1. O documento descreve a formação dos estados nacionais na Europa, como a França, Inglaterra, Espanha e Portugal se tornaram nações unificadas durante a Idade Média, ao passo que a Itália e Alemanha permaneceram fragmentadas.
2. Detalha os processos de criação de um estado nacional centralizado em Portugal, França e Espanha através do monopólio da força pelo rei, moeda única, burocracia real e aliança com a burguesia.
3. Apresenta o conceito de absolut
2. MONARQUIAS NACIONAIS
Formadas na Idade Média:
1. França
2. Inglaterra
3. Espanha
4. Portugal
Que tiveram sua unificação
prejudicada pelo conflito entre o
Papa e o Imperador:
1. Itália
2. Alemanha
4. CRIANDO UM ESTADO NACIONAL
•Monopólio da força pelo REI → criação
de um exército permanente.
•Moeda única.
•Estabelecimento de um quadro de
funcionários (nobres e burgueses).
•Aliança com a burguesia e a pequena
nobreza.
•Crescimento do comércio e arrecadação
de impostos.
•Crise dos poderes universais.
5. E O ABSOLUTISMO?
•É um regime político existente entre os
séculos XVI-XVIII em que uma pessoa
exerce poderes ilimitados, onde só ele
manda, geralmente um rei ou uma rainha.
Os monarcas podim fazer leis sem
aprovação da sociedade, criar impostos e
tributos que financiassem seus projetos
ou guerras, muitas vezes, um rei absoluto
se envolvia em temas religiosos,
chegando a controlar o clero nacional. A
justificativa desse poder se assentava no
Direito Divino.
•Nem todos os monarcas absolutos eram
tão absolutos assim, o regime só
funcionou de forma completa na França.
6. Luís XIV (1638-1715) ,
rei da França,
representa o auge do
Absolutismo em seu
país e modelo para
todos os monarcas do
gênero.
Chamado de “rei sol”,
ele criou a luxuosa
corte de Versalhes,
com rígidas regras de
etiqueta que
marcavam a
importância e o lugar
de cada um dentro do
chamado Antigo
Regime.
7. 7
PORTUGAL
ESTADO NACIONAL PIONEIRO
•A origem do Estado português está
relacionada à Reconquista a partir do
século XI, dos territórios da Península
ibérica sob o domínio dos mouros
(árabes) que haviam se fixado na região,
a partir do séc. VIII.
• A Reconquista atraiu nobres de toda a
Europa e Henrique de Borgonha recebeu
como recompensa de Afonso VI, rei de
Leão, a mão da princesa D. Teresa e o
Condado Portucalense. É este território
que dará origem a Portugal.
8. 8
PORTUGAL
ESTADO NACIONAL PIONEIRO
•O filho de D. Henrique
de Borgonha, Afonso
Henriques, declarou
independência no ano
de 1139, derrotando
tropas de Castela e
Leão. A independência
é reconhecida em 1143.
•A Dinastia de
Borgonha e Portugal
terminou o processo de
Reconquista ainda no
século XIII.
Portugal nasceu de
uma cisão do Reino
de Leão.
9. 9
EVOLUÇÃO DA RECONQUISTA
PORTUGUESA
Com o fim da Ordem dos Templários em
1307, o Rei de Portugal recebe do papa o
privilégio de criar uma nova ordem militar
que os acolhesse: a Ordem de Cristo.
10. 10
PORTUGAL
ESTADO NACIONAL PIONEIRO
•Uma nova rota
comercial ligando as
cidades italianas, no
sul, à Flandres, no
norte, com escala em
Lisboa impulsionou a
economia do país e a
burguesia mercantil
se fortaleceu.
•Lembre-se da Guerra dos Cem Anos e da
Peste Negra. Passar por Portugal é mais
seguro do que ir por terra.
11. 11
O PAPA CONFIRMA A INDEPENDÊNCIA DE
PORTUGAL
Bula Manifestis Probatum do papa
Alexandre III (23/05/1179)
"Concedemos e confirmamos por
autoridade apostólica ao teu excelso
domínio o reino de Portugal com inteiras
honras de reino e a dignidade que aos reis
pertence, bem como todos os lugares que
com o auxílio da graça celeste
conquistaste das mãos dos sarracenos e
nos quais não podem reivindicar direitos
os vizinhos príncipes cristãos.”
(Fonte)
12. 12
• Após a morte do último rei da dinastia de
Borgonha, D. Fernando I, formaram-se em Portugal
dois grupos: o da burguesia mercantil e pequena
nobreza, que apoiava a ascensão de D. João,
Mestre d’Avis, filho bastardo rei; e outro, liderado
pela nobreza que apoiava a anexação de Portugal
ao reino de Castela, pois a princesa Beatriz, única
filha do falecido rei, era casada com o rei de
Castela, essa facção tinha o apoio da grande
nobreza e alto clero.
• A vitória na Batalha de Aljubarrota marcou o
início da Dinastia de Avis, garantiu-se a
independência e reforçou-se a centralização do
poder nas mãos do rei.
REVOLUÇÃO DE AVIS
(1383-85)
13. 13
• A construção do Reino da Espanha foi fruto de
um longo processo de Reconquista (711-1492).
• A Reconquista somente foi finalizada com a
conquista de Granada em 1492, mesmo ano em
que Colombo chegou ao novo continente, depois
batizado de América.
FORMAÇÃO DA ESPANHA:
UMA LONGA RECONQUISTA
14. 14
• No século XV, a Espanha
estava partida em dois reinos, a
união foi selada com o
casamento (1469) de Fernando II
de Aragão e Isabel I de Castela,
conhecidos como os “Reis
Católicos”.
• A criação do reinos espanhol
foi dificultado pela co-existência
de vários povos, nacionalidades,
sistemas jurídicos e de cobrança
de impostos diferentes.
• Conciliar os vários interesses
e grupos, garantindo a unidade
duradoura foi uma árdua tarefa.
NASCE O REINO DA ESPANHA
Isabel I de Castela
(1451-1504)
15. 15
•Isabel herdou o reino de
seu irmão, Henrique IV,
mas o rei tivera uma
filha, a princesa Joana.
•“Beltraneja” era o seu
apelido, pois muitos a
acreditavam filha do
nobre Beltrán de La
Cueva.
•Há outra teoria: o rei era
impotente e um médico
judeu foi chamado, ele
teria executado uma uma
inseminação artificial,
talvez a primeira da
história.
JOANA BELTRANEJA: QUASE RAINHA
DE CASTELA
A princesa Joana foi casada
com o rei Afonso V de
Portugal, houve guerra civil
(1474-1479), vencida por
Isabel.
16. 16
• A união entre Aragão e
Castela, oficializada em 1479,
era frágil. Cada reino tinha
suas próprias leis e era
administrado de forma
separada por seus monarcas,
sem um herdeiro homem, o
reino poderia se fragmentar.
• Em 1478, a Inquisição se
estabeleceu na Espanha à
pedido dos reis católicos, seu
alvo principal eram os judeus
e mouros convertidos. A
tolerância para com minorias
religiosas chegava ao fim, ser
espanhol deveria ser sinônimo
de ser católico.
NASCE O REINO DA ESPANHA
Fernando II (1452-
1516) fez o
possível para
garantir a união
dos reinos após a
morte da esposa.
17. 17
• Em 1492, todos os judeus foram
expulsos da Espanha. Para se casar com
uma das filhas dos reis católicos, o Rei de
Portugal baixou decreto semelhante em
1496.
• Os judeus convertidos ao catolicismo
eram chamados de cristãos-novos, em
oposição aos cristãos-velhos.
• Houve conversões genuínas, mas a
maioria era fruto da violência, ou da
conveniência social. O convertido, no
entanto, acabava sendo discriminado
(*sangue impuro*) e tornava-se alvo da
Inquisição.
QUEM ERAM OS CRISTÃOS-NOVOS
18. 18
• Em Portugal, diante do êxodo dos judeus,
que resistiam à conversão, o Rei D. Manuel
I deixou somente o porto de Lisboa aberto
para a migração e ordenou que todas as
crianças menores de 14 anos fossem
tomadas de seus pais e educadas como
católicas.
• Em 1506, a população, instigada pelos
dominicanos, promoveu uma grande
matança (Pogrom de Lisboa ou Matança da
Páscoa). O rei puniu os envolvidos, mas o
estrago estava feito.
• As leis contra os judeus e casamentos
de cristãos novos e velhos só foram
suspensas no século XVIII.
QUEM ERAM OS CRISTÃOS-NOVOS
19. 19
O documentário “A Estrela Oculta do
Sertão” fala dos descendentes de judeus
(cristãos novos) no Nordeste do Brasil. A
maioria não tinha ideia de suas origens.
20. 20
• "Mourisco do reino de Granada,
passeando no campo com a esposa e um
filho", de Christoph Weiditz (1529)
21. 21
• Em Castela, em 1502, foi ordenado a
conversão forçada dos mouros (mouriscos).
• No Reino de Aragão, a mesma ordem só
veio em 1525-26.
• Apesar da pressão, a maioria dos mouros
manteve seus costumes e religião (*em
segredo*), ainda que tenham abandonado a
língua árabe.
• Depois de alguns conflitos, veio a ordem
de expulsão de todos os mouriscos em
1609, o norte da África foi seu destino.
• A Espanha perdeu 4% da população, a
maioria trabalhadores rurais. Parece
pouco, mas algumas regiões sofreram
grande impacto.
E O QUE ACONTECEU COM OS
MOUROS?
22. 22
• Mais tarde, em 1512, a parte sul do Reino
de Navarra foi incorporada à Espanha.
• A riqueza fruto das terras conquistadas
forneceu à Coroa espanhola os meios
financeiros não só para garantir a
estabilidade do novo estado como para dar
à Espanha um lugar de grande relevo na
economia europeia.
• Em 1519, Carlos V se torna rei da
Espanha e Imperador do Sacro Império
Romano Germânico, além de possuir
territórios na Itália e Países Baixos, criou-se
um império no qual o sol nunca se punha.
(No slide seguinte quadro de Antonio Arias Fernández, c.1639–
1640, Carlos V e seu filho Felipe II)
A ESPANHA SE TORNA UM IMPÉRIO
24. 24
Todos os territórios em verde pertenciam aos
Habsburgos na Europa, concentrados nas mãos de
Carlos V (1500-1558).
25. 25
A Batalha de
Lepanto foi
travada entre uma
esquadra da Santa
Liga (República de
Veneza, Reino de
Espanha,
Cavaleiros de
Malta e Estados
Pontifícios) sob o
comando de João
da Áustria e o
Império Otomano,
no dia 7 de
outubro de 1571,
próximo de
Lepanto, na
Grécia.
Esta batalha representou o fim
da expansão islâmica no
Mediterrâneo. A Igreja
Católica celebra a 5data
associada à Nossa Senhora do
Rosário.
26. 26
• Até que Luís XIV pudesse pronunciar a
frase “Je suis la Loi, Je suis l'Etat; l'Etat
c'est moi” (Eu sou a Lei, eu sou o Estado; o
Estado sou eu!), os reis da França tiveram
que lutar muito para se impor aos grandes
senhores feudais consolidando seu poder
em todo o território nacional.
• O processo iniciado com Filipe II (1180-
1223), que conseguiu tomar vários feudos
dos reis da Inglaterra, e continuado por
Luís IX (1214-1270) e Filipe IV (1268-1314)
foi interrompido pela Guerra dos Cem Anos
(1337-1453). Porém, o enfraquecimento
geral da nobreza atuou em favor do rei.
FRANÇA: DO FEUDALISMO AO
ABSOLUTISMO
27. • A Guerra dos Cem
Anos foi o conflito entre
França e Inglaterra por
questões dinásticas e
pelo controle da região
da Flandres.
• A França venceu, mas
se enfraqueceu, assim
como a Inglaterra.
• Ambas as nações
não tiveram condições
de participar das
Grandes Navegações de
imediato.
FRANÇA: DO FEUDALISMO AO
ABSOLUTISMO
28. • O século XIV foi
marcado pela Guerra dos
Cem Anos, pela Peste
Negra e por revoltas
camponesas.
• O surto de peste
bubônica causou uma
fratura demográfica.
• A Jacquerie ajudou a
reforçar o poder do rei
francês, pois a nobreza
teve que unir forças com o
soberano para se impor
aos camponeses.
• Carlos V recomeçou
(1364) a ofensiva contra os
ingleses, estabelecendo o
que seria o primeiro
exército regular do país.
•Na Inglaterra, a Rebelião
de Wat Tyler (1381) contra
os altos impostos, quase
tomou Londres, obrigando
a nobreza e o rei a se
unirem para derrotar um
“inimigo” comum, os
camponeses rebelados.
29. • A criação de impostos
ajudou a fortalecer o
poder dos reis. Um dos
primeiros tributos foi a
talha real (taille royale) de
Carlos VII (1403-1461) em
1439, o rei que Joana
D’Arc colocou no trono.
• O imposto criado para
armar tropas que seriam
usadas na expulsão dos
ingleses, terminou se
tornando permanente.
FRANÇA: DO FEUDALISMO AO
ABSOLUTISMO
A talha real foi autorizada
pelos Estados Gerais,
assembleia que reunia o
clero, a nobreza e a
burguesia.
30. • Com Francisco I o
poder dos Estados-Gerais
foi reduzido em 1515.
• Em 1516, o rei firmou a
com o Concordata de
Bolonha papa Leão X. A
Igreja estaria submetida
ao Estado (galicanismo)
dando ao rei o direito de
indicar os bispos e outras
autoridades eclesiásticas.
• O rei patrocinou vários
artistas do Renascimento,
como Leonardo Da Vinci.
FRANÇA: DO FEUDALISMO AO
ABSOLUTISMO
Francisco I (1547) por
Jean Clouet, 1525.
31. Francisco I e Suleimão, o Magnífico de Ticiano.
França e o Império turco firmaram uma aliança em
1536. O objetivo era atingir os Habsburgos, mas
terminou durando até a Era Napoleônica.
32. AS GUERRAS DE RELIGIÃO
• Entre 1562 e 1598, houve oito guerras
motivadas por questões religiosas na
França. Considerado o ápice do conflito,
o Massacre de São Bartolomeu (23-24
/08/1572) foi somente o maior (*entre 30
mil e 100 mil mortos*) de vários.
• O conflito entre nobres católicos e
protestantes terminou por retardar início
do absolutismo.
• Catarina de Médicis, governando através
de seus filhos (Francisco II, Carlos IX e
Henrique III), não conseguiu conter a
carnificina entre a Liga Católica, liderada
pelo Duque de Guise, e os Protestantes,
apoiados por Henrique, rei de Navarra. 32
33. A Guerra dos Três Henriques (1587-1589)
aconteceu foi disputada por Henrique de Guise
(esq.), Henrique de Navarra (cent.) e o rei
Henrique III (dir.). O rei encomenda a morte do
Duque de Guise e termina sendo assassinado por
um fanático católico. Henrique de Bourbon
converte-se ao catolicismo e assume o trono
dando inicio a Dinastia dos Bourbons. Ele baixa o
Edito de Nantes Em 1610, foi morto por um
católico que o via como traidor.
34. A RELIGIÃO DO PRÍNCIPE É A
RELIGIÃO DO POVO
• O Edito de Nantes, baixado
por Henrique IV, pôs fim às
guerras de religião, dando
aos protestantes liberdade
de culto limitada e controle
de cidades fortificadas.
• Em 1685, Luís XIV revogou o
Edito de Nantes com o Edito
de Fontainebleau (1685). Os
huguenotes voltaram a ser
perseguidos e muitos deles
saíram do país. A migração
dos huguenotes causou
problemas econômicos ao
país.
35. OS MINISTROS CARDEAIS
• Richelieu, ministro do
rei Luís XIII (1601-1643), é
considerado o construtor
do absolutismo francês,
buscou debilitar a
nobreza, e tornar a França
a maior potência da
Europa, derrotando os
Habsburgos. Alterou o
Edito de Nantes e retirou
dos protestantes o direito
de possuírem fortalezas,
estimulou a produção de
manufaturas e envolveu a
França na Guerra dos 30
Anos (1618-48) e apoiou a
luta de independência de
Portugal.
Cardeal Richelieu
(1585-1642)
36. • O Cardeal Richelieu no cerco de La
Rochelle, cidade fortaleza protestante.
Quadro de Henri Motte, 1881.
37. GUERRA DOS TRINTA ANOS
(1618-1648)
• Uma das guerras mais destrutivas da
História, produziu milhões de mortos, além
de fome, miséria e esvaziamento de várias
regiões do Império.
• Iniciada por motivações religiosas, o
Imperador Fernando II (1578-1637) queria
impor o catolicismo em todos os seus
domínios, degenerou para um conflito
internacional com a participação da
Espanha, Holanda, Dinamarca, Suécia e
França, que mesmo católica, posicionou-se
com os protestantes para enfraquecer os
Habsburgos. A Inglaterra participou
indiretamente, apesar do rei da Boêmia,
Frederico V, um calvinista, tenha sido
central para o início do conflito.
38. • Ocorrido em 1618, o episódio da segunda
defenestração de Praga foi o estopim da
Guerra dos Trinta Anos, quando alguns
integrantes da nobreza tcheca atiraram
pelas janelas do palácio real de Praga os
representantes do sacro imperador
romano-germânico Fernando II.
39. GUERRA DOS TRINTA ANOS
(1618-1648)
• Durante o conflito, as questões religiosas
se tornaram secundárias e muitos líderes
mudaram de lado, havia o uso intenso de
mercenários. Saques, massacres e abusos
eram comuns.
• A Paz de Westfália, um conjunto de
tratados envolvendo 194 estados, assinada
em 30/01/1648, pôs fim ao conflito algumas
das decisões foram: a Espanha reconheceu
a independência definitiva da Holanda; o
Sacro Império reconheceu a independência
da Suíça; o Ducado da Prússia (*logo, um
reino independente*) ganhou grande
autonomia em relação ao imperador; a
França recebeu a Alsácia-Lorena.
• A Guerra dos 30 anos foi o conflito mais
sangrento dentro da Europa antes da I
Grande Guerra.
40. OS MINISTROS CARDEAIS
• Tendo servido sob o Cardeal
Richelieu, Mazarino tornou-se
seu sucessor como principal
ministro de Luís XIII e
comandou o país durante a
menoridade de Luís XIV (1638-
1715).
• Enfrentou as duas últimas
revoltas da grande nobreza, a
Fronda do Parlamento (1648-
1649) e a Fronda dos Príncipes
(1650-1653) contra o excesso
de centralização política.
• Ambas foram motivadas por
aumentos de impostos para
garantir a ação francesa em
várias guerras como a dos 30
Anos e a Franco-Espanhola
(1635-1659).
Cardeal Mazarino
(1602-1661)
41. Tornou-se rei aos 4 anos de idade e reinou por 72
anos. Governou por tanto tempo que passou o
trono para seu bisneto.
Nomeou
intendentes
para governar
as províncias.
Era chamado
de Rei Sol.
Colbert, seu
ministro das
finanças,
tentou
equilibrar as
despesas.
Reforçou a
marinha para
competir com
a Inglaterra.
Cuidava
pessoalmente
de todos os
negócios de
Estado.
Colocou fim à
liberdade
religiosa. Luís XIV
(1638-1715)
42. Palácio construído em várias etapas, Versalhes
tornou-se sede da corte em 1682. Lá, instalou-
se uma etiqueta rígida e uma série de rituais
que obrigavam os nobres a orbitar em torno do
rei como uma forma de ter prestígio, cargos e
privilégios.
43. GUERRA DE SUCESSÃO AO
TRONO DE ESPANHA
• Chamado de “el Hechizado”,
o enfeitiçado, Carlos II foi o
último Habsburgo espanhol.
Em virtude da intensa
endogamia, casamentos entre
parentes muito próximos, o rei
acumulava uma série de
deformidades e sua saúde era
precária.
• Morreu sem deixar herdeiros
e iniciou-se uma disputa entre
Luís XIV e os Habsburgos
austríacos, que governavam o
Sacro Império pelo trono
espanhol e suas muitas
colônias.
Carlos II
(1665-1700)
44. GUERRA DE SUCESSÃO AO
TRONO DE ESPANHA
• Luís XIV, filho de uma
princesa espanhola e casado
com uma princesa Habsburgo,
queria o trono para um de seus
netos, Filipe.
• A possibilidade de uma
futura união das coroas de
França e Espanha mobilizou as
potências europeias.
• A Guerra estendeu-se de
1700 à 1714. A Inglaterra
apoiou o Império, mas quando
o candidato do Império, o
Arquiduque Charles, tornou-se
imperador, decidiu-se pela
negociação.
Rei Filipe V
(1683-1746)
45. GUERRA DE SUCESSÃO AO
TRONO DE ESPANHA
• Nem França, nem Inglaterra,
Holanda, Portugal (que mudou
de lado no conflito) além de
outros envolvidos desejava
um Habsburgo governando a
Espanha e o Império. Buscou-
se um acordo.
• Pelo Tratado de Utrecht I
(1713), o neto de Luís XIV
ganhou o trono da Espanha,
mas teve que abrir mão de
qualquer direito de sucessão
na França. A Inglaterra
ganhava o direito de fornecer
escravos (Assiento) para
todas as colônias da Espanha
O arquiduque
Carlos tornou-se
imperador em
1711.
46. INGLATERRA NORMANDA
• Os normandos ocuparam a
Inglaterra em 1066. Seu líder,
o duque Guilherme, tornou-se
rei e manteve suas terras na
França.
• Com os normandos foi
trazido para a Inglaterra o
modelo feudal com alguns
ajustes: o rei guardou muitas
terras para si, os grandes
barões tinham terras
descontínuas, havia um
rascunho de sistema de
justiça e impostos nas mãos
do rei, além de camponeses
livres a disposição de suas
tropas.
•
Fragmento da
Tapeçaria de
Bayeux, que narra a
conquista normanda.
47. O REI SE CURVA
• Nos séculos XII-XIII, a má
administração e os conflitos
com o rei da França, a
nobreza, a Igreja e mesmo o
povo comum debilitaram os
reis ingleses.
• Em 1215, a nobreza, com o
apoio da Igreja e da
burguesia impôs ao rei João
Sem Terra (1199-1216) a
Magna Carta.
• A Magna Carta é uma
declaração de direitos
feudais em que cada um dos
envolvidos (rei, nobreza,
clero e o povo comum) tem
seus direitos e deveres
reconhecidos.
Página 1 da Magna
Carta, cópia da
Biblioteca do
Congresso Norte
Americano.
48. O PARLAMENTO
• Criado em 1258 para moderar as
ações do rei Henrique III (1216-
1272). Inicialmente, tratava-se de
um conselho (*imposto*) de nobre
e clérigos. No governo de
Eduardo I (1272-1307) passou a
receber também petições
populares, mas somente se reunia
a pedido do rei.
• Se o rei, ou rainha era forte,
pouco convocava e consultava o
Parlamento.
• No entanto, se o rei desejasse
criar novos impostos, deveria
convocar o Parlamento que, neste
caso, contava com a participação
de burgueses e da pequena
nobreza.
Parlamento de
Eduardo I,
manuscrito do
século XVI.
49. A GUERRA DAS DUAS ROSAS
• O último Plantageneta,
Ricardo II, foi deposto em
1399 por uma revolta da
nobreza e os Lancaster
assumem o trono. Preso na
Torre de Londres, ele foi
executado no ano seguinte.
• Perdida a Guerra dos Cem
Anos, os Lancaster e os
York passam a lutar pelo
trono. Interesses mercantis
(Lancaster/rosa vermelha)
contra as antigas estruturas
feudais (York/rosa branca),
estamos na Guerra das Duas
Rosas (1455-1485).
•
50. A GUERRA DAS DUAS ROSAS
• A guerra enfraqueceu a
nobreza senhora de terras,
pois muitas famílias foram
dizimadas.
• Empobrecidos, muitos
nobres passaram a arrendar
suas terras para burgueses
ricos ou membros da
pequena nobreza (gentry). A
resistência feudal estava
morta na Inglaterra.
• O fim da guerra colocou no
poder Henrique VII que sem
grandes entraves para
fortalecimento do poder real.
• Com os Tudor (Henrique
VII, Henrique VIII, Eduardo
VI, Mary I e Elizabeth I)
temos o breve absolutismo
inglês.
Ricardo III (1483-
85) foi o último
monarca da casa
de York e o último
rei da Inglaterra a
morrer em
combate.
51. HENRIQUE VIII E ELIZABETH I
• Dentro da dinastia Tudor,
Henrique VIII (1509-1547) foi
quem exercitou ao máximo o
poder absoluto, rompeu com o
catolicismo, tornando-se chefe
da nova Igreja Anglicana.
• Tomou as terras da igreja e
dissolveu os mosteiros. Tais
expropriações que lhe deram
riqueza suficiente para não se
incomodar com o Parlamento.
• Eliminou sem piedade todos
os que se opunham a ele, ou
podiam ameaçar seu poder. A
grande nobreza debilitada não
tinha como opor grande
resistência.
52. ERA ELISABETANA
• O governo de Elizabeth I é
chamado de Era ou Período
Elisabetano (1558-1603). É o
ápice da renascença inglesa,
na qual se viu florescer a
literatura e a poesia do país
sendo William Shakespeare,
o grande destaque. Francis
Bacon, um dos pais da
ciência moderna, viveu na
Inglaterra da época.
• Foi marcada pela expansão
marítima e pela derrota da
Invencível Armada lançada
sobre a Inglaterra por Felipe
II, rei da Espanha, em 1588. “Darnley Portrait”,
c. de 1575.
53. Nascida em 1533, reinou de
1558 até 1603.Apesar de chefe
da Igreja
Anglicana,
permitiu que
católicos e
outros
protestante
tivessem
liberdade
religiosa.
Corsários ingleses
saqueavam galeões
e colônias da
Espanha.
Virginia, a
primeira
colônia
inglesa na
América,
recebeu o
nome em sua
homenagem.
Para não ter que
recorrer ao
Parlamento,
vendeu terras
pertencentes à
Coroa.
Convocou o
Parlamento
apenas 13
vezes em 45
anos de
governo.
Sua poderosa
rede de espiões
agia dentro e fora
da Inglaterra.
Evitou se envolver
nos conflitos
religiosos do
continente.
54. DINASTIA STUART
• Com a morte de Elizabeth I
sem deixar herdeiros, seu
primo, Jaime VI da Escócia,
tornou-se também rei da
Inglaterra.
• Jaime reforçou o absolutismo
baseado na ideia de direito
divino dos reis e pela imposição
do anglicanismo. Promoveu a
caça às bruxas e patrocinou
uma tradução oficial da Bíblia
conhecida como King James
Bible (1611).
• Entrou em conflito com o
Parlamento, que foi dissolvido
(1614), e criou novos impostos.
Jaime I
(1603-1625)
55. DINASTIA STUART
• Em 1605, foi desmantelada a Conspiração da
Pólvora, também chamada de Traição Jesuíta.
Um grupo de católicos, insatisfeitos com a
perseguição promovida pelo rei, pretendiam
explodir o Parlamento na abertura dos trabalhos
em 5 de novembro. Guy Fawkes, um soldado
católico, foi preso colocando os barris de
pólvora no porão do prédio.
• Desbaratada a conspiração, o rei tornou ainda
mais dura a perseguição aos católicos.
• Os puritanos também foram duramente
perseguidos, por conta disso, ocorreu em 1620,
a viagem do Mayflower levando os chamados de
peregrinos ou pais peregrinos (pilgrim fathers).
Eles fundaram a colônia de Plymouth, em
Massachusetts.
• Os puritanos e outras minorias religiosas viam
a América como a “terra prometida” e são
chamados de “pais fundadores da nação”.
56. DINASTIA STUART
• O sucessor de Jaime I, seu
filho Carlos, continuou com o
projeto de fortalecimento do
poder real.
• Obrigado pelo Parlamento a
assinar a Petição dos
Direitos, que exigia do rei o
compromisso de não criar
novos impostos de forma
irregular, dissolveu a
assembleia. O rei reativou
velhas taxas medievais e
estendeu o “ship money”,
cobrado de algumas cidades
costeiras, a todo o país.
• A tentativa de imposição do
anglicanismo na Escócia
gerou uma revolta.
Carlos I
(1625-1649)
57. DINASTIA STUART
• Precisando de recursos, teve que recorrer
ao Parlamento que fez uma série de
exigências, como o fim do “ship money”.
• Atendido, o Parlamento permitiu o aumento
de impostos.
• Em 1641, houve uma revolta na Irlanda, que
tinha sido duramente tratada pelo rei
anterior.
• Carlos queria recursos do Parlamento, que
exigiu que o rei submetesse à assembleia a
escolha de seus conselheiros. A recusa do
rei e sua tentativa de prender os líderes do
Parlamento, conduziu à guerra civil.
• Os puritanos, liderados por Oliver Cromwell e
chamados de cabeças redondas, ou ironsides,
terminaram por vencer o conflito. O rei, capturado,
foi condenado à morte e decapitado em 30 de
janeiro de 1649.
58. • Execução de Carlos I, um evento sem
precedentes e que colocava em questão a
tese do direito divino dos reis.
59. • É permitido o uso
dos slides desde
que citada a fonte.
• 07 de agosto de
2019.
• Contato:
shoujofan@gmail.com
Henrietta Maria de
França (1609-69),
esposa católica de
Carlos I.