O livro analisa os saberes dos professores, provenientes da formação, experiência e cultura pessoal. Defende que o saber docente é plural e social, construído ao longo da carreira. Critica a visão do professor como mero transmissor de conhecimento e defende a valorização de sua prática e saber profissional.
O livro "Pedagogia da Autonomia", com o subtítulo "Saberes necessários à prática educativa" foi o último livro publicado por Paulo Freire em vida.
Nesta obra, Paulo Freire apresenta propostas de práticas pedagógicas necessárias à educação em favor da autonomia dos educandos, para que estes possam ser mais.
Dividido em três capítulos, o livro expõe posturas necessárias à prática pedagógica que facilitem o estimulem a construção do conhecimento e a autonomia dos indivíduos.
Por Bruno Carrasco, psicoterapeuta existencial e professor.
Métodos de Ensino - Texto de Libâneo (1994)Mario Amorim
Apresentação do Capítulo 5, sobre 'os Métodos de Ensino', do livro de Didática de José Carlos Libâneo, páginas 149-176.
Fonte: LIBÂNEO, J.C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
Material apresentado na reunião com Professores Coordenadores, de 21 de março de 2014, na DE Leste 4, como subsídio para o desenvolvimento das ATPCs como espaço de formação continuada. Tema: Avaliação.
O TRABALHO DOCENTE DE ASSISTENTES SOCIAIS E ENGENHEIROS NO ENSINO SUPERIORProfessorPrincipiante
A partir das últimas décadas do século XX, e com maior intensidade a partir dos anos de 1990, são notórias no cenário dos debates em torno do trabalho docente novas tendências epistemológicas à base da formação do educador, propondo mudanças em direção ao delineamento de um novo paradigma pedagógico de formação. Contudo, esse movimento não vem se dando de forma homogênea. Os múltiplos olhares sobre os contextos da modernidade vêm constituindo um mosaico multifacetado de concepções, disputas e tensões.
O livro "Pedagogia da Autonomia", com o subtítulo "Saberes necessários à prática educativa" foi o último livro publicado por Paulo Freire em vida.
Nesta obra, Paulo Freire apresenta propostas de práticas pedagógicas necessárias à educação em favor da autonomia dos educandos, para que estes possam ser mais.
Dividido em três capítulos, o livro expõe posturas necessárias à prática pedagógica que facilitem o estimulem a construção do conhecimento e a autonomia dos indivíduos.
Por Bruno Carrasco, psicoterapeuta existencial e professor.
Métodos de Ensino - Texto de Libâneo (1994)Mario Amorim
Apresentação do Capítulo 5, sobre 'os Métodos de Ensino', do livro de Didática de José Carlos Libâneo, páginas 149-176.
Fonte: LIBÂNEO, J.C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
Material apresentado na reunião com Professores Coordenadores, de 21 de março de 2014, na DE Leste 4, como subsídio para o desenvolvimento das ATPCs como espaço de formação continuada. Tema: Avaliação.
O TRABALHO DOCENTE DE ASSISTENTES SOCIAIS E ENGENHEIROS NO ENSINO SUPERIORProfessorPrincipiante
A partir das últimas décadas do século XX, e com maior intensidade a partir dos anos de 1990, são notórias no cenário dos debates em torno do trabalho docente novas tendências epistemológicas à base da formação do educador, propondo mudanças em direção ao delineamento de um novo paradigma pedagógico de formação. Contudo, esse movimento não vem se dando de forma homogênea. Os múltiplos olhares sobre os contextos da modernidade vêm constituindo um mosaico multifacetado de concepções, disputas e tensões.
Paradigmas educacionais e a identidade no trabalho concreto da sala de aula.Maria Cecilia Silva
Trabalho desenvolvido para apresentação em mesa redonda no I ENFORMA em Luziânia, sob a orientação da Profª Ms. Andréa Kochhann. Em 26 de maio de 2017.
Este artigo trata de um recorte de uma pesquisa com cinco professores do
Ensino Médio com um a dois anos de atuação, questionando sobre a percepção que o
professor novato tem de si mesmo e também as contribuições da escola para sua
formação continuada. A abordagem foi a da pesquisa qualitativa e o procedimento de
coleta de dados foi a entrevista semiestruturada. A análise dos dados revelou as
seguintes categorias: Formação inicial, aprendizagem da docência/início de carreira e
escola com lócus de formação. O estudo realizado evidenciou, por parte dos
interlocutores, uma vontade muito grande de acertar e de pertencer a escola, ajudando
os alunos na busca pelo saber. Vários deles dizem realizar sonhos ao ingressar no
magistério e, motivados pelos pais ou por professores, buscam entrar na carreira com
objetivos definidos e grande disposição para o enfrentamento diário. Cabe à escola
constituir uma rede de apoio para acompanhar e orientar os novos docentes em suas
práticas diárias.
As aceleradas transformações pelas quais o mundo vem passando a partir das últimas
décadas do século XX afetaram substancialmente a Educação, tornando-a mais
complexa. Consequentemente, se a educação está mais complexa, o mesmo deverá
ocorrer com a profissão docente, pois a sociedade, de uma forma geral, deposita
inúmeras expectativas em relação à docência como profissão.
Neste cenário, o professor não pode mais ser entendido como aquele que domina os
conteúdos das disciplinas e a técnica para transmiti-la. Espera-se que o profissional da
educação, em qualquer nível de ensino, forme cidadãos criativos, atualizados e
preparados para viver, conviver e atuar criticamente no mundo globalizado e tecnológico.
Agora, exige-se que o professor saiba lidar com um conhecimento em construção, que
seja capaz de trabalhar em grupo, conviver com as mudanças emergentes e com as
incertezas de um novo papel social de sua profissão.
Os dados e as análises utilizados neste trabalho referem-se ao recorte de uma pesquisa, da primeira autora, que teve como foco nas trajetórias estudantis e profissionais de professoras que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental, a partir daquilo que elas narram. A pesquisa foi realizada com dez professoras que atuam do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental em uma mesma escola da de uma cidade do estado de São Paulo/Brasil. A documentação da pesquisa foi constituída de: entrevistas narrativas textualizadas (Jovchelovitch; Bauer, 2005); e devolvidas às professoras entrevistadas; transcrição das audiogravações de dois encontros do grupo de discussão (Weller, 2006), os quais tomaram como questões centrais os temas considerados convergentes nas entrevistas narrativas; diário de campo da pesquisadora, produzido após cada entrevista e cada encontro do grupo; e registros das professoras, quando devolveram as transcrições das entrevistas para a pesquisadora via e-mail. Para esta comunicação será apresentada parte de uma das categorias de análise: a constituição profissional: ser professora. Discutiremos a questão: o que leva cada professora a se manter na profissão docente? A partir dessa questão, delimitamos o seguinte objetivo: buscar indícios das experiências marcantes no início de carreira docente e os processos de inserção profissional.
Material apresentado pelo PCNP Ednaldo Santana na orientação técnica para professores de Filosofia das escolas da região Leste 4, no Núcleo Pedagógico, em 30 de abril de 2013.
Lajolo, marisa do mundo da leitura para a leitura do mundo
Tardif, maurice saberes docentes e formação profissioanal
1. Saberes docentes e formação profissional - Maurice TARDIF,
Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
O autor da obra é professor universitário no Canadá e suas pesquisas abrangem
vários países, inclusive o Brasil, onde já realizou palestras e encontros com
professores. É conhecedor da obra de Paulo Freire, enaltecendo-a no que tange à
valorização do papel do professor como agente de mudanças, como intelectual
engajado.
As bases teóricas de Tardif são várias, vão desde os filósofos gregos aos
contemporâneos, buscando neles reflexões sobre a racionalidade. Recorre a
sociólogos, como Weber e a questão da interação social como aprendizagem; a
pesquisadores como Bourdieu, refletindo sobre os conteúdos curriculares e sua
dependência com a história de uma sociedade e o educador americano Schön, que
desenvolveu seu arcabouço teórico na formação do professor reflexivo.
O livro de Tardif é composto de oito ensaios subdivididos em duas partes: o saber
dos professores em seu trabalho e o saber dos professores em sua formação. Os
ensaios, frutos de pesquisa de doze anos, muito dos quais publicados
anteriormente, buscam entender que saberes alicerçam o trabalho e a formação
dos professores das escolas do Ensino Fundamental e Médio.
A metodologia usada por Tardif é a pesquisa empírica realizada junto aos
professores e às questões teóricas sobre a natureza dos saberes que são
mobilizados e utilizados por estes em seu trabalho diário. Ele se baseia em
pesquisas realizadas por outros autores como Dubar, refletindo sobre o trabalho,
que não é exclusivamente transformar um objeto ou situação numa outra coisa,
mas, é também transformar a si mesmo no e pelo trabalho, idéia que endossa a
importância da aprendizagem através das experiências do professor. Baseiase
também em Gauthier sobre a importância da incorporação das experiências dos
professores nos programas de formação.
Tardif defende que o saber não se reduz, exclusiva ou principalmente, a processos
mentais, cujo suporte é a atividade cognitiva dos indivíduos, mas é também um
saber social que se manifesta nas relações complexas entre professores e alunos.
Há que “situar o saber do professor na interface entre o individual e o social, entre
o ator e o sistema, a fim de captar a sua natureza social e individual como um todo”
(TARDIF, 2002, p.16).
Uma das inovações do trabalho e das pesquisas de Tardif é compreender o saber
do professor como saberes que têm como objeto de trabalho seres humanos e
advém de várias instâncias: da família, da escola que o formou, da cultura pessoal,
da universidade, provêm dos pares, dos cursos da formação continuada; é plural,
heterogêneo, é temporal pois se constrói durante a vida e o decurso da carreira,
portanto, é personalizado, situado. Essa concepção da amplitude de saberes que
forma o saber do professor é fundamental para entender a atuação de cada um no
processo de trabalho coletivo desenvolvido pela escola. Cada professor insere sua
individualidade na construção do projeto pedagógico, o que traz a diversidade de
olhares contribuindo para a ampliação das possibilidades e construção de outros
novos saberes.
Refletindo sobre o processo de formação de professores, Tardif argumenta que se
deve levar em conta o conhecimento do trabalho dos professores, seus saberes
cotidianos. Tal postura desconstrói a idéia tradicional de que os professores são
apenas transmissores de saberes produzidos por outros grupos. O autor convoca
os educadores e os pesquisadores, o corpo docente e a comunidade científica a
unir pesquisa e ensino. Sua proposta é que a pesquisa universitária pare de ver os
professores de profissão como objetos de pesquisa e que passem a ser
considerados como sujeitos do conhecimento, como colaboradores, como copesquisadores.
2. Uma postura importante para as pesquisas a serem desenvolvidas
pelas Universidades do Brasil, que possa valorizar os professores de profissão ao
mesmo tempo que promova sua formação continuada, buscando a construção de
conhecimentos e valorização de sua prática educativa; promova um repensar de
caminhos engajados na realidade, conseqüentemente, um repensar da própria
formação acadêmica.
As escolas tornam-se,assim, lugares de formação, de inovação, de experiência e
de desenvolvimento profissional, mas também, lugares de pesquisa e de reflexão
crítica.
Para Tardif, o saber docente é um saber plural, oriundo da formação profissional (o
conjunto de saberes transmitidos pelas instituições de formação de professores); de
saberes disciplinares (saberes que correspondem ao diverso campo do
conhecimento e emergem da tradição cultural); curriculares (programas escolares) e
experienciais (do trabalho cotidiano). O que exige do professor capacidade de
dominar, integrar e mobilizar tais saberes enquanto condição para sua prática.
A expressão utilizada por Tardif, „mobilização de saberes‟, transmite uma idéia de
movimento, de construção, de constante renovação, de valorização de todos os
saberes e não somente do cognitivo; revela a intenção da visão da totalidade do ser
professor.
Outro posicionamento importante de Tardif é de ser contra a idéia tradicional da
relação teoria e prática: o saber está somente do lado da teoria, ao passo que a
prática ou é desprovida de saber ou portadora de um falso saber baseado, por
exemplo, em crenças, ideologias, idéias preconcebidas. O autor é contra a idéia que
o saber é produzido fora da prática e, portanto, sua relação com a prática só pode
ser uma relação de aplicação. Afirma que hoje, sabemos que aquilo que chamamos
de “teoria”, de “saber” ou de “conhecimentos” só existe em um sistema de práticas e
de atores que as produzem e as assumem. Isso representa a afirmação da idéia de
que pelo trabalho o homem modifica a si mesmo, as suas relações e busca
transformação de sua própria situação e a do coletivo a que pertence.
Uma ressalva está no ensaio três, em que Tardif afirma que uma boa maneira de
compreender a natureza do trabalho dos professores é compará-lo
com o trabalho industrial e, ao fazê-lo, apresenta quadros comparativos que setorizam a
explanação e não permite uma visão de totalidade, colocando o trabalho como
técnica, como atividade instrumental, apresentando uma visão conteudística da
formação, sem direção no trabalho docente e com tarefas de acordo com o
surgimento de necessidade. A indústria avalia como medida e não se compara com
o processo educativo.