O documento discute as reformas educacionais no Brasil e Espanha no contexto do neoliberalismo. Apresenta como as políticas de descentralização, privatização e ênfase no credencialismo e excelência competitiva influenciam negativamente o trabalho dos professores e a educação como um todo. Argumenta que é necessário desenvolver alternativas democráticas que valorizem a participação dos estudantes e famílias.
O presente texto problematiza e analisa o conceito de qualidade da educação, considerando suas múltiplas significações e dimensões. Para tanto, apresenta o horizonte teórico-conceitual da temática, desenvolve a perspectiva de uma escola de qualida- de socialmente referenciada e apresenta dimensões intra e extra- escolares fundamentais para a construção de uma educação de qualidade para todos, no contexto histórico, político, econômico e cultural da educação brasileira.
O presente texto problematiza e analisa o conceito de qualidade da educação, considerando suas múltiplas significações e dimensões. Para tanto, apresenta o horizonte teórico-conceitual da temática, desenvolve a perspectiva de uma escola de qualida- de socialmente referenciada e apresenta dimensões intra e extra- escolares fundamentais para a construção de uma educação de qualidade para todos, no contexto histórico, político, econômico e cultural da educação brasileira.
AS REFORMAS NAS DIRETRIZES CURRICULARES PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCA...cidacandine
A formação de professores está hoje no centro dos acontecimentos do mundo da educação, suscitando aprovações e divergências e apontando para a necessidade de se fazerem reformas na área. Os motivos dessas reformas estão ligados, para alguns, aos resultados negativos do desempenho escolar, que não têm atendido às exigências do mundo do trabalho. Este texto analisa as Diretrizes Curriculares para formação dos professores do ensino básico, e suas ligações às exigências dos organismos multilaterais, que visam atender ao processo de globalização/mundialização. A partir dessa lógica procuram-se identificar os postulados de base da reforma, o quadro conceitual, os aportes metodológicos que vêm dando suporte ao processo. O texto apresenta alguns eixos que sustentam as reformas na formação de professores, tais como: a pedagogia das competências, a profissionalização, a ênfase na formação prática/certificação de experiências, a formação contínua, analisando a importância de cada um no contexto da educação. Para finalizar, analisaremos algumas alternativas apresentadas como saídas Para esse momento em que a educação é assumida como mercadoria, o papel que movimentos sociais, sindicatos, organizações não governamentais têm desempenhado mediante a conferências, seminários, debates, publicações que apontam saídas viáveis para esse mundo mercantilizado.
AS REFORMAS NAS DIRETRIZES CURRICULARES PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCA...cidacandine
A formação de professores está hoje no centro dos acontecimentos do mundo da educação, suscitando aprovações e divergências e apontando para a necessidade de se fazerem reformas na área. Os motivos dessas reformas estão ligados, para alguns, aos resultados negativos do desempenho escolar, que não têm atendido às exigências do mundo do trabalho. Este texto analisa as Diretrizes Curriculares para formação dos professores do ensino básico, e suas ligações às exigências dos organismos multilaterais, que visam atender ao processo de globalização/mundialização. A partir dessa lógica procuram-se identificar os postulados de base da reforma, o quadro conceitual, os aportes metodológicos que vêm dando suporte ao processo. O texto apresenta alguns eixos que sustentam as reformas na formação de professores, tais como: a pedagogia das competências, a profissionalização, a ênfase na formação prática/certificação de experiências, a formação contínua, analisando a importância de cada um no contexto da educação. Para finalizar, analisaremos algumas alternativas apresentadas como saídas Para esse momento em que a educação é assumida como mercadoria, o papel que movimentos sociais, sindicatos, organizações não governamentais têm desempenhado mediante a conferências, seminários, debates, publicações que apontam saídas viáveis para esse mundo mercantilizado.
Seminários Melhoria da Educação no Município. Tema: O papel do gestor na conquista da qualidade na Educação. Apresentação do professor Alberto Ribeiro do Carmo.
Lajolo, marisa do mundo da leitura para a leitura do mundo
Linhares, célia os professores e a reinvencao da escola
1. OS PROFESSORES E A REINVENÇÃO DA ESCOLA – Brasil - Espanha
Org. Célia Linhares
No congresso “Educação Pública Municipal de Excelência”, Março /2000, Niterói,
tematizou-se sobre reformas educacionais.
A ampliação de debates nos últimos anos, sobre questões decorrentes das análises
da realidade em torno de direitos humanos não foi significativa para a organização de
uma realidade mais includente, evidenciando, justamente, o aprofundamento de
excludência de direitos humanos.
Capítulo I
O professorado em época de neoliberalismo: dimensões sociopolíticas de seu
trabalho. ( Jurjo Torres Santomé ).
Uma trama de redes de forças são organizadas para obter controle dos recursos
financeiros e dirigir as linhas de pensamento da maioria dos meios de comunicação de
massa. Esta situação é determinada pelas instituições como o Fundo Monetário
Internacional e a Organização Mundial do Comércio que determinam as normas de
acordo com seus interesses privatistas de exploração.
As explicações para as reformas dos sistemas educativos e conseqüentemente o
trabalho dos professores são pautadas pelo contexto do atual capitalismo que transforma
o sistema educativo em centro comercial estruturado em publicidade e discursos
pedagógicos.
O trabalho desempenhado pelos professores e as relações pessoais são
influenciadas por esta concepção do sistema educativo caracterizando a mercantilização
do ensino que está sendo implementado por quatro linhas de ação:
1- Descentralização
a) delegação de poderes e funções ( novas responsabilidades para as
instituições escolares);
b) desregulação (a administração se mostra menos diretiva).
A autonomia do professor preza ser entrelaçada às condições para assumir essa
responsabilidade:
- boa formação;
- atualização psicopedagógica e cultural;
- recursos econômicos;
c) deszonificação (imposição de concepções educativas pelas famílias);
d) Colegialidade competitiva (as administrações educativas preferem propor
estímulos econômicos apenas para alguns, a oferecer salários dignos, encorajando a
competição entre si);
2- Privatização – A administração Educativa apoia mais as escolas ou centros
escolares privados descuidando – se da rede de escolas públicas, condicionando o
conhecimento produzido na escola com os recursos econômicos no mercado ( ex.
corporações multinacionais como “ Coca – Cola”, “ Mc. Donald´s “);
3- Favorecimento do credencialismo e da excelência competitiva - é cidadãos
se compreenderem como consumidores, investimento em estudos e títulos para
encontrar um trabalho e obter benefícios.
2. Esta Política de credencialismo determinada pelo prestígio e elitismo seletivo da
instituição, não garante igualdade de oportunidades, evidencia-se nos novos modos
de organização do trabalho explícitos nos princípios da “mcdonaldização” social:
- eficiência, quantificação, previsibilidade e controle (Ritzer 1993 ) sustentam
um sistema educativo, planificado para ensinar as novas gerações a competir, As
escolas procuram assegurar métodos de organização que contribuam para alcançar a
eficiência a partir de óticas exclusivamente empresariais.
A educação para a uniformização caracteriza-se pelos mecanismos de controle tanto
dos grupos empresariais como do poder do sistema escolar. Sendo assim, evidencia
uma obsessão em prover resultados programados, contrapondo-se à educação para a
diversidade e o processo de construção do conhecimento.
Apesar da proposta corporativista e do desinteresse do professorado pelas
dimensões mais filosóficas, sociológicas e teóricas da educação não se pode afirmar
que esta visão estende-se para todos. A cultura do individualismo, obsessão por
concepções de ensino e aprendizagem e a crença na pedagogia centrada na prática e
infância contribuem para a educação centrada na uniformização.
Porém é importante ressaltar que as instituições escolares possuem
possibilidades e autonomia para outras cosmovisões, idéias, conceitos e práticas
alternativas de enfrentamento aos interesses dominantes.
Muitas vezes, a participação dos alunos e suas famílias nas questões do trabalho
educativo não é muito bem aceita pelos docentes que se sentem ameaçados por
possíveis protestos.
Acompanhando esta situação, a luta pelo prestígio profissional não investiu na
comunicação com os pais, justamente ao contrário, o domínio de terminologia do
conhecimento científico se estendeu tornando mais difícil a participação dos cidadãos
por meio de organizações e dos próprios pais. Nas últimas décadas um grupo
significativo de professores investiu em experiências educativas mais democráticas
buscando a colocação das famílias dos alunos “Cultura de colaboração para o trabalho
nas salas de aulas” Movimento de Renovação Pedagógica – olhar para o interior da
sala de aula no contexto de situações de relevância para o aluno e a comunidade (
compromisso do Estado / Espanhol). Enfim, o âmbito dos afetos que são
consubstâncias às interações humanas precisa ser considerado, pois o prestígio do
educador não deve se sustentar no distanciamento das diferenças por razões e
compromissos de classe social, nacionalidade, etnia, gênero, sexualidade e religião
combatendo assim o individualismo e isolamento, possibilitando a construção coletiva
de uma sociedade.
Capítulo II
Reformas educativas e o retrocesso democrático no Brasil nos anos 90. (
Gaudêncio Frigotto).
Esta reforma caracteriza-se por aniquilar as polaridades ( luta de classe),princípio
da liberdade de mercado condutor à prosperidade.
Estamos num novo tempo no qual estamos defasados e devemos nos ajustar;
exigência de ajustamento ao mercado mundial, ( estratégias necessárias e articuladas ) –
desregulamentação, descentralização, autonomia e privatização.
Enfim, busca – se criar um consenso passivo em torno das reformas amplas do
Estado no campo educacional.- educação: De direito definido na esfera pública a um
serviço que se adquire no mercado.
- As reformas no âmbito educacional se baseiam nas diretrizes político-
administrativas e pedagógicas dos organismos internacionais (Banco Mundial)
direcionadas para uma concepção produtivista e mercantilista – desenvolver habilidades
3. de conhecimento, de valores e atitudes e de gestão da qualidade objetivando a
empregabilidade (competência e habilidade técnicas).
Diversas medidas anteriores à aprovação da L. D. B., hoje n.° Lei 9424 / 96,
apontam mudanças radicais no âmbito organizativo e de gestão, pedagógico e ético –
político, consagrando o dualismo e a fragmentação, potencializando uma democracia
formal e tecnocrática e uma pseudo descentralização e autonomia financeira, de gestão e
político – pedagógica.
O Estado estabeleceu rígido controle mediante mecanismos de avaliação e de
financiamento, operando-se mudança profunda no papel econômico atribuído à escola e
aos processos de formação técnico – profissional.
- responsabilidade social X perspectivas individualistas centradas na idéia de
competência;
- função econômica da escola X promessa integradora entre incluídos e
excluídos.
Propostas para um projeto alternativo de sociedade centrado na construção da
democracia participativa e desmistificação da ideologia dominante e de afirmação das
concepções e valores democráticos.
É necessário ressaltar que é falso e ilusório atribuir-se à educação básica, formação
técnica – profissional e aos processos de qualificação e requalificação possibilidades de
inserção da nossa sociedade ao processo de globalização e reestruturação produtiva,
(Qualidade total X Qualidade social ).
É fundamental desenvolver espaços educativos formadores de sujeitos autônomos e
protagonistas que formem ao mesmo tempo um técnico competente que tenha espírito e
capacidade científica e senso crítico para integrar-se como cidadão ativo influenciando
nas decisões sociais e científicas e sociais.
“ Educação e professores em tempo de armar e amar. “