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ATENÇÃO À
CRIANÇA
TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM
MATERNIDADES
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
“As fronteiras da minha linguagem são as fronteiras do meu
universo”
Ludwig Wittgenstein
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
Objetivos dessa apresentação:
• Conceituar a Triagem Auditiva Neonatal (TAN) e sua importância para a
detecção, diagnóstico e reabilitação precoce das deficiências auditivas na
criança;
• Apresentar os principais avanços e desafios da implantação do Programa
de Triagem Auditiva Neonatal (TAN) no SUS.
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
Introdução
● A Triagem Auditiva Neonatal (TAN) é um dos componentes do Programa Nacional de
Triagem Neonatal no Brasil;
● Ela foi instituída a fim de se realizar o diagnóstico precoce das perdas auditivas,
possibilitando uma intervenção também precoce que pudesse minimizar os impactos
negativos da deficiência auditiva no desenvolvimento infantil.
● A TAN também se constitui em uma das estratégias para o cuidado integral da criança
no seu período neonatal, já que a saúde auditiva reflete no processo de crescimento e
desenvolvimento das crianças nos seus diversos ciclos de vida.
“Uma intervenção precoce é capaz de minimizar os impactos negativos da
deficiência auditiva no desenvolvimento infantil”.
(Yoshinaha, 1998)
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
Introdução
● Até 2010 as crianças com déficits auditivos eram diagnosticadas tardiamente, muitas
vezes somente na fase escolar o que dificultava ou impossibilitava intervenções mais
eficazes para a criança.
● Em 2010 foi promulgada a Lei Federal 12.303 conhecida como lei do “Teste da
Orelhinha” que torna obrigatória a realização de exames de emissões otoacústicas em
todos os bebês nascidos em maternidades e hospitais do Brasil.
● Em 2012, o Ministério da Saúde publicou as diretrizes da TAN estabelecendo normas
para sua realização em todo território nacional.
Todas as Maternidades brasileiras devem realizar a TAN, ou se organizar de
modo a garantir que as crianças nascidas tenham acesso a esse exame via
encaminhamento responsável ou outras estratégias de acesso.
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
Objetivos
da Triagem
Auditiva
Neonatal
• Realizar o diagnóstico e intervenção precoces
• Evitar privação de língua
• Possibilitar o pleno desenvolvimento da linguagem
• Favorecer o desenvolvimento cognitivo e social
• Reduzir dificuldades de aprendizagem
• Propiciar inserção social e no mercado de trabalho
• Favorecer a autonomia e cidadania
Rodrigues, 2020.
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
Prevalência de perda auditiva x demais doenças neonatais
0
50
100
150
200
250
300
350
400
1 1 2 4 4 30
100
a
400
Frequência das Doenças Neonatais
Triadas no Brasil (a cada 10.000
nascidos vivos)
Rodrigues, 2020.
A prevalência de deficiência auditiva na população
de neonatos é 30 vezes maior que a prevalência de
fenilcetonúria, por exemplo, doença triada pelo
teste do pezinho.
• Prevalência de deficiência auditiva no Brasil: 5,1%
da população = 9 milhões de pessoas (IBGE, 2012);
• Prevalência de deficiência auditiva neonatal: 30
por 10.000 recém-nascidos;
• Prevalência entre recém-nascidos de Unidade de
Terapia Intensiva Neonatal (UTIN): 100 a 400 por
10.000 recém-nascidos;
• 50% das perdas auditivas em recém-nascidos sem
indicador de risco (MS, 2012).
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
Fatores de risco para deficiência auditiva em recém-nascidos de acordo
com a Declaração de Posição de 2000 do Joint Committe on Infant Hearing
(JCIH)
Delaney, 2020
● Infecção intrauterina (citomegalovírus, herpes, rubéola, toxoplasmose);
● História familiar de perda auditiva neurossensorial na infância;
● Anomalias craniofaciais acompanhadas de anomalias no pavilhão auricular e canal
auditivo;
● Infecções pós natais (ex: meningite);
● Síndromes associadas a perda auditiva progressiva (ex:osteopetrose, síndrome de
Usher e eurofibromatose);
● Indicação dos pais e/ou cuidadores sobre percepção de atraso na fala da criança;
● Otite média recorrente com efusão e duração de pelo menos 3 meses
● Doenças neurodegenerativas (ex: síndrome de Charcot-Marie-Tooth, Hunter e
neuropatias motoras sensoriais).
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
Testes
Emissões Otoacústicas (EOA)
• Exame utilizado para triar recém-nascidos sem indicadores de risco para perda
auditiva;
• Fornece dados sobre o funcionamento da cóclea (células ciliadas externas).
Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Automatizado (PEATE-A/BERA-A)
• Exame utilizado para triagem de bebês com algum indicador de risco para perda
auditiva e em bebês que falharam na triagem por EOA;
• Avalia a via auditiva neural até o tronco encefálico, sendo capaz de detectar perdas
auditivas retro cocleares.
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
Boas Práticas
Todas os recém nascidos devem realizar a Triagem Auditiva Neonatal, ainda na
maternidade.
Crianças que não realizaram a TAN na maternidade, devem ter esse exame
assegurado em outra unidade de saúde que possa realizá-lo.
Os profissionais da Atenção Primária devem observar se o RN/criança realizou ou não o
TAN. Caso não tenha realizado, a criança deve ser encaminhada até os 3 meses de idade
para serviços de referência (serviço de alta complexidade).
Crianças com resultados alterados devem ser encaminhadas para Centro
Especializado de Reabilitação Auditiva.
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
Boas Práticas
No caso de alterações auditivas, as condutas podem ser:
• Seleção e adaptação de aparelho de amplificação sonora individual;
• Indicação de cirurgia de implante coclear;
• Adaptação do implante concomitante com a terapia fonoaudiológica de
linguagem.
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
Boas Práticas
• Caso a criança possua fatores de risco, deve ser submetida diretamente exame de
Potencial Evocado Auditivo Automático (do BERA triagem);
• Caso a criança não apresente fatores de risco, deve ser submetida ao exame de
Otoacústicas Evocada.
• O pré-natal é um momento estratégico para informar à família sobre a TAN.
• Mesmo com o resultado inicial da TAN sem alterações, ao longo do desenvolvimento
a criança pode apresentar alterações auditivas.
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
Desafios para a Implantação da Triagem Auditiva Neonatal nas
Maternidades Brasileiras
Programa de
TAN
completamente
implantado: em
63 maternidades
participantes da
pesquisa.
Programa de TAN não
implantado: em 12
maternidades
participantes da
pesquisa.
Programa de TAN
parcialmente
implantado: em 29
maternidades
participantes da pesquisa.
Em estudo com 104 maternidades:
Rodrigues, 2020
60%
28%
11,5%
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
Cobertura da Triagem Auditiva Neonatal nas Maternidades Brasileiras
Nordeste
2008: 3,8%
2018: 25,9%
Centro-Oeste
2008: 11,2%
2018: 43%
Sudeste
2008: 9,7%
2018: 31,4%
Sul
2008: 11,2%
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Norte
2008: 6,9%
2018: 21,9%
Rodrigues, 2020.
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
Desafios da Triagem Auditiva Neonatal em Maternidades
• Apesar do crescimento nas taxas de coberturas da Triagem Auditiva
Neonatal nas maternidades brasileiras, o país precisa avançar para as
metas de 95-100% de cobertura;
• Em 2018, ⅔ (dois terços) dos recém-nascidos não passaram por triagem
auditiva;
• Falta de equipamentos tecnológico para a realização da TAN;
• Falta de recursos humanos para a realização da TAN;
• Não há consenso entre os profissionais sobre os limites dos parâmetros
avaliados (critérios das crianças que “passam ou falham” no exame).
Rodrigues, 2020.
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
Considerações Finais
Delaney, 2020.
• Nem todos os recém-nascidos que nascem com deficiência auditiva apresentam fatores
de risco. Por esse motivo é importante a triagem universal, para que o máximo de
crianças sejam avaliadas e, mesmo aquelas que não apresentem fatores de risco, mas
apresentam perda auditiva, sejam diagnosticadas e tratadas precocemente.
• As crianças identificadas quando tem mais de 6 meses podem ter atrasos na fala e
linguagem.
• As crianças identificadas com menos de 6 meses não apresenta esses atrasos e são
iguais aos seus pares ouvintes em termos de fala e linguagem.
• Crianças a partir de 1 mês de idade podem usar aparelhos auditivos e se beneficiar
deles.
Intervenções precoces, em crianças com perda
auditiva, favorecem a inserção social dessa criança.
Rodrigues, 2020.
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
O programa de Triagem Auditiva Neonatal é um instrumento que
possibilita que os bebês com deficiência auditiva tenham acesso a uma
língua em tempo oportuno e assim desenvolvam plenamente sua
linguagem.
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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES
• Brasil. Lei nº 12.303, de 2 de Agosto de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de realização do exame denominado Emissões Otoacústicas
Evocadas. Diário Oficial da União 03 ago 2010. Seção 1:1.
• Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes de Atenção da Triagem Auditiva Neonatal. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento
de Ações Programáticas Estratégicas e Departamento de Atenção Especializada. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.
• Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Summary of 2016 National CDC EHDI Data; 2018.
• Delaney. A. M. Newborn Hearing Screening. Medscape. 2020. Disponível em: https://emedicine.medscape.com/article/836646-overview#showall.
Acesso em 25/06/2021. (https://emedicine.medscape.com/article/836646-overview)
• Firoozbakht M et al. Community-based newborn hearing screening programme for early detection of permanent hearing loss in Iran: An eight-year
cross-sectional study from 2005 to 2012. J Med Screen. 2014;21(1):10–17.
• Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Desenvolvimento Humano nas Macrorregiões Brasileiras. Brasília: Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento. IPEA. Fundação João Pinheiro; 2016.
• National Institutes of Health (NIH). Guidance: Newborn hearing screening standards data report 1 April 2017 to 31 March 2018. NIH; 2019.
• Olusanya BO, Wirz SL, Luxon LM. Bulletin of the World Health Organization. WHO. 2008;86:956-963.
• Organização Mundial de Saúde. Newborn and infant hearing screening – Current Issues and Guiding Principles for Action. Genebra: OMS; 2010.
• Rodrigues, RP. Avaliação da Implantação do Programa de Triagem Auditiva Neonatal em Maternidades Públicas Brasileiras. 2020. 123f. Dissertação
(Mestrado em Saúde Coletiva) – Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz,
Rio de Janeiro, 2020.
• Sousa et al. Evolução da oferta de fonoaudiólogos no SUS e na atenção primária à saúde, no Brasil. Rev. CEFAC. 2017;19(2):213-220.
• Yoshinaga-Itano C, Sedey AL, Coulter DK, Mehl AL. Language of Early- and Later-identified Children with Hearing Loss. Pediatrics. 1998;102:1161-
1171.
Referências
ATENÇÃO À
CRIANÇA
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Material de 06 de setembro de 2021
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES

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Triagem Auditiva Neonatal (TAN) em Maternidades

  • 2. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES “As fronteiras da minha linguagem são as fronteiras do meu universo” Ludwig Wittgenstein
  • 3. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES Objetivos dessa apresentação: • Conceituar a Triagem Auditiva Neonatal (TAN) e sua importância para a detecção, diagnóstico e reabilitação precoce das deficiências auditivas na criança; • Apresentar os principais avanços e desafios da implantação do Programa de Triagem Auditiva Neonatal (TAN) no SUS.
  • 4. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES Introdução ● A Triagem Auditiva Neonatal (TAN) é um dos componentes do Programa Nacional de Triagem Neonatal no Brasil; ● Ela foi instituída a fim de se realizar o diagnóstico precoce das perdas auditivas, possibilitando uma intervenção também precoce que pudesse minimizar os impactos negativos da deficiência auditiva no desenvolvimento infantil. ● A TAN também se constitui em uma das estratégias para o cuidado integral da criança no seu período neonatal, já que a saúde auditiva reflete no processo de crescimento e desenvolvimento das crianças nos seus diversos ciclos de vida. “Uma intervenção precoce é capaz de minimizar os impactos negativos da deficiência auditiva no desenvolvimento infantil”. (Yoshinaha, 1998)
  • 5. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES Introdução ● Até 2010 as crianças com déficits auditivos eram diagnosticadas tardiamente, muitas vezes somente na fase escolar o que dificultava ou impossibilitava intervenções mais eficazes para a criança. ● Em 2010 foi promulgada a Lei Federal 12.303 conhecida como lei do “Teste da Orelhinha” que torna obrigatória a realização de exames de emissões otoacústicas em todos os bebês nascidos em maternidades e hospitais do Brasil. ● Em 2012, o Ministério da Saúde publicou as diretrizes da TAN estabelecendo normas para sua realização em todo território nacional. Todas as Maternidades brasileiras devem realizar a TAN, ou se organizar de modo a garantir que as crianças nascidas tenham acesso a esse exame via encaminhamento responsável ou outras estratégias de acesso.
  • 6. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES Objetivos da Triagem Auditiva Neonatal • Realizar o diagnóstico e intervenção precoces • Evitar privação de língua • Possibilitar o pleno desenvolvimento da linguagem • Favorecer o desenvolvimento cognitivo e social • Reduzir dificuldades de aprendizagem • Propiciar inserção social e no mercado de trabalho • Favorecer a autonomia e cidadania Rodrigues, 2020.
  • 7. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES Prevalência de perda auditiva x demais doenças neonatais 0 50 100 150 200 250 300 350 400 1 1 2 4 4 30 100 a 400 Frequência das Doenças Neonatais Triadas no Brasil (a cada 10.000 nascidos vivos) Rodrigues, 2020. A prevalência de deficiência auditiva na população de neonatos é 30 vezes maior que a prevalência de fenilcetonúria, por exemplo, doença triada pelo teste do pezinho. • Prevalência de deficiência auditiva no Brasil: 5,1% da população = 9 milhões de pessoas (IBGE, 2012); • Prevalência de deficiência auditiva neonatal: 30 por 10.000 recém-nascidos; • Prevalência entre recém-nascidos de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN): 100 a 400 por 10.000 recém-nascidos; • 50% das perdas auditivas em recém-nascidos sem indicador de risco (MS, 2012).
  • 8. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES Fatores de risco para deficiência auditiva em recém-nascidos de acordo com a Declaração de Posição de 2000 do Joint Committe on Infant Hearing (JCIH) Delaney, 2020 ● Infecção intrauterina (citomegalovírus, herpes, rubéola, toxoplasmose); ● História familiar de perda auditiva neurossensorial na infância; ● Anomalias craniofaciais acompanhadas de anomalias no pavilhão auricular e canal auditivo; ● Infecções pós natais (ex: meningite); ● Síndromes associadas a perda auditiva progressiva (ex:osteopetrose, síndrome de Usher e eurofibromatose); ● Indicação dos pais e/ou cuidadores sobre percepção de atraso na fala da criança; ● Otite média recorrente com efusão e duração de pelo menos 3 meses ● Doenças neurodegenerativas (ex: síndrome de Charcot-Marie-Tooth, Hunter e neuropatias motoras sensoriais).
  • 9. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES Testes Emissões Otoacústicas (EOA) • Exame utilizado para triar recém-nascidos sem indicadores de risco para perda auditiva; • Fornece dados sobre o funcionamento da cóclea (células ciliadas externas). Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Automatizado (PEATE-A/BERA-A) • Exame utilizado para triagem de bebês com algum indicador de risco para perda auditiva e em bebês que falharam na triagem por EOA; • Avalia a via auditiva neural até o tronco encefálico, sendo capaz de detectar perdas auditivas retro cocleares.
  • 10. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES Boas Práticas Todas os recém nascidos devem realizar a Triagem Auditiva Neonatal, ainda na maternidade. Crianças que não realizaram a TAN na maternidade, devem ter esse exame assegurado em outra unidade de saúde que possa realizá-lo. Os profissionais da Atenção Primária devem observar se o RN/criança realizou ou não o TAN. Caso não tenha realizado, a criança deve ser encaminhada até os 3 meses de idade para serviços de referência (serviço de alta complexidade). Crianças com resultados alterados devem ser encaminhadas para Centro Especializado de Reabilitação Auditiva.
  • 11. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES Boas Práticas No caso de alterações auditivas, as condutas podem ser: • Seleção e adaptação de aparelho de amplificação sonora individual; • Indicação de cirurgia de implante coclear; • Adaptação do implante concomitante com a terapia fonoaudiológica de linguagem.
  • 12. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES Boas Práticas • Caso a criança possua fatores de risco, deve ser submetida diretamente exame de Potencial Evocado Auditivo Automático (do BERA triagem); • Caso a criança não apresente fatores de risco, deve ser submetida ao exame de Otoacústicas Evocada. • O pré-natal é um momento estratégico para informar à família sobre a TAN. • Mesmo com o resultado inicial da TAN sem alterações, ao longo do desenvolvimento a criança pode apresentar alterações auditivas.
  • 13. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES Desafios para a Implantação da Triagem Auditiva Neonatal nas Maternidades Brasileiras Programa de TAN completamente implantado: em 63 maternidades participantes da pesquisa. Programa de TAN não implantado: em 12 maternidades participantes da pesquisa. Programa de TAN parcialmente implantado: em 29 maternidades participantes da pesquisa. Em estudo com 104 maternidades: Rodrigues, 2020 60% 28% 11,5%
  • 14. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES Cobertura da Triagem Auditiva Neonatal nas Maternidades Brasileiras Nordeste 2008: 3,8% 2018: 25,9% Centro-Oeste 2008: 11,2% 2018: 43% Sudeste 2008: 9,7% 2018: 31,4% Sul 2008: 11,2% 2018: 69,4% Norte 2008: 6,9% 2018: 21,9% Rodrigues, 2020.
  • 15. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES Desafios da Triagem Auditiva Neonatal em Maternidades • Apesar do crescimento nas taxas de coberturas da Triagem Auditiva Neonatal nas maternidades brasileiras, o país precisa avançar para as metas de 95-100% de cobertura; • Em 2018, ⅔ (dois terços) dos recém-nascidos não passaram por triagem auditiva; • Falta de equipamentos tecnológico para a realização da TAN; • Falta de recursos humanos para a realização da TAN; • Não há consenso entre os profissionais sobre os limites dos parâmetros avaliados (critérios das crianças que “passam ou falham” no exame). Rodrigues, 2020.
  • 16. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES Considerações Finais Delaney, 2020. • Nem todos os recém-nascidos que nascem com deficiência auditiva apresentam fatores de risco. Por esse motivo é importante a triagem universal, para que o máximo de crianças sejam avaliadas e, mesmo aquelas que não apresentem fatores de risco, mas apresentam perda auditiva, sejam diagnosticadas e tratadas precocemente. • As crianças identificadas quando tem mais de 6 meses podem ter atrasos na fala e linguagem. • As crianças identificadas com menos de 6 meses não apresenta esses atrasos e são iguais aos seus pares ouvintes em termos de fala e linguagem. • Crianças a partir de 1 mês de idade podem usar aparelhos auditivos e se beneficiar deles. Intervenções precoces, em crianças com perda auditiva, favorecem a inserção social dessa criança. Rodrigues, 2020.
  • 17. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES O programa de Triagem Auditiva Neonatal é um instrumento que possibilita que os bebês com deficiência auditiva tenham acesso a uma língua em tempo oportuno e assim desenvolvam plenamente sua linguagem.
  • 18. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES • Brasil. Lei nº 12.303, de 2 de Agosto de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de realização do exame denominado Emissões Otoacústicas Evocadas. Diário Oficial da União 03 ago 2010. Seção 1:1. • Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes de Atenção da Triagem Auditiva Neonatal. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas e Departamento de Atenção Especializada. Brasília: Ministério da Saúde; 2012. • Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Summary of 2016 National CDC EHDI Data; 2018. • Delaney. A. M. Newborn Hearing Screening. Medscape. 2020. Disponível em: https://emedicine.medscape.com/article/836646-overview#showall. Acesso em 25/06/2021. (https://emedicine.medscape.com/article/836646-overview) • Firoozbakht M et al. Community-based newborn hearing screening programme for early detection of permanent hearing loss in Iran: An eight-year cross-sectional study from 2005 to 2012. J Med Screen. 2014;21(1):10–17. • Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Desenvolvimento Humano nas Macrorregiões Brasileiras. Brasília: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. IPEA. Fundação João Pinheiro; 2016. • National Institutes of Health (NIH). Guidance: Newborn hearing screening standards data report 1 April 2017 to 31 March 2018. NIH; 2019. • Olusanya BO, Wirz SL, Luxon LM. Bulletin of the World Health Organization. WHO. 2008;86:956-963. • Organização Mundial de Saúde. Newborn and infant hearing screening – Current Issues and Guiding Principles for Action. Genebra: OMS; 2010. • Rodrigues, RP. Avaliação da Implantação do Programa de Triagem Auditiva Neonatal em Maternidades Públicas Brasileiras. 2020. 123f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) – Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2020. • Sousa et al. Evolução da oferta de fonoaudiólogos no SUS e na atenção primária à saúde, no Brasil. Rev. CEFAC. 2017;19(2):213-220. • Yoshinaga-Itano C, Sedey AL, Coulter DK, Mehl AL. Language of Early- and Later-identified Children with Hearing Loss. Pediatrics. 1998;102:1161- 1171. Referências
  • 19. ATENÇÃO À CRIANÇA portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Material de 06 de setembro de 2021 Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Eixo: Atenção à Criança Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal. TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADES