2. Conceito
Qualquerlesãode causaexterna na coluna
vertebral, incluindoou nãomedula ou raízes
nervosasem qualquerdos seussegmentos –
cervical, dorsal ou lombosacro.
3. Epidemiologia
- Incidência Mundial = 9 a 50 casos/1
milhão de pessoas;
- EUA = 250 a 400 mil pessoas vivem
com lesões medulares;
- Brasil = 16 mil internações e 500
óbitos/ano;
7. Desafios no Atendimento
Não Reconhecimento e Mal Atendimento =
Lesões Irreparáveis
Lesões Primárias
Imediatas
Lesões Secundárias
TRATAR TODO DOENTE DE LCT COMO TVM
9. Biomecânica
-A cabeça exerce força intensa
aplicada no pescoço;
-O movimento rápido e
repentino dos MMII deslocam
a pelve e consequentemente a
coluna lombar;
- Ausência de déficit
neurológico não exclui lesão
óssea, ligamentar ou esforço
limite da medula espinhal.
10. Biomecânica
Considerar:
- Qualquer mecanismo contuso que produziu
impacto na cabeça, pescoço, tronco ou pelve;
- Incidentes de Aceleração/Desaceleração;
- Qualquer queda, especialmente em idosos;
- Ejeção;
- Mergulho em Água Rasa.
13. Anatomia
▪ A medula é a
continuação do cérebro
e tem início na Base do
crânio, passando pelo
forame magno de C1
até L2;
▪ O sangue é levado para
a medula espinhal
através das artérias
vertebrais e espinhais;
▪ Constituída de
substância branca e
cinzenta.
14. Anatomia
▪ O LCR circunda a
medula, com função de
proteção;
▪ Nervos Ascendentes e
Descendentes.
15. Fisiopatologia
- Coluna Espinhal: 1.360 Joules;
- Colisões de Baixa Velocidade 4.080 a 5.440
Joules.
Lesões do Esqueleto Lesões da Medula
16. Fisiopatologia
Lesões do Esqueleto
Fratura por Compressão
Fraturas com Pequenos
Fragmentos
Pacientes com uma lesão tem 10% de chance de terem outra
lesão.
Superestiramento ou
Laceração Ligamentar
Qualquer uma
podem resultar
em secção
irreversível.
COLUNA
INSTÁVEL
Subluxação
19. Fisiopatologia
Lesões da Medula
Lesão Primária
Direta
Lesão Secundária
Momento do Impacto
Edema, Isquemia ou
Fragmento Ósseos
Concussão
Medular Interrupção Temporária
das Funções Medulares
20. Fisiopatologia
Lesões da Medula
Choque Medular
Compressão
Medular
Ocorre durante um período
variável e imprevisível,
resultando em perda
temporária das funções
sensitivas e motoras.
Edema ou Fragmento
Ósseos = Isquemia
26. Avaliação
Avaliação Primária – A B C D E
Avaliação Secundária – Conforme LCT
Exame Neurológico:
- Avaliação Motora: Solicitar movimentação de
membros e verificar ausência, redução ou
dificuldade de realização;
-Avaliação da Sensibilidade: Iniciar dos Ombros
até os pés.
REPETIR APÓS IMOBILIZAÇÃO!
27. Avaliação
Biomecânica do Trauma
Adultos
- Colisões de Veículos;
- Quedas;
- Colisões de
Motocicletas;
-Lesões Esportivas;
-Trauma Violento;
- Mergulho em Água
Rasa.
Crianças
-Quedas;
- Quedas de Triciclo ou
Bicicleta;
-Atropelamento.
28. Avaliação
Biomecânica do Trauma
-Impacto violento na cabeça,
pescoço, tronco ou pelve;
-Incidentes com
Aceleração/Desaceleração;
-Qualquer Queda;
-Ejeção;
- Lesões na Cabeça;
-Danos Significativos no
Capacete;
-Lesão Contusa Importante no
Tronco, Quadril ou Pernas;
29. Avaliação
Biomecânica do Trauma
-Observações:
- O uso dos dispositivos de proteção NÃO elimina a
possibilidade de Lesão Vertebromedular.
- A intensidade do dano ao veículo e outras lesões no
doente são fatores-chave para a determinação da
necessidade de imobilização;
- A capacidade de locomoção do doente não deve ser
utilizada para descartar a LVM, muitos são
encontrados “andando” e necessitam de correção
cirúrgica.
30. Avaliação
Biomecânica do Trauma
-Observações:
- As Lesões Penetrantes não costumam produzir
fraturas espinhais instáveis, porque apresentam
pouco risco de outras lesões;
- Se o objeto penetrante não ferir a medula
diretamente, o doente terá pouca probabilidade de
desenvolver LVM;
- Lesões instáveis raramente ocorrem por traumas
penetrantes e que estas, isoladamente, NÃO
constituem indicação para imobilização da coluna.
31. Avaliação
Indicações para Imobilização
- Alteração do Nível de Consciência – Glasgow <15;
-Dor ou sensibilidade na coluna – Direta ou ao
movimento;
-Déficit ou sintoma neurológico – Paralisia bilateral;
Paralisia parcial; Paresia; Dormência; Formigamento;
-Deformação Anatômica da Coluna.
- Priaprismo
- Obs.: A ausência desses sinais não exclui a
possibilidade de lesão da coluna.
32. Avaliação
Indicações para Imobilização
- Considerar a Confiabilidade do Doente:
- Doentes confiáveis são doentes calmos,
cooperativos e com estado mental mantido.
-Doentes não confiáveis:
- Sob influência de Drogas ou Álcool;
-Lesões que Desviem Atenção;
-Barreiras na Comunicação.
33.
34. Tratamento no APH
1. Mover a cabeça do paciente para uma posição alinhada
neutra (a menos que haja contraindicação). Manter
apoio manual e estabilização alinhada todo tempo.
2. Realizar o exame primário do paciente e proceder às
intervenções necessárias.
3. Avaliar a capacidade motora, resposta sensitiva e a
circulação do sangue nas quatro extremidades se as
condições do paciente permitirem.
4. Examinar o pescoço, medi-lo e aplicar um colar cervical
adequado e eficaz.
35. Tratamento no APH
5. Dependendo da situação, colocar prancha curta ou
colete de imobilização ou colocar o paciente na prancha
longa.
6. Imobilizar o tronco em um dispositivo de modo que o
tronco não possa mover-se para cima, para baixo, para
a esquerda e para a direita.
7. Avaliar a necessidade de acolchoar a área que se
encontra atrás da cabeça ou do tórax do paciente.
8. Imobilizar a cabeça do paciente no dispositivo,
mantendo posição alinhada neutra.
36. Tratamento no APH
9. Com o paciente na prancha longa ou curta, imobilizar
as pernas para impedir movimentos anteriores ou
laterais.
10. Fixar os braços do paciente.
11. Realizar novamente o exame primário e reavaliar as
funções motora, sensitiva e circulatória nas quatro
extremidades.
37.
38. Tratamento no APH
Estabilização da Cabeça
- Uma vez confirmada a lesão espinhal:
- Estabilização manual alinhada neutra da cabeça.
- Contraindicações:
- Resistência ao Movimento;
- Espasmos dos Músculos do Pescoço;
- Aumento da Dor;
- Início ou Aumento de Déficit Neurológico;
- Comprometimento da Via Aérea ou da Ventilação.
39. Tratamento no APH
Colares Cervicais Rígidos
- Isoladamente Não Imobilizam
Adequadamente;
- Limitam a flexão – 90%;
- Limitam a extensão, a flexão lateral e a rotação em
cerca de 50%;
- Devem ter tamanho adequado;
-Não deve impedir a abertura da boca;
-Não deve obstruir ou dificultar a ventilação.
40. Tratamento no APH
Colares Cervicais Rígidos
- Um colar cervical
eficiente se apóia
sobre o tórax,
coluna torácica
posterior, clavícula e
trapézio
41. Tratamento no APH
Cuidados Gerais
Imobilização do Tronco
Manutenção da Posição Alinhada Neutra
Remoção do Capacete
42. Tratamento no APH
Erros Comuns
Imobilização Inadequada - Movimentação
Imobilização com Cabeça Hiperestendida
Imobilização da Cabeça Antes do Tronco
Alcochoamento Inadequado
47. Tratamento Hospitalar
Submeter o Paciente a Exame Neurológico
Aplicar a Escala da ASIA (American Spinal Injury
Association) – Classificação de A a E.
Gravidade das Lesões Medulares
Grau A Completa Ausência de qualquer atividade motora
voluntária e de sensibilidade
Grau B Incompleta Presença apenas de sensibilidade
Grau C Incompleta Presença de atividade motora voluntária
mas com força diminuída
Grau D Incompleta Presença de atividade motora voluntária
com força normal ou aceitável
Grau E Normal Exame neurológico normal
48. Tratamento Hospitalar
Atentar para as Complicações
-Vasoplegia = Insuficiência Cardíaca;
-Lesões acima de T4 = Bradicardia;
-Lesões acima de C4 = Apneia;
-Lesões abaixo de C4 = Paralisação da
Musculatura Intercostal e Acessória;
- Paralisia Abdominal = Queda do Diafragma =
Insuficiência Respiratória;
- Relaxamento da Cárdia = Refluxo
Gastroesofágico = Broncoaspiraçao;
- Estase Venosa = Trombose Venosa Profunda e
Tromboembolismo Pulmonar.
49. Tratamento Hospitalar
Exames Complementares
-Radiografia Simples;
-Tomografia Computadorizada – Lesões Ósseas
-Ressonância Magnética – Lesões Ligamentares
e do Tecido Nervoso
-Nos pacientes pediátricos, devido à
elasticidade, pode haver lesão nervosa sem
lesão óssea.
50. Tratamento Hospitalar
Focos do Tratamento
-Padrão Respiratório;
- Estabilidade Hemodinâmica;
- Hipóxia e Hipotensão – Lesões Secundárias.
51. Tratamento Hospitalar
Focos do Tratamento
Insuficiência Respiratória: IOT ou TQT
Hipotensão: Expansor Volêmico e/ou DVA
Profilaxia de TVP
Corticoideterapia: Metilprednisolona
52. Tratamento Hospitalar
Corticoideterapia: Metilprednisolona
- 30mg/Kg na 1ª h;
5,4mg/Kg/h nas próximas 23h – Caso <3h da Lesão e por
mais 47h se de 3 a 8h após a lesão.
Contraindicação:
-Após 8h da Lesão;
- Ferimentos Penetrantes;
-Gestantes;
-Diabéticos;
-Idosos;
-Traumas Potencialmente Infectados.