1.Histórico da Produção de Sementes no Brasil
2.Situação da Produção e Comercizaliação de Sementes de Forrageiras
3.Origem e Multiplicação de Sementes Forrageiras
4.Recomendações para o Plantio de Forrageiras
5.Qualidade Sanitária das Sementes e Principais Doenças de Forrageiras
6.Manejos para Uniformização da Produção
7.Colheita de Sementes Forrageiras
8.Secagem e Beneficiamento
9.Armazenamento e Embalagem
10.Avaliação da Qualidade de Sementes
11.Mercado de Sementes Forrageiras no Brasil
12.Situação da Pesquisa em Sementes Forrageiras
Slides por Alice Melo Cândido.
2. APRESENTAÇÃO
1. Histórico da Produção de Sementes no Brasil
2. Situação da Produção e Comercizaliação de Sementes de Forrageiras
3. Origem e Multiplicação de Sementes Forrageiras
4. Recomendações para o Plantio de Forrageiras
5. Qualidade Sanitária das Sementes e Principais Doenças de Forrageiras
6. Manejos para Uniformização da Produção
7. Colheita de Sementes Forrageiras
8. Secagem e Beneficiamento
9. Armazenamento e Embalagem
10. Avaliação da Qualidade de Sementes
11. Mercado de Sementes Forrageiras no Brasil
12. Situação da Pesquisa em Sementes Forrageiras
4. HISTÓRICO DA PRODUÇÃO
DE SEMENTES NO BRASIL
A disponibilidade de plantas forrageiras tropicais no mercado atual brasileiro obedeceu a
três fases distintas:
1. Introduzidas no século XVIII, acidentalmente por intenso trafico de escravos da época (maioria de
origem Africana), principalmente do capim-colonião, Estrela, Gordura e Jaraguá. Capim-colonião
era o mais plantado.
O aumento da área de pastagens cultivadas no país até a década de 70 foi extremamente lento,
principalmente pelo fato de que, em sua maioria, era feito através de propagação vegetativa.
1. Anos 70: importação comercial de sementes da Austrália (não somente de sementes mas em
todos os produtos relacionados), estimulados por propagandas governamentais de incentivos a
pecuária bovina e aberturas de rodovias.
2. Anos 70: Capim-colonião entrou em declínio (baixa fertilidade do solo e manejo inadequado),
abrindo espaço para B. decumbens cv. Basilisk no centro do Brasil; modificando a paisagem de
cerrado natural por forrageiras introduzidas.
5. HISTÓRICO DA PRODUÇÃO
DE SEMENTES NO BRASIL
Experiências negativas dos pecuaristas como obtenção de pastos desuniforme, pragueamento, etc.,
continuaram agindo negativamente na pecuária do nacional por longo tempo.
Criou-se uma demanda, que incentivou a entrada de empresas profissionais e tecnicamente
qualificada no mercado de sementes forrageiras. A partir de então foram desenvolvidos sistemas mais
tecnificados de produção, aumentando a atividade de áreas cultivadas com o proposito exclusivo da
produção de sementes.
A terceira fase corresponde ao período de desenvolvimento de cultivares pelo sistema oficial de
pesquisa brasileiro, tendo como marco importante a liberação pela empresa EMBRAPA da Brachiaria
brizantha cv. Marandu, também chamada de “braquiarão” ou “brizantão” adaptadas a solos de media
e alta fertilidade, resistente a cigarra-das-pastagens, representando mais de 60% do mercado
brasileiro de sementes de plantas forrageiras tropicais (Souza, 2001).
O país que era importador na década de 70, passou no início de 80 a exportar sementes de
forrageiras tropicais.
6. HISTÓRICO DA PRODUÇÃO
DE SEMENTES NO BRASIL
Brasil Tropical
Pais com uma enorme faixa de terra, apresentando diversos climas existentes região sul do
Brasil houve também a introdução de gramíneas adaptadas a climas temperados, como aveia,
azevém e trevo, uma vez que gramíneas tropicais são semi-perenes nessa região.
Divisão do Brasil tropical e sub-tropical:
I. Produção de gramíneas de inverno
II. Produção de gramíneas de verão
8. SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO
E COMERCIALIZAÇÃO DE
SEMENTES DE FORRAGEIRAS
Sistema de produção de sementes de forrageiras no Brasil - A visão do governo
• O Brasil um dos maiores produtores, consumidores e exportadores do mundo;
• A demanda no Brasil chega a 50 mil toneladas (75% mercado interno, 25% exportação);
• Movimenta R$ 1,5 bilhões por ano;
• As sementes piratas (baixa qualidade) ocupam mais de 40% do mercado de sementes forrageiras;
• O principal critério do pecuarista para a compra de sementes ainda é o preço e não a qualidade;
• “O barato sai caro”
9. A Instrução Normativa N° 57, de 8 de novembro de 2002, do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, aprova as Normas e Padrões para a Produção e
Comercialização de Sementes Fiscalizadas de Espécies Forrageiras de Clima Tropical.
SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO
E COMERCIALIZAÇÃO DE
SEMENTES DE FORRAGEIRAS
Sistema de produção de sementes de forrageiras no Brasil - A visão do governo
10. • Da produção de sementes;
• Do produtor;
• Do campo;
• Do credenciamento e inscrição de campos;
• Das vistorias;
• Do padrão de campo;
• Do beneficiamento;
• Da embalagem;
• Do tamanho dos lotes;
• Do tamanho da amostra média.
SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO
E COMERCIALIZAÇÃO DE
SEMENTES DE FORRAGEIRAS
Sistema de produção de sementes de forrageiras no Brasil - A visão do governo
11. Situação atual e perspectiva da produção de sementes de forrageiras na região de
Santa Catarina
• Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA é o responsável pelos sistemas de
produção de sementes e mudas.
• CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) é a responsável
pela fiscalização do comércio de sementes e mudas em SC.
• Nos últimos anos foi constatado que as sementes de
forrageiras em SC são de péssima qualidade.
SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO
E COMERCIALIZAÇÃO DE
SEMENTES DE FORRAGEIRAS
12. Situação atual e perspectiva da produção de sementes de forrageiras na região de
Santa Catarina
• As origens dessas sementes é, principalmente, dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São
Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
• Forrageiras dentro dos padrões influencia diretamente no custos de produção.
• Assim torna-se oportuno para envolver a conscientização de
todos e, com isso, identificar cada vez mais a importância e
responsabilidade do setor agropecuário para o país.
SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO
E COMERCIALIZAÇÃO DE
SEMENTES DE FORRAGEIRAS
13. Espécies de forrageiras para a região sul do Brasil
SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO
E COMERCIALIZAÇÃO DE
SEMENTES DE FORRAGEIRAS
• Alfafa (gramínea de inverno, anual);
• Amendoim-forrageiro (gramínea de inverno, anual);
• Aveia (gramínea de inverno, anual);
• Azevém (gramínea de inverno, anual);
• Capim-elefante (gramínea de verão, perene);
• Capim-Sudão (gramínea de verão, anual);
14. SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO
E COMERCIALIZAÇÃO DE
SEMENTES DE FORRAGEIRAS
• Milheto (Gramínea de verão, anual);
• Sorgo forrageiro e Capim-Sudão (Gramínea de verão, anual);
• Trevo branco (Leguminosa de inverno, perene);
• Trevo vermelho (Leguminosa de inverno, perene);
Espécies de forrageiras para a região sul do Brasil
16. ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO
DE SEMENTES FORRAGEIRAS
Textos legais que disciplinam a matéria
• Lei Federal 10.711/03 – Sistema Nacional de Sementes e
Mudas (SNSM), objetiva garantir a identidade e qualidade dos
materiais de multiplicação vegetal.
• Decreto Federal 5.153/04 – Anexo Regulamento da Lei
nº 10.711, de 5 de agosto de 2003.
• Instrução Normativa 09/05 – Fixa diretrizes básicas a serem
obedecidas na produção, comercialização e utilização de
sementes, em todo o território nacional.
17. ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO
DE SEMENTES FORRAGEIRAS
Textos legais que disciplinam a matéria
• A certificação da produção pode ser realizada pelo MAPA, pela entidade de certificação ou
certificador de produção própria.
• As sementes são classificadas nas seguintes categorias:
I. Semente genética;
II. Semente básica;
III. Semente certificada de primeira geração - C1;
IV. Semente certificada de segunda geração - C2;
V. Semente S1; e
VI. Semente S2.
ABRASS
Assoc. Br dos Produtores de Semente de Soja
18. ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO
DE SEMENTES FORRAGEIRAS
• Semente certificada
Semente resultante da reprodução de semente básica ou de semente genética, produzidas e
comercializadas por produtores registrados pelo MAPA (RENASEM). Possuem duas categorias: C1
(primeira geração) e C2 (segunda geração).
• Semente genética
É aquela semente obtida a partir de processo de melhoramento de plantas.
• Semente básica
É aquela semente obtida da multiplicação de semente genética, realizada de forma a garantir sua
identidade genética e sua pureza varietal.
• Semente S1 e S2?
Categorias anteriormente denominadas "sementes fiscalizadas". A semente S1 é produzida a partir
de semente C2; A semente S2 é produzida a partir de semente S1. Apesar de não serem certificadas,
são produzidas e comercializadas por produtores registrados pelo MAPA .
19. ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO
DE SEMENTES FORRAGEIRAS
GENÉTICA
BÁSICA
C1
C2
AGRICULTOR
S1
S2
C
E
R
T
I
F
I
C
A
D
A
S
NÃO
CERTIFICADAS
20. ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO
DE SEMENTES FORRAGEIRAS
A critério do MAPA, a produção de
sementes da classe não certificada,
categorias S1 e S2, sem origem
genética comprovada, poderá ser feita
sem a comprovação da origem genética,
enquanto não houver tecnologia
disponível para a produção de semente
genética da respectiva espécie.
21. ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO
DE SEMENTES FORRAGEIRAS
Processo de Certificação
A obtenção das sementes será limitada a uma única geração de
categoria anterior, na escala de categorias constante das
categorias descritas, e deverá ter as seguintes origens:
I - a semente básica será obtida a partir da reprodução da
semente genética;
II - a semente certificada de primeira geração - C1 será
obtida da semente genética ou da semente básica; e
III - a semente certificada de segunda geração - C2 será
obtida da semente genética, da semente básica ou da semente
certificada de primeira geração - C1.
Obs: O MAPA poderá autorizar mais de uma geração para a
multiplicação da categoria de semente básica, considerando as
peculiaridades de cada espécie
23. RECOMENDAÇÕES PARA O
PLANTIO DE FORRAGEIRAS
• Não se deve semear somente uma forrageira em uma fazenda, a diversificação é uma
regra muito importante a ser seguida.
• Conhecer características dos diversos tipos de pastos e fatores limitantes de cada área.
(Tsuhako, 2005)
24. RECOMENDAÇÕES PARA O
PLANTIO DE FORRAGEIRAS
I. Fertilidade do solo:
Existem espécies forrageiras que são mais exigentes em fertilidade que outras e isso consiste
em um fator que pode limitar a escolha de uma nova forrageira.
II. Topografia:
A escolha de espécies forrageiras pode ser determinada por este fator limitante, pois, existem
áreas susceptíveis ás erosões.
III. Grau de drenagem do solo:
Independente da fertilidade, o grau de drenagem impede o uso de qualquer forrageira.
IV. Problemas com insetos e pragas
Existem regiões que determinados insetos são pragas limitantes, principalmente
economicamente, para cultivos de certos pastos.
Para formigas, cupins, grilo e gafanhoto, recomenda-se o uso de sementes tratadas com
inseticida
26. RECOMENDAÇÕES PARA O
PLANTIO DE FORRAGEIRAS
I. Problemas com ervas daninhas e brotação da vegetação nativa:
Muitas regiões são altamente infestadas por estas plantas invasoras, competindo com o pasto,
principalmente por nutrientes. Para minimizar o problema, recomenda-se o Brachiarão, que
auxilia neste controle pela ação alelopática que possui.
II. Categoria animal:
Os vários animais de uma fazenda possuem
exigências nutricionais e hábitos alimentares
diferentes, justificando, portanto, o uso de mais
de uma espécie forrageira em uma propriedade.
27. RECOMENDAÇÕES PARA O
PLANTIO DE FORRAGEIRAS
Adubação – O solo e a adubação
Os capins mais exigentes em fertilidade do solo apresentam, normalmente, teores mais elevados
de nutrientes em sua composição. Por outro lado, quando a fertilidade do solo é ruim, o que
ocorre é o crescente desaparecimento das plantas em vez de apenas reduzirem seu valor nutritivo
(Herling et al., 2005).
Solo fonte esgotável de nutrientes.
Adubação devolução dos nutrientes ao solo.
perdidos
absorvidos pelas plantas
28. RECOMENDAÇÕES PARA O
PLANTIO DE FORRAGEIRAS
Adubação – O solo e a adubação
A recomendação de adubação deve estar embasada, para todos os principais nutrientes, na
análise de solo e na necessidade da espécie forrageira específica.
Algumas medidas devem ser tomadas, de forma a obter melhor aproveitamento do nutriente
para a planta.
I. Fósforo – Fontes solúveis, fosfatos naturais, fontes parcialmente solúveis. Alternativas
seriam o termofosfato magnesiano e o multifosfato magnesiano.
II. Nitrogênio - Fonte de N no solo é matéria orgânica, não diretamente absorvida pelas
plantas decomposição pela ação de microrganismos.
III. Potássio – Sob condições normais, o potássio é reciclado pelas fezes e urina dos animais,
devendo ser recomendado quando da realização da análise de solo.
29. RECOMENDAÇÕES PARA O
PLANTIO DE FORRAGEIRAS
Recomendações Gerais
1. Escolha da espécie de forrageira
2. Cuidados com o solo
Topografia
Drenagem
Fertilidade
Textura
Problemas
Categoria Animal
Adubação e Calagem
Preparo do solo
30. RECOMENDAÇÕES PARA O
PLANTIO DE FORRAGEIRAS
Recomendações Gerais
3. Taxa de Semeadura
3. Semeadura
4. Incorporação
Quantidade de semente a ser empregada a fim de garantir
uma boa fixação e formação de pastagem.
1) Semeadura Manual
2) Semeadura Mecanizada
3) Semeadura Aérea
Profundidade de incorporação das sementes por espécie (cm).
Grade niveladora fechada
Rolo compactador
x “pau-de-arrasto”
x “corrente”
x “galhada”
x “cabão”
32. QUALIDADE SANITÁRIA
DAS SEMENTES E PRINCIPAIS
DOENÇAS DE FORRAGEIRAS
Qualidade sanitária Secagem Embalagem Armazenamento
Caracteriza-se pelo efeito deletério dos microrganismos e insetos associados as
sementes ou as pastagens.
A incidência de patógenos também trás a tona problemas de comercialização pela
redução da qualidade.
33. QUALIDADE SANITÁRIA
DAS SEMENTES E PRINCIPAIS
DOENÇAS DE FORRAGEIRAS
TºC + UR Ambiente Localização Geográfica
A junção dessas informações podem nos direcionar a áreas propicias para a produção de
sementes.
34. QUALIDADE SANITÁRIA
DAS SEMENTES E PRINCIPAIS
DOENÇAS DE FORRAGEIRAS
A ocorrência de doenças que podem reduzir a qualidade das sementes está
diretamente relacionada ao clima.
Ex. Antracnose no Serrado
35. QUALIDADE SANITÁRIA
DAS SEMENTES E PRINCIPAIS
DOENÇAS DE FORRAGEIRAS
Principais Doenças
Doença Fungo
Antracnose
Colletotrichum dematium;
Colletotrichum
gloeosporioides
Mela-das-sementes da
braquiária
Claviceps Sulcata.
36. QUALIDADE SANITÁRIA
DAS SEMENTES E PRINCIPAIS
DOENÇAS DE FORRAGEIRAS
Métodos de controle sanitário
• Uso de culturas resistentes
• Tratamento de sementes
• Rotação de culturas
• Aplicação de defensivos
• Plantio em época adequada
Embrapa Gado de Corte - Campo Grande, MS, ago. 2001 nº 50
38. Manejo de Cortes
• O manejo através de cortes, pastejo e adubação com
nitrogênio é um meio que o produtor pode utilizar para a
uniformização da produção de sementes em gramíneas.
• Os cortes tardios podem ter efeitos negativos na qualidade
das sementes e sua produtividade
MANEJOS PARA
UNIFORMIZAÇÃO DA
PRODUÇÃO
39. Uso de Nitrogênio
• O efeito do nitrogênio se manifesta principalmente no
desenvolvimento radicular, número de panículas por plantas
e na transformação dos perfilhos vegetativos em
reprodutores
• Com isso o uso racional de adubação nitrogenada e de
manejo de cortes contribuem efetivamente para a qualidade
da produção
MANEJOS PARA
UNIFORMIZAÇÃO DA
PRODUÇÃO
41. COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Informações Gerais
• 120 milhões de hectares de pastagens em sistemas extensivos
• Com elevados índices de degradação e baixa diversidade de pastagens entre outras diversidades
estima-se que 90% de toda a carne provêm de sistemas exclusivamente a pasto (2009)
• ...Fora o leite
Necessita-se de novas cultivares de forrageiras, novos sistemas de manejo e tecnologias de sementes,
Obter um rápido estabelecimento, aportar baixo nível de insumos, ter versatilidade de uso,
Coexistir com outras pastagens de forma a obter uma biodiversidade rica e dinâmica para não
comprometer o ecossistema: quanto ao aumento das pressões de pragas e doenças e visando o
máximo desempenho animal.
Escolher sementes de forrageiras dentro desse processo tem força decisiva
pois influi diretamente nos seus custos de produção.
42. COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Métodos de Colheita
Varredura ou Colheita do Chão - Mecânica
Sementes de Brachiaria brizantha prontas para ser colhidas do chão pelo sistema de varredura.
(Foto: Engenheiro Agrônomo Sementes Paso Ita.)
43. COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Métodos de Colheita
Varredura ou Colheita do Chão - Mecânica
Visual do material a ser varrido pela colhedeira em um sementeiro de Brachiaria brizantha, BA.
(Foto: Engenheiro Agrônomo Sementes Paso Ita.)
44. COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Métodos de Colheita
Varredura ou Colheita do Chão - Mecânica
Enleiramento da palha.
Fotos A e B: Jaqueline R. Verzignassi; Foto C: Rogério N. Teixeira
45. COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Varredura ou Colheita do Chão - Mecânica
Prós
1. Eliminação do risco de perdas quando da colheita, por
problemas pertinentes a clima e degrana.
2. Gera maior confiança pelo produtor de sementes no
empreendimento
3. Melhoria da qualidade fisiológica das sementes colhidas.
4. Possibilidade de redução da dormência das sementes
colhidas (muito comum nas humidícolas).
46. COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Varredura ou Colheita do Chão - Mecânica
Contras
1. São acompanhadas dos demais materiais presentes na
superfície do solo, ou seja, terra, torrões, palha, sementes de
plantas daninhas, sementes de outras espécies e cultivares
produzidas anteriormente na área, entre outros.
2. Necessidade de maior número e tipos de operação de
processamento das sementes quando do beneficiamento.
3. Esse material concomitante poder veicular pragas e
patógenos, cujo beneficiamento pode não eliminá-los dos
lotes colhidos.
4. O rendimento da máquina na colheita por sucção tende a
ser inferior ao rendimento das colhedeiras automotrizes.
47. COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Colhedora Automotriz - Colheita do Cacho
Colheita de Brachiaria humidicola por colhedora automotriz
Corte esquemático da colhedora automotriz
(SOUZA, 1981)
48. COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Colhedora Automotriz - Colheita do Cacho
• Esse equipamento é amplamente popular e disponível
• Apesar de bastante caro que requer manutenção especializada
• Possibilita o trabalho com áreas e volumes de sementes maiores
• Proporciona uma colheita mais rápida (fator de grande importância em regiões de clima
pouco favorável à colheita)
• Requer menos mão-de-obra, porém requer operadores especializados
• Capacidade de trabalho não ultrapassa 15 hectares por dia por máquina
• Possivelmente não será respeitado o período ideal de colheita, em média 5-7 dias,
comprometimento da qualidade fisiológica por essa apresentar diferentes estádios de
maturação (baixo sincronismo no florescimento)
49. COLHEITA DE SEMENTES
FORRAGEIRAS
Colhedora Automotriz - Colheita do Cacho
• É possível tentar o sincronismo da maturação das
sementes fazendo adequações de manejos e
adubações, que onera muito o sistema
• REQUER SECAGEM devido à desuniformidade das
sementes quanto à maturação. Faz-se secagem natural
gradual, inicialmente na sombra, até atingir uma
umidade média de 10%
• Colheitadeiras bem ajustadas podem ter perdas de até
60% das sementes maduras, consequência da sua
incapacidade de recuperar sementes que caem dentro
da volumosa massa vegetal
51. SECAGEM E BENEFICIAMENTO
Secagem
• A secagem é uma das etapas mais importantes no processo de produção de sementes.
• A umidade de sementes logo após a colheita normalmente é elevada.
• Quanto mais tempo a semente permanecer com alta umidade, mais rápido será o seu processo
de deterioração em função das atividades metabólicas, do consumo de reservas, liberação de
energia e, por conseguinte, diminuição da sanidade das mesmas.
• A partir do momento em que a semente atinge sua maturidade fisiológica a mesma está sujeita a
condições potencialmente adversar como temperatura, umidade, ataque de insetos,
microrganismos, ataque de pássaros podendo assim provocar perdas qualitativas e quantitativas
gerando uma diminuição na qualidade da semente e prejuízos ao produtor.
52. SECAGEM E BENEFICIAMENTO
• De 11 a 13% de umidade, a semente pode estar em avançado estado de deterioração, ficando
inutilizada para fins de semeadura.
• A semente pode, também, atingir teores de água muito baixos (8-10%), de modo que a
danificação mecânica ocasionada pela colheita e transporte se torne comprometedora.
• A semente poderá hidratar-se novamente devido à chuva, ao orvalho e às flutuações de UR,
sendo necessário uma espera para a colheita, o que, dependendo do período de tempo, pode ser
altamente prejudicial.
Secagem
53. SECAGEM E BENEFICIAMENTO
• Dependendo do tipo de colheita realizada a secagem
pode ser dispensada.
• Na colheita por varredura não é necessário, pois a
semente apresenta em torno de 12% de umidade,
entre 9% e 10% é possível fazer um bom
armazenamento.
• Quando a colheita não é feita por varredura como no
caso da brachiaria humidicola a secagem deve ser
feita no sol e de forma lenta.
Secagem
54. SECAGEM E BENEFICIAMENTO
Tipos de Secagem
SECAGEM DE
SEMENTES
NATURAL
ARTIFICIAL
BAIXA
TEMPERATURA
ALTA
TEMPERATURA
SECADOR
DE LEITO FIXO
DE FLUXOS CRUZADOS
DE FLUXOS CONCORRENTES
DE FLUXOS CONTRACORRENTES
MISTO
55. SECAGEM E BENEFICIAMENTO
• Utiliza as energias solar e eólica para remover a umidade da semente.
• É realizada na própria planta.
• É um método de secagem utilizado para pequenas quantidades de sementes.
Secagem Natural
56. SECAGEM E BENEFICIAMENTO
• A secagem natural é, em geral, demorada, e uma maneira
de acelerar o processo é através do uso de telas de plástico
ou arame entrelaçado, formando-se uma peneira.
• A secagem natural, apesar de não estar sujeita a riscos de
danificação mecânica e temperaturas excessivamente altas,
é dependente das condições psicrométricas do ar ambiente
que, muitas vezes, não são adequadas para a secagem das
sementes.
• Devido aos riscos provenientes da demora de secagem
motivada por altas URs, a secagem natural, em muitas
regiões, é pouco utilizada. Por outro lado, nas regiões ou
épocas onde a UR reinante no período da colheita é baixa e
a possibilidade de ocorrência de chuvas bastante reduzida,
a secagem natural é largamente utilizada.
Secagem Natural
57. SECAGEM E BENEFICIAMENTO
• Os métodos de secagem artificial são obtidos pela
exposição da massa de sementes a um fluxo de ar aquecido
(ou não), sendo caracterizados, conforme o fluxo no
secador, em estacionário, de fluxo contínuo e de fluxo
intermitente.
• Existem dois tipos: Secagem estacionária e Secagem de
fluxo contínuo.
Secagem Artificial
60. SECAGEM E BENEFICIAMENTO
1. Alterar a composição física de lotes de sementes –
padronizar.
2. Alterar algumas características físicas das sementes –
melhorar a plantabilidade.
Beneficiamento de Sementes Forrageiras
61. SECAGEM E BENEFICIAMENTO
• Perda de sementes puras;
• Alteração de características fisiológicas;
• Gatos;
• Produção de resíduos, poeira;
• Aumento da heterogeneidade de lotes;
• Agravamento de problemas por contaminação por sementes de
plantas indesejadas.
Efeitos Colaterais do Beneficiamento de Sementes
sementes limpas
impurezas
63. SECAGEM E BENEFICIAMENTO
Escarificação de sementes forrageiras
Pode ser:
• Química
• Mecânica
Razões para escarificar;
Efeitos sobre a qualidade fisiológica das sementes.
64. SECAGEM E BENEFICIAMENTO
Peletizar é uma forma de agregar valor a sementes.
Por que peletizar?
Como peletizar?
Peletização de sementes forrageiras
67. • Fatores como embalagem e armazenamento são extremamente importantes na manutenção da
qualidade de sementes de forrageiras.
• O uso de embalagens inadequadas pode comprometer seriamente a sua conservação, tomando-as
inviáveis ao plantio.
• As embalagens mais recomendadas são as de sacos de papel, de juta e de algodão, sendo
totalmente desaconselhável o uso das embalagens de plástico.
ARMAZENAMENTO E
EMBALAGEM
sacos de papel sacos de juta sacos de algodão
Sendo assim, o objetivo
principal do armazenamento de
sementes é manter sua
qualidade desde que atingem a
degrana até o momento que
serão semeadas.
68. As sementes devem ser armazenadas em sacos fechados, em galpões bem ventilados;
O ambiente de armazenamento deve estar limpo;
O local do armazenamento deve ser fresco e seco;
Deve-se procurar manter a temperatura interna em torno de 25ºC e umidade do ar inferior a 70%;
Combate a insetos e roedores: eliminação de focos de infestação de insetos através de expurgos,
tratamento preventivo e desinfestação do piso, paredes e teto, repetindo-se as operações quando
necessário.
ARMAZENAMENTO E
EMBALAGEM
70. A embalagem das sementes é importante não apenas para o transporte,
armazenamento e comercialização, mas também no que se refere à conservação da
qualidade das sementes sob determinadas condições ambientais de temperatura e
umidade relativa do ar (Popinigis, 1985).
De acordo com a Instrução Normativa Nº 40, de 12 de junho de 2002, da embalagem:
“As sementes de espécies forrageiras tropicais deverão ser acondicionadas em
embalagens novas, de papel multifoliado, algodão branco, juta ou polipropileno
trançado ou qualquer outro material aprovado pela pesquisa oficial e atender às
exigências constantes da legislação. O peso líquido contido na embalagem
deverá ser de no máximo 50 (cinquenta) kg.”
ARMAZENAMENTO E
EMBALAGEM
72. AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DE SEMENTES
• A produção de sementes de forrageiras requer
certas condições climáticas para alta produção
e com qualidade.
• Há crescente interesse pela produção de
sementes de gramíneas forrageiras no Brasil
problemas desde a fase de produção
no campo até seu beneficiamento e
comercialização.
73. AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DE SEMENTES
• A qualidade de sementes é um fenômeno complexo.
• Qualquer laboratório (oficial, privado, instituição) pode ter suas próprias regras de análises, o
importante é a padronização e que os procedimentos sejam uniformes dentro do laboratório
para diferentes lotes de sementes.
• Os testes principais são:
1. Teste padrão de germinação,
2. Teste do tetrazólio,
3. Teste de emergência no solo,
4. Teste de vigor.
Características complexas e
dinâmicas – diversos
parâmetros de definição.
74. AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DE SEMENTES
• Nas análises de sementes das principais gramíneas forrageiras, entre diferentes laboratórios
ou em um mesmo laboratório, os resultados mostram sensível variação. Por outro lado, a
melhoria da qualidade das sementes tende a diminuir essa variação, porém muitas vezes sem
atingir a uniformidade entre amostras exigidas.
Sementes chochas, material inerte,
tamanho do lote, recebimento da amostra
média no laboratório, obtenção incorreta
da amostra de trabalho.
75. AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DE SEMENTES
1. Teste de Germinação
• Mais conhecido para determinar a qualidade de sementes.
Capacidade da semente para germinar luminosidade,
temperatura e umidade ideais.
Forrageiras tropicais dormência e dureza confundem
essa consideração na expressão da viabilidade da semente. Não
germinam por estarem mortas ou dormentes?
Presença daquelas colhidas
imaturas, em decorrência de
maturação desuniforme dentro
da panícula.
Causa
Tratamentos químicos nos
testes de germinação -
aumentam significativamente
a utilidade dos resultados.
“Solução”
76. AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DE SEMENTES
2. Teste de Tetrazólio
• Extremamente útil para o uso em sementes de forrageiras que apresentam dormência
Define dentro da amostra a proporção de sementes vivas ou mortas.
Como a capacidade de germinação das sementes não fica definida, não se constitui num bom
indicador da performance das sementes à campo, mas pela sua rapidez e praticidade pode ser
utilizado para indicar qualidade de lotes de sementes que estão sendo negociados entre
produtores e firmas comercializadoras.
77. AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DE SEMENTES
3. Teste de Emergência no Solo
• Apesar de realizado em condições ótimas, se aproxima
mais das condições que a plântula encontrará no campo.
A percentagem de germinação como medida de qualidade da
semente é um pré-requisito importante na implantação das
culturas, uma vez que determinará a maior ou menor rapidez
no estabelecimento do estande inicial.
78. AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DE SEMENTES
4. Teste de Vigor
• É um teste de germinação com metodologia modificada, sendo aplicado algum tipo de
estresse semelhante ao que possa limitar a emergência e fixação da plântula no campo.
80. O mercado de sementes de plantas forrageiras
movimenta cerca de R$ 1,5 bilhões.
Atualmente já se exportam sementes de
forrageiras para a Colômbia, Argentina,
Venezuela, diversos países da África e da Ásia.
Chegaram a atingir um volume de
aproximadamente 1000 ton/ano de sementes de
forrageiras ao valor de US$ 1.000,000
MERCADO DE SEMENTES
FORRAGEIRAS NO BRASIL
81. O aumento da área de pastagens cultivadas no país até a década de 70 foi
extremamente lento feito através de propagação vegetativa.
A utilização de sementes veio acelerar o processo, estimulando a demanda por ser um
método mais barato.
Entretanto, o desconhecimento das exigências tecnológicas das sementes, aliados à
ausência de fiscalização, fez com que este mercado, com raras exceções, nascesse
deteriorado, explorado por leigos e oportunistas, predominando a comercialização de
sementes de baixa qualidade e muitas vezes disseminando plantas invasoras
(SANTOS FILHO, 1981).
MERCADO DE SEMENTES
FORRAGEIRAS NO BRASIL
82. O Brasil possui um potencial para o estabelecimento
de sistema de produção de sementes de forrageiras
muito grande;
Para a garantia de êxito é necessário:
Que as áreas de produção sejam estabelecidas
em regiões ideais para essa atividade agrícola.
Deve-se considerar a existência de fatores
climáticos, edáficos, econômicos e agronômicos
MERCADO DE SEMENTES
FORRAGEIRAS NO BRASIL
83. • Mudanças começaram a surgir e criou-se uma demanda
que incentivou a entrada de empresas profissionais e
tecnicamente qualificada no mercado de sementes
forrageiras
• Assim, o país que era importador na década de 70,
passou no início de 80 a exportar sementes de
forrageiras tropicais.
MERCADO DE SEMENTES
FORRAGEIRAS NO BRASIL
84. • A pirataria no Brasil não é um problema que atinge apenas
a indústria fonográfica, vestuário ou de acessórios
Empresas que desenvolvem sementes e até os
produtores que fazem uso delas perdem muito com a
pirataria no campo.
• Quase 50% do mercado de sementes forrageiras no Brasil
é ilegal (Associação para o Fomento à Pesquisa de
Melhoramento de Forrageiras, )
• Associação Brasileira de Sementes e Mudas
(Abrasem) mostrou que, na safra 2011/2012 de soja, cerca
de 67% das sementes usadas eram certificadas.
33% piratas
MERCADO DE SEMENTES
FORRAGEIRAS NO BRASIL
SEMENTES PIRATAS NAS LAVOURAS BRASILEIRAS
Campanha contra sementes piratas APROSMAT, apoio ABRASS
85. ► Para o governo - questão de impostos;
► Para os produtores de sementes - perdem mercado devido à competição desleal pelo preço;
► E para os pecuaristas - que são quem mais perdem porque compram sementes de baixa
qualidade e pureza compromete a formação e a qualidade de suas pastagens, e
consequentemente o desempenho de rebanho.
MERCADO DE SEMENTES
FORRAGEIRAS NO BRASIL
O Mercado Pirata provoca perdas
Campanha contra sementes piratas ABRASS
O pecuarista precisa atentar
para: Sementes com preço
abaixo do normal; não
certificadas apresentam
um percentual maior de
impurezas; Sementes de
plantas daninhas, ovos de
insetos, nematoides.
86. ► O mercado de sementes de qualidade baixa ainda é o grande problema do setor;
► Atualmente o panorama do mercado nacional de sementes forrageiras modifica-se
gradativamente, graças à conscientização do pecuarista, da maior fiscalização e da consequente
moralização de suas práticas de mercado .
MERCADO DE SEMENTES
FORRAGEIRAS NO BRASIL
Deve-se considerar que já existem produtores
organizados, volume de pesquisa e técnicos
envolvidos que enfrentam esses problemas
atuais de forma racional.
88. SITUAÇÃO DA PESQUISA EM
SEMENTES FORRAGEIRAS
Parâmetro Histórico
• Primeiras pesquisas em espécies forrageiras tropicais ocorreram
em 1950, no Quênia;
• Austrália foi por muito tempo o país mais efetivo em pesquisas;
• Na américa latina as pesquisas na área tiveram início em 1970.
Teste de germinação em 1879
W.J. Beal, The Vitality of Seeds, 1905
89. SITUAÇÃO DA PESQUISA EM
SEMENTES FORRAGEIRAS
Principais questões envolvendo as pesquisas de sementes forrageiras:
• Onde produzir?
• Como produzir?
• Como e quando fazer a
colheita de sementes?
Avaliação do cultivar em relação ao local e região a ser utilizado.
Avaliação dos mecanismos de florescimento da espécie
Tecnologia - péssima difusão, sistemas deficientes, má adaptação
#1 - número de dias após a inflorescência, mas...
Grande variedade climática - outros métodos de avaliação:
avaliações morfológicas (cor, dureza das sementes, taxa de queda)
locais
90. SITUAÇÃO DA PESQUISA EM
SEMENTES FORRAGEIRAS
Financiamento das pesquisas
• Grande tendência a sofrer cortes;
• Parcerias público-privadas;
• Proteção (patentear) de cultivares.