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O Alterense
CDU Alter do Chão | Abril a junho de 2021 | Junho de 2021 | N.º 31 | Ano VIII
CDU
Aproximam-se as eleições autárquicas e mais uma vez os habitantes do concelho de Alter do Chão vão ser chamados a escolher
quem deve dirigir os destinos da autarquia. É tempo de reflexão sobre o que se fez ou não fez e devia ter sido feito, sobre o
que se prometeu e que foi ou não cumprido, sobre o que realizou bem ou mal e sobre o que se pretende para o futuro das gen-
tes do concelho. É também tempo de comparações das propostas que irão ser apresentadas aos eleitores.
Com a recente alteração legislativa, a lei da paridade obriga a uma representação mínima de 40% de cada sexo e nenhum cida-
dão se pode candidatar à Assembleia Municipal (AM) e à Câmara Municipal (CM) em simultâneo. Só pode ser candidato à CM
ou AM e a uma Freguesia.
A CDU de Alter do Chão já realizou várias reuniões de trabalho para discussão e aprovação dos seus candidatos aos vários
órgãos autárquicos.
Próximas eleições autárquicas
Assim, João Martins e Romão Trindade foram os candidatos escolhidos para a Assembleia Municipal e Câmara Municipal.
A CDU de Alter do Chão, como habitualmente, procura integrar nas suas listas homens e mulheres que estejam disponíveis,
que não sejam profissionais da política, que não precisem da política para viver e que ponham as suas energias e vontades ao
serviço da população do concelho.
É preciso “dar a volta” ao concelho.
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O A lt eren se J un h o d e 2 021 | N. º 31
Atividades Autárquicas
Teve lugar no dia 25 de Abril uma sessão ordinária da Assembleia Municipal. Nesta sessão, e antes da ordem do dia, as forças políti-
cas que integram a AM proferiram alocuções referentes ao dia em comemoração.
A intervenção da CDU, a cargo da Andreia Correia, foi a seguinte:
Caros munícipes do concelho de Alter do Chão
Senhor Presidente da Assembleia Municipal
Senhores membros da AM
Senhor Presidente da Câmara Municipal
Senhores vereadores
Comemoramos hoje o 47º ano em que o MFA desencadeou o movimento dos capitães, o 25 de Abril, que devolveu a liberdade aos portugueses e anunciou o
fim da guerra colonial.
A participação do MFA com o povo no 25 de Abril de 1974 acabou com a guerra colonial e levou ao fim do regime opressor e fascista, que durante 48
anos governou Portugal e, foi com a Revolução dos Cravos que a população portuguesa recuperou a dignidade e encetou o caminho da democracia.
Nesta nova república criada com Abril não há qualquer dúvida sobre a conquista da liberdade e da democracia. Mas houve mais. As nacionaliza-
ções, a reforma agrária, o ordenado mínimo nacional, o controlo operário e popular, as eleições livres, o poder autárquico, o direito à greve, a criação do Ser-
viço Nacional de Saúde, de importância fundamental, o ensino público para todos, o passe social, são algumas das conquistas de Abril pelas quais
muitos portugueses lutaram e continuam a lutar para que se torne realidade um verdadeiro Estado Social.
Mas não foram só coisas boas que aconteceram. Os governos (PS, PSD e CDS) que maioritariamente, sós ou acompanhados, governaram o país ao longo
destes anos, embora resultantes de eleições livres e democráticas, estiveram sempre ao serviço de todos os portugueses? Não, não estiveram.
Esses governos foram muitas vezes esquecendo-se das pessoas e das suas justas aspirações. Ao longo dos anos fecharam ou deixaram fechar muitos serviços
públicos tais como tribunais, repartições de finanças, hospitais, centros de saúde, encerraram escolas e creches, acabaram com freguesias. Enfim desinvestiram
nos serviços básicos à população.
Privatizaram empresas estratégicas para o país como o foi o caso da EDP, dos CTT, da ANA, da TAP, da PT, da EGF, entregando-as ao grande capi-
nal monopolista internacional, fazendo com que as decisões estratégicas para o país não possam ser decididas pelo estado português.
Pactuaram com a destruição da indústria nacional e da frota pesqueira; permitiram a cultura intensiva e super intensiva do olival, do amendoal e em estufas
que envenenam os terrenos.
Tiraram dignidade aos professores, médicos, enfermeiros, resumindo, ao trabalho em geral.
Faltaram com os investimentos no interior do país que pudessem fixar e atrair população colaborando numa política de baixos salários.
Permitiram parcerias públicas privadas na saúde, nas estradas e nas pontes onde o pagador dos prejuízos foi e é sempre o mesmo, o povo português com os
seus impostos, enquanto os lucros vão sempre para os parceiros privados.
Os megas processos judiciais (BES, submarinos, BANIF, Sócrates, Casa Pia, Berardo, BPP e muitos outros) são enormes com inúmeros envolvidos, para
que possam prescrever, como tem acontecido com quase todos eles. Veja-se o que recentemente aconteceu.
Os números apontam para que cerca de 20% da população esteja em risco de exclusão e de pobreza. Qual a solução que o governo propõe para sua resolu-
ção?
O compadrio, o favor, a corrupção e o amiguismo foram ganhando à competência.
47 anos depois da Revolução dos Cravos e das “portas que Abril abriu” o que resta das conquistas de Abril?
Dessas conquistas merecem hoje especial destaque, o Poder Local Democrático, muitas vezes envolvido em grandes polémicas e o Serviço Nacional
de Saúde que tem sido tão mal tratado, mas tem resistido, com pena dos mesmos setores que o não votaram e que continuam a opor-se à sua verdadei-
ra razão de existir: Tratar todos os cidadãos que dele necessitem.
Até a liberdade de decidir é, muitas vezes, condicionada por razões de natureza económica ou social definidas pelo exterior.
A nível local, o concelho de Alter do Chão vai definhando. Tem uma população cada vez menor e mais envelhecida e com cada vez mais casas vazias e
degradadas, à semelhança do que acontece com todo o distrito de Portalegre e interior português.
A Câmara Municipal, a grande empregadora do concelho, vai tentando dar trabalho, realizando uma obra aqui outra obra ali (mesmo que seja à custa da
destruição do património). Vai gerindo o dia-a-dia, mas incapaz de “trazer” investimentos que criem postos de trabalho que possam atrair pessoas por notó-
ria falta de vontade política dos decisórios nacionais.
A Câmara sabe e sente, seguramente, as dificuldades que há na canalização desses investimentos produtivos e atrativos, apesar das promessas, dos anúncios,
da propaganda e das visitas e reuniões com ministros e secretários de estado.
O turismo não é nem pode ser a única grande aposta no desenvolvimento de um concelho ou de um país. Esta pandemia mostrou isso a nível local, nacional e
mundial. A indústria e a agricultura continuaram a laborar e o turismo parou e não se vislumbra o seu regresso à normalidade.
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O A lt eren se J un h o d e 2 021 | N. º 31
O concelho de Alter do Chão continua à espera da conclusão do IC13 e, esperemos agora, da Barragem do Pisão, investimentos esses que lhe permitam
acreditar num futuro com melhores condições de vida económica, social e cultural.
Por último, agora que se aproxima o 1º de Maio e num tempo em que milhares de trabalhadores são/foram enviados para lay off ou, simplesmente,
despedidos e vêem os seus direitos laborais ameaçados, a CDU de Alter do Chão saúda, mais uma vez e em primeiro lugar, todos os trabalhadores do
Serviço Nacional de Saúde e todos aqueles (bombeiros e demais agentes) que têm estado na linha da frente no combate a esta terrível pandemia.
Saúda igualmente todos os outros trabalhadores que, com o seu esforço, sacrifício e dedicação, têm assegurado o funcionamento do país, dentro da
“normalidade” possível.
A CDU de Alter do Chão, consciente das restrições existentes, saúda e exorta toda a população trabalhadora do concelho a comemorar o 1º de
Maio, tendo em consideração o que a atual contenção nos impõe a todos.
Ainda há muito Abril por cumprir, mas não podemos desistir.
A luta continua.
A CDU de Alter do Chão
Trabalhadores do município de Alter do Chão em luta
Os trabalhadores da autarquia de Alter do Chão, com apoio do STAL, manifestaram-se nas ruas da vila. Exigem o direito à
negociação coletiva, o direito a negociar os horários e a aplicação do Suplemento de Penosidade e Insalubridade e do Acordo
de Entidade Pública, o ACEP, com os 25 dias de férias.
Após a aprovação do caderno reivindicativo os trabalhadores deslocaram -se ao edifício da Câmara e fizeram a sua entrega no
município.
Há muito que Alter do Chão não assistia a uma manifestação reivindicativa.
João Xavier e José Paulo/Alter do Chão
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O A lt eren se J un h o d e 2 021 | N. º 31
Requalificação ou destruição de património
As eleições autárquicas aproximam-se e, por isso, vêem-se obras, obrinhas e inaugurações a “bom” ritmo.
Algumas destas obras reinauguradas vêm de aprovações do executivo anterior (mas fica sempre bem cortar fitas em anos de eleições, com
ministros e secretários de estado. E com as botas do meu pai pareço, eu, um homem) e foram, em geral, de requalificação. De requalificação?
Requalificar e/ou recuperar nunca foi, e não é, destruir o que existe e substituir por novo.
Se as obras no Pelourinho (e o estacionamento?) e na Fontinha não merecem grande reparo, foram bem executadas, o que a Câmara fez, ou
deixou fazer, na drogaria do Mourato/Casa do Zé Serrão e no Coreto foi, pura e simplesmente, arrasar algum valor histórico e patrimonial
destes edifícios, arrancando os azulejos existentes e substituindo-os por cópias novas. Estes edifícios têm agora algum valor histórico ou
turístico ou são apenas casas/construções novas? O interior da drogaria ainda não foi visto e o coreto continua armazém (como o é há mui-
tos anos).
Uma câmara com tantos arqueólogos (a vice presidente, o 1º secretário da AM, uma empresária do ramo e que executou alguns des-
tes trabalhos, mais um outro arqueólogo do quadro) e ainda uma historiadora e uma técnica de turismo não tinha obrigação de ter feito me-
lhor?
Tanto quanto se soube, o objetivo inicial das obras na drogaria era a criação de um centro interpretativo da água, mas o resultado final foi a
criação de gabinetes para a vice presidência e trabalhadores da câmara da área da cultura.
Quando se fala tanto de turismo, não deveria a CMAC ter a obrigação de defender a sua história e o seu património?
Uma vez que os edifícios se situam em zona de proteção, foi a Direção Regional da Cultura do Alentejo consultada e/ou emitiu algum pare-
cer?
Relativamente ao Jardim do Álamo, do projecto inicial (tão badalado) o que não foi executado? Alguma vez será finalizado? Agora, está ape-
nas mais limpo, tem mais água nos tanques e tem um parque infantil novo sem sombras protetoras.
De referir que as obras do Jardim da Casa do Álamo, do Pelourinho, da Fonte Renascentista e do Coreto foram executadas pela Archeo’Es-
tudos, Investigação Arqueológica Lda, propriedade de uma candidata do PS à Câmara Municipal nas eleições autárquicas de 2017. Como
diria o outro “são coisas d’Alter”.
Oxalá as obras (de requalificação, recuperação ou novas?) na fonte junto ao mercado e no Jardim dos 12 Melhores de Alter não levem a
mesma volta.
Por último, uma curiosidade. O nome da nova folha editada pela Câmara Municipal a “Puro e Real” (já saíram 2 números), à semelhança do
atual logotipo camarário, parece publicidade a um produto de supermercado e é apenas pura propaganda, à custa do erário público.
Romão Trindade/ Alter do Chão
Os caminhos de ferro, até que a voz me doa...
A Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses EP, foi assim que a conheci a maior parte do tempo que nela trabalhei como ferroviário,
a várias patentes e durante longos anos.
Reservando para mim recordações e sabedoria, que a maioria dos Ferroviários também guardam duma empresa que foi fenomenal durante
muitos anos e a grande família que foi criada em torno da mesma. Porque valia a pena ser Ferroviário.
Quem viaja de comboio de Norte a Sul do país, tem a possibilidade de observar durante a viagem a enormidade de edifícios, ''melhor seria
afirmar em alguns casos'' e aldeias construídas na sua periferia, pela própria empresa, ou que se foram construindo na sua proximidade, tudo
porque os Caminhos de Ferro foram a grande razão de toda a atividade desenvolvida no país e a ela foi facilitada os seus meios de transpor-
te, sobre todos os pontos de vista.
Junto a muita estações, ''local apropriado para o efeito devido a facilidade do transporte'', foram construídos enormes edifícios para receção
de cereais e posterior envio pelos Caminhos de Ferro, exercício praticado de Norte a Sul para venda, troca ou até mesmo para sementeiras,
pois estas matérias eram transportados a preços muito acessíveis, como medida de facilitar o abastecimento das populações de cereais, para
os fins mais convenientes atrás citados.
Pá g in a 5
O A lt eren se J un h o d e 2 021 | N. º 31
Se observarmos alguns locais, por ex. Portalegre estação, já posteriormente ao 25 de Abril de 1974, foram ali construídos enormes silos,
com 50m de altura, para armazenar todo o tipo de cereais ali produzidos, ou mesmo mais distantes, que agora estão ás moscas. A nossa
produção de cereais, praticamente deixou de se fazer, porque a maldade governativa que se instalou, contrariou a produção. Chegando-se a
ouvir dizer que era melhor comprar que produzir. As grandes empresas de moagens foram subsidiadas para encerrar, como a Moagem do
Crato Lda. que possuía umas dezenas de trabalhadores. Mas outras mais também, como a Moagem de Portalegre e a panificadora.
Assim se extinguiram largas dezenas de postos de trabalho e não
mais a produção dos cereais se fez.
A empresa do Caminhos de Ferro criou um extenso parque de va-
gões para o transporte dos cereais que hoje estão parados, ''eram da
série 574'', não se sabe onde estão.
As ex oficinas do Barreiro, posteriormente ao 25 de Abril, construí-
ram um lote de vagões de bordas altas, de rolamentos, para fazer o
transporte de mercadorias volumosas e que hoje também não os
vemos circular. Estão encostados para aí. Eram da série 594, haverá
muito Ferroviário que se lembra da utilidade deste material.
Por outro lado, se falarmos das linhas ferroviárias, que posteriormente á renovação, com barras de 64'' soldadas, também foram encerradas,
como o Ramal de Cáceres. Muitos troços de via foram encerrados no pós 25 de Abril, seja no Norte, Centro ou Sul.
O Alto Alentejo praticamente não tem comboios e são muitas a Câmaras Municipais que não se pronunciaram contra o encerramento. Não
necessito referir aqui quais, pois todos sabem quem foram. Com um Governo que contrariou o sistema revolucionário, no bom sentido do
termo, e o sossego de várias Câmaras Municipais na altura, associadas ao sistema político, foi tudo muito fácil, chegarmos ao ponto de en-
contro atual.
Sou um aficionado pelos Caminhos de Ferro Portugueses, e tenho encontrado muitos e bons, ainda Ferroviários, aficionados também, com
coragem para irem desmontando entorses que se praticam, no interesse de melhorarmos todos, no seu conjunto, estes padrões que nos mar-
caram, e hão-de levar-nos ao fim do objetivo a conseguir.
João Rodrigues/Cunheira
Desemprego em Alter do Chão
Os números de desempregado(a)s em Alter do Chão e no distrito de Portalegre, no 1º trimestre de 2021, foram os seguintes:
Janeiro Fevereiro Março
Ho-
mens
Mulheres Total
Ho-
mens
Mulhe-
res
Total
Ho-
mens
Mulheres Total
Alter do
Chão 92 97 189 92 104 196 91 204
Total no
distrito 2738 3901 6639 2797 3959 6756 2804 4035 6839
Pá g in a 6 O A lt eren se J un h o d e 2 021 | N. º 31
Ficha Técnica
Edição e Propriedade: CDU - Alter do Chão
ISSN: 2183-4415
Periodicidade: Trimestral
Tiragem: 250 exemplares
Distribuição: Impressa e online (gratuitas)
Director: João Martins
Morada: Rua Senhor Jesus do Outeiro, n.º 17
7440 - 078 Alter do Chão
Telefone: 927 220 200
Email: cdualter2013@gmail.com
Facebook: www.facebook.com/cdu.alter
Coisas . . .
 A limpeza da vila está muito deficiente. Faltam trabalhadores?
 Continuam a sair trabalhadores da Câmara. Porque acontece isto? Que se passa?
 Inaugurações sem parar, em Alter do Chão? Vivam as eleições.
 Quanto custaram as substituições dos azulejos do Coreto, da drogaria do Mourato/Casa do Zé Serrão e da fonte junto ao mercado?
 A quem pertence a limpeza do chafariz da “Torjena” do Zambujo ? à Junta ou à Câmara? Estão uma vergonha
 Na revista publicada pela CMAC os vereadores da oposição não escrevem nada? Porquê? Não podem ou não querem?
 Porque razão, as atas das reuniões do executivo demoram tanto a ser tornadas públicas?
 Em tempos de pandemia, com o turismo em baixa em todo o mundo, a CMAC gasta cerca de 90 000 euros na promoção do cavalo
Alter Real. Faz sentido?
 Quanto já custaram as obras inacabadas do Jardim do Álamo?
 E o Lago? desapareceu ?
 Será verdade que vão ser substituídas canalizações na Rua de Santarém? Quando e porquê?
O rigor de um mau regime
Imposto por um ser louco
Ouviram falar de alguém
Mesmo sem terem razão
Que ponha homens honestos
Nas grades de uma prisão
Para que haja liberdade
Já procuraram saber
Quanto sofrimento e morte
Em tempos teve que haver
Homens de todos os sectores
Do campo, vila e cidade
Lutaram pela mesma causa
Para viverem em liberdade
Mas lutaram sem ter armas
Por uma causa decente
Antes quebrar que torcer
Que orgulho! ..Homens valentes
Fabião Heitor Coutinho/Seda,2021

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  • 2. Pá g in a 2 O A lt eren se J un h o d e 2 021 | N. º 31 Atividades Autárquicas Teve lugar no dia 25 de Abril uma sessão ordinária da Assembleia Municipal. Nesta sessão, e antes da ordem do dia, as forças políti- cas que integram a AM proferiram alocuções referentes ao dia em comemoração. A intervenção da CDU, a cargo da Andreia Correia, foi a seguinte: Caros munícipes do concelho de Alter do Chão Senhor Presidente da Assembleia Municipal Senhores membros da AM Senhor Presidente da Câmara Municipal Senhores vereadores Comemoramos hoje o 47º ano em que o MFA desencadeou o movimento dos capitães, o 25 de Abril, que devolveu a liberdade aos portugueses e anunciou o fim da guerra colonial. A participação do MFA com o povo no 25 de Abril de 1974 acabou com a guerra colonial e levou ao fim do regime opressor e fascista, que durante 48 anos governou Portugal e, foi com a Revolução dos Cravos que a população portuguesa recuperou a dignidade e encetou o caminho da democracia. Nesta nova república criada com Abril não há qualquer dúvida sobre a conquista da liberdade e da democracia. Mas houve mais. As nacionaliza- ções, a reforma agrária, o ordenado mínimo nacional, o controlo operário e popular, as eleições livres, o poder autárquico, o direito à greve, a criação do Ser- viço Nacional de Saúde, de importância fundamental, o ensino público para todos, o passe social, são algumas das conquistas de Abril pelas quais muitos portugueses lutaram e continuam a lutar para que se torne realidade um verdadeiro Estado Social. Mas não foram só coisas boas que aconteceram. Os governos (PS, PSD e CDS) que maioritariamente, sós ou acompanhados, governaram o país ao longo destes anos, embora resultantes de eleições livres e democráticas, estiveram sempre ao serviço de todos os portugueses? Não, não estiveram. Esses governos foram muitas vezes esquecendo-se das pessoas e das suas justas aspirações. Ao longo dos anos fecharam ou deixaram fechar muitos serviços públicos tais como tribunais, repartições de finanças, hospitais, centros de saúde, encerraram escolas e creches, acabaram com freguesias. Enfim desinvestiram nos serviços básicos à população. Privatizaram empresas estratégicas para o país como o foi o caso da EDP, dos CTT, da ANA, da TAP, da PT, da EGF, entregando-as ao grande capi- nal monopolista internacional, fazendo com que as decisões estratégicas para o país não possam ser decididas pelo estado português. Pactuaram com a destruição da indústria nacional e da frota pesqueira; permitiram a cultura intensiva e super intensiva do olival, do amendoal e em estufas que envenenam os terrenos. Tiraram dignidade aos professores, médicos, enfermeiros, resumindo, ao trabalho em geral. Faltaram com os investimentos no interior do país que pudessem fixar e atrair população colaborando numa política de baixos salários. Permitiram parcerias públicas privadas na saúde, nas estradas e nas pontes onde o pagador dos prejuízos foi e é sempre o mesmo, o povo português com os seus impostos, enquanto os lucros vão sempre para os parceiros privados. Os megas processos judiciais (BES, submarinos, BANIF, Sócrates, Casa Pia, Berardo, BPP e muitos outros) são enormes com inúmeros envolvidos, para que possam prescrever, como tem acontecido com quase todos eles. Veja-se o que recentemente aconteceu. Os números apontam para que cerca de 20% da população esteja em risco de exclusão e de pobreza. Qual a solução que o governo propõe para sua resolu- ção? O compadrio, o favor, a corrupção e o amiguismo foram ganhando à competência. 47 anos depois da Revolução dos Cravos e das “portas que Abril abriu” o que resta das conquistas de Abril? Dessas conquistas merecem hoje especial destaque, o Poder Local Democrático, muitas vezes envolvido em grandes polémicas e o Serviço Nacional de Saúde que tem sido tão mal tratado, mas tem resistido, com pena dos mesmos setores que o não votaram e que continuam a opor-se à sua verdadei- ra razão de existir: Tratar todos os cidadãos que dele necessitem. Até a liberdade de decidir é, muitas vezes, condicionada por razões de natureza económica ou social definidas pelo exterior. A nível local, o concelho de Alter do Chão vai definhando. Tem uma população cada vez menor e mais envelhecida e com cada vez mais casas vazias e degradadas, à semelhança do que acontece com todo o distrito de Portalegre e interior português. A Câmara Municipal, a grande empregadora do concelho, vai tentando dar trabalho, realizando uma obra aqui outra obra ali (mesmo que seja à custa da destruição do património). Vai gerindo o dia-a-dia, mas incapaz de “trazer” investimentos que criem postos de trabalho que possam atrair pessoas por notó- ria falta de vontade política dos decisórios nacionais. A Câmara sabe e sente, seguramente, as dificuldades que há na canalização desses investimentos produtivos e atrativos, apesar das promessas, dos anúncios, da propaganda e das visitas e reuniões com ministros e secretários de estado. O turismo não é nem pode ser a única grande aposta no desenvolvimento de um concelho ou de um país. Esta pandemia mostrou isso a nível local, nacional e mundial. A indústria e a agricultura continuaram a laborar e o turismo parou e não se vislumbra o seu regresso à normalidade.
  • 3. Pá g in a 3 O A lt eren se J un h o d e 2 021 | N. º 31 O concelho de Alter do Chão continua à espera da conclusão do IC13 e, esperemos agora, da Barragem do Pisão, investimentos esses que lhe permitam acreditar num futuro com melhores condições de vida económica, social e cultural. Por último, agora que se aproxima o 1º de Maio e num tempo em que milhares de trabalhadores são/foram enviados para lay off ou, simplesmente, despedidos e vêem os seus direitos laborais ameaçados, a CDU de Alter do Chão saúda, mais uma vez e em primeiro lugar, todos os trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde e todos aqueles (bombeiros e demais agentes) que têm estado na linha da frente no combate a esta terrível pandemia. Saúda igualmente todos os outros trabalhadores que, com o seu esforço, sacrifício e dedicação, têm assegurado o funcionamento do país, dentro da “normalidade” possível. A CDU de Alter do Chão, consciente das restrições existentes, saúda e exorta toda a população trabalhadora do concelho a comemorar o 1º de Maio, tendo em consideração o que a atual contenção nos impõe a todos. Ainda há muito Abril por cumprir, mas não podemos desistir. A luta continua. A CDU de Alter do Chão Trabalhadores do município de Alter do Chão em luta Os trabalhadores da autarquia de Alter do Chão, com apoio do STAL, manifestaram-se nas ruas da vila. Exigem o direito à negociação coletiva, o direito a negociar os horários e a aplicação do Suplemento de Penosidade e Insalubridade e do Acordo de Entidade Pública, o ACEP, com os 25 dias de férias. Após a aprovação do caderno reivindicativo os trabalhadores deslocaram -se ao edifício da Câmara e fizeram a sua entrega no município. Há muito que Alter do Chão não assistia a uma manifestação reivindicativa. João Xavier e José Paulo/Alter do Chão
  • 4. Pá g in a 4 O A lt eren se J un h o d e 2 021 | N. º 31 Requalificação ou destruição de património As eleições autárquicas aproximam-se e, por isso, vêem-se obras, obrinhas e inaugurações a “bom” ritmo. Algumas destas obras reinauguradas vêm de aprovações do executivo anterior (mas fica sempre bem cortar fitas em anos de eleições, com ministros e secretários de estado. E com as botas do meu pai pareço, eu, um homem) e foram, em geral, de requalificação. De requalificação? Requalificar e/ou recuperar nunca foi, e não é, destruir o que existe e substituir por novo. Se as obras no Pelourinho (e o estacionamento?) e na Fontinha não merecem grande reparo, foram bem executadas, o que a Câmara fez, ou deixou fazer, na drogaria do Mourato/Casa do Zé Serrão e no Coreto foi, pura e simplesmente, arrasar algum valor histórico e patrimonial destes edifícios, arrancando os azulejos existentes e substituindo-os por cópias novas. Estes edifícios têm agora algum valor histórico ou turístico ou são apenas casas/construções novas? O interior da drogaria ainda não foi visto e o coreto continua armazém (como o é há mui- tos anos). Uma câmara com tantos arqueólogos (a vice presidente, o 1º secretário da AM, uma empresária do ramo e que executou alguns des- tes trabalhos, mais um outro arqueólogo do quadro) e ainda uma historiadora e uma técnica de turismo não tinha obrigação de ter feito me- lhor? Tanto quanto se soube, o objetivo inicial das obras na drogaria era a criação de um centro interpretativo da água, mas o resultado final foi a criação de gabinetes para a vice presidência e trabalhadores da câmara da área da cultura. Quando se fala tanto de turismo, não deveria a CMAC ter a obrigação de defender a sua história e o seu património? Uma vez que os edifícios se situam em zona de proteção, foi a Direção Regional da Cultura do Alentejo consultada e/ou emitiu algum pare- cer? Relativamente ao Jardim do Álamo, do projecto inicial (tão badalado) o que não foi executado? Alguma vez será finalizado? Agora, está ape- nas mais limpo, tem mais água nos tanques e tem um parque infantil novo sem sombras protetoras. De referir que as obras do Jardim da Casa do Álamo, do Pelourinho, da Fonte Renascentista e do Coreto foram executadas pela Archeo’Es- tudos, Investigação Arqueológica Lda, propriedade de uma candidata do PS à Câmara Municipal nas eleições autárquicas de 2017. Como diria o outro “são coisas d’Alter”. Oxalá as obras (de requalificação, recuperação ou novas?) na fonte junto ao mercado e no Jardim dos 12 Melhores de Alter não levem a mesma volta. Por último, uma curiosidade. O nome da nova folha editada pela Câmara Municipal a “Puro e Real” (já saíram 2 números), à semelhança do atual logotipo camarário, parece publicidade a um produto de supermercado e é apenas pura propaganda, à custa do erário público. Romão Trindade/ Alter do Chão Os caminhos de ferro, até que a voz me doa... A Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses EP, foi assim que a conheci a maior parte do tempo que nela trabalhei como ferroviário, a várias patentes e durante longos anos. Reservando para mim recordações e sabedoria, que a maioria dos Ferroviários também guardam duma empresa que foi fenomenal durante muitos anos e a grande família que foi criada em torno da mesma. Porque valia a pena ser Ferroviário. Quem viaja de comboio de Norte a Sul do país, tem a possibilidade de observar durante a viagem a enormidade de edifícios, ''melhor seria afirmar em alguns casos'' e aldeias construídas na sua periferia, pela própria empresa, ou que se foram construindo na sua proximidade, tudo porque os Caminhos de Ferro foram a grande razão de toda a atividade desenvolvida no país e a ela foi facilitada os seus meios de transpor- te, sobre todos os pontos de vista. Junto a muita estações, ''local apropriado para o efeito devido a facilidade do transporte'', foram construídos enormes edifícios para receção de cereais e posterior envio pelos Caminhos de Ferro, exercício praticado de Norte a Sul para venda, troca ou até mesmo para sementeiras, pois estas matérias eram transportados a preços muito acessíveis, como medida de facilitar o abastecimento das populações de cereais, para os fins mais convenientes atrás citados.
  • 5. Pá g in a 5 O A lt eren se J un h o d e 2 021 | N. º 31 Se observarmos alguns locais, por ex. Portalegre estação, já posteriormente ao 25 de Abril de 1974, foram ali construídos enormes silos, com 50m de altura, para armazenar todo o tipo de cereais ali produzidos, ou mesmo mais distantes, que agora estão ás moscas. A nossa produção de cereais, praticamente deixou de se fazer, porque a maldade governativa que se instalou, contrariou a produção. Chegando-se a ouvir dizer que era melhor comprar que produzir. As grandes empresas de moagens foram subsidiadas para encerrar, como a Moagem do Crato Lda. que possuía umas dezenas de trabalhadores. Mas outras mais também, como a Moagem de Portalegre e a panificadora. Assim se extinguiram largas dezenas de postos de trabalho e não mais a produção dos cereais se fez. A empresa do Caminhos de Ferro criou um extenso parque de va- gões para o transporte dos cereais que hoje estão parados, ''eram da série 574'', não se sabe onde estão. As ex oficinas do Barreiro, posteriormente ao 25 de Abril, construí- ram um lote de vagões de bordas altas, de rolamentos, para fazer o transporte de mercadorias volumosas e que hoje também não os vemos circular. Estão encostados para aí. Eram da série 594, haverá muito Ferroviário que se lembra da utilidade deste material. Por outro lado, se falarmos das linhas ferroviárias, que posteriormente á renovação, com barras de 64'' soldadas, também foram encerradas, como o Ramal de Cáceres. Muitos troços de via foram encerrados no pós 25 de Abril, seja no Norte, Centro ou Sul. O Alto Alentejo praticamente não tem comboios e são muitas a Câmaras Municipais que não se pronunciaram contra o encerramento. Não necessito referir aqui quais, pois todos sabem quem foram. Com um Governo que contrariou o sistema revolucionário, no bom sentido do termo, e o sossego de várias Câmaras Municipais na altura, associadas ao sistema político, foi tudo muito fácil, chegarmos ao ponto de en- contro atual. Sou um aficionado pelos Caminhos de Ferro Portugueses, e tenho encontrado muitos e bons, ainda Ferroviários, aficionados também, com coragem para irem desmontando entorses que se praticam, no interesse de melhorarmos todos, no seu conjunto, estes padrões que nos mar- caram, e hão-de levar-nos ao fim do objetivo a conseguir. João Rodrigues/Cunheira Desemprego em Alter do Chão Os números de desempregado(a)s em Alter do Chão e no distrito de Portalegre, no 1º trimestre de 2021, foram os seguintes: Janeiro Fevereiro Março Ho- mens Mulheres Total Ho- mens Mulhe- res Total Ho- mens Mulheres Total Alter do Chão 92 97 189 92 104 196 91 204 Total no distrito 2738 3901 6639 2797 3959 6756 2804 4035 6839
  • 6. Pá g in a 6 O A lt eren se J un h o d e 2 021 | N. º 31 Ficha Técnica Edição e Propriedade: CDU - Alter do Chão ISSN: 2183-4415 Periodicidade: Trimestral Tiragem: 250 exemplares Distribuição: Impressa e online (gratuitas) Director: João Martins Morada: Rua Senhor Jesus do Outeiro, n.º 17 7440 - 078 Alter do Chão Telefone: 927 220 200 Email: cdualter2013@gmail.com Facebook: www.facebook.com/cdu.alter Coisas . . .  A limpeza da vila está muito deficiente. Faltam trabalhadores?  Continuam a sair trabalhadores da Câmara. Porque acontece isto? Que se passa?  Inaugurações sem parar, em Alter do Chão? Vivam as eleições.  Quanto custaram as substituições dos azulejos do Coreto, da drogaria do Mourato/Casa do Zé Serrão e da fonte junto ao mercado?  A quem pertence a limpeza do chafariz da “Torjena” do Zambujo ? à Junta ou à Câmara? Estão uma vergonha  Na revista publicada pela CMAC os vereadores da oposição não escrevem nada? Porquê? Não podem ou não querem?  Porque razão, as atas das reuniões do executivo demoram tanto a ser tornadas públicas?  Em tempos de pandemia, com o turismo em baixa em todo o mundo, a CMAC gasta cerca de 90 000 euros na promoção do cavalo Alter Real. Faz sentido?  Quanto já custaram as obras inacabadas do Jardim do Álamo?  E o Lago? desapareceu ?  Será verdade que vão ser substituídas canalizações na Rua de Santarém? Quando e porquê? O rigor de um mau regime Imposto por um ser louco Ouviram falar de alguém Mesmo sem terem razão Que ponha homens honestos Nas grades de uma prisão Para que haja liberdade Já procuraram saber Quanto sofrimento e morte Em tempos teve que haver Homens de todos os sectores Do campo, vila e cidade Lutaram pela mesma causa Para viverem em liberdade Mas lutaram sem ter armas Por uma causa decente Antes quebrar que torcer Que orgulho! ..Homens valentes Fabião Heitor Coutinho/Seda,2021