O documento discute a importância do pensamento estratégico para o sucesso das empresas. Afirma que a ausência de pensamento estratégico não pode ser justificada pela velocidade das mudanças e que as empresas mais bem-sucedidas são aquelas que detectam oportunidades e se adaptam às mudanças. Defende que o pensamento estratégico deve fazer parte da cultura organizacional para que a empresa possa ser flexível em resposta aos desafios.
1. O Pensamento Estratégico
O argumento de que as coisas estão acontecendo rápido demais é, em muitos casos, uma
desculpa para a ausência do pensamento estratégico.
Nos últimos anos, várias empresas cresceram
extraordinariamente, enquanto outras estacionaram ou
fracassaram. Algumas dessas companhias detectaram
oportunidades, gerando mudanças, outras deixaram o tempo
passar e não visionaram o futuro.
Precisamos entender que o desempenho obtido em dada
empresa depende de quais ações são adotadas por ela e,
principalmente, da percepção que seus gestores possuem
acerca das oportunidades. É por isto que os principais líderes
não podem se envolver totalmente na operação do dia a dia
para apagar incêndios e perderem a capacidade de
acompanhar continuamente as mudanças que ocorrem no
ambiente externo.
Além disto, para elaborarmos um bom planejamento estratégico, que já faz parte das melhores práticas
organizacionais, precisamos desenvolver a capacidade de pensar estrategicamente. Não podemos analisar os
dados do passado sem olhar para o futuro, tampouco deixar de ter competência e visão nesse ambiente de
constante transformação.
É provável que nenhuma empresa tenha previsto no seu planejamento estratégico a recente crise econômica
mundial, mas aquelas mais flexíveis, detectaram, analisaram e atenderam necessidades que surgiram em virtude
desses problemas econômicos.
O pensamento estratégico destina-se justamente à compreensão das relações entre os contextos internos e
externos da empresa, suas ações, seu desempenho e não pode ser um exercício executado uma vez ao ano, mas
sim uma constante na organização e na vida dos seus gestores. Portanto, deve estar enraizado na cultura, nas
rotinas e na estrutura organizacional, caso contrário o planejamento estratégico poderá ficar condicionado
apenas à alocação de recursos e seremos pouco flexíveis em caso de necessidade.
O argumento de que “as coisas estão acontecendo rápido demais para se pensar em estratégia” é, em muitos
casos, uma desculpa para a ausência do pensamento estratégico. É necessário que exista uma consistência de
comportamento ao longo do tempo, inclusive no desenvolvimento de equipes que gerem resultados dentro dos
mesmos princípios.
É muito importante que os gestores entendam que as ações serão muito mais consistentes se existir uma
maturidade estratégica na organização e que isso é uma questão de sobrevivência diante do ambiente
competitivo no qual suas companhias atuam.
Não podemos deixar nossos planos de lado diante dos primeiros problemas e de uma cultura organizacional
ultrapassada. É preciso ter uma visão clara do futuro e dos caminhos a serem seguidos.
* Por Flávio Moura
Palestrante e consultor empresarial
flavio@caputconsultoria.com.br