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PRODUÇÃO DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
APRESENTAÇÃO
1. Histórico da Produção de Sementes no Brasil
2. Situação da Produção e Comercizaliação de Sementes de Forrageiras
3. Origem e Multiplicação de Sementes Forrageiras
4. Recomendações para o Plantio de Forrageiras
5. Qualidade Sanitária das Sementes e Principais Doenças de Forrageiras
6. Manejos para Uniformização da Produção
7. Colheita de Sementes Forrageiras
8. Secagem e Beneficiamento
9. Armazenamento e Embalagem
10. Avaliação da Qualidade de Sementes
11. Mercado de Sementes Forrageiras no Brasil
12. Situação da Pesquisa em Sementes Forrageiras
HISTÓRICO DA PRODUÇÃO
DE SEMENTES NO BRASIL
1
HISTÓRICO DA PRODUÇÃO
DE SEMENTES NO BRASIL
A disponibilidade de plantas forrageiras tropicais no mercado atual brasileiro obedeceu a
três fases distintas:
1. Introduzidas no século XVIII, acidentalmente por intenso trafico de escravos da época (maioria de
origem Africana), principalmente do capim-colonião, Estrela, Gordura e Jaraguá. Capim-colonião
era o mais plantado.
O aumento da área de pastagens cultivadas no país até a década de 70 foi extremamente lento,
principalmente pelo fato de que, em sua maioria, era feito através de propagação vegetativa.
1. Anos 70: importação comercial de sementes da Austrália (não somente de sementes mas em
todos os produtos relacionados), estimulados por propagandas governamentais de incentivos a
pecuária bovina e aberturas de rodovias.
2. Anos 70: Capim-colonião entrou em declínio (baixa fertilidade do solo e manejo inadequado),
abrindo espaço para B. decumbens cv. Basilisk no centro do Brasil; modificando a paisagem de
cerrado natural por forrageiras introduzidas.
HISTÓRICO DA PRODUÇÃO
DE SEMENTES NO BRASIL
Experiências negativas dos pecuaristas como obtenção de pastos desuniforme, pragueamento, etc.,
continuaram agindo negativamente na pecuária do nacional por longo tempo.
Criou-se uma demanda, que incentivou a entrada de empresas profissionais e tecnicamente
qualificada no mercado de sementes forrageiras. A partir de então foram desenvolvidos sistemas mais
tecnificados de produção, aumentando a atividade de áreas cultivadas com o proposito exclusivo da
produção de sementes.
A terceira fase corresponde ao período de desenvolvimento de cultivares pelo sistema oficial de
pesquisa brasileiro, tendo como marco importante a liberação pela empresa EMBRAPA da Brachiaria
brizantha cv. Marandu, também chamada de “braquiarão” ou “brizantão” adaptadas a solos de media
e alta fertilidade, resistente a cigarra-das-pastagens, representando mais de 60% do mercado
brasileiro de sementes de plantas forrageiras tropicais (Souza, 2001).
O país que era importador na década de 70, passou no início de 80 a exportar sementes de
forrageiras tropicais.
HISTÓRICO DA PRODUÇÃO
DE SEMENTES NO BRASIL
Brasil Tropical
Pais com uma enorme faixa de terra, apresentando diversos climas existentes região sul do
Brasil houve também a introdução de gramíneas adaptadas a climas temperados, como aveia,
azevém e trevo, uma vez que gramíneas tropicais são semi-perenes nessa região.
Divisão do Brasil tropical e sub-tropical:
I. Produção de gramíneas de inverno
II. Produção de gramíneas de verão
SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO E
COMERCIALIZAÇÃO
DE SEMENTES DE FORRAGEIRAS2
SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO
E COMERCIALIZAÇÃO DE
SEMENTES DE FORRAGEIRAS
Sistema de produção de sementes de forrageiras no Brasil - A visão do governo
• O Brasil  um dos maiores produtores, consumidores e exportadores do mundo;
• A demanda no Brasil chega a 50 mil toneladas (75% mercado interno, 25% exportação);
• Movimenta R$ 1,5 bilhões por ano;
• As sementes piratas (baixa qualidade) ocupam mais de 40% do mercado de sementes forrageiras;
• O principal critério do pecuarista para a compra de sementes ainda é o preço e não a qualidade;
• “O barato sai caro”
A Instrução Normativa N° 57, de 8 de novembro de 2002, do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, aprova as Normas e Padrões para a Produção e
Comercialização de Sementes Fiscalizadas de Espécies Forrageiras de Clima Tropical.
SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO
E COMERCIALIZAÇÃO DE
SEMENTES DE FORRAGEIRAS
Sistema de produção de sementes de forrageiras no Brasil - A visão do governo
• Da produção de sementes;
• Do produtor;
• Do campo;
• Do credenciamento e inscrição de campos;
• Das vistorias;
• Do padrão de campo;
• Do beneficiamento;
• Da embalagem;
• Do tamanho dos lotes;
• Do tamanho da amostra média.
SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO
E COMERCIALIZAÇÃO DE
SEMENTES DE FORRAGEIRAS
Sistema de produção de sementes de forrageiras no Brasil - A visão do governo
Situação atual e perspectiva da produção de sementes de forrageiras na região de
Santa Catarina
• Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA é o responsável pelos sistemas de
produção de sementes e mudas.
• CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) é a responsável
pela fiscalização do comércio de sementes e mudas em SC.
• Nos últimos anos foi constatado que as sementes de
forrageiras em SC são de péssima qualidade.
SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO
E COMERCIALIZAÇÃO DE
SEMENTES DE FORRAGEIRAS
Situação atual e perspectiva da produção de sementes de forrageiras na região de
Santa Catarina
• As origens dessas sementes é, principalmente, dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São
Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
• Forrageiras dentro dos padrões influencia diretamente no custos de produção.
• Assim torna-se oportuno para envolver a conscientização de
todos e, com isso, identificar cada vez mais a importância e
responsabilidade do setor agropecuário para o país.
SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO
E COMERCIALIZAÇÃO DE
SEMENTES DE FORRAGEIRAS
Espécies de forrageiras para a região sul do Brasil
SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO
E COMERCIALIZAÇÃO DE
SEMENTES DE FORRAGEIRAS
• Alfafa (gramínea de inverno, anual);
• Amendoim-forrageiro (gramínea de inverno, anual);
• Aveia (gramínea de inverno, anual);
• Azevém (gramínea de inverno, anual);
• Capim-elefante (gramínea de verão, perene);
• Capim-Sudão (gramínea de verão, anual);
SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO
E COMERCIALIZAÇÃO DE
SEMENTES DE FORRAGEIRAS
• Milheto (Gramínea de verão, anual);
• Sorgo forrageiro e Capim-Sudão (Gramínea de verão, anual);
• Trevo branco (Leguminosa de inverno, perene);
• Trevo vermelho (Leguminosa de inverno, perene);
Espécies de forrageiras para a região sul do Brasil
ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO
DE SEMENTES FORRAGEIRAS
3
ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO
DE SEMENTES FORRAGEIRAS
Textos legais que disciplinam a matéria
• Lei Federal 10.711/03 – Sistema Nacional de Sementes e
Mudas (SNSM), objetiva garantir a identidade e qualidade dos
materiais de multiplicação vegetal.
• Decreto Federal 5.153/04 – Anexo Regulamento da Lei
nº 10.711, de 5 de agosto de 2003.
• Instrução Normativa 09/05 – Fixa diretrizes básicas a serem
obedecidas na produção, comercialização e utilização de
sementes, em todo o território nacional.
ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO
DE SEMENTES FORRAGEIRAS
Textos legais que disciplinam a matéria
• A certificação da produção pode ser realizada pelo MAPA, pela entidade de certificação ou
certificador de produção própria.
• As sementes são classificadas nas seguintes categorias:
I. Semente genética;
II. Semente básica;
III. Semente certificada de primeira geração - C1;
IV. Semente certificada de segunda geração - C2;
V. Semente S1; e
VI. Semente S2.
ABRASS
Assoc. Br dos Produtores de Semente de Soja
ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO
DE SEMENTES FORRAGEIRAS
• Semente certificada
Semente resultante da reprodução de semente básica ou de semente genética, produzidas e
comercializadas por produtores registrados pelo MAPA (RENASEM). Possuem duas categorias: C1
(primeira geração) e C2 (segunda geração).
• Semente genética
É aquela semente obtida a partir de processo de melhoramento de plantas.
• Semente básica
É aquela semente obtida da multiplicação de semente genética, realizada de forma a garantir sua
identidade genética e sua pureza varietal.
• Semente S1 e S2?
Categorias anteriormente denominadas "sementes fiscalizadas". A semente S1 é produzida a partir
de semente C2; A semente S2 é produzida a partir de semente S1. Apesar de não serem certificadas,
são produzidas e comercializadas por produtores registrados pelo MAPA .
ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO
DE SEMENTES FORRAGEIRAS
GENÉTICA
BÁSICA
C1
C2
AGRICULTOR
S1
S2
C
E
R
T
I
F
I
C
A
D
A
S
NÃO
CERTIFICADAS
ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO
DE SEMENTES FORRAGEIRAS
A critério do MAPA, a produção de
sementes da classe não certificada,
categorias S1 e S2, sem origem
genética comprovada, poderá ser feita
sem a comprovação da origem genética,
enquanto não houver tecnologia
disponível para a produção de semente
genética da respectiva espécie.
ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO
DE SEMENTES FORRAGEIRAS
Processo de Certificação
A obtenção das sementes será limitada a uma única geração de
categoria anterior, na escala de categorias constante das
categorias descritas, e deverá ter as seguintes origens:
I - a semente básica será obtida a partir da reprodução da
semente genética;
II - a semente certificada de primeira geração - C1 será
obtida da semente genética ou da semente básica; e
III - a semente certificada de segunda geração - C2 será
obtida da semente genética, da semente básica ou da semente
certificada de primeira geração - C1.
Obs: O MAPA poderá autorizar mais de uma geração para a
multiplicação da categoria de semente básica, considerando as
peculiaridades de cada espécie
RECOMENDAÇÕES PARA O
PLANTIO DE FORRAGEIRAS4
RECOMENDAÇÕES PARA O
PLANTIO DE FORRAGEIRAS
• Não se deve semear somente uma forrageira em uma fazenda, a diversificação é uma
regra muito importante a ser seguida.
• Conhecer características dos diversos tipos de pastos e fatores limitantes de cada área.
(Tsuhako, 2005)
RECOMENDAÇÕES PARA O
PLANTIO DE FORRAGEIRAS
I. Fertilidade do solo:
Existem espécies forrageiras que são mais exigentes em fertilidade que outras e isso consiste
em um fator que pode limitar a escolha de uma nova forrageira.
II. Topografia:
A escolha de espécies forrageiras pode ser determinada por este fator limitante, pois, existem
áreas susceptíveis ás erosões.
III. Grau de drenagem do solo:
Independente da fertilidade, o grau de drenagem impede o uso de qualquer forrageira.
IV. Problemas com insetos e pragas
Existem regiões que determinados insetos são pragas limitantes, principalmente
economicamente, para cultivos de certos pastos.
Para formigas, cupins, grilo e gafanhoto, recomenda-se o uso de sementes tratadas com
inseticida
RECOMENDAÇÕES PARA O
PLANTIO DE FORRAGEIRAS
RECOMENDAÇÕES PARA O
PLANTIO DE FORRAGEIRAS
I. Problemas com ervas daninhas e brotação da vegetação nativa:
Muitas regiões são altamente infestadas por estas plantas invasoras, competindo com o pasto,
principalmente por nutrientes. Para minimizar o problema, recomenda-se o Brachiarão, que
auxilia neste controle pela ação alelopática que possui.
II. Categoria animal:
Os vários animais de uma fazenda possuem
exigências nutricionais e hábitos alimentares
diferentes, justificando, portanto, o uso de mais
de uma espécie forrageira em uma propriedade.
RECOMENDAÇÕES PARA O
PLANTIO DE FORRAGEIRAS
Adubação – O solo e a adubação
Os capins mais exigentes em fertilidade do solo apresentam, normalmente, teores mais elevados
de nutrientes em sua composição. Por outro lado, quando a fertilidade do solo é ruim, o que
ocorre é o crescente desaparecimento das plantas em vez de apenas reduzirem seu valor nutritivo
(Herling et al., 2005).
Solo fonte esgotável de nutrientes.
Adubação devolução dos nutrientes ao solo.
perdidos
absorvidos pelas plantas
RECOMENDAÇÕES PARA O
PLANTIO DE FORRAGEIRAS
Adubação – O solo e a adubação
A recomendação de adubação deve estar embasada, para todos os principais nutrientes, na
análise de solo e na necessidade da espécie forrageira específica.
Algumas medidas devem ser tomadas, de forma a obter melhor aproveitamento do nutriente
para a planta.
I. Fósforo – Fontes solúveis, fosfatos naturais, fontes parcialmente solúveis. Alternativas
seriam o termofosfato magnesiano e o multifosfato magnesiano.
II. Nitrogênio - Fonte de N no solo é matéria orgânica, não diretamente absorvida pelas
plantas decomposição pela ação de microrganismos.
III. Potássio – Sob condições normais, o potássio é reciclado pelas fezes e urina dos animais,
devendo ser recomendado quando da realização da análise de solo.
RECOMENDAÇÕES PARA O
PLANTIO DE FORRAGEIRAS
Recomendações Gerais
1. Escolha da espécie de forrageira
2. Cuidados com o solo
Topografia
Drenagem
Fertilidade
Textura
Problemas
Categoria Animal
Adubação e Calagem
Preparo do solo
RECOMENDAÇÕES PARA O
PLANTIO DE FORRAGEIRAS
Recomendações Gerais
3. Taxa de Semeadura
3. Semeadura
4. Incorporação
Quantidade de semente a ser empregada a fim de garantir
uma boa fixação e formação de pastagem.
1) Semeadura Manual
2) Semeadura Mecanizada
3) Semeadura Aérea
Profundidade de incorporação das sementes por espécie (cm).
 Grade niveladora fechada
 Rolo compactador
x “pau-de-arrasto”
x “corrente”
x “galhada”
x “cabão”
QUALIDADE SANITÁRIA
DAS SEMENTES E PRINCIPAIS
DOENÇAS DE FORRAGEIRAS5
QUALIDADE SANITÁRIA
DAS SEMENTES E PRINCIPAIS
DOENÇAS DE FORRAGEIRAS
Qualidade sanitária Secagem Embalagem Armazenamento
Caracteriza-se pelo efeito deletério dos microrganismos e insetos associados as
sementes ou as pastagens.
A incidência de patógenos também trás a tona problemas de comercialização pela
redução da qualidade.
QUALIDADE SANITÁRIA
DAS SEMENTES E PRINCIPAIS
DOENÇAS DE FORRAGEIRAS
TºC + UR Ambiente Localização Geográfica
A junção dessas informações podem nos direcionar a áreas propicias para a produção de
sementes.
QUALIDADE SANITÁRIA
DAS SEMENTES E PRINCIPAIS
DOENÇAS DE FORRAGEIRAS
A ocorrência de doenças que podem reduzir a qualidade das sementes está
diretamente relacionada ao clima.
Ex. Antracnose no Serrado
QUALIDADE SANITÁRIA
DAS SEMENTES E PRINCIPAIS
DOENÇAS DE FORRAGEIRAS
Principais Doenças
Doença Fungo
Antracnose
Colletotrichum dematium;
Colletotrichum
gloeosporioides
Mela-das-sementes da
braquiária
Claviceps Sulcata.
QUALIDADE SANITÁRIA
DAS SEMENTES E PRINCIPAIS
DOENÇAS DE FORRAGEIRAS
Métodos de controle sanitário
• Uso de culturas resistentes
• Tratamento de sementes
• Rotação de culturas
• Aplicação de defensivos
• Plantio em época adequada
Embrapa Gado de Corte - Campo Grande, MS, ago. 2001 nº 50
MANEJOS PARA UNIFORMIZAÇÃO
DA PRODUÇÃO6
Manejo de Cortes
• O manejo através de cortes, pastejo e adubação com
nitrogênio é um meio que o produtor pode utilizar para a
uniformização da produção de sementes em gramíneas.
• Os cortes tardios podem ter efeitos negativos na qualidade
das sementes e sua produtividade
MANEJOS PARA
UNIFORMIZAÇÃO DA
PRODUÇÃO
Uso de Nitrogênio
• O efeito do nitrogênio se manifesta principalmente no
desenvolvimento radicular, número de panículas por plantas
e na transformação dos perfilhos vegetativos em
reprodutores
• Com isso o uso racional de adubação nitrogenada e de
manejo de cortes contribuem efetivamente para a qualidade
da produção
MANEJOS PARA
UNIFORMIZAÇÃO DA
PRODUÇÃO
COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS7
COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Informações Gerais
• 120 milhões de hectares de pastagens em sistemas extensivos
• Com elevados índices de degradação e baixa diversidade de pastagens entre outras diversidades
estima-se que 90% de toda a carne provêm de sistemas exclusivamente a pasto (2009)
• ...Fora o leite
Necessita-se de novas cultivares de forrageiras, novos sistemas de manejo e tecnologias de sementes,
Obter um rápido estabelecimento, aportar baixo nível de insumos, ter versatilidade de uso,
Coexistir com outras pastagens de forma a obter uma biodiversidade rica e dinâmica para não
comprometer o ecossistema: quanto ao aumento das pressões de pragas e doenças e visando o
máximo desempenho animal.
Escolher sementes de forrageiras dentro desse processo tem força decisiva
pois influi diretamente nos seus custos de produção.
COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Métodos de Colheita
Varredura ou Colheita do Chão - Mecânica
Sementes de Brachiaria brizantha prontas para ser colhidas do chão pelo sistema de varredura.
(Foto: Engenheiro Agrônomo Sementes Paso Ita.)
COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Métodos de Colheita
Varredura ou Colheita do Chão - Mecânica
Visual do material a ser varrido pela colhedeira em um sementeiro de Brachiaria brizantha, BA.
(Foto: Engenheiro Agrônomo Sementes Paso Ita.)
COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Métodos de Colheita
Varredura ou Colheita do Chão - Mecânica
Enleiramento da palha.
Fotos A e B: Jaqueline R. Verzignassi; Foto C: Rogério N. Teixeira
COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Varredura ou Colheita do Chão - Mecânica
Prós
1. Eliminação do risco de perdas quando da colheita, por
problemas pertinentes a clima e degrana.
2. Gera maior confiança pelo produtor de sementes no
empreendimento
3. Melhoria da qualidade fisiológica das sementes colhidas.
4. Possibilidade de redução da dormência das sementes
colhidas (muito comum nas humidícolas).
COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Varredura ou Colheita do Chão - Mecânica
Contras
1. São acompanhadas dos demais materiais presentes na
superfície do solo, ou seja, terra, torrões, palha, sementes de
plantas daninhas, sementes de outras espécies e cultivares
produzidas anteriormente na área, entre outros.
2. Necessidade de maior número e tipos de operação de
processamento das sementes quando do beneficiamento.
3. Esse material concomitante poder veicular pragas e
patógenos, cujo beneficiamento pode não eliminá-los dos
lotes colhidos.
4. O rendimento da máquina na colheita por sucção tende a
ser inferior ao rendimento das colhedeiras automotrizes.
COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Colhedora Automotriz - Colheita do Cacho
Colheita de Brachiaria humidicola por colhedora automotriz
Corte esquemático da colhedora automotriz
(SOUZA, 1981)
COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Colhedora Automotriz - Colheita do Cacho
• Esse equipamento é amplamente popular e disponível
• Apesar de bastante caro que requer manutenção especializada
• Possibilita o trabalho com áreas e volumes de sementes maiores
• Proporciona uma colheita mais rápida (fator de grande importância em regiões de clima
pouco favorável à colheita)
• Requer menos mão-de-obra, porém requer operadores especializados
• Capacidade de trabalho não ultrapassa 15 hectares por dia por máquina
• Possivelmente não será respeitado o período ideal de colheita, em média 5-7 dias,
comprometimento da qualidade fisiológica por essa apresentar diferentes estádios de
maturação (baixo sincronismo no florescimento)
COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Colhedora Automotriz - Colheita do Cacho
• É possível tentar o sincronismo da maturação das
sementes fazendo adequações de manejos e
adubações, que onera muito o sistema
• REQUER SECAGEM devido à desuniformidade das
sementes quanto à maturação. Faz-se secagem natural
gradual, inicialmente na sombra, até atingir uma
umidade média de 10%
• Colheitadeiras bem ajustadas podem ter perdas de até
60% das sementes maduras, consequência da sua
incapacidade de recuperar sementes que caem dentro
da volumosa massa vegetal
SECAGEM E BENEFICIAMENTO
8
SECAGEM E BENEFICIAMENTO
Secagem
• A secagem é uma das etapas mais importantes no processo de produção de sementes.
• A umidade de sementes logo após a colheita normalmente é elevada.
• Quanto mais tempo a semente permanecer com alta umidade, mais rápido será o seu processo
de deterioração em função das atividades metabólicas, do consumo de reservas, liberação de
energia e, por conseguinte, diminuição da sanidade das mesmas.
• A partir do momento em que a semente atinge sua maturidade fisiológica a mesma está sujeita a
condições potencialmente adversar como temperatura, umidade, ataque de insetos,
microrganismos, ataque de pássaros podendo assim provocar perdas qualitativas e quantitativas
gerando uma diminuição na qualidade da semente e prejuízos ao produtor.
SECAGEM E BENEFICIAMENTO
• De 11 a 13% de umidade, a semente pode estar em avançado estado de deterioração, ficando
inutilizada para fins de semeadura.
• A semente pode, também, atingir teores de água muito baixos (8-10%), de modo que a
danificação mecânica ocasionada pela colheita e transporte se torne comprometedora.
• A semente poderá hidratar-se novamente devido à chuva, ao orvalho e às flutuações de UR,
sendo necessário uma espera para a colheita, o que, dependendo do período de tempo, pode ser
altamente prejudicial.
Secagem
SECAGEM E BENEFICIAMENTO
• Dependendo do tipo de colheita realizada a secagem
pode ser dispensada.
• Na colheita por varredura não é necessário, pois a
semente apresenta em torno de 12% de umidade,
entre 9% e 10% é possível fazer um bom
armazenamento.
• Quando a colheita não é feita por varredura como no
caso da brachiaria humidicola a secagem deve ser
feita no sol e de forma lenta.
Secagem
SECAGEM E BENEFICIAMENTO
Tipos de Secagem
SECAGEM DE
SEMENTES
NATURAL
ARTIFICIAL
BAIXA
TEMPERATURA
ALTA
TEMPERATURA
SECADOR
DE LEITO FIXO
DE FLUXOS CRUZADOS
DE FLUXOS CONCORRENTES
DE FLUXOS CONTRACORRENTES
MISTO
SECAGEM E BENEFICIAMENTO
• Utiliza as energias solar e eólica para remover a umidade da semente.
• É realizada na própria planta.
• É um método de secagem utilizado para pequenas quantidades de sementes.
Secagem Natural
SECAGEM E BENEFICIAMENTO
• A secagem natural é, em geral, demorada, e uma maneira
de acelerar o processo é através do uso de telas de plástico
ou arame entrelaçado, formando-se uma peneira.
• A secagem natural, apesar de não estar sujeita a riscos de
danificação mecânica e temperaturas excessivamente altas,
é dependente das condições psicrométricas do ar ambiente
que, muitas vezes, não são adequadas para a secagem das
sementes.
• Devido aos riscos provenientes da demora de secagem
motivada por altas URs, a secagem natural, em muitas
regiões, é pouco utilizada. Por outro lado, nas regiões ou
épocas onde a UR reinante no período da colheita é baixa e
a possibilidade de ocorrência de chuvas bastante reduzida,
a secagem natural é largamente utilizada.
Secagem Natural
SECAGEM E BENEFICIAMENTO
• Os métodos de secagem artificial são obtidos pela
exposição da massa de sementes a um fluxo de ar aquecido
(ou não), sendo caracterizados, conforme o fluxo no
secador, em estacionário, de fluxo contínuo e de fluxo
intermitente.
• Existem dois tipos: Secagem estacionária e Secagem de
fluxo contínuo.
Secagem Artificial
SECAGEM E BENEFICIAMENTO
Secador Estacionário
SECAGEM E BENEFICIAMENTO
Secador de Fluxo Contínuo
SECAGEM E BENEFICIAMENTO
1. Alterar a composição física de lotes de sementes –
padronizar.
2. Alterar algumas características físicas das sementes –
melhorar a plantabilidade.
Beneficiamento de Sementes Forrageiras
SECAGEM E BENEFICIAMENTO
• Perda de sementes puras;
• Alteração de características fisiológicas;
• Gatos;
• Produção de resíduos, poeira;
• Aumento da heterogeneidade de lotes;
• Agravamento de problemas por contaminação por sementes de
plantas indesejadas.
Efeitos Colaterais do Beneficiamento de Sementes
sementes limpas
impurezas
SECAGEM E BENEFICIAMENTO
PREVENIR
O que fazer para evitar problemas no beneficiamento?
SECAGEM E BENEFICIAMENTO
Escarificação de sementes forrageiras
Pode ser:
• Química
• Mecânica
Razões para escarificar;
Efeitos sobre a qualidade fisiológica das sementes.
SECAGEM E BENEFICIAMENTO
Peletizar é uma forma de agregar valor a sementes.
Por que peletizar?
Como peletizar?
Peletização de sementes forrageiras
SECAGEM E BENEFICIAMENTO
MERCADO
Principal argumento a favor
ARMAZENAMENTO E EMBALAGEM
9
• Fatores como embalagem e armazenamento são extremamente importantes na manutenção da
qualidade de sementes de forrageiras.
• O uso de embalagens inadequadas pode comprometer seriamente a sua conservação, tomando-as
inviáveis ao plantio.
• As embalagens mais recomendadas são as de sacos de papel, de juta e de algodão, sendo
totalmente desaconselhável o uso das embalagens de plástico.
ARMAZENAMENTO E
EMBALAGEM
sacos de papel sacos de juta sacos de algodão
Sendo assim, o objetivo
principal do armazenamento de
sementes é manter sua
qualidade desde que atingem a
degrana até o momento que
serão semeadas.
 As sementes devem ser armazenadas em sacos fechados, em galpões bem ventilados;
 O ambiente de armazenamento deve estar limpo;
 O local do armazenamento deve ser fresco e seco;
 Deve-se procurar manter a temperatura interna em torno de 25ºC e umidade do ar inferior a 70%;
 Combate a insetos e roedores: eliminação de focos de infestação de insetos através de expurgos,
tratamento preventivo e desinfestação do piso, paredes e teto, repetindo-se as operações quando
necessário.
ARMAZENAMENTO E
EMBALAGEM
ARMAZENAMENTO E
EMBALAGEM
X
 A embalagem das sementes é importante não apenas para o transporte,
armazenamento e comercialização, mas também no que se refere à conservação da
qualidade das sementes sob determinadas condições ambientais de temperatura e
umidade relativa do ar (Popinigis, 1985).
 De acordo com a Instrução Normativa Nº 40, de 12 de junho de 2002, da embalagem:
“As sementes de espécies forrageiras tropicais deverão ser acondicionadas em
embalagens novas, de papel multifoliado, algodão branco, juta ou polipropileno
trançado ou qualquer outro material aprovado pela pesquisa oficial e atender às
exigências constantes da legislação. O peso líquido contido na embalagem
deverá ser de no máximo 50 (cinquenta) kg.”
ARMAZENAMENTO E
EMBALAGEM
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE
DE SEMENTES10
AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DE SEMENTES
• A produção de sementes de forrageiras requer
certas condições climáticas para alta produção
e com qualidade.
• Há crescente interesse pela produção de
sementes de gramíneas forrageiras no Brasil
problemas desde a fase de produção
no campo até seu beneficiamento e
comercialização.
AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DE SEMENTES
• A qualidade de sementes é um fenômeno complexo.
• Qualquer laboratório (oficial, privado, instituição) pode ter suas próprias regras de análises, o
importante é a padronização e que os procedimentos sejam uniformes dentro do laboratório
para diferentes lotes de sementes.
• Os testes principais são:
1. Teste padrão de germinação,
2. Teste do tetrazólio,
3. Teste de emergência no solo,
4. Teste de vigor.
Características complexas e
dinâmicas – diversos
parâmetros de definição.
AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DE SEMENTES
• Nas análises de sementes das principais gramíneas forrageiras, entre diferentes laboratórios
ou em um mesmo laboratório, os resultados mostram sensível variação. Por outro lado, a
melhoria da qualidade das sementes tende a diminuir essa variação, porém muitas vezes sem
atingir a uniformidade entre amostras exigidas.
Sementes chochas, material inerte,
tamanho do lote, recebimento da amostra
média no laboratório, obtenção incorreta
da amostra de trabalho.
AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DE SEMENTES
1. Teste de Germinação
• Mais conhecido para determinar a qualidade de sementes.
Capacidade da semente para germinar luminosidade,
temperatura e umidade ideais.
Forrageiras tropicais dormência e dureza confundem
essa consideração na expressão da viabilidade da semente. Não
germinam por estarem mortas ou dormentes?
Presença daquelas colhidas
imaturas, em decorrência de
maturação desuniforme dentro
da panícula.
Causa
Tratamentos químicos nos
testes de germinação -
aumentam significativamente
a utilidade dos resultados.
“Solução”
AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DE SEMENTES
2. Teste de Tetrazólio
• Extremamente útil para o uso em sementes de forrageiras que apresentam dormência
Define dentro da amostra a proporção de sementes vivas ou mortas.
Como a capacidade de germinação das sementes não fica definida, não se constitui num bom
indicador da performance das sementes à campo, mas pela sua rapidez e praticidade pode ser
utilizado para indicar qualidade de lotes de sementes que estão sendo negociados entre
produtores e firmas comercializadoras.
AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DE SEMENTES
3. Teste de Emergência no Solo
• Apesar de realizado em condições ótimas, se aproxima
mais das condições que a plântula encontrará no campo.
A percentagem de germinação como medida de qualidade da
semente é um pré-requisito importante na implantação das
culturas, uma vez que determinará a maior ou menor rapidez
no estabelecimento do estande inicial.
AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DE SEMENTES
4. Teste de Vigor
• É um teste de germinação com metodologia modificada, sendo aplicado algum tipo de
estresse semelhante ao que possa limitar a emergência e fixação da plântula no campo.
MERCADO DE SEMENTES
FORRAGEIRAS NO BRASIL11
 O mercado de sementes de plantas forrageiras
movimenta cerca de R$ 1,5 bilhões.
 Atualmente já se exportam sementes de
forrageiras para a Colômbia, Argentina,
Venezuela, diversos países da África e da Ásia.
 Chegaram a atingir um volume de
aproximadamente 1000 ton/ano de sementes de
forrageiras ao valor de US$ 1.000,000
MERCADO DE SEMENTES
FORRAGEIRAS NO BRASIL
 O aumento da área de pastagens cultivadas no país até a década de 70 foi
extremamente lento feito através de propagação vegetativa.
 A utilização de sementes veio acelerar o processo, estimulando a demanda por ser um
método mais barato.
 Entretanto, o desconhecimento das exigências tecnológicas das sementes, aliados à
ausência de fiscalização, fez com que este mercado, com raras exceções, nascesse
deteriorado, explorado por leigos e oportunistas, predominando a comercialização de
sementes de baixa qualidade e muitas vezes disseminando plantas invasoras
(SANTOS FILHO, 1981).
MERCADO DE SEMENTES
FORRAGEIRAS NO BRASIL
O Brasil possui um potencial para o estabelecimento
de sistema de produção de sementes de forrageiras
muito grande;
Para a garantia de êxito é necessário:
Que as áreas de produção sejam estabelecidas
em regiões ideais para essa atividade agrícola.
Deve-se considerar a existência de fatores
climáticos, edáficos, econômicos e agronômicos
MERCADO DE SEMENTES
FORRAGEIRAS NO BRASIL
• Mudanças começaram a surgir e criou-se uma demanda
que incentivou a entrada de empresas profissionais e
tecnicamente qualificada no mercado de sementes
forrageiras
• Assim, o país que era importador na década de 70,
passou no início de 80 a exportar sementes de
forrageiras tropicais.
MERCADO DE SEMENTES
FORRAGEIRAS NO BRASIL
• A pirataria no Brasil não é um problema que atinge apenas
a indústria fonográfica, vestuário ou de acessórios
Empresas que desenvolvem sementes e até os
produtores que fazem uso delas perdem muito com a
pirataria no campo.
• Quase 50% do mercado de sementes forrageiras no Brasil
é ilegal (Associação para o Fomento à Pesquisa de
Melhoramento de Forrageiras, )
• Associação Brasileira de Sementes e Mudas
(Abrasem) mostrou que, na safra 2011/2012 de soja, cerca
de 67% das sementes usadas eram certificadas.
33% piratas
MERCADO DE SEMENTES
FORRAGEIRAS NO BRASIL
SEMENTES PIRATAS NAS LAVOURAS BRASILEIRAS
Campanha contra sementes piratas APROSMAT, apoio ABRASS
► Para o governo - questão de impostos;
► Para os produtores de sementes - perdem mercado devido à competição desleal pelo preço;
► E para os pecuaristas - que são quem mais perdem porque compram sementes de baixa
qualidade e pureza compromete a formação e a qualidade de suas pastagens, e
consequentemente o desempenho de rebanho.
MERCADO DE SEMENTES
FORRAGEIRAS NO BRASIL
O Mercado Pirata provoca perdas
Campanha contra sementes piratas ABRASS
O pecuarista precisa atentar
para: Sementes com preço
abaixo do normal; não
certificadas  apresentam
um percentual maior de
impurezas; Sementes de
plantas daninhas, ovos de
insetos, nematoides.
► O mercado de sementes de qualidade baixa ainda é o grande problema do setor;
► Atualmente o panorama do mercado nacional de sementes forrageiras modifica-se
gradativamente, graças à conscientização do pecuarista, da maior fiscalização e da consequente
moralização de suas práticas de mercado .
MERCADO DE SEMENTES
FORRAGEIRAS NO BRASIL
Deve-se considerar que já existem produtores
organizados, volume de pesquisa e técnicos
envolvidos que enfrentam esses problemas
atuais de forma racional.
SITUAÇÃO DA PESQUISA EM
SEMENTES FORRAGEIRAS12
SITUAÇÃO DA PESQUISA EM
SEMENTES FORRAGEIRAS
Parâmetro Histórico
• Primeiras pesquisas em espécies forrageiras tropicais ocorreram
em 1950, no Quênia;
• Austrália foi por muito tempo o país mais efetivo em pesquisas;
• Na américa latina as pesquisas na área tiveram início em 1970.
Teste de germinação em 1879
W.J. Beal, The Vitality of Seeds, 1905
SITUAÇÃO DA PESQUISA EM
SEMENTES FORRAGEIRAS
Principais questões envolvendo as pesquisas de sementes forrageiras:
• Onde produzir?
• Como produzir?
• Como e quando fazer a
colheita de sementes?
Avaliação do cultivar em relação ao local e região a ser utilizado.
Avaliação dos mecanismos de florescimento da espécie
Tecnologia - péssima difusão, sistemas deficientes, má adaptação
#1 - número de dias após a inflorescência, mas...
Grande variedade climática - outros métodos de avaliação:
 avaliações morfológicas (cor, dureza das sementes, taxa de queda)
 locais
SITUAÇÃO DA PESQUISA EM
SEMENTES FORRAGEIRAS
Financiamento das pesquisas
• Grande tendência a sofrer cortes;
• Parcerias público-privadas;
• Proteção (patentear) de cultivares.
FIM
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Tecnologia e Produção de Sementes Forrageiras no Brasil

  • 2. APRESENTAÇÃO 1. Histórico da Produção de Sementes no Brasil 2. Situação da Produção e Comercizaliação de Sementes de Forrageiras 3. Origem e Multiplicação de Sementes Forrageiras 4. Recomendações para o Plantio de Forrageiras 5. Qualidade Sanitária das Sementes e Principais Doenças de Forrageiras 6. Manejos para Uniformização da Produção 7. Colheita de Sementes Forrageiras 8. Secagem e Beneficiamento 9. Armazenamento e Embalagem 10. Avaliação da Qualidade de Sementes 11. Mercado de Sementes Forrageiras no Brasil 12. Situação da Pesquisa em Sementes Forrageiras
  • 3. HISTÓRICO DA PRODUÇÃO DE SEMENTES NO BRASIL 1
  • 4. HISTÓRICO DA PRODUÇÃO DE SEMENTES NO BRASIL A disponibilidade de plantas forrageiras tropicais no mercado atual brasileiro obedeceu a três fases distintas: 1. Introduzidas no século XVIII, acidentalmente por intenso trafico de escravos da época (maioria de origem Africana), principalmente do capim-colonião, Estrela, Gordura e Jaraguá. Capim-colonião era o mais plantado. O aumento da área de pastagens cultivadas no país até a década de 70 foi extremamente lento, principalmente pelo fato de que, em sua maioria, era feito através de propagação vegetativa. 1. Anos 70: importação comercial de sementes da Austrália (não somente de sementes mas em todos os produtos relacionados), estimulados por propagandas governamentais de incentivos a pecuária bovina e aberturas de rodovias. 2. Anos 70: Capim-colonião entrou em declínio (baixa fertilidade do solo e manejo inadequado), abrindo espaço para B. decumbens cv. Basilisk no centro do Brasil; modificando a paisagem de cerrado natural por forrageiras introduzidas.
  • 5. HISTÓRICO DA PRODUÇÃO DE SEMENTES NO BRASIL Experiências negativas dos pecuaristas como obtenção de pastos desuniforme, pragueamento, etc., continuaram agindo negativamente na pecuária do nacional por longo tempo. Criou-se uma demanda, que incentivou a entrada de empresas profissionais e tecnicamente qualificada no mercado de sementes forrageiras. A partir de então foram desenvolvidos sistemas mais tecnificados de produção, aumentando a atividade de áreas cultivadas com o proposito exclusivo da produção de sementes. A terceira fase corresponde ao período de desenvolvimento de cultivares pelo sistema oficial de pesquisa brasileiro, tendo como marco importante a liberação pela empresa EMBRAPA da Brachiaria brizantha cv. Marandu, também chamada de “braquiarão” ou “brizantão” adaptadas a solos de media e alta fertilidade, resistente a cigarra-das-pastagens, representando mais de 60% do mercado brasileiro de sementes de plantas forrageiras tropicais (Souza, 2001). O país que era importador na década de 70, passou no início de 80 a exportar sementes de forrageiras tropicais.
  • 6. HISTÓRICO DA PRODUÇÃO DE SEMENTES NO BRASIL Brasil Tropical Pais com uma enorme faixa de terra, apresentando diversos climas existentes região sul do Brasil houve também a introdução de gramíneas adaptadas a climas temperados, como aveia, azevém e trevo, uma vez que gramíneas tropicais são semi-perenes nessa região. Divisão do Brasil tropical e sub-tropical: I. Produção de gramíneas de inverno II. Produção de gramíneas de verão
  • 7. SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE SEMENTES DE FORRAGEIRAS2
  • 8. SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE SEMENTES DE FORRAGEIRAS Sistema de produção de sementes de forrageiras no Brasil - A visão do governo • O Brasil  um dos maiores produtores, consumidores e exportadores do mundo; • A demanda no Brasil chega a 50 mil toneladas (75% mercado interno, 25% exportação); • Movimenta R$ 1,5 bilhões por ano; • As sementes piratas (baixa qualidade) ocupam mais de 40% do mercado de sementes forrageiras; • O principal critério do pecuarista para a compra de sementes ainda é o preço e não a qualidade; • “O barato sai caro”
  • 9. A Instrução Normativa N° 57, de 8 de novembro de 2002, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, aprova as Normas e Padrões para a Produção e Comercialização de Sementes Fiscalizadas de Espécies Forrageiras de Clima Tropical. SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE SEMENTES DE FORRAGEIRAS Sistema de produção de sementes de forrageiras no Brasil - A visão do governo
  • 10. • Da produção de sementes; • Do produtor; • Do campo; • Do credenciamento e inscrição de campos; • Das vistorias; • Do padrão de campo; • Do beneficiamento; • Da embalagem; • Do tamanho dos lotes; • Do tamanho da amostra média. SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE SEMENTES DE FORRAGEIRAS Sistema de produção de sementes de forrageiras no Brasil - A visão do governo
  • 11. Situação atual e perspectiva da produção de sementes de forrageiras na região de Santa Catarina • Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA é o responsável pelos sistemas de produção de sementes e mudas. • CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) é a responsável pela fiscalização do comércio de sementes e mudas em SC. • Nos últimos anos foi constatado que as sementes de forrageiras em SC são de péssima qualidade. SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE SEMENTES DE FORRAGEIRAS
  • 12. Situação atual e perspectiva da produção de sementes de forrageiras na região de Santa Catarina • As origens dessas sementes é, principalmente, dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. • Forrageiras dentro dos padrões influencia diretamente no custos de produção. • Assim torna-se oportuno para envolver a conscientização de todos e, com isso, identificar cada vez mais a importância e responsabilidade do setor agropecuário para o país. SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE SEMENTES DE FORRAGEIRAS
  • 13. Espécies de forrageiras para a região sul do Brasil SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE SEMENTES DE FORRAGEIRAS • Alfafa (gramínea de inverno, anual); • Amendoim-forrageiro (gramínea de inverno, anual); • Aveia (gramínea de inverno, anual); • Azevém (gramínea de inverno, anual); • Capim-elefante (gramínea de verão, perene); • Capim-Sudão (gramínea de verão, anual);
  • 14. SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE SEMENTES DE FORRAGEIRAS • Milheto (Gramínea de verão, anual); • Sorgo forrageiro e Capim-Sudão (Gramínea de verão, anual); • Trevo branco (Leguminosa de inverno, perene); • Trevo vermelho (Leguminosa de inverno, perene); Espécies de forrageiras para a região sul do Brasil
  • 15. ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO DE SEMENTES FORRAGEIRAS 3
  • 16. ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO DE SEMENTES FORRAGEIRAS Textos legais que disciplinam a matéria • Lei Federal 10.711/03 – Sistema Nacional de Sementes e Mudas (SNSM), objetiva garantir a identidade e qualidade dos materiais de multiplicação vegetal. • Decreto Federal 5.153/04 – Anexo Regulamento da Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003. • Instrução Normativa 09/05 – Fixa diretrizes básicas a serem obedecidas na produção, comercialização e utilização de sementes, em todo o território nacional.
  • 17. ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO DE SEMENTES FORRAGEIRAS Textos legais que disciplinam a matéria • A certificação da produção pode ser realizada pelo MAPA, pela entidade de certificação ou certificador de produção própria. • As sementes são classificadas nas seguintes categorias: I. Semente genética; II. Semente básica; III. Semente certificada de primeira geração - C1; IV. Semente certificada de segunda geração - C2; V. Semente S1; e VI. Semente S2. ABRASS Assoc. Br dos Produtores de Semente de Soja
  • 18. ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO DE SEMENTES FORRAGEIRAS • Semente certificada Semente resultante da reprodução de semente básica ou de semente genética, produzidas e comercializadas por produtores registrados pelo MAPA (RENASEM). Possuem duas categorias: C1 (primeira geração) e C2 (segunda geração). • Semente genética É aquela semente obtida a partir de processo de melhoramento de plantas. • Semente básica É aquela semente obtida da multiplicação de semente genética, realizada de forma a garantir sua identidade genética e sua pureza varietal. • Semente S1 e S2? Categorias anteriormente denominadas "sementes fiscalizadas". A semente S1 é produzida a partir de semente C2; A semente S2 é produzida a partir de semente S1. Apesar de não serem certificadas, são produzidas e comercializadas por produtores registrados pelo MAPA .
  • 19. ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO DE SEMENTES FORRAGEIRAS GENÉTICA BÁSICA C1 C2 AGRICULTOR S1 S2 C E R T I F I C A D A S NÃO CERTIFICADAS
  • 20. ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO DE SEMENTES FORRAGEIRAS A critério do MAPA, a produção de sementes da classe não certificada, categorias S1 e S2, sem origem genética comprovada, poderá ser feita sem a comprovação da origem genética, enquanto não houver tecnologia disponível para a produção de semente genética da respectiva espécie.
  • 21. ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO DE SEMENTES FORRAGEIRAS Processo de Certificação A obtenção das sementes será limitada a uma única geração de categoria anterior, na escala de categorias constante das categorias descritas, e deverá ter as seguintes origens: I - a semente básica será obtida a partir da reprodução da semente genética; II - a semente certificada de primeira geração - C1 será obtida da semente genética ou da semente básica; e III - a semente certificada de segunda geração - C2 será obtida da semente genética, da semente básica ou da semente certificada de primeira geração - C1. Obs: O MAPA poderá autorizar mais de uma geração para a multiplicação da categoria de semente básica, considerando as peculiaridades de cada espécie
  • 23. RECOMENDAÇÕES PARA O PLANTIO DE FORRAGEIRAS • Não se deve semear somente uma forrageira em uma fazenda, a diversificação é uma regra muito importante a ser seguida. • Conhecer características dos diversos tipos de pastos e fatores limitantes de cada área. (Tsuhako, 2005)
  • 24. RECOMENDAÇÕES PARA O PLANTIO DE FORRAGEIRAS I. Fertilidade do solo: Existem espécies forrageiras que são mais exigentes em fertilidade que outras e isso consiste em um fator que pode limitar a escolha de uma nova forrageira. II. Topografia: A escolha de espécies forrageiras pode ser determinada por este fator limitante, pois, existem áreas susceptíveis ás erosões. III. Grau de drenagem do solo: Independente da fertilidade, o grau de drenagem impede o uso de qualquer forrageira. IV. Problemas com insetos e pragas Existem regiões que determinados insetos são pragas limitantes, principalmente economicamente, para cultivos de certos pastos. Para formigas, cupins, grilo e gafanhoto, recomenda-se o uso de sementes tratadas com inseticida
  • 26. RECOMENDAÇÕES PARA O PLANTIO DE FORRAGEIRAS I. Problemas com ervas daninhas e brotação da vegetação nativa: Muitas regiões são altamente infestadas por estas plantas invasoras, competindo com o pasto, principalmente por nutrientes. Para minimizar o problema, recomenda-se o Brachiarão, que auxilia neste controle pela ação alelopática que possui. II. Categoria animal: Os vários animais de uma fazenda possuem exigências nutricionais e hábitos alimentares diferentes, justificando, portanto, o uso de mais de uma espécie forrageira em uma propriedade.
  • 27. RECOMENDAÇÕES PARA O PLANTIO DE FORRAGEIRAS Adubação – O solo e a adubação Os capins mais exigentes em fertilidade do solo apresentam, normalmente, teores mais elevados de nutrientes em sua composição. Por outro lado, quando a fertilidade do solo é ruim, o que ocorre é o crescente desaparecimento das plantas em vez de apenas reduzirem seu valor nutritivo (Herling et al., 2005). Solo fonte esgotável de nutrientes. Adubação devolução dos nutrientes ao solo. perdidos absorvidos pelas plantas
  • 28. RECOMENDAÇÕES PARA O PLANTIO DE FORRAGEIRAS Adubação – O solo e a adubação A recomendação de adubação deve estar embasada, para todos os principais nutrientes, na análise de solo e na necessidade da espécie forrageira específica. Algumas medidas devem ser tomadas, de forma a obter melhor aproveitamento do nutriente para a planta. I. Fósforo – Fontes solúveis, fosfatos naturais, fontes parcialmente solúveis. Alternativas seriam o termofosfato magnesiano e o multifosfato magnesiano. II. Nitrogênio - Fonte de N no solo é matéria orgânica, não diretamente absorvida pelas plantas decomposição pela ação de microrganismos. III. Potássio – Sob condições normais, o potássio é reciclado pelas fezes e urina dos animais, devendo ser recomendado quando da realização da análise de solo.
  • 29. RECOMENDAÇÕES PARA O PLANTIO DE FORRAGEIRAS Recomendações Gerais 1. Escolha da espécie de forrageira 2. Cuidados com o solo Topografia Drenagem Fertilidade Textura Problemas Categoria Animal Adubação e Calagem Preparo do solo
  • 30. RECOMENDAÇÕES PARA O PLANTIO DE FORRAGEIRAS Recomendações Gerais 3. Taxa de Semeadura 3. Semeadura 4. Incorporação Quantidade de semente a ser empregada a fim de garantir uma boa fixação e formação de pastagem. 1) Semeadura Manual 2) Semeadura Mecanizada 3) Semeadura Aérea Profundidade de incorporação das sementes por espécie (cm).  Grade niveladora fechada  Rolo compactador x “pau-de-arrasto” x “corrente” x “galhada” x “cabão”
  • 31. QUALIDADE SANITÁRIA DAS SEMENTES E PRINCIPAIS DOENÇAS DE FORRAGEIRAS5
  • 32. QUALIDADE SANITÁRIA DAS SEMENTES E PRINCIPAIS DOENÇAS DE FORRAGEIRAS Qualidade sanitária Secagem Embalagem Armazenamento Caracteriza-se pelo efeito deletério dos microrganismos e insetos associados as sementes ou as pastagens. A incidência de patógenos também trás a tona problemas de comercialização pela redução da qualidade.
  • 33. QUALIDADE SANITÁRIA DAS SEMENTES E PRINCIPAIS DOENÇAS DE FORRAGEIRAS TºC + UR Ambiente Localização Geográfica A junção dessas informações podem nos direcionar a áreas propicias para a produção de sementes.
  • 34. QUALIDADE SANITÁRIA DAS SEMENTES E PRINCIPAIS DOENÇAS DE FORRAGEIRAS A ocorrência de doenças que podem reduzir a qualidade das sementes está diretamente relacionada ao clima. Ex. Antracnose no Serrado
  • 35. QUALIDADE SANITÁRIA DAS SEMENTES E PRINCIPAIS DOENÇAS DE FORRAGEIRAS Principais Doenças Doença Fungo Antracnose Colletotrichum dematium; Colletotrichum gloeosporioides Mela-das-sementes da braquiária Claviceps Sulcata.
  • 36. QUALIDADE SANITÁRIA DAS SEMENTES E PRINCIPAIS DOENÇAS DE FORRAGEIRAS Métodos de controle sanitário • Uso de culturas resistentes • Tratamento de sementes • Rotação de culturas • Aplicação de defensivos • Plantio em época adequada Embrapa Gado de Corte - Campo Grande, MS, ago. 2001 nº 50
  • 38. Manejo de Cortes • O manejo através de cortes, pastejo e adubação com nitrogênio é um meio que o produtor pode utilizar para a uniformização da produção de sementes em gramíneas. • Os cortes tardios podem ter efeitos negativos na qualidade das sementes e sua produtividade MANEJOS PARA UNIFORMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
  • 39. Uso de Nitrogênio • O efeito do nitrogênio se manifesta principalmente no desenvolvimento radicular, número de panículas por plantas e na transformação dos perfilhos vegetativos em reprodutores • Com isso o uso racional de adubação nitrogenada e de manejo de cortes contribuem efetivamente para a qualidade da produção MANEJOS PARA UNIFORMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
  • 41. COLHEITA DE SEMENTES FORRAGEIRAS Informações Gerais • 120 milhões de hectares de pastagens em sistemas extensivos • Com elevados índices de degradação e baixa diversidade de pastagens entre outras diversidades estima-se que 90% de toda a carne provêm de sistemas exclusivamente a pasto (2009) • ...Fora o leite Necessita-se de novas cultivares de forrageiras, novos sistemas de manejo e tecnologias de sementes, Obter um rápido estabelecimento, aportar baixo nível de insumos, ter versatilidade de uso, Coexistir com outras pastagens de forma a obter uma biodiversidade rica e dinâmica para não comprometer o ecossistema: quanto ao aumento das pressões de pragas e doenças e visando o máximo desempenho animal. Escolher sementes de forrageiras dentro desse processo tem força decisiva pois influi diretamente nos seus custos de produção.
  • 42. COLHEITA DE SEMENTES FORRAGEIRAS Métodos de Colheita Varredura ou Colheita do Chão - Mecânica Sementes de Brachiaria brizantha prontas para ser colhidas do chão pelo sistema de varredura. (Foto: Engenheiro Agrônomo Sementes Paso Ita.)
  • 43. COLHEITA DE SEMENTES FORRAGEIRAS Métodos de Colheita Varredura ou Colheita do Chão - Mecânica Visual do material a ser varrido pela colhedeira em um sementeiro de Brachiaria brizantha, BA. (Foto: Engenheiro Agrônomo Sementes Paso Ita.)
  • 44. COLHEITA DE SEMENTES FORRAGEIRAS Métodos de Colheita Varredura ou Colheita do Chão - Mecânica Enleiramento da palha. Fotos A e B: Jaqueline R. Verzignassi; Foto C: Rogério N. Teixeira
  • 45. COLHEITA DE SEMENTES FORRAGEIRAS Varredura ou Colheita do Chão - Mecânica Prós 1. Eliminação do risco de perdas quando da colheita, por problemas pertinentes a clima e degrana. 2. Gera maior confiança pelo produtor de sementes no empreendimento 3. Melhoria da qualidade fisiológica das sementes colhidas. 4. Possibilidade de redução da dormência das sementes colhidas (muito comum nas humidícolas).
  • 46. COLHEITA DE SEMENTES FORRAGEIRAS Varredura ou Colheita do Chão - Mecânica Contras 1. São acompanhadas dos demais materiais presentes na superfície do solo, ou seja, terra, torrões, palha, sementes de plantas daninhas, sementes de outras espécies e cultivares produzidas anteriormente na área, entre outros. 2. Necessidade de maior número e tipos de operação de processamento das sementes quando do beneficiamento. 3. Esse material concomitante poder veicular pragas e patógenos, cujo beneficiamento pode não eliminá-los dos lotes colhidos. 4. O rendimento da máquina na colheita por sucção tende a ser inferior ao rendimento das colhedeiras automotrizes.
  • 47. COLHEITA DE SEMENTES FORRAGEIRAS Colhedora Automotriz - Colheita do Cacho Colheita de Brachiaria humidicola por colhedora automotriz Corte esquemático da colhedora automotriz (SOUZA, 1981)
  • 48. COLHEITA DE SEMENTES FORRAGEIRAS Colhedora Automotriz - Colheita do Cacho • Esse equipamento é amplamente popular e disponível • Apesar de bastante caro que requer manutenção especializada • Possibilita o trabalho com áreas e volumes de sementes maiores • Proporciona uma colheita mais rápida (fator de grande importância em regiões de clima pouco favorável à colheita) • Requer menos mão-de-obra, porém requer operadores especializados • Capacidade de trabalho não ultrapassa 15 hectares por dia por máquina • Possivelmente não será respeitado o período ideal de colheita, em média 5-7 dias, comprometimento da qualidade fisiológica por essa apresentar diferentes estádios de maturação (baixo sincronismo no florescimento)
  • 49. COLHEITA DE SEMENTES FORRAGEIRAS Colhedora Automotriz - Colheita do Cacho • É possível tentar o sincronismo da maturação das sementes fazendo adequações de manejos e adubações, que onera muito o sistema • REQUER SECAGEM devido à desuniformidade das sementes quanto à maturação. Faz-se secagem natural gradual, inicialmente na sombra, até atingir uma umidade média de 10% • Colheitadeiras bem ajustadas podem ter perdas de até 60% das sementes maduras, consequência da sua incapacidade de recuperar sementes que caem dentro da volumosa massa vegetal
  • 51. SECAGEM E BENEFICIAMENTO Secagem • A secagem é uma das etapas mais importantes no processo de produção de sementes. • A umidade de sementes logo após a colheita normalmente é elevada. • Quanto mais tempo a semente permanecer com alta umidade, mais rápido será o seu processo de deterioração em função das atividades metabólicas, do consumo de reservas, liberação de energia e, por conseguinte, diminuição da sanidade das mesmas. • A partir do momento em que a semente atinge sua maturidade fisiológica a mesma está sujeita a condições potencialmente adversar como temperatura, umidade, ataque de insetos, microrganismos, ataque de pássaros podendo assim provocar perdas qualitativas e quantitativas gerando uma diminuição na qualidade da semente e prejuízos ao produtor.
  • 52. SECAGEM E BENEFICIAMENTO • De 11 a 13% de umidade, a semente pode estar em avançado estado de deterioração, ficando inutilizada para fins de semeadura. • A semente pode, também, atingir teores de água muito baixos (8-10%), de modo que a danificação mecânica ocasionada pela colheita e transporte se torne comprometedora. • A semente poderá hidratar-se novamente devido à chuva, ao orvalho e às flutuações de UR, sendo necessário uma espera para a colheita, o que, dependendo do período de tempo, pode ser altamente prejudicial. Secagem
  • 53. SECAGEM E BENEFICIAMENTO • Dependendo do tipo de colheita realizada a secagem pode ser dispensada. • Na colheita por varredura não é necessário, pois a semente apresenta em torno de 12% de umidade, entre 9% e 10% é possível fazer um bom armazenamento. • Quando a colheita não é feita por varredura como no caso da brachiaria humidicola a secagem deve ser feita no sol e de forma lenta. Secagem
  • 54. SECAGEM E BENEFICIAMENTO Tipos de Secagem SECAGEM DE SEMENTES NATURAL ARTIFICIAL BAIXA TEMPERATURA ALTA TEMPERATURA SECADOR DE LEITO FIXO DE FLUXOS CRUZADOS DE FLUXOS CONCORRENTES DE FLUXOS CONTRACORRENTES MISTO
  • 55. SECAGEM E BENEFICIAMENTO • Utiliza as energias solar e eólica para remover a umidade da semente. • É realizada na própria planta. • É um método de secagem utilizado para pequenas quantidades de sementes. Secagem Natural
  • 56. SECAGEM E BENEFICIAMENTO • A secagem natural é, em geral, demorada, e uma maneira de acelerar o processo é através do uso de telas de plástico ou arame entrelaçado, formando-se uma peneira. • A secagem natural, apesar de não estar sujeita a riscos de danificação mecânica e temperaturas excessivamente altas, é dependente das condições psicrométricas do ar ambiente que, muitas vezes, não são adequadas para a secagem das sementes. • Devido aos riscos provenientes da demora de secagem motivada por altas URs, a secagem natural, em muitas regiões, é pouco utilizada. Por outro lado, nas regiões ou épocas onde a UR reinante no período da colheita é baixa e a possibilidade de ocorrência de chuvas bastante reduzida, a secagem natural é largamente utilizada. Secagem Natural
  • 57. SECAGEM E BENEFICIAMENTO • Os métodos de secagem artificial são obtidos pela exposição da massa de sementes a um fluxo de ar aquecido (ou não), sendo caracterizados, conforme o fluxo no secador, em estacionário, de fluxo contínuo e de fluxo intermitente. • Existem dois tipos: Secagem estacionária e Secagem de fluxo contínuo. Secagem Artificial
  • 59. SECAGEM E BENEFICIAMENTO Secador de Fluxo Contínuo
  • 60. SECAGEM E BENEFICIAMENTO 1. Alterar a composição física de lotes de sementes – padronizar. 2. Alterar algumas características físicas das sementes – melhorar a plantabilidade. Beneficiamento de Sementes Forrageiras
  • 61. SECAGEM E BENEFICIAMENTO • Perda de sementes puras; • Alteração de características fisiológicas; • Gatos; • Produção de resíduos, poeira; • Aumento da heterogeneidade de lotes; • Agravamento de problemas por contaminação por sementes de plantas indesejadas. Efeitos Colaterais do Beneficiamento de Sementes sementes limpas impurezas
  • 62. SECAGEM E BENEFICIAMENTO PREVENIR O que fazer para evitar problemas no beneficiamento?
  • 63. SECAGEM E BENEFICIAMENTO Escarificação de sementes forrageiras Pode ser: • Química • Mecânica Razões para escarificar; Efeitos sobre a qualidade fisiológica das sementes.
  • 64. SECAGEM E BENEFICIAMENTO Peletizar é uma forma de agregar valor a sementes. Por que peletizar? Como peletizar? Peletização de sementes forrageiras
  • 67. • Fatores como embalagem e armazenamento são extremamente importantes na manutenção da qualidade de sementes de forrageiras. • O uso de embalagens inadequadas pode comprometer seriamente a sua conservação, tomando-as inviáveis ao plantio. • As embalagens mais recomendadas são as de sacos de papel, de juta e de algodão, sendo totalmente desaconselhável o uso das embalagens de plástico. ARMAZENAMENTO E EMBALAGEM sacos de papel sacos de juta sacos de algodão Sendo assim, o objetivo principal do armazenamento de sementes é manter sua qualidade desde que atingem a degrana até o momento que serão semeadas.
  • 68.  As sementes devem ser armazenadas em sacos fechados, em galpões bem ventilados;  O ambiente de armazenamento deve estar limpo;  O local do armazenamento deve ser fresco e seco;  Deve-se procurar manter a temperatura interna em torno de 25ºC e umidade do ar inferior a 70%;  Combate a insetos e roedores: eliminação de focos de infestação de insetos através de expurgos, tratamento preventivo e desinfestação do piso, paredes e teto, repetindo-se as operações quando necessário. ARMAZENAMENTO E EMBALAGEM
  • 70.  A embalagem das sementes é importante não apenas para o transporte, armazenamento e comercialização, mas também no que se refere à conservação da qualidade das sementes sob determinadas condições ambientais de temperatura e umidade relativa do ar (Popinigis, 1985).  De acordo com a Instrução Normativa Nº 40, de 12 de junho de 2002, da embalagem: “As sementes de espécies forrageiras tropicais deverão ser acondicionadas em embalagens novas, de papel multifoliado, algodão branco, juta ou polipropileno trançado ou qualquer outro material aprovado pela pesquisa oficial e atender às exigências constantes da legislação. O peso líquido contido na embalagem deverá ser de no máximo 50 (cinquenta) kg.” ARMAZENAMENTO E EMBALAGEM
  • 72. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES • A produção de sementes de forrageiras requer certas condições climáticas para alta produção e com qualidade. • Há crescente interesse pela produção de sementes de gramíneas forrageiras no Brasil problemas desde a fase de produção no campo até seu beneficiamento e comercialização.
  • 73. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES • A qualidade de sementes é um fenômeno complexo. • Qualquer laboratório (oficial, privado, instituição) pode ter suas próprias regras de análises, o importante é a padronização e que os procedimentos sejam uniformes dentro do laboratório para diferentes lotes de sementes. • Os testes principais são: 1. Teste padrão de germinação, 2. Teste do tetrazólio, 3. Teste de emergência no solo, 4. Teste de vigor. Características complexas e dinâmicas – diversos parâmetros de definição.
  • 74. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES • Nas análises de sementes das principais gramíneas forrageiras, entre diferentes laboratórios ou em um mesmo laboratório, os resultados mostram sensível variação. Por outro lado, a melhoria da qualidade das sementes tende a diminuir essa variação, porém muitas vezes sem atingir a uniformidade entre amostras exigidas. Sementes chochas, material inerte, tamanho do lote, recebimento da amostra média no laboratório, obtenção incorreta da amostra de trabalho.
  • 75. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES 1. Teste de Germinação • Mais conhecido para determinar a qualidade de sementes. Capacidade da semente para germinar luminosidade, temperatura e umidade ideais. Forrageiras tropicais dormência e dureza confundem essa consideração na expressão da viabilidade da semente. Não germinam por estarem mortas ou dormentes? Presença daquelas colhidas imaturas, em decorrência de maturação desuniforme dentro da panícula. Causa Tratamentos químicos nos testes de germinação - aumentam significativamente a utilidade dos resultados. “Solução”
  • 76. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES 2. Teste de Tetrazólio • Extremamente útil para o uso em sementes de forrageiras que apresentam dormência Define dentro da amostra a proporção de sementes vivas ou mortas. Como a capacidade de germinação das sementes não fica definida, não se constitui num bom indicador da performance das sementes à campo, mas pela sua rapidez e praticidade pode ser utilizado para indicar qualidade de lotes de sementes que estão sendo negociados entre produtores e firmas comercializadoras.
  • 77. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES 3. Teste de Emergência no Solo • Apesar de realizado em condições ótimas, se aproxima mais das condições que a plântula encontrará no campo. A percentagem de germinação como medida de qualidade da semente é um pré-requisito importante na implantação das culturas, uma vez que determinará a maior ou menor rapidez no estabelecimento do estande inicial.
  • 78. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES 4. Teste de Vigor • É um teste de germinação com metodologia modificada, sendo aplicado algum tipo de estresse semelhante ao que possa limitar a emergência e fixação da plântula no campo.
  • 80.  O mercado de sementes de plantas forrageiras movimenta cerca de R$ 1,5 bilhões.  Atualmente já se exportam sementes de forrageiras para a Colômbia, Argentina, Venezuela, diversos países da África e da Ásia.  Chegaram a atingir um volume de aproximadamente 1000 ton/ano de sementes de forrageiras ao valor de US$ 1.000,000 MERCADO DE SEMENTES FORRAGEIRAS NO BRASIL
  • 81.  O aumento da área de pastagens cultivadas no país até a década de 70 foi extremamente lento feito através de propagação vegetativa.  A utilização de sementes veio acelerar o processo, estimulando a demanda por ser um método mais barato.  Entretanto, o desconhecimento das exigências tecnológicas das sementes, aliados à ausência de fiscalização, fez com que este mercado, com raras exceções, nascesse deteriorado, explorado por leigos e oportunistas, predominando a comercialização de sementes de baixa qualidade e muitas vezes disseminando plantas invasoras (SANTOS FILHO, 1981). MERCADO DE SEMENTES FORRAGEIRAS NO BRASIL
  • 82. O Brasil possui um potencial para o estabelecimento de sistema de produção de sementes de forrageiras muito grande; Para a garantia de êxito é necessário: Que as áreas de produção sejam estabelecidas em regiões ideais para essa atividade agrícola. Deve-se considerar a existência de fatores climáticos, edáficos, econômicos e agronômicos MERCADO DE SEMENTES FORRAGEIRAS NO BRASIL
  • 83. • Mudanças começaram a surgir e criou-se uma demanda que incentivou a entrada de empresas profissionais e tecnicamente qualificada no mercado de sementes forrageiras • Assim, o país que era importador na década de 70, passou no início de 80 a exportar sementes de forrageiras tropicais. MERCADO DE SEMENTES FORRAGEIRAS NO BRASIL
  • 84. • A pirataria no Brasil não é um problema que atinge apenas a indústria fonográfica, vestuário ou de acessórios Empresas que desenvolvem sementes e até os produtores que fazem uso delas perdem muito com a pirataria no campo. • Quase 50% do mercado de sementes forrageiras no Brasil é ilegal (Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras, ) • Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) mostrou que, na safra 2011/2012 de soja, cerca de 67% das sementes usadas eram certificadas. 33% piratas MERCADO DE SEMENTES FORRAGEIRAS NO BRASIL SEMENTES PIRATAS NAS LAVOURAS BRASILEIRAS Campanha contra sementes piratas APROSMAT, apoio ABRASS
  • 85. ► Para o governo - questão de impostos; ► Para os produtores de sementes - perdem mercado devido à competição desleal pelo preço; ► E para os pecuaristas - que são quem mais perdem porque compram sementes de baixa qualidade e pureza compromete a formação e a qualidade de suas pastagens, e consequentemente o desempenho de rebanho. MERCADO DE SEMENTES FORRAGEIRAS NO BRASIL O Mercado Pirata provoca perdas Campanha contra sementes piratas ABRASS O pecuarista precisa atentar para: Sementes com preço abaixo do normal; não certificadas  apresentam um percentual maior de impurezas; Sementes de plantas daninhas, ovos de insetos, nematoides.
  • 86. ► O mercado de sementes de qualidade baixa ainda é o grande problema do setor; ► Atualmente o panorama do mercado nacional de sementes forrageiras modifica-se gradativamente, graças à conscientização do pecuarista, da maior fiscalização e da consequente moralização de suas práticas de mercado . MERCADO DE SEMENTES FORRAGEIRAS NO BRASIL Deve-se considerar que já existem produtores organizados, volume de pesquisa e técnicos envolvidos que enfrentam esses problemas atuais de forma racional.
  • 87. SITUAÇÃO DA PESQUISA EM SEMENTES FORRAGEIRAS12
  • 88. SITUAÇÃO DA PESQUISA EM SEMENTES FORRAGEIRAS Parâmetro Histórico • Primeiras pesquisas em espécies forrageiras tropicais ocorreram em 1950, no Quênia; • Austrália foi por muito tempo o país mais efetivo em pesquisas; • Na américa latina as pesquisas na área tiveram início em 1970. Teste de germinação em 1879 W.J. Beal, The Vitality of Seeds, 1905
  • 89. SITUAÇÃO DA PESQUISA EM SEMENTES FORRAGEIRAS Principais questões envolvendo as pesquisas de sementes forrageiras: • Onde produzir? • Como produzir? • Como e quando fazer a colheita de sementes? Avaliação do cultivar em relação ao local e região a ser utilizado. Avaliação dos mecanismos de florescimento da espécie Tecnologia - péssima difusão, sistemas deficientes, má adaptação #1 - número de dias após a inflorescência, mas... Grande variedade climática - outros métodos de avaliação:  avaliações morfológicas (cor, dureza das sementes, taxa de queda)  locais
  • 90. SITUAÇÃO DA PESQUISA EM SEMENTES FORRAGEIRAS Financiamento das pesquisas • Grande tendência a sofrer cortes; • Parcerias público-privadas; • Proteção (patentear) de cultivares.