O documento descreve as características e cuidados do recém-nascido, incluindo a adaptação à vida extra-uterina, sistemas respiratório, cardiovascular, termorregulação e avaliação inicial com o índice de Apgar. Cuidados como prevenção da hipotermia, higiene, administração de vitaminas e vacinas também são detalhados.
Manual de Alterações Fisiológicas do Recém - Nascidoblogped1
Manual de Alterações Fisiológicas do Recém - Nascido - Projeto de Intervenção - Internato em Pediatria I (PED I) - Departamento de Pediatria - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - Natal/RN - Brasil
A AIDPI tem por finalidade promover uma rápida e significativa redução da mortalidade na infância. Trata-se de uma nova abordagem da atenção à saúde na infância, desenvolvida originalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Adolescência (UNICEF), caracterizando-se pela consideração simultânea e integrada do conjunto de doenças de maior prevalência na infância, ao invés do enfoque tradicional que busca abordar cada doença isoladamente, como se ela fosse independente das demais doenças que atingem a criança e do contexto em que ela está inserida.
...
No cenário internacional, o Brasil assumiu as metas dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, dentre as quais está a redução da mortalidade infantil. O Objetivo do Desenvolvimento do Milênio 4 (ODM 4) tem como meta reduzir em dois terços, entre 1990 e 2015, a mortalidade de crianças menores de 5 anos de idade. Em 2008, a taxa de mortalidade na infância no Brasil era de 22,8 óbitos por mil NV, com redução consistente em todas as
regiões do País nos últimos anos. Desde 1990, ano-base para comparação do avanço dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), até 2008, a redução nacional média foi de
58%, com diferenças regionais: 62% na região Nordeste, 57% na região Sul, 55% na região Sudeste e 53% nas regiões Norte e Centro-Oeste.
Na meta definida para este ODM, a taxa de mortalidade na infância deve ser reduzida para 17,9 óbitos por mil NV até 2015. Estima-se que, se persistir a tendência de redução atual, o Brasil atingirá a meta antes do prazo.
...
A mortalidade neonatal precoce pode ser reduzida pela adoção de boas práticas no parto e nascimento, como assistência neonatal no nascimento, contato pele a pele imediato e ininterrupto, clampeamento oportuno do cordão umbilical, amamentação na primeira hora de vida e alta hospitalar segura.
Material de 21 de junho de 2019
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
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Manual de Alterações Fisiológicas do Recém - Nascido - Projeto de Intervenção - Internato em Pediatria I (PED I) - Departamento de Pediatria - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - Natal/RN - Brasil
A AIDPI tem por finalidade promover uma rápida e significativa redução da mortalidade na infância. Trata-se de uma nova abordagem da atenção à saúde na infância, desenvolvida originalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Adolescência (UNICEF), caracterizando-se pela consideração simultânea e integrada do conjunto de doenças de maior prevalência na infância, ao invés do enfoque tradicional que busca abordar cada doença isoladamente, como se ela fosse independente das demais doenças que atingem a criança e do contexto em que ela está inserida.
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No cenário internacional, o Brasil assumiu as metas dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, dentre as quais está a redução da mortalidade infantil. O Objetivo do Desenvolvimento do Milênio 4 (ODM 4) tem como meta reduzir em dois terços, entre 1990 e 2015, a mortalidade de crianças menores de 5 anos de idade. Em 2008, a taxa de mortalidade na infância no Brasil era de 22,8 óbitos por mil NV, com redução consistente em todas as
regiões do País nos últimos anos. Desde 1990, ano-base para comparação do avanço dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), até 2008, a redução nacional média foi de
58%, com diferenças regionais: 62% na região Nordeste, 57% na região Sul, 55% na região Sudeste e 53% nas regiões Norte e Centro-Oeste.
Na meta definida para este ODM, a taxa de mortalidade na infância deve ser reduzida para 17,9 óbitos por mil NV até 2015. Estima-se que, se persistir a tendência de redução atual, o Brasil atingirá a meta antes do prazo.
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A mortalidade neonatal precoce pode ser reduzida pela adoção de boas práticas no parto e nascimento, como assistência neonatal no nascimento, contato pele a pele imediato e ininterrupto, clampeamento oportuno do cordão umbilical, amamentação na primeira hora de vida e alta hospitalar segura.
Material de 21 de junho de 2019
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3. Adaptação à vida extra-uterina
• Período de transição
• Assume suas funções vitais de forma
independente
• As primeiras 24 horas são cruciais (6 a 10
horas)
5. • Alteração mais crítica e imediata é o início da
respiração.
1)- Estímulos:
- Químicos: hipoxemia, hipercapnia, acidose
- Térmicos: resfriamento repentino
- Estímulos táteis
2)- Perfusão pulmonar
14. • Durante a vida fetal o sangue e nutrientes são
adquiridos através da placenta, que são
transportados por uma grande veia umbilical até a
veia cava inferior pelo ducto venoso.
• O sangue oxigenado chega no átrio direito e é
deslocado para o átrio esquerdo através do forame
oval.
• Esse sangue oxigenado que chega no átrio
esquerdo, em sequência vai para aorta para
distribuir para a cabeça e cérebro.
15. • O sangue que vai para o ventrículo direito é
direcionado para artéria pulmonar.
• A maior parte desse sangue é desviada para aorta
descendente através do canal arterial.
• Uma pouca porcentagem desse sangue segue para
os pulmões que não estão funcionando e apresenta
uma resistência vascular pulmonar elevada.
16. No nascimento:
• Após o clampeamento do cordão umbilical o fluxo de
sangue oxigenado é cessado.
• A neonato é estimulado a iniciar a respiração. Os
pulmões se expandem, eliminado os líquidos que os
preenchiam.
• O sangue que sai do átrio direito, segue para o
ventrículo, que é levado para os pulmões, onde são
realizados as trocas gasosas.
• Com isso a neonato não utiliza mais o forame oval e o
canal arterial, que se fecham.
17. • FC: entre 120 a 140 bpm
• Volume sanguíneo: 80 a 85ml/Kg (dependerá
do volume de sangue transferido pela
placenta).
• Volume sanguíneo total: 300ml
• PA: 65 x 41mmHg (braço e panturrilha).
20. • Termorregulação:
- Equilíbrio entre a perda e produção de calor
- Tolerância menor nas variações de
temperaturas
- Vulneráveis
- Temperatura: 36,5 – 37,5 ºC
21. Perda de Calor
• Pele fina e vasos próximos à superfície
• Não realiza tremores
• Reservas limitadas de glicose, glicogênio e gordura
• Atividades para produzir calor limitadas
• Grande superfície corporal
• Fina cama de gordura subcutânea
• Incapacidade para ajustar a roupas e cobertores
• Incapacidade de comunicar o frio
• Mudança de posição
27. Conservação de Calor
• Ambiente Térmico Neutro (ATN)
• Aumentando a taxa metabólica
• Aumentando a atividade muscular através
do movimento
• Vasoconstrição periférica
• Posição fetal
28. Mecanismo Básico de Produção de Calor
• Gordura Marrom
• Geram muito calor
• 2 a 6% do peso
• Localização: escápulas, nuca, mediastino, rins, glândulas
supra-renais.
Frio Noradrenalina Metabolismo da gordura marrom
Débito cardíaco Aquece o sangue
Aumenta a temperatura
corporal
29. Hipotermia
• Inferior a 36,5ºC
Manifestações Clínicas:
- Extremidades e tórax frios
- Intolerância alimentar
- Letargia
- Choro Fraco
- Pela pálida e mosqueada
- Irritabilidade
- Apnéia e bradicardia
30.
31. Cuidados de Enfermagem
Prevenção
• Pré-aquecer cobertores
• Manter incubadora aquecida ou berço de calor
radiante
• Secar o neonato imediatamente após o
nascimento
• Promover aleitamento materno precoce
32. • Usar O2 aquecido e umidificado
• Não realizar o banho em RN instáveis
• Não colocar termômetro em área óssea ou em
locais da gordura marrom
• Colocar o termômetro próximo ao fígado
33. Hipotermia
• Proporcionar aquecimento com cobertas e
lâmpadas
• Temperatura da incubadora 1 a 1,5 ºC acima da
temperatura do RN
• Monitorar a temperatura
• Avaliar glicemia capilar 1/1h
• Monitorar sinais vitais (respiração)
• Gasometria
• Avaliar a bilirrubina (Colocar fototerapia)
34. Aquecimento Excessivo (Hipertermia)
• Vasodilação periférica (Dissipar o calor)
• Perda de líquidos
• Taxa metabólica (Maior consumo de O2)
• Frequência respiratória
Consequências:
1)- Desidratação
2)- Acidose metabólica
35. Manifestações Clínicas
- Intolerância alimentar
- Diminuição ou aumento da
atividade
- Irritabilidade
- Choro fraco ou ausente
- Hipotensão
- Extremidades quentes
- Rubor
- Taquicardia
- Taquipnéia
- Desidratação
- Diaforese
36. Cuidados de Enfermagem
• Monitorar sinais vitais
• Remover fontes externas de calor
• Checar temperatura da incubadora ou berço
aquecido
• Monitorar sinais de infecção
• Monitorar sinais de desidratação (turgor da pele e
mucosas)
• Monitorizar crises convulsivas
38. • Assume as funções da placenta
- Depósito de ferro
- Metabolismo de carboidratos (hipoglicemia)
- Conjunção de bilirrubina
- Deficiência de formação das proteínas
plasmáticas (edema no nascimento)
- Fatores de coagulação baixos
40. • Estômago: 30 a 90 ml
• Esvaziamento: 2 a 4h
• Atividade peristáltica incoordenada
• Regurgitação frequente
• Enzimas digestivas presentes (carboidratos
simples e proteínas)
• Perda de 5 a 10% do peso
• Primeira eliminação: mecônio
42. • Primeira urina até 24 horas
• Incapacidade de concentração da urina
• 6 a 10 micções
• Urina incolor e inodora
• Maior risco de apresentar uma acidose
44. • Nasce com defesa contra infecções
1)- Pele e mucosas
2)- Elementos celulares do sistema imunológico
(neutrófilos, monócitos, eosinófilos,
linfócitos)
3)-Anticorpos específicos, recebem imunidade
passiva da circulação da mãe e do leite
materno.
49. • Está formado, mas não totalmente integrado
• Desenvolvido para sustentar a vida
• Mielinização
Funções Sensoriais:
- Audição
- Olfato
- Paladar
- Toque
- Visão
53. Pontuação
• 0 a 3: sofrimento grave
• 4 a 6: sofrimento moderado
• 7 a 10: ausência de dificuldade para adaptar
a vida extra-uterina
• O índice de Apgar não é considerado um
parâmetro para iniciar ou não a reanimação
neonatal.
54. Escala de Ballard
• Permite avaliar a idade gestacional através
do exame físico nas primeiras horas após o
nascimento e o exame neurológico nas
primeiras 24 horas.
59. • Manter as vias aéreas desobstruídas
• Secar, aquecer
• Mostrar a mãe
• Encaminhar ao berçário
• Quando necessário realizar reanimação
60. Identificação
• Pulseira de identificação
- Nome da mãe
- Sexo
- Data e hora do nascimento
- Número da pulseira de identificação
- Impressões plantar
- Digital da mãe
61. Sinais Vitais
• Devem ser avaliados a cada 30 min. durante
um período de 2 horas.
• Após avaliar 1 vez a cada 8 horas.
62. • Profilaxia oftálmica
Pomada ou Solução oftálmica
- Eritromicina 0,5%
- Tetraciclina 1%
Nitrato de Prata 1%
- Olhos:1 gota em cada olho
- Genitália feminina: 1 gota na vulva
63. • Administração de vitamina K
- 0,5 a 1,0 mg de Kavit
• Administração da vacina contra hepatite B
64. Medidas Antopométricas
• Perímetro Cefálico (PC): 33 a 33,5 cm
• Perímetro Torácico (PT): 30 a 33 cm
• Perímetro Abdominal (PA): 2 a 3 cm menor
que o PC
• Estatura: 45 a 55 cm
• Peso: 2700 a 4000g
68. Período Neonatal
• Nascimento até 28 dias
Classificação
do Neonato
Peso ao Nascer Idade Gestacional
Relação
Peso x Idade Gestacional
69. Classificando o RN
QUANTO AO PESO AO NASCER:
• Baixo peso ao nascer: peso menor que 2.500g
• Peso muito baixo ao nascer: Peso menor que 1.500g
• Peso extremamente baixo ao nascer: com menos de
1000g
• Tamanho excessivamente grande ao nascer: peso
maior que 4.500g.
70. QUANTO A IDADE GESTACIONAL:
• Recém-nascido a termo: idade gestacional entre 37
e 41 semanas;
• Recém-nascido pós termo: idade gestacional igual ou
maior que 42 semanas;
• Recém-nascido pré-termo ou prematuro: idade
gestacional menor que 37 semanas.
- Pré-termo: idade gestacional de 28 a 36 semanas.
- Imaturidade Extrema: idade gestacional menor que
28 semanas;
71. QUANTO À RELAÇÃO PESO E IDADE
GESTACIONAL:
• Grande para a idade gestacional (GIG): acima do
percentil 90;
• Apropriado para idade gestacional (AIG): entre o
percentil 10 e 90;
• Pequeno para idade gestacional (PIG): abaixo do
percentil 10;
72.
73. Referência Bibliográfica
• HOCKENBERRY, M. J. Wong, fundamentos de enfermagem pediátrica. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2006.
• RUGOLO, L. M. S. Manual de neonatologia. 2 ed. São Paulo: Revinter, 2000.
• TAMEZ, R.N.; SILVA, M.J.P. Enfermagem na UTI neonatal. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan.
• RICCI, S.S. Enfermagem Materno-Neonatal e Saúde da Mulher. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2008.
• HOCKENBERRY, Marilyn J. Wong, fundamentos de enfermagem pediátrica. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2006.