1. ChelaPress
O JORNAL DA REGIÃO CENTRO E SUL DE ANGOLA
EDIÇÃO Nº 1521 - 11 DE setembro 2014
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as verdades e as mentiras
de dois ratos
Dois portugueses classificados, destroem
a magistratura em Benguela com muitos
exercícios de fome pelo meio. eles pretendem
deliberadamente implicar a Magistratura
Judicial de Benguela! estão a confundir as
juízas da Sala do Cível e do Administrativo
do Tribunal de Benguela, Catarina Micolo,
Elsa Amaral, Elsa Ema do Rosário Jorge Sin-de,
os procuradores Francisco Fortunato,
Dias da Silva,procurador junto da Polícia
Económica, Francisco Dias, procurador
provincial de Benguela por ocultação, e
víctor assuílo, juíz presidente do tribunal
de benguela que prefere apenas ficar em
cima do muro.
Pág. Benguela solidária, exige
suspensão da juíza Elsa Sinde Págs. 4 Pág. 8
Págs. 5
Amaro Ricardo Segunda,
militante de última car-ruagem
Visita de José Eduardo dos Santos
à benguela não produziu os
efeitos desejados
Segundo as más línguas, José Eduardo dos Santos terá aproveitado a
oportunidade para pedir, a Ricardo Segunda “Quiabo”, de volta a fotocó-pia
do seu bilhete de identidade. A suposta fotocópia do bilhete de iden-tidade
de José Eduardo dos Santos, Presidente da República de Angola,
foi muitas vezes agitada de boca por Ricardo Segunda “Quiabo” para
intimidar seus opositores internos (governo e partido). Amaro Segunda,
mais respeito para com a entidade máxima do País!
do M.P.L.A, que
mal começou, já está em
estado terminal. Num
último esforço para
tentar preservar a sua
pele, Amaro Segunda foi
aconselhado pelos seus
fiéis depositários a re-nunciar
ao seu lugar de
Administrador Municipal
do Lobito.
Adolfo Maria, exilado
em Lisboa desde 1979 ,
Nacionalista desde os anos
50, chegou a ser preso pela
PIDE. Membro do MPLA da
primeira hora, passou pelo
exílio em Argel e Brazzavile,
foi próximo de Agostinho
Neto, tudo isto até romper
com a direcção centralista
do presidente e participar
na Revolta Activa com
Gentil Viana.
Despedida de Amaro
Segunda “Quiabo”, para breve
“O Neto e o Nito tinham
a mesma natureza repressiva”
Contra factos não há argumentos.
A entidade que se apodera de um
imóvel e não é governo, não é
proprietário, não é herdeiro..., não
pode ser considerado inquilino,
por conseguinte é um impostor.
No entanto, a juíza Elsa Ema do
Rosário Jorge Sinde, chefe da
Sala do Cível e do Administrativo
do Tribunal de Benguela, numa
atitude puramente revanchista
e vingativa, contraria todas as
disposições legais previstas na lei.
2. Nota de
Abertura
CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 3
Oreencontro permanente
com Angola e o mundo,
com a chancela de Du-milde
Rangel, e as fes-tas
da Nossa Senhora do
Monte que se realizam todos os anos
no mês de Agosto.
Dois grandes acontecimentos a re-fletirem
os interesses de Angola num
jogo entre o crescimento do país, par-ticularmente
de Benguela e da Huíla,
e a degradação social e económica da
Nação Angolana. A Unidade Nacio-nal
e o seu crescimento é a bandeira
que todos agitam. Na realidade pode
concluir-se que, em qualquer dos
acontecimentos, ninguém está pre-meditadamente
contra o crescimento
sócio-ecónomico, porque o mesmo é
um facto incontornável e corresponde
a um ideal de aproximação e harmo-nização
dos espíritos, dos povos de
Angola com o mundo.
A questão que se levanta é como
atingir tal propósito.
Será que falta muito para reunir
à mesma mesa o governo, políticos,
empresários e a sociedade civil em
busca de um amplo entendimento so-bre
questões nacionais? Forma única
para resolução dos graves problemas
da sociedade angolana.
A sociedade civil tem sido a única
força nacional que mais se tem empe-nhado
para alcançar o chamado de-sarmamento
de espíritos, sem o qual
sentar à mesma mesa não será pos-sível.
No mínimo, temos que chegar
à um pacto de verdade com coragem
construtiva de quem está preparado
para harmonizar e partir de um marco
zero, deixando para trás as marcas de
várias guerras, vários abusos de poder,
os desmandos, os tribalismos, os ra-cismos,
as perdas humanas, o ódio, a
intolerância e os ressentimentos que
só contribuem para desagregar ainda
mais a Nação Angolana.
O projecto de união nacional tem
que estar isento de “culpas e respon-sabilidades,
de um lado e de outro”.
A Nação defende uma atitude de
renúncia a interesses particulares e
imediatistas, da parte de todos os
segmentos envolvidos na construção
da unidade. “Quem recusar, à priori,
a viabilidade dos programas da so-ciedade
civil, acusar propósitos de
desestabilização nas reivindicações
do povo ou continuar a imputar a
falência da nação à guerra civil, ini-ciada
finais de 1974 e terminada
em 2002 com a morte do líder da
UNITA Jonas Malheiro Savimbi, ob-viamente,
não pode estar interes-sado
na estabilidadee no projecto
de Unidade Nacional, sem pobreza,
miséria, tribalismo e racismo”. Mais
uma vez, o governo e os políticos dão
sinais de falta de fôlego e maturidade
para espantar para sempre o fantasma
da desunião.
Só assim, teremos cultura ango-lana
e, por conseguinte, desenvolvi-mento
social e económico.
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seguinte as cartas que chegarem à
redacção até à Sexta-feira de cada
semana.
2
UM EXERCÍCIO COM URBANIDADE
benguelenses consideram que o
governo deverá dar mais aten-ção.
Estas são, em linhas gerais,
as grandes metas traçadas por
Isaac dos Anjos, que completou
53 anos, para atingir ao longo do
mandato, cujo tempo continua
imprevisível.
Mas o que vai fazer Isaac dos
Anjos,que imprimiu inicialmente
um inconfundível estilo de go-verno,
que conseguiu agradar a
sociedade benguelense, políticos
desaproveitados e marginaliza-dos,
pequenos e grandes empre-sários,
a função pública e os sec-tores
mais pobres da província?
Enquanto Isaac dos Anjos
assume a pesada herança de ser
o sucessor de Dumilde Rangel
e Armando da Cruz Neto, que
deixaram o poder com o índice
recorde de 75% e 50% respecti-vamente
de aprovação, o agora
governador prepara-se para lan-çar-
se em novos voos, em Ben-guela
e além-fronteiras.
E que caminhos vai seguir
Isaac dos Anjos, que chegou a
Benguela, numa ascensão polí-tica
meteórica que deixou para
trás muitos dos mais conhecidos
Um governo de con-tinuidade
ou alguns
anos de surpresa? Esta
é uma das interroga-ções
que se ouvem, cada vez
com mais frequência nos meios
políticos, bares e restaurantes de
Benguela, passados um ano e
meses de governo de Isaac dos
Anjos. E Dumilde Rangel? E Ar-mando
da Cruz Neto? Será uma
despedida definitiva ou só um
adeus, até ao regresso deles?
A transmissão de poderes
marcada por um ambiente de
continuidade política, assistimos
posteriormente apenas a mais
uma etapa do complexo “puzzle”
político que caracteriza a forma-ção
de qualquer governo numa
Angola que se quer democráti-ca.
Isaac dos Anjos foi investi-do
no cargo de governador da
província de Benguela e assumiu
vários desafios simultâneos: dar
dignidade e introduzir mudanças
necessárias e lógicas ao seu go-verno,
promover o crescimento
sócio-económico da província,
criar as bases para o relança-mento
da agricultura, reduzir a
pobreza, moralizar e urbanizar a
sociedade.
Saúde, educação, segurança
pública, papel da magistratura
judicial, o combate à fome e à
pobreza, a luta contra as drogas,
o desemprego e o combate à
corrupção são as áreas a que os
lideres do partido da situação?
Isaac dos Anjos, na opinião da
generalidade dos analistas po-líticos
e jornalistas devia pros-seguir
políticas de continuidade
em alguns dos sectores da vida
sócio-económica e mais aproxi-mação.
Não obstante muitos dos
integrantes do novo governo
não terem feito parte de nenhum
executivo, por conseguinte, sem
experiência governativa, salvo os
provenientes da Huíla que fize-ram
parte do executivo de Isaac
dos Anjos, enquanto governa-dor
da Huíla.
Todavia, apesar da conjun-tura
favorável, nem tudo será
um mar de rosas para Isaac dos
Anjos, com fortes ligações com
Benguela. Isaac dos Anjos terá
de enfrentar um descontenta-mento
que tem vindo a aumen-tar,
as pressões por não ter uma
agenda para recepção da popu-lação
e lentidão na resolução dos
problemas domésticos e não só,
do sector público e do privado, e
dossiês sensíveis, que envolvem
muitos milhões de dólares, como
o fim da gestão danosa do mu-nicípio
do Lobito levada a cabo
por Ricardo Segunda “Quia-bo”,
clarificação das empresas
de construção civil e públicas
de Benguela e do projecto Blue
Ocean, na Baía Farta, liderada
pela empresa Horizonte Global,
pertencente ao Grupo 7 Cunhas,
para além de outros.
Angola não pode ficar indiferente ao crescimento
da província de Benguela.
A PESADA HERANÇA DE ISAAC DOS ANJOS
RADAR
somente estar a defender (na opinião dele)
causas contra o governo, como o caso do
lixo que envolveu Armando da Cruz Neto,
ex-governador, Zacarias Camwenho, Va-lódia
Sardinha e Júlio Lopes Cordeiro.
Comentários de
Filomeno Vieira Lopes
A confirmar-se essa notícia, es-tamos
perante a perseguição
de uma personalidade da so-ciedade
civil benguelense, por
membros com mandatos ins-titucionais
do Estado (Gover-no
Local, Judiciário, incluindo
Ministério Público) que deve-riam
saber cumprir e honrar a
Constituição, em particular, no
tocante à garantia dos direitos
fundamentais dos cidadãos.
Essa atitude persecutória é
mais uma evidência do Estado
ditatorial em que estamos.
dor de Benguela, uma carta confidencial,
cujo conteúdo apela para suspensão ou
expulsão do advogado José Faria, fun-cionário
do gabinete juridico do governo
de Benguela. O argumento utilizado é tão
Francisco Rasgado, director do jornal ChelaPress,
segundo informações circulantes à boca pequena, já
está com a morte encomendada e sacramentada.
Os presumíveis mandantes, homens de baixa
visibilidade, Ricardo Segunda, Administrador Mu-nicipal
do Lobito, Magistratura da Província de Ben-guela,
Procurador Francisco Fortunato, Procurador
Dias Baptista da Silva, juíza Catarina Micolo, Elsa
Sinde, juíza chefe do tribunal de Benguela da Sala
do Cível e do Administrativo, filha de Jorge Sinde,
advogado renomado com banca na cidade de Ben-guela,
Eduarda Magalhães “Dada”, a inquisição do
M.P.L.A. em Benguela, irmãos Mota, António Fran-cisco
Umbelino Vicente e Manuela Vaz Morais Vi-cente,
Manuel Francisco, ex-Administrador Muni-cipal
de Benguela e José Augusto Vieira, ex-chefe
da repartição técnica da Administração Municipal
de Benguela. Será? Assunto
muito sério e reflectivo.
Novos desenvolvi-mentos
nas próximas
edições do jornal
ChelaPress.
BENGUELA ÀS ESCURAS POR IN-COMPETÊNCIA
Os moradores da rua 10 de Fevereiro,
na cidade de Benguela, estão privados
do fornecimento da energia eléctrica há
mais de um mês, em função duma avaria
registada na rede de distribuição deste
precioso bem.
Já reclamaram junto da entidade
de direito que superintende esta área
para encontrar uma solução, mas até
ao momento essa mesma “ luz não se
vislumbra no fundo do túnel”, causando
embaraços e estragos aos produtos pe-recíveis
dos consumidores e não só.
Há um jogo de empurra-empurra
entre a Administração Municipal e a
empresa que zela pela gestão da energia
eléctrica para a resolução do caso.
Mas ao que parece, a situação pode-rá
continuar ainda por muito tempo, sem
que alguém mova uma palha para rever-ter
este lúgubre quadro, infelizmente!
Bar Ferreira o Ex-Libris de
Benguela transformado em
local de farras
A sociedade Benguelense continua ainda
indignada e condoída com o escândalo
do famigerado “Jardim milionário”, prota-gonizado
pelo ex-administrador munici-pal
de Benguela, Manuel Francisco.
Volvidos poucos anos, o homem
parece continuar useiro e vezeiro em
desrespeitar as regras administrativas
que um dia ele próprio exigiu que o
pacato cidadão cumprisse.
Desta vez, Manuel Francisco vedou
o jardim onde está instalado o Bar Fer-reira,
de quem é proprietário, privando
os munícipes de usufruir deste espaço
público, já que a dita obra nunca “anda e
nem desata”.
Apesar de conhecer as normas sobre
as transgressões administrativas, Manuel
Francisco “faz ouvidos de mercador”
ao clamor dos cidadãos que pretendem
que este espaço vedado e transformado
em salão de “farras rijas”, com elevada
poluição sonora, esteja livre para o be-nefício
dos munícipes. Se a moda pega,
então muita coisa há-de ser privatizada
pelo homem que já foi o número um da
Administração Municipal de Benguela.
O DESESPERO DO PROCURADOR
DIAS BAPTISTA DA SILVA
Dias Baptista
da Silva, procu-rador
junto da
Direcção da Po-lícia
Económica
de Benguela,
açoitado por
um inquérito
promovido pela
Procuradoria Geral da República, endere-çou
ao engº. Isaac dos Anjos, governa-
Qual será o preço da morte de Francisco Rasgado?
3. Destaque Entrevista
4 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 5
Visita de José Eduardo dos Santos
não produziu os efeitos desejados
Foi decretada tole-rância
de ponto. Em
Benguela, a vida pa-rou.
Benguela está
mal. Não há dinheiro.
Sem ovos não se fa-zem
omoletes. Contra
factos não há argu-mentos.
José Eduardo dos Santos,
presidente da República
de Angola, escalou Ben-guela
por pouco menos
de meio dia, para fazer
governação e não política, razão
pela qual não fez discurso pú-blico.
À chegada, no Aeroporto
Internacional da Catumbela, não
proferiu palavras à população,
assim como não ouviu nem falou
com a sociedade benguelense.
“Segundo as más línguas,
José Eduardo dos Santos terá
aproveitado a oportunidade
para pedir aRicardo Segunda
‘Quiabo’ de volta a fotocópia
do seu bilhete de identidade. A
suposta fotocópia do bilhete de
identidade de José Eduardo dos
Santos, Presidente da Repúbli-ca
de Angola, foi muitas vezes
agitada por Ricardo Segunda
“Quiabo” para intimidar seus
opositores internos (governo e
partido)”.
A província de Benguela, mais
propriamente a cidade do Lobito,
liderada pelo Amaro Segunda
“Quiabo”, o administrador mais
indesejado e odiado da provín-cia,
recebeu na sexta-feira, dia 22
de Agosto de 2014, a reunião da
comissão económica onde cen-tenas
de projectos, que vão dar,
obviamente, corpo à governação
de Isaac dos Anjos, foram apre-sentados,
e apenas metade dos
mesmos receberam aprovação.
O executivo de Benguela, li-derado
por Isaac dos Anjos, na
reunião da comissão económica
realizada no quadro da governa-ção
aberta, na cidade de Lobito,
Província de Benguela, dirigida
por José Eduardo dos Santos,
presidente da República de An-gola,
justificou os valores atribu-ídos
ao desenvolvimento rural,
considerando que este é uma ne-cessidade
imperativa, numa pro-víncia
onde 80% da população
vive em áreas rurais. Os projectos
e programas destinam-se, sobre-tudo,
a provocar o arranque e au-mentar
a produtividade agrícola
e a melhorar a rede de estradas
rurais, e de outras infra-estruturas
rurais como sistemas de irriga-ção
(construção e recuperação
de barragens, represas, canais e
condutas).
A indústria, mais uma vez, foi
preterida, assim como o projecto
Blue Ocean, com todas as suas
dúvidas, indefinições e valores, foi
transferido para a competência
do Ministério do Plano.
No que toca à governação
democrática, não houve indica-ção
de politicas e muitos menos
de montantes monetários espe-cíficos
para as áreas da justiça,
magistratura judicial, a maior ver-gonha
da província de Benguela,
com juízes e procuradores a in-em
Benguela
fringirem e colocarem-se desca-radamente
acima da lei, media e
comunicação, sendo que o apoio
a estas instituições democráticas
básicas constituem um pilar para
a consolidação das estruturas
orgânicas da província e, em pri-meira
instância, do país.
A sociedade civil, como sem-pre,
não foi tida nem achada, os
projectos não apoiam os interve-nientes
não-governo e, por con-seguinte,
continua comprometida
a transparência e a participação
dos cidadãos na vida local e na-cional.
Quanto aos rasgados elogios
proferidos por José Eduardo dos
Santos, Presidente da República
de Angola a Benguela e ao seu
mais alto mandatário não refle-tem
a realidade. Em Benguela
muitas coisas estão por fazer ou
ainda não foram feitas, e o pró-prio
governador tem consciência
disso.
Em outras latitudes estes elo-gios
de seguida deram direito a
exonerações. Isaac dos Anjos
sabe bem disso, as duas vezes
que foi elogiado, apanhou em
acto contínuo no coco. Outros
exemplos: Dumilde Rangel e
Aníbal Rocha.
Não é possível criar urbanos.
Eles existem por razões históricas
e sociais. Urbanos somos todos
nós e aqueles que vierem pelas
suas capacidades (razões óbvias),
e não impingidos.
Um rural que pensou um dia ser urbano
Dado que, no episódio
das mudanças de go-vernantes
efectuadas
no início do ano, as palavras
roçaram a ofensa e insinuaram
um preocupante alheamento
da realidade, as consequên-cias
não tardaram e não se
caracterizaram pela mode-ração.
À boca pequena, nos
média – Rádio Lobito e Jornal
ChelaPress - na internet e nas
ruas da Restinga, do Compão,
da Canata até as ruas do Liro,
a população do Lobito passou
nos últimos tempos a despejar
ódio ou escárnio sobre Amaro
Segunda, também conhecido
como “Quiabo”, de súbito er-guido
a símbolo da corrupção,
do garimpo de terrenos pú-blicos
e das desgraças pátrias.
Uma petição está a ser elabo-rada
por munícipes do Lobito,
subscrita até agora por muitas
e muitas almas a reclamarem a
demissão de Amaro Segunda,
Administrador do Município
do Lobito e seguirá para o Pre-sidente
da República, Jose Eduar-do
dos Santos e para a Assem-bleia
Nacional de Angola.
Não custa imaginar a quanti-dade
de subscritores tácitos.
Amaro Segunda, rural con-fesso,
é no município do Lobito o
homem mais contestado e odia-do.
Porém, antes que os urbanos
acendam os archotes e apontem a
sede da Administração Municipal
do Lobito, na Restinga, convém
notar que a política, já há muito,
deixou de ser um lugar de ideias,
mas do escapatório.
Amaro Ricardo Segunda,
militante de última carruagem
do M.P.L.A, que mal começou, já
está em estado terminal. Num
último esforço para tentar preser-var
a sua pele, Amaro Segunda
foi aconselhado pelos seus fiéis
depositários a renunciar ao seu
lugar de Administrador Municipal
do Lobito.
Não vai ser o suficiente para
impedir que o governador insta-le
um processo crime contra ele,
por gestão danosa. A sua situa-
DESPEDIDA DE AMARO SEGUNDA “QUIABO”
ção deteriorou-se depois que
foi acusado publicamente por
Isaac dos Anjos, Governador
de Benguela, de manter uma
relação promíscua com os bens
do Estado.
A destituição de Amaro
Ricardo Segunda recebeu
apoio da maioria da popula-ção
do município do Lobito.
Não há dúvidas que esse é o
passo principal para superar as
lembranças horríveis, (gestão
danosa), deixadas pelo famige-rado
administrador Amaro Se-gunda,
tristemente conhecido
por “Quiabo”.
Não se podem desfazer to-dos
os crimes cometidos, mas
julgar Amaro Segunda por es-sas
atrocidades é, no mínimo,
um dever.
Amaro Segunda, preten-deu
transformar o consulado
de Isaac dos Anjos, Governa-dor
na 3ª República da Provín-cia
de Benguela, em balneário
fácil.
Nacionalista adolfo maria
“O Neto e o Nito tinham
a mesma natureza repressiva”
Quando acontece o 25 de Abril
estavam a preparar a Revolta
Activa, chegaram a pensar em
recuar?
Sim, muitos de nós pensaram
nisso. Mas, como nós fazíamos o
contrário do que existia no mo-vimento,
discutíamos a fundo e
porfiadamente, durante horas,
cada um apresentou os seus ar-gumentos
e a linha que venceu
foi que o movimento estava de
tal maneira fragilizado que era
útil lançar aquele apelo, era útil
fazer um congresso, até para unir
as três facções do movimento e
pôr os problemas, para dali sair
uma nova estratégia. E se já se
justificava no momento em que
nós começámos a organizar a
Revolta Activa, em finais de Fe-vereiro,
princípios de Março de
1974, a verdade é que depois
do 25 de Abril sentíamos que
era mais necessário que nunca.
Agora, sucedeu precisamente o
oposto daquilo que esperávamos.
Porquê? Porque muitos quadros
do exterior que, realmente, per-filhavam
dos nossos pontos de
vista, de que aquilo estava no
chão, estava a cair, era preciso fa-zer
qualquer coisa, perante o 25
de Abril acharam que aquele era
o caminho para a independência
e que era de aproveitar. Portanto,
acharam que o momento não era
de discutir mas de caminhar para
vencer a concorrência, no fundo,
para chegar ao poder.
Qual era a sua posição?
A minha posição era de que de-víamos
fazer a Revolta Activa. Eu
pertencia ao núcleo duro. Aliás,
a Revolta Activa foi trabalhada a
partir da ideia do Gentil Viana,
mas, quando começa a tomar
forma organizativa clandestina,
estão três pessoas: o Gentil Viana,
o Comandante Monimambo e eu.
E esse foi o núcleo duro durante
bastante tempo.
E arrependeu-se dessa decisão?
Não, não me arrependi, porque,
ao fim e ao cabo, hoje a Revolta
Activa, que foi tão caluniada, que
foi mesmo objecto de persegui-ção,
que levou à nossa prisão – eu
só não fui porque me escondi – e
que está relatado nesse livro que
publiquei há dias, Angola, Sonho
e Pesadelo, hoje a Revolta Activa
ou algumas pessoas da Revolta
Activa restam como uma espécie
de referência moral e política, éti-ca,
ao fim de 30, 40 anos. Não foi
por acaso que no lançamento do
meu livro, eu tive uma sala a trans-bordar
e estavam lá angolanos de
todas as gerações e de diferentes
modos de pensar. De facto, não
conseguimos modificar o proces-so,
até porque o processo passou
a ser mais comandado daqui de
Lisboa, do que de lá. E o MFA aca-bou
por apoiar muito fortemente
a direcção do Agostinho Neto.
O MPLA estava mesmo no chão,
fragilizado, num recúo político-militar
em todas as frentes – a
Primeira Região estava morta; no
Leste, estava tudo na fronteira; e
Cabinda, tínhamos uma base mas
era no Mayombe e fazíamos uns
ataques mas praticamente a par-tir
da fronteira, sem o povo con-nosco,
porque o povo não aderia.
Se o 25 de Abril tivesse aparecido
seis meses depois, a clarificação
dentro do MPLA ter-se-ia feito
e ter-se-iam encontrado novas
estratégias, novas motivações e
uma democratização, uma par-ticipação
mais forte, porque o
MPLA era o movimento com mais
quadros das colónias portugue-sas.
Sobretudo, no princípio da
luta, em 1960/61, tínhamos uma
quantidade de quadros tremen-da,
comparado com o PAIGC e
com a Frelimo.
Acha que se tivessem recuado,
se tivesse ganho a posição do
‘vamos ver o que vai aconte-cer
e não vamos avançar com
a Revolta Activa’, acha que a
situação teria sido diferente
ou acabariam perseguidos na
mesma?
Teria sido diferente. A única coi-sa
é que muitos de nós tería-mos
participado daquele poder
ditatorial que foi instalado no
pós-independência. Teríamos
colaborado naquele processo de
esmagamento dos adversários
políticos, da UNITA e da FNLA,
que foi a linha adoptada pela
direcção do MPLA – Agostinho
Neto, Lúcio Lara, Ivo Carreira,
Nito Alves e por aí fora. Muitos de
nós teríamos sido poder e tería-mos
seguido a via que muitos dos
nossos camaradas seguiram. Uns
que tinham as mesmas ideias que
nós acabaram por ser ministros e
outros, não acumularam riqueza,
mas usufruíram dos privilégios do
regime instalado, quer para sua
projecção pessoal, quer até com
outro estilo de vida, outros ainda
enriqueceram através do regime
que foi implantado e formaram
a nomenclatura que perdurou
muito tempo e, em grande parte,
ainda resta no poder. Não íamos
modificar nada.
Não acha que podiam ter sido
essa reserva moral que o novo
regime precisaria para conter
esses excessos?
Não, se não já tínhamos contido
lá fora. No exterior, a direcção do
movimento já punia com a mor-te
aqueles que divergiam. Era a
cultura da época. Um contexto
diferente. De qualquer maneira, é
a cultura que perdura e os resquí-cios
passam pela exclusão do ou-tro
e o outro é aquele que pensa
diferente de nós.
Críticas a Pepetela
Em recentes declarações à
agência Lusa, Pepetela dizia
que o 25 de Abril tinha chega-do
na pior altura para o MPLA.
Mas acha que se tivesse chega-do
seis meses depois, sem essa
reflexão, não corriam o risco
de acontecer o mesmo?
Eu li as declarações do Pepetela.
Ele reconhece que o MPLA esta-va
dividido e quase deixa suben-tendido
que as outras tendências
aproveitaram o 25 de Abril apara
aprofundar as divisões. São mui-to
capciosas as declarações dele.
O meu ponto de vista é bem di-ferente.
Segundo inferi das de-clarações
dele, chegou na pior
altura porque veio atrasar aquele
processo de luta contra os outros
[movimentos] pela supremacia. E
eu digo que veio na pior altura
porque não pudemos fazer a cla-rificação
do MPLA e sair dali com
uma estratégia correcta, porque a
que existia tinha sido a incorrecta.
Porque, aí sim, aí vínhamos todos
juntos. Eu era um dos colabora-dores
próximos do [Agostinho]
Neto, muito amigo e admirador
dele, e tive de romper e foi uma
dolorosa ruptura. E o Pepetela se-guiu
e teve as suas recompensas
– foi vice-ministro da Educação,
etc. São opções pessoais, mais
nada.
Tendo em conta a situação do
MPLA naquela altura, se não
tivesse havido o 25 de Abril,
podia o MPLA ter desapareci-do?
O MPLA estava quase a desapare-cer.
Há relatos disso. O Nito Alves,
quando se dá o 25 de Abril, está
em Luanda, para ver se há uma úl-tima
possibilidade. A PIDE chama-va-
lhe nomadismo, que o MPLA
estava em nomadismo, eram 200
ou 300 pessoas do povo, enqua-dradas
por 30 ou 50 guerrilheiros
sem balas que andavam sempre
a fugir. Isto na Primeira Região. E
nós sem possibilidade de abaste-cer
dentro do exterior, devido ao
cordão “sanitário” fetio pela UPA e,
sobretudo, pelas tropas do Mobu-tu
[Sesse Seko, presidente do Zai-re].
No Leste, onde nos tínhamos
expandido através de uma má
estratégia, as forças portuguesas
fazem a contra-ofensiva a partir
de 1968, que começa a notar-se
bem a partir de 1970, quando já
morreu o Hoji-Ya-Henda, quan-do
já morreu o Américo Boavida,
quando já as nossas bases foram
desmanteladas – lá uma outra se
ia mantendo. Ainda se tenta a co-luna
Ferraz Bomboco, depois cha-mada
pomposamente rota Agos-tinho
Neto, a imitar a rota Ho Chi
Min (as nossas manias de gran-deza),
que tenta a ligação através
do Leste – subindo pela Lunda,
entrando em Malanje e chegando
ao Kwanza Norte – para reforçar
a primeira região. Ficámos na
fronteira entre Luanda e Malanje
e morreram vários comandantes,
ouitros foram aprisionados, fa-laram
na rádio, descobriram os
podres do movimento. Além das
divisões existentes, estávamos
todos na fronteira, se um ou ou-tro
combate havia era, de vez em
quando, para fazer um comunica-do
para a OUA – entrava-se 30 ou
40 km, atiravam-se uns fogachos
sobre um quartel, sem saber os
resultados, e voltava-se.
A minha pergunta era essa, se
tivesse continuado aquilo que
estava…
Não, porque o próprio presiden-te
permitiu o reajustamento na
Frente Leste, ideia do Gentil Via-na,
de lançar uma discussão, ouvir
as críticas para depois colher os
ensinamentos e traçar as correc-ções
necessárias. Até se congelou
o comité director, para todos fi-carem
em pé de igualdade – foi
uma catarse extraordinária. E com
a pressão dos países vizinhos, que
estavam fartos de nos ter ali, nós
chegaríamos a um entendimento.
Continua na próxima edição
Texto: António Rodrigues
Fotografia: Arquivo ChelaPress
Adolfo Maria, exilado em
Lisboa desde 1979 , espe-ra
pelo passaporte para
poder voltar ao seu país.
Nacionalista desde os
anos 50, Adolfo Maria
chegou a ser preso pela
PIDE. Membro do MPLA da
primeira hora, passou
pelo exílio em Argel e
Brazzavile, dirigiu a Radio
Angola Combatente, o
Departamento de Infor-mação
e Propaganda, fez
parte do Centro de Estu-dos
Angolanos, foi pró-ximo
de Agostinho Neto,
tudo isto até romper com
a direcção centralista do
presidente e participar na
Revolta Activa com Gentil
Viana. Depois da Indepen-dência,
e quando todos
os que lhe estavam próxi-mos
politicamente eram
detidos e torturados
pelos seus antigos compa-nheiros,
viveu clandesti-namente
em Luanda, num
apartamento com as jane-las
tapadas com um plás-tico.
Passou quase três
anos assim, sobrevivendo
com um regime rigoroso
de ioga e um estrito plano
de actividades que incluía
tomar notas de tudo o
que ia saindo na impren-sa.
Entregou-se, finalmen-te,
em 1978 e foi enfiado
num avião e expulso para
Portugal em 1979. Ap ós
todos estes anos de exílio,
continua a afirmar-se
angolano, a olhar aten-tamente
a realidade do
seu país e a comentar as
notícias do continente
no programa semanal da
RDP África “Debate Africa-no”.
Em 2006, o livro An-gola
no Percurso de um
Nacionalista : Conversas
com Adolfo Maria (Afron-tamento)
resgatou-o um
pouco do esquecimento.
E se aí o que tínhamos
era uma conversa aca-démica
com o investiga-dor
Fernando Tavares
Pimenta, uma lúcida, mas
mediada, reflexão sobre o
nacionalismo angolano,
o seu novo livro, Angola,
Sonho e Pesadelo, edita-do
agora pelas Edições
Colibri é a história mais
pessoal desses dois anos
de “autocárcere”, como
lhe chama, em que se
escondeu das garras da
polícia política do regime,
a DISA.
4. Internacional Eventos
6 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 7
Benguela realizou o III congresso
angolano de ortopedia e traumatologia
A Sociedade Angolana
de Ortopedia e Trau-matologia
comemorou
os seus primeiros três
anos com um balanço positivo.
Orgulhosa do sucesso dos dois
primeiros congressos e da im-plantação
de um alargado pro-grama
de palestras e workshops,
nas Clínicas e Hospitais de An-gola.
A Sociedade Angolana de
Ortopedia e Traumatologia ga-nhou
prestigio, fortaleceu a ima-gem
dos médicos ortopedistas e
apresenta-se como uma socieda-de
forte, encorajada a prosseguir
com as suas tarefas de investir
na capacitação dos profissionais,
facilitando assim o intercâmbio
cultural entre os colegas e pro-movendo
a partilha de conhe-cimentos
com todos que estão
a trabalhar para a melhoria dos
serviços de ortopedia e trauma-tologia
em Angola.
A Sociedade Angolana de
Ortopedia e Traumatologia as-sumiu
o compromisso de levar
as suas actividades a todas as
províncias de Angola e escolheu,
desta feita, a cidade das Acácias
Rubras de Benguela para realizar
o III Congresso de Ortopedia e
Traumatologia.
O Congresso decorreu so-bre
os temas centrais: Pé Torto
Congénito – do Diagnóstico ao
Tratamento e Atenção ao Poli-traumatizado
em Ortopedia en-tre
os dias 19 a 23 de Agosto, no
Centro de Conferências do Hotel
Mombaka.
No âmbito do III Congres-so
de Ortopedia e Traumatolo-gia
foram organizados cursos e
workshops com aulas práticas
e teóricas. Porém, no dia 19 re-gistou-
se uma acção pública, na
praça central de Benguela, para
consciencialização popular.
Quanto aos traumas provo-cados
pelos acidentes de viação
e os cuidados necessários para
evitá-los, algumas amostras fo-ram
exibidas. Foram abordados
temas sobre o impacto da sinis-tralidade
rodoviária na socie-dade
civil, assim como algumas
entrevistas foram desencadea-das
por membros da Sociedade
Angolana de Ortopedia e Trau-matologia.
Estes encontros foram abri-lhantados
por diversos especia-listas
nacionais e estrangeiros
que se mostraram orgulhosos
e satisfeitos com a aderência e
com os resultados, não obstante
não terem visto o rosto do go-verno.
Toda a vida europeia
morreu em Auschwitz
Quando leio isto não posso deixar de pensar: quanto tempo levará até que não se ofenda ninguém se começarem a dizer que a tragédia do
US World Trade Centre nunca aconteceu? Verifique o seguinte artigo publicado em Espanha, em 2008. Nunca veremos este género de artigo
na nossa imprensa. Ele ofenderia muitas pessoas. Algo a ter em consideração. Segue-se a cópia de um artigo escrito pelo escritor espanhol
Sebastian Vilar Rodriguez, publicado num jornal espanhol, a 15 de Janeiro de 2008.Não é preciso muita imaginação para extrapolar a
mensagem ao resto da Europa e possivelmente ao resto do mundo. Quando estiver a ler lembre-se que foi num jornal espanhol, datado de
terça feira, 15 de Janeiro de 2008, às 14h 30m.
Texto: Sebastian Vilar Rodriguez
Fotografia: Arquivo ChelaPress
Desci uma rua em Bar-celona,
e descobri
repentinamente uma
verdade terrível: A Eu-ropa
morreu em Auschwitz. Ma-támos
seis milhões de Judeus e
substituímo-los por 20 milhões
de muçulmanos.
Em Auschwitz queimámos
uma cultura, pensamento, criati-vidade
e talento.
Destruímos o povo escolhido,
verdadeiramente escolhido, por-que
era um povo grande e mara-vilhoso
que mudara o mundo.
A contribuição deste povo
sente-se em todas as áreas da
vida: ciência, arte, comércio inter-nacional,
e acima de tudo, como
a consciência do mundo. Este é o
povo que queimámos.
E debaixo de uma pretensa
tolerância, e porque queríamos
provar a nós mesmos que es-távamos
curados da doença do
racismo, abrimos as nossas por-tas
a 20 milhões de muçulmanos
que nos trouxeram estupidez e
ignorância, extremismo religio-so
e falta de tolerância, crime e
pobreza, devido ao pouco dese-jo
de trabalhar e de sustentar as
suas famílias com orgulho.
Eles fizeram explodir os nos-sos
comboios, transformaram as
nossas lindas cidades espanholas
num terceiro mundo, afogando-as
em sujeira e crime.
Fechados nos seus aparta-mentos
eles recebem, gratuita-mente,
do governo, eles planeiam
o assassinato e a destruição dos
seus ingénuos hospedeiros.
E assim, na nossa miséria,
trocámos a cultura por ódio fa-nático,
a habilidade criativa, por
habilidade destrutiva, a inteli-gência
por subdesenvolvimento
e superstição.
Trocámos a procura de paz
dos judeus da Europa e o seu ta-lento,
para um futuro melhor para
os seus filhos, a sua determina-ção,
o seu apego à vida porque
a vida é santa, por aqueles que
prosseguem na morte, um povo
consumido pelo desejo de morte
para eles e para os outros, para
os nossos filhos e para os deles.
Que terrível erro cometido
pela miserável Europa.
O total da população islâmi-ca
(ou muçulmana) é de aproxi-madamente,
1 200 000 000, isto
é um bilião e duzentos milhões,
ou seja, 20% da população mun-dial.
Eles receberam os
seguintes Prémios Nobel:
Literatura
1988 – Najib Mahfooz
Paz
1978 – Mohamed A. El-Sadat
1990 – Elias James Corey
1994 – Yaser Arafat
1999 – Ahmed Zewai
Economia
(ninguém)
Física
(ninguém)
Medicina
1960 – Peter Brian Medawar
1998 – Ferid Mourad
TOTAL: 7 (sete)
O total da população de Judeus
é, aproximadamente, 14 000
000, isto é catorze milhões ou
seja cerca de 0,02% da popula-ção
mundial.
Eles receberam os
seguintes Prémios Nobel:
Literatura
1910 - Paul Heyse
1927 - Henri Bergson
1958 - Boris Pasternak
1966 - Shmuel Yosef Agnon
1966 - Nelly Sachs
1976 - Saul Bellow
1978 - Isaac Bashevis Singer
1981 - Elias Canetti
1987 - Joseph Brodsky
1991 - Nadine Gordimer World
Paz
1911 - Alfred Fried
1911 - Tobias M. Carel Asser
1968 - Rene Cassin
1973 - Henry Kissinger
1978 - Menachem Begin
1986 - Elie Wiesel
1994 - Shimon Peres
1994 - Yitzhak Rabin
Física
1905 - Adolph Von Baeyer
1906 - Henri Moissan
1907 - Albert A. Michelson
1908 - Gabriel Lippmann
1910 - Otto Wallach
1915 - Richard Willstaetter
1918 - Fritz Haber
1921 - Albert Einstein
1922 - Niels Bohr
1925 - James Franck
1925 - Gustav Hertz
1943 - Gustav Stern
1943 - George C. de Hevesy
1944 - Isidor Issac Rabi
1952 - Felix Bloch
1954 - Max Born
1958 - Igor Tamm
1959 - Emilio Segre
1960 - Donald A. Glaser
1961 - Robert Hofstadter
1961 - Melvin Calvin
1962 - Lev Davidovich Landau
1962 - Max Ferdinand Perutz
1965 - Richard P. Feynman
1965 - Julian Schwinger
1969 - Murray Gell-Mann
1971 - Dennis Gabor
1972 - William Howard Stein
1973 - Brian David Josephson
1975 - Benjamin Mottleson
1976 - Burton Richter
1977 - Ilya Prigogine
1978 - Arno Allan Penzias
1978 - Peter L Kapitza
1979 - Stephen Weinberg
1979 - Sheldon Glashow
1979 - Herbert Charles Brown
1980 - Paul Berg
1980 - Walter Gilbert
1981 - Roald Hoffmann
1982 - Aaron Klug
1985 - Albert A. Hauptman
1985 - Jerome Karle
1986 - Dudley R. Herschbach
1988 - Robert Huber
1988 - Leon Lederman
1988 - Melvin Schwartz
1988 - Jack Steinberger
1989 - Sidney Altman
1990 - Jerome Friedman
1992 - Rudolph Marcus
1995 - Martin Perl
2000 - Alan J.. Heeger
Economia
1970 - Paul A. Samuelson
1971 - Simon Kuznets
1972 - Kenneth Joseph Arrow
Não há um único judeu que
tenha destruído uma igreja. NÃO
há um único judeu que proteste
matando pessoas.
Os judeus não traficam es-cravos,
não têm líderes a clamar
pela Jihad Islâmica e morte a to-dos
os infiéis.
Talvez os muçulmanos do
mundo devessem considerar in-vestir
mais numa educação mo-delo
e menos em queixarem-se
dos judeus por todos os seus
problemas.
Os muçulmanos deviam per-guntar
o que poderiam fazer
pela humanidade antes de pedir
que a humanidade os respeite.
Independentemente dos
seus sentimentos sobre a crise
entre Israel e os seus vizinhos
palestinianos e árabes, mesmo
que creiamos que há mais culpas
na parte de Israel, as duas frases
que se seguem realmente dizem
tudo:
“Se os árabes depusessem
hoje as suas armas não have-ria
mais violência. Se os judeus
depusessem hoje as suas armas
não haveria mais Israel”. (Ben-jamin
Netanyahu)
Por uma questão histórica,
quando o Comandante Supre-mo
das Forças Aliadas, General
Dwight Eisenhower, encontrou
todas as vítimas mortas nos
campos de concentração nazi,
mandou que as pessoas ao vi-sitarem
esses campos de mor-te,
tirassem todas as fotografias
possíveis, e para os alemães das
aldeias próximas fossem levados
através dos campos e que enter-rassem
os mortos.
Ele fez isto porque disse de
viva voz o seguinte:
“Gravem isto tudo hoje. Ob-tenham
os filmes, arranjem as
testemunhas, porque poderá
haver algum malandro lá em
baixo, na estrada da história,
que se levante e diga que isto
nunca aconteceu.”
Recentemente, no Reino Uni-do,
debateu-se a intenção de
remover o holocausto do curri-culum
das suas escolas, porque
era uma ofensa para a popula-ção
muçulmana, a qual diz que
isto nunca aconteceu. Até agora
ainda não foi retirado do curricu-lum.
Contudo é uma demonstra-ção
do grande receio que está a
preocupar o mundo e a facilida-de
com que as nações o estão a
aceitar.
Já passaram mais de sessenta
anos depois da Segunda Guerra
Mundial na Europa ter termina-do.
O conteúdo deste mail está
a ser enviado como uma cadeia
em memória dos 6 milhões de
judeus, dos 20 milhões de russos,
dos 10 milhões de cristãos e dos
1 900 padres Católicos que foram
assassinados, violados, queima-dos,
que morreram de fome, fo-ram
espancados, e humilhados
enquanto o povo alemão olhava
para o outro lado.
Agora, mais do que nunca,
com o Irão entre outros, recla-mando
que o Holocausto é um
mito, é imperativo assegurar-se
de que o mundo nunca esque-cerá
isso.
Depois do ataque ao World
Trade Center, quantos anos pas-sarão
antes que se diga “NUNCA
ACONTECEU”, porque isso pode
ofender alguns muçulmanos nos
Estados Unidos?
1975 - Leonid Kantorovich
1976 - Milton Friedman
1978 - Herbert A. Simon
1980 - Lawrence Robert Klein
1985 - Franco Modigliani
1987 - Robert M. Solow
1990 - Harry Markowitz
1990 - Merton Miller
1992 - Gary Becker
1993 - Robert Fogel
Medicina
1908 - Elie Metchnikoff
1908 - Paul Erlich
1914 - Robert Barany
1922 - Otto Meyerhof
1930 - Karl Landsteiner
1931 - Otto Warburg
1936 - Otto Loewi
1944 - Joseph Erlanger
1944 - Herbert Spencer Gasser
1945 - Ernst Boris Chain
1946 - Hermann Joseph Muller
1950 - Tadeus Reichstein
1952 - Selman A. Waksman
1953 - Hans Krebs
1953 - Fritz Albert Lipmann
1958 - Joshua Lederberg
1959 - Arthur Kornberg
1964 - Konrad Bloch
1965 - Francois Jacob
1965 - Andre Lwoff
1967 - George Wald
1968 - Marshall W. Nirenberg
1969 - Salvador Luria
1970 - Julius Axelrod
1970 - Sir Bernard Katz
1972 - Gerald M. Edelman
1975 - Howard Martin Temin
1976 - Baruch S. Blumberg
1977 - Roselyn Sussman Yalow
1978 - Daniel Nathans
1980 - Baruj Benacerraf
1984 - Cesar Milstein
1985 - Michael Stuart Brown
1985 - Joseph L. Goldstein
1986 - Stanley Cohen
1988 - Gertrude Elion
1989 - Harold Varmus
1991 - Erwin Neher
1991 - Bert Sakmann
1993 - Richard J. Roberts
1993 - Phillip Sharp
1994 - Alfred Gilman
1995 - Edward B. Lewis
1996 - Lu RoseIacovino
TOTAL: 128 (cento
e vinte e oito)
Os judeus não estão a pro-mover
lavagens cerebrais a crian-ças
em campos de treino militar,
ensinando-os a fazerem-se ex-plodir
e causar um máximo de
mortes a judeus e a outros não
muçulmanos.
Os judeus não “tomam” avi-ões,
nem matam atletas nos Jo-gos
Olímpicos, nem se fazem ex-plodir
em restaurantes alemães.
Refinaria de Luanda despede grevistas
Dez dos 40 trabalhadores
da empresa SAMBIENTE,
que presta serviços à Re-finaria
de Luanda, ligada à Socie-dade
Nacional de Combustíveis
de Angola (Sonangol-EP), que
faziam, há mais 30 dias, uma gre-ve
interpolada, em protesto aos
maus salários que auferem, assim
como as péssimas condições em
que laboram, foram expulsos do
serviço a pouco mais de um mês,
sob acusação de agitar o grupo
para não retomar o trabalho.
Segundo apurou o Chela-press
junto dos seus advoga-dos,
ligados à Associação Mãos
Livres (AML), os grevistas, cuja
idade varia entre os 25 e 50 anos,
optaram pela greve depois de
a entidade patronal não ter res-pondido
às preocupações apre-sentadas
num caderno reivindi-cativo
enviada a ela, em tempo
útil, que consistiam, para além
do aumento salarial e das condi-ções
laborais, no melhoramento
dos contratos de trabalho, qua-lificação
ocupacional, assistência
médica, subsídio de funeral do
trabalhador e seus dependentes
(esposa e filhos).
Das reivindicações apresenta-das
por estes trabalhadores, to-dos
de nacionalidade angolana,
alguns dos quais com mais de 20
anos de serviço, constam ainda
o subsídio de transporte, assim
como a sua inscrição junto do
Instituto Nacional de Segurança
Social (INSS). Eles alegam que os
descontos que lhe são feitos não
são depositados nas suas contas
junto deste instituto público.
Em declarações prestadas a
este jornal, exigem que a entida-de
patronal aumente os salários
na ordem dos 100 por cento. Os
grevistas, antes de pertencerem
à SAMBIENTE, laboraram nas
denominadas empresas JADA,
CDTE E ANAYA, todas ligadas à
Refinaria.
De lá para cá, segundo reve-laram,
trabalham em condições
extremamente difíceis e sub-humanas,
com todos os riscos,
numa empresa que produz pro-dutos
químicos.
Segundo alegaram, os mes-mos
ganham o salário de 34 mil
Kwanzas, sem direito a transporte
de casa para o serviço, havendo
o risco de alguns serem assalta-dos
na via pública por meliantes,
já que a maior parte reside na
periferia da cidade, conforme re-feriram
a este jornal.
A maioria alega sair das suas
casas em Viana, Cacuaco, Kifan-gondo,
Panguila, Kilamba Kiaxi
e Benfica, a partir das 4 horas
da manhã para dirigirem-se às
paragens dos taxistas, nas quais
apanham as primeiras viaturas
que os transporta ao centro da
cidade de Luanda, e a partir daí
até ao local de serviço (Refinaria
da Petrangol),entrando nas horas
normais de expediente.
Mesmo com o afastamento
compulsivo de dez grevistas, cuja
situação aumentou ainda mais a
ira dos restantes, os outros que
também ainda não retomaram
o serviço, prometeram não ar-redarem
pé enquanto a situação
não for resolvida para beneficiar
todos os reivindicadores. “Nós
estamos contra a expulsão dos
nossos colegas, e estamos a
exigir que sejam readmitidos”,
disse um dos grevistas que falou
sob anonimato.
Desde o princípio de Julho,
todos os dias um grupo de mais
de 40 pessoas tem-se juntado
defronte às instalações da Re-finaria
da Petrangol, situado na
comuna do Ngola Kiluanje, Dis-trito
do Sambizanga, exigindo
que sejam resolvidas as premen-tes
necessidades que os afligem,
mas, ao que parece, a direcção
da empresa “faz ouvidos de
mercador” ante o clamor destes
trabalhadores.
Como tem sido quase nor-ma
em todas as empresas pú-blicas
ou estatais no nosso país
os responsáveis das instituições
recusarem falar à imprensa so-bre
um determinado assunto, o
mesmo sucedeu com esta enti-dade
em epígrafe, associado ao
excesso de zelo dos seguranças
das instalações que frustraram o
aludido contacto, alegando cum-prirem,
como sempre, “ordens
superiores”, mas não se sabendo
de quem partem essas mesmas
ordens.
Texto: Ismael Nascimento
Fotografia: Arquivo ChelaPress
5. Justiça Justiça
8 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 9
Exige suspensão da juíza Elsa Sinde O excesso de juventude
e a dimensão da justiça
nela proferida, sendo
favorável, perca toda
a sua eficácia ou
parte dela, segun-do
o eminente Prof.
Antunes Varela – Manual de
Processo Civil, 2ª Edição pág. 23
(vide também artigo 2º in fine,
do C.P.C).
Aliás, salvo melhor opinião,
o próprio legislador, no que se
refere ao articulado da contesta-ção,
inseriu-lhe no conjunto do
processo ordinário ou comum,
ex vi artigo 486º e seguintes do
C.P.C.
Daí a razão de não fazer sen-tido
algum ter lugar o articulado
da contestação propriamente
dita nos presentes autos da Pro-vidência
Cautelar Não Especifica-da.
No entanto, ainda que admi-tamos
a mera hipótese de consi-derar
a “oposição” a que se refe-re
o nº 2 do artigo 400º do C.P.C.,
como Contestação propriamente
dita, mesmo assim estaríamos a
fazer uma interpretação errónea
da norma, uma vez que a “oposi-ção”
a que se refere o legislador
não é a contestação propriamen-te
dita, mas sim audição do Réu,
tal como confirma o aludido nº 1
ab initio e 2 ab initio ambos do
artigo 400º do C.P.C.
Face o exposto, a juíza Elsa
Ema do Rosário Jorge Sinde,
chefe da Sala do Cível e do Ad-ministrativo
do Tribunal de Ben-guela,
distribuidora de processos
e filha do ilustre Jorge Sinde,
advogado com banca de advo-cacia
em Benguela,devia indefe-rir
o articulado da contestação
juntando aos autos do impostor
António Francisco Umbelino
Vicente, ordenando o desentra-nhamento
do mesmo aos autos
e toda a documentação que o
acompanha. Devia ser devolvido
todo o expediente à parte que
o apresentou, em obediência
ao principio da legalidade com
dignidade constitucional, ex vi
artigo 6º e artigo 177º nº 1, con-jugado
com estatuído no artigo
400º do C.P.C.
Tal como a senhora Rosário
de Fátima Vaz Soares Borrego-já
referiu no seu requerimento
inicial, é a legítima e universal
herdeira/proprietária do imóvel
situado na Rua Aires de Almeida
Santos nº 158 – A, 166, inscrito
na matriz predial nº 705, adqui-rido
por herança, como resultado
da morte de seu pai, o de cujus
António da Cruz Soares Borre-go,
conforme provam os docu-mentos
constantes nos autos.
Porém, é totalmente desca-bido
e falso os argumentos adu-zidos
pelo António Francisco
Umbelino Vicente, quando diz
que celebrou o contrato com a
senhora Rosário Borrego, numa
altura em que o mesmo desco-nhecia
a existência do confisco
do imóvel em favor do Estado.
Escamoteando a verdade e ig-norando
os vários recursos apre-sentados
pela senhora Rosário
Borrego,dirigidos aos órgãos do
Estado (Presidência da Repúbli-ca,
Ministério da Justiça, Ministé-rio
do Urbanismo, Ministério da
Construção, Tribunal Supremo,
Procuradoria Geral da Republica
e Outros) que culminou com o
reconhecimento de que o confis-co
ora efectuado no imóvel sub
judice foi ilegal.
Por esta razão, o próprio Es-tado,
através dos seus órgãos
competentes, ordenou imediata-mente
a reposição da legalidade,
através da publicação de anula-ção
do confisco, reintegrando o
imóvel na situação que anterior-
Rosário de Fátima Vaz Soares Bor-rego,
parte certa no processo nº
15/2014 por não se conformar com
o conteúdo da sentença proferida
pela juíza Elsa Ema do Rosário Jorge Sinde,
Chefe da Sala do Cível e do Administrativo do
tribunal de Benguela, distribuidora de proces-sos
e filha do ilustre Jorge Sinde, advogado
com banca de advocacia em Benguela, fez
uso, mais uma vez, de um direito que a assis-te,
à luz do preceito dos artigos 676º, 733º e
740º nºs 1, 2, alínea d) e 3 in fine, interpondo
um recurso de agravo com efeito suspensivo,
em virtude de considerar que a decisão ora
tomada foi parcial, criminosa e violadora do
principio da legalidade e da independência
dos tribunais, com dignidade constitucional,
ex vi artigo 6º e 175º, ambos da C.R.A.
Perante a presença do recurso, a juíza Elsa
Ema do Rosário Jorge Sinde, apanhada na
contramão, emitiu uma sentença, a qual ane-xamos.
O jornal ChelaPress, com o devido respeito
que a juíza Elsa Ema do Rosário Jorge Sinde
merece, vê-se na obrigação de pôr em causa a
maturidade, seriedade e formação jurídica da
mesma, e rebater publicamente as suas deci-sões
com base na lei, só na lei e no direito.
A senhora Rosário de Fátima Vaz Soares
Borrego, herdeira legitima e universal de An-tónio
Soares Borrego, tinha 1 ano de exis-tência
quando seu pai faleceu m Angola, em
1977. Atingida a maior idade e porque nem
o tribunal de Benguela nem o Ministério Pú-blico
souberam salvaguardar os interesses
da menor, decidiu interpôr com documentos
comprovativos uma acção judicial, com vista
à reposição da legalidade. A juíza Elsa Sinde
acusou-a de litigar de má fé pelos seus pró-prios
interesses. Decretou que a mesma fosse
depositar a quantia de Akz 989.292,00, prove-niente
de custas contadas nos autos de Pro-vidência
Cautelar Não Especificada nº 15/14,
em que é requerido o impostor António
Francisco Umbelino Vicente (há anos que
deixou de pagar as respectivas rendas), e a
requerente, a depositante Rosário de Fátima
Vaz Soares Borrego, herdeira legitima e uni-versal
de António Soares Borrego, com efei-to
suspensivo. Em acto contínuo, a secretaria
do tribunal endereçou a nota de cobrança à
senhora Rosário Borrego sob pena de ser
processada, em caso de incumprimento.
Afinal de contas o que é isto de uma sen-tença
com efeito suspensivo?
Efeito suspensivo nada mais é que a sus-pensão
de eficácia de uma decisão (sentença)
recorrida, não podendo ser a mesma execu-tada,
enquanto estiver em grau de recuso,
para se evitar dano grave de difícil ou incerta
reparação. No caso em tela (em discursão), o
efeito suspensivo não extingue a multa diária,
apenas suspende o pagamento ou a execução
da mesma, até ser julgado o recurso.
Face o exposto, em jeito de aula de direito,
a juíza Elsa Ema Sinde deve fazer a devolu-ção
do montante exigido à senhora Rosário
de Fátima Vaz Soares Borrego.
Contra factos não há
argumentos. A lei do
inquilinato protege o
inquilino, mas não os
impostores. A entidade que se
apodera de um imóvel e não é
governo, não é proprietário, não
é herdeiro, não tem contrato de
arrendamento actualizado, não
honra os seus compromissos, se
alguma vez foi inquilino, não de-posita
a sua renda em nenhuma
conta bancária indicada pelo tri-bunal,
não pode ser considerado
inquilino, por conseguinte é um
impostor.
No entanto, a juíza Elsa Ema
do Rosário Jorge Sinde, chefe
da Sala do Cível e do Adminis-trativo
do Tribunal de Benguela,
distribuidora de processos e filha
do ilustre Jorge Sinde, advoga-do
com banca de advocacia em
Benguela, numa atitude pura-mente
revanchista e vingativa,
contraria todas as disposições
legais previstas na lei.
O Jornal ChelaPress,depois
do contacto mantido com
Rosário de Fatima Vaz Soa-res
Borrego, constatou que a
mesma,desgastada com as in-congruências
da magistratura
judicial de Benguela, faz questão
de manter tudo quanto aludiu no
seu requerimento inicial presente
nos autos da Providência Caute-lar
Não Especificada.
Porém, compulsada, mais
uma vez, a legislação civil em
vigor no ordenamento jurídico
angolano, nomeadamente, o Có-digo
de Processo Civil, no seu ar-tigo
399º, Especificadas, verifica-se
nitidamente que em momento
algum nas Providências Cautela-res
Não Especificadas têm lugar
o articulado da contestação.
Os nºs 1 e 2 a bintiodo artigo
400.º do C.P.C, a que se refere o
processamento da Providência
Cautelar Não Especificada, é bas-tante
claro na medida em que
nos diz claramente que depois
de o requerente oferecer prova
sumária do direito ameaçado
e, justificado o receio da lesão,
o Tribunal ouvirá o Réu, desde
que esta audiência não ponha o
fim da providência.
E acrescenta ainda o legis-lador
no nº 3 do supracitado
artigo que: “se o Réu não tiver
sido ouvido, o juiz pode or-denar
também todas diligên-cias
de provas necessárias”.
O Jornal ChelaPress, atento
às referidas disposições legais,
constatou que em momento
algum o legislador estatuiu
o articulado da contestação
com intuito de não transfor-mar
a providência acautelar
num processo ordinário, uma
vez que “os procedimentos
cautelares constituem os
meios que o titular do di-reito
dispõe para acaute-lar
o efeito útil da acção”,
visando com ele impedir
que durante a pendência de
qualquer acção declarativa ou
executiva, a situação de facto se
altere de modo a que a sentença
A DAMER GRÁFICAS S.A., NO LOBITO
A província de Benguela conta desde o passado dia 12 de Maio com a presença de mais uma
empresa que vem intensificar a aposta dos empresários angolanos na região.
Trata-se da Damer Gráficas S.A., uma prestigiada empresa, 100% angolana, que inaugurou o seu
escritório na zona do 28, na cidade do Lobito, tendo organizado uma pequena, mas muito simpática,
festa de inauguração.
Falamos de um espaço moderno, agradável, capaz de proporcionar o melhor atendimento a todos
aqueles que até lá se desloquem.
A aposta na província de Benguela tem como objectivo oferecer aos seus clientes da região a
possibilidade de terem todos os produtos produzidos nas actuais instalações fabris em Luanda, mas
agora “à porta de casa”.
Dotada dos melhores equipamentos, a nível mundial na área das artes gráficas, a Damer pretende
com este investimento, encurtar a distância entre a capital e a província de Benguela, que era, até
agora, altamente deficitária na oferta deste tipo de produtos.
Produzindo todo o tipo de produtos impressos, a qualidade, a rapidez e o atendimento
personalizado, são as imagens de marca desta dinâmica empresa.
BENGUELA SOLIDÁRIA
mente existia, (vide Despacho
Conjunto nº 397/12, de 30 de
Abril já aos autos).
Todavia, o que está em cau-sa
nos presentes autos não é o
reconhecimento ou não da titu-laridade
do imóvel em questão,
até porque, para se decretar a
presente providência, é apenas
necessário que sejam preenchi-dos
os 5 (cinco) requisitos da
Providência Cautelar Não Espe-cificada;
Porém, para a determinação
do primeiro requisito com que
tanto se debate o António Um-belino
Vicente (a existência de
um direito), basta um juízo de
probabilidade e o seguimento do
juízo da certeza.
Assim sendo, não há dúvida
alguma que os referidos requi-sitos
legais encontram-se pre-enchidos
in casu em apreço tal
como a senhora Rosário Borre-go
referiu no seu requerimento
inicial.
O ChelaPress não tem dúvi-das
que a juíza Elsa Sinde, ani-mada
de sentido de vingança
e retaliação, tem estado a agir
de má fé e para justificar os ti-ros
que tem estado a dar no seu
próprio pé, intentou uma acção
junto da Direcção Provincial de
Investigação Criminal contra a
senhora Rosário de Fátima Vaz
Soares Borrego, alegando esta
ter desobedecido a uma ordem,
por sinal descuidadamente por si
emitida. “Que grande lata” para
não dizer “que grande incon-gruência”.
O impostor vira vítima
e a vítima vira impostora.
No entanto, importa aqui
salientar que António Francis-co
Umbelino Vicente é marido
casado de Manuela Vaz Morais
Vicente, prima como irmã de
Rosário de Fátima Vaz Soares
Borrego.Foi esta última que, por
respeito e consideração ao pai de
Manuela Vaz Morais Vicente,
aceitou alugar o imóvel em causa
ao impostor António Francisco
Umbelino Vicente.
6. Justiça Justiça
10 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 11
Familiares de bárbara indignados
com o tribunal provincial de luanda
Texto: Ismael Nascimento
Fotografia: Arquivo ChelaPress
O Pintor das Acácias Rubras
A magistratura judicial de Benguela
facilita sabotagem económica
Abias,o pintor da Galeria do Jazz
do Rasgado’s Jazz Club
Texto: Francisco Rasgado
Fotografia: Arquivo ChelaPress
Texto: Ismael Nascimento
Fotografia: Arquivo ChelaPress
A exposição do pintor Abias
Kayenga Ukuma, conhe-cido
pela sua versatilidade
no mundo artístico, há muito es-perada
pelo público de Benguela
e integrada no Fenacult – Festival
Nacional da Cultura, terá lugar no
Rasgado’s Jazz Club nos dias 18
e 19 de Setembro.
Abias Kayenga Ukuma nas-ceu
na aldeia de Kassareia, mu-nicípio
de Bailundo, Província do
Huambo, em 1969.
Fez os estudos primários e se-cundários
em Benguela.
Pintor autodidacta, é membro
fundador do Núcleo de Jovens
Pintores de Benguela.
Em 1986 participou na execu-ção
de alguns painéis publicitá-riosna
antiga secção de desenho
e propaganda do Comité Provin-cial
do MPLA em Benguela e na
UNAP (União Nacional dos Artis-tas
Plásticos).
Desde 1990 que expõe em
Angola e Portugal as suas obras,
tendo realizado 5 mostras indivi-duais
e 20 colectivas.
Prémios
1990: 2º Lugar do prémio alu-sivo
ao 17 de Setembro
1995: 1º e 2º Lugares do Pré-mio
Prualb, no concurso sobre o
meio ambiente.
Será que no pro-cesso
judicial que
determinou a des-truição
da Ceten-co
– Engenharia,
Construção Civil e
Obras Públicas, Lda,
a juíza Catarina
Micolo envolveu o
procurador Fran-cisco
Fortunato
ou o procurador
Francisco Fortuna-to
envolveu a juíza
Catarina Micolo e
a juíza Elsa Ama-ral
foi envolvida
pela juíza Catari-na
Micolo e o juiz
Tupita envolveu-se
nesta grande em-brulhada
em soli-dariedade
as juízas
na Providência
Cautelar Não Espe-cificada
intentada
pelo Banco B.I.C
contra à gerência
ilegal e delapida-ção
do imobilizado
da Cetenco, Lda,
sua devedora, por
Eliseu Luís dos Reis,
considerando-a
de improcedente?
Agora temos os
resultados com a
destruição total
da Cetenco, Lda,
uma empresa saudá-vel
e consolidada
que facturava usd
5.000.000,00 ano, e
dezenas de traba-lhadores
desempre-gados.
O corpora-tivismo
também tem
o seus inconvenien-tes.
Eliseu e Pedro dois lotes de ter-reno,
designadamente números
130 e 131, ao senhor Francisco
Guerreiro, no valor de 8 milhões e
500 mil kwanzas (85 mil dólares).
A fonte referiu que o mon-tante
arrecadado nesta venda
não entrou nos cofres da empre-sa,
desconhecendo-se o destino
a que foi dado, numa altura em
que se precisa de mais de 500 mil
dólares para continuar a saldar
os salários e indemnizações dos
mais de 120 trabalhadores, desde
Maio do ano passado.
No meio deste turbilhão, a
fonte acusou ainda o senhor Eli-seu
de não ter apresentado o re-latório
de contas do ano fiscal de
2012, tendo abandonado a em-presa
e fugindo para o Brasil com
o dinheiro que havia levantado
do banco.
Para além de ter levado supos-tamente
o dinheiro, contra Eliseu
pendem acusações de não ter fei-to
o relatório do último exercício
fiscal de 2013, cujo prazo termi-nou
no dia 31 de Maio.
Uso indevido de meios
Segundo ainda a fonte deste jornal,
presentemente estão a ser usados
ilegalmente desde Dezembro do
ano passado, meios da empresa
para serviços particulares.
São viaturas ligeiras e pesadas
(basculantes e cisternas), por in-divíduos
(Miranda e Diogo), que
a fonte alega não pertencerem à
empresa, assim como não habili-tados
para conduzirem os meios
com os quais circulam.
Também estão a ser furtados
peças de equipamentos estacio-nados
no parque da Fundação
Lwini, pelos senhores Miranda,
Diogo e Lourenço, segunda ain-da
a nossa fonte, que considera a
acção de vil e vergonhosa.
Toda esta sabotagem econó-mica
está à ser facilitada por uma
Providência Cautelar Não Especi-ficada
intentada pelo Banco B.I.C.,
considerada improcedente pelo
Juíz Tupita.
Inspirando-se nas figuras inter-nacionais
e nacionais do mundo
do jazz pintadas por si, Abias
Kayenga Ukuma vai inaugurar a
sua primeira exposição individual
de originais em ambiente de festa.
O espaço escolhido foi o Rasgado’s
Jazz Club, na Baía Azul, município
da Baía Farta – Benguela, onde
certamente irá receber artistas e
amigos, entre eles Dumilde Rangel
e Armando da Cruz Neto, ex- go-vernadores
da província de Bengue-la,
Isaac dos Anjos, actual governa-dor
e Carlos Freitas, ex-director do
Plano do governo de Benguela.
1997: 2º
Lugar do Pré-mio
Pruarb, no
concurso sobre
o meio ambien-te.
Tem obras re-presentadas
em
colecções particu-lares
em Angola,
Portugal, França,
Espanha, Estados
Unidos, Inglaterra,
Finlândia, Suécia e
Alemanha.
A exposição de
pintura em óleo so-bre
tela, de Abias,
retrata a realidade social e o amor.
Abias, revelando-se um pintor
com verdadeiro labor na arte de
pintar a vida, consegue, com esta
obra, romper com algumas nor-mas
tradicionais.
Abias disse que esta foi a me-lhor
forma que encontrou para
mostrar algumas das suas melho-res
obras, com uma “Vernisage”
algo diferente do habitual.
E mais, segundo Abias,com
esta exposição vê os seus créditos
reconfirmados e o seu trabalho
valorizado, desta feita, pelas mãos
do Rasgado’s Jazz Cub.
Os quadros reunidos para esta
exposição são de uma importân-cia
extrema, pois acompanham
todo percurso artístico de Abias,
dono de uma vasta e plurifaceta-da
obra em óleo sobre tela.
Familiares da malograda
Bárbara Menezes de Sá
Nogueira, 38 anos, ex-funcionária
do banco co-mercial
“Millenium-Angola” as-sassinada
em Maio de 2013 pela
sua ex-amiga e colega de servi-ço,
Judith da Silva, insurgiram-se
contra o Tribunal Provincial de
Luanda (TPL), ao aplicar à ré a
pena de 20 anos de prisão maior,
em vez de pena máxima.
Eles alegam ter havido uma
leveza da sentença, tendo em
conta o hediondo crime come-tido
por Judith da Silva contra
a malograda Bárbara, de quem
alegou ter sido amiga e confi-dente,
enquanto em vida. “ Não
esperávamos por essa senten-ça
tão leve, esperávamos que
fosse mais pesada”, disse um
dos familiares, balbuciando com
os nervos à flor da pele.
Para este familiar, o Tribunal
devia aplicar pena máxima à con-denada,
para desencorajar actos
semelhantes no futuro, acrescen-tando
que este órgão de jurispru-
pregada da sua residência, que
foi amante do seu esposo, um
conhecido pastor da Igreja Uni-versal
do Reino de Deus (IURD),
em Luanda.
Como tudo aconteceu
Segundo a Polícia de Investi-gação
Criminal, Bárbara Sá No-gueira
saiu de casa levando con-sigo
a sua filha Pérsia Alexandra
Meneses,11 anos, ao colégio Eli-sângela
Filomena, onde estuda-va,
em seguida reunir-se-ia com
um dos clientes do banco para
o qual trabalhava, encontro que
estava marcado num dos novos
edifícios próximos da Feira Inter-nacional
de Luanda (FIL).
Volvidos quatro dias, a infor-mação
sobre o seu desapareci-mento
foi tornada pública por
um dos seus irmãos, em entre-vista
ao programa radiofónico da
Rádio Luanda (RL), informando
que a malograda estava ausente
da sua casa, desde aquele fatídi-co
dia em que se tinha dirigido
à FIL sem mais regressar com
vida junto dos seus.
Antes de tornarem pública a
informação, o irmão, cujo nome
o Chelapress não apurou, tinha
dito que os familiares já haviam
procurado em toda a parte pos-sível
em que poderia ser encon-trada,
incluindo numa das casas
que a malograda e o seu mari-do,
Atos Nogueira, construíam
no Benfica, a Sul de Luanda, mas
sem sucesso.
Tudo girava numa expectativa
que ela pudesse ter sido raptada
e que os sequestradores exigis-sem
dinheiro para o seu resgate.
Mas tudo não passou de conjun-turas,
pois o pior tinha já aconte-cido
na vida desta jovem mulher.
Depois de apuradas investiga-ções
da Polícia, o seu corpo foi
encontrado nas imediações de
Kikuxi, em Viana, com graves si-nais
de tortura.
Após a descoberta do corpo,
a Polícia de Investigação Crimi-nal
deteve Judith da Silva, pois,
segundo informações tornadas
públicas pelo marido da malo-grada,
ela terá assumido a auto-ria
deste crime que chocou não
só a sociedade luandense, mas
também a angolana, em geral. A
acusada confessa do crime re-latou
que o delito teve razões
passionais, pelo caso que ambas
vinham mantendo, versão essa
desmentida pelos familiares da
vítima.
dência “não fez o seu trabalho
devidamente”. Durante o acto,
depois da leitura da sentença,
houve revolta da parte dos fami-liares
da malograda Bárbara Sá
Nogueira, e Judith da Silva saiu
a correr da sala de julgamento e
escoltada pela guarda dos Ser-viços
Penitenciários (SP) até ao
carro celular que a levou até à
Unidade Penitenciaria de Viana
(UPV).
Sob o processo número
5746/13/, segundo apurou o
Chelapress de fonte ligada ao Tri-bunal
Provincial de Luanda (TPL),
a ré foi encaminhada dias depois
para o campo de reeducação de
Bentiaba, província do Namibe,
onde deverá cumprir os 20 anos.
Para além deste crime, o Tri-bunal
condenou-a também por
um outro, o de aborto forçado e
cárcere privado contra a ex-em-
Os nomes dos elementos:
Jorge, Pedro e José Luís, este
último considerado pela fonte
como sendo falso sócio, têm es-tado
a desmantelar o património
da empresa.
De Maio até à data foram ven-didas
viaturas, retiraram mobiliá-rio
da casa de passagem da refe-rida
empresa e levando-as para
parte incerta.
Para além de viaturas, segun-do
a fonte, estão sendo desvia-dos
também equipamentos de
construção e outros materiais dos
armazéns e parque de máquinas.
Máquinas pesadas importantes
para o exercício da CETENCO, Lda,
estão à ser retalhadas para serem
vendidas como sucatas. Estas
acções têm tido a conivência da
magistratura judicial de Benguela,
acrescentou.
José Luís é citado pela fonte,
como estando a fazer passar-se
por gerente da Cetenco junto da
empresa chinesa CITIC, “tentando
manobras para o recebimento ilí-
A Cetenco Construções
vive nos últimos tempos
uma situação de sabo-tagem
dos seus meios
de trabalho, protagonizada por
um dos seus sócios, Eliseu Luís
dos Reis, coadjuvado pelo José
Luís, segundo denúncias feitas ao
Chelapress por fonte familiarizada
com o assunto.
cito de areia” feita pela Empresa
Areias de Benguela (EAB), através
de um contrato assinado em Mar-ço
de 2013.
Segundo a fonte, José Luís
nunca foi da Cetenco, mas possui
uma empresa de construção civil,
conhecida por “Pétala e Corola”,
concorrente da Cetenco.
Venda ilícita de terrenos
Durante esse tempo todo, foram
também vendidos pelos senhores
Eliseu Luís
dos Reis,
o gerente
ilegal.
A gerência anterior, conforme o despacho nº 48/013 da juíza
Elsa Amaral, não consta o nome de Eliseu dos Reis.
7. CHELAPRESS | 11 DE setembro 2014
aqui mando eu
Por: franc isc o ras gado
MORREU O FOTÓGRAFO DAS ACÁCIAS RUBRAS
O INÍCIO E o fim do meu amigo
Mano Augusto Vieira está
nas sete quintas
Pedro Prumo deu o me-lhor
de si à província de
Benguela. Trabalhou com
vários governadores da pro-víncia
de Benguela, entre eles:
Dumilde Rangel, Armando da
Cruz Neto e, por menos tempo,
com Isaac dos Anjos.
Talvez com um pouco mais
de atenção e humanismo, por
quem de direito, tivéssemos o
nosso Pedrito por mais tempo.
Pedro Prumo lamentou e men-digou
às portas dos gabinetes,
mas ninguém o quis ouvir nem
ver com olhos de ver.
O nosso Pedrito estava
muito mal. O nosso Pedrito
definhava a olho nú.
Tudo teria sido mais fácil há
uns anos atrás. Porém, assim
quis o destino que tudo contigo
acontecesse. Paciência, amigo
Pedrito.
Pedro Prumo, depois de al-gumas
tentativas no estrangeiro
em busca de tratamento, morreu
inesperadamente na sequência
de uma operação ao estomago,
que há muito o apoquentava.
O EX-LIBRIS DE BENGUELA ESTÁ A SER DELAPIDADO
O cine Benguela, localizado
no limiar do asfalto da
urbe benguelense, outrora
propriedade da família Cente-no
e mais tarde da EDECINE,
foi tomado de assalto por,
por alma de quem, pelo
Manuel Francisco ex-admi-nistrador
do município de
Benguela.
O seu precioso parque
público está a ser, com
muros altos, transformado
em oficina de reparação de
carros, chaparia e pinturas.
A sociedade de benguela
vai sair à rua para protestar
contra mais esta tomada
de assalto levada a cabo
pela grande aberração de
Dumilde Rangel, - Manuel
Nem tudo que brilha é ouro
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Negócios e Prazer com uma nova atitude
Business and pleasure with a new attitude
Alcance o céu em qualquer
divisão...
A conta que Deus fez: Quatro
Estrelas. Não mais do que
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um propósito diferente,
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VICTOR MOITA
AGORA É QUE VAI
CINE BENGUELA
Victor Moita, o carismá-tico
quadro de carreira
do M.P.L.A em Bengue-la,
por falta de visão política,
comprometeu o seu percurso
ao aceitar o cargo de vice-governador
da Província de
Benguela para a área de infra-estruturas.
O cargo de vice-governador
não é politico, é efémero,
subalterno e dependente da
boa vontade do governador da
situação.
Como secretário da comis-são
executiva do M.P.L.A, tinha
o seu futuro assegurado como
membro do Comité Central do
M.P.L.A e deputado da Assem-bleia
Nacional, à semelhança
de Eduarda Magalhães e Za-carias
Davoca. E, como se não
bastasse, deixou o partido com
o rótulo de traidor e de estar
na origem da morte política do
seu iniciador, Lito Guardado,
remetido aos escanteios.
No meio de tantas
mudanças, a posterior,
houve uma, que não foi nada
fácil de digerir.
Tratou-se da transferência
de Miguel Maiato, delegado
da justiça de Benguela para à
província do Namibe e a Pau-la
Marisa Correia, delegada
da justiça do Namibe para
Benguela.
Miguel Maiato, tocado
no seu ego, declinou, na
óptica de muitos, o presente
envenenado.
Miguel Maiato à seme-lhança
de todos os dirigentes
locais e centrais, também fez
a sua “Acumulação Primitiva
de Capital”, que lhe vai, por
conseguinte, permitir abraçar
o empresariado local.
José Augusto Vieira, pre-potente
e arrogante, ex-chefe
da Repartição Técnica
da Administração Municipal
de Benguela, acabou de ser
transformado em chefe do
projecto “Uche - 1.000 m2
por pessoa” de Isaac dos An-jos,
governador da província
de Benguela.
José Augusto Vieira,
com esta transformação, a
funcionar agora no Uche,
a caminho do Lubango, foi
apenas escondido ou tem-porariamente
posto fora das
vistas da sociedade ben-guelense.
Um dos grandes
inimigos da sociedade de
Benguela, tudo por causa dos
terrenos. Boa safra.
Estamos aqui para policiar
o seu desempenho.
O jornal ChelaPress, em
tribunal, num processo judi-cial
a decorrer, promete falar,
com documentos e fotogra-fias,
das casas, dos terrenos,
invasões, atropelos e das
conexões de José Augusto
Vieira, enquanto chefe dos
Serviços Técnicos de Leopol-do
Muhongo, administrador
municipal de Benguela.
Francisco. Onde está a sensi-bilidade
e a visão de Estado,
estratégica da administração
ou do governo de Benguela?
Quem autorizou tamanha
atrocidade?
Com o cine Benguela trans-formado
em mais um local
de comércio, Benguela a ficar
mais pobre e sem cultura.
8. Huíla Psicologia
14 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 CHELAPRESS | 11 DE eestmbor 2014 15
Huíla
Até quando o desenvolvimento perdido
A situação económica da
Província da Huíla, à
semelhança que acon-tece
em todo o país, é
extremamente difícil e preocu-pante,
pois não existem perspec-tivas
de uma melhoria significati-va
para os próximos tempos que,
pensamos, se adivinham mais
complicados, se ausência de no-ção
de nação perpetuar.
No entanto, nem só a falta de
quadros explica a actual situação,
não obstante, acreditarmos que,
indirectamente, ela se faz sentir
nas razões objectivas que estran-gulam
o real desenvolvimento de
uma região que, com algumas
medidas de apoio financeiro (e
por que não político) se poderia
tornar numa zona de desenvol-vimento
agro-pecuário conside-rável.
Para tal seria necessário um
grande apoio ao empresariado
por parte das autoridades, para
se vencerem algumas condicio-nantes
que entravam o referido
desenvolvimento, o que contri-buiria
para uma melhoria subs-tancial
das condições em que
vivem, especialmente, as popu-lações
rurais e, muito em parti-cular,
os milhares de deslocados
que procuraram a tranquilidade
desta província para se resguar-darem
dos esquecimentos e au-sência
de governação e se viam,
assim, impedidos de contribuir
positivamente para o aumento
da produção interna.
Esta situação reflecte-se, ob-viamente,
no actual estado eco-nómico-
financeiro das empresas
existentes na Província da Huíla
e cujos proprietários assistem,
impotentes, à degradação pau-latina
da componente financeira,
pois não existem as condições
julgadas necessárias para se ini-ciar
todo um processo de recu-peração
das muitas empresas
que se encontram em situação
difícil e que poderiam satisfazer
algumas das necessidades des-ta
província, em particular, e do
país, em geral. Sabemos que o
país necessita de um empresa-riado
forte e consciente das suas
responsabilidades, única forma
de criar riqueza, diminuir o de-semprego,
combater a inflação e
retomar o caminho para a recu-peração
económica de Angola.
Mas assim acreditamos que
não vai ser possível a manuten-ção
do actual empresariado nem,
tão pouco, o seu alargamento
com o aparecimento de novos
empresários, se não forem cria-das
as condições fundamentais
para que tal aconteça e que se
traduzem, essencialmente, no
apoio inequívoco, por parte do
Governo. Quanto a alguns te-mas
considerados de vital im-portância
para o relançamento
da economia, alguns de âmbito
central, tal como a reanimação
do investimento público a nível
de infraestruturas, uma políti-ca
de crédito menos restritiva e
com incentivos ao investimento
privado (bonificação de taxa de
juro em casos pontuais), uma cri-teriosa
política aduaneira virada
para a protecção à indústria na-cional,
a redução substancial da
importação de bens de consu-mo
dito supérfluo e a redução/
isenção de direitos da importa-ção
de matéria-prima e outros
“inputs” produtivos essenciais, a
criação de incentivos fiscais para
actividades produtivas chave, a
adequação da massa monetária
à oferta de bens e serviços com
elemento base para o controle
da inflacção, um generalizado e
acérrimo combate à corrupção,
etc.
A nível regional há que fazer
reproduzir, localmente, as me-didas
tomadas centralmente e
complementá-las, tendo em con-ta
as especialidades da Província
a nível da pecuária e riquezas de
solo e subsolo.
Como enquadramento de
todas estas medidas, é vital con-seguir-
se a livre circulação e se-gurança
de pessoas e bens, sem
os quais, inevitavelmente, não
teremos crescimento.
É um facto que a falta de po-líticas
sérias tem contribuído de-cisivamente
para actual situação.
Facto é, também, que a nossa
Província, contrariamente ao que
se passa com as restantes, se tem
esquivado aos confrontos políti-cos
internos e com o poder polí-tico
central.
Este facto, só por si, pode e
deve levara que a Huíla funcione
como “reserva” económica da
Nação.
A Huíla tem condições exce-lentes
para a implementação de
um programa sério de recupera-ção
económica da Região, mas
é necessário que, para além do
esforço que compete ao empre-sariado
huilano, as autoridades
tomem consciência das poten-cialidades
humanas e materiais
e passem à acção tão depressa
quanto possível. Porque senão,
adeus eleições.
SABER LIDAR COM A DIFERENÇA
Texto: Alice Ferreira Rasgado*
Fotografia: DR
Durante épocas, as so-ciedades
em todo o
mundo foram indi-ferentes
às pessoas
portadoras de deficiência, tendo
estas sido segregadas e excluídas
do convívio social. Nas socieda-des
da Antiguidade, era normal
a prática do infanticídio quando
se observavam anomalias nas
crianças, refere o especialista es-panhol
Jimenéz (1997). Durante a
Idade Média, a Igreja condenou
o infanticídio, mas, por outro
lado,embalou a ideia de atribuir
a causas sobrenaturais as defici-ências
de que padeciam as pes-soas.
Considerava-as possuídas
pelo demónio e outros espíritos
maléficos, sendo por este facto
submetidas a práticas de exor-cismo.
Nos séculos XVII e XVIII os
deficientes mentais eram intro-duzidos
em manicómios, orfa-natos,
prisões e outros tipos de
instituições estatais. Ali perma-neciam
com delinquentes, ve-lhos,
pobres…, desorganizada-mente.
As primeiras experiências
positivas começaram a surgir
com a coragem e sensibilidade
de determinados frades ainda no
século XVI. O frade Pedro Ponce
de Léon, com êxito surpreenden-
te, utilizou um método de ensino
oral e 12 crianças surdas no Mos-teiro
de Oña fizeram aprendiza-gens
significativas. Mais tarde, o
frade escreveu o livro “Doutrina
para os mudos-surdos”, e foi re-conhecido
como o iniciador do
ensino para surdos e criador do
método oral. Posteriormente, no
século XVIII, Valentin Hauy criou
em Paris um instituto para crian-ças
cegas. Entre os seus alunos
encontrava-se Louis Braille (1806
– 1852), que viria mais tarde a
criar o famoso sistema de leitu-ra
e escrita, o conhecido sistema
Braille.
Nos finais do século XVIII,
início do XIX, vislumbra-se uma
nova era para as pessoas por-tadoras
de deficiências, a era
das instituições especializadas.
Considera-se ter surgido a partir
desta altura a Educação Especial.
Os novos horizontes do pensa-mento
conduzem a sociedade
de então a tomar consciência da
necessidade de conceder mais
apoio a estas pessoas. Importa
referir que a princípio o apoio era
revestido de carácter mais assis-tencial
do que educativo, pois im-perava
a ideia de que era preciso
proteger a pessoa dita “normal”
da não normal, sendo esta últi-ma
considerada como um perigo
para a sociedade. Ao longo do
século XIX inúmeras instituições
especiais foram abertas. Com o
desenvolvimento científico e téc-nico
do século XX, Montessori e
Decroly valorizam a educação es-pecial
e sentem a necessidade de
construir uma nova pedagogia.
Nos últimos anos observou-se
que as escolas especiais propor-cionam
às crianças com defici-ências
um ambiente demasiado
limitado que resulta em empo-brecimento
desaconselhado do
ponto de vista educativo, de altos
custos em função da sua eficácia
especiais em alguma fase da sua
vida. A educação é um direito
para todos e deve ser orientada
no sentido do pleno desenvol-vimento
e do fortalecimento da
personalidade.
Caro leitor, percebe a trajec-tória
vivida ao longo dos séculos
pela pessoa portadora de defici-ência?
Certamente estarei a conver-sar
com alguém que infelizmente
também é deficiente do ponto
de vista …
Saiba que o respeito aos
direitos e liberdades humanas
deve ser incentivado para a cons-trução
da cidadania. Tratar bem
a deficiência não é apenas uma
questão de “humanidade”, é sim,
de respeito e oportunidade a um
segmento pouco explorado. Pro-fessores,
psicólogos, médicos,
advogados, jornalistas, empresá-rios,
meios de comunicação so-cial,
entre outros, contribuamos
todos com a inserção da pessoa
com deficiência no sistema social
e preparemo-lo para que assuma
o seu papel nas diversas esferas
da comunidade. Desse modo, es-taremos
a equacionar problemas,
a encontrar soluções e a concre-tizar
a equiparação de oportuni-dades
para todos.
Estimado leitor cabe a mim, a
si, à sociedade em geral eliminar
todas as barreiras “atitudinais”,
físicas e programáticas para que
as pessoas portadoras de defici-ência,
quer física, sensorial ou in-telectual,
tenham acesso à escola,
serviços, espaços, informações e
bens necessários ao seu desen-volvimento
pessoal, psicossocial,
educacional e profissional.Lem-bre-
se do maravilhoso conselho
divino para uma convivência sau-dável:
“Ama o teu próximo como
a ti mesmo” Marcos 12:31.
e ideologicamente inconveniente
por promover a discriminação e
a segregação. Esta realidade tem
sido modificada com o esforço
pela inclusão social e escolar. Até
ao início do século XXI o sistema
educativo abrigava dois tipos de
serviços: a escola regular e a es-cola
especial. Na última década,
o sistema de ensino nos países
desenvolvidos da Europa, Amé-rica
e outros, modificou-se com
a proposta inclusiva e um único
tipo de escola foi adoptado: a
escola regular que acolhe todos
os alunos, apresentando meios e
recursos adequados e disponibi-lizando
apoio para aqueles que
têm mais dificuldades. A educa-ção
inclusiva compreende a edu-cação
especial dentro da escola
regular e transforma a escola
num espaço para todos, favore-cendo
a diversidade, na medida
em que considera que todos os
alunos podem ter necessidades
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