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Como são os Transtornos do uso
de substâncias e a mulher no
período perinatal?
HEWDY LOBO RIBEIRO
COMISSÃO DE SAÚDE MENTAL DA MULHER - ABP
PSIQUIATRA FORENSE E PSICOGERIATRA – ABP
Mulher no período perinatal
 Gestação é caracterizada como um dos períodos mais
marcantes que compõem o ciclo vital da mulher
 Gravidez e fase puerperal impactam de forma importante a
vida da mulher, principalmente primíparas
 Alterações são devidas às mudanças físicas (fatores
hormonais), psicológicas (relacionadas aos cuidados no
recém-nascido) e sociais (questões contextuais)
 Transformações desafiam a capacidade de adaptação, e
repercute no humor, bem-estar, relacionamento com
amigos, familiares, e parceria
(Ribeiro et al, 2016)
O uso no período perinatal
 Gestantes com Transtorno por Uso de Substância (TUS) sofrem estigma social
e preconceito
 Dados sobre epidemiologia do consumo são limitados - provável que muito
abaixo da realidade - não contam por medo de serem repreendidas,
julgadas e punidas
 Cannabis - substância ilícita mais utilizada por gestantes e puérperas
 3% a 10% mundialmente
 Este momento pode representar fator proteção em que a gestante escolhe
parar de usar motivada pela saúde do bebê e pela nova fase
 Porém estudos demonstram que há a urgência em pensar alternativas de
tratamento para mulheres que não interrompem o consumo
 Dificuldades e estresse gerados pela gestação podem representar fator de risco,
sendo o consumo uma forma desadaptada de manejar as emoções
(Rennó Jr, Ribeiro, Demarque, 2013)
Consequências
 Se recomenda a abstinência durante este período devido às possíveis
consequências ao feto ou recém nascido, mesmo no longo prazo
 Ressalta-se a necessidade de esta orientação estar vinculada com a
valorização da mulher:
 Como ela significa este momento em sua vida?
 Quais são as necessidades atuais desta mulher?
 O que ela pensa sobre a maternidade?
 Quais são seus medos e inseguranças?
 Cuidado à mulher gestante não deve ser apenas pelas possíveis
consequências ao feto
 Lembrar que não é apenas o uso de substâncias da mãe que pode
colocar o feto ou recém nascido em risco, mas também as possíveis
violências que esta sofre ou outras situações de vulnerabilidade
 Foram entrevistadas psicólogas, terapeutas familiares, enfermeiras,
assistentes sociais (n=40) em quatro grandes serviços de internação para
gestantes TUS da Noruega
 Discurso predominante era a necessidade da criação de vínculo entre a mãe
e a criança durante o tratamento
 Discurso da “boa mãe” estigmatizante
 Naturalização do vínculo/apego como algo biológico
 Falta de vínculo como um problema da mãe
 Tratamento involuntário “ajudaria” a criação deste vínculo
 Conclusão: vínculo como único objetivo de tratamento, e minimização da
importância da história e contexto de vida da mulher, ainda que esta seja
determinante para a possibilidade do vínculo
Abordagem
 Avaliação deve incluir:
 Histórico de violência - violência doméstica, traumas físicos, psicológicos e sexuais, e
negligência (com oferta de terapia para manejo do trauma e medidas de proteção)
 Verificar condições de moradia e alimentação
 Comorbidades psiquiátricas - principalmente depressão e ansiedade
 Parceira e violência
 Mulheres TUS que sofrem violência por parceiro íntimo antes da gestação são mais
propensas a apresentar TUS mais grave em comparação com as não vítimas
 Durante a gestação vítimas têm maior probabilidade de consumir substâncias que as não
vítimas
(Martin, Beaumont, Kupper, 2003)
 Presença de parcerias TUS atrasam busca por tratamento e dificultam a adesão
 Imprescindível a presença da parceria durante o pré-natal e tratamento para o aumento
das chances de recuperação
(Wong, Ordean, Kahan, 2011)
Abordagem
 Quando tratamento e cessação não precede a gravidez, o principal objetivo
será promover intervenções que evitem morbidades e mortalidades e
aumentem a saúde da mãe e do feto / bebê
 Barreiras pessoais: vergonha, medo do estigma, sentimento de culpa, falta
de suporte familiar, parceria TUS, medo de perder a criança, dificuldade para
transporte, medo de consequências legais
 Barreiras do sistema: falta de tratamento apropriado para mulheres gestantes
TUS, atitudes negativas e preconceituosas de profissionais da saúde
(Ribeiro et al, 2016)
 Denúncia para órgãos protetores
 Histórico de uso de SPA em si não impossibilita o desempenho do papel de
mãe
 Há necessidade de denúncia em caso de suspeita de risco ao feto / recém
nascido por violência ou negligência
 Profissional da saúde deve sinalizar a necessidade de proteção à criança,
estimulando mudanças de comportamento e motivando para a cessação e
adesão ao tratamento
Abordagem
 Importante: postura acolhedora, não julgadora, flexível, respeitosa e
estimulante do profissional
 Organização Mundial da Saúde (OMS, 2014) - Profissionais da saúde
devem aplicar à mulheres com TUS:
 Avaliação compreensiva e cuidado individualizado
 Perguntar sobre consumo no passado e no presente, desde o início
da gestação até a visita pré-parto
 Aconselhar a cessar seu consumo, ofertar ou encaminhar para
serviços de desintoxicação sob supervisão médica quando necessário
 Encorajar aleitamento materno e contatos pele a pele em mãe que
esteja em condições de responder às necessidades do bebê
 Indicar farmacoterapia se necessário
 Mães usuárias de álcool:
 Maior prevalência de depressão pós parto
 Menores chances de ir à serviços de saúde para tratamento e orientação
 Medicamentos - fornecidos para diminuir efeitos durante a desintoxicação
 BDZ e antispicóticos - reduzir ansiedade e insônia
 Antidepressivos - podem ser administrados após a abstinência
 Disulfiram, naltrexona e acamprosato - casos mais graves para diminuir fissura e
manter abstinência.
 Revisão não encontrou estudos controlados randomizados que avaliem a eficácia
das intervenções farmacológicas em mulheres grávidas em programas de
tratamento de álcool para melhorar os desfechos da mãe, do nascimento e da
criança
Abordagem Psiquiátrica
 TUS é um fator de risco independente para malformação congênita e
aumento da mortalidade fetal e o período perinatal
 Benzodiazepínicos (BDZ) estão entre os psicofármacos mais prescritos para
gestantes
 Apesar de estudos anteriores sugerirem a relação entre a exposição
intrauterina a BDZ no primeiro trimestre e malformações congênitas ou
fenda labial ou palatina, pesquisas recentes não identificaram esta associação
de forma tão frequente
 Estudos atuais também não identificaram atrasos cognitivos e motores
 Não é isento de risco:
 Parto prematuro, baixo peso ao nascer, baixo Apgar score, admissão em UTI
neonatal e síndrome do desconforto respiratório
 Síndrome de abstinência do neonato e Síndrome do floppy baby
 Aleitamento: sedação da criança, náuseas e alimentação pobre
(RIBEIRO et al, 2017)
Abordagem
 OMS (2014) coloca como Princípios para Programas para Gestantes com
TUS:
 Priorização da prevenção: prevenir, reduzir e cessar o consumo na gestação e
no pós parto para a melhoria da saúde e bem estar da mulher e seus filhos
 Garantir acesso à prevenção e a serviços de tratamento: com especial
atenção à confidencialidade, legislação nacional e aos direitos humanos
internacionais
 Respeito à autonomia da paciente: e estas devem ser totalmente informadas
sobre os riscos e benefícios, para elas e para seu feto ou bebê, das opções
de tratamento
 Promover cuidado compreensivo: serviços devem ter um nível de
compreensão que seja adequado á complexidade e natureza multifacetada
dos TUS e seus antecedentes
 Proteção contra discriminação e estigmatização: e promoção do apoio
familiar, comunitário e social, assim como inclusão social através de ligações
com serviços de cuidados à criança, de emprego, educação e outros
Abordagem
 Período do puerpério
 Consultas regulares para seguimento
 Entrevista motivacional para manutenção da abstinência e do tratamento
 Pode ser necessário orientações para não exposição do bebê à SPA
 Psicoeducação sobre riscos ao bebê decorrentes do uso
 Follow up de comorbidades clínicas e psiquiátricas, e dos impactos do novo
papel de mãe
 Psicoeducação sobre anticoncepção e doenças sexualmente transmissíveis
 Gerenciamento de caso e encaminhamento para outros serviços de saúde
(Ribeiro et al, 2016; Wong, Ordean, Kahan, 2011)
Referências
 RIBEIRO, H. L.; Joel Rennó Júnior ; DEMARQUE, R. ; CAVALSAN, J. P. ; ROCHA, R. ; CANTILINO, A. ;
RIBEIRO, J. A. M. ; VALADARES, G. ; SILVA, A. G. . Efeitos Do Consumo De Cannabis Na Gravidez E No
Período Pós-Parto. REVISTA DEBATES EM PSIQUIATRIA, v. 2, p. 16-24, 2016.
 Joel Rennó Jr, Ribeiro, HL, Demarque, R. Sexualidade Durante a Gestação e Puerpério. In: Alessandra
Diehl; Denise Leite Vieira. (Org.). Sexualidade: do prazer ao sofrer. 1ed.São Paulo: São Paulo, 2013, v. , p.
115-131.
 Wong S, Ordean A, Kahan M; Maternal Fetal Medicine Committee; Family Physicians Advisory
Committee; Medico-Legal Committee; Society of Obstetricians and Gynaecologists of Canada. Substance
use in pregnancy. J Obstet Gynaecol Can. 2011 Apr;33(4):367-84.
 WHO. Guidelines for the identification and management of substance use and substance use disorders in
pregnancy. 2014. Disponível em:
http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/107130/1/9789241548731_eng.pdf?ua=1
 RIBEIRO, H. L.; OLIVEIRA, A. C. S. ; Joel Rennó Júnior . Maconha: Efeitos na Gestante, no Feto e no
Recém-Nascido. In: Conceição A. M. Segre; Helenilce de Paula Fiod Costa; Umberto Gazi Lippi. (Org.).
Perinatologia - Fundamentos e Prática. 3ed.São Paulo: Sarvier, 2015, v. 1, p. 357-.
 Martin SL, Beaumont JL, Kupper LL. Substance use before and during pregnancy: links to intimate
partner violence. Am J Drug Alcohol Abuse. 2003 Aug;29(3):599-617.
 RIBEIRO, H. L.; Fábio Tápia Salzano ; PEROSA, R. C. ; Táki Athanássios Cordás ; Joel Rennó Júnior .
Psicofarmacologia Durante Gravidez e Lactação. In: Ricardo Alberto Moreno; Taki Athanássios Cordás.
(Org.). Condutas em Psiquiatria - Consulta Rápida. 2ed.Porto Alegre: Artmed, 2017, v. 1, p. 373-.
 Smith EJ., Lui S, Terplan M. Pharmacologic Interventions for Pregnant Women Enrolled in Alcohol
Treatment. Cochrane Database of Systematic Reviews 2009
 Myra SM, Ravndal E, Torsteinsson VW, Øfsti AKS. Pregnant Substance Abusers in Voluntary and Coercive
treatment in Norway: therapists' reflections on change processes and attachment experiences. J Clin
Nurs. 2017 Sep 7.
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Transtornos do uso de substâncias na mulher perinatal

  • 1. Como são os Transtornos do uso de substâncias e a mulher no período perinatal? HEWDY LOBO RIBEIRO COMISSÃO DE SAÚDE MENTAL DA MULHER - ABP PSIQUIATRA FORENSE E PSICOGERIATRA – ABP
  • 2. Mulher no período perinatal  Gestação é caracterizada como um dos períodos mais marcantes que compõem o ciclo vital da mulher  Gravidez e fase puerperal impactam de forma importante a vida da mulher, principalmente primíparas  Alterações são devidas às mudanças físicas (fatores hormonais), psicológicas (relacionadas aos cuidados no recém-nascido) e sociais (questões contextuais)  Transformações desafiam a capacidade de adaptação, e repercute no humor, bem-estar, relacionamento com amigos, familiares, e parceria (Ribeiro et al, 2016)
  • 3. O uso no período perinatal  Gestantes com Transtorno por Uso de Substância (TUS) sofrem estigma social e preconceito  Dados sobre epidemiologia do consumo são limitados - provável que muito abaixo da realidade - não contam por medo de serem repreendidas, julgadas e punidas  Cannabis - substância ilícita mais utilizada por gestantes e puérperas  3% a 10% mundialmente  Este momento pode representar fator proteção em que a gestante escolhe parar de usar motivada pela saúde do bebê e pela nova fase  Porém estudos demonstram que há a urgência em pensar alternativas de tratamento para mulheres que não interrompem o consumo  Dificuldades e estresse gerados pela gestação podem representar fator de risco, sendo o consumo uma forma desadaptada de manejar as emoções (Rennó Jr, Ribeiro, Demarque, 2013)
  • 4. Consequências  Se recomenda a abstinência durante este período devido às possíveis consequências ao feto ou recém nascido, mesmo no longo prazo  Ressalta-se a necessidade de esta orientação estar vinculada com a valorização da mulher:  Como ela significa este momento em sua vida?  Quais são as necessidades atuais desta mulher?  O que ela pensa sobre a maternidade?  Quais são seus medos e inseguranças?  Cuidado à mulher gestante não deve ser apenas pelas possíveis consequências ao feto  Lembrar que não é apenas o uso de substâncias da mãe que pode colocar o feto ou recém nascido em risco, mas também as possíveis violências que esta sofre ou outras situações de vulnerabilidade
  • 5.  Foram entrevistadas psicólogas, terapeutas familiares, enfermeiras, assistentes sociais (n=40) em quatro grandes serviços de internação para gestantes TUS da Noruega  Discurso predominante era a necessidade da criação de vínculo entre a mãe e a criança durante o tratamento  Discurso da “boa mãe” estigmatizante  Naturalização do vínculo/apego como algo biológico  Falta de vínculo como um problema da mãe  Tratamento involuntário “ajudaria” a criação deste vínculo  Conclusão: vínculo como único objetivo de tratamento, e minimização da importância da história e contexto de vida da mulher, ainda que esta seja determinante para a possibilidade do vínculo
  • 6. Abordagem  Avaliação deve incluir:  Histórico de violência - violência doméstica, traumas físicos, psicológicos e sexuais, e negligência (com oferta de terapia para manejo do trauma e medidas de proteção)  Verificar condições de moradia e alimentação  Comorbidades psiquiátricas - principalmente depressão e ansiedade  Parceira e violência  Mulheres TUS que sofrem violência por parceiro íntimo antes da gestação são mais propensas a apresentar TUS mais grave em comparação com as não vítimas  Durante a gestação vítimas têm maior probabilidade de consumir substâncias que as não vítimas (Martin, Beaumont, Kupper, 2003)  Presença de parcerias TUS atrasam busca por tratamento e dificultam a adesão  Imprescindível a presença da parceria durante o pré-natal e tratamento para o aumento das chances de recuperação (Wong, Ordean, Kahan, 2011)
  • 7. Abordagem  Quando tratamento e cessação não precede a gravidez, o principal objetivo será promover intervenções que evitem morbidades e mortalidades e aumentem a saúde da mãe e do feto / bebê  Barreiras pessoais: vergonha, medo do estigma, sentimento de culpa, falta de suporte familiar, parceria TUS, medo de perder a criança, dificuldade para transporte, medo de consequências legais  Barreiras do sistema: falta de tratamento apropriado para mulheres gestantes TUS, atitudes negativas e preconceituosas de profissionais da saúde (Ribeiro et al, 2016)  Denúncia para órgãos protetores  Histórico de uso de SPA em si não impossibilita o desempenho do papel de mãe  Há necessidade de denúncia em caso de suspeita de risco ao feto / recém nascido por violência ou negligência  Profissional da saúde deve sinalizar a necessidade de proteção à criança, estimulando mudanças de comportamento e motivando para a cessação e adesão ao tratamento
  • 8. Abordagem  Importante: postura acolhedora, não julgadora, flexível, respeitosa e estimulante do profissional  Organização Mundial da Saúde (OMS, 2014) - Profissionais da saúde devem aplicar à mulheres com TUS:  Avaliação compreensiva e cuidado individualizado  Perguntar sobre consumo no passado e no presente, desde o início da gestação até a visita pré-parto  Aconselhar a cessar seu consumo, ofertar ou encaminhar para serviços de desintoxicação sob supervisão médica quando necessário  Encorajar aleitamento materno e contatos pele a pele em mãe que esteja em condições de responder às necessidades do bebê  Indicar farmacoterapia se necessário
  • 9.  Mães usuárias de álcool:  Maior prevalência de depressão pós parto  Menores chances de ir à serviços de saúde para tratamento e orientação  Medicamentos - fornecidos para diminuir efeitos durante a desintoxicação  BDZ e antispicóticos - reduzir ansiedade e insônia  Antidepressivos - podem ser administrados após a abstinência  Disulfiram, naltrexona e acamprosato - casos mais graves para diminuir fissura e manter abstinência.  Revisão não encontrou estudos controlados randomizados que avaliem a eficácia das intervenções farmacológicas em mulheres grávidas em programas de tratamento de álcool para melhorar os desfechos da mãe, do nascimento e da criança
  • 10. Abordagem Psiquiátrica  TUS é um fator de risco independente para malformação congênita e aumento da mortalidade fetal e o período perinatal  Benzodiazepínicos (BDZ) estão entre os psicofármacos mais prescritos para gestantes  Apesar de estudos anteriores sugerirem a relação entre a exposição intrauterina a BDZ no primeiro trimestre e malformações congênitas ou fenda labial ou palatina, pesquisas recentes não identificaram esta associação de forma tão frequente  Estudos atuais também não identificaram atrasos cognitivos e motores  Não é isento de risco:  Parto prematuro, baixo peso ao nascer, baixo Apgar score, admissão em UTI neonatal e síndrome do desconforto respiratório  Síndrome de abstinência do neonato e Síndrome do floppy baby  Aleitamento: sedação da criança, náuseas e alimentação pobre (RIBEIRO et al, 2017)
  • 11. Abordagem  OMS (2014) coloca como Princípios para Programas para Gestantes com TUS:  Priorização da prevenção: prevenir, reduzir e cessar o consumo na gestação e no pós parto para a melhoria da saúde e bem estar da mulher e seus filhos  Garantir acesso à prevenção e a serviços de tratamento: com especial atenção à confidencialidade, legislação nacional e aos direitos humanos internacionais  Respeito à autonomia da paciente: e estas devem ser totalmente informadas sobre os riscos e benefícios, para elas e para seu feto ou bebê, das opções de tratamento  Promover cuidado compreensivo: serviços devem ter um nível de compreensão que seja adequado á complexidade e natureza multifacetada dos TUS e seus antecedentes  Proteção contra discriminação e estigmatização: e promoção do apoio familiar, comunitário e social, assim como inclusão social através de ligações com serviços de cuidados à criança, de emprego, educação e outros
  • 12. Abordagem  Período do puerpério  Consultas regulares para seguimento  Entrevista motivacional para manutenção da abstinência e do tratamento  Pode ser necessário orientações para não exposição do bebê à SPA  Psicoeducação sobre riscos ao bebê decorrentes do uso  Follow up de comorbidades clínicas e psiquiátricas, e dos impactos do novo papel de mãe  Psicoeducação sobre anticoncepção e doenças sexualmente transmissíveis  Gerenciamento de caso e encaminhamento para outros serviços de saúde (Ribeiro et al, 2016; Wong, Ordean, Kahan, 2011)
  • 13. Referências  RIBEIRO, H. L.; Joel Rennó Júnior ; DEMARQUE, R. ; CAVALSAN, J. P. ; ROCHA, R. ; CANTILINO, A. ; RIBEIRO, J. A. M. ; VALADARES, G. ; SILVA, A. G. . Efeitos Do Consumo De Cannabis Na Gravidez E No Período Pós-Parto. REVISTA DEBATES EM PSIQUIATRIA, v. 2, p. 16-24, 2016.  Joel Rennó Jr, Ribeiro, HL, Demarque, R. Sexualidade Durante a Gestação e Puerpério. In: Alessandra Diehl; Denise Leite Vieira. (Org.). Sexualidade: do prazer ao sofrer. 1ed.São Paulo: São Paulo, 2013, v. , p. 115-131.  Wong S, Ordean A, Kahan M; Maternal Fetal Medicine Committee; Family Physicians Advisory Committee; Medico-Legal Committee; Society of Obstetricians and Gynaecologists of Canada. Substance use in pregnancy. J Obstet Gynaecol Can. 2011 Apr;33(4):367-84.  WHO. Guidelines for the identification and management of substance use and substance use disorders in pregnancy. 2014. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/107130/1/9789241548731_eng.pdf?ua=1  RIBEIRO, H. L.; OLIVEIRA, A. C. S. ; Joel Rennó Júnior . Maconha: Efeitos na Gestante, no Feto e no Recém-Nascido. In: Conceição A. M. Segre; Helenilce de Paula Fiod Costa; Umberto Gazi Lippi. (Org.). Perinatologia - Fundamentos e Prática. 3ed.São Paulo: Sarvier, 2015, v. 1, p. 357-.  Martin SL, Beaumont JL, Kupper LL. Substance use before and during pregnancy: links to intimate partner violence. Am J Drug Alcohol Abuse. 2003 Aug;29(3):599-617.  RIBEIRO, H. L.; Fábio Tápia Salzano ; PEROSA, R. C. ; Táki Athanássios Cordás ; Joel Rennó Júnior . Psicofarmacologia Durante Gravidez e Lactação. In: Ricardo Alberto Moreno; Taki Athanássios Cordás. (Org.). Condutas em Psiquiatria - Consulta Rápida. 2ed.Porto Alegre: Artmed, 2017, v. 1, p. 373-.  Smith EJ., Lui S, Terplan M. Pharmacologic Interventions for Pregnant Women Enrolled in Alcohol Treatment. Cochrane Database of Systematic Reviews 2009  Myra SM, Ravndal E, Torsteinsson VW, Øfsti AKS. Pregnant Substance Abusers in Voluntary and Coercive treatment in Norway: therapists' reflections on change processes and attachment experiences. J Clin Nurs. 2017 Sep 7.
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