1. PANORAMA GERAL DA SUINOCULTURA BRASILEIRA
Iuri Pinheiro Machado
Patos de Minas - MG
2. SUINOCULTURA BRASILEIRA
• 1,65 Milhão de Matrizes Tecnificadas
• 3,49 Milhões de Toneladas de Carne
2012
• 1,49 Bilhão de Dólares em
Exportações 2012
• Mais de 40.000 Produtores
• 1 Milhão de Empregos na Cadeia
• 4º Maior Prod. e 4º Maior Exp.
Mundial de Carne Suína
3. SC - 420.000
RS - 290.000
PR - 270.000
MG - 241.490
SP - 120.000
MT - 110.000
GO - 100.000
MS - 51.749
ES - 18.660
DF - 11.000
CE - 8.000
BA - 6.000
Outros – 7.101
Total = 1.654.000
DISTRIBUIÇÃO DO PLANTEL TECNIFICADO DE
MATRIZES SUÍNAS NO BRASIL
Sudeste - 381 mil matrizes
Centro-Oeste - 273 mil matrizes
Sul - 980 mil matrizes
Nordeste - 18 mil matrizes
Norte – 2 mil matrizes
4. Fonte: Pesquisa Trimestral de Abate de Animais do IBGE, 2011; e previsão ABCS 2015.
EVOLUÇÃO DO ABATE INSPECIONADO
DE SUÍNOS NO BRASIL (MIL CAB.)
16.000
18.000
20.000
22.000
24.000
26.000
28.000
30.000
32.000
34.000
36.000
38.000
40.000
42.000
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2015
P
R
E
V
I
S
Ã
O
A
B
C
S
7. DESTINO DA PRODUÇÃO BRASILEIRA DE
CARNE SUÍNA EM 2012
Fonte: ABIPECS, 2013.
16%
84%
Exportação
Mercado Interno
8. CONSUMO PER CAPITA DE CARNE SUÍNA NO BRASIL
(KG/HAB./ANO)
Fonte: ABCS 2013.
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2015
13.3
13 13.2
13.7
14.4
15.1 18
METAABCS
9. O CONSUMO DE CARNES – BRASIL X MUNDO
42.0
30.8
27.0
15.5
39.5
45.0
0.0
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
Suíno Aves Bovino
%doconsumo
Mundial Brasileiro
(Adaptado de Braun, 2007).
10. O CONSUMO DE CARNE SUÍNA NO BRASIL
83 % da carne suína brasileira é consumida internamente;
Dinamarca - 75 kg per capita
Brasil – 18 kg per capita
Espanha - 66 kg per capita
Alemanha - 58 kg per capita
Sul e Sudeste
20 kg per capita
Nordeste e Centro Oeste
4 kg per capita
11. CADEIA PRODUTIVA DA SUINOCULTURA
Sistema de
apoio
Fornecedores de
Insumos
transportadores
Subsistema de
produção da
materia prima
Granjas
Subsistema de
industrialização
1ª transformaç
2ª transformaç
Subsistema de
Comercialização
Atacadista
Exportador
Varejista
Empresas de alim.
coletiva
Subsistema
Consumo
Consumidor
final
13. 1960
45 a 46 % de carne magra
5 a 6 cm de Esp. Toicinho
HOJE
60 a 65 % de carne magra
0,8 a 1,2 de Esp. Toicinho
EVOLUÇÃO DO SUÍNOS NAS ÚLTIMAS DÉCADAS ...
15. POR QUE O SUÍNO EMAGRECEU?
• Gordura vegetal (década de 1950)
• Suíno tipo banha menor eficiência alimentar (2,5 vezes
mais energia para depositar gordura = custo)
• Aproveitamento das carcaças na indústria
• Mercado consumidor exigindo menos gordura
16. • Melhoramento genético
• Nutrição
• Sanidade
• Manejo
• Instalações
COMO O SUÍNO EVOLUIU NOS ÚLTIMOS ANOS ?
18. Linha Macho Linha Fêmea
A X A B x B Núcleos C x C D x D
A X B Multiplicadoras C X D
AB x CD
Rebanhos comerciais
ABCD
Animais de abate
ESTRUTURA DE PRODUÇÃO (CRUZAMENTOS)
19. Linha Macho
• Ganho de Peso (GPD)
• Conversão Alimentar (CA)
• Rendimento cortes nobres (pernil, paleta, lombo)
• Espessura de Toucinho (carne magra)
• Qualidade da carcaça e da carne
ESTRUTURA DE PRODUÇÃO (LINHAS DE SELEÇÃO)
20. Linha Fêmea
• Prolificidade
• Habilidade materna
• Características de carcaça
• GPD, CA
ESTRUTURA DE PRODUÇÃO (LINHAS DE SELEÇÃO)
21. • Seleção para carne magra melhoria na conversão alimentar
• Evolução rápida, pois o ciclo é rápido em relação à outras
espécies (bovino)
• Mito absurdo: uso de hormônios
MELHORAMENTO GENÉTICO
22. POR QUE NÃO SE USA HORMÔNIOS PARA MELHORAR O
CRESCIMENTO DE SUÍNOS?
• Porque é proibido por Lei no Brasil
• Não existem produtos específicos para suínos
• É anti econômico
32. RASTREABILIDADE E CONTROLE DE TODA A
CADEIA DE PRODUÇÃO
• TODAS as granjas produtoras de reprodutores são
certificadas pelo MAPA (GRSC) – controle de doenças e
de boas práticas de produção;
• Todas as fábricas de ração comerciais são certificadas
pelo MAPA com BPF e controle de uso de produtos;
• Inspeção ao abate para garantir sanidade da carne (SIF,
SIE e SIM)
36. Quando há riscos reais para o homem?
CISTICERCOSE:
Ingestão de alimentos (verduras) contaminadas com dejetos
humanos
TENÍASE:
Ingestão de carne mal cozida, não fiscalizada, de animais que
ingeriram fezes humanas
TENÍASE E CISTICERCOSE
37. MITO DA CISTICERCOSE E TENÍASE NA SUINOCULTURA
• Nas condições atuais de criação de suínos é praticamente
impossível a ocorrência de cisticercose nos rebanhos, pois
não há contato dos animais com fezes humanas.
• Praticamente toda carne suína consumida no Brasil e
vendida no varejo é fiscalizada.
39. VANTAGENS DA CRIAÇÃO DE SUÍNOS
• Mercado interno em crescimento
• Cadeia produtiva consolidada
• Linhas de crédito disponíveis (necessárias garantias e
contrato de venda)
40. VANTAGENS DA CRIAÇÃO
Disponibilidade e acesso à tecnologia de
ponta em todas as fases da produção:
• Genética;
• Nutrição;
• Sanidade;
• Manejo;
• Instalações;
• Equipamentos;
41. LIMITAÇÕES DA CRIAÇÃO
• Momentos de crise: desequilíbrio
entre o custo de produção e o preço
de venda.
– Sistema de ciclo completo tem até
80% do seu custo relacionado a
alimentação dos suínos;
Não há cultura de uso de
alternativos
42. VANTAGENS E LIMITAÇÕES DA CRIAÇÃO
• 80% do custo relacionado à alimentação dos animais:
– quebras de safra;
– aumento das exportações de grãos;
– concorrência de outras atividades pela demanda de
insumos;
– distância do local de produção dos grãos;
43. VANTAGENS E LIMITAÇÕES DA CRIAÇÃO
• O preço de venda dos suínos:
– é determinado por questões internas,
relacionadas principalmente à renda
da população;
– concorrência com outras carnes
– questões externas, como a eventual redução das exportações,
resultando em colocação do excedente no mercado interno,
aumentando a oferta e reduzindo o preço;
44. VANTAGENS E LIMITAÇÕES DA CRIAÇÃO
• A mão de obra brasileira sempre foi vista como uma das
vantagens competitivas do país. Entretanto...
Crescimento
econômico e menor
desemprego
Migração da
população para
áreas urbanas
Produção em áreas
sem tradição na
atividade
Baixa disponibilidade de mão de obra para trabalhar em granjas
45. VANTAGENS E LIMITAÇÕES DA CRIAÇÃO
• Baixa disponibilidade de mão de obra para trabalhar em
granjas
o automação cada vez maior e a ampliação do tamanho
das unidades de produção, buscando ganhos de
escala para otimizar a escassa mão de obra e o custo
dos equipamentos.
46. VANTAGENS E LIMITAÇÕES DA CRIAÇÃO
• Destinação de dejetos
o Tanto a legislação, quanto a fiscalização e a própria
consciência dos produtores garantem, na maioria das
vezes, a adequada destinação dos dejetos;
o A implantação, continuidade ou ampliação de um
estabelecimento suinícola deve ter como primeira
preocupação a correta destinação de todos os resíduos.
o Em algumas regiões, já é fator limitante!
48. PERFIL DO PRODUTOR DE SUÍNOS
• Bastante variável, de acordo com a região do país
(empresarial x familiar);
• Atividade familiar x baixa rentabilidade;
• Do ponto de vista das relações de mercado:
– suinocultura independente;
– suinocultura integrada.
49. PERFIL DO PRODUTOR DE SUÍNOS
• Integrados
– os produtores se responsabilizam, mediante contratos,
por toda a condução da atividade em sua propriedade
rural com instalações, energia, água e mão de obra
próprias;
• Dependendo do tipo de contrato, o integrado também
se responsabiliza pelos custos e riscos da produção,
insumos veterinários, água e ração. Parte destes
insumos pode ser custeada pela agroindústria.
50. INTEGRADO X INDEPENDENTE
• Os produtores independentes, quando comparados com os
integrados, estão muito mais expostos às variações no
mercado, tanto no preço de venda dos suínos quanto no
custo de produção.
– O preço de venda do mercado independente do Brasil
tem sido regulado pelas Bolsas de comercialização de
suínos de SP e BH, enquanto que a referência do preço
do suíno das Agroindústrias é o Sindicarnes (de SC).
51. INTEGRADO X INDEPENDENTE
• Outra questão que pode determinar a escolha entre ser
independente ou integrado é a capacidade do produtor
para investimento e custeio e o grau de risco a que o
mesmo quer se submeter.
52. INTEGRADO X INDEPENDENTE
• “Qual a melhor opção para o produtor, ser independente
ou integrado?”
(Coser,2010)
53. O DESAFIO DA SUINOCULTURA INDEPENDENTE
• É preciso que o produtor conduza a atividade de forma
empresarial.
NÃO HÁ MAIS ESPAÇO
PARA SERMOS
SIMPLÓRIOS!
54. O DESAFIO DA SUINOCULTURA INDEPENDENTE
• administrar profissionalmente o negócio, com gestão
zootécnica e financeira;
• realizar planejamento estratégico de médio e longo prazos,
antevendo os diferentes cenários de mercado;
• aplicar parte dos lucros em ativos com boa liquidez para
posterior “socorro” à atividade quando em épocas de crise
(alto custo de produção e/ou baixo preço de venda);
55. O DESAFIO DA SUINOCULTURA INDEPENDENTE
• buscar a constante melhoria da produtividade e redução de
custos;
• buscar ganhos de escala através do aumento da própria
produção ou do associativismo;
• realizar contratos de compra e estocagem dos insumos,
buscando reduzir o impacto da sazonalidade (preço safra x
entressafra).
57. SUSTENTABILIDADE
• o conceito tornou-se um princípio, segundo o qual o uso dos
recursos naturais para a satisfação de necessidades presentes
não pode comprometer a satisfação das necessidades das
gerações futuras;
– o desenvolvimento humano;
– integração ecológica, econômica, política, tecnológica e de sistemas
sociais;
– conexão entre objetivos sócio-políticos, econômicos e ambientais;
– eqüidade;
– prudência ecológica;
– segurança em relação à saúde e qualidade de vida.
58. • Ambiental
– Na região Centro oeste, onde a suinocultura mais tem se expandido no
Brasil, a topografia e a dimensão das propriedades permitem uma
facilidade na utilização adequada dos dejetos.
– A fertirrigação em lavouras e pastagens é uma técnica amplamente
difundida e que possibilita reduzir custos de produção de outras
atividades da fazenda.
– Biodigestores proporcionam redução significativa da emissão de gases
de efeito estufa e possibilitam a redução do consumo de energia com o
aproveitamento do biogás para este fim.
SUSTENTABILIDADE NA SUINOCULTURA
64. GERAÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DO BIOGÁS
01 granja de 500 matrizes (CC) = 15.000 kwh/mês
65. • Social
– A importância social da suinocultura é muito grande, especialmente
na região sul do país, ela se localiza em grande parte, nas
pequenas propriedades. Estima-se que 2,7 milhões de pessoas
estejam envolvidas na produção de suínos do Brasil.
– Como atividade geradora de ocupação de mão de obra, é
imensurável. Cada kg produzido a mais de suíno, implica na
produção de mais de 2,5 kg de alimentos que compõem as rações.
SUSTENTABILIDADE NA SUINOCULTURA
66. • Econômica
– O consumo de carnes cresce no mundo e as fronteiras agrícolas da
maioria dos países grandes produtores estão esgotadas: limitação de
áreas para expansão da atividade agropecuária e aptas a receberem os
dejetos;
– O País tem 18% das terras agricultáveis do Planeta e, dos 290 milhões
de hectares aptos para agricultura, ocupa menos de 50 milhões.
– Além disso, temos água (também já falta em muitos países) clima
privilegiado, abundante produção de grãos (com amplas possibilidades
de expansão) e material humano de qualidade.
SUSTENTABILIDADE NA SUINOCULTURA
67. • Econômica
– A suinocultura agrega valor a outras cadeias de produção
(milho e soja), consorcia-se com outras atividades
agropecuárias (fertirrigação), gera empregos, renda e divisas
para o país. É fundamental, entretanto, que o crescimento da
atividade seja programado e controlado, de forma a manter o
equilíbrio entre a demanda e a oferta, considerando o
consumo interno e as exportações.
SUSTENTABILIDADE NA SUINOCULTURA
68. ASSUNTOS EM PAUTA!
• Aumento do consumo interno (carne in natura);
• Biossseguridade e sanidade;
• Uso de medicamentos;
• Bem estar animal;
• Preservação ambiental;