1. Odontologia Para
Bebês
Odontopediatria
“Só um humano pode curar outro
humano.”
- Jean Piaget
“Quando alguém se interessa pelo
que faz, é capaz de empreender
esforços até o limite de sua
resistência física.”
- Jean Piaget
2. Conteúdos
Programáticos
Desenvolvimento da Odontologia
para o bebê. Fundamentação da
Cariologia. Estudo das dentições.
Estudo do processo de crescimento
e desenvolvimento. Introdução à
Ortodontia preventiva. Orientação
sobre Radiologia. Exame de
questões sobre Psicologia e manejo.
2
O que é Odontopediatria? Qual relação da Odontologia para
Bebês?
.
Fonte: pinterest
É o estudo que compreende o desenvolvimento psicológico e
fisiológico da criança visando toda evolução dentária
3. Odontologia
para Bebês
Como é abordado o Atendimento dos Bebês:
i. Do nascimento do pequeno até a faixa etária de
3 anos.
ii. Prevenção sobre uso de chupetas,
mamadeiras, alimentação/dieta, amamentação
correta
iii. Clinicamente é feita uma abordagem curativa,
quando apresentado sinais e sintomas de
doença cárie, e outras patologias.
3
A odontologia para bebês se inicia quando o
pequeno está em gestação. É recomendado
que toda gestante faça o pré-natal
odontológico para cuidar da sua própria
dentição e garantir o bom desenvolvimento
do feto. Também, recebe instrução de como
cuidar da saúde bucal da criança quando ela
nascer.
No entanto, quando nascem os primeiros
dentes decíduos é essencial que de fato o
acompanhamento seja feito idealmente de 3-
3 meses.
É nesse momento que a criança começa a
introdução alimentar, aumentando as
chances de desenvolver problemas bucais.
Deve começar por onde?
Fonte: pinterest
5. a. História Médica e Odontológica
b. Exame Clinico ( o que devo observar?)*
5
Acompanhamento na
Gestação 1° Trimestre
• Anamnese e Preenchimento da Ficha Clinica:
• Planejamento do Tratamento a ser realizado
• Assinatura do termo de consentimento informado
• Educação em Saúde Bucal
• Adequação do Meio Bucal
c. Instrução de higiene bucal
d. Controle de biofilme dental
e. Raspagem e Polimento Coronário
f. Aplicação de Fluoretos e antimicrobianos
g. Escavação e repleção das cavidades com cárie com
CIV
h. Remoção de irritantes locais (restaurações em
excessos, bordos ou arestas dentais).
i. Eliminação de focos infecciosos e a dor (exodontias,
procedimentos endodônticos, drenagem de
abcessos, etc.)*
Fonte: pinterest
6. 2° e 3° Trimestre da gestação
6
• Educação em Saúde Bucal
• Adequação do Meio Bucal
• Instrução de higiene bucal
• Controle de biofilme dental
• Raspagem e Polimento Coronário
• Aplicação de Fluoretos e antimicrobianos
• Escavação e repleção das cavidades com cárie com
CIV
• Remoção de irritantes locais (restaurações em
excessos, bordos ou arestas dentais).
• Eliminação de focos infecciosos e a dor (exodontias,
procedimentos endodônticos, drenagem de abcessos,
etc.)*
• Tratamento Odontológico de rotina (restaurações,
cirúrgicos). *
Tendo em vista que, apenas o 2° Trimestre é o indicado
para realizações de procedimentos invasivos
Fonte: pinterest
7. Como deve ser
feito o
atendimento
Odontológico
com gestantes
• Antes do atendimento odontológico, deve-se aferir a
pressão da gestante.
• Deve-se evitar a posição de decúbito dorsal da gestante.
A posição mais recomendada é a sentada, ou em
decúbito lateral esquerdo.
• Deve evitar mudanças bruscas de posição, ao terminar o
atendimento recomendar que a paciente fique sentada
ou deitada do lado esquerdo por alguns segundos.
7
8. Prescrição
medicamentosa
em Gestante
8
Interação com médico da gestante.
• Analgésicos
- Paracetamol: Pode ser prescrito em qualquer fase da gestação, em
curto período (48 a 72 horas). 500 mg de 6/6 horas.
- Dipirona (não utilizar em gestantes hipotensas): 1 comprimido ou
35 gotas de 6/6 horas.
• Anti-inflamatórios:
- Não pode usar entre 9 semanas de gestação e depois de 32
semanas de gestação.
- Diclofenaco: 50mg, 8/8 horas por 3 dias
• Antimicrobiano (antibióticos):
- Penicilinas (penicilinas benzatinas, ampicilina, amoxicilina): São
antibióticos considerados seguros para o uso na gestação e
lactação. Uma observação que deve-se ser levado em conta é a
associação de amoxicilina + acido clavulânico (clavulin), devido
poucos estudos seguros em relação a permissão na gestação.
• Bochecho com Clorexidina 0,12%: em casos de doença
periodontal deve ser indicada, e orientado o paciente.
• Contra indicado: Tetraciclinas, Doxiclinas
• Não recomendado: Sulfas, metronidazol
9. Anestésicos Locais:
• Lidocaína: É o anestésico local mais utilizado em todo o
mundo e mais recomendado para gestante.
• A anestesia deve ser realizada sempre que necessário!
• Agente vasoconstritor em sua composição, com objetivo de
retardar a absorção do sal anestésico para corrente
sanguínea que leva à diminuição da sua toxicidade e
aumento do tempo de duração da anestesia.
• Lidocaína 2% com adrenalina 1:100.000
• Limitar o uso a apenas 2 tubetes apenas. (pois devido a
alta dose de anestésico a sua absorção pode acarretar em
problemas)
9
10. 10
Fluorterapia
• Suplemento de Flúor: Não indicado
- Não existe evidência científica que suplemento F reduz
incidência de cárie.
- Íon flúor é capaz de atravessar a placenta e ser armazenado
nela,
• Fluorterapia tópica no período gestacional é sempre
indicada de acordo com o risco e a atividade de cárie da
mãe.
11. 11
Gestantes com riscos de saúde:
• Doenças obstétricas (pré-eclâmpsia, hemorragia na
gestação, etc).
• Intercorrências clinicas (cardiopatias,
pneumopatias, nefropatias, diabetes mellitus,
hipertensão artérias, epilepsia, entre outras).
Quais procedimentos podem ser realizados em
gestante de alto risco?:
• Educação em saúde bucal
• Adequação do meio bucal (ART)
• Tratamento básico periodontal
• Aplicação de flúor.
12. 12
Anamnese do Bebê
• História Médica
- Período da gestação
- Doenças sistêmicas de origem virótica ou bacteriana
• História Dental
- Conhecer a cronologia e a sequência de irrupção dos
dentes decíduos.
- Perguntar se há alguma sintomatologia local ou sistêmica
durante a irrupção dentária.
• Hábitos de higiene bucal, alimentares e de sucção
nutritiva.
• Perfil psicológico e do comportamento.
13. 13
Abordagem Psicológica na Clinica para Bebês
• Muitas vezes, a resposta da criança é o choro: maneira de liberar
as tensões e exteriorizar os sentimentos.
• Tipos de choro: de fome, de raiva, de dor, de frustação.
• Técnicas de manejo: técnica de falar, mostrar, e fazer.
• Os pais têm um papel importante, fundamental no controle do
comportamento do bebê, deve transmitir segurança aos filhos.
14. 14
Falar-mostrar-fazer
Tem por objetivo fazer com que o paciente
pediátrico compreenda todo o procedimento
odontológico que será realizado em três
etapas: explicação do que será feito,
seguido de demonstração por vias táteis,
visuais, auditivas, e somente após
compreensão do paciente, é realizado o
procedimento. Ou seja, essa técnica se
baseia na explicação verbal, e não verbal do
procedimento que será realizado, com intuito
de promover a compreensão e cooperação
do paciente. Essa técnica agrega o paciente
pediátrico como participante ativo do
processo, visto que aumenta a relação
paciente/profissional, diminuindo em muitos
casos a resistência ao
procedimento.(Brandenburg & Marinho-
Casanova, 2013; Sant’anna et al, 2020).
15. 15
Brandenburg,e Marinho-Casanova, (2013), verificaram uma
maior colaboração com a técnica fale-mostre-faça em
crianças de 5 (cinco) á 7 (sete) anos de ambos os sexos,
acredita-se que a maturidade cognitiva e a facilidade para
compreensão tenha ajudado nos resultados, em contra partida
em crianças com 2 (dois), e 3 (três), anos o nível de
colaboração foi relativamente menor em comparação ao
primeiro grupo.
Distração
Essa técnica faz uso de algum fator que cause distração no
paciente enquanto passa por procedimento odontológico. Tem
como objetivo, distrair o paciente pediátrico, com intuito de
evitar comportamentos não colaborativos que pode
desencadear medo e estresse. Dessa forma o odontopediatra
deverá utilizar recursos que possibilitem facilitar a distração
do paciente, propiciando um ambiente com menos tensão.
(Matos, et al, 2018)Uma das estratégias mais utilizadas como
ferramenta da técnica da distração é a música.
16. 16
Controle da voz (mais aceita)
É uma técnica que possui grande eficiência entre crianças na fase
pré escolar, pautada no tom da voz, assertividade no falar,
confiança, e clareza no diálogo, sendo essa técnica a mais aceita
entre pais, cuidadores e tutores. Para que a técnica seja realizada
de forma assertiva, é necessário, que o cirurgião dentista possua
habilidade para manter o diálogo com a criança. A mensagem deve
ser clara, e objetiva para que a criança a compreenda, evitando
muito interlocutores.(Albuquerque, 2010; Brandenburg, 2009;
Matos, 2018).
Modelagem
A técnica da modelagem consiste em fazer com que a criança
observe outras crianças com o comportamento mais adequado
para a realização da consulta. Para isso, é necessário uma
criança ou objeto como modelo. Acredita-se que a criança deve
copiar o comportamento do modelo, adquirindo um
comportamento mais cooperativo frente ao Odontopediatra, e a
consulta odontológica.(Sant’anna et al, 2020).
17. 17
Exame Clínico
• Diagnosticar alterações com o objetivo de estabelecer o
diagnóstico e o tratamento correto e precoce.
• Diagnosticar possíveis doenças sistêmicas com manifestações
bucais.
• Exame extra bucal:
- Simetria craniofacial
- Músculos da expressão
- Existência de nódulos nas cadeias ganglionares
- Grau de mobilidade da mandíbula.
pinterest
18. 18
Exame Clínico do Bebê
Posição joelho a joelho Ou com auxilio na cadeira odontológica com
o auxílio de um responsável.
google
20. 20
Exame Clínico
• Exame Intrabucal:
- Forma e integridade dos rodetes gengivais.
- Inserção dos freios labiais e lingual.
- Forma do palato.
- Faces internas da mucosa jugal, assoalho bucal e
língua.
- Integridade dos dentes e sequencia de erupção.
21. 21
Características da cavidade bucal do Bebê
Boca edêntula com tecido gengival rosado firmemente aderido.
(RODETES GENGIVAIS)
22. 22
No exame do bebê com dentes, além do tecido mole tem que
observar a integridade dos dentes e a Sequência de
irrupção.
Erupção - Nascimento Dentes superiores Dentes Inferiores
IncisivosCentrais 8 meses 6 meses
Incisivos Laterais 10 meses 9 meses
Caninos 20 meses 18 meses
1° Molar 16 meses 16 meses
2° Molar 29 meses 27 meses
23. 23
• Maxila: Apresenta pouca
profundidade com as
rugosidades, palatinas bem
profundas.
• Observa-se através de
proeminências o
desenvolvimento das coroas
dos dentes decíduos (imagem
ao lado)*
24. Freio Labial Superior no recém nascido estende-se à papila palatina para auxiliar na
amamentação.
Com o desenvolvimento da maxila e erupção dental a inserção desloca-se alguns milímetros
da margem gengival.
24
Freio Labial Persistente quando o freio permanece com a inserção na papila ou na margem gengival
após a irrupção dos incisivos permanentes.
25. Cordão Fibroso de Robin e Magitot
25
• Localiza-se sobre a região de incisivos e caninos em ambos os rodetes.
• É bem desenvolvido no recém-nascido, auxilia na sucção.
• Retrocede com a irrupção dos dentes.
26. CALO DE AMAMENTAÇÃO OU “SUCKING PAD”
26
• Localiza-se na porção média do lábio superior.
• Auxilia no aleitamento materno,
• Mais desenvolvido nas crianças que mamam no seio.
Sucking Pad
Calo de amamentação
Freio Labial Superior
Cordão Fibroso de Robin e Magitot
Rodetes Gengivais
27. Retrognatismo Mandibular: no primeiro ano de vida é considerado fisiológico e necessita de amamentação natural
para o desenvolvimento.
27
Fonte:Google
28. 28
Toda a musculatura é
fortalecida durante os intervalos
da sucção.
Crescimento inadequado da
face afeta a respiração, e a
respiração
incorreta prejudica o sono, a
memória
e a concentração.
Ao sugar o mama, o bebê favorece o
crescimento da mandíbula, preparando-se
para as próximas etapas do desenvolvimento
A dinâmica da cadeira neuromuscular das
estruturas ligadas a respiração, mastigação,
deglutição e fonação depende da amamentação.
Todos os sistemas são interligados.
Ao mamar, a criança aprende a respirar,
mastigar, e deglutir de maneira adequada.
A posição da boca nos mamilos provoca
a estimulação de pontos articulados
responsáveis
pela produção dos fonemas.
A amamentação e a Formação Facial do Bebê
30. Freio Lingual: examinar a espessura, consistência e extensão pois pode limitar a protrusão e interferir na fonação e na
amamentação. O freio curto recebe o nome de anquiloglossia.
30
31. 31
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço
saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
13.002
Art. 1º É obrigatória a realização do
Protocolo de Avaliação do Frênulo da
Língua em Bebês, em todos os
hospitais e maternidades, nas
crianças nascidas em suas
dependências.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor após
decorridos 180 (cento e oitenta) dias
de sua publicação oficial.
Brasília, 20 de junho de 2014; 193º
da Independência e 126º da
República.
DILMA ROUSSEFF
32. Teste da Linguinha
32
• É realizado por meio da aplicação do Protocolo de avaliação do frênulo lingual com
escores para bebês.
• Este protocolo é dividido em história clinica, avaliação anatomofuncional e
avaliação da sucção não nutritiva e nutritiva.
• O protocolo tem pontuações independentes e pode ser aplicado por partes, até 6°
mês de vida.
Martinelli, 2013
35. Qual aspecto do antes e depois do
procedimento realizado?
35
google
google
36. Alterações na cavidade bucal do recém-
nascido
36
Alterações de Erupção:
• Dentes natais
• Dentes neonatais
• Cisto/Hematoma
de
erupção
Alterações em tecidos Moles: Alteração de número: Alterações de Forma:
• Nódulos de Bohn
• Pérolas de Epstein
• Cistos de Lâmina Dentária
• Hipodontia e anatontia
• Supranumerários
• Fusão
• Geminação
• Macrodontia
• Microdontia
37. Desenvolvimento da dentição
decídua:
37
Ao nascimento, há ausência de tecido ósseo entre o rebordo alveolar e os germes dentários;
A tuberosidade e o processo alveolar são os principais locais de crescimento na maxila.
Na mandíbula, os locais de crescimento ósseo são: Còndilo, processo alveolar, e porção
posterior do ramo da mandíbula.
38. 38
A sutura Palatina Mediana é responsável
pelo crescimento em lateralidade da
maxila.
39. Exemplo é o aparelho
expansor é
frequentemente
utilizado quando há
falta de espaço na boca
da criança para
acomodar todos os
dentes permanentes. Ele
promove a expansão
gradual dos ossos
maxilares, criando
espaço adicional para
que os dentes se
alinhem
adequadamente.
39
40. 40
A. Formação da lãmina dentária 6°
semana.
B. Banda epitelial primária.
C. Fase de botão (notando-se a
diferenciação do órgão de esmalte do
dente decíduo). 7° semana.
D. Fase do capuz (primeira deposições
de dentina).
E. Fase de campânula ou sino, (à direita,
a extremidade livre da lâmina
dentária que dará origem ao órgão
do esmalte permanente. O osso
alveolar está iniciando sua
diferenciação ) 10° semana.
F. Diferenciação do incisivo central
inferior permanente (nascimento) a
coroa do dente decíduo está
completa.
G. Risólise do dente decíduo e dente
permanente em vias de erupção. (6-7
anos).
H. Inicio de erupção do dente decíduo,
(6° mês de vida. A coroa do dente
decíduo está praticamente formada
42. Manifestações sistêmicas e Locais
atribuídas à erupção dos dentes
Decíduos.
42
Irritabilidade
Aumento da salivação
Diarréia
Febre
Perda de apetite
Inflamação gengival
Erupções periorais, (inflamação na pele ao
redor da boca).
44. 44
Aumento da Salivação:
Provavelmente pela
maturação das glândulas
salivares associada ao
reflexo ainda em
desenvolvimento da
deglutição, além da
mudança da saliva que
passa a ser mais viscosa e
45. 45
Diarréia:
Ocorre em decorrência de infecções
causadas por contaminação através das mãos e
objetos levados na boca.
Febre:
Ocorre em
decorrência de
outras doenças
durante esta fase.
Manifestação Sistêmica:
46. 46
Perda de Apetite: Aparece mais como um
fato isolado.
Para considera-lo deveria haver controle
rigoroso do peso antes e após a erupção
dos dentes.
Manifestação Sistêmica:
49. Oque fazer nesses casos?
Hipótese Diagnóstica? Qual
Fármacos Usar?
49
Figura 1
Fonte: Google
Figura 2
Fonte: Google
50. Caso da Figura 1:
50
Criança, sexo masculino, 2 anos de idade, com presença de dor e
febre. Mãe levou ao Posto de Saúde no médico, porém a mesma se
queixa de que o médico passou apenas remédio para dor e febre.
Diagnóstico: Estomatite Herpética Primária.
Tratamento: Laserterapia
Fármacos/Medicamento: Gingilone 10g 2x
ao dia ou 3x por 7 dias.
Ou Omcilon-A Orabase 10g.
51. Caso da figura 2
51
Mãe relata filho de 1 ano e 1 mês, com 4 dias de sintomatologia Local.
Febre, Dor, Bolinhas na boca. Mãe também diz que levou ao médico,
porém o mesmo disse a mãe que não sabe oque é. Mãe Reclama de
choro constante e persistente do filho sem ‘motivo aparente’.
Estomatite ou Inflamação Gengival?
Lembrando que...
52. Mas oque é
Estomatite/Gengivoestomatite
Herpética Primária?
52
Estomatite é uma infecção viral bastante comum em crianças, e provoca várias lesões (aftas) na
boca e garganta, causando muitas vezes desconforto para deglutir.
Devido ser contagiosa, necessita que a criança não se exponha à outras para que não haja
proliferação do vírus.
Oque Causa: Geralmente, já carregamos o vírus que causa o problema, porém a estomatite em
crianças apresenta-se como manifestação da primeira infecção com a herpes simples tipo I
(HSV-1).
Um vírus muito recente tem sido o vírus coxsackie. Que também pode provocar estomatites e a
chamada “Doença Mão-Pé-Boca”
As causas da estomatite também estão relacionadas a doença, infecção, reação alérgica ou
alimentos e substâncias químicas irritantes.
53. Quais são os
Sintomas?
53
manchas vermelhas na gengiva ou garganta
salivação em excesso
dor para engolir
aparecimento de aftas na região interna da boca
febre
inchaço
sensação de mal-estar
mau hálito
A indicação para ambos
medicamentos é para
Crianças acima de
2 anos de idade.
Menores de 2 anos, deve
ter acompanhamento
especializado.
54. 54
O acetato de hidrocortisona é
um esteroide adrenocortical
que inibe a resposta
inflamatória induzida por
agentes de natureza mecânica,
química ou imunológica. O
Sulfato de neomicina é um
antibiótico bactericida, eficaz
contra germes Gram-positivos
e Gram-negativos.
A troxerrutina é um derivado
sintético da rutina, que reduz
a fragilidade e a
permeabilidade capilar. O
acido ascórbico é essencial
para o processo de
cicatrização e para a síntese de
colágeno e outros
57. 57
Cisto de Erupção/Hematoma de
Erupção:
Área elevada, de coloração
anormal, que pode aparecer
poucas semanas antes da erupção
de um dente decíduo ou
permanente.
60. Introdução
60
Os raios X foram descobertos em 1895 pelo físico alemão Wilhelm Conrad Röentgen e
apresentaram importância tão significativa na área da saúde que resultaram em prêmio Nobel.
A primeira radiografia odontológica foi realizada um ano depois por Otto Walkhoff, com tempo
de exposição de 25 minutos, que foi reduzido para 9 minutos por Walter Konig. A partir de
1899, o americano Edmund Kells passou a preconizar o exame radiográfico como rotina clínica
odontológica. No entanto, devido aos efeitos das radiações ionizantes, Röentgen morreu por
um tumor maligno no duodeno e Kells sofreu 42 amputações, incluindo dedos e braços, que o
levaram ao suicídio (Lundqvist, 1998). A partir de então, buscando reduzir as doses de
radiação, ocorreu grande evolução nos equipamentos radiográficos, que também resultou na
descoberta de novos métodos de exame por imagens.
RESUMO DA HISTÓRIA:
61. Atualmente, o exame por imagens na Odontologia pode ser realizado não apenas por meio da
radiografia convencional, mas também por novos métodos como a radiografia digital,
tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassonografia. Por este motivo, o
capítulo de “Radiologia” foi substituído por “Imaginologia”, que designa o conjunto de métodos,
técnicas e procedimentos de exame por imagens com finalidade diagnóstica e terapêutica. Na
clínica Odontopediátrica a Imaginologia é importante não apenas para auxiliar o diagnóstico,
planejamento, realização e acompanhamento do tratamento, mas também para a
documentação legal com finalidade de identificação humana e pericial. Os maiores desafios da
Imaginologia em Odontopediatria decorrem de particularidades relacionadas ao
comportamento da criança, muitas vezes não colaborador, e de especificidades anatômicas e
fisiológicas que podem interferir nas diferentes técnicas de exame e na interpretação das
imagens obtidas 61
62. Além disso, as crianças apresentam maior risco de sofrer os efeitos negativos das radiações
ionizantes. Ao contrário do que ocorria há algum tempo, onde o exame radiográfico
completo (full-mouth series) era realizado em todos pacientes novos, atualmente a
indicação de exame por imagens é restrita às necessidades individuais. Assim, é
fundamental que o profissional tenha conhecimento dos diferentes métodos e técnicas de
exame por imagens e saiba selecionar o mais indicado para cada criança, reduzindo a
radiação ao mínimo necessário.
62
63. MÉTODOS IMAGINOLÓGICOS UTILIZADOS EM
ODONTOPEDIATRIA
63
Radiografia convencional:
O exame radiográfico convencional, intra e extrabucal,
ainda constitui o método mais utilizado no Brasil em função
do baixo custo dos filmes e equipamentos. No entanto, este
método apresenta algumas limitações, pois oferece
imagens bidimensionais de estruturas tridimensionais,
causando sobreposição de imagens, além de contaminação
ambiental, devido ao chumbo presente no filme, soluções
reveladoras e fixadoras e exige um negatoscópio e lupa para
a interpretação de algumas imagens.
64. 64
O que seria então uma imagem Bidimensional e Tridimensional em Ra
Qual a diferença entre o diagnóstico 2D e 3D:
Antes de qualquer tratamento odontológico para seu paciente, é fundamental
realizar alguns exames de imagens para identificar corretamente a origem do
problema e a melhor forma de solucioná-lo. Nesse sentido, exames de imagem
2D e 3D costumam ser os mais solicitados. Mas qual a diferença entre elas?
No caso em destaque, com a radiografia periapical, é possível observar a
existência de uma reabsorção óssea alveolar vertical na região mesial.
Entretanto, como pode observar, a tomografia oferece uma visualização mais
detalhada da alteração, tornando mais fácil a avaliação.
66. As radiografias obtidas devem ser submetidas ao processamento adequado (em revelador
manual ou automático) para que possam ser arquivadas em perfeitas condições durante
longo período de tempo. Quando comparadas às radiografias digitais, as radiografias
convencionais oferecem maior tempo clínico e maiores doses de radiação ionizante, ambos
indesejáveis para crianças.
66
Qual diferença de radiação ionizante e radiação não ionizante? Exemplo?
67. Radiações não ionizantes são as radiações cuja energia
é insuficiente para ionizar átomos ou moléculas(..)
67
Radiação ionizante é a radiação que possui energia
suficiente para ionizar átomos e moléculas, ou seja, é
capaz de arrancar um elétron de um átomo ou
molécula.
Aonde então estaria o átomo?
68. Radiografia convencional digitalizada
As radiografias convencionais podem ser digitalizadas por meio de fotografias ou
escaneamento. Este método simples permite seu arquivo digital, alteração do brilho,
contraste e aumento das imagens, favorecendo a visualização e interpretação das mesmas.
Ainda, alguns programas de computador permitem a realização de medidas lineares e
volumétricas para a avaliação quantitativa de tratamentos realizados, como a extensão de
lesões radioluscentes ou o relacionamento entre estruturas dentais e ósseas (De Rossi et al.,
2007).
68
69. Radiografia Digital
69
As radiografias digitais são obtidas por meio de sensores ou receptores sensíveis aos raios X que
transmitem as imagens obtidas para o computador, em alta resolução. Existem dois tipos de sensores
(ou receptores): receptores rígidos ou placas de fósforo flexíveis, que também estão disponíveis em
tamanho infantil ou adulto.
Os receptores rígidos possuem fios e cabos eletrônicos a ele acoplados que transmitem diretamente a
imagem ao computador, mas não são recomendados para crianças menores de 4 ou 5 anos de idade
por apresentarem maior espessura, rigidez e fios a ele acoplados.
70. Os sistemas que utilizam placas de fósforo são mais indicados em
Odontopediatria por se assemelharem ao filme convencional em sua espessura
e flexibilidade, o que permite melhor adaptação à reduzida cavidade bucal da
criança e adaptação aos posicionadores radiográficos convencionais. Pela
ausência de fios, a imagem é transmitida indiretamente para o computador,
por meio de um processador de imagens ultrarrápido. A maior vantagem dos
sistemas digitais para crianças é a menor dose de radiação ionizante
necessária. Embora o custo do equipamento e dos sensores seja superior, seu
tamanho é semelhante ao equipamento convencional e os sensores são
reutilizáveis e não necessitam de processamento químico, o que reduz
consideravelmente o tempo clínico, os erros de processamento e a
contaminação ambiental. Outra vantagem dos sistemas digitais consiste na
possibilidade de arquivo e ajuste no aumento, brilho, contraste e definição da
70