O maracatu surgiu a partir de festas em honra aos Reis Magos instituídas no Brasil pelos missionários, onde os negros elegiam seus próprios reis e rainhas. O maracatu era designado como "Nação" porque a escolha dos reis era feita de acordo com as diferentes etnias africanas. Atualmente, os maracatus mais antigos do Carnaval, conhecidos como Maracatu de Baque Virado ou Nação, preservam a tradição do Rei do Congo através de música e dança para homenagear a
2. O maracatu e um folguedo criado pelos negros do Brasil
sua origem está relacionada às festas em honra dos Reis Magos
que foram instituídas no Brasil pelos missionários catequistas,
que encontraram aqui nações distintas que caracterizavam
aquelas figuras da história do Nascimento de Jesus. Verificou-se
que aí havia um ponto para a conversão dos elementos
indígenas e negros à fé cristã: o Rei Bronzeado para os caboclos,
o Rei Negro para os negros e o Rei Branco como elemento de
adoração dos portugueses.
O Rei Negro era Baltazar e a ele seguiram-se adeptos, em sua
grande maioria da etnia negra, e em seus cortejos são
encontradas as origens do nosso atual maracatu de baque
virado ou nação.
Sendo assim, o maracatu surgiu a partir da criação da Instituição
Mestra através da qual a Coroa Portuguesa “autorizava” os
negros, escravos ou libertos, a elegerem seus reis e rainhas. Essa
cerimônia católica de coroação do Rei e Rainha do Congo
acontecia no dia de Nossa Senhora do Rosário dos Homens
Pretos. O maracatu era então designado como Nação, isso
porque a escolha dos reis era feita de acordo com as diferentes
etnias africanas trazidas ao Brasil.
Origem
Os maracatus mais
antigos do Carnaval,
também conhecidos
como Maracatu de Baque
Virado ou Maracatu
Nação, nasceram da
tradição do Rei Do Congo.
A notícia mais remota
conhecida sobre a
instituição do Rei do
Congo, em Pernambuco,
data de 1711, em Olinda,
e fala de uma instituição
que compreendia um
setor administrativo e
outra, festivo, com teatro,
música e dança. A parte
falada foi sendo
eliminada lentamente,
resultando em música e
dança próprias para
homenagear a coroação
do rei Congo
3. Grupos e
personagens
Personagens: As personagens que compõem o
cortejo são os seguintes: -Porta-estandarte, que leva
o estandarte; este contém, basicamente, o nome da
agremiação, uma figura que o represente e o ano
que foi criada. -Dama do paço, mulher que leva, em
uma das mãos, a calunga (boneca de madeira,
ricamente vestida, que simboliza uma entidade ou
rainha já morta). -Rei e rainha, as figuras mais
importantes do cortejo. É por sua coroação que
tudo é feito. -Vassalo, um escravo que leva o pálio
(guarda-sol que protege os reis). -Figuras da corte:
príncipes, ministros, embaixadores etc. -Damas da
corte, senhoras ricas que não possuem título
nobiliárquicos. -Yabás, mais conhecidas como
baianas, que são escravas. -Batuqueiros, que
animam o cortejo, tocando vários instrumentos,
como caixas de guerra, alfaias (tambores), gonguê,
xequerês, maracás e etc.
Grupos Conhecidos do Maracatu:
Grupo Percussivo Macaia (Belo
Horizonte - MG) Arrasta Ilha
(Florianopolis - SC) Morro do ouro
(Joinville - SC) Baque da Mata (
Nova Iguaçu - RJ) Baque do Vale
(Taubate - SP) Batuquenauá
(Cuiaba - MT) Bloco Da Pedra
(São Paulo - SP) Boizinho
Faceiro(Curitiba - PR) Coletivo
AfroCaeté (Macéio - AL) Coro de
Carcarás (São Paulo - SP)
Capivara (Blumenau - SC) Cia
Caraxá (São Paulo - SP) Estrela do
Sul (Curitiba - PR) GEBAv (Rio De
Janeiro - RJ) Tambores de Olokun
(Rio De Janeiro - RJ) Grupo LATA
(Londrina - PR) Grupo Semente
de Angola (Londrina - PR)