Trabalho de bovinocultura de corte, do curso de Zootecnia, realizado com base no livro de Alexandre Vaz Pires, Bovinocultura de corte, 2010 volume ll, capítulo 69.
Slides por Alice Melo Cândido.
1. Universidade Federal de Santa Catarina
Curso de Graduação em Zootecnia
PRODUÇÃO DE NOVILHO
PRECOCE NO BRASIL
Alice Melo Cândido, Alisson Luiz
2. INTRODUÇÃO
Pecuária Brasileira:
Rusticidade e fertilidade Zebuínas
• Médias Zootécnicas Baixas
Baixos índices de natalidade (50 a 60% ao ano)
Elevada mortalidade (10 a 15% ao ano)
Baixa taxa de desfrute (20%)
Idade de abate (3,5 a 4 anos)
3. • Comportamento dos pecuaristas:
Falta de incentivo à qualidade:
Remuneração -> PCQ
•Características do Rebanho: Pasto/sem suplementação
Pouca gordura de cobertura;
Desenvolvimento do dianteiro
Carne escura e dura
Marmorização ausente/escassa
Características
Quantitativas/Qualitativas
Rendimento Traseiro
Acabamento
Cor
Maciez
Marmoreio
Suculência
INTRODUÇÃO
4. INTRODUÇÃO
Competitividade com outras fontes de proteína;
Qualidade
Eficiência
Esforços para produtividade:
Tecnologias: Produtividade e eficiência econômica
Competição do setor pecuário
Intensificação: Novas áreas
Motor da reestruturação
6. INTRODUÇÃO
Pesquisas Hoje:
Peso, Acabamento, Idade Abate
Objetivo:
Principais Cenários;
Discutir Fatores;
Exigência para Qualidade
e Economicidade
7. CENARIOS DA PECUÁRIA DE
CORTE NO BRASIL
Bovinocultura Brasileira:
Maior rebanho comercial do mundo (198,5 mi cabeças e 9 mi t de E.C.);
2,2 milhões exportados U$$ 3,52 bi (2006);
Balança comercial positiva.
Baixos índices de produtividade (taxa de abate 22%)
8. CENARIOS DA PECUÁRIA DE
CORTE NO BRASIL
Principais Dados da Bovinocultura de corte no Brasil.
Característica 1998 2000 2002 2004 2006**
População (milhões de hab.) 161,9 169,8 174,9 180,0 185,2
Rebanho Bovino (milhões) 157,8 164,3 179,2 192,5 198,5
Taxa de abate (%) 19,14 19,8 19,82 21,51 22,35
Abate (milhões) 30,2 32,5 35,5 41,4 44,4
Prod. Carne
(mil ton. Eq. Carc.)
6.040,0 6650,0 7300,0 8350,0 9000,0
Consumo per capita
(kg eq. Carc.)
35,8 36,3 36,6 36,4 37,0
Consumo interno
(mil ton. Eq. Carc.)
5797,4 6158,0 6394,7 6548,9 6860,0
Exportação
(mil ton. Eq. Carc.)
377,6 591,9 1006,0 1854,4 2200,0
Importação
(mil ton. Eq. Carc.)
135,1 99,9 100,7 53,3 60,0
Exportação (U$$ milhões) 588,5 786,3 1107,3 2457,3 3520,0
Importação (U$$ milhões) 220 128,3 84,0 72,2 81,3
Fonte: SRF/MF, SECEX/MDIC, M.A., EMBRAPA, IBGE, CNPC, FNPPC/CNA, SEA, ABIEC
9. CENARIOS DA PECUÁRIA DE
CORTE NO BRASIL
Principais Dados da Bovinocultura de corte no Brasil.
Característica 1998 2000 2002 2004 2006**
População (milhões de hab.) 161,9 169,8 174,9 180,0 185,2
Rebanho Bovino (milhões) 157,8 164,3 179,2 192,5 198,5
Taxa de abate (%) 19,14 19,8 19,82 21,51 22,35
Abate (milhões) 30,2 32,5 35,5 41,4 44,4
Prod. Carne
(mil ton. Eq. Carc.)
6.040,0 6650,0 7300,0 8350,0 9000,0
Consumo per capita
(kg eq. Carc.)
35,8 36,3 36,6 36,4 37,0
Consumo interno
(mil ton. Eq. Carc.)
5797,4 6158,0 6394,7 6548,9 6860,0
Exportação
(mil ton. Eq. Carc.)
377,6 591,9 1006,0 1854,4 2200,0
Importação
(mil ton. Eq. Carc.)
135,1 99,9 100,7 53,3 60,0
Exportação (U$$ milhões) 588,5 786,3 1107,3 2457,3 3520,0
Importação (U$$ milhões) 220 128,3 84,0 72,2 81,3
Fonte: SRF/MF, SECEX/MDIC, M.A., EMBRAPA, IBGE, CNPC, FNPPC/CNA, SEA, ABIEC
24%
36%
33%
10. CENARIOS DA PECUÁRIA DE
CORTE NO BRASIL
Brasil:
Pecuária: 21% Território é pastagem
2001 a 2004: 7,5 mi há transformou-se em lavoura
Rebanho aumentando, Produção Aumentando
Incorporação de Tecnologias Índices Zootécnicos
Pecuária: Migrando
Fronteira
Redução de custos de produção
Disponibilidade de Terras
Aumento do rebanho no
norte em 148,3%
11. CENARIOS DA PECUÁRIA DE
CORTE NO BRASIL
Apesar da Evolução da Produtividade: Intensificação
Caráter Extensivo:
Pasto
Idade ao abate: 3,5 Anos
Coordenação da cadeia produtiva:
Inferior a suína e avícola;
Características biológicas do bovino;
Maior Volume;
Ciclo de vida;
Intempéries
12. CENARIOS DA PECUÁRIA DE
CORTE NO BRASIL
Grandes Propriedades: Cultura Patrimonialista
Empresas Heterogêneas:
Incapacidade de diferenciar suas marcas e
agregar valor ao produto
Perda de
competitividade
Indústria frigorífica sofreu reestruturação:
desativação/paralisação de setores
Aumento da ociosidade
13. CENARIOS DA PECUÁRIA DE
CORTE NO BRASIL
Mudança: Regime Cambial
Rentabilidade das exportações
melhoria dos padrões produtivos
Processamento de derivados (Sabão, Couro, Rações)
Produtos cárneos especiais
Produtor Rural:
Modernização das práticas produtivas;
Aumento de produtividade;
Confinamento/ suplementação alimentar;
Genética;(Nelore x Europeu)
Precocidade reprodutiva/redução idade de abate
Crescimento Vertiginoso
14. SISTEMAS DE PRODUÇÃO
Divididos em:
○ Sistema superprecoce
○ Sistema precoce
○ Sistema tardio
Alta tecnologia
Abate até 18 meses
Variada tecnologia
Abate até 24/30 meses
Abate após 30 meses
Processos produtivos: cria, recria e engorda
15. NOVILHO PRECOCE
- Tipos biológicos
- Eficiência no crescimento
- Peso ideal de abate
- Acabamento ideal ao abate para diferentes mercados
16. A Associação Brasileira de
Novilho Precoce (ABNP) define o
novilho precoce utilizando três
características:
a) Peso da carcaça: superior a 200 kg para novilhos e
machos sem castrar e maior ou igual a 180 kg para
fêmeas.
b) Idade do animal: até 30 meses ou dois dentes
definitivos para novilhos e novilhas e zero dentes
(dentição de leite) para machos sem castrar.
c) Acabamento: 3 a 10 mm de espessura na camada de
gordura medida na altura da 12 costela.
17. NOVILHO PRECOCE
Tipos Biológicos
Potencial genético
Manejo
Desempenho
Eficiência Nutricional
Qualidade da carcaça
Qualidade da carne
Raças Tamanho na maturidade (frame size)
Grau de musculatura
20. NOVILHO PRECOCE
Eficiência no crescimento
0 10 15 20 30 35 65
Nasc.
Desm.
Puberdade
Idade em meses
Relativo (GDP/dia/PV)
Acumulado (peso por idade)
Absoluto (GDP/dia)
20
40
60
80
100
Peso, ganho, taxa, %
21. NOVILHO PRECOCE
Eficiência no crescimento
90 180
GorduraOssos
Músculo
Peso vivo (kg)
272 362 455 545
20
40
60
70
%
A composição do ganho é diferente em razão das fases de crescimento do animal.
proteína:gordura
água:gordura
22. NOVILHO PRECOCE
Eficiência no crescimento
90 180
+ Músculo
- Gordura
Peso vivo (kg)
272 362 455 545
• Ingestão limitada = taxa de ganho reduzida = composição praticamente de proteína
com consequente deposição de água.
• Ingestão aumenta = ganho de peso aumenta = proteína diminui e gordura aumenta.
- Músculo
+ Gordura
23. NOVILHO PRECOCE
Eficiência no crescimento
90 180
+ Músculo
- Gordura
Peso vivo (kg)
272 362 455 545
- Músculo
+ Gordura
Animais jovens, ideal - dietas com baixa densidade energética (volumoso).
- Dietas com alta densidade energética (ração de terminação) durante a fase de crescimento:
antecipação do ponto de acabamento, sem ter expresso o potencial de ganho de proteína.
- Dietas com baixa densidade energética pode resultar no máximo ganho de proteína, mas
num maior período de alimentação para se obter um acabamento desejável.
- Combinação dos dois - quantidade desejável de energia/proteína para prover taxa de ganho
durante o período de crescimento que maximize a deposição de músculo na carcaça, seguido
de fornecimento extra de energia para prover rápido acabamento.
24. Uma vez definida a qualidade da carne desejada pelo consumidor, o peso de
abate ideal deve ser definido, de acordo com cada genótipo, levanto em conta
a composição química da carcaça conforme o sistema de produção utilizado.
NOVILHO PRECOCE
Peso ideal de abate
Alterar o período de alimentação – aumentando o peso de abate.
26. Frame size – projeção do futuro do animal:
É possível definir as necessidades nutricionais, o tamanho adulto e a composição do
peso final
NOVILHO PRECOCE
Peso ideal de abate
Tabela 2
28. Rendimento de
carcaça e dos cortes
comerciais, e peso
da carcaça
Medidas de interesse
dos frigoríficos para
avaliar o valor do
produto e da operação
29. 225 kg +
O ponto mais crítico é o grau de gordura de
cobertura (acabamento) da carcaça:
3,0 a 10 mm
NOVILHO PRECOCE
Peso ideal de abate
30. NOVILHO PRECOCE
Acabamento ideal ao abate para
diferentes mercados
Diferentes padrões de distribução de gordura na carcaça podem alterar a precocidade do animal.
Wagyu
Japão
Angus
EUA
Nelore
Brasil
Imagem: http://goo.gl/xauL4n/
31. Peso ideal
ao abate
Demais
parâmetros
Ponto de
acabamento
ideal
NOVILHO PRECOCE
Acabamento ideal ao abate para
diferentes mercados
Frigorífico – 15 @,
na prática – 17/18 @ Incentivo ao produtor
33. SISTEMAS DE
PRODUÇÃO PRECOCE
Reflexos na eficiência e economicidade do sistema
Pressão social, econômica, política, ambiental – busca por eficiência:
- Eficiência reproduvita
- Redução da idade ao abate
- Redução da idade de primeira cria
- Melhor adequação genótipo/ambiente
Maior precocidade produtiva Rapidez de acabamento e
pouca idade reprodutiva
R$
34. SISTEMAS DE
PRODUÇÃO PRECOCE
Reflexos na eficiência e economicidade do sistema
Idade de abate, de 42 para 26 meses de idade +
Idade na 1ª parição de 4 para 3 anos =
25 % desfrute
35. SISTEMAS DE
PRODUÇÃO PRECOCE
Sistemas alternativos de redução da idade ao abate
As alternativas para a redução da idade ao abate de bovinos criados
em sistemas de pastejo baseiam-se na escolha e manutenção de
forrageiras produtivas de boa qualidade, usando suplementação
durante o período seco do ano.
-> Combinações que envolvam:
Forrageira de inverno, pastagens (leg. ou gram.), creep-feeding
(suplementação durante aleitamento), suplementação a pasto e
confinamento. Tudo combinado com o potencial genético.
Economicidade deve ser avaliada – peso a desmama, GDP desejado,
peso ao abate e mê de abate.
36. SISTEMAS DE
PRODUÇÃO PRECOCE
Sistemas alternativos de redução da idade ao abate
1 – Definir tipo biológico
2 – Definir planos de manejo
3 – Definir peso a desmama
4 – Definir GDP pós-desmama
- Suplementação à pasto no período seco
- Pastagem de boa qualidade no período chuvoso
- Adoção de confinamento
37. Suplementação na primeira seca:
confinamento
Primeira seca: abril/maio a setembro/outubro
Peso na desmama de 150 kg
GDP na seca -> 100 g/dia
GDP nas águas -> 500 g/dia
Peso ao abate de 480 kg
Idade ao abate de 42 meses
Bom manejo de pastagem
Para um abate precoce, com mesmo peso na desmama :
• suplementar na 1ª seca -> GDP de 450 g/dia
• confinar na 2ª seca (120 dias) -> GDP de 1250 g/dia
Custos do confinamento – animais e alimentação
38. Suplementação na primeira e na
segunda seca
Obter maior peso na desmama -> suplementação na 1ª e 2ª seca, com
GDP de 450 g/dia dos 2 períodos.
Pastagem de aprox. 2500 kg MS
Concentrado 0,8 a 1,0% do PV – econômico
Euclides et al., 2001
40. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Adoção de tecnologias: Crescente;
Desafio da cadeia: Qualidade e Preço acessível;
Aumentar consumo global de carne;
Padronizar qualidade do produto final;
Confiança do consumidor;
Valor agregado.
41. Produtor:
Profissionalização da atividade;
Genética/Suplementação/Confinamento
Animais Precoces/ Melhor Acabamento carcaça
Mudanças na remuneração (qualidade);
Rentabilidade (produção competitiva)
CONSIDERAÇÕES FINAIS