras e pesadas (basculantes e cisternas), por in-divíduos (Miranda e Diogo), que a fonte alega não pertencerem à empresa, assim como não habili-tados para conduzirem os meios com os quais circulam. Também estão a ser furtados peças de equipamentos estacio-nados no parque da Fundação Lwini, pelos senhores Miranda, Diogo e Lourenço, segunda ain-da a nossa fonte, que considera a acção de vil e vergonhosa. Toda esta sabotagem econó-mica está à ser facilitada por uma Providência Cautelar Não Especi-ficada intentada pelo Banco B.I.C., considerada improcedente pelo Juíz Tupita. Inspirando-se nas figuras inter-nacionais e nacionais do mundo do jazz pintadas por si, Abias Kayenga Ukuma vai inaugurar a sua primeira exposição individual de originais em ambiente de festa. O espaço escolhido foi o Rasgado’s Jazz Club, na Baía Azul, município da Baía Farta – Benguela, onde certamente irá receber artistas e amigos, entre eles Dumilde Rangel e Armando da Cruz Neto, ex- go-vernadores da província de Bengue-la, Isaac dos Anjos, actual governa-dor e Carlos Freitas, ex-director do Plano do governo de Benguela. 1997: 2º Lugar do Pré-mio Pruarb, no concurso sobre o meio ambien-te. Tem obras re-presentadas em colecções particu-lares em Angola, Portugal, França, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Finlândia, Suécia e Alemanha. A exposição de pintura em óleo so-bre tela, de Abias, retrata a realidade social e o amor. Abias, revelando-se um pintor com verdadeiro labor na arte de pintar a vida, consegue, com esta obra, romper com algumas nor-mas tradicionais. Abias disse que esta foi a me-lhor forma que encontrou para mostrar algumas das suas melho-res obras, com uma “Vernisage” algo diferente do habitual. E mais, segundo Abias,com esta exposição vê os seus créditos reconfirmados e o seu trabalho valorizado, desta feita, pelas mãos do Rasgado’s Jazz Cub. Os quadros reunidos para esta exposição são de uma importân-cia extrema, pois acompanham todo percurso artístico de Abias, dono de uma vasta e plurifaceta-da obra em óleo sobre tela. Familiares da malograda Bárbara Menezes de Sá Nogueira, 38 anos, ex-funcionária do banco co-mercial “Millenium-Angola” as-sassinada em Maio de 2013 pela sua ex-amiga e colega de servi-ço, Judith da Silva, insurgiram-se contra o Tribunal Provincial de Luanda (TPL), ao aplicar à ré a pena de 20 anos de prisão maior, em vez de pena máxima. Eles alegam ter havido uma leveza da sentença, tendo em conta o hediondo crime come-tido por Judith da Silva contra a malograda Bárbara, de quem alegou ter sido amiga e confi-dente, enquanto em vida. “ Não esperávamos por essa senten-ça tão leve, esperávamos que fosse mais pesada”, disse um dos familiares, balbuciando com os nervos à flor da pele. Para este familiar, o Tribunal devia aplicar pena máxima à con-denada, para desencorajar actos semelhantes no futuro, acrescen-tando que este órgão de jurispru- pregada da sua residência, que foi amante do seu esposo, um conhecido pastor da Igreja Uni-versal do Reino de Deus (IURD), em Luanda. Como tudo aconteceu Segundo a Polícia de Investi-gação Criminal, Bárbara Sá No-gueira saiu de casa levando con-sigo a sua filha Pérsia Alexandra Meneses,11 anos, ao colégio Eli-sângela Filomena, onde estuda-va, em seguida reunir-se-ia com um dos clientes do banco para o qual trabalhava, encontro que estava marcado num dos novos edifícios próximos da Feira Inter-nacional de Luanda (FIL). Volvidos quatro dias, a infor-mação sobre o seu desapareci-mento foi tornada pública por um dos seus irmãos, em entre-vista ao programa radiofónico da Rádio Luanda (RL), informando que a malograda estava ausente da sua casa, desde aquele fatídi-co dia em que se tinha dirigido à FIL sem mais regressar com vida junto dos seus. Antes de tornarem pública a informação, o irmão, cujo nome o Chelapress não apurou, tinha dito que os familiares já haviam procurado em toda a parte pos-sível em que poderia ser encon-trada, incluindo numa das casas que a malograda e o seu mari-do, Atos Nogueira, construíam no Benfica, a Sul de Luanda, mas sem sucesso. Tudo girava numa expectativa que ela pudesse ter sido raptada e que os sequestradores exigis-sem dinheiro para o seu resgate. Mas tudo não passou de conjun-turas, pois o pior tinha já aconte-cido na vida desta jovem mulher. Depois de apuradas investiga-ções da Polícia, o seu corpo foi encontrado nas imediações de Kikuxi, em Viana, com graves si-nais de tortura. Após a descoberta do corpo, a Polícia de Investigação Crimi-nal deteve Judith da Silva, pois, segundo informações tornadas públicas pelo marido da malo-grada, ela terá assumido a auto-ria deste crime que chocou não só a sociedade luandense, mas também a angolana, em geral. A acusada confessa do crime re-latou que o delito teve razões passionais, pelo caso que ambas vinham mantendo, versão essa desmentida pelos familiares da vítima. dência “não fez o seu trabalho devidamente”. Durante o acto, depois da leitura da sentença, houve revolta da parte dos fami-liares da malograda Bárbara Sá Nogueira, e Judith da Silva saiu a correr da sala de julgamento e escoltada pela guarda dos Ser-viços Penitenciários (SP) até ao carro celular que a levou até à Unidade Penitenciaria de Viana (UPV). Sob o processo número 5746/13/, segundo apurou o Chelapress de fonte ligada ao Tri-bunal Provincial de Luanda (TPL), a ré foi encaminhada dias depois para o campo de reeducação de Bentiaba, província do Namibe, onde deverá cumprir os 20 anos. Para além deste crime, o Tri-bunal condenou-a também por um outro, o de aborto forçado e cárcere privado contra a ex-em- Os nomes dos elementos: Jorge, Pedro e José Luís, este último considerado pela fonte como sendo falso sócio, têm es-tado a desmantelar o património da empresa. De Maio até à data foram ven-didas viaturas, retiraram mobiliá-rio da casa de passagem da refe-rida empresa e levando-as para parte incerta. Para além de viaturas, segun-do a fonte, estão sendo desvia-dos também equipamentos de construção e outros materiais dos armazéns e parque de máquinas. Máquinas pesadas importantes para o exercício da CETENCO, Lda, estão à ser retalhadas para serem vendidas como sucatas. Estas acções têm tido a conivência da magistratura judicial de Benguela, acrescentou. José Luís é citado pela fonte, como estando a fazer passar-se por gerente da Cetenco junto da empresa chinesa CITIC, “tentando manobras para o recebimento ilí- A Cetenco Construções vive nos últimos tempos uma situação de sabo-tagem dos seus meios de trabalho, protagonizada por um dos seus sócios, Eliseu Luís dos Reis, coadjuvado pelo José Luís, segundo denúncias feitas ao Chelapress por fonte familiarizada com o assunto. cito de areia” feita pela Empresa Areias de Benguela (EAB), através de um contrato assinado em Mar-ço de 2013. Segundo a fonte, José Luís nunca foi da Cetenco, mas possui uma empresa de construção civil, conhecida por “Pétala e Corola”, concorrente da Cetenco. Venda ilícita de terrenos Durante esse tempo todo, foram também vendidos pelos senhores Eliseu Luís dos Reis, o gerente ilegal. A gerência anterior, conforme o despacho nº 48/013 da juíza Elsa Amaral, não consta o nome de Eliseu dos Reis.
  • 7. CHELAPRESS | 11 DE setembro 2014 aqui mando eu Por: franc isc o ras gado MORREU O FOTÓGRAFO DAS ACÁCIAS RUBRAS O INÍCIO E o fim do meu amigo Mano Augusto Vieira está nas sete quintas Pedro Prumo deu o me-lhor de si à província de Benguela. Trabalhou com vários governadores da pro-víncia de Benguela, entre eles: Dumilde Rangel, Armando da Cruz Neto e, por menos tempo, com Isaac dos Anjos. Talvez com um pouco mais de atenção e humanismo, por quem de direito, tivéssemos o nosso Pedrito por mais tempo. Pedro Prumo lamentou e men-digou às portas dos gabinetes, mas ninguém o quis ouvir nem ver com olhos de ver. O nosso Pedrito estava muito mal. O nosso Pedrito definhava a olho nú. Tudo teria sido mais fácil há uns anos atrás. Porém, assim quis o destino que tudo contigo acontecesse. Paciência, amigo Pedrito. Pedro Prumo, depois de al-gumas tentativas no estrangeiro em busca de tratamento, morreu inesperadamente na sequência de uma operação ao estomago, que há muito o apoquentava. O EX-LIBRIS DE BENGUELA ESTÁ A SER DELAPIDADO O cine Benguela, localizado no limiar do asfalto da urbe benguelense, outrora propriedade da família Cente-no e mais tarde da EDECINE, foi tomado de assalto por, por alma de quem, pelo Manuel Francisco ex-admi-nistrador do município de Benguela. O seu precioso parque público está a ser, com muros altos, transformado em oficina de reparação de carros, chaparia e pinturas. A sociedade de benguela vai sair à rua para protestar contra mais esta tomada de assalto levada a cabo pela grande aberração de Dumilde Rangel, - Manuel Nem tudo que brilha é ouro HOTEL VIP HUILA Negócios e Prazer com uma nova atitude Business and pleasure with a new attitude Alcance o céu em qualquer divisão... A conta que Deus fez: Quatro Estrelas. Não mais do que isso, um Hotel que marca o seu território e serve um propósito diferente, mas, jamais indiferente. 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No meio de tantas mudanças, a posterior, houve uma, que não foi nada fácil de digerir. Tratou-se da transferência de Miguel Maiato, delegado da justiça de Benguela para à província do Namibe e a Pau-la Marisa Correia, delegada da justiça do Namibe para Benguela. Miguel Maiato, tocado no seu ego, declinou, na óptica de muitos, o presente envenenado. Miguel Maiato à seme-lhança de todos os dirigentes locais e centrais, também fez a sua “Acumulação Primitiva de Capital”, que lhe vai, por conseguinte, permitir abraçar o empresariado local. José Augusto Vieira, pre-potente e arrogante, ex-chefe da Repartição Técnica da Administração Municipal de Benguela, acabou de ser transformado em chefe do projecto “Uche - 1.000 m2 por pessoa” de Isaac dos An-jos, governador da província de Benguela. José Augusto Vieira, com esta transformação, a funcionar agora no Uche, a caminho do Lubango, foi apenas escondido ou tem-porariamente posto fora das vistas da sociedade ben-guelense. Um dos grandes inimigos da sociedade de Benguela, tudo por causa dos terrenos. Boa safra. Estamos aqui para policiar o seu desempenho. O jornal ChelaPress, em tribunal, num processo judi-cial a decorrer, promete falar, com documentos e fotogra-fias, das casas, dos terrenos, invasões, atropelos e das conexões de José Augusto Vieira, enquanto chefe dos Serviços Técnicos de Leopol-do Muhongo, administrador municipal de Benguela. Francisco. Onde está a sensi-bilidade e a visão de Estado, estratégica da administração ou do governo de Benguela? Quem autorizou tamanha atrocidade? Com o cine Benguela trans-formado em mais um local de comércio, Benguela a ficar mais pobre e sem cultura.
  • 8. Huíla Psicologia 14 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 15 Huíla Até quando o desenvolvimento perdido A situação económica da Província da Huíla, à semelhança que acon-tece em todo o país, é extremamente difícil e preocu-pante, pois não existem perspec-tivas de uma melhoria significati-va para os próximos tempos que, pensamos, se adivinham mais complicados, se ausência de no-ção de nação perpetuar. No entanto, nem só a falta de quadros explica a actual situação, não obstante, acreditarmos que, indirectamente, ela se faz sentir nas razões objectivas que estran-gulam o real desenvolvimento de uma região que, com algumas medidas de apoio financeiro (e por que não político) se poderia tornar numa zona de desenvol-vimento agro-pecuário conside-rável. Para tal seria necessário um grande apoio ao empresariado por parte das autoridades, para se vencerem algumas condicio-nantes que entravam o referido desenvolvimento, o que contri-buiria para uma melhoria subs-tancial das condições em que vivem, especialmente, as popu-lações rurais e, muito em parti-cular, os milhares de deslocados que procuraram a tranquilidade desta província para se resguar-darem dos esquecimentos e au-sência de governação e se viam, assim, impedidos de contribuir positivamente para o aumento da produção interna. Esta situação reflecte-se, ob-viamente, no actual estado eco-nómico- financeiro das empresas existentes na Província da Huíla e cujos proprietários assistem, impotentes, à degradação pau-latina da componente financeira, pois não existem as condições julgadas necessárias para se ini-ciar todo um processo de recu-peração das muitas empresas que se encontram em situação difícil e que poderiam satisfazer algumas das necessidades des-ta província, em particular, e do país, em geral. Sabemos que o país necessita de um empresa-riado forte e consciente das suas responsabilidades, única forma de criar riqueza, diminuir o de-semprego, combater a inflação e retomar o caminho para a recu-peração económica de Angola. Mas assim acreditamos que não vai ser possível a manuten-ção do actual empresariado nem, tão pouco, o seu alargamento com o aparecimento de novos empresários, se não forem cria-das as condições fundamentais para que tal aconteça e que se traduzem, essencialmente, no apoio inequívoco, por parte do Governo. Quanto a alguns te-mas considerados de vital im-portância para o relançamento da economia, alguns de âmbito central, tal como a reanimação do investimento público a nível de infraestruturas, uma políti-ca de crédito menos restritiva e com incentivos ao investimento privado (bonificação de taxa de juro em casos pontuais), uma cri-teriosa política aduaneira virada para a protecção à indústria na-cional, a redução substancial da importação de bens de consu-mo dito supérfluo e a redução/ isenção de direitos da importa-ção de matéria-prima e outros “inputs” produtivos essenciais, a criação de incentivos fiscais para actividades produtivas chave, a adequação da massa monetária à oferta de bens e serviços com elemento base para o controle da inflacção, um generalizado e acérrimo combate à corrupção, etc. A nível regional há que fazer reproduzir, localmente, as me-didas tomadas centralmente e complementá-las, tendo em con-ta as especialidades da Província a nível da pecuária e riquezas de solo e subsolo. Como enquadramento de todas estas medidas, é vital con-seguir- se a livre circulação e se-gurança de pessoas e bens, sem os quais, inevitavelmente, não teremos crescimento. É um facto que a falta de po-líticas sérias tem contribuído de-cisivamente para actual situação. Facto é, também, que a nossa Província, contrariamente ao que se passa com as restantes, se tem esquivado aos confrontos políti-cos internos e com o poder polí-tico central. Este facto, só por si, pode e deve levara que a Huíla funcione como “reserva” económica da Nação. A Huíla tem condições exce-lentes para a implementação de um programa sério de recupera-ção económica da Região, mas é necessário que, para além do esforço que compete ao empre-sariado huilano, as autoridades tomem consciência das poten-cialidades humanas e materiais e passem à acção tão depressa quanto possível. Porque senão, adeus eleições. SABER LIDAR COM A DIFERENÇA Texto: Alice Ferreira Rasgado* Fotografia: DR Durante épocas, as so-ciedades em todo o mundo foram indi-ferentes às pessoas portadoras de deficiência, tendo estas sido segregadas e excluídas do convívio social. Nas socieda-des da Antiguidade, era normal a prática do infanticídio quando se observavam anomalias nas crianças, refere o especialista es-panhol Jimenéz (1997). Durante a Idade Média, a Igreja condenou o infanticídio, mas, por outro lado,embalou a ideia de atribuir a causas sobrenaturais as defici-ências de que padeciam as pes-soas. Considerava-as possuídas pelo demónio e outros espíritos maléficos, sendo por este facto submetidas a práticas de exor-cismo. Nos séculos XVII e XVIII os deficientes mentais eram intro-duzidos em manicómios, orfa-natos, prisões e outros tipos de instituições estatais. Ali perma-neciam com delinquentes, ve-lhos, pobres…, desorganizada-mente. As primeiras experiências positivas começaram a surgir com a coragem e sensibilidade de determinados frades ainda no século XVI. O frade Pedro Ponce de Léon, com êxito surpreenden- te, utilizou um método de ensino oral e 12 crianças surdas no Mos-teiro de Oña fizeram aprendiza-gens significativas. Mais tarde, o frade escreveu o livro “Doutrina para os mudos-surdos”, e foi re-conhecido como o iniciador do ensino para surdos e criador do método oral. Posteriormente, no século XVIII, Valentin Hauy criou em Paris um instituto para crian-ças cegas. Entre os seus alunos encontrava-se Louis Braille (1806 – 1852), que viria mais tarde a criar o famoso sistema de leitu-ra e escrita, o conhecido sistema Braille. Nos finais do século XVIII, início do XIX, vislumbra-se uma nova era para as pessoas por-tadoras de deficiências, a era das instituições especializadas. Considera-se ter surgido a partir desta altura a Educação Especial. Os novos horizontes do pensa-mento conduzem a sociedade de então a tomar consciência da necessidade de conceder mais apoio a estas pessoas. Importa referir que a princípio o apoio era revestido de carácter mais assis-tencial do que educativo, pois im-perava a ideia de que era preciso proteger a pessoa dita “normal” da não normal, sendo esta últi-ma considerada como um perigo para a sociedade. Ao longo do século XIX inúmeras instituições especiais foram abertas. Com o desenvolvimento científico e téc-nico do século XX, Montessori e Decroly valorizam a educação es-pecial e sentem a necessidade de construir uma nova pedagogia. Nos últimos anos observou-se que as escolas especiais propor-cionam às crianças com defici-ências um ambiente demasiado limitado que resulta em empo-brecimento desaconselhado do ponto de vista educativo, de altos custos em função da sua eficácia especiais em alguma fase da sua vida. A educação é um direito para todos e deve ser orientada no sentido do pleno desenvol-vimento e do fortalecimento da personalidade. Caro leitor, percebe a trajec-tória vivida ao longo dos séculos pela pessoa portadora de defici-ência? Certamente estarei a conver-sar com alguém que infelizmente também é deficiente do ponto de vista … Saiba que o respeito aos direitos e liberdades humanas deve ser incentivado para a cons-trução da cidadania. Tratar bem a deficiência não é apenas uma questão de “humanidade”, é sim, de respeito e oportunidade a um segmento pouco explorado. Pro-fessores, psicólogos, médicos, advogados, jornalistas, empresá-rios, meios de comunicação so-cial, entre outros, contribuamos todos com a inserção da pessoa com deficiência no sistema social e preparemo-lo para que assuma o seu papel nas diversas esferas da comunidade. Desse modo, es-taremos a equacionar problemas, a encontrar soluções e a concre-tizar a equiparação de oportuni-dades para todos. Estimado leitor cabe a mim, a si, à sociedade em geral eliminar todas as barreiras “atitudinais”, físicas e programáticas para que as pessoas portadoras de defici-ência, quer física, sensorial ou in-telectual, tenham acesso à escola, serviços, espaços, informações e bens necessários ao seu desen-volvimento pessoal, psicossocial, educacional e profissional.Lem-bre- se do maravilhoso conselho divino para uma convivência sau-dável: “Ama o teu próximo como a ti mesmo” Marcos 12:31. e ideologicamente inconveniente por promover a discriminação e a segregação. Esta realidade tem sido modificada com o esforço pela inclusão social e escolar. Até ao início do século XXI o sistema educativo abrigava dois tipos de serviços: a escola regular e a es-cola especial. Na última década, o sistema de ensino nos países desenvolvidos da Europa, Amé-rica e outros, modificou-se com a proposta inclusiva e um único tipo de escola foi adoptado: a escola regular que acolhe todos os alunos, apresentando meios e recursos adequados e disponibi-lizando apoio para aqueles que têm mais dificuldades. A educa-ção inclusiva compreende a edu-cação especial dentro da escola regular e transforma a escola num espaço para todos, favore-cendo a diversidade, na medida em que considera que todos os alunos podem ter necessidades
  • 9. Publicidade 16 CHELAPRESS | 11 DE setembro 2014 * 3 APARTAMENTOS * 16 QUARTOS CASAL * 2 QUARTOS 2 CAMAS * PISCINA * RESTAURANTE * BAR E se trocasse a fila de trânsito que co-meça a ser um facto na cidade de Benguela das Acácias Rubras por um mergulho no mar, ou o stress da sua reunião de tra-balho por uma caminhada relaxante na praia da Baia Azul? A Baia Azul está apenas a 20 minutos de si com todo o sol, calor e ar puro que você merece. Baia Azul… Você também pode estar aqui! O seu destino nunca esteve tão perto. Viver fora de Benguela já foi um desafio ou uma aventura. Mas, agora com o Hotel Resort Duas Faces, na Baia Azul, tudo ficou mais fácil. Visitar a Baia Azul, hospedar-se no Hotel Resort Duas Faces (recem – inaugurado) ficou mais fácil, seguro e barato. É só você, entrar, identifi-car, solicitar e interagir. reservas - 943 508 508 recepção - 922 508 508 restaurante - 928 353 770 MUDE DE CENÁRIO! VENHA À BAIA AZUL!! duas faces hotel PROJECTAMOSECONSTRUIMOSOFUTURO BenguelaConstruções– ConstruçãoCivileObrasPúblicasLda ContribuinteFiscalNº5111029184 ZonaIndustrialIIͲ Calombotão – Benguela Tel.272231823– Tlm.925400800