2. CAMPANHA
JANEIRO
ROXO
Campanha de iniciativa do Minestério da Saúde (oficialmente
desde 2015) com a participação das Sociedade Brasileira de
Dermatologia Hansenologia com objetivo de conscientizar as
pessoas sobre a prevenção à hanseníase
3. Estados
reacionais e
incapacidades
físicas
Introdução
Manifestações
clínicas
Descreveremos o quadro
clínico bem como o
diagnóstico
Tratamento
Mostraremos como é
feito o tratamento
01
Descreveremos a definição e os
aspectos epifemiológicos da
doença
Histórico
Descreveremos os
aspectos históricos da
doença
Agente
etiológico
02 03
Explicitaremos sobre o agente
causal e sua transmissibilidade
04 05 06
Descreveremos as
complicações da doença
Tabela de contúdos
5. DEFINIÇÃO
A Hanseníase é uma doença
infectocontagiosa de evolução lenta,
causada pelo Mycobacterium leprae (bacilo
de Hansen), que acomete principalmente os
nervos superficiais da pele e troncos
nervosos periféricos, mas também pode
afetar os olhos e órgãos internos (mucosas,
testículos, ossos, baço, fígado, etc.).
6. EPIDEMIOLOGIA
● O Brasil é o segundo país do mundo em número
de casos, atrás apenas da Índia
● O Brasil é o primeiro em incidência, ou seja, tem
maior proporção de casos novos, quando se
compara o número de doentes e o tamanho da
população.
7.
8. 17.979
Casos novos no Brasil em 2020 (segundo a OMS) –
14,1%
127.396
Casos novos de hanseníase no mundo em 2020 (segundo a
OMS)
9. EPIDEMIOLOGIA
● Segundo o Boletim Epidemiológico da
Hanseníase 2022: entre os anos de 2016 e 2020,
foram diagnosticados no Brasil 155.359 casos
novos de hanseníase.
10. EPIDEMIOLOGIA
● Segundo o Boletim Epidemiológico da
Hanseníase 2022: entre os anos de 2016 e 2020,
foram diagnosticados no Brasil 155.359 casos
novos de hanseníase.
13. BREVE HISTÓRIA DA
HANSENÍASE
● Doença amplamente conhecida como “Lepra”,
termo que origina-se do latim lepros, que significa
ato de sujar ou poluir
● Umas das doenças mais antigas da humanidade
que acomete o homem teve sua origem na região
da Ásia
● Conhecida há mais de três ou quatro mil anos na
Índia, China e Japão; já existia no Egito há quatro
mil e trezentos anos antes de Cristo
● Avançou para Europa com as campanhas do
exército romano a partir de onde difundiu-se para
o restante do globo
14. BREVE HISTÓRIA DA
HANSENÍASE
● A Igreja assumiu a responsabilidade do controle
da doença conforme seus dogmas,
considerando-a castigo de Deus; uma punição
divina aos pecadores e impuros
● Clérigos avaliavam as lesões de pele, e a pessoa
considerada “leprosa” era excluída da sociedade
e, a partir de então, obrigada a viver longe do
convívio da comunidade, proibida de beber e de
tomar banho nas fontes de água pública, entrar
em igrejas etc.
16. BREVE HISTÓRIA DA
HANSENÍASE
● Em 1873, quando ainda se acreditava que a
doença era fruto da punição de Deus, o cientista
norueguês Gerhard Henrik Armauer Hansen
identificou o Mycobacterium leprae e o associou
à doença
17. BREVE HISTÓRIA DA
HANSENÍASE
● No Brasil, os primeiros relatos foram registrados
em 1600, na cidade do Rio de Janeiro, em
portugueses
● “Boom” de construção de leprosários com
isolamento compulsório
● 1962: abolição da prática do isolamento
compulsório
● 1970: extinguiu-se o uso do termo “lepra” e o
substi tuiu por “hanseníase” ou Mal de Hansen
(MH), conforme a Lei nº 9.010, de 29.06.1985
● 1986: determinou a transformação dos
leprosários em Hospitais Gerais ou Centros de
18. Foto de 1968 mostra a
entrada do antigo leprosário
de Bauru, no interior de SP
21. AGENTE ETIOLÓGICO
● Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen): bacilo
(bactéria) álcool-ácido resistente (BAAR),
fracamente gram-positivo, que infecta os nervos
periféricos e, mais especificamente, as células de
Schwann
● Período de incubação: 2 a 7 anos (média de
5 anos)
● O bacilo multiplica-se lentamente (ao redor de 11
a 16 dias) e a temperatura mais propícia para o
seu crescimento é de, aproximadamente, 30°C
22. AGENTE ETIOLÓGICO
● O homem é reconhecido como única fonte de
infecção (reservatório), embora tenham sido
identificados animais naturalmente infectados.
● O Mycobacterium leprae tem alta infectividade e
baixa patogenicidade, isto é infecta muitas
pessoas no entanto só poucas adoecem.
● Muitas pessoas irão infectar-se porém
poucas adoecerão
23. TRANSMISSÃO
Via
respiratória
Principal via de eliminação e
porta de entrada mais
provável
Longa
incubação
Tempo prolongado entre a
infecção pelo bacilo e
manifestação dos sintomas
Contato
prolongado
Contato próximo e
prolongado com pessoa
doente não tratada
25. TRANSMISSÃO
● A hanseníase pode atingir pessoas de todas as
idades, de ambos os sexos (há predomínio no
sexo masculino na maioria das regiões do
mundo), no entanto, raramente ocorre em
crianças.
● Estima-se que a maioria da população possua
defesa natural (imunidade) contra o M. leprae.
Portanto, a maior parte das pessoas que
entrarem em contato com o bacilo não adoecerão
27. SINAIS E SINTOMAS
PELE
NERVOS
PERIFÉRICOS
Espessamento
(engrossamento) de nervos
periféricos, sensação de
formigamento e/ou fisgadas e
diminuição de sensibilidade
ou força motora
Manchas (brancas,
avermelhadas, acastanhadas ou
amarronzadas), alteração de
sensibilidade (tátil, dolorosa),
diminuição de pelos/suor e
caroços ou nódulos
28. SINAIS E SINTOMAS
DERMATOLÓGICOS
● Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou
amarronzadas em qualquer parte do corpo com
sensação de amortecimento, formigamento ou
falta de suor;
● Pele com diminuição de pelos;
29. SINAIS E SINTOMAS
DERMATOLÓGICOS
● Placas eritematosas, eritêmato-hipocrômicas,
bem definidas, hipo ou anestésicas
● Lesão que se estende em superfície por vários
centímetros
30. SINAIS E SINTOMAS
DERMATOLÓGICOS
● Lesões infiltrativas: aumento da espessura e
consistência da pele, com menor evidência dos
sulcos, limites imprecisos, acompanhando-se, às
vezes, de eritema discreto
31. SINAIS E SINTOMAS
DERMATOLÓGICOS
● Nódulos ou caroços: lesão sólida, circunscrita,
elevada ou não, endurecida, assintomática de
cerca de 1 a 3 cm de tamanho (hansenomas)
32. SINAIS E SINTOMAS
NEUROLÓGICOS
● Lesões decorrentes de processos inflamatórios dos
nervos periféricos (neurites) e podem ser causados
tanto pela ação do bacilo nos nervos como pela
reação do organismo ao bacilo ou por ambas
○ Dor e espessamento dos nervos periféricos
○ Perda de sensibilidade das áreas inervadas
(mãos, pés e olhos)
○ perda de força nos músculos inervados
(principalmente nas pálpebras e nos membros
superiores e inferiores)
33. DIAGNÓSTICO – DEFINIÇÃO
DE CASO
● O Ministério da Saúde do Brasil define um caso de
hanseníase pela presença de pelo um ou mais dos
seguintes critérios, conhecidos como sinais cardinais da
hanseníase:
○ Lesão (ões) e/ou áreas (s) da pele com alteração de
sensibilidade térmica e/ou dolorosa e/ou tátil;
○ Espessamento de nervo periférico, associado a
alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas;
○ Presença do M. leprae, confirmada na baciloscopia de
esfregaço intradérmico ou na biópsia de pele.
34. CLASSIFICAÇÃO OPERACONAL
Presença de mais de cinco lesões de pele
e/ou baciloscopia positiva
PAUCIBACIL
AR
Presença de 1 a 5 lesões cutâneas e baciloscopia
obrigatoriamente negativa
MULTIBACIL
AR
MB
PB
35. Apresentação clínica exclusivame
neural, sem lesões cutâneas e com
baciloscopia negativa
A doença é limitada pela boa
resposta
imunocelular do hospedeiro
NEURAL PURA
(neurítica
primária)
TUBERCULÓ
IDE
CLASSIFICAÇÃO DE MADRI –
Formas clínicas
INDETERMINADA
Fase inicial – pucas lesões e
perda parcial da
sensibilidade
VIRCHOWIA
NA
Ausência de resposta
imunocelular do hospedeiro -
disseminação
DIMORFA
Forma mais comum – várias
lesões com perda total da
sensibilidade
37. TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO:
POLIQUIMIOTERAPIA
(PQT)
A PQT é o esquema de primeira linha
para o tratamento da hanseníase,
recomendado pela OMS desde 1982 e
adotado no Brasil como único esquema
terapêutico desde o início da década de
1990.
41. REAÇÕES HANSÊNICAS
● São fenômenos inflamatórios agudos que cursam
com exacerbação dos sinais e sintomas da
doença e acometem um percentual elevado de
casos
● Resultam da ativação de resposta imune contra o
M. leprae e podem ocorrer antes, durante ou
após o tratamento da infecção
● Afetam especialmente a pele e os nervos
periféricos, podendo gerar dano neural e
incapacidades físicas permanentes quando não
são tratadas adequadamente
42. REAÇÕES HANSÊNICAS
Ocorre por exacerbação da resposta imune humoral (anticorpos)
por depósitos de imuno-complexos em indivíduo com pouca
capacidade para destruir bacilos (multibacilares).
Reação Hansênica Tipo 1 (Reação Reversa)
Ocorre por exacerbação da resposta imune celular em
indivíduo com boa capacidade para destruir bacilos
Reação Hansênica Tipo 2 (Eritema Nodoso
Hansênico)
ENH
RR
49. INCAPACIDADES E
DEFORMIDADES FÍSICAS
Pele
● Ressecamento importante (ausência de pelos e
diminuição do suor)
● Sensibilidade térmica, tátil e dolorosa prejudicada
(queimaduras, ferimentos e úlceras)
Lesões
nervosas
● Nervos ulnar, mediano e radial: mãos em “garra”,
atrofia muscular, contratura de tendões
● Nervo fibular comum e tibial: pés em “garra”, atrofia
muscular, alteração na marcha, anestesia em região
plantar (úlcera plantar)
Mucosas
● Infiltração da mucosa nasal
● Manifestações oculares
53. COMO ABORDAR AS
INCAPACIDADES
A ilustração do trevo objetiva
visualizar as atividades básicas que
podem evitar e/ou minimizar
deformidades e incapacidades em
hanseníase
55. ● Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Programas Especiais de
Saúde. Divisão Nacional de Dermatologia Sanitária. Guia para controle
da hanseníase. 2. ed. Brasília: Centro de documentação Científica do
Ministério da Saúde, 1984.
● Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Programas Especiais de
Saúde. Divisão Nacional de Dermatologia Sanitária. Modelo de Curso
Básico de Hanseníase. Brasília, 1980. AUTHOR (YEAR).
● Ministério da Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 7. ed. Brasília,
2009. 816 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
● Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento
de Vigilância Epidemiológica. Capacitação em prevenção de
incapacidades em hanseníase: caderno do monitor. Brasília, 2010.
● ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Guia para a eliminação da
hanseníase como problema de Saúde Pública. Genebra, 2000. 38 p.
REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS
O aumento dos casos levou à construção de leprosários (atingindo ao redor de 19.000 casos por toda a Europa), e o auge da perseguição aos leprosos ocorreu do século XI ao XIV, quando mais de 50% foram mortos em praça pública na França