SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
SERVIÇO PÚBLICO
FEDERAL
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG
FACULDADE DE MEDICINA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA
Rua Gen. Osório, s/ n.° – Área Acadêmica do Campus da Saúde –
Rio Grande- RS – CEP 96201-900
Fone: (53) 3233.8842 - Fax: (53) 3233.8892 - E -mail: medicina@furg.br
FURG
PROTOCOLOS DE ASSISTÊNCIA A
GESTANTE A SEREM
IMPLANTADOS NO HU/FURG E
SMS
Manejo dos quadros infecciosos
Protocolo do papiloma vírus humano
Caracterizado por lesões verrugosas, isoladas ou agrupadas, úmidas ou
secas e queratinizadas, geralmente localizadas na vulva, períneo e região
perianal. Podem ser subclínicas e afetar o colo uterino. Alguns subtipos do
HPV são fortemente associados a neoplasia cervical (subtipos 16, 18, 31 e 35).
Tratamento da gestante
Condilomatose
Na gestação, as lesões condilomatosas poderão atingir grandes
proporções, seja pelo aumento da vascularização, sejam pelas alterações
hormonais e imunológicas que ocorrem nesse período. Como as lesões
durante a gestação podem proliferar e tornar-se friáveis, muitos especialistas
indicam a sua remoção nessa fase. Não está estabelecido o valor preventivo
da operação cesariana; portanto, essa não deve ser realizada baseando-se
apenas na prevenção da transmissão do HPV para o recém-nascido, já que o
risco da infecção naso-faríngea do feto é muito baixa. Apenas em raros casos,
quando tamanho e localização das lesões estão causando obstrução do canal
de parto, ou quando parto vaginal possa ocasionar sangramento excessivo, a
operação cesariana deverá ser indicada. A escolha do tratamento vai se basear
no tamanho e no número das lesões:
• Nunca usar PODOFILINA, PODOFILOTOXINA ou IMIQUIMOD,
durante qualquer fase da gravidez;
• Lesões pequenas, isoladas e externas: eletro ou criocauterização e
ATA80% até 34 semanas de gravidez;
• Lesões grandes e externas: ressecção com eletrocautério ou cirurgia de
alta freqüência ou exérese por alça diatérmica ou LEEP, até 34 semanas
de gravidez. Esse procedimento exige profissional habilitado, visto que
pode provocar sangramento considerável;
• Lesões pequenas, colo, vagina e vulva: eletro ou criocauterização e
ATA80%, apenas a partir do segundo trimestre até 34 semanas de
gravidez;
• Mulheres com condilomatose durante a gravidez deverão ser seguidas
com citologia oncológica após o parto.
Lesão precursora
Em relação ao tratamento das lesões precursoras do carcinoma
cervical e do carcinoma in situ, estes devem ser acompanhados durante a
gestação com colpo/citologia de 3/3 meses e reavaliadas após o parto, que
poderá ser por via vaginal. Realizar colposcopia sem sinal de invasão
acompanhar com CP de 3/3 meses no pré-natal e reavaliar após o parto. Se
colposcopia com suspeita de invasão fazer biopsia e aguardar anatomo
patológico para decidir conduta.
A conização em gestantes é reservada para pacientes com suspeita de
invasão e está associada a altas taxas de complicações. As complicações mais
freqüentes são aborto (25%), trabalho de parto pré-termo (12%), hemorragia
(5% no primeiro e segundo trimestres e 10% no terceiro trimestre) e infecção.
Os riscos de aborto e sangramento diminuem consideravelmente quando a
conização é realizada no segundo trimestre, preferencialmente entre a 14ª e a
20ª semanas.
Carcinoma cervical
Durante a gravidez o sintoma mais prevalente é o sangramento vaginal,
estando presente em 5% dos casos. A colposcopia deve ser realizada em toda
grávida com citologia alterada, pois além de identificar as lesões suspeitas de
neoplasia, indica o local de realização da biópsia.
Para o estadiamento do câncer cervical a ultra-sonografia (US) abdominal
e pélvica e a ressonância magnética (uso não recomendado no primeiro
trimestre) são considerados de escolha para o estadiamento da gestante. A US
é utilizada para avaliar envolvimento urogenital, e a ressonância para avaliar o
tamanho do tumor, a sua expansão para órgãos adjacentes e detecção de
metástases em linfonodos.
Para o carcinoma micro-invasor não há na literatura evidencias quanto
a melhor abordagem, nem quanto o momento do tratamento e o tipo de parto.
Quando a lesão é diagnosticada até a 20ª semana de gestação, a conização
parece a melhor conduta. Após este período, deve-se aguardar o parto, que
pode ser por via vaginal se as margens da conização estiverem livres. Caso
esta não tenha sido feita ou as margens estejam comprometidas à cesariana
deve ser a via de escolha.
Em casos de carcinoma invasor em gestantes com até 12 semanas a
escolha é pelo tratamento imediato e definitivo através de histerectomia radical
com feto in situ e linfadenectomia, ou radioterapia externa com feto in situ, que
na maioria dos casos levará ao abortamento espontâneo, caso isto não ocorra
haverá a necessidade de esvaziar a cavidade uterina, antes da braquiterapia
complementar.
Nos diagnósticos ocorridos no segundo trimestre pode-se aguardar a
maturidade pulmonar fetal. Estudos recentes indicam o uso da quimioterapia
com cisplatina para estabilizar a doença até o momento do parto, que
preferencialmente será por cesárea. O uso da quimioterapia parece ser viável,
entretanto deve ser evitada no primeiro trimestre pelo risco de teratogênese e
após as 35 semanas, pois o parto poderá ocorrer durante o período de maior
imunossupressão fetal.
Nas pacientes com gestação a termo com carcinoma invasor a escolha
tem sido interrupção da gestação por cesariana, pois o parto vaginal poderia
resultar em disseminação linfovascular da doença, sangramento excessivo,
laceração do colo e implante de células malignas no local da episiotomia. Além
disso, a via alta permite a realização do tratamento cirúrgico complementar da
neoplasia, quando indicado. Durante a realização da cesariana a incisão
corporal no útero é a escolha, a placenta deve ser extraída e a histerorrafia
realizada, para em seguida ser feita a histerectomia.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Abordagem das lesões pré malignas e do câncer de colo do útero
Abordagem das lesões pré malignas e do câncer de colo do úteroAbordagem das lesões pré malignas e do câncer de colo do útero
Abordagem das lesões pré malignas e do câncer de colo do úteroClaudio Sergio Batista
 
Cancro do Colo o Útero
Cancro do Colo o ÚteroCancro do Colo o Útero
Cancro do Colo o ÚteroFrances S.
 
Lesões pré neoplasicas do colo uterino cancer de colo
Lesões pré neoplasicas do colo uterino cancer de coloLesões pré neoplasicas do colo uterino cancer de colo
Lesões pré neoplasicas do colo uterino cancer de coloAuro Gonçalves
 
Aula de Câncer de Ovário
Aula de Câncer de OvárioAula de Câncer de Ovário
Aula de Câncer de OvárioMateus Cornélio
 
Seminário câncer de mama
Seminário câncer de mamaSeminário câncer de mama
Seminário câncer de mamaThiessa Vieira
 
Lesões precursoras do câncer do colo uterino
Lesões precursoras do câncer do colo uterinoLesões precursoras do câncer do colo uterino
Lesões precursoras do câncer do colo uterinoitsufpr
 
Câncer de mama rastreamento e diagnostico
Câncer de mama   rastreamento e diagnosticoCâncer de mama   rastreamento e diagnostico
Câncer de mama rastreamento e diagnosticochirlei ferreira
 
Tumores benignos da mama
Tumores benignos da mamaTumores benignos da mama
Tumores benignos da mamaNemésio Garcia
 
Fisiopatologia do Câncer de Ovários - Apresentação de artigo - New insights i...
Fisiopatologia do Câncer de Ovários - Apresentação de artigo - New insights i...Fisiopatologia do Câncer de Ovários - Apresentação de artigo - New insights i...
Fisiopatologia do Câncer de Ovários - Apresentação de artigo - New insights i...Caroline Reis Gonçalves
 
Câncer de Ovário - Solange Sanches
Câncer de Ovário - Solange Sanches Câncer de Ovário - Solange Sanches
Câncer de Ovário - Solange Sanches Oncoguia
 
Conhecimentos básicos em enfermagem
Conhecimentos básicos em enfermagemConhecimentos básicos em enfermagem
Conhecimentos básicos em enfermagemVirginia Scalia
 
IST's Verrugas anogenitais
IST's Verrugas anogenitaisIST's Verrugas anogenitais
IST's Verrugas anogenitaisRavenny Caminha
 
Câncer de cólo de útero
Câncer de cólo de úteroCâncer de cólo de útero
Câncer de cólo de úteroRoberta Araujo
 
DiagnóStico E Tratamento Das DoençAs Do Colo Uterino
DiagnóStico E Tratamento  Das DoençAs Do Colo UterinoDiagnóStico E Tratamento  Das DoençAs Do Colo Uterino
DiagnóStico E Tratamento Das DoençAs Do Colo Uterinochirlei ferreira
 

Mais procurados (20)

Abordagem das lesões pré malignas e do câncer de colo do útero
Abordagem das lesões pré malignas e do câncer de colo do úteroAbordagem das lesões pré malignas e do câncer de colo do útero
Abordagem das lesões pré malignas e do câncer de colo do útero
 
Cancro do Colo o Útero
Cancro do Colo o ÚteroCancro do Colo o Útero
Cancro do Colo o Útero
 
Lesões pré neoplasicas do colo uterino cancer de colo
Lesões pré neoplasicas do colo uterino cancer de coloLesões pré neoplasicas do colo uterino cancer de colo
Lesões pré neoplasicas do colo uterino cancer de colo
 
Aula de Câncer de Ovário
Aula de Câncer de OvárioAula de Câncer de Ovário
Aula de Câncer de Ovário
 
Seminário câncer de mama
Seminário câncer de mamaSeminário câncer de mama
Seminário câncer de mama
 
Tumor de Ovário
Tumor de Ovário Tumor de Ovário
Tumor de Ovário
 
Lesões precursoras do câncer do colo uterino
Lesões precursoras do câncer do colo uterinoLesões precursoras do câncer do colo uterino
Lesões precursoras do câncer do colo uterino
 
Câncer de mama rastreamento e diagnostico
Câncer de mama   rastreamento e diagnosticoCâncer de mama   rastreamento e diagnostico
Câncer de mama rastreamento e diagnostico
 
cancer de mama
cancer de mamacancer de mama
cancer de mama
 
Otimização dos métodos de imagem
Otimização dos métodos de imagemOtimização dos métodos de imagem
Otimização dos métodos de imagem
 
Tumores benignos da mama
Tumores benignos da mamaTumores benignos da mama
Tumores benignos da mama
 
Fisiopatologia do Câncer de Ovários - Apresentação de artigo - New insights i...
Fisiopatologia do Câncer de Ovários - Apresentação de artigo - New insights i...Fisiopatologia do Câncer de Ovários - Apresentação de artigo - New insights i...
Fisiopatologia do Câncer de Ovários - Apresentação de artigo - New insights i...
 
Câncer de Ovário - Solange Sanches
Câncer de Ovário - Solange Sanches Câncer de Ovário - Solange Sanches
Câncer de Ovário - Solange Sanches
 
Quimioterapia neoadjuvante versus cirurgia inicial em CA de ovário
Quimioterapia neoadjuvante versus cirurgia inicial em CA de ovárioQuimioterapia neoadjuvante versus cirurgia inicial em CA de ovário
Quimioterapia neoadjuvante versus cirurgia inicial em CA de ovário
 
Conhecimentos básicos em enfermagem
Conhecimentos básicos em enfermagemConhecimentos básicos em enfermagem
Conhecimentos básicos em enfermagem
 
IST's Verrugas anogenitais
IST's Verrugas anogenitaisIST's Verrugas anogenitais
IST's Verrugas anogenitais
 
Montenegro ca colo
Montenegro ca coloMontenegro ca colo
Montenegro ca colo
 
Câncer de cólo de útero
Câncer de cólo de úteroCâncer de cólo de útero
Câncer de cólo de útero
 
Cancer de Mama
Cancer de MamaCancer de Mama
Cancer de Mama
 
DiagnóStico E Tratamento Das DoençAs Do Colo Uterino
DiagnóStico E Tratamento  Das DoençAs Do Colo UterinoDiagnóStico E Tratamento  Das DoençAs Do Colo Uterino
DiagnóStico E Tratamento Das DoençAs Do Colo Uterino
 

Semelhante a Protocolo do hpv

Câncer de mama e incapacidade laboral
Câncer de mama e incapacidade laboralCâncer de mama e incapacidade laboral
Câncer de mama e incapacidade laboralEstúdio Site Ltda
 
AULA Câncer do colo do útero.pptx
AULA Câncer do colo do útero.pptxAULA Câncer do colo do útero.pptx
AULA Câncer do colo do útero.pptxJessicaRamos80226
 
SLIDE CÂNCER COLO DO ÚTERO.pptx
SLIDE CÂNCER COLO DO ÚTERO.pptxSLIDE CÂNCER COLO DO ÚTERO.pptx
SLIDE CÂNCER COLO DO ÚTERO.pptxGlauciaVieira16
 
2CANCER+DE+COLO_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
2CANCER+DE+COLO_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx2CANCER+DE+COLO_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
2CANCER+DE+COLO_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptxItauanaAlmeida1
 
importancia do conhecimento do Cancro da mama.ppt
importancia do conhecimento do Cancro da mama.pptimportancia do conhecimento do Cancro da mama.ppt
importancia do conhecimento do Cancro da mama.pptvalentimamuge
 
aula_tumoresfemininos_mulherporinteiro.pdf
aula_tumoresfemininos_mulherporinteiro.pdfaula_tumoresfemininos_mulherporinteiro.pdf
aula_tumoresfemininos_mulherporinteiro.pdfAndreiaCosta151227
 
Protocolo do herpes
Protocolo do herpesProtocolo do herpes
Protocolo do herpestvf
 
Apresentação Outubro Rosa.pptx.pptx
Apresentação Outubro Rosa.pptx.pptxApresentação Outubro Rosa.pptx.pptx
Apresentação Outubro Rosa.pptx.pptxWatchFaceFree
 
Câncer de ânus
Câncer de ânusCâncer de ânus
Câncer de ânusElís Souza
 
Tudo sobre Câncer do Colo do Útero
Tudo sobre Câncer do Colo do ÚteroTudo sobre Câncer do Colo do Útero
Tudo sobre Câncer do Colo do ÚteroOncoguia
 

Semelhante a Protocolo do hpv (20)

Cancer colo do utero
Cancer colo do uteroCancer colo do utero
Cancer colo do utero
 
Câncer de mama e incapacidade laboral
Câncer de mama e incapacidade laboralCâncer de mama e incapacidade laboral
Câncer de mama e incapacidade laboral
 
AULA Câncer do colo do útero.pptx
AULA Câncer do colo do útero.pptxAULA Câncer do colo do útero.pptx
AULA Câncer do colo do útero.pptx
 
SLIDE CÂNCER COLO DO ÚTERO.pptx
SLIDE CÂNCER COLO DO ÚTERO.pptxSLIDE CÂNCER COLO DO ÚTERO.pptx
SLIDE CÂNCER COLO DO ÚTERO.pptx
 
Cancer_de_endometrio.pptx
Cancer_de_endometrio.pptxCancer_de_endometrio.pptx
Cancer_de_endometrio.pptx
 
Cancer de colo do utero
Cancer de colo do utero Cancer de colo do utero
Cancer de colo do utero
 
2CANCER+DE+COLO_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
2CANCER+DE+COLO_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx2CANCER+DE+COLO_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
2CANCER+DE+COLO_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
 
importancia do conhecimento do Cancro da mama.ppt
importancia do conhecimento do Cancro da mama.pptimportancia do conhecimento do Cancro da mama.ppt
importancia do conhecimento do Cancro da mama.ppt
 
aula_tumoresfemininos_mulherporinteiro.pdf
aula_tumoresfemininos_mulherporinteiro.pdfaula_tumoresfemininos_mulherporinteiro.pdf
aula_tumoresfemininos_mulherporinteiro.pdf
 
Protocolo do herpes
Protocolo do herpesProtocolo do herpes
Protocolo do herpes
 
Outubro Rosa
Outubro RosaOutubro Rosa
Outubro Rosa
 
Slide cancer 2.0
Slide cancer 2.0Slide cancer 2.0
Slide cancer 2.0
 
Cancêr de mama
Cancêr de mamaCancêr de mama
Cancêr de mama
 
Câncer do colo do útero
Câncer do colo do úteroCâncer do colo do útero
Câncer do colo do útero
 
Apresentação Outubro Rosa.pptx.pptx
Apresentação Outubro Rosa.pptx.pptxApresentação Outubro Rosa.pptx.pptx
Apresentação Outubro Rosa.pptx.pptx
 
Câncer de ânus
Câncer de ânusCâncer de ânus
Câncer de ânus
 
Câncer de colo
Câncer de coloCâncer de colo
Câncer de colo
 
Tudo sobre Câncer do Colo do Útero
Tudo sobre Câncer do Colo do ÚteroTudo sobre Câncer do Colo do Útero
Tudo sobre Câncer do Colo do Útero
 
slide_modulo_1.pdf
slide_modulo_1.pdfslide_modulo_1.pdf
slide_modulo_1.pdf
 
slide_modulo_1.pdf
slide_modulo_1.pdfslide_modulo_1.pdf
slide_modulo_1.pdf
 

Mais de tvf

Texto
TextoTexto
Textotvf
 
Saberes docentes,capacitação e formação humana
Saberes docentes,capacitação e formação humanaSaberes docentes,capacitação e formação humana
Saberes docentes,capacitação e formação humanatvf
 
Ensino tradicional na educação médica
Ensino tradicional na educação médicaEnsino tradicional na educação médica
Ensino tradicional na educação médicatvf
 
Seminário prof. dra. daniela barros
Seminário prof. dra. daniela barrosSeminário prof. dra. daniela barros
Seminário prof. dra. daniela barrostvf
 
Seminário dra.sheyla costa rodrigues
Seminário dra.sheyla costa rodriguesSeminário dra.sheyla costa rodrigues
Seminário dra.sheyla costa rodriguestvf
 
Aula
AulaAula
Aulatvf
 
Aula
AulaAula
Aulatvf
 
Protocolo sífilis
Protocolo sífilisProtocolo sífilis
Protocolo sífilistvf
 
Protocolo hiv
Protocolo hivProtocolo hiv
Protocolo hivtvf
 
Protocolo de toxoplasmose
Protocolo de toxoplasmoseProtocolo de toxoplasmose
Protocolo de toxoplasmosetvf
 
Protocolo de hepatite
Protocolo de hepatiteProtocolo de hepatite
Protocolo de hepatitetvf
 
Síndrome hemorrágicas 2
Síndrome hemorrágicas 2Síndrome hemorrágicas 2
Síndrome hemorrágicas 2tvf
 
Ap.drogas e gestação
Ap.drogas e gestaçãoAp.drogas e gestação
Ap.drogas e gestaçãotvf
 
Protocolo hipotiroidismo
Protocolo  hipotiroidismoProtocolo  hipotiroidismo
Protocolo hipotiroidismotvf
 
Protocolo hipertiroidismo
Protocolo hipertiroidismoProtocolo hipertiroidismo
Protocolo hipertiroidismotvf
 
Protocolo dm
Protocolo dmProtocolo dm
Protocolo dmtvf
 
Protocolo de trabalho de parto prematuro pp ph
Protocolo de trabalho de parto prematuro pp phProtocolo de trabalho de parto prematuro pp ph
Protocolo de trabalho de parto prematuro pp phtvf
 
Drogas e gestação
Drogas e gestaçãoDrogas e gestação
Drogas e gestaçãotvf
 
Drogas e gestação
Drogas e gestaçãoDrogas e gestação
Drogas e gestaçãotvf
 
Protocolo hipertensão
Protocolo hipertensãoProtocolo hipertensão
Protocolo hipertensãotvf
 

Mais de tvf (20)

Texto
TextoTexto
Texto
 
Saberes docentes,capacitação e formação humana
Saberes docentes,capacitação e formação humanaSaberes docentes,capacitação e formação humana
Saberes docentes,capacitação e formação humana
 
Ensino tradicional na educação médica
Ensino tradicional na educação médicaEnsino tradicional na educação médica
Ensino tradicional na educação médica
 
Seminário prof. dra. daniela barros
Seminário prof. dra. daniela barrosSeminário prof. dra. daniela barros
Seminário prof. dra. daniela barros
 
Seminário dra.sheyla costa rodrigues
Seminário dra.sheyla costa rodriguesSeminário dra.sheyla costa rodrigues
Seminário dra.sheyla costa rodrigues
 
Aula
AulaAula
Aula
 
Aula
AulaAula
Aula
 
Protocolo sífilis
Protocolo sífilisProtocolo sífilis
Protocolo sífilis
 
Protocolo hiv
Protocolo hivProtocolo hiv
Protocolo hiv
 
Protocolo de toxoplasmose
Protocolo de toxoplasmoseProtocolo de toxoplasmose
Protocolo de toxoplasmose
 
Protocolo de hepatite
Protocolo de hepatiteProtocolo de hepatite
Protocolo de hepatite
 
Síndrome hemorrágicas 2
Síndrome hemorrágicas 2Síndrome hemorrágicas 2
Síndrome hemorrágicas 2
 
Ap.drogas e gestação
Ap.drogas e gestaçãoAp.drogas e gestação
Ap.drogas e gestação
 
Protocolo hipotiroidismo
Protocolo  hipotiroidismoProtocolo  hipotiroidismo
Protocolo hipotiroidismo
 
Protocolo hipertiroidismo
Protocolo hipertiroidismoProtocolo hipertiroidismo
Protocolo hipertiroidismo
 
Protocolo dm
Protocolo dmProtocolo dm
Protocolo dm
 
Protocolo de trabalho de parto prematuro pp ph
Protocolo de trabalho de parto prematuro pp phProtocolo de trabalho de parto prematuro pp ph
Protocolo de trabalho de parto prematuro pp ph
 
Drogas e gestação
Drogas e gestaçãoDrogas e gestação
Drogas e gestação
 
Drogas e gestação
Drogas e gestaçãoDrogas e gestação
Drogas e gestação
 
Protocolo hipertensão
Protocolo hipertensãoProtocolo hipertensão
Protocolo hipertensão
 

Último

Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL - PPGEEA - FINAL.pptx
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL -  PPGEEA - FINAL.pptxSEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL -  PPGEEA - FINAL.pptx
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL - PPGEEA - FINAL.pptxCompartilhadoFACSUFA
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 

Último (20)

Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL - PPGEEA - FINAL.pptx
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL -  PPGEEA - FINAL.pptxSEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL -  PPGEEA - FINAL.pptx
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL - PPGEEA - FINAL.pptx
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 

Protocolo do hpv

  • 1. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG FACULDADE DE MEDICINA COORDENAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA Rua Gen. Osório, s/ n.° – Área Acadêmica do Campus da Saúde – Rio Grande- RS – CEP 96201-900 Fone: (53) 3233.8842 - Fax: (53) 3233.8892 - E -mail: medicina@furg.br FURG PROTOCOLOS DE ASSISTÊNCIA A GESTANTE A SEREM IMPLANTADOS NO HU/FURG E SMS Manejo dos quadros infecciosos Protocolo do papiloma vírus humano Caracterizado por lesões verrugosas, isoladas ou agrupadas, úmidas ou secas e queratinizadas, geralmente localizadas na vulva, períneo e região perianal. Podem ser subclínicas e afetar o colo uterino. Alguns subtipos do HPV são fortemente associados a neoplasia cervical (subtipos 16, 18, 31 e 35). Tratamento da gestante Condilomatose Na gestação, as lesões condilomatosas poderão atingir grandes proporções, seja pelo aumento da vascularização, sejam pelas alterações hormonais e imunológicas que ocorrem nesse período. Como as lesões durante a gestação podem proliferar e tornar-se friáveis, muitos especialistas indicam a sua remoção nessa fase. Não está estabelecido o valor preventivo da operação cesariana; portanto, essa não deve ser realizada baseando-se apenas na prevenção da transmissão do HPV para o recém-nascido, já que o risco da infecção naso-faríngea do feto é muito baixa. Apenas em raros casos, quando tamanho e localização das lesões estão causando obstrução do canal de parto, ou quando parto vaginal possa ocasionar sangramento excessivo, a operação cesariana deverá ser indicada. A escolha do tratamento vai se basear no tamanho e no número das lesões: • Nunca usar PODOFILINA, PODOFILOTOXINA ou IMIQUIMOD, durante qualquer fase da gravidez; • Lesões pequenas, isoladas e externas: eletro ou criocauterização e ATA80% até 34 semanas de gravidez; • Lesões grandes e externas: ressecção com eletrocautério ou cirurgia de alta freqüência ou exérese por alça diatérmica ou LEEP, até 34 semanas de gravidez. Esse procedimento exige profissional habilitado, visto que pode provocar sangramento considerável; • Lesões pequenas, colo, vagina e vulva: eletro ou criocauterização e ATA80%, apenas a partir do segundo trimestre até 34 semanas de gravidez;
  • 2. • Mulheres com condilomatose durante a gravidez deverão ser seguidas com citologia oncológica após o parto. Lesão precursora Em relação ao tratamento das lesões precursoras do carcinoma cervical e do carcinoma in situ, estes devem ser acompanhados durante a gestação com colpo/citologia de 3/3 meses e reavaliadas após o parto, que poderá ser por via vaginal. Realizar colposcopia sem sinal de invasão acompanhar com CP de 3/3 meses no pré-natal e reavaliar após o parto. Se colposcopia com suspeita de invasão fazer biopsia e aguardar anatomo patológico para decidir conduta. A conização em gestantes é reservada para pacientes com suspeita de invasão e está associada a altas taxas de complicações. As complicações mais freqüentes são aborto (25%), trabalho de parto pré-termo (12%), hemorragia (5% no primeiro e segundo trimestres e 10% no terceiro trimestre) e infecção. Os riscos de aborto e sangramento diminuem consideravelmente quando a conização é realizada no segundo trimestre, preferencialmente entre a 14ª e a 20ª semanas. Carcinoma cervical Durante a gravidez o sintoma mais prevalente é o sangramento vaginal, estando presente em 5% dos casos. A colposcopia deve ser realizada em toda grávida com citologia alterada, pois além de identificar as lesões suspeitas de neoplasia, indica o local de realização da biópsia. Para o estadiamento do câncer cervical a ultra-sonografia (US) abdominal e pélvica e a ressonância magnética (uso não recomendado no primeiro trimestre) são considerados de escolha para o estadiamento da gestante. A US é utilizada para avaliar envolvimento urogenital, e a ressonância para avaliar o tamanho do tumor, a sua expansão para órgãos adjacentes e detecção de metástases em linfonodos. Para o carcinoma micro-invasor não há na literatura evidencias quanto a melhor abordagem, nem quanto o momento do tratamento e o tipo de parto. Quando a lesão é diagnosticada até a 20ª semana de gestação, a conização parece a melhor conduta. Após este período, deve-se aguardar o parto, que pode ser por via vaginal se as margens da conização estiverem livres. Caso esta não tenha sido feita ou as margens estejam comprometidas à cesariana deve ser a via de escolha. Em casos de carcinoma invasor em gestantes com até 12 semanas a escolha é pelo tratamento imediato e definitivo através de histerectomia radical com feto in situ e linfadenectomia, ou radioterapia externa com feto in situ, que na maioria dos casos levará ao abortamento espontâneo, caso isto não ocorra haverá a necessidade de esvaziar a cavidade uterina, antes da braquiterapia complementar. Nos diagnósticos ocorridos no segundo trimestre pode-se aguardar a maturidade pulmonar fetal. Estudos recentes indicam o uso da quimioterapia com cisplatina para estabilizar a doença até o momento do parto, que preferencialmente será por cesárea. O uso da quimioterapia parece ser viável, entretanto deve ser evitada no primeiro trimestre pelo risco de teratogênese e após as 35 semanas, pois o parto poderá ocorrer durante o período de maior imunossupressão fetal.
  • 3. Nas pacientes com gestação a termo com carcinoma invasor a escolha tem sido interrupção da gestação por cesariana, pois o parto vaginal poderia resultar em disseminação linfovascular da doença, sangramento excessivo, laceração do colo e implante de células malignas no local da episiotomia. Além disso, a via alta permite a realização do tratamento cirúrgico complementar da neoplasia, quando indicado. Durante a realização da cesariana a incisão corporal no útero é a escolha, a placenta deve ser extraída e a histerorrafia realizada, para em seguida ser feita a histerectomia.