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Hanseníase
Prof. Enfermeiro Adriano Costa
Introdução
O A hanseníase é uma doença infecto-
contagiosa, de evolução lenta, que se
manifesta principalmente por meio de sinais e
sintomas dermatoneurológicos: lesões
na pele e nos nervos
periféricos, principalmente nos
olhos, mãos e pés.
O Ainda representa um grave problema de
Saúde Pública no Brasil e em países em
desenvolvimento
O Agravantes inerentes a qualquer doença de
origem sócio econômica,
O Repercussão psicológica gerada pelas
incapacidades físicas
O Estigma e isolamento do portador na
sociedade
Hanseníase
O Agente etiológico: O M. leprae é um bacilo álcool-
ácido resistente, em forma de bastonete
O Reservatório: O ser humano é reconhecido como
a única fonte de infecção, embora tenham sido
identificados animais naturalmente infectados – o
tatu, o macaco mangabei e o chimpanzé
O Modo de transmissão: A principal via de
eliminação dos bacilos dos pacientes
multibacilares (virchowianos e
dimorfos) é o trato respiratório a
mais provável via de entrada do
M. leprae no corpo
O Período de incubação: longo período de
incubação, em média, 2 a 7 anos
O Há referências a períodos mais curtos (7 meses),
como também a mais longos (10 anos)
O Período de transmissibilidade
O Doentes paucibacilares (PB): não são
considerados importantes como fonte de
transmissão da doença, devido à baixa carga
bacilar
O Doentes multibacilares (MB): constituem o grupo
contagiante, assim se mantendo como fonte de
infecção, enquanto o tratamento específico não
for iniciado
Diagnóstico Clínico
O Diagnóstico essencialmente clínico e
epidemiológico
O Realizado por meio da análise da história e
condições de vida do paciente, do exame
dermatoneurológico, para identificar lesões ou
áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou
comprometimento de nervos periféricos (sensitivo,
motor e/ou autonômico)
O Baciloscopia: de pele (esfregaço intradérmico),
quando disponível, deve ser utilizada como exame
complementar para a classificação dos casos em
PB ou MB
Reações Hansênicas
O Os estados reacionais ou reações hansênicas são alterações do
sistema imunológico, que se exteriorizam como manifestações
inflamatórias agudas e subagudas, que podem ocorrer mais
frequentemente nos casos MB
O Elas podem ocorrer antes (às vezes, levando à suspeição
diagnóstica de hanseníase), durante ou depois do tratamento
com Poliquimioterapia (PQT):
1. Reação Tipo 1 ou reação reversa (RR) – caracteriza-se pelo
aparecimento de novas lesões dermatológicas (manchas ou
placas), infiltração, alterações de cor e edema nas lesões
antigas, com ou sem espessamento e dor de nervos periféricos
(neurite)
2. Reação Tipo 2, cuja manifestação clínica mais frequente é o
eritema nodoso hansênico (ENH) – caracteriza-se por
apresentar nódulos subcutâneos dolorosos, acompanhados ou
não de febre, dores articulares e mal-estar generalizado, com
ou sem espessamento e dor denervos periféricos (neurite)
Tratamento
O Segundo Pedrazzani, os profissionais de
enfermagem possuem um papel muito importante
nas ações de controle da hanseníase
1. Prevenção da hanseníase
2. Busca e diagnóstico dos casos
3. Tratamento e seguimento dos portadores
prevenção
4. Tratamento de
incapacidades
5. Gerência das atividades
de controle,
1. Sistema de registro e
vigilância epidemiológica
e pesquisas
Referências Bibliográficas
O BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância
Epidemiológico. Brasília, 2009
O FOCACCIA, R. Tratado de Infectologia. 4 ed., Ed.
Atheneu, São Paulo – SP, 2010
O FREITAS, C. A. S. L., et al. Consulta de
enfermagem ao portador de Hanseníase no
Território da Estratégia da Saúde da Família:
percepções de enfermeiro e pacientes. Revista
Brasileira de Enfermagem, Brasília 2008; 61: 757-
63
Tuberculose (TB)
Introdução
� Problema de saúde prioritário no Brasil
� Juntamente com outros 21 países em desenvolvimento, alberga 80% dos casos
mundiais da doença
� Estima-se que, cerca de 1/3 da população mundial, esteja infectada com o
Mycobacterium tuberculosis, estando sob risco de desenvolver a enfermidade
� Torno de oito milhões de casos novos e quase 3 milhões de mortes por
tuberculose, ocorrem anualmente
� Com o surgimento, em 1981, da síndrome de imunodeficiência adquirida
(SIDA/aids), vem-se observando, tanto em países desenvolvidos como nos países
em desenvolvimento, um crescente número de casos notificados de tuberculose,
em pessoas infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)
� A associação HIV/TB constitui, nos dias atuais, um sério problema de saúde
pública, podendo levar ao aumento da morbidade e mortalidade pela TB, em
muitos países
Agente Etiológico
� Bacilo de Koch
� Mycobacterium tuberculosis
� O complexo M. tuberculosis é constituído de várias
espécies: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum e M.
microti
Reservatório
� O reservatório principal é o homem
� Em algumas regiões, o gado bovino doente
� Em raras ocasiões, os primatas, aves e outros mamíferos
� Fonte de infecção: é o indivíduo com a forma pulmonar
da doença, que elimina bacilos para o exterior (bacilífero)
Modo de Transmissão
� Pessoa a pessoa, principalmente, através do ar
� Fala, espirro e tosse de um doente de tuberculose
pulmonar
� Gotículas, de tamanhos variados, contendo no seu
interior o bacilo
� Período de Incubação: em torno de 12 meses. Após a
infecção pelo M. tuberculosis, transcorrem, em média, 4 a
12 semanas para a detecção das lesões primárias
� Período de Transmissibilidade: transmissão plena
enquanto o doente estiver eliminando bacilos, e não tiver
iniciado o tratamento
↓ PATOGENICIDADE ↑ INFECTIVIDADE
Fisiopatologia- Período de
Infecção
Indivíduo recebe uma carga infecciosa de bacilos da tuberculose, pela primeira
vez (primo-infecção)
↓
1 a 2 bacilos alcançam o pulmão, vencendo as defesas da árvore respiratória
↓
Ficam localizados nos alvéolos da periferia pulmonar (apresentará uma reação
inflamatória e exsudativa de tipo inespecífica)
↓ 15 dias depois
Bacilos se multiplicam livremente (não existe ainda imunidade adquirida)
↓
Atingem via linfo-hematogênica
↓
Comprometem os linfonodos e órgãos dos diversos sistemas e aparelhos
(fígado, baço, medula óssea, rins e sistema nervoso) = disseminação
considerada “benigna”,
↓
Bacilos ficarão latentes, ou serão destruídos pela ação da imunidade que se
instalará
Manifestações Clínicas
� No início da 2ª ou 3ª semana: organismo normal reconhece a presença de elemento estranho,
sendo capaz de mobilizar o sistema de defesa imunológico específico (luta hospedeiro-
invasor) → destruição ou inativação do agente agressor
� Passa a haver: no pulmão, local da inoculação inicial, um foco pequeno, arredondado, de 1 a
2mm, esbranquiçado, de consistência amolecida e constituído, principalmente, por material
caseoso
� Esse foco é circundado por afluxo celular de linfócitos, células epitelióides (macrófagos
ativados e modificados) e macrófagos (foco primário), localizado principalmente no terço
médio, compreendendo a parte inferior do lobo superior, lobo médio e, particularmente, o
ápice do lobo inferior
� Normalmente, esse nódulo é único, e com as dimensões mencionadas, mas há relatos da
existência de múltiplos focos primários e de focos de maiores dimensões
� À associação do foco primário aos gânglios satélites da sua região, dá-se o nome de
Complexo Primário de Ranke
� O foco pulmonar regressivo, que pode ser visto nas radiografias, chama-se foco de Gohn
� Cerca de 90% da população infectada consegue bloquear o avanço do processo, a partir da
formação do complexo primário de Ranke, permanecendo apenas como infectados
Manifestações Clínicas
� Tuberculose primária: ocorre durante uma primo-infecção, pode evoluir tanto a
partir do foco pulmonar, quanto do foco ganglionar ou, então, em consequência da
disseminação hematogênica
� Isso acontece em 5% dos primo-infectados.
� Tuberculose pós-primária: ocorre no organismo que tem sua imunidade
desenvolvida, tanto pela infecção natural quanto pelo BCG.
� Dos primo-infectados, 5% adoecerão tardiamente, em consequência do recrudescimento
de algum foco já existente no seu organismo (reativação endógena)
� Também pode ocorrer a reinfecção exógena, ou seja, o paciente adoecer por receber
nova carga bacilar do exterior. O quadro clínico não apresenta nenhum sinal ou sintoma
característico.
� Quadro clínico:
� Comprometimento do estado geral
� Febre baixa vespertina com sudorese
� Inapetência e emagrecimento
� Quando a doença atinge os pulmões, o indivíduo pode apresentar dor torácica e tosse
produtiva, acompanhada ou não de escarros hemoptóicos
� Nas crianças também é comum o comprometimento ganglionar mediastínico e cervical
Diagnóstico Laboratorial
� Baciloscopia direta do escarro: método prioritário, permite descobrir
a fonte mais importante de infecção (doente bacilífero) .
� A baciloscopia direta deverá ser indicada para todos os sintomáticos
respiratórios (indivíduo com tosse e expectoração por três semanas e mais)
� Recomenda-se, para o diagnóstico, a coleta de duas amostras de escarro: uma
por ocasião da primeira consulta, e a segunda na manhã do dia seguinte, ao
despertar
� Cultura de escarro ou outras secreções:
� Suspeitos de tuberculose pulmonar negativos ao exame direto do escarro
� Diagnóstico de formas extrapulmonares (meníngea, renal, pleural, óssea e
ganglionar)
� Diagnóstico de tuberculose em pacientes HIV positivo
� Acompanhamento do teste de sensibilidade, nos casos de suspeita de resistência
bacteriana às drogas, ou ao final do segundo mês de tratamento quando a
baciloscopia se mantem positiva, retratamento após falência ao esquema básico
ou reinício após abandono
� Exame Radiológico
� Prova Tuberculínica (PPD)
Tratamento
� As drogas usadas, nos
esquemas padronizados, são as
seguintes:
� Isoniazida – H
� Rifampicina – R
� Pirazinamida – Z
� Etambutol – E
� 1ª fase (ou de ataque): as 4
drogas preconizadas serão
administradas em comprimidos
compostos por dosagens fixas
de Rifampicina 150mg,
Isoniazida 75mg, Pirazinamida
400mg e Etambutol 275mg
� 2ª fase (ou de
manutenção): 2 drogas
preconizadas que serão
administradas em comprimidos
com dosagens fixas de
Rifampicina 150mg e Isoniazida
75mg
Esquema básico para adultos e adolescentes
(a partir de 10 anos de idade) - 2RHZE/4RH
� Indicações:
� Casos novos: todas as formas de tuberculose pulmonar e
extrapulmonar (exceto meningoencefalite) infectados ou não pelo HIV
� Retratamento: recidiva (independentemente do tempo decorrido do
primeiro episódio) ou retorno após abandono com doença ativa
Esquema para tuberculose meningoencefálica para adultos e
adolescentes (a partir de 10 anos de idade) - 2RHZE/7RH
Para todos os casos (crianças, adolescentes e adultos):
• Internação mandatória nesses casos
• Recomenda-se o uso de corticosteróides (prednisona, dexametasona ou outros), por
um período de 1 a 4 meses, no início do tratamento.
• A fisioterapia na tuberculose meningoencefálica deverá ser iniciada o mais cedo possível
Esquema para Falência ao Esquema Básico
� Casos de suspeita de falência ao esquema básico, solicitar
cultura com identificação e teste de sensibilidade
� Encaminhados à unidade de referência para avaliação e
definição do esquema terapêutico a ser instituído
baseado no teste de sensibilidade aos fármacos
� Até que a unidade básica receba o resultado destes
exames e encaminhe o paciente para referência, o
esquema básico deve ser mantido
Infecção Latente da Tuberculose (ILTB)
� Fármaco utilizado:
� Isoniazida (H), na dose de 5 a 10mg/kg de peso, até a
dose máxima de 300mg/dia
� Tratamento reduz em 60 a 90% o risco de adoecimento
� O número mínimo de doses preconizadas é de 180
(podendo ser tomado num período entre 6 e 9 meses)
� Indicações:
� A indicação do uso da H para tratamento da ILTB
depende de três fatores: a idade, a probabilidade de
infecção latente e o risco de adoecimento
Imunização
� Vacina BCG, sigla decorrente da expressão bacilo de
Calmette-Guérin
� Preparada a partir de uma cepa derivada do M. bovis,
atenuada por sucessivas passagens através de meio de
cultura
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de tuberculose, decorrentes da primoinfecção
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0 a 4 anos de idade, sendo obrigatória para menores de
um ano
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Tuberculose e Hanseníase, doenças negligenciadas

  • 2. Introdução O A hanseníase é uma doença infecto- contagiosa, de evolução lenta, que se manifesta principalmente por meio de sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés.
  • 3. O Ainda representa um grave problema de Saúde Pública no Brasil e em países em desenvolvimento O Agravantes inerentes a qualquer doença de origem sócio econômica, O Repercussão psicológica gerada pelas incapacidades físicas O Estigma e isolamento do portador na sociedade
  • 4. Hanseníase O Agente etiológico: O M. leprae é um bacilo álcool- ácido resistente, em forma de bastonete O Reservatório: O ser humano é reconhecido como a única fonte de infecção, embora tenham sido identificados animais naturalmente infectados – o tatu, o macaco mangabei e o chimpanzé O Modo de transmissão: A principal via de eliminação dos bacilos dos pacientes multibacilares (virchowianos e dimorfos) é o trato respiratório a mais provável via de entrada do M. leprae no corpo
  • 5. O Período de incubação: longo período de incubação, em média, 2 a 7 anos O Há referências a períodos mais curtos (7 meses), como também a mais longos (10 anos) O Período de transmissibilidade O Doentes paucibacilares (PB): não são considerados importantes como fonte de transmissão da doença, devido à baixa carga bacilar O Doentes multibacilares (MB): constituem o grupo contagiante, assim se mantendo como fonte de infecção, enquanto o tratamento específico não for iniciado
  • 6.
  • 7. Diagnóstico Clínico O Diagnóstico essencialmente clínico e epidemiológico O Realizado por meio da análise da história e condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico, para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico) O Baciloscopia: de pele (esfregaço intradérmico), quando disponível, deve ser utilizada como exame complementar para a classificação dos casos em PB ou MB
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12. Reações Hansênicas O Os estados reacionais ou reações hansênicas são alterações do sistema imunológico, que se exteriorizam como manifestações inflamatórias agudas e subagudas, que podem ocorrer mais frequentemente nos casos MB O Elas podem ocorrer antes (às vezes, levando à suspeição diagnóstica de hanseníase), durante ou depois do tratamento com Poliquimioterapia (PQT): 1. Reação Tipo 1 ou reação reversa (RR) – caracteriza-se pelo aparecimento de novas lesões dermatológicas (manchas ou placas), infiltração, alterações de cor e edema nas lesões antigas, com ou sem espessamento e dor de nervos periféricos (neurite) 2. Reação Tipo 2, cuja manifestação clínica mais frequente é o eritema nodoso hansênico (ENH) – caracteriza-se por apresentar nódulos subcutâneos dolorosos, acompanhados ou não de febre, dores articulares e mal-estar generalizado, com ou sem espessamento e dor denervos periféricos (neurite)
  • 14.
  • 15. O Segundo Pedrazzani, os profissionais de enfermagem possuem um papel muito importante nas ações de controle da hanseníase 1. Prevenção da hanseníase 2. Busca e diagnóstico dos casos 3. Tratamento e seguimento dos portadores prevenção 4. Tratamento de incapacidades 5. Gerência das atividades de controle, 1. Sistema de registro e vigilância epidemiológica e pesquisas
  • 16. Referências Bibliográficas O BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológico. Brasília, 2009 O FOCACCIA, R. Tratado de Infectologia. 4 ed., Ed. Atheneu, São Paulo – SP, 2010 O FREITAS, C. A. S. L., et al. Consulta de enfermagem ao portador de Hanseníase no Território da Estratégia da Saúde da Família: percepções de enfermeiro e pacientes. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília 2008; 61: 757- 63
  • 18. Introdução � Problema de saúde prioritário no Brasil � Juntamente com outros 21 países em desenvolvimento, alberga 80% dos casos mundiais da doença � Estima-se que, cerca de 1/3 da população mundial, esteja infectada com o Mycobacterium tuberculosis, estando sob risco de desenvolver a enfermidade � Torno de oito milhões de casos novos e quase 3 milhões de mortes por tuberculose, ocorrem anualmente � Com o surgimento, em 1981, da síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA/aids), vem-se observando, tanto em países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, um crescente número de casos notificados de tuberculose, em pessoas infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) � A associação HIV/TB constitui, nos dias atuais, um sério problema de saúde pública, podendo levar ao aumento da morbidade e mortalidade pela TB, em muitos países
  • 19. Agente Etiológico � Bacilo de Koch � Mycobacterium tuberculosis � O complexo M. tuberculosis é constituído de várias espécies: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum e M. microti
  • 20. Reservatório � O reservatório principal é o homem � Em algumas regiões, o gado bovino doente � Em raras ocasiões, os primatas, aves e outros mamíferos � Fonte de infecção: é o indivíduo com a forma pulmonar da doença, que elimina bacilos para o exterior (bacilífero)
  • 21. Modo de Transmissão � Pessoa a pessoa, principalmente, através do ar � Fala, espirro e tosse de um doente de tuberculose pulmonar � Gotículas, de tamanhos variados, contendo no seu interior o bacilo
  • 22. � Período de Incubação: em torno de 12 meses. Após a infecção pelo M. tuberculosis, transcorrem, em média, 4 a 12 semanas para a detecção das lesões primárias � Período de Transmissibilidade: transmissão plena enquanto o doente estiver eliminando bacilos, e não tiver iniciado o tratamento ↓ PATOGENICIDADE ↑ INFECTIVIDADE
  • 23. Fisiopatologia- Período de Infecção Indivíduo recebe uma carga infecciosa de bacilos da tuberculose, pela primeira vez (primo-infecção) ↓ 1 a 2 bacilos alcançam o pulmão, vencendo as defesas da árvore respiratória ↓ Ficam localizados nos alvéolos da periferia pulmonar (apresentará uma reação inflamatória e exsudativa de tipo inespecífica) ↓ 15 dias depois Bacilos se multiplicam livremente (não existe ainda imunidade adquirida) ↓ Atingem via linfo-hematogênica ↓ Comprometem os linfonodos e órgãos dos diversos sistemas e aparelhos (fígado, baço, medula óssea, rins e sistema nervoso) = disseminação considerada “benigna”, ↓ Bacilos ficarão latentes, ou serão destruídos pela ação da imunidade que se instalará
  • 24. Manifestações Clínicas � No início da 2ª ou 3ª semana: organismo normal reconhece a presença de elemento estranho, sendo capaz de mobilizar o sistema de defesa imunológico específico (luta hospedeiro- invasor) → destruição ou inativação do agente agressor � Passa a haver: no pulmão, local da inoculação inicial, um foco pequeno, arredondado, de 1 a 2mm, esbranquiçado, de consistência amolecida e constituído, principalmente, por material caseoso � Esse foco é circundado por afluxo celular de linfócitos, células epitelióides (macrófagos ativados e modificados) e macrófagos (foco primário), localizado principalmente no terço médio, compreendendo a parte inferior do lobo superior, lobo médio e, particularmente, o ápice do lobo inferior � Normalmente, esse nódulo é único, e com as dimensões mencionadas, mas há relatos da existência de múltiplos focos primários e de focos de maiores dimensões � À associação do foco primário aos gânglios satélites da sua região, dá-se o nome de Complexo Primário de Ranke � O foco pulmonar regressivo, que pode ser visto nas radiografias, chama-se foco de Gohn � Cerca de 90% da população infectada consegue bloquear o avanço do processo, a partir da formação do complexo primário de Ranke, permanecendo apenas como infectados
  • 25. Manifestações Clínicas � Tuberculose primária: ocorre durante uma primo-infecção, pode evoluir tanto a partir do foco pulmonar, quanto do foco ganglionar ou, então, em consequência da disseminação hematogênica � Isso acontece em 5% dos primo-infectados. � Tuberculose pós-primária: ocorre no organismo que tem sua imunidade desenvolvida, tanto pela infecção natural quanto pelo BCG. � Dos primo-infectados, 5% adoecerão tardiamente, em consequência do recrudescimento de algum foco já existente no seu organismo (reativação endógena) � Também pode ocorrer a reinfecção exógena, ou seja, o paciente adoecer por receber nova carga bacilar do exterior. O quadro clínico não apresenta nenhum sinal ou sintoma característico. � Quadro clínico: � Comprometimento do estado geral � Febre baixa vespertina com sudorese � Inapetência e emagrecimento � Quando a doença atinge os pulmões, o indivíduo pode apresentar dor torácica e tosse produtiva, acompanhada ou não de escarros hemoptóicos � Nas crianças também é comum o comprometimento ganglionar mediastínico e cervical
  • 26. Diagnóstico Laboratorial � Baciloscopia direta do escarro: método prioritário, permite descobrir a fonte mais importante de infecção (doente bacilífero) . � A baciloscopia direta deverá ser indicada para todos os sintomáticos respiratórios (indivíduo com tosse e expectoração por três semanas e mais) � Recomenda-se, para o diagnóstico, a coleta de duas amostras de escarro: uma por ocasião da primeira consulta, e a segunda na manhã do dia seguinte, ao despertar � Cultura de escarro ou outras secreções: � Suspeitos de tuberculose pulmonar negativos ao exame direto do escarro � Diagnóstico de formas extrapulmonares (meníngea, renal, pleural, óssea e ganglionar) � Diagnóstico de tuberculose em pacientes HIV positivo � Acompanhamento do teste de sensibilidade, nos casos de suspeita de resistência bacteriana às drogas, ou ao final do segundo mês de tratamento quando a baciloscopia se mantem positiva, retratamento após falência ao esquema básico ou reinício após abandono � Exame Radiológico � Prova Tuberculínica (PPD)
  • 27. Tratamento � As drogas usadas, nos esquemas padronizados, são as seguintes: � Isoniazida – H � Rifampicina – R � Pirazinamida – Z � Etambutol – E � 1ª fase (ou de ataque): as 4 drogas preconizadas serão administradas em comprimidos compostos por dosagens fixas de Rifampicina 150mg, Isoniazida 75mg, Pirazinamida 400mg e Etambutol 275mg � 2ª fase (ou de manutenção): 2 drogas preconizadas que serão administradas em comprimidos com dosagens fixas de Rifampicina 150mg e Isoniazida 75mg
  • 28. Esquema básico para adultos e adolescentes (a partir de 10 anos de idade) - 2RHZE/4RH � Indicações: � Casos novos: todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar (exceto meningoencefalite) infectados ou não pelo HIV � Retratamento: recidiva (independentemente do tempo decorrido do primeiro episódio) ou retorno após abandono com doença ativa
  • 29. Esquema para tuberculose meningoencefálica para adultos e adolescentes (a partir de 10 anos de idade) - 2RHZE/7RH Para todos os casos (crianças, adolescentes e adultos): • Internação mandatória nesses casos • Recomenda-se o uso de corticosteróides (prednisona, dexametasona ou outros), por um período de 1 a 4 meses, no início do tratamento. • A fisioterapia na tuberculose meningoencefálica deverá ser iniciada o mais cedo possível
  • 30. Esquema para Falência ao Esquema Básico � Casos de suspeita de falência ao esquema básico, solicitar cultura com identificação e teste de sensibilidade � Encaminhados à unidade de referência para avaliação e definição do esquema terapêutico a ser instituído baseado no teste de sensibilidade aos fármacos � Até que a unidade básica receba o resultado destes exames e encaminhe o paciente para referência, o esquema básico deve ser mantido
  • 31. Infecção Latente da Tuberculose (ILTB) � Fármaco utilizado: � Isoniazida (H), na dose de 5 a 10mg/kg de peso, até a dose máxima de 300mg/dia � Tratamento reduz em 60 a 90% o risco de adoecimento � O número mínimo de doses preconizadas é de 180 (podendo ser tomado num período entre 6 e 9 meses) � Indicações: � A indicação do uso da H para tratamento da ILTB depende de três fatores: a idade, a probabilidade de infecção latente e o risco de adoecimento
  • 32. Imunização � Vacina BCG, sigla decorrente da expressão bacilo de Calmette-Guérin � Preparada a partir de uma cepa derivada do M. bovis, atenuada por sucessivas passagens através de meio de cultura � A vacina BCG confere poder protetor às formas graves de tuberculose, decorrentes da primoinfecção � No Brasil, é prioritariamente indicada para as crianças de 0 a 4 anos de idade, sendo obrigatória para menores de um ano