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REFORMAS RELIGIOSAS
HISTÓRIA GERALProf.ª Valéria Fernandes 1
PRÉ-REFORMA
RELIGIOSA
• John Wycliffe (c. 1320-1384) e
os lollardos – Inglaterra.
• Jan Hus – Boêmia (*atual
República Tcheca*).
• O Concílio de Constança
(1414-1418).
• Rainha Isabel de Castela e o
Cardeal Cisneros – Espanha.
• Humanistas como Erasmo de
Roterdã. Jan Hus
(c. 1369-1415)
Prof.ª Valéria Fernandes 2
Europaem1500
Prof.ª Valéria Fernandes 3
“Gostaria que a mais fraca mulher lesse os
Evangelhos e as Epístolas de São Paulo [...]
Gostaria que essas palavras fossem traduzidas
para todas as línguas, afim de que não só os
escoceses e irlandeses, como também turcos e
sarracenos pudessem lê-las. Anseio que o
lavrador as cante para si mesmo quando
acompanha o arado, o tecelão as murmure ao
som de sua lançadeira, que o viajante iluda
com elas a monotonia da jornada.”
Novum Testamentum omne de Erasmo de Roterdã
Prof.ª Valéria Fernandes 4
MOTIVAÇÕES DA
REFORMA RELIGIOSA
• Corrupção e despreparo do clero.
• Papas que se comportavam como príncipes
seculares e, não, como líderes da igreja.
• Sentimentos nacionais, associados, ou não, a
existência de um Estado.
• As críticas dos humanistas.
• Uma maior difusão da Bíblia e textos
teológicos graças à invenção da imprensa.
Prof.ª Valéria Fernandes 5
MOTIVAÇÕES DA
REFORMA RELIGIOSA
• Simonia é a venda de objetos considerados
sagrados ou a venda de cargos religiosos. Os
grandes senhores compravam cargos
eclesiásticos como forma de aumentar seu poder
ou garantir uma fonte de renda para seus filhos,
o padre da paróquia enfurecia os fiáis ao cobrar
por serviços que deveriam ser gratuitos. Já o
Nicolaísmo está ligado ao desregramento sexual
do clero. Obrigados ao celibato, muitos não
mantinham a castidade e envolviam-se em
escândalos sexuais.
Prof.ª Valéria Fernandes 6
HUMANISMO REFORMISTA
• Um dos maiores intelectuais de seu
tempo, ele defendeu a seu modo uma
reforma de Igreja Católica e foi
defensor da tolerância.
• Propôs que a Bíblia estivesse na
língua do povo, o fim do celibato
obrigatório, questionou o culto às
relíquias e à Virgem Maria, criticou o
comportamento moral de membros
do clero, inclusive os papas.
• Respeitado por Lutero, discordava
dele principalmente em relação ao
livre-arbítrio.
Prof.ª Valéria Fernandes 7
Erasmo de
Rotterdam
(1466-1536)
REFORMA LUTERANA
• Em 15 de março de 1517,
o papa Leão X ofereceu
indulgência (perdão) aos
que contribuíssem para a
construção da basílica de
São Pedro em Roma.
• Lutero e outros teólogos
questionam a validade
das indulgências.
Prof.ª Valéria Fernandes 8
REFORMA LUTERANA
• Lutero (1483-1546), professor na
Universidade de Wittenberg, se
insurge contra a cobrança das
indulgências.
• Em a 31/10/1517, como forma de
protesto, Lutero pregou (*ou não*)
as 95 Teses na porta da Igreja do
Castelo de Wittenberg.
• As conciliações fracassaram e o
Papa Leão X excomungou Lutero
em 03/01/1521, na bula "Decet
Romanum Pontificem".
Prof.ª Valéria Fernandes 9
REFORMA LUTERANA
• A reforma de Lutero está ligada a ao processo
de afirmação nacional alemã.
• Foi apoiada por parte da nobreza e havia o
interesse pelas terras da Igreja Católica.
• Lutero não era o único a propor uma reforma,
mas seu caso terminou por iniciar a
fragmentação da Cristandade.
• Confissão de Augsburgo (1530) → Melanchton.
• Paz de Augsburgo (1555) → “A religião do
príncipe é a religião do povo”.
Prof.ª Valéria Fernandes 10
REFORMA LUTERANA
• A Guerra dos Camponeses fomentada pelas idéias
anabatistas de Thomas Müntzer tinha por base a
idéia de que “os pobres são demasiado infelizes para
ter tempo de conhecer a Bíblia e rezar. Nenhuma
reforma religiosa é possível sem revolução social”.
• Müntzer e seus discípulos compuseram os 12 Artigos
e defendiam entre outras coisas: a livre escolha dos
pastores, a abolição da corvéia e dos pequenos
dízimos, que os grandes dízimos fossem usados em
benefício da comunidade, e que a servidão fosse
abolida.
Prof.ª Valéria Fernandes 11
REFORMA LUTERANA
• Lutero termina por defender:
 Salvação pela graça mediante a fé.
 A Bíblia na língua do povo → alemão.
 Comunhão nas duas espécies → pão e vinho.
 Cabia ao príncipe escolher os pastores.
 Sacerdócio universal.
 Fim do celibato obrigatório.
 A veneração aos santos não foi abolida.
 Manteve o batismo infantil.
Prof.ª Valéria Fernandes 12
REFORMA LUTERANA
• Philipp Melanchthon (1497-
1560), filólogo e teólogo redigiu
a Confissão de Augsburg (1530)
e tornou-se o principal líder do
luteranismo após a morte de
seu fundador. Conhecido como
o "educador da Alemanha"
(Praeceptor Germaniae) por
reformar o ensino em território
alemão e escrever a primeira
gramática dessa língua.
Prof.ª Valéria Fernandes 13
REFORMA NA SUÍÇA
• A Reforma religiosa na Suíça
começou quase ao mesmo tempo
que na Alemanha.
• A região também não tinha uma
unidade nacional e estava
obrigada a enviar soldados para
os exércitos de vários países.
• O padre Ulrich Zwinglio começa
a pregar em Zurique o chamado
“evangelho puro” em 1519 e se
coloca contra as indulgências.
Prof.ª Valéria Fernandes
Zwinglio
(1484-1531)
14
REFORMA NA SUÍÇA
• Se a pergunta de Lutero era “como eu posso ser
salvo?”, a de Zwinglio era “como salvar o meu
povo?”.
• Zwinglio era humanista, admirador de Erasmo de
Roterdã e pregava que a Bíblia deveria pautar todas
as ações das pessoas.
• Ele e Lutero discordavam em vários pontos,
especialmente em relação à Eucaristia.
• Zwinglio era contra o envio de soldados suíços para
guerras que não eram suas. Isso fez com que Zurique
fosse atacada e o reformador morreu em batalha.
Prof.ª Valéria Fernandes 15
OS ANABATISTAS
Prof.ª Valéria Fernandes 16
• Chamados de reformadores
radicais em alguns livros.
• Defendiam que somente os
adultos fossem batizados.
• Alguns eram pacifistas.
• Com as perseguições de
católicos e protestantes, o
movimento assumiu posturas
místicas e participaram de
revoltas populares.
• Seus descendentes são os
atuais menonitas.
Anabatista recebendo o
“terceiro” batismo.
PIONEIRO DO ECUMENISMO
• Martinho Bucero (1491-1551) não tem uma igreja com
seu nome, mas foi um dos reformadores mais
importantes de sua época, atuando principalmente
na cidade de Estrasburgo. Dominicano, tornou-se
protestante depois de ouvir uma pregação de Lutero.
Tentou conciliar o reformador alemão e Zwinglio,
mas fracassou. Muito próximo de Melanchthon,
negociou com Carlos V um acordo entre protestantes
e católicos no Sacro Império e fracassou. Terminou
obrigado a se exilar na Inglaterra, em 1549, onde, sob
a proteção de Eduardo VI, ajudou na segunda revisão
do Livro de Oração Comum.
Prof.ª Valéria Fernandes 17
JOÃO CALVINO
• Calvino nasceu na França
(1509) e recebeu uma sólida
formação humanista.
• Sua educação foi patrocinada
pelo bispo de sua cidade
(Noyon), patrão de seu pai.
• A Reforma na França já estava
em andamento quando Calvino
nasceu e o reformador teve
contato com ideias luteranas e
de outros reformadores.
Prof.ª Valéria Fernandes
João Calvino
(1509-1564)
18
JOÃO CALVINO
• Diferentemente de Lutero, não se sabe quando
Calvino rompeu com a Igreja Católica, mas em 1534,
ele voltou a sua cidade e abriu mão do dinheiro
dado pelo bispo para patrocinar-lhe os estudos.
• A Reforma na França estava condicionada pela
vontade do Rei → Se o monarca se sentisse
ameaçado em seu poder, haveria perseguição.
• Não havia um “perfil” protestante na França.
Nobres, burgueses (*como Calvino*), camponeses,
todos aderiram à Reforma e eram chamados de
huguenotes.
Prof.ª Valéria Fernandes 19
SIGNIFICADO DA PALAVRA
HUGUENOTE
 A origem da palavra não é clara. Há quem defenda que o
termo vem do nome de Besançon Hugues, líder da revolta
protestante de Genebra. Bernard Cottret diz que o termo
vem de “confederados”, em francês "eidguenot", derivado
do suíço-alemão “eidgenossen”, ou “partidário da
Reforma”. Já Owen I.A. Roche diz que “huguenote” era
uma combinação de dois termos, um flamengo e outro
alemão, “eid Genossen” (colegas de juramento), já que as
reuniões protestantes eram secretas. Outros afirmam que
o termo derive do nome de um lugar no qual os
protestantes franceses celebravam o próprio culto; esse
lugar era chamado "Torre de Hugon" e se encontra em
Tours.
Prof.ª Valéria Fernandes 20
JOÃO CALVINO
• Em março de 1536, Calvino publica a 1ª versão da
sua obra mais importante Institutas da Religião
Cristã em latim, com dedicatória ao rei da França.
• Com a perseguição, Calvino parte para Estrasbugo,
cidade de língua francesa reformada e liderada por
Bucero. Chegando em Genebra, é instado por
Guilherme Farel a permanecer.
• Genebra nem sempre foi acolhedora para com
Calvino, mas foi ali que ele desenvolveu sua reforma
religiosa e a cidade passou a ser conhecida como a
Jerusalém ou Roma do Protestantismo.
Prof.ª Valéria Fernandes 21
MURO DA REFORMA
Calvino fundou a Universidade de Genebra e o homenageou no
Muro da Reforma junto com Theodore Beza, Guilherme Farel e
John Knox.Prof.ª Valéria Fernandes 22
JOÃO CALVINO
• “Por decreto de Deus, para manifestação de sua
glória, alguns homens são predestinados à vida
eterna e outros são predestinados à morte eterna.”
→ A predestinação é fundamental ao Calvinismo.
• Justificação do trabalho e do lucro; ênfase na
austeridade e na disciplina; preocupação com a
educação.
• A burguesia adere mais ao calvinismo →
identificação de classe X identificação nacional.
• Puritanos, presbiterianos, reformados etc. são todos
calvinistas.
Prof.ª Valéria Fernandes 23
REFORMA NA ESCÓCIA
• Na Escócia, o avanço da reforma
se deveu a John Knox (1505-1572),
discípulo de Calvino. Perseguido,
foi condenado às galés, refugiou-
se depois em Genebra. Seu texto
“Primeiro Toque da Trombeta
contra o Monstruoso Governo de
Mulheres”, o indispôs com a
rainha Elizabeth I da Inglaterra.
De volta à Escócia, entrou em
conflito com a Rainha Mary, que
era católica e venceu.
Prof.ª Valéria Fernandes 24
• O parlamento escocês abraçou a reforma em 1560,
estabelecendo oficialmente o presbiterianismo.
REFORMA NA FRANÇA
• Houve 8 guerras de religião entre 1562 e 1598.
• O Massacre de São Bartolomeu foi somente o maior
(*entre 30 mil e 100 mil mortos*) de vários.
• A nobreza protestante e católica disputava o poder e
o apoio do rei, que oscilava entre os dois lados.
• Após se converter ao catolicismo, Henrique de
Navarra tornou-se rei da França e baixou o Edito de
Nantes (1598) que colocou fim ao conflito religioso.
• Mais tarde, o Cardeal Richelieu fez guerra aos
protestantes e diminuiu-lhes os direitos como forma
de fortalecer o poder do rei.
Prof.ª Valéria Fernandes 25
REFORMA NA FRANÇA
• Durante a regência de Catarina de
Médicis e o governo de seus filhos
(Francisco II, Carlos IX e Henrique III)
explodiu a violência religiosa na França.
• Os Bourbon (huguenotes) e os Guise
(católicos) disputavam a influência
sobre o rei.
• Catarina tentou a conciliação entre as
partes, mas a Liga Católica via esses
movimentos como inaceitáveis.
• Durante o seu governo foi fundada a
França Antártica (1555) uma tentativa
de colonização francesa no território
brasileiro, um local de abrigo para os
huguenotes fora da França.
Prof.ª Valéria Fernandes 26
Catarina de Médicis (1519-
1559), de família burguesa,
foi mãe de três reis da
França.
REFORMA NA FRANÇA
• Massacre da Noite de São Bartolomeu em 23 e 24 de agosto de
1572.
Prof.ª Valéria Fernandes 27
REFORMA NA FRANÇA
• O Edito de Nantes colocou fim
às guerras de religião, dando
aos protestantes liberdade de
culto limitada e controle de
algumas cidades fortificadas.
• Em 1685, Luís XIV revogou o
Edito de Nantes com o Edito de
Fontainebleau. Os huguenotes
voltaram a ser perseguidos e
muitos deles saíram do país. A
migração dos huguenotes
causou problemas econômicos
ao país.
Prof.ª Valéria Fernandes 28
REFORMA NA INGLATERRA
• Henrique VIII era um dos reis
mais católicos da Europa.
• Em 1521, publicou um livro em
que atacava as idéias de Lutero,
recebendo do papa o título de
Defensor Fidei.
• Por questões pessoais (relação com
Ana Bolena, a esperança de um
herdeiro do sexo masculino), o rei
pleiteou junto à Roma a anulação
de seu casamento com Catarina de
Aragão.
Prof.ª Valéria Fernandes 29
Evangelho de João
traduzido por William
Tyndale.
REFORMA NA INGLATERRA
• O rompimento com Roma foi um
processo que se estendeu de 1525
até 1534.
• No continente, a ruptura com o
catolicismo foi feita por razões
teológicas e levada adiante por
homens comuns.
• Na Inglaterra, a Reforma esteve
condicionada a motivos pessoais e
políticos e foi forçada de cima para
baixo pelo rei.
Prof.ª Valéria Fernandes 30
Prof.ª Valéria Fernandes 31
REFORMA NA INGLATERRA
• Em 1531, Henrique VIII exigiu ser reconhecido pela
Igreja como Protetor e único chefe supremo da
Igreja e do clero da Inglaterra.
• Pelo Ato de Supremacia, novembro de 1534, o
Parlamento reconheceu Henrique VIII como "o
único chefe supremo na Terra da Igreja na
Inglaterra".
• Durante o governo de Henrique VIII, mosteiros
foram destruídos e os bens da Igreja Católica
confiscados. Já em termos de teologia e doutrina, a
Igreja permaneceu próxima do Catolicismo.
Prof.ª Valéria Fernandes 32
REFORMA NA INGLATERRA
• Eduardo VI (1537-1553) consolidou aproximou a
Igreja da Inglaterra do Calvinismo → Promoveu a
revisão do Livro de Oração Comum (1549).
• Mary I (1553-1558) forçou o retorno ao Catolicismo e
a Inquisição se estabeleceu na Inglaterra.
• Elizabeth I (1558 -1603) governou como protestante,
mas levou adiante uma política de conciliação,
excluindo somente católicos radicais e puritanos. Em
1559, foi reconhecida como Governante Suprema da
Igreja e em 1552 foi publicado um novo Livro de
Oração Comum.
Prof.ª Valéria Fernandes 33
• Mary Stuart (1542-1587), rainha da Escócia, era considerada
pelos católicos legítima herdeira do trono inglês. Derrotada
pelos protestantes em seu país, pediu asilo a sua prima
Elizabeth I. Passou 19 anos presa. Uma conspiração frustrada
colocá-la no trono, fez com que fosse condenada à morte e
decapitada.Prof.ª Valéria Fernandes 34
• A Invencível Armada foi lançada sobre a Inglaterra por Filipe
II, rei da Espanha, em 1588, em retaliação à execução de Mary.Prof.ª Valéria Fernandes 35
PONTOS COMUNS A TODOS
OS PROTESTANTES
• Sola fide (somente a fé);
• Sola scriptura (somente a
Escritura);
• Solus Christus (somente
Cristo);
• Sola gratia (somente a graça);
• Soli Deo gloria (glória
somente a Deus).
36Prof.ª Valéria Fernandes
REFORMA CATÓLICA
• Convocado por Paulo III, o Concílio de Trento (1545-
1563) teve existência tumultuada e interrompido
diversas vezes.
• Os protestantes participaram de parte do Concílio,
pois havia o desejo de conciliação.
• Foi aceito em parte da Itália, em Sabóia, na Polônia,
em Portugal, na Espanha, nos Países-Baixos, e na
Suíça católica, depois, com reticências, em Veneza. Só
foi aceito na França em 1615. Na Alemanha, o
imperador, subordinado às decisões da dieta de
Augsburgo, só ratifica os decretos sobre a fé e o culto.
Prof.ª Valéria Fernandes 37
REFORMA CATÓLICA
• Reconhecidos pelo papa em 1528, dedicaram-se a
zelar pelos mais pobres, buscando impedir o avanço
do protestantismo, e eram também pregadores
famosos por seu poder de persuasão.Prof.ª Valéria Fernandes 38
• Durante a Contrarreforma, foram
fundadas ordens e comunidades
religiosas com o intuito de conter
o avanço protestante. As duas
mais importantes são os jesuítas e
os capuchinhos.
• Surgidos em 1525, os capuchinhos
são franciscanos e defendiam que
a regra da ordem não estava
sendo seguida da forma correta. Matteo Bassi (1495–1552)
REFORMA CATÓLICA
• Depois de alguma resistência por parte dos cardeais
e suspeitas da Inquisição, a nova ordem foi
reconhecida pelo papa em 1540.
• Combateram a reforma protestante dentro da
Europa, destacaram-se na área da educação no e
trabalho missionário pelo mundo.Prof.ª Valéria Fernandes 39
• O militar Inácio de
Loyola fundou em 1534,
a Sociedade de Jesus.
• O lema da ordem é "Ad
maiorem Dei gloriam"
("Para a maior glória de
Deus"). A ordem exige
total obediência ao papa.
Inácio de Loyola (1491-1556)
REFORMA CATÓLICA
• Decisões do Concílio de Trento:
 Salvação pela fé e pelas obras.
 Tradição tinha o mesmo peso da Bíblia.
 Bíblia e Missa deveriam permanecer em Latim.
 Criação do Index → Lista dos livros proibidos.
 Manutenção do celibato dos padres.
 Somente os sacerdotes poderiam interpretar a
Bíblia, rezar a missa e ministrar os sacramentos.
 Proibida a comunhão nas duas espécies.
 Criação de seminários para a formação de padres.
 Bispos deveriam residir nas dioceses e padres nas
suas paróquias.
 Reativação da Inquisição.
 Proibição da venda de indulgências.
Prof.ª Valéria Fernandes 40
BIBLIOGRAFIA
DUFFY, Eamon. Santos e Pecadores – História dos
Papas. São Paulo: Cosac & Naify, 1998.
COLLINSON, Patrick. A Reforma. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2006.
HEINZE, Rudolph W. Reform and Conflict – From the
Medieval to the Wars of Religion – AD 1350-1648.
Michigan: Baker Books, 2005, v.4.
GONZÁLEZ, Justo L. Uma História Ilustrada do
Cristianismo – A Era dos Reformadores, vol. 6, 2ª
ed. São Paulo: Vida Nova, 1995.
MACCULLOCH, Diarmaid. The Reformation – A
History. Nova York: Penguin, 2003.

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Reformas religiosas do Século XVI

  • 2. PRÉ-REFORMA RELIGIOSA • John Wycliffe (c. 1320-1384) e os lollardos – Inglaterra. • Jan Hus – Boêmia (*atual República Tcheca*). • O Concílio de Constança (1414-1418). • Rainha Isabel de Castela e o Cardeal Cisneros – Espanha. • Humanistas como Erasmo de Roterdã. Jan Hus (c. 1369-1415) Prof.ª Valéria Fernandes 2
  • 4. “Gostaria que a mais fraca mulher lesse os Evangelhos e as Epístolas de São Paulo [...] Gostaria que essas palavras fossem traduzidas para todas as línguas, afim de que não só os escoceses e irlandeses, como também turcos e sarracenos pudessem lê-las. Anseio que o lavrador as cante para si mesmo quando acompanha o arado, o tecelão as murmure ao som de sua lançadeira, que o viajante iluda com elas a monotonia da jornada.” Novum Testamentum omne de Erasmo de Roterdã Prof.ª Valéria Fernandes 4
  • 5. MOTIVAÇÕES DA REFORMA RELIGIOSA • Corrupção e despreparo do clero. • Papas que se comportavam como príncipes seculares e, não, como líderes da igreja. • Sentimentos nacionais, associados, ou não, a existência de um Estado. • As críticas dos humanistas. • Uma maior difusão da Bíblia e textos teológicos graças à invenção da imprensa. Prof.ª Valéria Fernandes 5
  • 6. MOTIVAÇÕES DA REFORMA RELIGIOSA • Simonia é a venda de objetos considerados sagrados ou a venda de cargos religiosos. Os grandes senhores compravam cargos eclesiásticos como forma de aumentar seu poder ou garantir uma fonte de renda para seus filhos, o padre da paróquia enfurecia os fiáis ao cobrar por serviços que deveriam ser gratuitos. Já o Nicolaísmo está ligado ao desregramento sexual do clero. Obrigados ao celibato, muitos não mantinham a castidade e envolviam-se em escândalos sexuais. Prof.ª Valéria Fernandes 6
  • 7. HUMANISMO REFORMISTA • Um dos maiores intelectuais de seu tempo, ele defendeu a seu modo uma reforma de Igreja Católica e foi defensor da tolerância. • Propôs que a Bíblia estivesse na língua do povo, o fim do celibato obrigatório, questionou o culto às relíquias e à Virgem Maria, criticou o comportamento moral de membros do clero, inclusive os papas. • Respeitado por Lutero, discordava dele principalmente em relação ao livre-arbítrio. Prof.ª Valéria Fernandes 7 Erasmo de Rotterdam (1466-1536)
  • 8. REFORMA LUTERANA • Em 15 de março de 1517, o papa Leão X ofereceu indulgência (perdão) aos que contribuíssem para a construção da basílica de São Pedro em Roma. • Lutero e outros teólogos questionam a validade das indulgências. Prof.ª Valéria Fernandes 8
  • 9. REFORMA LUTERANA • Lutero (1483-1546), professor na Universidade de Wittenberg, se insurge contra a cobrança das indulgências. • Em a 31/10/1517, como forma de protesto, Lutero pregou (*ou não*) as 95 Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. • As conciliações fracassaram e o Papa Leão X excomungou Lutero em 03/01/1521, na bula "Decet Romanum Pontificem". Prof.ª Valéria Fernandes 9
  • 10. REFORMA LUTERANA • A reforma de Lutero está ligada a ao processo de afirmação nacional alemã. • Foi apoiada por parte da nobreza e havia o interesse pelas terras da Igreja Católica. • Lutero não era o único a propor uma reforma, mas seu caso terminou por iniciar a fragmentação da Cristandade. • Confissão de Augsburgo (1530) → Melanchton. • Paz de Augsburgo (1555) → “A religião do príncipe é a religião do povo”. Prof.ª Valéria Fernandes 10
  • 11. REFORMA LUTERANA • A Guerra dos Camponeses fomentada pelas idéias anabatistas de Thomas Müntzer tinha por base a idéia de que “os pobres são demasiado infelizes para ter tempo de conhecer a Bíblia e rezar. Nenhuma reforma religiosa é possível sem revolução social”. • Müntzer e seus discípulos compuseram os 12 Artigos e defendiam entre outras coisas: a livre escolha dos pastores, a abolição da corvéia e dos pequenos dízimos, que os grandes dízimos fossem usados em benefício da comunidade, e que a servidão fosse abolida. Prof.ª Valéria Fernandes 11
  • 12. REFORMA LUTERANA • Lutero termina por defender:  Salvação pela graça mediante a fé.  A Bíblia na língua do povo → alemão.  Comunhão nas duas espécies → pão e vinho.  Cabia ao príncipe escolher os pastores.  Sacerdócio universal.  Fim do celibato obrigatório.  A veneração aos santos não foi abolida.  Manteve o batismo infantil. Prof.ª Valéria Fernandes 12
  • 13. REFORMA LUTERANA • Philipp Melanchthon (1497- 1560), filólogo e teólogo redigiu a Confissão de Augsburg (1530) e tornou-se o principal líder do luteranismo após a morte de seu fundador. Conhecido como o "educador da Alemanha" (Praeceptor Germaniae) por reformar o ensino em território alemão e escrever a primeira gramática dessa língua. Prof.ª Valéria Fernandes 13
  • 14. REFORMA NA SUÍÇA • A Reforma religiosa na Suíça começou quase ao mesmo tempo que na Alemanha. • A região também não tinha uma unidade nacional e estava obrigada a enviar soldados para os exércitos de vários países. • O padre Ulrich Zwinglio começa a pregar em Zurique o chamado “evangelho puro” em 1519 e se coloca contra as indulgências. Prof.ª Valéria Fernandes Zwinglio (1484-1531) 14
  • 15. REFORMA NA SUÍÇA • Se a pergunta de Lutero era “como eu posso ser salvo?”, a de Zwinglio era “como salvar o meu povo?”. • Zwinglio era humanista, admirador de Erasmo de Roterdã e pregava que a Bíblia deveria pautar todas as ações das pessoas. • Ele e Lutero discordavam em vários pontos, especialmente em relação à Eucaristia. • Zwinglio era contra o envio de soldados suíços para guerras que não eram suas. Isso fez com que Zurique fosse atacada e o reformador morreu em batalha. Prof.ª Valéria Fernandes 15
  • 16. OS ANABATISTAS Prof.ª Valéria Fernandes 16 • Chamados de reformadores radicais em alguns livros. • Defendiam que somente os adultos fossem batizados. • Alguns eram pacifistas. • Com as perseguições de católicos e protestantes, o movimento assumiu posturas místicas e participaram de revoltas populares. • Seus descendentes são os atuais menonitas. Anabatista recebendo o “terceiro” batismo.
  • 17. PIONEIRO DO ECUMENISMO • Martinho Bucero (1491-1551) não tem uma igreja com seu nome, mas foi um dos reformadores mais importantes de sua época, atuando principalmente na cidade de Estrasburgo. Dominicano, tornou-se protestante depois de ouvir uma pregação de Lutero. Tentou conciliar o reformador alemão e Zwinglio, mas fracassou. Muito próximo de Melanchthon, negociou com Carlos V um acordo entre protestantes e católicos no Sacro Império e fracassou. Terminou obrigado a se exilar na Inglaterra, em 1549, onde, sob a proteção de Eduardo VI, ajudou na segunda revisão do Livro de Oração Comum. Prof.ª Valéria Fernandes 17
  • 18. JOÃO CALVINO • Calvino nasceu na França (1509) e recebeu uma sólida formação humanista. • Sua educação foi patrocinada pelo bispo de sua cidade (Noyon), patrão de seu pai. • A Reforma na França já estava em andamento quando Calvino nasceu e o reformador teve contato com ideias luteranas e de outros reformadores. Prof.ª Valéria Fernandes João Calvino (1509-1564) 18
  • 19. JOÃO CALVINO • Diferentemente de Lutero, não se sabe quando Calvino rompeu com a Igreja Católica, mas em 1534, ele voltou a sua cidade e abriu mão do dinheiro dado pelo bispo para patrocinar-lhe os estudos. • A Reforma na França estava condicionada pela vontade do Rei → Se o monarca se sentisse ameaçado em seu poder, haveria perseguição. • Não havia um “perfil” protestante na França. Nobres, burgueses (*como Calvino*), camponeses, todos aderiram à Reforma e eram chamados de huguenotes. Prof.ª Valéria Fernandes 19
  • 20. SIGNIFICADO DA PALAVRA HUGUENOTE  A origem da palavra não é clara. Há quem defenda que o termo vem do nome de Besançon Hugues, líder da revolta protestante de Genebra. Bernard Cottret diz que o termo vem de “confederados”, em francês "eidguenot", derivado do suíço-alemão “eidgenossen”, ou “partidário da Reforma”. Já Owen I.A. Roche diz que “huguenote” era uma combinação de dois termos, um flamengo e outro alemão, “eid Genossen” (colegas de juramento), já que as reuniões protestantes eram secretas. Outros afirmam que o termo derive do nome de um lugar no qual os protestantes franceses celebravam o próprio culto; esse lugar era chamado "Torre de Hugon" e se encontra em Tours. Prof.ª Valéria Fernandes 20
  • 21. JOÃO CALVINO • Em março de 1536, Calvino publica a 1ª versão da sua obra mais importante Institutas da Religião Cristã em latim, com dedicatória ao rei da França. • Com a perseguição, Calvino parte para Estrasbugo, cidade de língua francesa reformada e liderada por Bucero. Chegando em Genebra, é instado por Guilherme Farel a permanecer. • Genebra nem sempre foi acolhedora para com Calvino, mas foi ali que ele desenvolveu sua reforma religiosa e a cidade passou a ser conhecida como a Jerusalém ou Roma do Protestantismo. Prof.ª Valéria Fernandes 21
  • 22. MURO DA REFORMA Calvino fundou a Universidade de Genebra e o homenageou no Muro da Reforma junto com Theodore Beza, Guilherme Farel e John Knox.Prof.ª Valéria Fernandes 22
  • 23. JOÃO CALVINO • “Por decreto de Deus, para manifestação de sua glória, alguns homens são predestinados à vida eterna e outros são predestinados à morte eterna.” → A predestinação é fundamental ao Calvinismo. • Justificação do trabalho e do lucro; ênfase na austeridade e na disciplina; preocupação com a educação. • A burguesia adere mais ao calvinismo → identificação de classe X identificação nacional. • Puritanos, presbiterianos, reformados etc. são todos calvinistas. Prof.ª Valéria Fernandes 23
  • 24. REFORMA NA ESCÓCIA • Na Escócia, o avanço da reforma se deveu a John Knox (1505-1572), discípulo de Calvino. Perseguido, foi condenado às galés, refugiou- se depois em Genebra. Seu texto “Primeiro Toque da Trombeta contra o Monstruoso Governo de Mulheres”, o indispôs com a rainha Elizabeth I da Inglaterra. De volta à Escócia, entrou em conflito com a Rainha Mary, que era católica e venceu. Prof.ª Valéria Fernandes 24 • O parlamento escocês abraçou a reforma em 1560, estabelecendo oficialmente o presbiterianismo.
  • 25. REFORMA NA FRANÇA • Houve 8 guerras de religião entre 1562 e 1598. • O Massacre de São Bartolomeu foi somente o maior (*entre 30 mil e 100 mil mortos*) de vários. • A nobreza protestante e católica disputava o poder e o apoio do rei, que oscilava entre os dois lados. • Após se converter ao catolicismo, Henrique de Navarra tornou-se rei da França e baixou o Edito de Nantes (1598) que colocou fim ao conflito religioso. • Mais tarde, o Cardeal Richelieu fez guerra aos protestantes e diminuiu-lhes os direitos como forma de fortalecer o poder do rei. Prof.ª Valéria Fernandes 25
  • 26. REFORMA NA FRANÇA • Durante a regência de Catarina de Médicis e o governo de seus filhos (Francisco II, Carlos IX e Henrique III) explodiu a violência religiosa na França. • Os Bourbon (huguenotes) e os Guise (católicos) disputavam a influência sobre o rei. • Catarina tentou a conciliação entre as partes, mas a Liga Católica via esses movimentos como inaceitáveis. • Durante o seu governo foi fundada a França Antártica (1555) uma tentativa de colonização francesa no território brasileiro, um local de abrigo para os huguenotes fora da França. Prof.ª Valéria Fernandes 26 Catarina de Médicis (1519- 1559), de família burguesa, foi mãe de três reis da França.
  • 27. REFORMA NA FRANÇA • Massacre da Noite de São Bartolomeu em 23 e 24 de agosto de 1572. Prof.ª Valéria Fernandes 27
  • 28. REFORMA NA FRANÇA • O Edito de Nantes colocou fim às guerras de religião, dando aos protestantes liberdade de culto limitada e controle de algumas cidades fortificadas. • Em 1685, Luís XIV revogou o Edito de Nantes com o Edito de Fontainebleau. Os huguenotes voltaram a ser perseguidos e muitos deles saíram do país. A migração dos huguenotes causou problemas econômicos ao país. Prof.ª Valéria Fernandes 28
  • 29. REFORMA NA INGLATERRA • Henrique VIII era um dos reis mais católicos da Europa. • Em 1521, publicou um livro em que atacava as idéias de Lutero, recebendo do papa o título de Defensor Fidei. • Por questões pessoais (relação com Ana Bolena, a esperança de um herdeiro do sexo masculino), o rei pleiteou junto à Roma a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão. Prof.ª Valéria Fernandes 29 Evangelho de João traduzido por William Tyndale.
  • 30. REFORMA NA INGLATERRA • O rompimento com Roma foi um processo que se estendeu de 1525 até 1534. • No continente, a ruptura com o catolicismo foi feita por razões teológicas e levada adiante por homens comuns. • Na Inglaterra, a Reforma esteve condicionada a motivos pessoais e políticos e foi forçada de cima para baixo pelo rei. Prof.ª Valéria Fernandes 30
  • 32. REFORMA NA INGLATERRA • Em 1531, Henrique VIII exigiu ser reconhecido pela Igreja como Protetor e único chefe supremo da Igreja e do clero da Inglaterra. • Pelo Ato de Supremacia, novembro de 1534, o Parlamento reconheceu Henrique VIII como "o único chefe supremo na Terra da Igreja na Inglaterra". • Durante o governo de Henrique VIII, mosteiros foram destruídos e os bens da Igreja Católica confiscados. Já em termos de teologia e doutrina, a Igreja permaneceu próxima do Catolicismo. Prof.ª Valéria Fernandes 32
  • 33. REFORMA NA INGLATERRA • Eduardo VI (1537-1553) consolidou aproximou a Igreja da Inglaterra do Calvinismo → Promoveu a revisão do Livro de Oração Comum (1549). • Mary I (1553-1558) forçou o retorno ao Catolicismo e a Inquisição se estabeleceu na Inglaterra. • Elizabeth I (1558 -1603) governou como protestante, mas levou adiante uma política de conciliação, excluindo somente católicos radicais e puritanos. Em 1559, foi reconhecida como Governante Suprema da Igreja e em 1552 foi publicado um novo Livro de Oração Comum. Prof.ª Valéria Fernandes 33
  • 34. • Mary Stuart (1542-1587), rainha da Escócia, era considerada pelos católicos legítima herdeira do trono inglês. Derrotada pelos protestantes em seu país, pediu asilo a sua prima Elizabeth I. Passou 19 anos presa. Uma conspiração frustrada colocá-la no trono, fez com que fosse condenada à morte e decapitada.Prof.ª Valéria Fernandes 34
  • 35. • A Invencível Armada foi lançada sobre a Inglaterra por Filipe II, rei da Espanha, em 1588, em retaliação à execução de Mary.Prof.ª Valéria Fernandes 35
  • 36. PONTOS COMUNS A TODOS OS PROTESTANTES • Sola fide (somente a fé); • Sola scriptura (somente a Escritura); • Solus Christus (somente Cristo); • Sola gratia (somente a graça); • Soli Deo gloria (glória somente a Deus). 36Prof.ª Valéria Fernandes
  • 37. REFORMA CATÓLICA • Convocado por Paulo III, o Concílio de Trento (1545- 1563) teve existência tumultuada e interrompido diversas vezes. • Os protestantes participaram de parte do Concílio, pois havia o desejo de conciliação. • Foi aceito em parte da Itália, em Sabóia, na Polônia, em Portugal, na Espanha, nos Países-Baixos, e na Suíça católica, depois, com reticências, em Veneza. Só foi aceito na França em 1615. Na Alemanha, o imperador, subordinado às decisões da dieta de Augsburgo, só ratifica os decretos sobre a fé e o culto. Prof.ª Valéria Fernandes 37
  • 38. REFORMA CATÓLICA • Reconhecidos pelo papa em 1528, dedicaram-se a zelar pelos mais pobres, buscando impedir o avanço do protestantismo, e eram também pregadores famosos por seu poder de persuasão.Prof.ª Valéria Fernandes 38 • Durante a Contrarreforma, foram fundadas ordens e comunidades religiosas com o intuito de conter o avanço protestante. As duas mais importantes são os jesuítas e os capuchinhos. • Surgidos em 1525, os capuchinhos são franciscanos e defendiam que a regra da ordem não estava sendo seguida da forma correta. Matteo Bassi (1495–1552)
  • 39. REFORMA CATÓLICA • Depois de alguma resistência por parte dos cardeais e suspeitas da Inquisição, a nova ordem foi reconhecida pelo papa em 1540. • Combateram a reforma protestante dentro da Europa, destacaram-se na área da educação no e trabalho missionário pelo mundo.Prof.ª Valéria Fernandes 39 • O militar Inácio de Loyola fundou em 1534, a Sociedade de Jesus. • O lema da ordem é "Ad maiorem Dei gloriam" ("Para a maior glória de Deus"). A ordem exige total obediência ao papa. Inácio de Loyola (1491-1556)
  • 40. REFORMA CATÓLICA • Decisões do Concílio de Trento:  Salvação pela fé e pelas obras.  Tradição tinha o mesmo peso da Bíblia.  Bíblia e Missa deveriam permanecer em Latim.  Criação do Index → Lista dos livros proibidos.  Manutenção do celibato dos padres.  Somente os sacerdotes poderiam interpretar a Bíblia, rezar a missa e ministrar os sacramentos.  Proibida a comunhão nas duas espécies.  Criação de seminários para a formação de padres.  Bispos deveriam residir nas dioceses e padres nas suas paróquias.  Reativação da Inquisição.  Proibição da venda de indulgências. Prof.ª Valéria Fernandes 40
  • 41. BIBLIOGRAFIA DUFFY, Eamon. Santos e Pecadores – História dos Papas. São Paulo: Cosac & Naify, 1998. COLLINSON, Patrick. A Reforma. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006. HEINZE, Rudolph W. Reform and Conflict – From the Medieval to the Wars of Religion – AD 1350-1648. Michigan: Baker Books, 2005, v.4. GONZÁLEZ, Justo L. Uma História Ilustrada do Cristianismo – A Era dos Reformadores, vol. 6, 2ª ed. São Paulo: Vida Nova, 1995. MACCULLOCH, Diarmaid. The Reformation – A History. Nova York: Penguin, 2003.