SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 29
Paulo
Freire: Por
uma teoria
e práxis
transforma
dora
Lisete Regina Gomes
Arelaro
Maria Regina Martins
Cabra
Paulo Freire e sua importância
para a pedagogia
A crítica à educação bancária versus a
educação crítica como
prática da liberdadE
• Freire argumentava que a educação não poderia temer o debate
sobre seu contraditório, pois a realidade existente requer ser
analisada de forma contínua, considerando sua conjuntura e sua
estrutura. A discussão que ocorre numa sala de aula, num
auditório, num evento, é criadora de conhecimentos e de
possibilidades. Fugir dessa discussão é criar uma realidade que
não tem base no concreto, ou seja, é criar uma farsa (FREIRE,
1980, p. 104).
• Esse tipo de educação, falseada pelo educador que ensina como
detentor maior do conhecimento, que não precisa ser refletida,
• O educando era visto como um copo
vazio que deveria ser preenchido pelo
educador. Freire foi um dos que
desmistificou essa forma única de pensar
e conceber a relação educador –
estudante.
• Se o educador é o que sabe, se os
educandos são os que nada sabem, cabe
àquele dar, entregar, levar, transmitir o
seu saber aos segundos. Saber que deixa
de ser de experiência feita para ser de
experiência narrada ou transmitida [...]. A
educação que se impõe aos que
verdadeiramente se comprometem com a
libertação não pode fundar-se numa
educaç
ão
burgue
sa
Para que se entenda essa questão, é necessário que se
pense o homem e a mulher não como seres isolados, mas
como coletivos que precisam de outros homens e outras
mulheres para sobreviver, que cultivem valores que
combatam o individualismo, o egoísmo e que reforcem a
solidariedade, a partilha, a comunhão.
A educação libertadora.
Para Freire, esse tipo de educação emancipadora é, ao
contrário da burguesa, uma educação eminentemente
popular. É um tipo de educação que se soma à reflexão
dos processos de libertação interior, que se utiliza do
conhecimento e se dá pela problematização dos
conteúdos, possibilitando uma visão crítica de mundo (...)
• Essa pedagogia permite e prioriza
o reconhecimento crítico da
situação, cujo resultado – se bem
desenvolvido – trará como
resultado seu compromisso com
sua “libertação” e com a
transformação social. E como
somos seres “inconclusos”, a
construção
do
conhecimen
to na
sociedade
atual?
É nesse sentido que Freire não considera a
escola como a única produtora de conhecimentos,
o que não significa uma desvalorização da escola,
mas apenas a desmistificação desta como única
produtora e estimuladora de conhecimento e de
produção cultural.
O conhecimento passa, assim, a ser
construído na relação das pessoas entre si e
com o mundo. Elas aprendem tendo como
ponto de partida o que vivenciam no mundo
circundante.
A educação como
um ato dialógico
Freire defendeu, na contramão da educação
verticalizada, uma relação horizontal em
todos os espaços de construção de
conhecimento argumentando que, numa
relação autoritária, as pessoas são
convidadas a obedecer e não a pensar; são
convidadas a transferir a responsabilidade
para outras pessoas que dão as ordens e
que supostamente possuem o conhecimento
que justificaria essa ordem.
a relação autoritária é antipedagógica e
antidemocrática.
Impossibilita o diálogo, condição importante
para que ocorra a construção de um novo
saber tendo por base diferentes saberes e
pontos de vista existentes e divergentes.
Em segundo lugar, porque a relação vertical,
que é autoritária, faz de uns, sujeitos, e de
outros, objetos na construção da história
O diálogo na prática
libertadora
Quando Freire fala em valorização
do conhecimento do educando,
não está querendo dizer que esse
educando deve permanecer com o
conhecimento que já tem e nada
mais deve ser apreendido, ou que
se possa ensinar sem
“conteúdos”.
. O que ele criticava era a
educação tratar de conteúdos
descontextualizados, conteúdos
“em si”, sem sentido para os
alunos, transmitidos de forma
linear e tendo como pressuposto
que a sua quantidade é que
definia a qualidade da
aprendizagem.
Problematiza
ção e
interdisciplin
aridade no
ato
educativo
• “O que se pretende com o diálogo, em
qualquer hipótese [...] é a
problematização do próprio
conhecimento em sua indiscutível
relação com a realidade concreta na
qual gera e sobre a qual incide, para
melhor compreendê-la, explicá-la,
transformá-la” (Freire, 1985, p. 52).
• Freire insistia na interdisciplinaridade
como estratégia para se relacionar os
diferentes conteúdos, visando a que
acontecesse um processo de
aprendizagem construtivo, uma vez
que o próprio conhecimento é, por
definição, interdisciplinar.
• A interdisciplinaridade em Freire não
nasce do acaso, mas da importância
que ele dava para a necessidade de
se entender a totalidade em que se
• Na interdisciplinaridade, as disciplinas escolares devem
interagir e estabelecer relações entre si em um processo
unitário, que contribua para a aprendizagem e o
desenvolvimento dos educandos. A totalidade do
conhecimento com base em uma temática específica vai se
estendendo à medida que essa temática é problematizada
em suas diversas possibilidades. Nesse sentido, a
problematização “é a reflexão que alguém exerce sobre um
conteúdo, fruto de um ato, ou sobre o próprio ato” (Freire,
1981a, p. 83)
Como
ser um
educador
,
segundo
freire
Planejar o trabalho;
Analisá-lo junto com seus
colegas;
Colocá-lo em prática;
Receber um bom salário
• Segundo Paulo Freire, as relações interpessoais de educador e
educando são indissociáveis do processo de aprendizagem na
sua dupla direção, o mesmo se dando com a intuição – ou
adivinhação – pois, para ele, se o ato de conhecer não é só
fruto da adivinhação, pois a aprendizagem ocorre através de
um continuo ato de problematizar a realidade através de uma
prática horizontal entre as partes que dialogam.
• “Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo
socialmente que, historicamente, mulheres e homens
ORGANI
ZAÇÃO
DO
ENSINO
FUNDA
MENTAL
POR
histórico, de oito anos de duração –
em três ciclos: ciclo inicial (os três
primeiros anos do EF); ciclo
intermediário (4º, 5º e 6º anos do EF) e
ciclo final (7º e 8º anos), pela via da
interdisciplinaridade.
• Essa organização do ensino
fundamental inteiro por ciclos foi a
primeira experiência pedagógica
desse tipo realizada no Brasil e
pretendia superar, de um lado, a
experiência do ciclo básico, que se
resumia na aglutinação da 1ª e da 2ª
série do EF com passagem automática
entre elas, ou seja, sem retenção dos
alunos; e, de outro, superar a histórica
dicotomia entre o ensino primário
(professores polivalentes) e o ensino
A
pesquis
a de
Paulo
freire
querem ter?
• O que a escola tinha ou fazia que
eles gostavam?
• O que eles queriam mudar na
escola.
• Com base nessas manifestações,
as escolas elaboravam pequenos
ou ousados projetos – chamados
Projetos Políticos Pedagógicos –
onde propunham as modificações
e a infraestrutura que precisavam
para fazer acontecer a “nova”
escola. Cerca de 90 escolas de
EF, dentre as 500 existentes,
• a necessidade de
formação dos
professores para
trabalhar com projetos
e, portanto, incorporar
a interdisciplinaridade
no cotidiano escolar.
Pretendia-se viabilizar uma organização escolar que tivesse como pressuposto a reunião
necessária de professores polivalentes (os que possuíam cursos de formação de
professores em nível médio e atuavam no conjunto das disciplinas de 1ª a 4ª séries) com
professores especialistas (que possuíam formação em curso de licenciatura, em nível
superior, e que atuavam, por disciplina, de 5ª a 8ª séries) no cotidiano escolar.
1ª) todos os professores e professoras acreditavam que todos os alunos e alunas tinham
o direito de aprender, e sempre aprendiam e ensinavam alguma coisa; e à educação –
como um ato político e, portanto, de opção de cada um – e o direito social de educação se
realizavam na escola por meio da função mediatizadora dos professores;
2ª) era por meio desse compromisso político com a cidadania de cada brasileiro e
brasileira que se buscaria e se gerariam as alternativas pedagógico-educacionais que
viabilizariam uma ação técnica competente
Superação da seriação
tradicional x
diversidade real da
turma
GESTÃO
DEMOCRÁTICA NO
GOVERNO DE FREIRE
• O governo Luiza Erundina;
• A gestão democrática;
• Paulo Freire, na Educação, radicalizava esse conceito ao
afirmar que a possibilidade de uma nova qualidade de
ensino – a qualidade social da educação – só seria gestada
na medida em que a gestão democrática fosse o seu pilar e
fundamento.
gestão escolar democrática é o modelo de organização
no qual se prioriza a participação do coletivo. Nela,
gestores, professores, funcionários, pais, alunos e todos
os envolvidos na comunidade escolar podem opinar de
maneira ativa nas decisões.
Por ser descentralizada, a gestão democrática faz da
escola um local mais aberto ao diálogo. Existe a busca
por um espaço horizontal, em que o foco da tomada de
decisões não se dá através de uma hierarquia.
A gestão democrática é essencial na elaboração de um
bom Projeto Político Pedagógico e sua concretização traz
benefícios para toda a comunidade escolar.
O papel do diretor na gestão democrática é o de promover um ambiente educacional
de qualidade, garantindo que os princípios de horizontalidade e de escuta sejam
respeitados e exercendo liderança com os demais setores da escola.
Assim, mais do que um poder centralizador, à autoridade do diretor escolar deve estar
na capacidade de dialogar, resolver conflitos e facilitar à adoção dos processos de
aprendizagem.
Ele deve servir de canal transparente e imparcial entre a comunidade escolar e os
outros setores da gestão escolar.
Cabe ao gestor escolar:
• Estimular a visão da
coletividade e o
sentimento de unidade
e cooperação.
• Promover um clima de
confiança.
• Articular as áreas de
atuação, promovendo
integração e diminuindo
os atritos e diferenças.
• Valorizar as
capacidades, feitos e
Conselho escolar;
Associação de pais e mestres;
Grêmio estudantil;
Conselho de classe;
Equipe gestora.
Como fazer essa gestão ser
democrática, segundo Paulo freire
A GESTÃO ESCOLAR
DEMOCRÁTICA SE
FAZ A PARTIR DA
PARTICIPAÇÃO,
TRANSPARÊNCIA E
AUTONOMIA.
A COMUNIDADE
ESCOLAR PRECISA
DE MEIOS PARA
EXERCER SEUS
DIREITOS FRENTE À
GESTÃO ESCOLAR,
E ELA, POR OUTRO
LADO, TEM O DEVER
DE CRIAR
CONDIÇÕES PARA
GARANTIR A
QUALIDADE NO
ENSINO E
APRENDIZAGEM
DOS ESTUDANTES.
É IMPORTANTE
CONSIDERAR ALGUNS
CRITÉRIOS PARA
FAZER UMA GESTÃO
PARTICIPATIVA NA
ESCOLA:
PLANEJAMENTO
ESCOLAR;
ESCUTA DA
COMUNIDADE
ESCOLAR;
TRANSPARÊNCIA DA
GESTÃO;
ACOLHIMENTO ÀS
DEMANDAS
Referências
• FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1970.
• FREIRE, Paulo. Conscientização. São Paulo: Cortez e Moraes,
1979.
• FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1983.
• FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1985.
• FREIRE, Paulo. Medo e ousadia: Paulo Freire & Ira Shor. Rio

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a aula_sabado_e_segunda_.pptx

Aprendizagem Dialógica - Princípios 2015
Aprendizagem Dialógica - Princípios 2015Aprendizagem Dialógica - Princípios 2015
Aprendizagem Dialógica - Princípios 2015Giba Canto
 
Socialização do fórum dialogo teórico
Socialização do fórum  dialogo teóricoSocialização do fórum  dialogo teórico
Socialização do fórum dialogo teóricoAndréia Medeiros
 
Teoria dos grandes pensadores sobre educação
Teoria dos grandes pensadores sobre educaçãoTeoria dos grandes pensadores sobre educação
Teoria dos grandes pensadores sobre educaçãoMilka Mota
 
Atv.ling. metafora (1)
Atv.ling. metafora (1)Atv.ling. metafora (1)
Atv.ling. metafora (1)UyaraPortugal
 
Resumo da proposta de tempo integral
Resumo da proposta de tempo integralResumo da proposta de tempo integral
Resumo da proposta de tempo integralescolabeatriz
 
O processo educativo antecede a escola
O processo educativo antecede a escolaO processo educativo antecede a escola
O processo educativo antecede a escolaElicio Lima
 
Alfabetizacao prof Rosane A.Ribeiro
Alfabetizacao prof Rosane A.RibeiroAlfabetizacao prof Rosane A.Ribeiro
Alfabetizacao prof Rosane A.Ribeirorosane11061965
 
Tarefa etapa4 claudine-alvarenga-silva
Tarefa etapa4 claudine-alvarenga-silvaTarefa etapa4 claudine-alvarenga-silva
Tarefa etapa4 claudine-alvarenga-silvaClaudine Alvarenga
 
Interação no espaço escolar contribuições para a construção do conhecimento e...
Interação no espaço escolar contribuições para a construção do conhecimento e...Interação no espaço escolar contribuições para a construção do conhecimento e...
Interação no espaço escolar contribuições para a construção do conhecimento e...Valria13
 
Dicas conhecimentos pedagógicos
Dicas conhecimentos pedagógicosDicas conhecimentos pedagógicos
Dicas conhecimentos pedagógicosAna Magistério
 
Interdisciplinaridade e pluraridade cultural
Interdisciplinaridade e pluraridade culturalInterdisciplinaridade e pluraridade cultural
Interdisciplinaridade e pluraridade culturalcefaprodematupa
 
Arq idvol 28-1391209402
Arq idvol 28-1391209402Arq idvol 28-1391209402
Arq idvol 28-1391209402maria152302
 
Paulo Freire e a Educação Libertadora
Paulo Freire e a Educação LibertadoraPaulo Freire e a Educação Libertadora
Paulo Freire e a Educação LibertadoraricaPimentel2
 
Compartilhando o mundo com paulo freire
Compartilhando o mundo com paulo freireCompartilhando o mundo com paulo freire
Compartilhando o mundo com paulo freireNoemi da silva
 

Semelhante a aula_sabado_e_segunda_.pptx (20)

20265 87941-1-pb
20265 87941-1-pb20265 87941-1-pb
20265 87941-1-pb
 
20265 87941-1-pb
20265 87941-1-pb20265 87941-1-pb
20265 87941-1-pb
 
Aprendizagem Dialógica - Princípios 2015
Aprendizagem Dialógica - Princípios 2015Aprendizagem Dialógica - Princípios 2015
Aprendizagem Dialógica - Princípios 2015
 
Socialização do fórum dialogo teórico
Socialização do fórum  dialogo teóricoSocialização do fórum  dialogo teórico
Socialização do fórum dialogo teórico
 
Teoria dos grandes pensadores sobre educação
Teoria dos grandes pensadores sobre educaçãoTeoria dos grandes pensadores sobre educação
Teoria dos grandes pensadores sobre educação
 
8 o fazer_pedagagico
8 o fazer_pedagagico8 o fazer_pedagagico
8 o fazer_pedagagico
 
Atv.ling. metafora (1)
Atv.ling. metafora (1)Atv.ling. metafora (1)
Atv.ling. metafora (1)
 
Ad1 didática grupo
Ad1 didática grupoAd1 didática grupo
Ad1 didática grupo
 
Resumo da proposta de tempo integral
Resumo da proposta de tempo integralResumo da proposta de tempo integral
Resumo da proposta de tempo integral
 
O processo educativo antecede a escola
O processo educativo antecede a escolaO processo educativo antecede a escola
O processo educativo antecede a escola
 
Alfabetizacao prof Rosane A.Ribeiro
Alfabetizacao prof Rosane A.RibeiroAlfabetizacao prof Rosane A.Ribeiro
Alfabetizacao prof Rosane A.Ribeiro
 
Tarefa etapa4 claudine-alvarenga-silva
Tarefa etapa4 claudine-alvarenga-silvaTarefa etapa4 claudine-alvarenga-silva
Tarefa etapa4 claudine-alvarenga-silva
 
Interação no espaço escolar contribuições para a construção do conhecimento e...
Interação no espaço escolar contribuições para a construção do conhecimento e...Interação no espaço escolar contribuições para a construção do conhecimento e...
Interação no espaço escolar contribuições para a construção do conhecimento e...
 
Dicas conhecimentos pedagógicos
Dicas conhecimentos pedagógicosDicas conhecimentos pedagógicos
Dicas conhecimentos pedagógicos
 
Interdisciplinaridade e pluraridade cultural
Interdisciplinaridade e pluraridade culturalInterdisciplinaridade e pluraridade cultural
Interdisciplinaridade e pluraridade cultural
 
Arq idvol 28-1391209402
Arq idvol 28-1391209402Arq idvol 28-1391209402
Arq idvol 28-1391209402
 
cp2019tatiana.pptx
cp2019tatiana.pptxcp2019tatiana.pptx
cp2019tatiana.pptx
 
Paulo Freire e a Educação Libertadora
Paulo Freire e a Educação LibertadoraPaulo Freire e a Educação Libertadora
Paulo Freire e a Educação Libertadora
 
Compartilhando o mundo com paulo freire
Compartilhando o mundo com paulo freireCompartilhando o mundo com paulo freire
Compartilhando o mundo com paulo freire
 
Resumo detalhado
Resumo detalhadoResumo detalhado
Resumo detalhado
 

Mais de DeboraCaroline16 (20)

TEXTO LIBANEO .pptx
TEXTO LIBANEO .pptxTEXTO LIBANEO .pptx
TEXTO LIBANEO .pptx
 
AULA 1.pptx
AULA 1.pptxAULA 1.pptx
AULA 1.pptx
 
tica-141014092411-conversion-gate02.pptx
tica-141014092411-conversion-gate02.pptxtica-141014092411-conversion-gate02.pptx
tica-141014092411-conversion-gate02.pptx
 
elza-160727045940.pptx
elza-160727045940.pptxelza-160727045940.pptx
elza-160727045940.pptx
 
03 - Organização do Sistema Escolar Brasileiro (1) (1).pptx
03 - Organização do Sistema Escolar Brasileiro (1) (1).pptx03 - Organização do Sistema Escolar Brasileiro (1) (1).pptx
03 - Organização do Sistema Escolar Brasileiro (1) (1).pptx
 
ÉTICA aula 2.pptx
ÉTICA aula 2.pptxÉTICA aula 2.pptx
ÉTICA aula 2.pptx
 
AULA 1.pptx
AULA 1.pptxAULA 1.pptx
AULA 1.pptx
 
AULA6.pptx
AULA6.pptxAULA6.pptx
AULA6.pptx
 
AULA_3.pptx
AULA_3.pptxAULA_3.pptx
AULA_3.pptx
 
SLIDE_1_DEBORA_.pptx
SLIDE_1_DEBORA_.pptxSLIDE_1_DEBORA_.pptx
SLIDE_1_DEBORA_.pptx
 
aula_3_Debora_tipos_textuais.pptx
aula_3_Debora_tipos_textuais.pptxaula_3_Debora_tipos_textuais.pptx
aula_3_Debora_tipos_textuais.pptx
 
AULA 2.pptx
AULA 2.pptxAULA 2.pptx
AULA 2.pptx
 
slide_2.pptx
slide_2.pptxslide_2.pptx
slide_2.pptx
 
aula_2.pptx
aula_2.pptxaula_2.pptx
aula_2.pptx
 
aula_1.pptx
aula_1.pptxaula_1.pptx
aula_1.pptx
 
Slide_(1).pptx
Slide_(1).pptxSlide_(1).pptx
Slide_(1).pptx
 
AULA_1.pptx
AULA_1.pptxAULA_1.pptx
AULA_1.pptx
 
slide_2.pptx
slide_2.pptxslide_2.pptx
slide_2.pptx
 
Aula_2_sincrona.pptx
Aula_2_sincrona.pptxAula_2_sincrona.pptx
Aula_2_sincrona.pptx
 
Metodologia
Metodologia Metodologia
Metodologia
 

Último

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 

Último (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 

aula_sabado_e_segunda_.pptx

  • 1. Paulo Freire: Por uma teoria e práxis transforma dora Lisete Regina Gomes Arelaro Maria Regina Martins Cabra
  • 2. Paulo Freire e sua importância para a pedagogia
  • 3. A crítica à educação bancária versus a educação crítica como prática da liberdadE • Freire argumentava que a educação não poderia temer o debate sobre seu contraditório, pois a realidade existente requer ser analisada de forma contínua, considerando sua conjuntura e sua estrutura. A discussão que ocorre numa sala de aula, num auditório, num evento, é criadora de conhecimentos e de possibilidades. Fugir dessa discussão é criar uma realidade que não tem base no concreto, ou seja, é criar uma farsa (FREIRE, 1980, p. 104). • Esse tipo de educação, falseada pelo educador que ensina como detentor maior do conhecimento, que não precisa ser refletida,
  • 4. • O educando era visto como um copo vazio que deveria ser preenchido pelo educador. Freire foi um dos que desmistificou essa forma única de pensar e conceber a relação educador – estudante. • Se o educador é o que sabe, se os educandos são os que nada sabem, cabe àquele dar, entregar, levar, transmitir o seu saber aos segundos. Saber que deixa de ser de experiência feita para ser de experiência narrada ou transmitida [...]. A educação que se impõe aos que verdadeiramente se comprometem com a libertação não pode fundar-se numa
  • 6. Para que se entenda essa questão, é necessário que se pense o homem e a mulher não como seres isolados, mas como coletivos que precisam de outros homens e outras mulheres para sobreviver, que cultivem valores que combatam o individualismo, o egoísmo e que reforcem a solidariedade, a partilha, a comunhão. A educação libertadora. Para Freire, esse tipo de educação emancipadora é, ao contrário da burguesa, uma educação eminentemente popular. É um tipo de educação que se soma à reflexão dos processos de libertação interior, que se utiliza do conhecimento e se dá pela problematização dos conteúdos, possibilitando uma visão crítica de mundo (...)
  • 7. • Essa pedagogia permite e prioriza o reconhecimento crítico da situação, cujo resultado – se bem desenvolvido – trará como resultado seu compromisso com sua “libertação” e com a transformação social. E como somos seres “inconclusos”, a
  • 9. É nesse sentido que Freire não considera a escola como a única produtora de conhecimentos, o que não significa uma desvalorização da escola, mas apenas a desmistificação desta como única produtora e estimuladora de conhecimento e de produção cultural. O conhecimento passa, assim, a ser construído na relação das pessoas entre si e com o mundo. Elas aprendem tendo como ponto de partida o que vivenciam no mundo circundante.
  • 10. A educação como um ato dialógico
  • 11. Freire defendeu, na contramão da educação verticalizada, uma relação horizontal em todos os espaços de construção de conhecimento argumentando que, numa relação autoritária, as pessoas são convidadas a obedecer e não a pensar; são convidadas a transferir a responsabilidade para outras pessoas que dão as ordens e que supostamente possuem o conhecimento que justificaria essa ordem. a relação autoritária é antipedagógica e antidemocrática. Impossibilita o diálogo, condição importante para que ocorra a construção de um novo saber tendo por base diferentes saberes e pontos de vista existentes e divergentes. Em segundo lugar, porque a relação vertical, que é autoritária, faz de uns, sujeitos, e de outros, objetos na construção da história
  • 12. O diálogo na prática libertadora
  • 13. Quando Freire fala em valorização do conhecimento do educando, não está querendo dizer que esse educando deve permanecer com o conhecimento que já tem e nada mais deve ser apreendido, ou que se possa ensinar sem “conteúdos”. . O que ele criticava era a educação tratar de conteúdos descontextualizados, conteúdos “em si”, sem sentido para os alunos, transmitidos de forma linear e tendo como pressuposto que a sua quantidade é que definia a qualidade da aprendizagem.
  • 14. Problematiza ção e interdisciplin aridade no ato educativo • “O que se pretende com o diálogo, em qualquer hipótese [...] é a problematização do próprio conhecimento em sua indiscutível relação com a realidade concreta na qual gera e sobre a qual incide, para melhor compreendê-la, explicá-la, transformá-la” (Freire, 1985, p. 52). • Freire insistia na interdisciplinaridade como estratégia para se relacionar os diferentes conteúdos, visando a que acontecesse um processo de aprendizagem construtivo, uma vez que o próprio conhecimento é, por definição, interdisciplinar. • A interdisciplinaridade em Freire não nasce do acaso, mas da importância que ele dava para a necessidade de se entender a totalidade em que se
  • 15. • Na interdisciplinaridade, as disciplinas escolares devem interagir e estabelecer relações entre si em um processo unitário, que contribua para a aprendizagem e o desenvolvimento dos educandos. A totalidade do conhecimento com base em uma temática específica vai se estendendo à medida que essa temática é problematizada em suas diversas possibilidades. Nesse sentido, a problematização “é a reflexão que alguém exerce sobre um conteúdo, fruto de um ato, ou sobre o próprio ato” (Freire, 1981a, p. 83)
  • 16. Como ser um educador , segundo freire Planejar o trabalho; Analisá-lo junto com seus colegas; Colocá-lo em prática; Receber um bom salário
  • 17. • Segundo Paulo Freire, as relações interpessoais de educador e educando são indissociáveis do processo de aprendizagem na sua dupla direção, o mesmo se dando com a intuição – ou adivinhação – pois, para ele, se o ato de conhecer não é só fruto da adivinhação, pois a aprendizagem ocorre através de um continuo ato de problematizar a realidade através de uma prática horizontal entre as partes que dialogam. • “Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente que, historicamente, mulheres e homens
  • 18. ORGANI ZAÇÃO DO ENSINO FUNDA MENTAL POR histórico, de oito anos de duração – em três ciclos: ciclo inicial (os três primeiros anos do EF); ciclo intermediário (4º, 5º e 6º anos do EF) e ciclo final (7º e 8º anos), pela via da interdisciplinaridade. • Essa organização do ensino fundamental inteiro por ciclos foi a primeira experiência pedagógica desse tipo realizada no Brasil e pretendia superar, de um lado, a experiência do ciclo básico, que se resumia na aglutinação da 1ª e da 2ª série do EF com passagem automática entre elas, ou seja, sem retenção dos alunos; e, de outro, superar a histórica dicotomia entre o ensino primário (professores polivalentes) e o ensino
  • 19. A pesquis a de Paulo freire querem ter? • O que a escola tinha ou fazia que eles gostavam? • O que eles queriam mudar na escola. • Com base nessas manifestações, as escolas elaboravam pequenos ou ousados projetos – chamados Projetos Políticos Pedagógicos – onde propunham as modificações e a infraestrutura que precisavam para fazer acontecer a “nova” escola. Cerca de 90 escolas de EF, dentre as 500 existentes,
  • 20. • a necessidade de formação dos professores para trabalhar com projetos e, portanto, incorporar a interdisciplinaridade no cotidiano escolar.
  • 21. Pretendia-se viabilizar uma organização escolar que tivesse como pressuposto a reunião necessária de professores polivalentes (os que possuíam cursos de formação de professores em nível médio e atuavam no conjunto das disciplinas de 1ª a 4ª séries) com professores especialistas (que possuíam formação em curso de licenciatura, em nível superior, e que atuavam, por disciplina, de 5ª a 8ª séries) no cotidiano escolar. 1ª) todos os professores e professoras acreditavam que todos os alunos e alunas tinham o direito de aprender, e sempre aprendiam e ensinavam alguma coisa; e à educação – como um ato político e, portanto, de opção de cada um – e o direito social de educação se realizavam na escola por meio da função mediatizadora dos professores; 2ª) era por meio desse compromisso político com a cidadania de cada brasileiro e brasileira que se buscaria e se gerariam as alternativas pedagógico-educacionais que viabilizariam uma ação técnica competente
  • 22. Superação da seriação tradicional x diversidade real da turma
  • 23. GESTÃO DEMOCRÁTICA NO GOVERNO DE FREIRE • O governo Luiza Erundina; • A gestão democrática; • Paulo Freire, na Educação, radicalizava esse conceito ao afirmar que a possibilidade de uma nova qualidade de ensino – a qualidade social da educação – só seria gestada na medida em que a gestão democrática fosse o seu pilar e fundamento.
  • 24. gestão escolar democrática é o modelo de organização no qual se prioriza a participação do coletivo. Nela, gestores, professores, funcionários, pais, alunos e todos os envolvidos na comunidade escolar podem opinar de maneira ativa nas decisões. Por ser descentralizada, a gestão democrática faz da escola um local mais aberto ao diálogo. Existe a busca por um espaço horizontal, em que o foco da tomada de decisões não se dá através de uma hierarquia. A gestão democrática é essencial na elaboração de um bom Projeto Político Pedagógico e sua concretização traz benefícios para toda a comunidade escolar.
  • 25. O papel do diretor na gestão democrática é o de promover um ambiente educacional de qualidade, garantindo que os princípios de horizontalidade e de escuta sejam respeitados e exercendo liderança com os demais setores da escola. Assim, mais do que um poder centralizador, à autoridade do diretor escolar deve estar na capacidade de dialogar, resolver conflitos e facilitar à adoção dos processos de aprendizagem. Ele deve servir de canal transparente e imparcial entre a comunidade escolar e os outros setores da gestão escolar.
  • 26. Cabe ao gestor escolar: • Estimular a visão da coletividade e o sentimento de unidade e cooperação. • Promover um clima de confiança. • Articular as áreas de atuação, promovendo integração e diminuindo os atritos e diferenças. • Valorizar as capacidades, feitos e
  • 27. Conselho escolar; Associação de pais e mestres; Grêmio estudantil; Conselho de classe; Equipe gestora.
  • 28. Como fazer essa gestão ser democrática, segundo Paulo freire A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA SE FAZ A PARTIR DA PARTICIPAÇÃO, TRANSPARÊNCIA E AUTONOMIA. A COMUNIDADE ESCOLAR PRECISA DE MEIOS PARA EXERCER SEUS DIREITOS FRENTE À GESTÃO ESCOLAR, E ELA, POR OUTRO LADO, TEM O DEVER DE CRIAR CONDIÇÕES PARA GARANTIR A QUALIDADE NO ENSINO E APRENDIZAGEM DOS ESTUDANTES. É IMPORTANTE CONSIDERAR ALGUNS CRITÉRIOS PARA FAZER UMA GESTÃO PARTICIPATIVA NA ESCOLA: PLANEJAMENTO ESCOLAR; ESCUTA DA COMUNIDADE ESCOLAR; TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO; ACOLHIMENTO ÀS DEMANDAS
  • 29. Referências • FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970. • FREIRE, Paulo. Conscientização. São Paulo: Cortez e Moraes, 1979. • FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. • FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985. • FREIRE, Paulo. Medo e ousadia: Paulo Freire & Ira Shor. Rio