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Cisma do Ocidente.
Página 115
Representando a luta entre o poder real e a autoridade papal, pode-se mencionar o
conflito entre Filipe IV, o Belo, e o papa Gregório VIII, no século XIV.
Filipe IV era o legítimo herdeiro dos francos, mais precisamente desde a época em que
Hugo Capeto, em 987, conseguiu deter as invasões dos Vikings.
O poder dos Capetos, entretanto, estava relativamente reduzido à forte influência da
igreja
Filipe IV, o Belo, foi o rei que ousou ampliar seu poder à custa do poder papal.
Para tanto iniciou uma campanha contra a Ordem dos Templários ao acusá-lo de realizar
culto ao diabo
A ideia era se aproveitar da não necessidade de provas para abertura de processo
inquisitorial, criando uma situação que lhe permitisse confiscar os bens da instituição.
A denúncia feita ao papa Gregório VIII não foi aceita, afinal o chefe da igreja considerava
a existência de interesses escusos do rei na acusação feita.
O rei Filipe iniciou investida contra o papa, cobrando tributos da igreja em suas terras.
Depois de acusações de parte a parte, o monarca francês anunciou a existência de uma
anticristo em Roma, o papa Bonifácio VIII, convocando os seus vassalos para combater
o chefe da igreja.
O papa fugiu e Felipe IV transferiu a sede da igreja para Avignon, no sul da França.
Nomeou um novo papa, comandando uma verdadeira caça aos cavaleiros do Templo.
A Ordem de Cavalaria foi destruídas e seus bens confiscados por Filipe IV.
Esse episódio significou também a divisão da igreja católica, pois os cardeais romanos
não aceitavam a transferência da sede da instituição, escolhendo outro papa para
conduzir a igreja.
Parte do clero era chefiado pelo papa de Avignon e a outra era conduzida pelo
pontifície de Roma.
O que foi denominado de Cisma do Ocidente.
Esta divisão enfraqueceu a instituição religiosa em relação aos poderes temporais,
animando pensadores a afirmar que havia supremacia do poder temporal sobre o
espiritual.
Um exemplo de tal postura foi verificado na declaração de Guilherme de Ockham sobre o
poder do papa não ser supremo.
A divisão oficial da igreja existiu de 1378 até 1417, com a eleição do cardeal Odo Colonna
como papa Marinho V, escolhido pelos cardeais no Concílio de Constança.
Crise do século XIV
Pode-se considerar as crises do século XIV:
•a Peste Negra,
•a Grande Fome
•A Guerra dos Cem Anos
•Rebeliões Camponesas
A Grande Fome.
Considerar a necessidade de alimento mal suprida na Europa do século XIV é discorrer
sobre as mudanças, o que contribuiu para a desigualdade distribuída das chuvas,
afetando a produção agrícola.
A expansão demográfica exigia a abertura de novas áreas de cultivo, pois o espaço
tradicionais para o plantio não suportavam a demanda crescente por alimentos.
Os domínios florestais foram desaparecendo para dar mais espaço a agricultura.
A princípio, não foi possível medir os efeitos do desmatamento intenso. Mas depois
verificou-se mudanças da cobertura vegetal alterando a distribuição de chuvas.
Isso provocou inundações em algumas áreas e secas em outras
A Peste Negra.
Além das dificuldades produtivas do século XIV, o intenso contato de grupos humanos
que se deslocaram seguindo as rotas comerciais favoreceu a disseminação de doenças.
Epidemias afetavam a saúde das populações, diminuindo a qualidade de vida no
continente.
As cidades eram locais de contágio das enfermidades que logo atingiram as áreas
rurais.
Eram transmitidas pelo ar, pelo contato sexual (sífilis causada por bactérias) ou picadas
de insetos.
A doença epidêmica mais conhecida foi a Peste Negra.
Entre 1348 e 1353, o contingente foi assolado pela peste bubônica, que matava cerca
de 60% e 80% da população contaminadas no prazo de quatro semanas, se fosse
transmitida pela pica da pulga do rato.
SE fosse transmitida de homem para homem (forma pneumônica), o grau de letalidade
chegava a 100% em três dias.
A Peste dizimou quase um terço da população europeia em cinco anos e afetou a vida
dos dois terço restantes.
Cidades voltaram a ficar despovoadas, os campos reduziram ainda mais a produção
agrícola.
Os governantes tinham dificuldades para administrar a justiça e manter a ordem.
As rebeliões camponesas.
Os camponeses sobreviventes foram duramente atingidos por tributos e mais tributos.
Muitas das famílias campesianas mal conseguiam produzir o necessário para sua
sobrevivência e passaram a sofrer perseguições dos senhores das terras.
O clima de tensão social eclodiu em ondas de matanças e a população camponesa se
sublevou contra a condição de penúria.
Nobres foram assassinados e a situação mais complicada aconteceu na França, pois além
de os camponeses terem de arcar com tributos
A guerra dos nobres franceses contra as forças inglesas, que defendiam o domínio da
família dos Plantagenetas (realeza inglesa) sobre o trono francês, exigiam sacrifícios ainda
maiores.
Guerra dos Cem Anos
1337-1453
O famoso conflito entre franceses e ingleses foi decorrente da disputa entre duas
famílias que pretendiam controlar as terras dos Capetos.
Esses detinham o título de realeza da França e dominavam um extenso território na
área da antiga Gália Romana.
Os Capetos deixaram de ter descendência direta masculina após a morte dos filhos de
Filipe IV, o Belo, rei que destruiu a Ordem Templária.
Dos descendentes de Filipe IV restou apenas sua filha caçula Isabel, casada com o rei
inglês da família dos Plantagenetas, Eduardo II.
Desse casamento nasceu o herdeiro do trono da Inglaterra que, agora pretendia
assumir o trono francês, Eduardo III
Ele se proclamou rei da França, com direito ás extensas terras dos Capetos.
A nobreza francesa, tradicional rival dos nobres vassalos dos Platagenetas, não aceitou
a pretensão de Eduardo III.
E esses apoiaram os parentes dos antigos reis franceses, a família dos Valois, para o
trono da França. Assim teve início a Guerra dos Cem Anos.
Interesses de cunho econômicos também motivaram os vários confrontos entre tropas
francesas e inglesas.
Os ingleses, por exemplo, mantinham comércio relevante com a região mais setentorial,
que abarcava terras belgas.
Os borguinhões habitantes deste espaço preferiram a presença inglesa a ter que lidar
com o poder dos Valois.
Assim, a disputa tinha conotação de supremacia econômica sobre outros espaços
continentais, o que lhe dava mais abrangência.
Os nobres foram se submetendo, em parte, aos imperativos de campanhas que, tinham
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Cisma do Ocidente

  • 2. Representando a luta entre o poder real e a autoridade papal, pode-se mencionar o conflito entre Filipe IV, o Belo, e o papa Gregório VIII, no século XIV. Filipe IV era o legítimo herdeiro dos francos, mais precisamente desde a época em que Hugo Capeto, em 987, conseguiu deter as invasões dos Vikings. O poder dos Capetos, entretanto, estava relativamente reduzido à forte influência da igreja Filipe IV, o Belo, foi o rei que ousou ampliar seu poder à custa do poder papal. Para tanto iniciou uma campanha contra a Ordem dos Templários ao acusá-lo de realizar culto ao diabo A ideia era se aproveitar da não necessidade de provas para abertura de processo inquisitorial, criando uma situação que lhe permitisse confiscar os bens da instituição. A denúncia feita ao papa Gregório VIII não foi aceita, afinal o chefe da igreja considerava a existência de interesses escusos do rei na acusação feita.
  • 3. O rei Filipe iniciou investida contra o papa, cobrando tributos da igreja em suas terras. Depois de acusações de parte a parte, o monarca francês anunciou a existência de uma anticristo em Roma, o papa Bonifácio VIII, convocando os seus vassalos para combater o chefe da igreja. O papa fugiu e Felipe IV transferiu a sede da igreja para Avignon, no sul da França. Nomeou um novo papa, comandando uma verdadeira caça aos cavaleiros do Templo. A Ordem de Cavalaria foi destruídas e seus bens confiscados por Filipe IV. Esse episódio significou também a divisão da igreja católica, pois os cardeais romanos não aceitavam a transferência da sede da instituição, escolhendo outro papa para conduzir a igreja. Parte do clero era chefiado pelo papa de Avignon e a outra era conduzida pelo pontifície de Roma. O que foi denominado de Cisma do Ocidente.
  • 4. Esta divisão enfraqueceu a instituição religiosa em relação aos poderes temporais, animando pensadores a afirmar que havia supremacia do poder temporal sobre o espiritual. Um exemplo de tal postura foi verificado na declaração de Guilherme de Ockham sobre o poder do papa não ser supremo. A divisão oficial da igreja existiu de 1378 até 1417, com a eleição do cardeal Odo Colonna como papa Marinho V, escolhido pelos cardeais no Concílio de Constança.
  • 6. Pode-se considerar as crises do século XIV: •a Peste Negra, •a Grande Fome •A Guerra dos Cem Anos •Rebeliões Camponesas
  • 8. Considerar a necessidade de alimento mal suprida na Europa do século XIV é discorrer sobre as mudanças, o que contribuiu para a desigualdade distribuída das chuvas, afetando a produção agrícola. A expansão demográfica exigia a abertura de novas áreas de cultivo, pois o espaço tradicionais para o plantio não suportavam a demanda crescente por alimentos. Os domínios florestais foram desaparecendo para dar mais espaço a agricultura. A princípio, não foi possível medir os efeitos do desmatamento intenso. Mas depois verificou-se mudanças da cobertura vegetal alterando a distribuição de chuvas. Isso provocou inundações em algumas áreas e secas em outras
  • 10. Além das dificuldades produtivas do século XIV, o intenso contato de grupos humanos que se deslocaram seguindo as rotas comerciais favoreceu a disseminação de doenças. Epidemias afetavam a saúde das populações, diminuindo a qualidade de vida no continente. As cidades eram locais de contágio das enfermidades que logo atingiram as áreas rurais. Eram transmitidas pelo ar, pelo contato sexual (sífilis causada por bactérias) ou picadas de insetos. A doença epidêmica mais conhecida foi a Peste Negra. Entre 1348 e 1353, o contingente foi assolado pela peste bubônica, que matava cerca de 60% e 80% da população contaminadas no prazo de quatro semanas, se fosse transmitida pela pica da pulga do rato. SE fosse transmitida de homem para homem (forma pneumônica), o grau de letalidade chegava a 100% em três dias.
  • 11. A Peste dizimou quase um terço da população europeia em cinco anos e afetou a vida dos dois terço restantes. Cidades voltaram a ficar despovoadas, os campos reduziram ainda mais a produção agrícola. Os governantes tinham dificuldades para administrar a justiça e manter a ordem.
  • 13. Os camponeses sobreviventes foram duramente atingidos por tributos e mais tributos. Muitas das famílias campesianas mal conseguiam produzir o necessário para sua sobrevivência e passaram a sofrer perseguições dos senhores das terras. O clima de tensão social eclodiu em ondas de matanças e a população camponesa se sublevou contra a condição de penúria. Nobres foram assassinados e a situação mais complicada aconteceu na França, pois além de os camponeses terem de arcar com tributos A guerra dos nobres franceses contra as forças inglesas, que defendiam o domínio da família dos Plantagenetas (realeza inglesa) sobre o trono francês, exigiam sacrifícios ainda maiores.
  • 14. Guerra dos Cem Anos 1337-1453
  • 15. O famoso conflito entre franceses e ingleses foi decorrente da disputa entre duas famílias que pretendiam controlar as terras dos Capetos. Esses detinham o título de realeza da França e dominavam um extenso território na área da antiga Gália Romana. Os Capetos deixaram de ter descendência direta masculina após a morte dos filhos de Filipe IV, o Belo, rei que destruiu a Ordem Templária. Dos descendentes de Filipe IV restou apenas sua filha caçula Isabel, casada com o rei inglês da família dos Plantagenetas, Eduardo II. Desse casamento nasceu o herdeiro do trono da Inglaterra que, agora pretendia assumir o trono francês, Eduardo III Ele se proclamou rei da França, com direito ás extensas terras dos Capetos. A nobreza francesa, tradicional rival dos nobres vassalos dos Platagenetas, não aceitou a pretensão de Eduardo III.
  • 16. E esses apoiaram os parentes dos antigos reis franceses, a família dos Valois, para o trono da França. Assim teve início a Guerra dos Cem Anos. Interesses de cunho econômicos também motivaram os vários confrontos entre tropas francesas e inglesas. Os ingleses, por exemplo, mantinham comércio relevante com a região mais setentorial, que abarcava terras belgas. Os borguinhões habitantes deste espaço preferiram a presença inglesa a ter que lidar com o poder dos Valois. Assim, a disputa tinha conotação de supremacia econômica sobre outros espaços continentais, o que lhe dava mais abrangência. Os nobres foram se submetendo, em parte, aos imperativos de campanhas que, tinham no centro, os interesses da realeza