2. Origem e história da bovinocultura
• Descendência:
• Bos primigenius (Aroque) – Europeu
Aroque (Bos primigenius) – Extinto em 1627
3. Origem e história da bovinocultura
• Foi domesticado a 5.000 anos
• Primeiramente animal de carga e depois consumo do leite.
• A carne era consumida apenas depois da morte natural.
4. Origem e história da bovinocultura
• Na Índia, o zebu é sagrado desde tempos imemoriais. Os indianos
bebem leite de vaca, mas não comem carne bovina.
• Nos tempos de Homero, o boi era a medida pela qual se avaliavam
as fortunas e servia como moeda.
• Em Creta, terra de origem da lenda do Minotauro, surgiram
provavelmente as primeiras lutas com touros, esporte que se
disseminaria depois pela zona mediterrânea.
Índia - Selo de Mohenjo-Daro - Touro de argila
5. Origem e história da bovinocultura
• Na Roma antiga, era proibido matar bois destinados ao
trabalho, mas havia o costume de imolar bois brancos a
Júpiter Capitolino depois de uma vitória militar.
• Após a queda do Império Romano, a criação de gado declinou
muito na Europa, situação que perdurou até o século 17.
• Depois da invenção da refrigeração industrial, em 1868, o
consumo de carne popularizou-se rapidamente.
6. Origem e história da bovinocultura
• Os primeiros bovinos chegaram ao nosso país, juntamente
com outros animais domésticos, apenas em 1533, na
Expedição de Martin Alfonso de Souza.
• Expandiu-se notavelmente no continente americano,
principalmente no Brasil, Argentina, Uruguai, Estados Unidos e
México, onde encontrou situação ecológica favorável.
7. Panorama da Bovinocultura
• O Brasil encerrou o ano de 2017 registrando crescimento no
Produto Interno Bruto (PIB), que atingiu R$ 6,56 trilhões. No
mesmo período o PIB do agronegócio passou de $ 1,44 trilhão
em 2016 para 1,42 trilhão em 2017, enquanto o PIB da
pecuária cresceu 0,69% para R$ 433 bilhões.
15. Cadeia produtiva
• Regionalização da produção e do consumo
• Na Europa 60% do leite produzido é consumido lá mesmo
• Produtos lácteos comercializados internacionalmente são em
sua maioria produtos concentrados, como leite em pó e
queijo.
• O Brasil importa grandes volumes, principalmente do Uruguai
e Argentina
• A maioria das propriedades possuem outras atividades para
geração de renda
24. CADEIA PRODUTIVA DO LEITE
INDÚSTRIA
RAÇÃO
INDÚSTRIA
MEDICAMENTOS
VAREJO RAÇÕES
VAREJO
MEDICAMENTOS
PRODUÇÃO
LEITE
INDÚSTRIA
LATICÍNIOS
ATACADO
VAREJO CONSUMIDOR
FINAL
INSUMOS
POSTO
REFRIGERAÇÃO
25. Cadeia Produtiva do leite
• Chances de renda real crescer substancialmente são pequenas
• Soluções:
• Aumentar as Exportações
• Campanhas de Promoção Interna
• Melhorar a Qualidade
• Gerar informações
• Gerar novas tecnologias
• Produzir Valor Agregado
27. Papel dos profissionais
• Viabilizar soluções para o desenvolvimento sustentável do
espaço rural, no agronegócio do leite, por meio da geração,
adaptação e transferência de conhecimentos e tecnologias,
em benefício dos diversos segmentos da sociedade brasileira.
28. Zebu indiano (ex. Nelore)
Bos indicus 2000 anos
Zebu africano (ex. Boran)
Bos primigenius 250.000 – 1milhão anos Britânicas (ex. Hereford)
Europeu 200-500 anos
Continentais (ex. Charolês)
Bos taurus 10-20.000 anos Crioulo (ex. Caracu)
Sanga (ex. Tuli)
Africano
Oeste Africano (ex. N’Dama)
Figura 1
(Frisch, 2002)
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DE ALGUNS GRUPOS
DE RAÇAS BOVINAS
29. Origem e história da bovinocultura
• Subespécies:
• Bos taurus taurus
• (Europeu ou Taurinos)
• Bos taurus indicus
• (Indiano, Zebu ou Zebuíno)
31. RAÇAS E TIPOS LEITEIROS
• Características dos bovinos leiteiros
• Relação com a produção de leite (relativa)
• Relação com longevidade, estrutura, reprodução
Tipo leiteiro Tipo carne
Anguloso Longilíneo
Descarnado (não tem acúmulo de
gordura sub-cutânea)
Convexo
32. RAÇAS E TIPOS LEITEIROS
• Características Leiteiras
• Perfil (retilíneo a côncavo)
• Olhos
• Narinas e bocas
• Depósitos de gordura
• Costelas arqueadas
• Machos x Fêmeas
• Proporcionalidade
• Herdabilidade prod. de leite
• 20- 25 %
34. RAÇAS E TIPOS LEITEIROS
• Raças leiteiras
• Holandesa
• Preta e branca (AA e Aa)
• Vermelha e branca (aa)
• Linhagem americana – Holstein
• Linhagem européia – Friesian
• Ganho de peso -
HPB HVB
Origem Holanda Holanda
Porte Grande Grande
Perfil Subcôncavo Subcôncavo
Mucosas Variável Claras
35. HOLANDESA
• Origem: Holanda
• Aptidão: Leite
• Características: A raça holandesa é universalmente conhecida
como a de maior potencial para produção de leite. Apresenta
pelagem branca e preta ou branca e vermelha. Seu úbere
possui grande capacidade e boa conformação.
42. RAÇAS E TIPOS LEITEIROS
• Peso adulto
• Machos – 1000 kg
• Fêmeas – 700 kg
• Peso nascimento
• Machos – até 45 kg
• Fêmeas – até 30 kg
• Cascos claros, manchados ou escuros
• HVB – gen enegrecedor
• Face interna da orelha, linha dorso-lombo e região olhos
43. RAÇAS E TIPOS LEITEIROS
• Jersey
Origem Inglaterra
Aptidão Leite (alto teor de gordura)
Pelagem Amarelo ao cinza (admitindo-se
pelagem malhada)
Porte Pequeno
Perfil Côncavo
Mucosa Escuras
44. RAÇAS E TIPOS LEITEIROS
• Jersey
• Peso adulto
• Machos – 650 kg
• Fêmeas – 450 kg
• Peso nascimento
• Machos – até 27 kg
• Fêmeas – até 23 kg
• Linhagens
• Ilha – pequena
• Neozelandês – intermediário
• Americano canadense – grande
• Prepotência
45. JERSEY
• Origem: Ilha de Jersey
• Aptidão: Leite
• Características: Apresentam uma estatura baixa, de 115 a 120
cm nas vacas. O úbere é quadrado, bem irrigado, volumoso,
com tetas pequenas e espaçadas. Seu leite é o mais apreciado
para a produção de manteiga. Produz em média 3.300 kg de
leite com 5,0% de gordura. É a mais precoce das vacas
leiteiras.
54. RAÇAS E TIPOS LEITEIROS
• Ayrshire
Origem Escócia
Aptidão Leite
Pelagem Vermelha e branca (malhas
miúdas)
Porte Médio
Perfil Mais retilíneo
Mucosa De claros a escuros
55. GUERNSEY
• Origem: Ilha de Guernsey
• Aptidão: Leite
• Características: Com um úbere grande, bem conformado e
irrigado, é especializada na produção de leite gordo, por isso,
classificada como raça manteigueira. É considerada mais
rústica que a Jersey.
56. RAÇAS E TIPOS LEITEIROS
• Ayrshire
• Peso adulto
• Machos – 850 kg
• Fêmeas – 550 kg
• Peso nascimento
• Machos – até 36 kg
• Fêmeas – até 32 kg
• Úbere bem conformado - característico
57. RAÇAS E TIPOS LEITEIROS
• Raças de dupla aptidão
• Simental ou Fleckvieh
Origem Suíça
Aptidão Carne e Leite
Pelagem Amarela ou vermelha malhada,
ou baia
Porte Grande
Perfil Subcôncavo
Mucosa Claras
60. RAÇAS E TIPOS LEITEIROS
• Normanda
Origem França
Aptidão Carne e leite
Pelagem Malhada de araçá e araçá
malhada
Porte Grande
Perfil Subcôncavo
Mucosa Claras
61. NORMANDO
• Origem: França
• Aptidão: Leite
• Características: Sua pelagem é malhada com fundo do
amarelo claro até o escuro. Os animais da raça Normanda não
se desenvolveram bem no Brasil. Possui temperamento dócil e
é indicada para fazendas mistas, em regime de meia
estabulação.
68. PARDO SUÍÇA
• Origem: Suiça
• Aptidão: Leite e carne
• Características: De pelagem parda clara a cinzenta escura, as
vacas Pardo Suíças apresentam ventre desenvolvido,
sustentando um úbere típico de gado leiteiro, com tetas de
tamanho médio, bem colocadas. Linhagens específicas para
carne estão sendo desenvolvidas produzindo resultados
satisfatórios.
69. RAÇAS E TIPOS LEITEIROS
• Caracu
Origem Brasil
Aptidão Carne, leite e tração
Pelagem Amarelo claro (palha) ao
vermelho retinto
Porte Grande
Perfil Retilíneo a Subconvexo
Mucosa Claras
72. AYRSHIRE
• Origem: Escócia
• Aptidão: Leite
• Características: sua pelagem é malhada de vermelho, bem
definido. Produz em média 3,900 kg de leite por lactação. Seu
leite apresenta matéria seca alta, sendo próprio à fabricação
de queijos. Na Grã-Bretanha, sua produção é praticamente
destinada para a produção de queijos.
73. RAÇAS E TIPOS LEITEIROS
• Dinamarquesa vermelha
Origem Dinamarca
Aptidão Carne e leite
Pelagem Vermelho intenso
Porte Grande
Perfil Retilíneo a subcôncavo
Mucosa Escuras
74. RAÇAS E TIPOS LEITEIROS
• Red Poll
Origem Inglaterra
Aptidão Carne e leite
Pelagem Vermelho escuro
Porte Grande
Perfil Retilíneo a subcôncavo
Mucosa Tonalidade dos pelos
76. GIR
• Origem: Índia
• Aptidão: Carne e leite
• Características: Quando adulto, atinge cerca de 500kg nas
fêmeas e 800kg nos machos. Um grande defeito no Gir, é seu
prepúcio muito baixo, que favorece o aparecimento de feridas,
podendo inutilizar o reprodutor.
79. GIROLANDO
• Origem: Brasil
• Aptidão: Leite
• Características: Responsável por 80% do leite produzido no
Brasil, é evidente, a afinidade do Girolando com o tipo de
exploração, propriedades, mercado e o produtor nacional. A
docilidade de sua mãe juntamente com outras qualidades
maternais, torna sua raça a mais utilizada como receptora de
embrião em nosso país. 5/8 holandês + 3/8 Gir
80. RAÇAS E TIPOS LEITEIROS
• Zebuína leiteiras
• Guzerá
81. GUZERÁ
• Origem: Índia
• Aptidão: Carne e leite
• Características: A raça desenvolveu-se em terras humosas e
férteis, de clima extremamente quente e úmido. É uma das
maiores raças indianas. Caracteriza-se por ser uma raça
produtora de carne, mas também se mostra bem adaptado
como gado de trabalho e de leite.
82. RAÇAS E TIPOS LEITEIROS
• Zebuína leiteiras
• Guzerá
83. TIPO FUNCIONAL
• Classificação linear
• Metodologia técnica de avaliação morfológica dos
animais
• Conformação - mensurada desde 1929
• Em 1983, introdução do sistema de Classificação
Linear
• Objetivo principal - determinar e identificar
características relacionadas com a longevidade
84. TIPO FUNCIONAL
• Classificação linear
• Técnico (devidamente credenciado pelo Colégio
Brasileiro de Classificadores
• Objetivos:
• identificação dos melhores animais para tipo da propriedade
• os pontos positivos e negativos de cada animal
• auxiliando diretamente no acasalamento
• valorização dos pedigrees dos animais
• auxílio no descarte de animais
• evolução de animais PC (puro por cruza) para PO (puro de
origem)
85. TIPO FUNCIONAL
• Classificação linear
Classe Abreviatura Faixa de pontuação
Excelente EX Mais que 89 pontos
Muito bom MB De 85 a 89 pontos
Bom para mais B+ De 80 a 84 pontos
Bom B De 75 a 79 pontos
Regular R De 65 a 74 pontos
Franco F Menor que 65 pontos
86. TIPO FUNCIONAL
• Classificação linear
• Participação no computo geral (%)
Holandesa Pardo suiça
Conformação/capacidade 20 25
Garupa 10 -
Pernas e pés 16 15
Úbere anterior 13
Úbere posterior 17
Sistema mamário 40 40
Característica leiteira 14 20
Total 100 100
97. Figura 10 - Relação entre profundidade de úbere e taxa de
descarte.
98. Figura 11 - Relação entre colocação de tetas e taxa de descarte.
99. Figura 12 - Relação entre comprimento de tetas e taxa de
descarte.
100. Figura 13 - Relação entre a conformação das pernas traseiras,
vista lateral, e a taxa de descarte.
101. Figura 14 - Relação entre conformação do casco (angulo do
casco) e a taxa de descarte.
102. Figura 15 - Relação entre a pontuação de pernas e pés e a taxa
de descarte.
http://cristalgenetics.com.br/caracteristicas-morfologicas
103. Grau de Sangue
• Grau de Sangue= (grau de sangue da mãe +grau de sangue do pai)/2
• Cruzamento absorvente (Animais Puro por cruza)
• 1ª. Geração: (0H+1H)/2=1⁄2 H
2ª. Geração: (1⁄2 H+1H)/2=3⁄4 H
3ª. Geração: (3⁄4 H+1H)/2=7⁄8 H
4ª. Geração: (7⁄8 H+1H)/2=15⁄16 H
4ª. Geração: (15⁄16 H+1H)/2=31⁄32 H
104. Grau de Sangue
• Cruzamento rotacionado com duas raças
• 1ª. Geração: (0J (ou 1H)+1J)/2=1⁄2 J e consequentemente 1⁄2 H (50%
J:50%H)
2ª. Geração: (1⁄2 H+1H)/2=3⁄4 H e 1⁄4 J (75%H:25%J)
3ª. Geração: (1/4J+1J)/2=5⁄8 J e 3⁄8 H (62,5%H:37,5%J)
4ª. Geração: (3/8H+1H)/2=11⁄16 H e 5/16J (68,75%H:31,25%J)
5ª. Geração: (5/16J+1J)/2=21⁄32 J e 9/32H (65,63%J:34,37%H)