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ROTURA PRE-TERMO DE 
MEMBRANAS 
LUISA ALMEIDA
DEFINICAO 
• E’ a solucao de continuidade 
espontanea da membrana 
corionamniotica antes das 37 semanas 
de gestacao.
INCIDENCIA 
• Afecta 2,7-17%de todas as gestacoes. 
• Na maioria dos casos ocorre 
espontaneamente e sem causa 
aparente. 
• E’ responsavelpor 34,9% dos partos 
pre-termos. 
• 81%os fetos pesam >2000g 
• 51% os fetos pesam 1000-2000g 
• 21% os fetos pesam 500-999g
ETIOPATOGENIA 
• 1-Alteracoes das propriedades fisicas das 
membranas 
• -o colageneo e a elastina tem um papel 
importante na integridade da menbrana que 
nas condicoes normais faz o equilibrio entre 
a actividade enzimatica proteases e 
antiproteases. 
• -a actividade das proteases esta > na RPM e 
que existem baixas concentracoes de alfa I 
antitripsina no liquido amniotico destas 
pacientes
ETIOPATOGENIA 
• 2-Papel da infeccao na RPM 
• -a infeccao bacteriana,directa ou indirecta/ 
(via mediadores da resposta 
inflamatoria),pade induzir a libertacao de 
proteases,colagenases e elastases. 
• A via de inteccao pode ser ascendente 
(atraves do canal cervical), 
hematogenea(transplacentaria),canalicular(tu 
barica)e por meio de procedimentos 
invasivos.
ETIOPATOGENIA 
• -a actividade bacteriostactica do liquido 
amniotico esta < nas pacientes com RPM 
• -o coito previo pode levar a RPM porque o 
semen diminui a resistencia das membranas 
por accao da prostaglandina,do colagenio e 
por adesao das bacterias ao esperma que 
transporta os germenes atraves do canal 
endocervical.
FACTORES DE RISCO 
• Antecedentes de PP ou de RPM 
• Tabagismo 
• Hemorragia durante o segundo e terceiro 
trimestre 
• Vaginose bacteriana 
• Polihidramnios 
• Gravidez gemelar 
• A presenca de DIU 
• Incompetencia cervical
DIAGNOSTICO 
• Presenca de LA na vagina 
• A especuloscopia permite visualizar a saida 
de LA atraves do orificio externo do colo 
atraves da manobra de valsava ou da 
compressao manual do abdomen 
• Teste de cristalizacao do muco em folha de 
feto (teste de Fern) 
• Teste do papel de nitrazina 
• Avaliacao ecografica 
• Detencao das celulas de descamacao da pele 
fetal que coram de laranja com azul do Nilo.
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL 
• Leucorreia-fluxo genital branco ou 
amarelado,infeccioso,associado a 
prurido. 
• Incontinencia urinaria-frequente na 
segunda metade da gravidez. Descartar 
infeccao do trato urinario 
• Saida de rolhao mucoso-fluido mucoso 
por vezes sanguinolento.
COMPLICACOES FETAIS 
• 1-Sindroma de dificuldade respiratoria 
• E’ a causa mais frequente de 
mortalidade perinatal 
• 29,8%-mortes por SDR 
• 14%-mortes devido as complicacoes 
SDR 
• 12,3%-devido a complicacoes da trata/ 
• Total de 56,1% de mortes directa ou 
indirectamente ao SDR
COMPLICACOES FETAIS 
• 2-Infeccao neonatal-ocorre em 1a25% 
dos casos de RPM 
• Ha uma relacao directa entre periodo 
de latencia e infeccao ovular. 
• Na gravidez>34semanas e’a infeccao a 
primeira causa de mortalidade perinatal 
• 3-Asfixia perinatal(10-50%) 
• 4-Hipoplasia pulmonar 
• 5-Deformidades ortopedicas
COMPLICACOES MATERNAS 
• 1-Infeccao- 
• Corionamniotites-e’a invasao microbiana da 
cavidade amniotica caracterizada por: 
• Febre>38C,taquicardia materna e fetal. 
• Leucocitose>15.000/ml,dor uterina, 
• LA purulento ou com mau cheiro 
• As bacterias implicadas 
sao:mycoplasma,ureoplasma,E.coli,enteroco 
cccus,bacterioides,gonococo,estreptococoA 
e C,listeria.
COMPLICACOES MATERNAS 
• 2-Infeccao e periodo latente 
• 1,7% das pacientes tem febre nas primeiras 
24h, 
• 7,5%das pacientes tem febre 24-48h 
• 8,6% das pacientes tem febre apos 48h 
• 3-Infeccao e tempo de gestacao-o risco e’ 
inversa/ proporcional a IG e o tempo de 
rotura 
• 10%tem infeccao <12h 
• 30%tem infeccao apos 24h 
• 45%tem infeccao >48h
COMPLICACOES MATERNAS 
• 4-A mortalidade materna por infeccao devido 
a RPM e’1/5.400casos. 
• A morbilidade infecciosa materna e’5vezes 
maior quando o parto e’ por cesariana 
• O risco de infeccao da mae com RPM e’ <que 
o risco de infeccao do feto 
So/ 5% das pacientes com RPM que tenham 
tido partos vaginais desenvolvem sepsis, 
Enquanto 10% dos seus RN demonstram 
infeccao.
COMPLICACOES MATERNAS 
• 5-Infeccao puerperal- 
• Esta complicacao tem uma incidencia 
que varia de 0-29%. 
• A endometrite e’ a manifestacao mais 
frequente 
• A sepsis materna e’ uma complicacao 
rara mas com alta mortalidade. 
• 6-DPPNI
PACIENTES EM RISCO DE 
INFECCAO 
• Pacientes que tomam drogas 
imunossupressoras-glicocorticoides,antineo 
• Pacientes c/ historia de cardiopatia 
reumatica 
• Diabetes insulino dependentes 
• Anemia de celulas falciformes 
• Gravidez com DIU 
• Pacientes c/ ciclorrafia 
• Pacientes que sofrem muitos toques apos a 
rotura
CONDUTA NA RPM 
• Ha sinais de infeccao? 
Uma resposta positiva a esta 
questao,indica que se deve interromper 
imediata/ a gravidez sem tomar em 
conta a idade gestacional. 
Iniciar antibioterapia com 
ampilina,metronidazol e gentamicina.
CONDUTA NA RPM 
• Gravidez >34semanas 
• Hospitalizacao 
• Avaliar a idade gestacional correta pela 
DUPM e ecografia feita no primeira 
trimestre 
• Evitar toques vaginais 
• Interromper a gravidez
CONDUTA NA RPM 
• Gravidez>32 <34semanas 
• Atitude expectante 
• Especuloscopia para confirmacao de 
diagnostico e obtencao de LA para 
maturidade pulmonar fetal 
• Repouso e control dos sinais vitais e 
fetaisde 6/6h
CONDUTA NA RPM 
• Leucograma cada 48 
• Perfil biofisico bissemanal 
• Culturas cervico-vaginal semanais 
• Antibioterapia profilactica 
• Sobrevivencia perinatal >90%
CONDUTA NA RPM 
• Gravidez> 26<32semanas 
• Administrar corticoides para acelerar a 
maturacao pulmonar 
• Antibioterapia 
• Tocoliticos se houver contracoes 
• Ecografia para despiste de 
malformacoes 
• CTG semanal
CONDUTA NA RPM 
• Indicacao da interrupcao de gravidez: 
• 1-Morte fetal 
• 2-Idade gestacional>34semanas 
• 3-Corionamniotite clinica 
• 4-Malformacao fetal incompativel com a 
clinica 
• 5-Sofrimento fetal 
• 6-Hemorragia sugestiva de DPPNI 
• 7-Pacientes em risco de infeccao
CONDUTA EXPECTANTE 
• Gravidezes <30semanas 
• Internamento, repouso e sinais vitais 
• Culturas vaginais 
• Leucograma e proteinaC reactiva 
• Ecografia –IG,apresentacao fetal,malfor 
macoes fetais,oligoamnios,perfilbiofisico 
fetal,localizacao placentar 
Antibioterapia sistemica
ADMINISTRACAO SISTEMICA DE 
ANTIBIOTICOS 
Vantagens: 
1-prolongar o periodo de latencia 
2-reducao da incidencia de morbilidade 
infecciosa materna(corionamnionite 
clinica e infeccao puerperal. 
3-reducao doSDR,sepsis 
neonatal,HIV.pneumonia e enterocolite 
necrotizante.
ADMINISTRACAO SISTEMICA DE 
ANTIBIOTICOS 
• Os antibioticos utilizados com mais 
frequencia sao as: 
penicilinas(ampicilina,amoxacilina),erit 
romicina,cefalosporinas(cefazolina,cef 
oxitina),gentamicina e clindamicina 
• A administracao e.v.deve ser de pelo 
menos 48h,seguida de terapia oral ate 
7dias
ADMINISTRACAO SISTEMICA DE 
ANTIBIOTICOS 
• Comecar com ampicilina1-2g e.v. de 
6/6h+eritromicina250-500mg e.v.de6/6h. 
• Apos 48h de tratamento e.v.,continuar 
com um regime oral de 
ampicilina500mg de 6/6h+eritromicina 
500mg de 8/8h ate completar 7dias.
ADMINISTRACAO SISTEMICA DE 
ANTIBIOTICOS 
• Outros esquemas terapeuticos: 
• Clindamicina+gentamicina 
• Clindamicina+cefalosporina. 
• Penicilina+metronidazol+gentamicina 
• Em pacientes admitidas em trabalho de 
parto,o regime pode consistir so na 
administracao de quimioprofilaxia 
intraparto.
F I M 
•OBRIGADA 
LUISAALMEIDA

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Rotura pre termo de membranas.luisa

  • 1. ROTURA PRE-TERMO DE MEMBRANAS LUISA ALMEIDA
  • 2. DEFINICAO • E’ a solucao de continuidade espontanea da membrana corionamniotica antes das 37 semanas de gestacao.
  • 3. INCIDENCIA • Afecta 2,7-17%de todas as gestacoes. • Na maioria dos casos ocorre espontaneamente e sem causa aparente. • E’ responsavelpor 34,9% dos partos pre-termos. • 81%os fetos pesam >2000g • 51% os fetos pesam 1000-2000g • 21% os fetos pesam 500-999g
  • 4. ETIOPATOGENIA • 1-Alteracoes das propriedades fisicas das membranas • -o colageneo e a elastina tem um papel importante na integridade da menbrana que nas condicoes normais faz o equilibrio entre a actividade enzimatica proteases e antiproteases. • -a actividade das proteases esta > na RPM e que existem baixas concentracoes de alfa I antitripsina no liquido amniotico destas pacientes
  • 5. ETIOPATOGENIA • 2-Papel da infeccao na RPM • -a infeccao bacteriana,directa ou indirecta/ (via mediadores da resposta inflamatoria),pade induzir a libertacao de proteases,colagenases e elastases. • A via de inteccao pode ser ascendente (atraves do canal cervical), hematogenea(transplacentaria),canalicular(tu barica)e por meio de procedimentos invasivos.
  • 6. ETIOPATOGENIA • -a actividade bacteriostactica do liquido amniotico esta < nas pacientes com RPM • -o coito previo pode levar a RPM porque o semen diminui a resistencia das membranas por accao da prostaglandina,do colagenio e por adesao das bacterias ao esperma que transporta os germenes atraves do canal endocervical.
  • 7. FACTORES DE RISCO • Antecedentes de PP ou de RPM • Tabagismo • Hemorragia durante o segundo e terceiro trimestre • Vaginose bacteriana • Polihidramnios • Gravidez gemelar • A presenca de DIU • Incompetencia cervical
  • 8. DIAGNOSTICO • Presenca de LA na vagina • A especuloscopia permite visualizar a saida de LA atraves do orificio externo do colo atraves da manobra de valsava ou da compressao manual do abdomen • Teste de cristalizacao do muco em folha de feto (teste de Fern) • Teste do papel de nitrazina • Avaliacao ecografica • Detencao das celulas de descamacao da pele fetal que coram de laranja com azul do Nilo.
  • 9. DIAGNOSTICO DIFERENCIAL • Leucorreia-fluxo genital branco ou amarelado,infeccioso,associado a prurido. • Incontinencia urinaria-frequente na segunda metade da gravidez. Descartar infeccao do trato urinario • Saida de rolhao mucoso-fluido mucoso por vezes sanguinolento.
  • 10. COMPLICACOES FETAIS • 1-Sindroma de dificuldade respiratoria • E’ a causa mais frequente de mortalidade perinatal • 29,8%-mortes por SDR • 14%-mortes devido as complicacoes SDR • 12,3%-devido a complicacoes da trata/ • Total de 56,1% de mortes directa ou indirectamente ao SDR
  • 11. COMPLICACOES FETAIS • 2-Infeccao neonatal-ocorre em 1a25% dos casos de RPM • Ha uma relacao directa entre periodo de latencia e infeccao ovular. • Na gravidez>34semanas e’a infeccao a primeira causa de mortalidade perinatal • 3-Asfixia perinatal(10-50%) • 4-Hipoplasia pulmonar • 5-Deformidades ortopedicas
  • 12. COMPLICACOES MATERNAS • 1-Infeccao- • Corionamniotites-e’a invasao microbiana da cavidade amniotica caracterizada por: • Febre>38C,taquicardia materna e fetal. • Leucocitose>15.000/ml,dor uterina, • LA purulento ou com mau cheiro • As bacterias implicadas sao:mycoplasma,ureoplasma,E.coli,enteroco cccus,bacterioides,gonococo,estreptococoA e C,listeria.
  • 13. COMPLICACOES MATERNAS • 2-Infeccao e periodo latente • 1,7% das pacientes tem febre nas primeiras 24h, • 7,5%das pacientes tem febre 24-48h • 8,6% das pacientes tem febre apos 48h • 3-Infeccao e tempo de gestacao-o risco e’ inversa/ proporcional a IG e o tempo de rotura • 10%tem infeccao <12h • 30%tem infeccao apos 24h • 45%tem infeccao >48h
  • 14. COMPLICACOES MATERNAS • 4-A mortalidade materna por infeccao devido a RPM e’1/5.400casos. • A morbilidade infecciosa materna e’5vezes maior quando o parto e’ por cesariana • O risco de infeccao da mae com RPM e’ <que o risco de infeccao do feto So/ 5% das pacientes com RPM que tenham tido partos vaginais desenvolvem sepsis, Enquanto 10% dos seus RN demonstram infeccao.
  • 15. COMPLICACOES MATERNAS • 5-Infeccao puerperal- • Esta complicacao tem uma incidencia que varia de 0-29%. • A endometrite e’ a manifestacao mais frequente • A sepsis materna e’ uma complicacao rara mas com alta mortalidade. • 6-DPPNI
  • 16. PACIENTES EM RISCO DE INFECCAO • Pacientes que tomam drogas imunossupressoras-glicocorticoides,antineo • Pacientes c/ historia de cardiopatia reumatica • Diabetes insulino dependentes • Anemia de celulas falciformes • Gravidez com DIU • Pacientes c/ ciclorrafia • Pacientes que sofrem muitos toques apos a rotura
  • 17. CONDUTA NA RPM • Ha sinais de infeccao? Uma resposta positiva a esta questao,indica que se deve interromper imediata/ a gravidez sem tomar em conta a idade gestacional. Iniciar antibioterapia com ampilina,metronidazol e gentamicina.
  • 18. CONDUTA NA RPM • Gravidez >34semanas • Hospitalizacao • Avaliar a idade gestacional correta pela DUPM e ecografia feita no primeira trimestre • Evitar toques vaginais • Interromper a gravidez
  • 19. CONDUTA NA RPM • Gravidez>32 <34semanas • Atitude expectante • Especuloscopia para confirmacao de diagnostico e obtencao de LA para maturidade pulmonar fetal • Repouso e control dos sinais vitais e fetaisde 6/6h
  • 20. CONDUTA NA RPM • Leucograma cada 48 • Perfil biofisico bissemanal • Culturas cervico-vaginal semanais • Antibioterapia profilactica • Sobrevivencia perinatal >90%
  • 21. CONDUTA NA RPM • Gravidez> 26<32semanas • Administrar corticoides para acelerar a maturacao pulmonar • Antibioterapia • Tocoliticos se houver contracoes • Ecografia para despiste de malformacoes • CTG semanal
  • 22. CONDUTA NA RPM • Indicacao da interrupcao de gravidez: • 1-Morte fetal • 2-Idade gestacional>34semanas • 3-Corionamniotite clinica • 4-Malformacao fetal incompativel com a clinica • 5-Sofrimento fetal • 6-Hemorragia sugestiva de DPPNI • 7-Pacientes em risco de infeccao
  • 23. CONDUTA EXPECTANTE • Gravidezes <30semanas • Internamento, repouso e sinais vitais • Culturas vaginais • Leucograma e proteinaC reactiva • Ecografia –IG,apresentacao fetal,malfor macoes fetais,oligoamnios,perfilbiofisico fetal,localizacao placentar Antibioterapia sistemica
  • 24. ADMINISTRACAO SISTEMICA DE ANTIBIOTICOS Vantagens: 1-prolongar o periodo de latencia 2-reducao da incidencia de morbilidade infecciosa materna(corionamnionite clinica e infeccao puerperal. 3-reducao doSDR,sepsis neonatal,HIV.pneumonia e enterocolite necrotizante.
  • 25. ADMINISTRACAO SISTEMICA DE ANTIBIOTICOS • Os antibioticos utilizados com mais frequencia sao as: penicilinas(ampicilina,amoxacilina),erit romicina,cefalosporinas(cefazolina,cef oxitina),gentamicina e clindamicina • A administracao e.v.deve ser de pelo menos 48h,seguida de terapia oral ate 7dias
  • 26. ADMINISTRACAO SISTEMICA DE ANTIBIOTICOS • Comecar com ampicilina1-2g e.v. de 6/6h+eritromicina250-500mg e.v.de6/6h. • Apos 48h de tratamento e.v.,continuar com um regime oral de ampicilina500mg de 6/6h+eritromicina 500mg de 8/8h ate completar 7dias.
  • 27. ADMINISTRACAO SISTEMICA DE ANTIBIOTICOS • Outros esquemas terapeuticos: • Clindamicina+gentamicina • Clindamicina+cefalosporina. • Penicilina+metronidazol+gentamicina • Em pacientes admitidas em trabalho de parto,o regime pode consistir so na administracao de quimioprofilaxia intraparto.
  • 28. F I M •OBRIGADA LUISAALMEIDA