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Tumores femininos
Os cânceres de mama, colo de útero e ovário devem
somar 89.520 novos casos no Brasil em 2020, segundo o
Instituto Nacional de Câncer (INCA). Vacina contra HPV,
autoexame das mamas, consultas regulares ao ginecologista,
realização de mamografia e Papanicolau são os melhores
caminhos para prevenir e/ou o diagnóstico precoce dos
tumores de mama e colo de útero, que vitimaram 26.988
brasileiras em 2017, segundo dados do Sistema de
Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.
Mulher
por Inteiro
O Instituto Lado a Lado pela Vida realiza a campanha Mulher Por Inteiro para
conscientizar sobre os cânceres de mama, ovário e colo do útero desde 2015.
Prevenção, detecção precoce e cuidados com a saúde são o foco da campanha
que acontece o ano todo, trabalhando a mulher além do câncer de mama e
realizando ações e fóruns para discutir e pensar em soluções para os
problemas de saúde que afetam a população feminina brasileira.
Câncer de Mama
O câncer de mama ocorre quando as células
da mama se dividem desordenadamente.
Podem aparecer nos exames de
rastreamento como o ultrassom e a
mamografia sem ocasionar sintomas ou se
apresentar como uma massa palpável
na região que pode causar caroços,
vermelhidão, nódulos nas axilas e alterações
na forma dos mamilos e das mamas.
Segundo o INCA, em 2020, serão 66.280 de
novos casos no Brasil. A doença tem 95% de
chance de cura se diagnosticada em fase
inicial. É o tipo de tumor mais diagnosticado
em mulheres, depois apenas do
câncer de pele.
Os tumores podem ser:
•Benignos: não cancerígenos, eles são
formados por células tumorais que não se
propagam para fora do local de onde
surgem.
•Malignos: formados por células
cancerígenas que se propagam para outras
partes do corpo através da corrente
sanguínea ou do sistema linfático. Podem
se espalhar para outros órgãos além da
mama, as chamadas metástases.
Câncer de Mama
Fatores de Risco
Existem dois grupos de fatores de risco para o câncer de mama:
• Não-Modificáveis:
• Modificáveis:
Histórico familiar Menopausa
tardia
Ausência de
gestação
Primeira gravidez
depois dos 30
Envelhecimento
Tabagismo Consumo de
Álcool
Excesso de Peso Sedentarismo
A genética e o Câncer de Mama
10% dos pacientes possuem fatores genéticos responsáveis pelo
desenvolvimento do câncer.
Câncer de mama com transmissão hereditária relacionado a mutações
genéticas, como as que acometem os genes BRCA 1 e BRCA 2
Saber o histórico familiar é importante para uma melhor
conduta de intervenção
Fatores Protetores
• Atividade física
• Aleitamento materno exclusivo
Estilo de vida
• Dieta mais saudável e balanceada
• Exercícios físicos regulares e persistentes
• Perda de peso
• Redução do consumo de álcool
Prevenção
Autoexame
O autoexame das mamas é importante para a detecção precoce. Ele é feito com a palpação mensal
das mamas no 7° ou no 8º dia após o início da menstruação.
Deve ser feito todo mês a partir dos 25 anos idade e as mulheres que não
menstruam devem escolher uma data no mês de fácil memorização.
Mas não se esqueça: o autoexame não substitui a mamografia.
Exame físico: feito
através da palpação da
mama para identificar
nódulos e outras
alterações na mama da
mulher
Ultrassonografia:
pode ajudar
na mamografia
especialmente em
mamas de mulheres
jovens
Mamografia (raio-x das
mamas): é o mais
indicado para detectar
precocemente a
presença de nódulos, por
ser capaz de mostrar
lesões muito pequenas
(de milímetros)
Ressonância Magnética: utilizado
principalmente para identificar o
tamanho do câncer e a existência
de outros locais que possam
estar afetados, em casos de
imagem duvidosa
Biópsia: feita no
laboratório com
amostras retiradas
diretamente das lesões
da mama, permitindo
observar se existem
células tumorais
01
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02 03
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer
de mama é feito por
meio de:
Rastreamento
A mamografia é considerada
um dos exames mais
importantes para o rastreio
do câncer ainda não palpável.
Toda mulher entre 50-69
anos de idade deve fazer uma
mamografia anualmente (ou
no máximo a cada 2 anos).
Nos casos de histórico
familiar, o exame anual deve
ser iniciado aos 35 anos de
idade.
Lei 11.664, de 2008: Toda mulher tem
direito à mamografia a partir dos 40
anos.
Tratamento
É determinado conforme o tipo e o estadiamento do câncer.
Os mais indicados são:
Quimioterapia Radioterapia Hormonio-
terapia
Cirurgia
parcial, total
ou radical*
Terapia alvo-
dirigida
* Remoção do tumor, também conhecida como mastectomia
Câncer de Colo do Útero
Atinge os órgãos reprodutores femininos
(o colo uterino ou cérvix) localizados na
parte inferior do útero, próximo ao canal
vaginal.
É o terceiro tumor maligno mais
frequente na população feminina (atrás
do câncer de mama e do colorretal, sem
contar o câncer de pele não melanoma),
e a quarta causa de morte de mulheres
por câncer no Brasil, segundo o INCA.
Para 2020, são esperados 16.590 novos
casos e, em 2017, 6.385 mulheres
morreram por causa da doença.
Infecção por HPV
90% dos casos de câncer do colo
do útero estão relacionados com
a infecção pelo Papilomavírus
Humano (HPV).
O vírus é transmitido pelo
contato direto de pele com pele
durante o sexo vaginal, oral ou
anal.
Fatores de Risco
Sexo sem
preservativo
(camisinha)
Histórico de Doenças
Sexualmente
Transmissíveis
Atividade sexual
precoce
Prática sexual com
vários parceiros
Sintomas
O câncer do colo do útero pode não apresentar sintomas na fase inicial e ser diagnosticado
somente por alterações no exame de Papanicolau (preventivo). Procure um médico se você
identificar:
Corrimento ou
secreção
Sangramento
vaginal
Dor abdominal associada
a queixas urinárias
ou intestinais
Dor vaginal após
relações sexuais
Prevenção
A principal medida preventiva contra o
câncer do colo do útero é a vacinação anti-
HPV. A vacina está disponível na rede pública
para meninas de 9 a 14 anos e meninos de
11 a 14 anos. São mais de 200 tipos
diferentes de vírus do HPV e 13 deles
apresentam maior risco de desenvolver o
câncer do colo do útero. A vacina é eficaz
contra quatro subtipos: 6, 11, 16 e 18.
Os tipos 16 e 18 do vírus HPV são
responsáveis por 70% dos casos de câncer
do colo do útero.
O uso de preservativos nas relações sexuais
também é recomendado.
Rastreamento
Além de prevenir os fatores
de risco, é preciso fazer o
rastreamento para um
diagnóstico precoce da
doença. O exame mais
indicado é o Papanicolau,
que identifica lesões
percursoras que podem se
transformar em células
cancerosas. O exame é
indicado para todas as
mulheres, a partir dos
25 anos, com vida
sexual ativa.
Quimioterapia
Radioterapia Cirurgia
Tratamento
Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero, estão:
Braquiterapia *
* um tipo específico de radioterapia
Tratamento
O tipo de tratamento a ser escolhido depende do estadiamento (estágio de evolução) da doença,
tamanho do tumor e fatores pessoais.
Mulheres que ainda desejam engravidar devem comunicar
ao médico para planejar a preservação do útero, caso seja possível.
O câncer de ovário é o tumor ginecológico menos frequente, porém o mais difícil de ser
diagnosticado e o com maior agressividade. A estimativa de novos casos para 2020,
segundo o INCA, é de 6.650. Em 2017, foram 3.879 mortes por causa desse tipo de tumor.
Existem três tipos principais de tumores de ovário:
Tumores Epiteliais: tipo mais comum, surge no tecido da superfície externa do órgão.
Tumores de Células Germinativas: começam nas células que produzem os óvulos.
Tumores Estromais: aparecem nas células que produzem os hormônios femininos.
Câncer de Ovário
Fatores de Risco
•Nunca teve
filhos
•Começou a
menstruar antes
dos 12 anos
• Não pode
engravidar
•Fez terapia
hormonal na
menopausa
• Fumar
•Tem síndrome
dos ovários
policísticos
Histórico familiar da
doença e alterações nos
genes BRCA 1 e BRCA 2
são os principais fatores
de risco para o câncer de
ovário. Além disso, as
chances são maiores se a
mulher:
Sintomas
A doença não apresenta sintomas nos estágios iniciais. Quando se manifestam, são
sinais comuns a várias doenças e podem ser confundidos com outros problemas.
Entre eles estão:
Aumento da
frequência e
urgência urinária
Sangramento
vaginal
Dor abdominal,
lombar ou na
região pélvica
Aumento de volume
abdominal
Náusea e azia Prisão de ventre
Prevenção
Algumas medidas podem diminuir a
probabilidade de desenvolver o tumor de
ovário, como:
• Gravidez anterior
• Amamentação
• Ter usado anticoncepcionais por mais de
5 anos
• Ter feito ligadura de trompas, remoção
dos ovários ou histerectomia
Prevenção
Infelizmente não há exame para detecção
precoce do câncer de ovário, como ocorre com
o câncer de mama ou de colo uterino. Por esse
motivo, a mulher precisa estar muito atenta
aos sintomas e comunicar seu médico.
O exame Papanicolau não detecta câncer de
ovário, apenas de colo de útero.
Mulheres com mutação no gene BRCA 1 e
BRCA 2 podem realizar cirurgia para retirar os
ovários preventivamente.
É recomendável que a mulher com
câncer de ovário realize testes
genéticos para investigar mutação
no gene BRCA 1 e BRCA 2, que
predispõem a outros tipos de
tumores e possam ajudar a guiar o
seu tratamento.
Diagnóstico
Para o diagnóstico do
câncer de ovário, são
recomendados:
Exame físico:
pressionando o
abdômen, o médico
poderá detectar
acúmulos anormais
de líquido.
Exame pélvico: o
médico inspeciona a
parte externa de seus
órgãos genitais e insere
um dispositivo para
verificar anomalias
Ultrassom: as
imagens podem
revelar alterações no
ovário. O ultrassom
transvaginal também
é utilizado no
diagnóstico, mas não
serve como rastreio.
Exames de sangue: um nível
elevado de substâncias como
CA-125 pode indicar tumor no
ovário. Exames de sangue, no
entanto, não servem para
rastreamento.
Biópsia: com base nos
resultados do ultrassom, o
médico pode sugerir a
cirurgia (laparotomia) para
remover o tecido e fluido
da pélvis e do abdômen.
01
04 05
02 03
Quimioterapia
Radioterapia
Cirurgia Terapia alvo
Tratamento
Fatores como idade, saúde geral e estágio do câncer influenciam na escolha
do tratamento. Os mais comuns são:
Outubro Rosa

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  • 1.
  • 2. Tumores femininos Os cânceres de mama, colo de útero e ovário devem somar 89.520 novos casos no Brasil em 2020, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Vacina contra HPV, autoexame das mamas, consultas regulares ao ginecologista, realização de mamografia e Papanicolau são os melhores caminhos para prevenir e/ou o diagnóstico precoce dos tumores de mama e colo de útero, que vitimaram 26.988 brasileiras em 2017, segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.
  • 3. Mulher por Inteiro O Instituto Lado a Lado pela Vida realiza a campanha Mulher Por Inteiro para conscientizar sobre os cânceres de mama, ovário e colo do útero desde 2015. Prevenção, detecção precoce e cuidados com a saúde são o foco da campanha que acontece o ano todo, trabalhando a mulher além do câncer de mama e realizando ações e fóruns para discutir e pensar em soluções para os problemas de saúde que afetam a população feminina brasileira.
  • 4.
  • 5. Câncer de Mama O câncer de mama ocorre quando as células da mama se dividem desordenadamente. Podem aparecer nos exames de rastreamento como o ultrassom e a mamografia sem ocasionar sintomas ou se apresentar como uma massa palpável na região que pode causar caroços, vermelhidão, nódulos nas axilas e alterações na forma dos mamilos e das mamas. Segundo o INCA, em 2020, serão 66.280 de novos casos no Brasil. A doença tem 95% de chance de cura se diagnosticada em fase inicial. É o tipo de tumor mais diagnosticado em mulheres, depois apenas do câncer de pele.
  • 6. Os tumores podem ser: •Benignos: não cancerígenos, eles são formados por células tumorais que não se propagam para fora do local de onde surgem. •Malignos: formados por células cancerígenas que se propagam para outras partes do corpo através da corrente sanguínea ou do sistema linfático. Podem se espalhar para outros órgãos além da mama, as chamadas metástases. Câncer de Mama
  • 7. Fatores de Risco Existem dois grupos de fatores de risco para o câncer de mama: • Não-Modificáveis: • Modificáveis: Histórico familiar Menopausa tardia Ausência de gestação Primeira gravidez depois dos 30 Envelhecimento Tabagismo Consumo de Álcool Excesso de Peso Sedentarismo
  • 8. A genética e o Câncer de Mama 10% dos pacientes possuem fatores genéticos responsáveis pelo desenvolvimento do câncer. Câncer de mama com transmissão hereditária relacionado a mutações genéticas, como as que acometem os genes BRCA 1 e BRCA 2 Saber o histórico familiar é importante para uma melhor conduta de intervenção
  • 9. Fatores Protetores • Atividade física • Aleitamento materno exclusivo Estilo de vida • Dieta mais saudável e balanceada • Exercícios físicos regulares e persistentes • Perda de peso • Redução do consumo de álcool Prevenção
  • 10. Autoexame O autoexame das mamas é importante para a detecção precoce. Ele é feito com a palpação mensal das mamas no 7° ou no 8º dia após o início da menstruação. Deve ser feito todo mês a partir dos 25 anos idade e as mulheres que não menstruam devem escolher uma data no mês de fácil memorização. Mas não se esqueça: o autoexame não substitui a mamografia.
  • 11. Exame físico: feito através da palpação da mama para identificar nódulos e outras alterações na mama da mulher Ultrassonografia: pode ajudar na mamografia especialmente em mamas de mulheres jovens Mamografia (raio-x das mamas): é o mais indicado para detectar precocemente a presença de nódulos, por ser capaz de mostrar lesões muito pequenas (de milímetros) Ressonância Magnética: utilizado principalmente para identificar o tamanho do câncer e a existência de outros locais que possam estar afetados, em casos de imagem duvidosa Biópsia: feita no laboratório com amostras retiradas diretamente das lesões da mama, permitindo observar se existem células tumorais 01 04 05 02 03 Diagnóstico O diagnóstico do câncer de mama é feito por meio de:
  • 12. Rastreamento A mamografia é considerada um dos exames mais importantes para o rastreio do câncer ainda não palpável. Toda mulher entre 50-69 anos de idade deve fazer uma mamografia anualmente (ou no máximo a cada 2 anos). Nos casos de histórico familiar, o exame anual deve ser iniciado aos 35 anos de idade. Lei 11.664, de 2008: Toda mulher tem direito à mamografia a partir dos 40 anos.
  • 13. Tratamento É determinado conforme o tipo e o estadiamento do câncer. Os mais indicados são: Quimioterapia Radioterapia Hormonio- terapia Cirurgia parcial, total ou radical* Terapia alvo- dirigida * Remoção do tumor, também conhecida como mastectomia
  • 14.
  • 15. Câncer de Colo do Útero Atinge os órgãos reprodutores femininos (o colo uterino ou cérvix) localizados na parte inferior do útero, próximo ao canal vaginal. É o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal, sem contar o câncer de pele não melanoma), e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, segundo o INCA. Para 2020, são esperados 16.590 novos casos e, em 2017, 6.385 mulheres morreram por causa da doença.
  • 16. Infecção por HPV 90% dos casos de câncer do colo do útero estão relacionados com a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). O vírus é transmitido pelo contato direto de pele com pele durante o sexo vaginal, oral ou anal.
  • 17. Fatores de Risco Sexo sem preservativo (camisinha) Histórico de Doenças Sexualmente Transmissíveis Atividade sexual precoce Prática sexual com vários parceiros
  • 18. Sintomas O câncer do colo do útero pode não apresentar sintomas na fase inicial e ser diagnosticado somente por alterações no exame de Papanicolau (preventivo). Procure um médico se você identificar: Corrimento ou secreção Sangramento vaginal Dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais Dor vaginal após relações sexuais
  • 19. Prevenção A principal medida preventiva contra o câncer do colo do útero é a vacinação anti- HPV. A vacina está disponível na rede pública para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. São mais de 200 tipos diferentes de vírus do HPV e 13 deles apresentam maior risco de desenvolver o câncer do colo do útero. A vacina é eficaz contra quatro subtipos: 6, 11, 16 e 18. Os tipos 16 e 18 do vírus HPV são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero. O uso de preservativos nas relações sexuais também é recomendado.
  • 20. Rastreamento Além de prevenir os fatores de risco, é preciso fazer o rastreamento para um diagnóstico precoce da doença. O exame mais indicado é o Papanicolau, que identifica lesões percursoras que podem se transformar em células cancerosas. O exame é indicado para todas as mulheres, a partir dos 25 anos, com vida sexual ativa.
  • 21. Quimioterapia Radioterapia Cirurgia Tratamento Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero, estão: Braquiterapia * * um tipo específico de radioterapia
  • 22. Tratamento O tipo de tratamento a ser escolhido depende do estadiamento (estágio de evolução) da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais. Mulheres que ainda desejam engravidar devem comunicar ao médico para planejar a preservação do útero, caso seja possível.
  • 23.
  • 24. O câncer de ovário é o tumor ginecológico menos frequente, porém o mais difícil de ser diagnosticado e o com maior agressividade. A estimativa de novos casos para 2020, segundo o INCA, é de 6.650. Em 2017, foram 3.879 mortes por causa desse tipo de tumor. Existem três tipos principais de tumores de ovário: Tumores Epiteliais: tipo mais comum, surge no tecido da superfície externa do órgão. Tumores de Células Germinativas: começam nas células que produzem os óvulos. Tumores Estromais: aparecem nas células que produzem os hormônios femininos. Câncer de Ovário
  • 25. Fatores de Risco •Nunca teve filhos •Começou a menstruar antes dos 12 anos • Não pode engravidar •Fez terapia hormonal na menopausa • Fumar •Tem síndrome dos ovários policísticos Histórico familiar da doença e alterações nos genes BRCA 1 e BRCA 2 são os principais fatores de risco para o câncer de ovário. Além disso, as chances são maiores se a mulher:
  • 26. Sintomas A doença não apresenta sintomas nos estágios iniciais. Quando se manifestam, são sinais comuns a várias doenças e podem ser confundidos com outros problemas. Entre eles estão: Aumento da frequência e urgência urinária Sangramento vaginal Dor abdominal, lombar ou na região pélvica Aumento de volume abdominal Náusea e azia Prisão de ventre
  • 27. Prevenção Algumas medidas podem diminuir a probabilidade de desenvolver o tumor de ovário, como: • Gravidez anterior • Amamentação • Ter usado anticoncepcionais por mais de 5 anos • Ter feito ligadura de trompas, remoção dos ovários ou histerectomia
  • 28. Prevenção Infelizmente não há exame para detecção precoce do câncer de ovário, como ocorre com o câncer de mama ou de colo uterino. Por esse motivo, a mulher precisa estar muito atenta aos sintomas e comunicar seu médico. O exame Papanicolau não detecta câncer de ovário, apenas de colo de útero. Mulheres com mutação no gene BRCA 1 e BRCA 2 podem realizar cirurgia para retirar os ovários preventivamente.
  • 29. É recomendável que a mulher com câncer de ovário realize testes genéticos para investigar mutação no gene BRCA 1 e BRCA 2, que predispõem a outros tipos de tumores e possam ajudar a guiar o seu tratamento. Diagnóstico Para o diagnóstico do câncer de ovário, são recomendados: Exame físico: pressionando o abdômen, o médico poderá detectar acúmulos anormais de líquido. Exame pélvico: o médico inspeciona a parte externa de seus órgãos genitais e insere um dispositivo para verificar anomalias Ultrassom: as imagens podem revelar alterações no ovário. O ultrassom transvaginal também é utilizado no diagnóstico, mas não serve como rastreio. Exames de sangue: um nível elevado de substâncias como CA-125 pode indicar tumor no ovário. Exames de sangue, no entanto, não servem para rastreamento. Biópsia: com base nos resultados do ultrassom, o médico pode sugerir a cirurgia (laparotomia) para remover o tecido e fluido da pélvis e do abdômen. 01 04 05 02 03
  • 30. Quimioterapia Radioterapia Cirurgia Terapia alvo Tratamento Fatores como idade, saúde geral e estágio do câncer influenciam na escolha do tratamento. Os mais comuns são: