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Balanced Scorecard

Superior Tribunal de Justiça
Brasília - DF
Maio/2013
Superior Tribunal de Justiça
(Composição em 11 de abril de 2013)

Ministros
Ministro Felix Fischer – Presidente
Ministro Ari Pargendler
Ministro Gilson Langaro Dipp – Vice-Presidente
Ministra Eliana Calmon Alves – Diretora Geral da ENFAM
Ministro Francisco Cândido de Melo Falcão Neto
Ministra Fátima Nancy Andrighi
Ministra Laurita Hilário Vaz
Ministro João Otávio de Noronha
Ministro José de Castro Meira
Ministro Arnaldo Esteves Lima
Ministro Humberto Eustáquio Soares Martins
Ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura
Ministro Antonio Herman de Vasconcelos e Benjamin
Ministro Napoleão Nunes Maia Filho
Ministro Sidnei Agostinho Beneti
Ministro Jorge Mussi
Ministro Geraldo Og Nicéas Marques Fernandes
Ministro Luis Felipe Salomão
Ministro Mauro Luiz Campbell Marques
Ministro Benedito Gonçalves
Ministro Raul Araújo Filho
Ministro Paulo de Tarso Vieira Sanseverino
Ministra Maria Isabel Diniz Gallotti Rodrigues
Ministro Antônio Carlos Ferreira
Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva
Ministro Sebastião Alves dos Reis Júnior
Ministro Marco Aurélio Gastaldi Buzzi
Ministro Marco Aurélio Bellizze Oliveira
Ministra Assusete Dumont Reis Magalhães
Ministro Sérgio Luiz Kukina

Magistrados Convocados
Desembargadora Alderita Ramos de Oliveira
Desembargadora Jonny de Jesus Campos Marques
Desembargadora Marilza Maynard Salgado de Carvalho
Balanced Scorecard

(Guia Metodológico)
Balanced Scorecard

Superior Tribunal de Justiça
Brasília - DF
Maio/2013
Superior Tribunal de Justiça
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida,
desde que citada a fonte.
Realização:
Assessoria de Modernização e Gestão Estratégica – AMG
Disponível em:
http://bdjur.stj.jus.br
www.stj.jus.br/Conheça o STJ/Gestão Estratégica

ISBN 978-85-7248-147-2

B823e
Brasil. Superior Tribunal de Justiça.
Estratégia com o uso do BSC / Superior Tribunal de Justiça. -- Brasília: STJ, 2013.
38 p.: il.

“Gestão estratégica STJ”.
1. Planejamento estratégico, Brasil. 2. Tribunal Superior, gestão estratégica, Brasil. 3.
Tribunal Superior, administração, Brasil. 4. Tribunal Superior, Brasil. I. Título.
CDU 65.012.2:347.992(81)
7
Sumário
Lista de Ilustrações
Introdução
1. Estratégia com uso do Balanced Scorecard – BSC
1.1. Planejamento e Estratégia
1.2. Balanced Scorecard – BSC
2. Construindo a estratégia
2.2. Definir a missão e a visão de futuro
2.3. Identificar os temas e os objetivos
estratégicos
2.4. Construir as relações de causa e efeito
2.5. Determinar os indicadores de
desempenho e as metas
2.6. Identificar, propor e estabelecer
prioridades dos projetos
2.7. Elaborar o plano de implementação
3. Gestão Estratégica
Considerações finais
Referências
Glossário

8
9
11
11
12
14
17
19
21
23
26
29
33
35
36
37
Lista de Ilustrações

Figura 1 – Matriz SWOT

14

Figura 2 – Matriz SWOT pessoal

15

Figura 3 – Matriz SWOT do
Plano Estratégico STJ 2010-2014

15

Figura 4 – Diferenças entre missão
e visão de futuro

18

Figura 5 – Como construir um
objetivo estratégico

20

Figura 6 – Exemplo perspectiva, tema
e objetivo no âmbito pessoal

20

Figura 7 – Relação de causa e efeito
no mapa pessoal

22

Figura 8 – Mapa Estratégico Plano
STJ 2010-2014

23

Figura 9 – Meta
(diferencial entre o desempenho
atual e futuro)

25

Figura 10 – Ciclo da Gestão Estratégica

28

Figura 11 – Organização orientada
para a estratégia

29

Figura 12 – Tripé do Planejamento
Estratégico no STJ

33
Estratégia
com uso do BSC

Introdução

Podemos fantasiar o nosso futuro o quanto quisermos,
mas ele será a expressão exata daquilo que fazemos no
presente. É preciso um contínuo exercício de projetar no
tempo os resultados que almejamos e agir no presente
para atingi-los. Parece simples, não é verdade? Mas, nem
por isso, fácil.
Isso é planejar e gerir a estratégia: eleger objetivos a
serem atingidos, alinhar ações, tomar decisões, lidar com
prioridades, mudar rumos... Ter visão é saber o que se deseja, a estratégia é colocar isso no dia a dia, na agenda de
trabalho. Trata-se de uma questão relevante, pois quem
desenvolve visão estratégica cria uma rotina que permite
ver os impactos futuros de suas decisões no presente. Da
mesma forma, o presente é uma conseqüência direta das
ações realizadas no passado.
Por isso, temos que inovar, mudar, transformar ações
para alavancar resultados que sejam o retrato fiel dos sonhos que aspiramos, em vez de simplesmente ajustar os
nossos sonhos aos resultados que alcançamos.
A Administração Pública tem passado por importantes
transformações em busca de profissionalização e maior
eficiência na gestão. Em outras palavras, estabeleceu seu
foco no atendimento às necessidades e expectativas do
cidadão que utiliza os serviços públicos.
Contudo, tão importante quanto saber o que se pretende alcançar, é saber como chegar lá. Assim, buscou-se
a implementação de ferramentas capazes de mensurar o
desempenho das organizações não somente na esfera financeira, mas também naquelas relacionadas às diversas
medidas de desempenho para a realização da estratégia.
Nesse mesmo compasso, o Superior Tribunal de Justiça
implementou o modelo de gestão estratégica em 1998 e
adotou, em 2004, o Balanced Scorecard – BSC como sistema
gerencial capaz de comunicar, promover e mensurar a realização dos anseios demonstrados durante a formulação
de sua estratégia. Atualmente, o STJ caminha na direção
do cumprimento de seu Plano Estratégico STJ 2010-2014.
Este guia foi elaborado para propiciar ao leitor o entendimento básico sobre a ferramenta BSC e sobre a maneira
como ela contribui para a implementação da estratégia.
Ele não pretende esgotar o tema, mas apresentá-lo de for-

9
10

Introdução

ma resumida, para que todos possam entender melhor os
fundamentos da estratégia desenhada para o STJ e perceber como cada um colabora para sua realização.
Estratégia
com uso do BSC

1

Imagem: www.foreignstudents.com

Estratégia 1.1. Planejamento e Estratégia
com uso do
Nossas vidas são construídas a partir do que realizaBalanced
Scorecard – BSC mos. Em nossas atividades diárias, mesmo sem perceber,
tentamos sempre antecipar o resultado de nossas ações,
para, então, decidir como agir. Isso é planejar, uma ação
rotineira do nosso cotidiano.
Quando possuímos um objetivo maior, que desejamos
alcançar a médio ou longo prazo, fazemos a análise do que
queremos e de como chegaremos lá. Você já realizou uma
grande viagem sem se planejar?
Provavelmente não. Antes de viajar, temos de rever
nossas economias e organizar tudo com antecedência,
considerando a programação de trabalho de nossa unidade, férias escolares dos filhos, destino, meio de transporte,
acomodações, documentação necessária...
Isso leva a uma definição bem simples de planejamento:
Planejamento é um processo que apresenta os caminhos a seguir, de modo
a racionalizar os recursos e alcançar os resltaos propostos, com a melhor
concentração de esforços.

Agora que você entendeu o que é planejamento, deve
estar se perguntando: e estratégia, o que é?
Quando pensamos em planejamento, vemos que muitos são os caminhos apresentados para alcançar o objetivo
pretendido. Quando você planeja uma viagem, pode escolher entre juntar o dinheiro antes e realizar sua viagem,
ou adquirir um empréstimo e pagar as prestações após
realizá-la.
Assim:
Estratégia é o caminho mais adequado a ser seguido para alcançar os objetivos da
organização ou do projeto.

Com base na estratégia, podemos olhar um comportamento passado e verificar sua consistência ou olhar para
frente e perceber um curso de ação para o futuro, na direção de um objetivo. No caso da viagem, podemos definir
se nossa estratégia será economizar antes e abrir mão de

11
12

Estratégia com uso do Balanced Scorecard – BSC

outras aquisições ou pegar um empréstimo para pagar depois e, assim, desembolsar uma quantia maior com o pagamento de juros. A última opção pode ser até mais viável
caso tenhamos um valor investido com rendimento maior
que os juros pagos. A escolha dependerá da análise... Seja
ela qual for, o caminho a seguir define nossa estratégia.
Juntando os dois conceitos, podemos definir que:
Planejamento estratégico é o processo para formulação de objetivos e
escolha de iniciativas que apóiem a sua execução.

O planejamento estratégico, mais que um documento
estático, deve ser visto como um instrumento dinâmico
de gestão. Ele contém decisões antecipadas sobre a linha
de atuação a ser seguida no cumprimento da estratégia.
Entretanto, é necessário saber utilizá-lo com maestria para
colher bons resultados. Dentre os principais benefícios de
um bom planejamento, estão:
º
º
º
º

º
º
1.2.

Identificar atividades mais relevantes para os resultados esperados;
Contribuir para o processo decisório;
Direcionar a alocação dos recursos: orçamento, infraestrutura e pessoas;
Propiciar comportamento sinérgico e comprometimento das várias unidades organizacionais, transformando a estratégia em tarefa de todos;
Transformar a organização reativa em proativa;
Obter melhores resultados operacionais.
Balanced Scorecard – BSC

Mas, não basta definir a estratégia, é preciso executá-la; para isso, são necessários instrumentos que a traduzam em uma linguagem comum a todos da organização,
possibilitando que ela seja executada e gerida. Entre as
várias ferramentas que auxiliam essa tradução, o Superior
Tribunal de Justiça optou pelo uso do Balanced Scorecard,
atualmente, uma das ferramentas mais eficazes para o mapeamento e gestão da estratégia.
Estratégia
com uso do BSC
E o que vem a ser o Balanced Scorecard ou apenas BSC,
como é mais conhecido?
O Balanced Scorecard – BSC é um modelo de gestão que auxilia as organizações a
traduzir a estratégia em objetivos, direcionando comportamentos e desempenho.

O BSC foi desenvolvido por Robert S. Kaplan e David P.
Norton, professores da Harvard Business School, e é utilizado na definição de estratégias para a organização, bem
como no seu desdobramento em objetivos quantificados
por indicadores. Por meio do monitoramento dos indicadores, as lideranças permanecem informadas sobre os resultados alcançados e sobre a necessidade de ajustes na
trajetória inicialmente proposta. Literalmente, BSC pode
ser traduzido como indicadores balanceados de desempenho ou cenário balanceado (Campos, 1998). Isso porque se trata de um sistema gerencial para administração
a longo prazo que se propõe a representar a estratégia organizacional de forma balanceada, clara e objetiva, possibilitando que todos os setores atuem de maneira alinhada
com a visão estratégica definida.
Dessa forma, o BSC oferece um painel organizacional
com os pontos mais críticos, os objetivos que estão com
desempenho aquém do esperado e dá foco às reuniões
de análise da estratégia, ajudando na tomada de decisões
estratégicas e completando o ciclo de gestão.
Voltando ao nosso exemplo da viagem, as informações
trazidas pelo BSC funcionam como um painel de instrumentos de um carro. Assim, você sabe a que velocidade
está, a distância percorrida e a quantidade de combustível
para seguir viagem. Com base nessas informações, pode
tomar decisões como parar a fim de abastecer ou aumentar a velocidade para chegar ao seu destino no tempo esperado.
No STJ, o documento que consolida o planejamento
com o uso do Balanced Scorecard é o Plano Estratégico,
atualmente delineado para o período 2010-2014.

13
14

2 Construindo
a estratégia

O processo de construção do planejamento estratégico com o uso da metodologia do BSC passa por alguns
passos básicos e dura aproximadamente de 8 a 12 semanas:
1. Analisar as informações do ambiente interno e externo;
2. Enumerar os valores institucionais;
3. Definir ou confirmar a missão e a visão de futuro;
4. Identificar os temas e os objetivos estratégicos;
5. Construir as relações de causa e efeito;
6. Determinar os indicadores de desempenho e as
metas;
7. Identificar, propor e estabelecer prioridades aos
projetos;
8. Elaborar o plano de implementação.
2.1.

Analisar as informações do ambiente interno e
externo

O processo de planejamento estratégico tem início
com a análise dos cenários, isto é, com o diagnóstico que
considera as variáveis do ambiente interno e externo capazes de influenciar os resultados da organização.
Análise de cenário é o processo de monitorar o ambiente organizacional interno e
externo para identificar os riscos e as oportunidades presentes e futuras.

Ambiente
interno

Forças

Ambiente
externo

FavorávelD

Oportunidades

Figura 1 – Matriz SWOT

Uma ferramenta muito utilizada para a definição de
cenários é a matriz de análise SWOT. O termo vem do inglês e representa as iniciais das palavras Strenghts (forças),
Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças).
esfavorável
As forças e fraquezas são determinadas
pelo contexto atual da organização e se relacionam a fatores internos. Já as oportuniFraquezas
dades e ameaças são antecipações do futuro relacionadas a fatores externos.
O ambiente interno pode ser controlado
Ameaças
pelos gestores da organização, uma vez que
ele é resultado das estratégias de atuação
Estratégia
com uso do BSC

Ambiente
externo

Ambiente
interno

Ambiente
externo

Ambiente
interno

definidas pela alta administração. Dessa forma, durante a
análise, quando for percebido um ponto forte, ele deve ser
ressaltado ao máximo e, quando for percebido um ponto
fraco, a organização deve agir para controlá-lo ou promover ações para superá-lo.
Já o ambiente externo está fora do controle da organização, entretanto a organização deve conhecê-lo
e monitorá-lo periodicamente de forma a aproveitar as
oportunidades e evitar as ameaças quando possível, ou
enfrentá-las, minimizando seus efeitos.
Voltando ao nosso exemplo, uma análise de cenário
para a viagem à Europa pode apresentar-se da seguinte
maneira:
A análise do ambiente fornece um diagFavorávelD
esfavorável
nóstico situacional obrigatório para a formulação do plano estratégico. Considera os
fatores intervenientes (externos e internos)
que possam impactar positiva e negativaNão é necessário
Aumento da
procedimento para
cotação do euro
mente o funcionamento da organização,
emissão de visto prévio
o cumprimento da missão institucional, a
conformidade da visão de futuro e o alcanFigura 2 – Matriz SWOT pessoal
ce dos resultados pretendidos.
Dessa análise surgem variáveis que poderão impulsionar o desenvolvimento ou comprometer o cumprimento
dos objetivos institucionais. Portanto, para que o Tribunal
cumpra bem o seu papel, é imprescindível a percepção
exata do ambiente em que ele está inserido.
Para a construção do Plano Estratégico STJ 2010-2014,
foi realizado diagnóstico situacional em 2009, o qual foi
submetido a uma revisão técnica em 2012.
A figura 3 demonstra parte da análise de cenário do
Superior Tribunal de Justiça, no Plano EstraFavorávelD
esfavorável
tégico 2010-2014, por meio da ferramenta
Forças
Fraquezas
SWOT.
Bom lugar para se
trabalhar

Baixa intergração e
comunicação

Oportunidades

Ameaças

Reforma processual

Legislação processual
desatualizada

Figura 3 – Matriz SWOT do
Plano Estratégico STJ 2010-2014

Para conhecer melhor esse cenário
delineado para o STJ, acesse a
intranet no seguinte endereço:
Intranet/Mais links/Gestão
Estratégica/Planejamento

15
Construindo a estratégia

Considerando ainda o ambiente interno, devemos
analisar neste momento os valores da instituição.
Valores são idéias fundamentais em torno das quais se constrói a organização.

Imagem: www.estudantesdeadm.com

16

Eles representam as convicções dominantes, as crenças básicas, aquilo em que as pessoas da organização acreditam, permeando todas as atividades e relações com os
clientes. Em outras palavras, descrevem o que é importante para a instituição.
Descrevem como a organização
pretende atuar no cotidiano enquanto busca realizar sua visão. Sinalizam
o que se persegue em termos de
padrão de comportamento de toda
a equipe de colaboradores na busca
da excelência.
Para montarmos o planejamento
da nossa viagem, devemos considerar nossos valores pessoais: o que
é importante para mim? Família ou
amigos; aventura ou conforto; poupança ou financiamento. A escolha
de um valor em detrimento de outro
muda o planejamento da viagem. O mesmo ocorre no nível organizacional.
Conheça os valores defendidos pelo STJ:
º

º
º
º
º

Autodesenvolvimento – Assumir a responsabilidade de desenvolver-se continuamente, de forma
a contribuir para o seu crescimento pessoal e profissional, bem como para o desempenho organizacional.
Comprometimento – Atuar com dedicação, empenho e envolvimento em suas atividades.
Cooperação – Trabalhar em equipe, compartilhando responsabilidades e resultados.
Ética – Agir com honestidade e integridade em todas as suas ações e relações.
Inovação – Propor e implementar soluções novas
Estratégia
com uso do BSC

º
º
º

º

2.2.

e criativas para atividades, processos e/ou rotinas
de trabalho.
Orgulho institucional – Sentir-se satisfeito em fazer
parte da instituição.
Presteza – Entregar resultados com rapidez e qualidade.
Responsabilidade socioambiental – Adotar os
critérios sociais e ambientais nas ações do dia a
dia.
Transparência – Praticar atos com visibilidade plena no desempenho de suas atribuições.
Definir a missão e a visão de futuro

Agora que já conhecemos o cenário em que nossa organização está inserida, bem como os valores que defende, passamos para a definição de sua missão:
A missão é uma declaração concisa da razão de ser da organização.

Propósito básico para o qual são direcionadas as atividades e os valores que orientam os servidores, a missão
também deve descrever como a organização espera atuar
junto à sociedade e agregar valor aos seus produtos e serviços. Ela cria um clima de comprometimento dos colaboradores com o trabalho que é realizado e serve de critério
geral para orientar a tomada de decisões. Isso promove o
constante alinhamento das decisões administrativas com
a prestação dos serviços.
Retomando o nosso exemplo de viagem, podemos
dizer que a missão de uma determinada pessoa é “curtir
a vida”.
No contexto do STJ, temos que sua missão é:
“Processar e julgar as matérias de sua competência
originária e recursal, assegurando uniformidade na
interpretação das normas infraconstitucionais e oferecendo ao jurisdicionado uma prestação de qualidade, rápida e efetiva.”

17
Construindo a estratégia

Já a visão de futuro define o que a organização pretende ser daqui a alguns anos. Ela sintetiza as aspirações da
organização, criando um clima de envolvimento e comprometimento com seu futuro.
A visão de futuro expressa a situação desejada pela organização e seu
contexto de atuação a longo prazo.

A definição de aonde se pretende chegar permite
entender com clareza o que é preciso mudar ou quanto
evoluir para que a visão seja concretizada. Uma visão compartilhada une as pessoas e as impulsiona a buscar seus
objetivos, apesar de todas as dificuldades.
No contexto pessoal, podemos dizer que temos a visão
de futuro: Conhecer os cinco continentes até 2030.
Já o STJ possui como visão de futuro:
“Consolidar-se como o Tribunal da Cidadania, oferecendo justiça de qualidade, rápida e efetiva”.
O quadro comparativo auxilia a entender a diferença
entre missão e visão de futuro:

Missão

Lembre-se
º
º
º
º

Visão

18

º
º
º
º

O que fazemos?
Para quais propósitos
existimos?
O que agregamos para a
sociedade?
Para quem existimos?

º
º

Perene
Nunca será esgotada

O que fazemos?
Para quais propósitos
existimos?
O que agregamos para a
sociedade?
Para quem existimos?

º

Deve ser inspiradora e algo
a que realmente se aspire
Deve esclarecer o que a
organização pretende fazer
É importante constar um
prazo para execução

Figura 4 – Diferenças entre missão e visão de futuro

º
º
Estratégia
com uso do BSC
2.3.

Identificar os temas e os objetivos estratégicos

Após a definição da missão e visão, identificamos os temas de relevância, os quais se vinculam às perspectivas de
uma organização. Em seguida, são definidos os objetivos
estratégicos. Neste momento, precisamos compreender
esses três conceitos vinculados:
As perspectivas representam todos os aspectos importantes para
a organização. Metodologicamente são quatro:
• financeira
• clientes
• processos internos
• e aprendizado e crescimento
Os temas são especificações das perspectivas e agrupam os objetivos em blocos,
como meio de segmentar a estratégia em várias categorias.

Objetivo estratégico é o sinalizador dos pontos de atuação em que
o êxito é fundamental para o cumprimento da missão e o alcance da visão de
futuro de uma organização.

Diante disso nos perguntamos:
É obrigatório usar as quatro perspectivas propostas por
Kaplan e Norton na metodologia do BSC?
NÃO. O essencial é usar perspectivas suficientes e adequadas para cobrir todas as dimensões críticas para o sucesso da organização. Em alguns casos, essas dimensões
são alteradas; em outros, são adicionadas novas perspectivas, sempre com o foco na correta representação da estratégia delineada.
No caso do STJ, bem como das demais organizações
públicas, as perspectivas sofreram uma adaptação para
refletir o foco estratégico típico de uma organização que
não é voltada para o lucro, mas sim para as demandas da
sociedade. Assim, a nossa estratégia utiliza estas perspectivas: recursos, processos internos e sociedade.
Em cada perspectiva, definem-se os temas em que a
organização precisa atuar para o alcance da sua visão de
futuro. Inseridos nos temas estão os objetivos estratégicos,
que representam os desafios pretendidos, esclarecem o

19
Construindo a estratégia

que a estratégia deve alcançar e o que é crítico para o seu
sucesso. Os objetivos são integrados entre si por meio de
relações de causa e efeito.
Os temas e os objetivos são definidos pelos gestores
estratégicos da organização e determinam onde concentrar os esforços. Deve-se escolher um número limitado de
objetivos, cujos resultados satisfatórios assegurem um desempenho adequado e concretizem a visão de futuro.
Na prática, os objetivos devem ser elaborados obedecendo-se à seguinte equação:

VERBO

SUBSTANTIVO

ação

resultado

Figura 5 – Como construir um objetivo estratégico

Voltando ao nosso exemplo no âmbito pessoal, podemos ter:
Favorável
Financeira
Tema
Economizar recursos
Objetivo
Garantir a quantia necessária para a realização da viagem
Figura 6 – Exemplo perspectiva, tema e objetivo no âmbito pessoal

Imagem: executiveboard.com

20

Veja que, na descrição do objetivo, “garantir a quantia necessária” configura a ação
e “realização da viagem” explicita o resultado
almejado.
Estratégia
com uso do BSC
No aspecto profissional, vejamos um exemplo de relação entre objetivo, tema e perspectiva, do Plano Estratégico
STJ 2010-2014:
Perspectiva
Processos Internos
Tema

Objetivo
Acelerar os trâmites judiciais

2.4.

Construir as relações de causa e efeito

A próxima etapa é a construção das relações de causa
e efeito entre os objetivos estratégicos, bem como a sua
configuração no mapa estratégico da organização.

Imagem: photo-dictionary.com

O mapa estratégico é a representação gráfica da estratégia construída
com base no BSC.

Trata-se de uma arquitetura lógica capaz de representar os objetivos a serem alcançados por, explicitando as
relações entre os recursos, os processos de trabalho e os
resultados.
O mapa evidencia os desafios, ou
seja, os objetivos que a organização deve
suplantar. Eles são estruturados com relação de causa e efeito entre si, permitindo a identificação dos impactos que um
determinado resultado gera ou recebe,
criando um raciocínio lógico da estratégia, demonstrando:
º
º
º

Se os objetivos traduzem e comunicam a estratégia
de maneira integrada.
Se há consistência dos objetivos entre as perspectivas.
Se há possíveis conflitos entre os objetivos.

21
22

Construindo a estratégia

A metodologia ajuda os gestores a visualizar a estratégia de uma forma mais simples, garantindo a coerência e
facilitando todo o processo de comunicação, divulgação e
envolvimento dos colaboradores.
Seguindo esse padrão, poderíamos ter as relações de
causa e efeito no nosso mapa estratégico pessoal, da seguinte forma:
Visão de Futuro:
curtir a vida

Financeira:
garantir a quantia necessária
para a viagem

Clientes e Mercado:
superar as metas estabelecidas
e pleitear uma promoção

Processos Internos:
realizar melhor o trabalho

Aprendizado e Crescimento:
fazer uma especialização

Figura 7 – Relação de causa e efeito no mapa pessoal
Estratégia
com uso do BSC
As relações de causa e efeito entre os objetivos, temas
e perspectivas para o período 2010-2014 estão representadas no mapa estratégico do STJ:
Mapa Estratégico — STJ 2010 – 2014
Atualizado em 6/8/2012

MissãoV

isão de Futuro

Processar e julgar as matérias de sua competência
originária e recursal, assegurando uniformidade na
interpreação das normas infraconstitucionais e
oferecendo ao jurisdicionado uma prestação de
qualidade, rápida e efetiva.

Consolidar-se como o Tribunal da Cidadania,
oferecendo justiça de qualidade, rápida e efetiva.

Qualidade
Oferecer serviços com qualidade

Responsabilidade Socioambiental
Ampliar a
responsabilidade
ambiental

Promover a cidadania

Elevar a
produção de julgados

Aprimorar
a comunicação
institucional

Acelerar os
trâmites judiciais

Gestão de Pessoas
Desenvolver
competências

Atuação Institucional
Fortalecer e
harmonizar as relações
institucionais

Buscar a
excelência na gestão

Infraestrutura e Tecnologia

Melhorar
o clima
organizacional

Orçamento

Garantir a infraestrutura
Garantir a
apropriada às atividades
disponibilidade de
sistemas essenciais de TI administrativas e judiciais

Assegurar e
gerir recursos
orçamentários

Figura 8 – Mapa Estratégico Plano STJ 2010-2014

2.5.

Determinar os indicadores de desempenho e as
metas

Depois de definir os objetivos e compreender que esses se relacionam formando uma rede de causa e efeito,
chegamos à pergunta central: como saber se estamos caminhando na direção da realização do nosso planejamento estratégico?

23
24

Construindo a estratégia

É aqui que entram as mensurações realizadas por meio
de indicadores de desempenho.
Os indicadores são instrumentos que permitem identificar e medir
aspectos relacionados a um determinado conceito, fenômeno, problema ou
resultado de uma intervenção.

Sua principal finalidade é traduzir, de forma mensurável, determinado aspecto de uma realidade, dada ou construída, de maneira a tornar operacional a sua observação
e avaliação.
O desempenho do plano estratégico é avaliado pelos seus resultados e, para avaliar resultados, é necessário
medir. Essa medição ocorre por meio de um conjunto de
indicadores que contemplam a avaliação do atendimento
às necessidades, expectativas e requisitos das partes interessadas.
Dessa forma, os indicadores são importantes para:
º conhecer as necessidades e expectativas dos clientes;
º facilitar o planejamento;
º mensurar os resultados;
º embasar a análise crítica do desempenho;
º facilitar o processo de tomada de decisão;
º contribuir para a melhoria contínua dos processos
organizacionais.
Imagem: forumcanum.blogspot.com.br

Eles devem manter a mesma relação
de causa e efeito existente entre os objetivos. Metodologicamente, todo objetivo
deve ter pelo menos um indicador e no
máximo três, para não dispersar a comunicação estratégica.
No planejamento da nossa viagem,
podemos adotar um indicador da perspectiva “financeira” para medir o objetivo “garantir a quantia necessária para a
realização da viagem” do tipo “índice de
poupança”.
No contexto organizacional, devemos lembrar que os
indicadores devem ser escolhidos com ênfase na estraté-
Estratégia
com uso do BSC
gia e separados, porém alinhados, dos operacionais, aqueles que estão ligados ao dia a dia da organização. Esses
últimos não serão abandonados, apenas não constarão no
mapa. Devem ser monitorados no âmbito de cada unidade responsável e entendido o seu impacto na estratégia
global.
Agora que já sabemos o que queremos medir (objetivo estratégico) e como medir (indicadores), resta a última
pergunta: como definir o quanto queremos atingir?
Bom, o quanto pretendemos atingir é a nossa meta:
Meta é a expectativa de desempenho desejado para um determinado
indicador, em uma data no futuro.

desempenho

As metas representam o valor do indicador em uma
data no futuro, ou seja, a expectativa de desempenho desejado para um determinado indicador. No conceito do
BSC, metas de longo prazo definem o desempenho esperado por um indicador estratégico no mesmo horizonte
de tempo da estratégia.

Diferencial de
Desempenho

Atual

Futuro

tempo

Figura 9 - Meta (diferencial entre o desempenho atual e futuro)

As metas devem responder perguntas como as seguintes: o quê, para que e para quando queremos o resultado pretendido. Quando são claras, as metas facilitam
a visualização dos caminhos escolhidos, contribuem para
orientar as atividades que estão sendo desenvolvidas e

25
26

Construindo a estratégia

servem como instrumento para avaliar o que foi previsto
e o que foi realizado. Importante salientar, ainda, que toda
meta deve ser específica, mensurável, exequível, desafiadora, relevante e temporal.
Para nossa viagem, podemos dizer que a meta para o
indicador “índice de poupança” é possuir 80% do valor a
ser gasto seis meses antes da data do embarque. Aí, fazemos o desdobramento dessa meta para saber quanto
precisamos ter mês a mês.
No caso dos indicadores do STJ, essa definição é feita
por meio de matrizes para controle dos indicadores.

Conheça nossos indicadores estratégicos e metas
acessando a intranet no seguinte endereço:
Intranet/Mais links/Gestão Estratégica/Planejamento
Estratégico/Indicadores e Metas

Para aprofundar seus conhecimentos sobre os
indicadores, suas classificações, como construí-los
e gerenciá-los no contexo do STJ, consulte o guia
Construindo e Gerenciando Indicadores.

2.6.

Identificar, propor e estabelecer prioridades
dos projetos

Quando são percebidas diferenças entre o desempenho atual e o esperado, partimos para a proposição de iniciativas. O tipo mais comum de iniciativa é o projeto.
Um projeto é um esforço temporário, com início e fim definidos cujo objetivo
é criar produtos, serviços ou resultados exclusivos, por meio de atividades
planejadas, executadas e controladas, utilizando recursos humanos, materiais
e financeiros específicos.

Os projetos são planejados, executados e controlados
por pessoas e restritos por limitações de prazo e recursos.
Quando bem sucedidos, os projetos contribuem para o alcance dos objetivos ao longo do tempo. O conjunto dos
projetos estratégicos é denominado portfólio.
Se, na preparação da viagem, for detectado, por exemplo, que não estamos alcançando a meta traçada de pou-
Estratégia
com uso do BSC
pança mensal, podereremos implementar um projeto paralelo com o objetivo de obter mais recursos financeiros,
como dar aulas particulares à noite.
No STJ, os projetos estratégicos são acompanhados
pelo Escritório Corporativo de Projetos - ECP, responsável
pela elaboração e implementação da Metodologia de
Gerenciamento de Projetos do STJ – MGSTJ. Ela define o
processo de trabalho para concretização das ideias inovadoras, as responsabilidades dos envolvidos, os modelos de
documentos que são utilizados do início ao encerramento
dos projetos, bem como as ferramentas tecnológicas de
suporte. Essa metodologia é utilizada para todos os projetos vinculados ao plano estratégico.

Conheça nossos projetos estratégicos
acessando a intranet no seguinte endereço:
Intranet/Mais links/Gestão Estratégica/
Escritório Corporativo de Projetos

Para aprofundar seus conhecimentos sobre os
indicadores, suas classificações, como construí-los
e gerenciá-los no contexo do STJ, consulte o guia
Construindo e Gerenciando Indicadores.

Uma organização pode possuir diversos projetos. Contudo, no plano estratégico, devem constar apenas os que
viabilizam diretamente o alcance dos objetivos estratégicos. Segundo a metodologia do BSC, para um gerenciamento eficaz, devem ser priorizados no máximo vinte projetos estratégicos, distribuídos no horizonte de tempo do
planejamento da organização. A MGSTJ também prevê os
critérios de priorização de projetos utilizada pelo Tribunal
da Cidadania.
Agora que já sabemos os conceitos do BSC, podemos
concluir que os objetivos, indicadores, metas e projetos trabalham em conjunto para alcançar o destino estratégico da organização: sua visão de futuro. Enquanto os objetivos articulam os componentes da estratégia, os
indicadores e metas acompanham o progresso em relação
ao seu alcance, além de comunicar qual é a dimensão da
mudança. As iniciativas surgem para viabilizar os resulta-

27
28

Construindo a estratégia

dos pretendidos. Para melhor ilustrar esse ciclo, observe o
exemplo a seguir, com relação ao objetivo ampliar a responsabilidade ambiental.
OBJETIVO
ESTRATÉGICO
Ampliar a
responsabilidade

Objetivos articulam os
componentes da estratégia

2

Indicador
Indicador
Redução
do impacto
ambiental

3

Meta

4
INICIATIVA
ESTRATÉGICA

30%

Implementar políticade

25%

25%

15%

Lacuna

Iniciativas
estratégicas ajudam
a fechar a lacuna
entre o desempenho
atual e o desejado

10%

Reduzir em
25% o impacto
ambiental

sustentabilidade

20%

8%
5%
0%

2010

meta

Indicadores medem o progresso no alcance da meta e o
comunicam à intenção do objetivo estratégico
Figura 10 - Ciclo da Gestão Estratégica

No exemplo acima, o objetivo estratégico (1) de ampliar a responsabilidade ambiental é medido pelo indicador (2) redução do impacto ambiental, que apresentou
uma lacuna de 17% entre o desempenho atual e a meta
(3). Assim, propôs-se uma iniciativa estratégica (4) a fim
de implementar a política de sustentabilidade e contribuir
para o alcance do objetivo proposto.
Estratégia
com uso do BSC
2.7.

Elaborar o plano de implementação

Como saber se o tribunal está direcionado para a consecução da sua estratégia?
Para que uma organização esteja focada na estratégia,
é necessário observar e adotar cinco princípios básicos:

1

2 car a
uni
Comtratégia
es

Gere 5
estranciar a
tégia

Traduzir a
estratégia

Organização
orientada para
a estratégia

M
or obi 4
ga liz
niz ar
aç a
ão

3 ar a ia
h
lin atég
A tr
es

Figura 11 - Organização orientada para a estratégia

Essas etapas estão intimamente relacionadas e acontecem de forma integrada, mas, para fins didáticos, serão
apresentadas separadamente:
1.

Traduzir a estratégia

Consiste em fazer com que a estratégia seja traduzida
ou formatada nos padrões do BSC, contendo a visão da
organização com seus objetivos, indicadores, metas e projetos, organizados na forma de um mapa estratégico. O STJ
possui seu próprio mapa estratégico, o que permite que as
pessoas visualizem a estratégia de forma clara e percebam
o caminho a ser seguido.

29
Construindo a estratégia

2.

Imagem: indikacomunicacao.blogspot.com.br

30

Comunicar a estratégia

Possuir o mapa não é suficiente para tornar
a estratégia conhecida, é necessário torná-la
tarefa de todos por meio de um processo de
comunicação. Só assim é possível se envolver e
executá-la com eficiência.
A comunicação perpassa todas as fases de
elaboração da estratégia da organização.
Para tanto, é preciso inovar e, com criatividade, montar um plano de comunicação
para que os colaboradores de fato se envolvam com a implementação da estratégia.
Devem ser considerados o objetivo e o conteúdo
da mensagem, o público a ser comunicado, o
meio a ser utilizado, o momento em que deve
ocorrer e o feedback.
O Plano de Comunicação da estratégia do STJ é elaborado com participação da Secretaria de Comunicação
Social.
3.

Alinhar a estratégia
A partir do momento em que
se conhece a estratégia, é necessário que todas as unidades tenham
o mesmo foco, criando sinergia.
Esse direcionamento permite o
desdobramento dos objetivos e
metas comuns em objetivos e
metas setoriais, além de contribuir
para a criação da consciência estratégica nos seus gerentes.
No STJ esse princípio é atendido pelo projeto Alinhamento
Estratégico.

Imagem: planejarcomunicacao.blogspot.com.br

4.

Mobilizar a organização

A criação de uma organização alinhada e orientada
para a estratégia exige comprometimento e liderança ati-
Estratégia
com uso do BSC
va e constante da alta administração. Sem ela, não há garantia de êxito na obtenção dos resultados almejados. Por
isso, é importante buscar a mudança de atitude da organização por meio da liderança da alta administração. É ela
quem deve manter o uso do BSC nas discussões com os
gerentes, associando planejamento e orçamento nas decisões estratégicas e reforçando seu uso como papel central
no sistema de gestão.
Cabe à Assessoria de Modernização e Gestão Estratégica – AMG manter a alta administração do STJ informada
sobre o desempenho institucional, fornecendo os insumos necessários à tomada de decisões adminsitrativas.
5.

Gerenciar a estratégia

O gerenciamento da estratégia é contínuo, entretanto
o ponto alto é a realização periódica das reuniões de análise estratégica.

Imagem: blogsferas.wordpress.com

Reunião de análise estratégica (RAE) é a reunião da alta administração
com a finalidade de viabilizar o acompanhamento da execução do Planejamento
Estratégico Institucional, identificar eventuais necessidades de realinhamento
dos indicadores e projetos, bem como antecipar estratégias de atuação
para o alcance dos objetivos.

No STJ, as RAEs são realizadas com a participação do ministro presidente, diretor-geral,
secretários e demais gestores estratégicos e
suas atas podem ser consultadas na página
da Gestão Estratégica na intranet.
Estudos de caso com organizações que
utilizam com sucesso o BSC demonstram que
a periodicidade ideal dessas reuniões é de
três meses. Essa também foi a orientação do
Conselho Nacional de Justiça – CNJ para os
órgãos do Poder Judiciário.
As deliberações nas RAEs definem se a organização
deve permanecer em sua trajetória rumo ao desempenho desejado no longo prazo ou se a ocorrência de novas ideias, informações, ameaças e oportunidades exigem
desvios no curso planejado inicialmente.

31
32

Construindo a estratégia

Setorialmente, o gestor e os colaboradores devem promover reuniões para analisar a contribuição que a unidade
tem prestado à estratégia. Esse processo de governança
enfatiza o aprendizado, a solução de problemas em equipe e a orientação em reuniões de avaliação eficazes e prévias às RAEs.
Estratégia
com uso do BSC

3

Agora que já conhecemos a ferramenta BSC e seu uso
Gestão
Estratégica na construção da estratégia, podemos refletir sobre o papel da gestão estratégica em uma organização.
A gestão estratégica é hoje um dos principais desafios
da organização, pois consiste em fazer com que a estratégia definida seja sistematicamente implementada, acompanhada, analisada e, se for preciso, redefinida, para garantir uma eficiente governança corporativa e o consequente
alcance da visão de futuro delineada. Ela é voltada para o
longo prazo e está integrada num sistema de gestão com
foco em resultados. Deve ser vista como a forma pela qual
a organização “dá vida” ao seu planejamento estratégico.
No STJ, a gestão estratégica baseia-se no tripé “planejamento estratégico, gestão de processos de trabalho e
gestão da informação”.

Planejamento
Estratégico

GESTÃO
ESTRATÉGICA
DO STJ
Processos
de Trabalho

Informações
Estatísticas

Figura 12- Tripé do Planejamento Estratégico no STJ

O planejamento permite estabelecer visão estratégica
de longo prazo e traduzir as diretrizes organizacionais em
ações concretas, atuando nesse sentido com a coordenação de indicadores e projetos. Além disso, a gestão estratégica concentra esforços na otimização dos processos de
trabalho e na gestão da qualidade, como práticas voltadas
à melhoria da performance institucional e consequente

33
Gestão Estratégica

satisfação da sociedade. Implementa, ainda, gestão da
informação, acompanhando e disponibilizando dados
estatísticos que agreguem valor à instituição e apóiem o
processo decisório.
Um trabalho nada fácil, já que além da complexidade ligada à dinâmica dos tempos atuais, em que a única
constante é a mudança, outros fatores interferem negativamente na sua implementação, por exemplo: falta de
clareza para os colaboradores, ausência de vínculo da estratégia com a alocação de recursos, pouco tempo disponibilizado pelos gestores para a gestão da estratégia.
Por isso mesmo, a gestão estratégica pressupõe uma
mudança cultural e de atitude na organização, desde a cúpula até a área de operação, incluindo áreas de apoio e
até mesmo aquelas fora da organização. Essa mudança de
cultura está relacionada principalmente ao aspecto “pensar estrategicamente”.
Quando você pensa estrategicamente, eleva os olhos
acima de sua rotina de trabalho diária e considera a ampla
esfera em que atua. Você faz perguntas e desafia conceitos
sobre como as coisas funcionam aqui no tribunal. Coleta
dados complexos, muitas vezes até ambíguos, e os interpreta. E você utiliza as informações que avaliou para fazer
escolhas inteligentes e definir o plano de ação apropriado.
Além do mais, realiza tudo isso com a atenção voltada para
a geração dos melhores resultados institucionais possíveis
por meio das oportunidades que se apresentam a você
hoje.

Imagem: www.blumenauti.com.br

34
Estratégia
com uso do BSC
A estratégia de uma organização demonstra como ela
Considerações
finais pretende gerar valor. Algumas constroem a sua estratégia
visando aos objetivos financeiros, outras sob o ponto de
vista da sociedade. Pode-se elaborar até mesmo a estratégia individual para um dos colaboradores! Contudo, independentemente do foco da instituição, é necessário definir um modelo global de estratégia que possa organizar o
raciocínio de forma a definir conceitos e termos e torná-la
comum a todas as partes que a compõem.
Por esse mesmo motivo, o STJ adotou como modelo
de gestão o Balanced Scorecard – BSC, que permite mostrar graficamente, por meio do mapa estratégico, as relações de causa e efeito que permeiam os objetivos que
pretende alcançar.
Dessa forma, conhecer os termos que fundamentam o
uso do BSC é importante não só para compreender para
onde o Tribunal está direcionando esforços, mas, também,
para saber que todos contribuem e são, efetivamente, parte da sua missão:
Processar e julgar as matérias de sua competência
originária e recursal, assegurando uniformidade na interpretação das normas infraconstitucionais e oferecendo ao jurisdicionado uma prestação de qualidade,
rápida e efetiva.
Neste guia metodológico, aprendemos sobre planejamento estratégico e sobre BSC, mas pudemos entender,
sobretudo, a importância de alinhar as nossas ações operacionais à estratégia do STJ. Esse é o desafio!
A mudança pretendida depende de pessoas comprometidas com os resultados esperados. Faça a sua parte!
Bom trabalho!

35
36
Referências

BATISTA, F. F., Apostilas do curso da ENAP sobre Elaboração de
Indicadores de Desempenho Institucional, 2002.
CAIUBY, Rogério, Gestão Estratégica para Resultados: A busca
pela maior efetividade na utilização dos recursos
públicos, Exterior Editora, São Paulo, 2011.
CHARAN, R. e BOSSIDY, L., Execução: A disciplina para atingir
resultados, Editora Campus.
HARVARD Manager Mentor, Curso Gestão.com.
HERRERO Filho, Emílio, Balanced Scorecard e a Gestão Estratégica:
Uma abordagem prática, Editora Campus, Elsevier,
Rio de Janeiro – 2005.
JÚLIO, Carlos Alberto, A Arte da Estratégia – Pense grande,
comece pequeno e cresça rápido! 3ª Edição, Negócio
Editora, Elsevier, Rio de Janeiro – 2005.
KAPLAN, R. e Norton, D., A Execução Premium, Editora Campus,
2008.
KAPLAN, Robert e NORTON, David, A Estratégia em Ação,
Editora Campus, Rio de Janeiro – 1997.
KAPLAN, Robert e NORTON, David, Alinhamento, Editora
Campus, Rio de Janeiro – 2006.
KAPLAN, Robert e NORTON, David, Mapas Estratégicos, Editora
Campus, Rio de Janeiro – 2004.
KAPLAN, Robert e NORTON, David, Organização Orientada para
a Estratégia, Editora Campus, Rio de Janeiro – 2000.
MAGALHÃES, Dulce, Curso online: Gestão da Competência,
Disponível em: http://carreiras.empregos.com.br/
carreira/administracao/planejamento/040702curso_gestao_dulce.shtm, Acesso em: 27 fev 2013.
MINTZBERG, Henry e QUINN, J. B., O Processo da Estratégia, 3ª
Edição, Editora Bookman, Porto Alegre, 2001.
MORAIS, Roberto T. R., Planejamento Estratégico: um bem ou
mal necessário? 2ª Edição, Editora Fundo de Cultura,
Rio de Janeiro – 2005.
OLIVEIRA, D. P. R., Planejamento Estratégico, Conceitos,
Metodologia e Práticas, São Paulo, Editora Atlas S.A.
– 2002.
PRADO, R., Oficina de Planejamento Estratégico, realizada em jul/
ago/2002 com a Secretaria de Recursos Humanos do
Superior Tribunal de Justiça, Brasília/DF, 2002.
ROCHA, L. O. L., Organizações e Métodos, uma Abordagem
Prática – 2ª Edição, Editora Atlas, 1980.
SOLUÇÃO EDUCACIONAL MINDQUEST, Curso Gestão.com –
Módulo planejamento, 2011.
THOMPSON JR., Arthur A. e STRICKLAND III, A. J., Planejamento
Estratégico: Elaboração, Implementação e Execução,
Pioneira, São Paulo – 2000.
Estratégia
com uso do BSC

Glossário

Competência – conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para a realização com êxito de determinado trabalho ou
para o desempenho de papéis especializados ou gerenciais.
Entradas – o mesmo que insumos. Conjunto de recursos e informações que são transformados por meio de processos em
saídas (produtos ou serviços). As saídas de uma fase do projeto se transformam em entradas da fase seguinte.
Escritório de projetos – corpo organizacional que detém e domina a metodologia utilizada pela organização para gerenciar projetos. Ele monitora a carteira de projetos e provê os
treinamentos necessários na área.
Feedback – em administração, feedback é o procedimento que
consiste no provimento de informação a uma pessoa sobre
o desempenho, conduta, eventualidade ou ação executada
por esta, objetivando orientar, reorientar e/ou estimular uma
ou mais ações de melhoria, sobre as ações futuras ou executadas anteriormente.
Gestão de projeto – também denominado gerência, gerenciamento ou administração de projeto. Aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades
de projetos de modo a fazê-los atingir necessidades e/ou
exceder as expectativas de seus clientes e demais partes envolvidas.
Iniciativa – ou projeto, representa um conjunto de atividades ou
medidas planejadas para serem realizadas, com responsabilidade de execução definida, a fim de alcançar determinados
objetivos e resultados mensuráveis (quantificação, qualificação e localização dos benefícios), prazo de duração limitado,
considerando os recursos específicos (humanos, materiais,
equipamento).
Método – a maneira ou forma como o trabalho é realizado.
Quando a maneira para executar um determinado trabalho é
prescrito, o método se torna procedimento.
Metodologia – parte de uma ciência que estuda os métodos
aos quais ela própria recorre.
Mudança – processo dinâmico que provoca a evolução nos sistemas a partir de forças exógenas do ambiente como alterações em valores da sociedade e novas oportunidades ou
limitações do ambiente (econômico, político, legal e social) e
também a partir de forças endógenas que criam a necessidade de alteração estrutural e comportamental. Estas provêm
da tensão organizacional: tensão nas atividades, interações,
sentimentos ou resultados de desempenho no trabalho.
Plano Estratégico STJ 2010-2014 – instrumento de gestão do
STJ que apresenta objetivos, indicadores, metas e iniciativas
a serem priorizados por servidores e magistrados no período
de 2010 a 2014.
Portfólio (de projetos) – coleção de projetos ou programas que
são agrupados para facilitar uma gestão mais eficaz destes
empreendimentos como forma de atender aos objetivos
estratégicos de negócios da organização. Os projetos ou
programas em um portfólio não necessariamente devem ser
interdependentes ou estar diretamente relacionados.

37
38

Glossário
Processo – conjunto de recursos e atividades inter-relacionadas
que transforma entradas (insumos, inputs) em saídas (produtos ou serviços, outputs). Os recursos podem incluir pessoal, finanças, instalações, equipamentos, métodos e técnicas,
numa sequência de etapas ou ações sistemáticas.
Processo de trabalho – conjunto de atividades inter-relacionadas que transforma insumos (entradas) em produtos/serviços (saídas).
Recursos – fatores necessários à realização do projeto os quais
compreendem, entre outros, as pessoas, os equipamentos e
os materiais usados para realizar atividades em um projeto
ou realizar todo o projeto.
Resultado – bem ou serviço produzido pelo projeto. Na área de
administração de empresas, resultado geralmente está relacionado a benefícios financeiros ou estratégicos da organização.
Saídas – produtos ou serviços alcançados através da transformação de recursos e informações (entradas). As saídas de uma
fase do projeto se transformam em entradas da fase seguinte.
Tomada de decisão – necessidade de escolher uma ou algumas
entre muitas alternativas para as ações a serem realizadas em
diversas situações que poderão surgir de forma inesperada.
Numa organização, normalmente, essa responsabilidade
está com os gestores ou administradores. Mas, isso não quer
dizer que todos os outros envolvidos não possam opinar.
Quando houver possibilidade, as decisões precisam ser conjuntas, isso facilitará a sua implementação.
Superior Tribunal de Justiça
Assessoria de Modernização e Gestão Estratégica

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  • 1. Balanced Scorecard Superior Tribunal de Justiça Brasília - DF Maio/2013
  • 2. Superior Tribunal de Justiça (Composição em 11 de abril de 2013) Ministros Ministro Felix Fischer – Presidente Ministro Ari Pargendler Ministro Gilson Langaro Dipp – Vice-Presidente Ministra Eliana Calmon Alves – Diretora Geral da ENFAM Ministro Francisco Cândido de Melo Falcão Neto Ministra Fátima Nancy Andrighi Ministra Laurita Hilário Vaz Ministro João Otávio de Noronha Ministro José de Castro Meira Ministro Arnaldo Esteves Lima Ministro Humberto Eustáquio Soares Martins Ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura Ministro Antonio Herman de Vasconcelos e Benjamin Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Ministro Sidnei Agostinho Beneti Ministro Jorge Mussi Ministro Geraldo Og Nicéas Marques Fernandes Ministro Luis Felipe Salomão Ministro Mauro Luiz Campbell Marques Ministro Benedito Gonçalves Ministro Raul Araújo Filho Ministro Paulo de Tarso Vieira Sanseverino Ministra Maria Isabel Diniz Gallotti Rodrigues Ministro Antônio Carlos Ferreira Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva Ministro Sebastião Alves dos Reis Júnior Ministro Marco Aurélio Gastaldi Buzzi Ministro Marco Aurélio Bellizze Oliveira Ministra Assusete Dumont Reis Magalhães Ministro Sérgio Luiz Kukina Magistrados Convocados Desembargadora Alderita Ramos de Oliveira Desembargadora Jonny de Jesus Campos Marques Desembargadora Marilza Maynard Salgado de Carvalho
  • 4.
  • 5. Balanced Scorecard Superior Tribunal de Justiça Brasília - DF Maio/2013
  • 6. Superior Tribunal de Justiça Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Realização: Assessoria de Modernização e Gestão Estratégica – AMG Disponível em: http://bdjur.stj.jus.br www.stj.jus.br/Conheça o STJ/Gestão Estratégica ISBN 978-85-7248-147-2 B823e Brasil. Superior Tribunal de Justiça. Estratégia com o uso do BSC / Superior Tribunal de Justiça. -- Brasília: STJ, 2013. 38 p.: il. “Gestão estratégica STJ”. 1. Planejamento estratégico, Brasil. 2. Tribunal Superior, gestão estratégica, Brasil. 3. Tribunal Superior, administração, Brasil. 4. Tribunal Superior, Brasil. I. Título. CDU 65.012.2:347.992(81)
  • 7. 7 Sumário Lista de Ilustrações Introdução 1. Estratégia com uso do Balanced Scorecard – BSC 1.1. Planejamento e Estratégia 1.2. Balanced Scorecard – BSC 2. Construindo a estratégia 2.2. Definir a missão e a visão de futuro 2.3. Identificar os temas e os objetivos estratégicos 2.4. Construir as relações de causa e efeito 2.5. Determinar os indicadores de desempenho e as metas 2.6. Identificar, propor e estabelecer prioridades dos projetos 2.7. Elaborar o plano de implementação 3. Gestão Estratégica Considerações finais Referências Glossário 8 9 11 11 12 14 17 19 21 23 26 29 33 35 36 37
  • 8. Lista de Ilustrações Figura 1 – Matriz SWOT 14 Figura 2 – Matriz SWOT pessoal 15 Figura 3 – Matriz SWOT do Plano Estratégico STJ 2010-2014 15 Figura 4 – Diferenças entre missão e visão de futuro 18 Figura 5 – Como construir um objetivo estratégico 20 Figura 6 – Exemplo perspectiva, tema e objetivo no âmbito pessoal 20 Figura 7 – Relação de causa e efeito no mapa pessoal 22 Figura 8 – Mapa Estratégico Plano STJ 2010-2014 23 Figura 9 – Meta (diferencial entre o desempenho atual e futuro) 25 Figura 10 – Ciclo da Gestão Estratégica 28 Figura 11 – Organização orientada para a estratégia 29 Figura 12 – Tripé do Planejamento Estratégico no STJ 33
  • 9. Estratégia com uso do BSC Introdução Podemos fantasiar o nosso futuro o quanto quisermos, mas ele será a expressão exata daquilo que fazemos no presente. É preciso um contínuo exercício de projetar no tempo os resultados que almejamos e agir no presente para atingi-los. Parece simples, não é verdade? Mas, nem por isso, fácil. Isso é planejar e gerir a estratégia: eleger objetivos a serem atingidos, alinhar ações, tomar decisões, lidar com prioridades, mudar rumos... Ter visão é saber o que se deseja, a estratégia é colocar isso no dia a dia, na agenda de trabalho. Trata-se de uma questão relevante, pois quem desenvolve visão estratégica cria uma rotina que permite ver os impactos futuros de suas decisões no presente. Da mesma forma, o presente é uma conseqüência direta das ações realizadas no passado. Por isso, temos que inovar, mudar, transformar ações para alavancar resultados que sejam o retrato fiel dos sonhos que aspiramos, em vez de simplesmente ajustar os nossos sonhos aos resultados que alcançamos. A Administração Pública tem passado por importantes transformações em busca de profissionalização e maior eficiência na gestão. Em outras palavras, estabeleceu seu foco no atendimento às necessidades e expectativas do cidadão que utiliza os serviços públicos. Contudo, tão importante quanto saber o que se pretende alcançar, é saber como chegar lá. Assim, buscou-se a implementação de ferramentas capazes de mensurar o desempenho das organizações não somente na esfera financeira, mas também naquelas relacionadas às diversas medidas de desempenho para a realização da estratégia. Nesse mesmo compasso, o Superior Tribunal de Justiça implementou o modelo de gestão estratégica em 1998 e adotou, em 2004, o Balanced Scorecard – BSC como sistema gerencial capaz de comunicar, promover e mensurar a realização dos anseios demonstrados durante a formulação de sua estratégia. Atualmente, o STJ caminha na direção do cumprimento de seu Plano Estratégico STJ 2010-2014. Este guia foi elaborado para propiciar ao leitor o entendimento básico sobre a ferramenta BSC e sobre a maneira como ela contribui para a implementação da estratégia. Ele não pretende esgotar o tema, mas apresentá-lo de for- 9
  • 10. 10 Introdução ma resumida, para que todos possam entender melhor os fundamentos da estratégia desenhada para o STJ e perceber como cada um colabora para sua realização.
  • 11. Estratégia com uso do BSC 1 Imagem: www.foreignstudents.com Estratégia 1.1. Planejamento e Estratégia com uso do Nossas vidas são construídas a partir do que realizaBalanced Scorecard – BSC mos. Em nossas atividades diárias, mesmo sem perceber, tentamos sempre antecipar o resultado de nossas ações, para, então, decidir como agir. Isso é planejar, uma ação rotineira do nosso cotidiano. Quando possuímos um objetivo maior, que desejamos alcançar a médio ou longo prazo, fazemos a análise do que queremos e de como chegaremos lá. Você já realizou uma grande viagem sem se planejar? Provavelmente não. Antes de viajar, temos de rever nossas economias e organizar tudo com antecedência, considerando a programação de trabalho de nossa unidade, férias escolares dos filhos, destino, meio de transporte, acomodações, documentação necessária... Isso leva a uma definição bem simples de planejamento: Planejamento é um processo que apresenta os caminhos a seguir, de modo a racionalizar os recursos e alcançar os resltaos propostos, com a melhor concentração de esforços. Agora que você entendeu o que é planejamento, deve estar se perguntando: e estratégia, o que é? Quando pensamos em planejamento, vemos que muitos são os caminhos apresentados para alcançar o objetivo pretendido. Quando você planeja uma viagem, pode escolher entre juntar o dinheiro antes e realizar sua viagem, ou adquirir um empréstimo e pagar as prestações após realizá-la. Assim: Estratégia é o caminho mais adequado a ser seguido para alcançar os objetivos da organização ou do projeto. Com base na estratégia, podemos olhar um comportamento passado e verificar sua consistência ou olhar para frente e perceber um curso de ação para o futuro, na direção de um objetivo. No caso da viagem, podemos definir se nossa estratégia será economizar antes e abrir mão de 11
  • 12. 12 Estratégia com uso do Balanced Scorecard – BSC outras aquisições ou pegar um empréstimo para pagar depois e, assim, desembolsar uma quantia maior com o pagamento de juros. A última opção pode ser até mais viável caso tenhamos um valor investido com rendimento maior que os juros pagos. A escolha dependerá da análise... Seja ela qual for, o caminho a seguir define nossa estratégia. Juntando os dois conceitos, podemos definir que: Planejamento estratégico é o processo para formulação de objetivos e escolha de iniciativas que apóiem a sua execução. O planejamento estratégico, mais que um documento estático, deve ser visto como um instrumento dinâmico de gestão. Ele contém decisões antecipadas sobre a linha de atuação a ser seguida no cumprimento da estratégia. Entretanto, é necessário saber utilizá-lo com maestria para colher bons resultados. Dentre os principais benefícios de um bom planejamento, estão: º º º º º º 1.2. Identificar atividades mais relevantes para os resultados esperados; Contribuir para o processo decisório; Direcionar a alocação dos recursos: orçamento, infraestrutura e pessoas; Propiciar comportamento sinérgico e comprometimento das várias unidades organizacionais, transformando a estratégia em tarefa de todos; Transformar a organização reativa em proativa; Obter melhores resultados operacionais. Balanced Scorecard – BSC Mas, não basta definir a estratégia, é preciso executá-la; para isso, são necessários instrumentos que a traduzam em uma linguagem comum a todos da organização, possibilitando que ela seja executada e gerida. Entre as várias ferramentas que auxiliam essa tradução, o Superior Tribunal de Justiça optou pelo uso do Balanced Scorecard, atualmente, uma das ferramentas mais eficazes para o mapeamento e gestão da estratégia.
  • 13. Estratégia com uso do BSC E o que vem a ser o Balanced Scorecard ou apenas BSC, como é mais conhecido? O Balanced Scorecard – BSC é um modelo de gestão que auxilia as organizações a traduzir a estratégia em objetivos, direcionando comportamentos e desempenho. O BSC foi desenvolvido por Robert S. Kaplan e David P. Norton, professores da Harvard Business School, e é utilizado na definição de estratégias para a organização, bem como no seu desdobramento em objetivos quantificados por indicadores. Por meio do monitoramento dos indicadores, as lideranças permanecem informadas sobre os resultados alcançados e sobre a necessidade de ajustes na trajetória inicialmente proposta. Literalmente, BSC pode ser traduzido como indicadores balanceados de desempenho ou cenário balanceado (Campos, 1998). Isso porque se trata de um sistema gerencial para administração a longo prazo que se propõe a representar a estratégia organizacional de forma balanceada, clara e objetiva, possibilitando que todos os setores atuem de maneira alinhada com a visão estratégica definida. Dessa forma, o BSC oferece um painel organizacional com os pontos mais críticos, os objetivos que estão com desempenho aquém do esperado e dá foco às reuniões de análise da estratégia, ajudando na tomada de decisões estratégicas e completando o ciclo de gestão. Voltando ao nosso exemplo da viagem, as informações trazidas pelo BSC funcionam como um painel de instrumentos de um carro. Assim, você sabe a que velocidade está, a distância percorrida e a quantidade de combustível para seguir viagem. Com base nessas informações, pode tomar decisões como parar a fim de abastecer ou aumentar a velocidade para chegar ao seu destino no tempo esperado. No STJ, o documento que consolida o planejamento com o uso do Balanced Scorecard é o Plano Estratégico, atualmente delineado para o período 2010-2014. 13
  • 14. 14 2 Construindo a estratégia O processo de construção do planejamento estratégico com o uso da metodologia do BSC passa por alguns passos básicos e dura aproximadamente de 8 a 12 semanas: 1. Analisar as informações do ambiente interno e externo; 2. Enumerar os valores institucionais; 3. Definir ou confirmar a missão e a visão de futuro; 4. Identificar os temas e os objetivos estratégicos; 5. Construir as relações de causa e efeito; 6. Determinar os indicadores de desempenho e as metas; 7. Identificar, propor e estabelecer prioridades aos projetos; 8. Elaborar o plano de implementação. 2.1. Analisar as informações do ambiente interno e externo O processo de planejamento estratégico tem início com a análise dos cenários, isto é, com o diagnóstico que considera as variáveis do ambiente interno e externo capazes de influenciar os resultados da organização. Análise de cenário é o processo de monitorar o ambiente organizacional interno e externo para identificar os riscos e as oportunidades presentes e futuras. Ambiente interno Forças Ambiente externo FavorávelD Oportunidades Figura 1 – Matriz SWOT Uma ferramenta muito utilizada para a definição de cenários é a matriz de análise SWOT. O termo vem do inglês e representa as iniciais das palavras Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). esfavorável As forças e fraquezas são determinadas pelo contexto atual da organização e se relacionam a fatores internos. Já as oportuniFraquezas dades e ameaças são antecipações do futuro relacionadas a fatores externos. O ambiente interno pode ser controlado Ameaças pelos gestores da organização, uma vez que ele é resultado das estratégias de atuação
  • 15. Estratégia com uso do BSC Ambiente externo Ambiente interno Ambiente externo Ambiente interno definidas pela alta administração. Dessa forma, durante a análise, quando for percebido um ponto forte, ele deve ser ressaltado ao máximo e, quando for percebido um ponto fraco, a organização deve agir para controlá-lo ou promover ações para superá-lo. Já o ambiente externo está fora do controle da organização, entretanto a organização deve conhecê-lo e monitorá-lo periodicamente de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças quando possível, ou enfrentá-las, minimizando seus efeitos. Voltando ao nosso exemplo, uma análise de cenário para a viagem à Europa pode apresentar-se da seguinte maneira: A análise do ambiente fornece um diagFavorávelD esfavorável nóstico situacional obrigatório para a formulação do plano estratégico. Considera os fatores intervenientes (externos e internos) que possam impactar positiva e negativaNão é necessário Aumento da procedimento para cotação do euro mente o funcionamento da organização, emissão de visto prévio o cumprimento da missão institucional, a conformidade da visão de futuro e o alcanFigura 2 – Matriz SWOT pessoal ce dos resultados pretendidos. Dessa análise surgem variáveis que poderão impulsionar o desenvolvimento ou comprometer o cumprimento dos objetivos institucionais. Portanto, para que o Tribunal cumpra bem o seu papel, é imprescindível a percepção exata do ambiente em que ele está inserido. Para a construção do Plano Estratégico STJ 2010-2014, foi realizado diagnóstico situacional em 2009, o qual foi submetido a uma revisão técnica em 2012. A figura 3 demonstra parte da análise de cenário do Superior Tribunal de Justiça, no Plano EstraFavorávelD esfavorável tégico 2010-2014, por meio da ferramenta Forças Fraquezas SWOT. Bom lugar para se trabalhar Baixa intergração e comunicação Oportunidades Ameaças Reforma processual Legislação processual desatualizada Figura 3 – Matriz SWOT do Plano Estratégico STJ 2010-2014 Para conhecer melhor esse cenário delineado para o STJ, acesse a intranet no seguinte endereço: Intranet/Mais links/Gestão Estratégica/Planejamento 15
  • 16. Construindo a estratégia Considerando ainda o ambiente interno, devemos analisar neste momento os valores da instituição. Valores são idéias fundamentais em torno das quais se constrói a organização. Imagem: www.estudantesdeadm.com 16 Eles representam as convicções dominantes, as crenças básicas, aquilo em que as pessoas da organização acreditam, permeando todas as atividades e relações com os clientes. Em outras palavras, descrevem o que é importante para a instituição. Descrevem como a organização pretende atuar no cotidiano enquanto busca realizar sua visão. Sinalizam o que se persegue em termos de padrão de comportamento de toda a equipe de colaboradores na busca da excelência. Para montarmos o planejamento da nossa viagem, devemos considerar nossos valores pessoais: o que é importante para mim? Família ou amigos; aventura ou conforto; poupança ou financiamento. A escolha de um valor em detrimento de outro muda o planejamento da viagem. O mesmo ocorre no nível organizacional. Conheça os valores defendidos pelo STJ: º º º º º Autodesenvolvimento – Assumir a responsabilidade de desenvolver-se continuamente, de forma a contribuir para o seu crescimento pessoal e profissional, bem como para o desempenho organizacional. Comprometimento – Atuar com dedicação, empenho e envolvimento em suas atividades. Cooperação – Trabalhar em equipe, compartilhando responsabilidades e resultados. Ética – Agir com honestidade e integridade em todas as suas ações e relações. Inovação – Propor e implementar soluções novas
  • 17. Estratégia com uso do BSC º º º º 2.2. e criativas para atividades, processos e/ou rotinas de trabalho. Orgulho institucional – Sentir-se satisfeito em fazer parte da instituição. Presteza – Entregar resultados com rapidez e qualidade. Responsabilidade socioambiental – Adotar os critérios sociais e ambientais nas ações do dia a dia. Transparência – Praticar atos com visibilidade plena no desempenho de suas atribuições. Definir a missão e a visão de futuro Agora que já conhecemos o cenário em que nossa organização está inserida, bem como os valores que defende, passamos para a definição de sua missão: A missão é uma declaração concisa da razão de ser da organização. Propósito básico para o qual são direcionadas as atividades e os valores que orientam os servidores, a missão também deve descrever como a organização espera atuar junto à sociedade e agregar valor aos seus produtos e serviços. Ela cria um clima de comprometimento dos colaboradores com o trabalho que é realizado e serve de critério geral para orientar a tomada de decisões. Isso promove o constante alinhamento das decisões administrativas com a prestação dos serviços. Retomando o nosso exemplo de viagem, podemos dizer que a missão de uma determinada pessoa é “curtir a vida”. No contexto do STJ, temos que sua missão é: “Processar e julgar as matérias de sua competência originária e recursal, assegurando uniformidade na interpretação das normas infraconstitucionais e oferecendo ao jurisdicionado uma prestação de qualidade, rápida e efetiva.” 17
  • 18. Construindo a estratégia Já a visão de futuro define o que a organização pretende ser daqui a alguns anos. Ela sintetiza as aspirações da organização, criando um clima de envolvimento e comprometimento com seu futuro. A visão de futuro expressa a situação desejada pela organização e seu contexto de atuação a longo prazo. A definição de aonde se pretende chegar permite entender com clareza o que é preciso mudar ou quanto evoluir para que a visão seja concretizada. Uma visão compartilhada une as pessoas e as impulsiona a buscar seus objetivos, apesar de todas as dificuldades. No contexto pessoal, podemos dizer que temos a visão de futuro: Conhecer os cinco continentes até 2030. Já o STJ possui como visão de futuro: “Consolidar-se como o Tribunal da Cidadania, oferecendo justiça de qualidade, rápida e efetiva”. O quadro comparativo auxilia a entender a diferença entre missão e visão de futuro: Missão Lembre-se º º º º Visão 18 º º º º O que fazemos? Para quais propósitos existimos? O que agregamos para a sociedade? Para quem existimos? º º Perene Nunca será esgotada O que fazemos? Para quais propósitos existimos? O que agregamos para a sociedade? Para quem existimos? º Deve ser inspiradora e algo a que realmente se aspire Deve esclarecer o que a organização pretende fazer É importante constar um prazo para execução Figura 4 – Diferenças entre missão e visão de futuro º º
  • 19. Estratégia com uso do BSC 2.3. Identificar os temas e os objetivos estratégicos Após a definição da missão e visão, identificamos os temas de relevância, os quais se vinculam às perspectivas de uma organização. Em seguida, são definidos os objetivos estratégicos. Neste momento, precisamos compreender esses três conceitos vinculados: As perspectivas representam todos os aspectos importantes para a organização. Metodologicamente são quatro: • financeira • clientes • processos internos • e aprendizado e crescimento Os temas são especificações das perspectivas e agrupam os objetivos em blocos, como meio de segmentar a estratégia em várias categorias. Objetivo estratégico é o sinalizador dos pontos de atuação em que o êxito é fundamental para o cumprimento da missão e o alcance da visão de futuro de uma organização. Diante disso nos perguntamos: É obrigatório usar as quatro perspectivas propostas por Kaplan e Norton na metodologia do BSC? NÃO. O essencial é usar perspectivas suficientes e adequadas para cobrir todas as dimensões críticas para o sucesso da organização. Em alguns casos, essas dimensões são alteradas; em outros, são adicionadas novas perspectivas, sempre com o foco na correta representação da estratégia delineada. No caso do STJ, bem como das demais organizações públicas, as perspectivas sofreram uma adaptação para refletir o foco estratégico típico de uma organização que não é voltada para o lucro, mas sim para as demandas da sociedade. Assim, a nossa estratégia utiliza estas perspectivas: recursos, processos internos e sociedade. Em cada perspectiva, definem-se os temas em que a organização precisa atuar para o alcance da sua visão de futuro. Inseridos nos temas estão os objetivos estratégicos, que representam os desafios pretendidos, esclarecem o 19
  • 20. Construindo a estratégia que a estratégia deve alcançar e o que é crítico para o seu sucesso. Os objetivos são integrados entre si por meio de relações de causa e efeito. Os temas e os objetivos são definidos pelos gestores estratégicos da organização e determinam onde concentrar os esforços. Deve-se escolher um número limitado de objetivos, cujos resultados satisfatórios assegurem um desempenho adequado e concretizem a visão de futuro. Na prática, os objetivos devem ser elaborados obedecendo-se à seguinte equação: VERBO SUBSTANTIVO ação resultado Figura 5 – Como construir um objetivo estratégico Voltando ao nosso exemplo no âmbito pessoal, podemos ter: Favorável Financeira Tema Economizar recursos Objetivo Garantir a quantia necessária para a realização da viagem Figura 6 – Exemplo perspectiva, tema e objetivo no âmbito pessoal Imagem: executiveboard.com 20 Veja que, na descrição do objetivo, “garantir a quantia necessária” configura a ação e “realização da viagem” explicita o resultado almejado.
  • 21. Estratégia com uso do BSC No aspecto profissional, vejamos um exemplo de relação entre objetivo, tema e perspectiva, do Plano Estratégico STJ 2010-2014: Perspectiva Processos Internos Tema Objetivo Acelerar os trâmites judiciais 2.4. Construir as relações de causa e efeito A próxima etapa é a construção das relações de causa e efeito entre os objetivos estratégicos, bem como a sua configuração no mapa estratégico da organização. Imagem: photo-dictionary.com O mapa estratégico é a representação gráfica da estratégia construída com base no BSC. Trata-se de uma arquitetura lógica capaz de representar os objetivos a serem alcançados por, explicitando as relações entre os recursos, os processos de trabalho e os resultados. O mapa evidencia os desafios, ou seja, os objetivos que a organização deve suplantar. Eles são estruturados com relação de causa e efeito entre si, permitindo a identificação dos impactos que um determinado resultado gera ou recebe, criando um raciocínio lógico da estratégia, demonstrando: º º º Se os objetivos traduzem e comunicam a estratégia de maneira integrada. Se há consistência dos objetivos entre as perspectivas. Se há possíveis conflitos entre os objetivos. 21
  • 22. 22 Construindo a estratégia A metodologia ajuda os gestores a visualizar a estratégia de uma forma mais simples, garantindo a coerência e facilitando todo o processo de comunicação, divulgação e envolvimento dos colaboradores. Seguindo esse padrão, poderíamos ter as relações de causa e efeito no nosso mapa estratégico pessoal, da seguinte forma: Visão de Futuro: curtir a vida Financeira: garantir a quantia necessária para a viagem Clientes e Mercado: superar as metas estabelecidas e pleitear uma promoção Processos Internos: realizar melhor o trabalho Aprendizado e Crescimento: fazer uma especialização Figura 7 – Relação de causa e efeito no mapa pessoal
  • 23. Estratégia com uso do BSC As relações de causa e efeito entre os objetivos, temas e perspectivas para o período 2010-2014 estão representadas no mapa estratégico do STJ: Mapa Estratégico — STJ 2010 – 2014 Atualizado em 6/8/2012 MissãoV isão de Futuro Processar e julgar as matérias de sua competência originária e recursal, assegurando uniformidade na interpreação das normas infraconstitucionais e oferecendo ao jurisdicionado uma prestação de qualidade, rápida e efetiva. Consolidar-se como o Tribunal da Cidadania, oferecendo justiça de qualidade, rápida e efetiva. Qualidade Oferecer serviços com qualidade Responsabilidade Socioambiental Ampliar a responsabilidade ambiental Promover a cidadania Elevar a produção de julgados Aprimorar a comunicação institucional Acelerar os trâmites judiciais Gestão de Pessoas Desenvolver competências Atuação Institucional Fortalecer e harmonizar as relações institucionais Buscar a excelência na gestão Infraestrutura e Tecnologia Melhorar o clima organizacional Orçamento Garantir a infraestrutura Garantir a apropriada às atividades disponibilidade de sistemas essenciais de TI administrativas e judiciais Assegurar e gerir recursos orçamentários Figura 8 – Mapa Estratégico Plano STJ 2010-2014 2.5. Determinar os indicadores de desempenho e as metas Depois de definir os objetivos e compreender que esses se relacionam formando uma rede de causa e efeito, chegamos à pergunta central: como saber se estamos caminhando na direção da realização do nosso planejamento estratégico? 23
  • 24. 24 Construindo a estratégia É aqui que entram as mensurações realizadas por meio de indicadores de desempenho. Os indicadores são instrumentos que permitem identificar e medir aspectos relacionados a um determinado conceito, fenômeno, problema ou resultado de uma intervenção. Sua principal finalidade é traduzir, de forma mensurável, determinado aspecto de uma realidade, dada ou construída, de maneira a tornar operacional a sua observação e avaliação. O desempenho do plano estratégico é avaliado pelos seus resultados e, para avaliar resultados, é necessário medir. Essa medição ocorre por meio de um conjunto de indicadores que contemplam a avaliação do atendimento às necessidades, expectativas e requisitos das partes interessadas. Dessa forma, os indicadores são importantes para: º conhecer as necessidades e expectativas dos clientes; º facilitar o planejamento; º mensurar os resultados; º embasar a análise crítica do desempenho; º facilitar o processo de tomada de decisão; º contribuir para a melhoria contínua dos processos organizacionais. Imagem: forumcanum.blogspot.com.br Eles devem manter a mesma relação de causa e efeito existente entre os objetivos. Metodologicamente, todo objetivo deve ter pelo menos um indicador e no máximo três, para não dispersar a comunicação estratégica. No planejamento da nossa viagem, podemos adotar um indicador da perspectiva “financeira” para medir o objetivo “garantir a quantia necessária para a realização da viagem” do tipo “índice de poupança”. No contexto organizacional, devemos lembrar que os indicadores devem ser escolhidos com ênfase na estraté-
  • 25. Estratégia com uso do BSC gia e separados, porém alinhados, dos operacionais, aqueles que estão ligados ao dia a dia da organização. Esses últimos não serão abandonados, apenas não constarão no mapa. Devem ser monitorados no âmbito de cada unidade responsável e entendido o seu impacto na estratégia global. Agora que já sabemos o que queremos medir (objetivo estratégico) e como medir (indicadores), resta a última pergunta: como definir o quanto queremos atingir? Bom, o quanto pretendemos atingir é a nossa meta: Meta é a expectativa de desempenho desejado para um determinado indicador, em uma data no futuro. desempenho As metas representam o valor do indicador em uma data no futuro, ou seja, a expectativa de desempenho desejado para um determinado indicador. No conceito do BSC, metas de longo prazo definem o desempenho esperado por um indicador estratégico no mesmo horizonte de tempo da estratégia. Diferencial de Desempenho Atual Futuro tempo Figura 9 - Meta (diferencial entre o desempenho atual e futuro) As metas devem responder perguntas como as seguintes: o quê, para que e para quando queremos o resultado pretendido. Quando são claras, as metas facilitam a visualização dos caminhos escolhidos, contribuem para orientar as atividades que estão sendo desenvolvidas e 25
  • 26. 26 Construindo a estratégia servem como instrumento para avaliar o que foi previsto e o que foi realizado. Importante salientar, ainda, que toda meta deve ser específica, mensurável, exequível, desafiadora, relevante e temporal. Para nossa viagem, podemos dizer que a meta para o indicador “índice de poupança” é possuir 80% do valor a ser gasto seis meses antes da data do embarque. Aí, fazemos o desdobramento dessa meta para saber quanto precisamos ter mês a mês. No caso dos indicadores do STJ, essa definição é feita por meio de matrizes para controle dos indicadores. Conheça nossos indicadores estratégicos e metas acessando a intranet no seguinte endereço: Intranet/Mais links/Gestão Estratégica/Planejamento Estratégico/Indicadores e Metas Para aprofundar seus conhecimentos sobre os indicadores, suas classificações, como construí-los e gerenciá-los no contexo do STJ, consulte o guia Construindo e Gerenciando Indicadores. 2.6. Identificar, propor e estabelecer prioridades dos projetos Quando são percebidas diferenças entre o desempenho atual e o esperado, partimos para a proposição de iniciativas. O tipo mais comum de iniciativa é o projeto. Um projeto é um esforço temporário, com início e fim definidos cujo objetivo é criar produtos, serviços ou resultados exclusivos, por meio de atividades planejadas, executadas e controladas, utilizando recursos humanos, materiais e financeiros específicos. Os projetos são planejados, executados e controlados por pessoas e restritos por limitações de prazo e recursos. Quando bem sucedidos, os projetos contribuem para o alcance dos objetivos ao longo do tempo. O conjunto dos projetos estratégicos é denominado portfólio. Se, na preparação da viagem, for detectado, por exemplo, que não estamos alcançando a meta traçada de pou-
  • 27. Estratégia com uso do BSC pança mensal, podereremos implementar um projeto paralelo com o objetivo de obter mais recursos financeiros, como dar aulas particulares à noite. No STJ, os projetos estratégicos são acompanhados pelo Escritório Corporativo de Projetos - ECP, responsável pela elaboração e implementação da Metodologia de Gerenciamento de Projetos do STJ – MGSTJ. Ela define o processo de trabalho para concretização das ideias inovadoras, as responsabilidades dos envolvidos, os modelos de documentos que são utilizados do início ao encerramento dos projetos, bem como as ferramentas tecnológicas de suporte. Essa metodologia é utilizada para todos os projetos vinculados ao plano estratégico. Conheça nossos projetos estratégicos acessando a intranet no seguinte endereço: Intranet/Mais links/Gestão Estratégica/ Escritório Corporativo de Projetos Para aprofundar seus conhecimentos sobre os indicadores, suas classificações, como construí-los e gerenciá-los no contexo do STJ, consulte o guia Construindo e Gerenciando Indicadores. Uma organização pode possuir diversos projetos. Contudo, no plano estratégico, devem constar apenas os que viabilizam diretamente o alcance dos objetivos estratégicos. Segundo a metodologia do BSC, para um gerenciamento eficaz, devem ser priorizados no máximo vinte projetos estratégicos, distribuídos no horizonte de tempo do planejamento da organização. A MGSTJ também prevê os critérios de priorização de projetos utilizada pelo Tribunal da Cidadania. Agora que já sabemos os conceitos do BSC, podemos concluir que os objetivos, indicadores, metas e projetos trabalham em conjunto para alcançar o destino estratégico da organização: sua visão de futuro. Enquanto os objetivos articulam os componentes da estratégia, os indicadores e metas acompanham o progresso em relação ao seu alcance, além de comunicar qual é a dimensão da mudança. As iniciativas surgem para viabilizar os resulta- 27
  • 28. 28 Construindo a estratégia dos pretendidos. Para melhor ilustrar esse ciclo, observe o exemplo a seguir, com relação ao objetivo ampliar a responsabilidade ambiental. OBJETIVO ESTRATÉGICO Ampliar a responsabilidade Objetivos articulam os componentes da estratégia 2 Indicador Indicador Redução do impacto ambiental 3 Meta 4 INICIATIVA ESTRATÉGICA 30% Implementar políticade 25% 25% 15% Lacuna Iniciativas estratégicas ajudam a fechar a lacuna entre o desempenho atual e o desejado 10% Reduzir em 25% o impacto ambiental sustentabilidade 20% 8% 5% 0% 2010 meta Indicadores medem o progresso no alcance da meta e o comunicam à intenção do objetivo estratégico Figura 10 - Ciclo da Gestão Estratégica No exemplo acima, o objetivo estratégico (1) de ampliar a responsabilidade ambiental é medido pelo indicador (2) redução do impacto ambiental, que apresentou uma lacuna de 17% entre o desempenho atual e a meta (3). Assim, propôs-se uma iniciativa estratégica (4) a fim de implementar a política de sustentabilidade e contribuir para o alcance do objetivo proposto.
  • 29. Estratégia com uso do BSC 2.7. Elaborar o plano de implementação Como saber se o tribunal está direcionado para a consecução da sua estratégia? Para que uma organização esteja focada na estratégia, é necessário observar e adotar cinco princípios básicos: 1 2 car a uni Comtratégia es Gere 5 estranciar a tégia Traduzir a estratégia Organização orientada para a estratégia M or obi 4 ga liz niz ar aç a ão 3 ar a ia h lin atég A tr es Figura 11 - Organização orientada para a estratégia Essas etapas estão intimamente relacionadas e acontecem de forma integrada, mas, para fins didáticos, serão apresentadas separadamente: 1. Traduzir a estratégia Consiste em fazer com que a estratégia seja traduzida ou formatada nos padrões do BSC, contendo a visão da organização com seus objetivos, indicadores, metas e projetos, organizados na forma de um mapa estratégico. O STJ possui seu próprio mapa estratégico, o que permite que as pessoas visualizem a estratégia de forma clara e percebam o caminho a ser seguido. 29
  • 30. Construindo a estratégia 2. Imagem: indikacomunicacao.blogspot.com.br 30 Comunicar a estratégia Possuir o mapa não é suficiente para tornar a estratégia conhecida, é necessário torná-la tarefa de todos por meio de um processo de comunicação. Só assim é possível se envolver e executá-la com eficiência. A comunicação perpassa todas as fases de elaboração da estratégia da organização. Para tanto, é preciso inovar e, com criatividade, montar um plano de comunicação para que os colaboradores de fato se envolvam com a implementação da estratégia. Devem ser considerados o objetivo e o conteúdo da mensagem, o público a ser comunicado, o meio a ser utilizado, o momento em que deve ocorrer e o feedback. O Plano de Comunicação da estratégia do STJ é elaborado com participação da Secretaria de Comunicação Social. 3. Alinhar a estratégia A partir do momento em que se conhece a estratégia, é necessário que todas as unidades tenham o mesmo foco, criando sinergia. Esse direcionamento permite o desdobramento dos objetivos e metas comuns em objetivos e metas setoriais, além de contribuir para a criação da consciência estratégica nos seus gerentes. No STJ esse princípio é atendido pelo projeto Alinhamento Estratégico. Imagem: planejarcomunicacao.blogspot.com.br 4. Mobilizar a organização A criação de uma organização alinhada e orientada para a estratégia exige comprometimento e liderança ati-
  • 31. Estratégia com uso do BSC va e constante da alta administração. Sem ela, não há garantia de êxito na obtenção dos resultados almejados. Por isso, é importante buscar a mudança de atitude da organização por meio da liderança da alta administração. É ela quem deve manter o uso do BSC nas discussões com os gerentes, associando planejamento e orçamento nas decisões estratégicas e reforçando seu uso como papel central no sistema de gestão. Cabe à Assessoria de Modernização e Gestão Estratégica – AMG manter a alta administração do STJ informada sobre o desempenho institucional, fornecendo os insumos necessários à tomada de decisões adminsitrativas. 5. Gerenciar a estratégia O gerenciamento da estratégia é contínuo, entretanto o ponto alto é a realização periódica das reuniões de análise estratégica. Imagem: blogsferas.wordpress.com Reunião de análise estratégica (RAE) é a reunião da alta administração com a finalidade de viabilizar o acompanhamento da execução do Planejamento Estratégico Institucional, identificar eventuais necessidades de realinhamento dos indicadores e projetos, bem como antecipar estratégias de atuação para o alcance dos objetivos. No STJ, as RAEs são realizadas com a participação do ministro presidente, diretor-geral, secretários e demais gestores estratégicos e suas atas podem ser consultadas na página da Gestão Estratégica na intranet. Estudos de caso com organizações que utilizam com sucesso o BSC demonstram que a periodicidade ideal dessas reuniões é de três meses. Essa também foi a orientação do Conselho Nacional de Justiça – CNJ para os órgãos do Poder Judiciário. As deliberações nas RAEs definem se a organização deve permanecer em sua trajetória rumo ao desempenho desejado no longo prazo ou se a ocorrência de novas ideias, informações, ameaças e oportunidades exigem desvios no curso planejado inicialmente. 31
  • 32. 32 Construindo a estratégia Setorialmente, o gestor e os colaboradores devem promover reuniões para analisar a contribuição que a unidade tem prestado à estratégia. Esse processo de governança enfatiza o aprendizado, a solução de problemas em equipe e a orientação em reuniões de avaliação eficazes e prévias às RAEs.
  • 33. Estratégia com uso do BSC 3 Agora que já conhecemos a ferramenta BSC e seu uso Gestão Estratégica na construção da estratégia, podemos refletir sobre o papel da gestão estratégica em uma organização. A gestão estratégica é hoje um dos principais desafios da organização, pois consiste em fazer com que a estratégia definida seja sistematicamente implementada, acompanhada, analisada e, se for preciso, redefinida, para garantir uma eficiente governança corporativa e o consequente alcance da visão de futuro delineada. Ela é voltada para o longo prazo e está integrada num sistema de gestão com foco em resultados. Deve ser vista como a forma pela qual a organização “dá vida” ao seu planejamento estratégico. No STJ, a gestão estratégica baseia-se no tripé “planejamento estratégico, gestão de processos de trabalho e gestão da informação”. Planejamento Estratégico GESTÃO ESTRATÉGICA DO STJ Processos de Trabalho Informações Estatísticas Figura 12- Tripé do Planejamento Estratégico no STJ O planejamento permite estabelecer visão estratégica de longo prazo e traduzir as diretrizes organizacionais em ações concretas, atuando nesse sentido com a coordenação de indicadores e projetos. Além disso, a gestão estratégica concentra esforços na otimização dos processos de trabalho e na gestão da qualidade, como práticas voltadas à melhoria da performance institucional e consequente 33
  • 34. Gestão Estratégica satisfação da sociedade. Implementa, ainda, gestão da informação, acompanhando e disponibilizando dados estatísticos que agreguem valor à instituição e apóiem o processo decisório. Um trabalho nada fácil, já que além da complexidade ligada à dinâmica dos tempos atuais, em que a única constante é a mudança, outros fatores interferem negativamente na sua implementação, por exemplo: falta de clareza para os colaboradores, ausência de vínculo da estratégia com a alocação de recursos, pouco tempo disponibilizado pelos gestores para a gestão da estratégia. Por isso mesmo, a gestão estratégica pressupõe uma mudança cultural e de atitude na organização, desde a cúpula até a área de operação, incluindo áreas de apoio e até mesmo aquelas fora da organização. Essa mudança de cultura está relacionada principalmente ao aspecto “pensar estrategicamente”. Quando você pensa estrategicamente, eleva os olhos acima de sua rotina de trabalho diária e considera a ampla esfera em que atua. Você faz perguntas e desafia conceitos sobre como as coisas funcionam aqui no tribunal. Coleta dados complexos, muitas vezes até ambíguos, e os interpreta. E você utiliza as informações que avaliou para fazer escolhas inteligentes e definir o plano de ação apropriado. Além do mais, realiza tudo isso com a atenção voltada para a geração dos melhores resultados institucionais possíveis por meio das oportunidades que se apresentam a você hoje. Imagem: www.blumenauti.com.br 34
  • 35. Estratégia com uso do BSC A estratégia de uma organização demonstra como ela Considerações finais pretende gerar valor. Algumas constroem a sua estratégia visando aos objetivos financeiros, outras sob o ponto de vista da sociedade. Pode-se elaborar até mesmo a estratégia individual para um dos colaboradores! Contudo, independentemente do foco da instituição, é necessário definir um modelo global de estratégia que possa organizar o raciocínio de forma a definir conceitos e termos e torná-la comum a todas as partes que a compõem. Por esse mesmo motivo, o STJ adotou como modelo de gestão o Balanced Scorecard – BSC, que permite mostrar graficamente, por meio do mapa estratégico, as relações de causa e efeito que permeiam os objetivos que pretende alcançar. Dessa forma, conhecer os termos que fundamentam o uso do BSC é importante não só para compreender para onde o Tribunal está direcionando esforços, mas, também, para saber que todos contribuem e são, efetivamente, parte da sua missão: Processar e julgar as matérias de sua competência originária e recursal, assegurando uniformidade na interpretação das normas infraconstitucionais e oferecendo ao jurisdicionado uma prestação de qualidade, rápida e efetiva. Neste guia metodológico, aprendemos sobre planejamento estratégico e sobre BSC, mas pudemos entender, sobretudo, a importância de alinhar as nossas ações operacionais à estratégia do STJ. Esse é o desafio! A mudança pretendida depende de pessoas comprometidas com os resultados esperados. Faça a sua parte! Bom trabalho! 35
  • 36. 36 Referências BATISTA, F. F., Apostilas do curso da ENAP sobre Elaboração de Indicadores de Desempenho Institucional, 2002. CAIUBY, Rogério, Gestão Estratégica para Resultados: A busca pela maior efetividade na utilização dos recursos públicos, Exterior Editora, São Paulo, 2011. CHARAN, R. e BOSSIDY, L., Execução: A disciplina para atingir resultados, Editora Campus. HARVARD Manager Mentor, Curso Gestão.com. HERRERO Filho, Emílio, Balanced Scorecard e a Gestão Estratégica: Uma abordagem prática, Editora Campus, Elsevier, Rio de Janeiro – 2005. JÚLIO, Carlos Alberto, A Arte da Estratégia – Pense grande, comece pequeno e cresça rápido! 3ª Edição, Negócio Editora, Elsevier, Rio de Janeiro – 2005. KAPLAN, R. e Norton, D., A Execução Premium, Editora Campus, 2008. KAPLAN, Robert e NORTON, David, A Estratégia em Ação, Editora Campus, Rio de Janeiro – 1997. KAPLAN, Robert e NORTON, David, Alinhamento, Editora Campus, Rio de Janeiro – 2006. KAPLAN, Robert e NORTON, David, Mapas Estratégicos, Editora Campus, Rio de Janeiro – 2004. KAPLAN, Robert e NORTON, David, Organização Orientada para a Estratégia, Editora Campus, Rio de Janeiro – 2000. MAGALHÃES, Dulce, Curso online: Gestão da Competência, Disponível em: http://carreiras.empregos.com.br/ carreira/administracao/planejamento/040702curso_gestao_dulce.shtm, Acesso em: 27 fev 2013. MINTZBERG, Henry e QUINN, J. B., O Processo da Estratégia, 3ª Edição, Editora Bookman, Porto Alegre, 2001. MORAIS, Roberto T. R., Planejamento Estratégico: um bem ou mal necessário? 2ª Edição, Editora Fundo de Cultura, Rio de Janeiro – 2005. OLIVEIRA, D. P. R., Planejamento Estratégico, Conceitos, Metodologia e Práticas, São Paulo, Editora Atlas S.A. – 2002. PRADO, R., Oficina de Planejamento Estratégico, realizada em jul/ ago/2002 com a Secretaria de Recursos Humanos do Superior Tribunal de Justiça, Brasília/DF, 2002. ROCHA, L. O. L., Organizações e Métodos, uma Abordagem Prática – 2ª Edição, Editora Atlas, 1980. SOLUÇÃO EDUCACIONAL MINDQUEST, Curso Gestão.com – Módulo planejamento, 2011. THOMPSON JR., Arthur A. e STRICKLAND III, A. J., Planejamento Estratégico: Elaboração, Implementação e Execução, Pioneira, São Paulo – 2000.
  • 37. Estratégia com uso do BSC Glossário Competência – conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para a realização com êxito de determinado trabalho ou para o desempenho de papéis especializados ou gerenciais. Entradas – o mesmo que insumos. Conjunto de recursos e informações que são transformados por meio de processos em saídas (produtos ou serviços). As saídas de uma fase do projeto se transformam em entradas da fase seguinte. Escritório de projetos – corpo organizacional que detém e domina a metodologia utilizada pela organização para gerenciar projetos. Ele monitora a carteira de projetos e provê os treinamentos necessários na área. Feedback – em administração, feedback é o procedimento que consiste no provimento de informação a uma pessoa sobre o desempenho, conduta, eventualidade ou ação executada por esta, objetivando orientar, reorientar e/ou estimular uma ou mais ações de melhoria, sobre as ações futuras ou executadas anteriormente. Gestão de projeto – também denominado gerência, gerenciamento ou administração de projeto. Aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades de projetos de modo a fazê-los atingir necessidades e/ou exceder as expectativas de seus clientes e demais partes envolvidas. Iniciativa – ou projeto, representa um conjunto de atividades ou medidas planejadas para serem realizadas, com responsabilidade de execução definida, a fim de alcançar determinados objetivos e resultados mensuráveis (quantificação, qualificação e localização dos benefícios), prazo de duração limitado, considerando os recursos específicos (humanos, materiais, equipamento). Método – a maneira ou forma como o trabalho é realizado. Quando a maneira para executar um determinado trabalho é prescrito, o método se torna procedimento. Metodologia – parte de uma ciência que estuda os métodos aos quais ela própria recorre. Mudança – processo dinâmico que provoca a evolução nos sistemas a partir de forças exógenas do ambiente como alterações em valores da sociedade e novas oportunidades ou limitações do ambiente (econômico, político, legal e social) e também a partir de forças endógenas que criam a necessidade de alteração estrutural e comportamental. Estas provêm da tensão organizacional: tensão nas atividades, interações, sentimentos ou resultados de desempenho no trabalho. Plano Estratégico STJ 2010-2014 – instrumento de gestão do STJ que apresenta objetivos, indicadores, metas e iniciativas a serem priorizados por servidores e magistrados no período de 2010 a 2014. Portfólio (de projetos) – coleção de projetos ou programas que são agrupados para facilitar uma gestão mais eficaz destes empreendimentos como forma de atender aos objetivos estratégicos de negócios da organização. Os projetos ou programas em um portfólio não necessariamente devem ser interdependentes ou estar diretamente relacionados. 37
  • 38. 38 Glossário Processo – conjunto de recursos e atividades inter-relacionadas que transforma entradas (insumos, inputs) em saídas (produtos ou serviços, outputs). Os recursos podem incluir pessoal, finanças, instalações, equipamentos, métodos e técnicas, numa sequência de etapas ou ações sistemáticas. Processo de trabalho – conjunto de atividades inter-relacionadas que transforma insumos (entradas) em produtos/serviços (saídas). Recursos – fatores necessários à realização do projeto os quais compreendem, entre outros, as pessoas, os equipamentos e os materiais usados para realizar atividades em um projeto ou realizar todo o projeto. Resultado – bem ou serviço produzido pelo projeto. Na área de administração de empresas, resultado geralmente está relacionado a benefícios financeiros ou estratégicos da organização. Saídas – produtos ou serviços alcançados através da transformação de recursos e informações (entradas). As saídas de uma fase do projeto se transformam em entradas da fase seguinte. Tomada de decisão – necessidade de escolher uma ou algumas entre muitas alternativas para as ações a serem realizadas em diversas situações que poderão surgir de forma inesperada. Numa organização, normalmente, essa responsabilidade está com os gestores ou administradores. Mas, isso não quer dizer que todos os outros envolvidos não possam opinar. Quando houver possibilidade, as decisões precisam ser conjuntas, isso facilitará a sua implementação.
  • 39.
  • 40. Superior Tribunal de Justiça Assessoria de Modernização e Gestão Estratégica