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ESCOLA SECUNDÁRIA SEBASTIÃO DA GAMA 
PSICOLOGIA – Módulo III 
Processos Cognitivos: 
A INTELIGÊNCIA 
Ano letivo 2014/15
A INTELIGÊNCIA 
 Em psicologia, não existe uma definição universal de inteligência, 
sendo utilizada com diferentes significados. 
 Podemos recorrer a uma definição retirada do Dicionário de 
Psicologia, de J. Chaplin, que envolve várias dimensões da 
inteligência: 
“ 1. Capacidade de enfrentar situações novas e de se adaptar a elas 
de uma forma rápida e eficiente. 
2. Capacidade de utilizar, com eficácia, conceitos abstratos. 
3. Capacidade de fazer relacionações e aprender rapidamente.” 
Em traços gerais, a inteligência pode ser definida como a 
capacidade que, através diversas competências, nos permite uma 
adaptação bem sucedida ao meio, nos permite pensar 
asbtratamente e resolver problemas.
Assim, para alguns autores podemos sinteticamente distinguir 
três tipos de inteligência: 
Inteligência prática - capacidade para resolver problemas através da 
manipulação de objetos; está presente na invenção, fabrico e uso de objetos 
estando na base de respostas concretas aos problemas do quotidiano. 
Inteligência teórica e conceptual – designada também de inteligência 
racional e abstrata, envolve o recurso da linguagem e de outros sistemas 
simbólicos e manifesta-se nas capacidades de compreensão, raciocínio, 
resolução de problemas teóricos e tomadas de decisão. 
Inteligência Social – é um tipo de inteligência que se manifesta na vida em 
sociedade e na resolução de problemas interpessoais, como por exemplo na 
gestão de conflitos.
ORIGEM DA INTELIGÊNCIA 
À semelhança da sua definição, também não existe consenso sobre a 
origem da inteligência. Apresenta-se, a seguir, um quadro síntese das 
duas teorias explicativas sobre a sua origem. 
Teorias Inatista Ambientalista 
Conceito de Inteligência A inteligência é um dom 
que nasce com o indivíduo 
A inteligência é adquirida 
Papel da Hereditariedade A inteligência é 
determinada 
geneticamente 
O papel da 
hereditariedade é 
irrelevante 
Papel do meio ambiente A influência do meio é 
reduzida, quase nula. 
O meio determina a 
inteligência. 
Quer as teorias inatistas quer as ambientalistas apresentam explicações 
redutoras. O desenvolvimento de investigações deram lugar às teorias 
INTERACIONISTAS: a inteligência resulta da interação entre um 
contributo da hereditariedade com o meio, os fatores sociais.
MEDIR A INTELIGÊNCIA 
Alfred Binet e T. Simon criaram a Escala Métrica de 
Inteligência, constituída com o objetivo de medir 
as capacidades mentais. 
O teste de Binet-Simon foi o 1º teste em que se 
media a inteligência, como capacidade geral, 
evidenciando com o conjunto de questões que 
testavam as capacidades com o raciocínio abstrato, 
classificando a criança em termos de idade mental. 
O resultado obtido nos testes indicava a idade 
mental do indivíduo. Se a idade mental 
correspondesse à idade cronológica, a criança era 
considerada normal; assim, se, por exemplo, uma 
criança de 14 anos só conseguisse responder 
corretamente aos testes destinados a uma criança 
de 10, dir-se-ia que a sua idade mental seria de 10 
anos; portanto, a criança apresentaria um “atraso”.
MEDIR A INTELIGÊNCIA 
Mais tarde foi criada uma nova escala Stanford-Binet que consistia no seguinte: 
Através da divisão da idade mental da criança pela sua idade 
cronológica vezes 100, obtinha-se o quociente de inteligências (Q.I.) 
푸. 푰 = 
푖푑푎푑푒 푚푒푛푡푎푙 × 100 
idade cronológica 
Q.I – Quociente de Inteligência 
I.M – idade mental: valor que reflete os pontos que se obteve no teste. 
I.C – idade cronológica: idade do sujeito expressa em anos. 
O termo Q.I. visa determinar a relação entre a idade mental (IM) e a idade 
cronológica (IC). Assim, por exemplo, uma criança de 10 anos com a idade mental 
de 12 anos tem um QI de 12x100 = 120. Neste caso, a criança teria um 
desenvolvimento da inteligência avaliado acima da média, dado que o QI de 100 é 
considerado o valor de referência / médio.
MEDIR A INTELIGÊNCIA 
Críticas ao uso dos testes de inteligência 
 Induzem a pensar que o valor do Q.I é sinónimo de inteligência; 
 Avaliam apenas aptidões relacionadas com o sucesso escolar; 
 Não avaliam as capacidades para lidar com problemas práticos da vida 
social; 
 Não avaliam capacidades criativas; 
 Estigmatizam os sujeitos de baixo Q.I; 
 Prejudicam as pessoas socialmente e culturalmente já desfavorecidas; 
 Prejudicam os que têm boas capacidades que não as académicas; 
 Determinam, em larga medida, o futuro escolar e profissional das 
crianças e dos jovens.
TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS de 
Gardner 
“ As inteligências vêm da combinação da herança genética do 
indivíduo com as condições de vida numa cultura e numa era 
dada.” (Gardner, 2000) 
 Gardner afirma que a INTELIGÊNCIA não é uma propriedade única da 
mente humana, mas resulta da interação entre as competências 
inteletuais – as inteligências. 
As inteligências são potencialidades que podem, ou não, ser ativadas: 
dependem dos valores de uma cultura e das oportunidades disponíveis 
nessa cultura; dependem também dos efeitos das famílias, dos 
professores e das decisões pessoais assumidas pelos indivíduos. 
 Defendeu assim a Teoria das Inteligências Múltiplas. Existem sete tipos 
de inteligências com regras de funcionamento próprio e que atuam de 
forma independente (defendendo posteriormente mais 2).
TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS: 
Os 7 tipos de Inteligência 
2. Interpessoal 
3. Intrapessoal 
4. Espacial 
1. Linguística 
http://www.youtube.com/watch? 
v=IzSoD1WvDLc 
7. Musical 
6. Lógico-matemática 
5. Corporal- 
Cinestésica 
Mais tarde, em 1993 no seu livro Les Intelligences Multiples, acrescenta uma 
8ª inteligência: a Naturalista. Põe ainda a hipótese da existência de um 
outro tipo: a existencial.
1. Inteligência Verbal-Linguística: 
Aptidão verbal, mais concretamente, as subtilezas do significado. 
Assegura a linguagem verbal e escrita. É a habilidade do uso da 
linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir idéias, 
além de lidar - na forma escrita ou falada - com a linguagem de 
forma mais criativa e integrada. 
Políticos, jornalistas, poetas, escritores 
exibem com mais destaque 
esse tipo de inteligência. 
Vocabulário 
Linguagem
2. Inteligência interpessoal: 
Aptidão para se compreender e responder 
adequadamente aos outros. Habilidade de interagir com as outras 
pessoas, entendê-las e interpretar o seu comportamento. 
Resolver problemas, solucionar conflitos. 
É a inteligência comum em líderes, terapeutas, políticos, 
religiosos, professores, vendedores, que sabem identificar 
expetativas, desejos e motivações de outras pessoas, tornando-se 
extremamente sensíveis às suas necessidades.
3. Inteligência intrapessoal: 
Aptidão que nos permite compreender a nós mesmos. Traduz-se 
num auto-conhecimento e auto-estima para orientar o próprio 
comportamento. 
Também é entendida como a capacidade de superar os impulsos 
instintivos (auto-controlo).
4. Inteligência espacial: 
É a aptidão para representar o espaço, reconhecer e 
desenhar relações espaciais. Ajuda a perceber o mundo visual e 
espacial de forma precisa. 
Possibilita às pessoas criar com o espaço, perceber as 
transformações que o espaço sofre. 
É a inteligência de artistas plásticos, navegadores, pilotos, 
arquitetos.
5. Inteligência Corporal-Cinestésica: 
Aptidão para controlar os movimentos de forma adequada e 
harmoniosa. Permite aos indivíduos usarem seu corpo, total ou 
parcialmente, de formas altamente especializadas. Refere-se à 
habilidade para resolver problemas ou criar produtos através 
do uso de parte ou de todo o corpo. 
Atletas, atores, mímicos. 
“A persistência é o caminho do êxito” 
Charles Spencer Chaplin.
6. Inteligência Lógico-Matemática: 
Aptidão para raciocinar, formular e validar hipóteses. Gosto 
por padrões, cálculo, ordem e sistematização. 
Facilidade de resolver problemas através do pensar 
lógico, lidar com números de forma criativa. 
É a inteligência caraterística de engenheiros, matemáticos e 
cientistas. 
Lógico-Matemática Espacial 
Musical
7. Inteligência musical: 
Aptidão para cantar, tocar instrumentos, compor música. 
Habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça 
musical. 
A aptidão musical está intimamente ligada à habilidade de 
reconhecer as diferenças subtis entre uma nota e outra, um 
timbre e outro.
8. Inteligência naturalista: 
Adicionada posteriormente à lista das inteligências 
múltiplas, é a habilidade de identificar e classificar 
padrões da natureza. 
Os investigadores da área da biologia teriam esta 
aptidão mais desenvolvida. É a inteligência dos 
envolvidos em causas ecológicas, como os 
ambientalistas, espiritualistas,… 
Chico Mendes 
9. Inteligência existencial: 
Capacidade de colocar questões sobre os 
grandes problemas existenciais: Qual a origem 
do Universo? Porque morremos? O que acontece 
para além da morte? Filósofos e teóricos terão 
esta aptidão mais desenvolvida.

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Pro cog a_inteligência

  • 1. ESCOLA SECUNDÁRIA SEBASTIÃO DA GAMA PSICOLOGIA – Módulo III Processos Cognitivos: A INTELIGÊNCIA Ano letivo 2014/15
  • 2. A INTELIGÊNCIA  Em psicologia, não existe uma definição universal de inteligência, sendo utilizada com diferentes significados.  Podemos recorrer a uma definição retirada do Dicionário de Psicologia, de J. Chaplin, que envolve várias dimensões da inteligência: “ 1. Capacidade de enfrentar situações novas e de se adaptar a elas de uma forma rápida e eficiente. 2. Capacidade de utilizar, com eficácia, conceitos abstratos. 3. Capacidade de fazer relacionações e aprender rapidamente.” Em traços gerais, a inteligência pode ser definida como a capacidade que, através diversas competências, nos permite uma adaptação bem sucedida ao meio, nos permite pensar asbtratamente e resolver problemas.
  • 3. Assim, para alguns autores podemos sinteticamente distinguir três tipos de inteligência: Inteligência prática - capacidade para resolver problemas através da manipulação de objetos; está presente na invenção, fabrico e uso de objetos estando na base de respostas concretas aos problemas do quotidiano. Inteligência teórica e conceptual – designada também de inteligência racional e abstrata, envolve o recurso da linguagem e de outros sistemas simbólicos e manifesta-se nas capacidades de compreensão, raciocínio, resolução de problemas teóricos e tomadas de decisão. Inteligência Social – é um tipo de inteligência que se manifesta na vida em sociedade e na resolução de problemas interpessoais, como por exemplo na gestão de conflitos.
  • 4. ORIGEM DA INTELIGÊNCIA À semelhança da sua definição, também não existe consenso sobre a origem da inteligência. Apresenta-se, a seguir, um quadro síntese das duas teorias explicativas sobre a sua origem. Teorias Inatista Ambientalista Conceito de Inteligência A inteligência é um dom que nasce com o indivíduo A inteligência é adquirida Papel da Hereditariedade A inteligência é determinada geneticamente O papel da hereditariedade é irrelevante Papel do meio ambiente A influência do meio é reduzida, quase nula. O meio determina a inteligência. Quer as teorias inatistas quer as ambientalistas apresentam explicações redutoras. O desenvolvimento de investigações deram lugar às teorias INTERACIONISTAS: a inteligência resulta da interação entre um contributo da hereditariedade com o meio, os fatores sociais.
  • 5. MEDIR A INTELIGÊNCIA Alfred Binet e T. Simon criaram a Escala Métrica de Inteligência, constituída com o objetivo de medir as capacidades mentais. O teste de Binet-Simon foi o 1º teste em que se media a inteligência, como capacidade geral, evidenciando com o conjunto de questões que testavam as capacidades com o raciocínio abstrato, classificando a criança em termos de idade mental. O resultado obtido nos testes indicava a idade mental do indivíduo. Se a idade mental correspondesse à idade cronológica, a criança era considerada normal; assim, se, por exemplo, uma criança de 14 anos só conseguisse responder corretamente aos testes destinados a uma criança de 10, dir-se-ia que a sua idade mental seria de 10 anos; portanto, a criança apresentaria um “atraso”.
  • 6. MEDIR A INTELIGÊNCIA Mais tarde foi criada uma nova escala Stanford-Binet que consistia no seguinte: Através da divisão da idade mental da criança pela sua idade cronológica vezes 100, obtinha-se o quociente de inteligências (Q.I.) 푸. 푰 = 푖푑푎푑푒 푚푒푛푡푎푙 × 100 idade cronológica Q.I – Quociente de Inteligência I.M – idade mental: valor que reflete os pontos que se obteve no teste. I.C – idade cronológica: idade do sujeito expressa em anos. O termo Q.I. visa determinar a relação entre a idade mental (IM) e a idade cronológica (IC). Assim, por exemplo, uma criança de 10 anos com a idade mental de 12 anos tem um QI de 12x100 = 120. Neste caso, a criança teria um desenvolvimento da inteligência avaliado acima da média, dado que o QI de 100 é considerado o valor de referência / médio.
  • 7. MEDIR A INTELIGÊNCIA Críticas ao uso dos testes de inteligência  Induzem a pensar que o valor do Q.I é sinónimo de inteligência;  Avaliam apenas aptidões relacionadas com o sucesso escolar;  Não avaliam as capacidades para lidar com problemas práticos da vida social;  Não avaliam capacidades criativas;  Estigmatizam os sujeitos de baixo Q.I;  Prejudicam as pessoas socialmente e culturalmente já desfavorecidas;  Prejudicam os que têm boas capacidades que não as académicas;  Determinam, em larga medida, o futuro escolar e profissional das crianças e dos jovens.
  • 8. TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS de Gardner “ As inteligências vêm da combinação da herança genética do indivíduo com as condições de vida numa cultura e numa era dada.” (Gardner, 2000)  Gardner afirma que a INTELIGÊNCIA não é uma propriedade única da mente humana, mas resulta da interação entre as competências inteletuais – as inteligências. As inteligências são potencialidades que podem, ou não, ser ativadas: dependem dos valores de uma cultura e das oportunidades disponíveis nessa cultura; dependem também dos efeitos das famílias, dos professores e das decisões pessoais assumidas pelos indivíduos.  Defendeu assim a Teoria das Inteligências Múltiplas. Existem sete tipos de inteligências com regras de funcionamento próprio e que atuam de forma independente (defendendo posteriormente mais 2).
  • 9. TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS: Os 7 tipos de Inteligência 2. Interpessoal 3. Intrapessoal 4. Espacial 1. Linguística http://www.youtube.com/watch? v=IzSoD1WvDLc 7. Musical 6. Lógico-matemática 5. Corporal- Cinestésica Mais tarde, em 1993 no seu livro Les Intelligences Multiples, acrescenta uma 8ª inteligência: a Naturalista. Põe ainda a hipótese da existência de um outro tipo: a existencial.
  • 10. 1. Inteligência Verbal-Linguística: Aptidão verbal, mais concretamente, as subtilezas do significado. Assegura a linguagem verbal e escrita. É a habilidade do uso da linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir idéias, além de lidar - na forma escrita ou falada - com a linguagem de forma mais criativa e integrada. Políticos, jornalistas, poetas, escritores exibem com mais destaque esse tipo de inteligência. Vocabulário Linguagem
  • 11. 2. Inteligência interpessoal: Aptidão para se compreender e responder adequadamente aos outros. Habilidade de interagir com as outras pessoas, entendê-las e interpretar o seu comportamento. Resolver problemas, solucionar conflitos. É a inteligência comum em líderes, terapeutas, políticos, religiosos, professores, vendedores, que sabem identificar expetativas, desejos e motivações de outras pessoas, tornando-se extremamente sensíveis às suas necessidades.
  • 12. 3. Inteligência intrapessoal: Aptidão que nos permite compreender a nós mesmos. Traduz-se num auto-conhecimento e auto-estima para orientar o próprio comportamento. Também é entendida como a capacidade de superar os impulsos instintivos (auto-controlo).
  • 13. 4. Inteligência espacial: É a aptidão para representar o espaço, reconhecer e desenhar relações espaciais. Ajuda a perceber o mundo visual e espacial de forma precisa. Possibilita às pessoas criar com o espaço, perceber as transformações que o espaço sofre. É a inteligência de artistas plásticos, navegadores, pilotos, arquitetos.
  • 14. 5. Inteligência Corporal-Cinestésica: Aptidão para controlar os movimentos de forma adequada e harmoniosa. Permite aos indivíduos usarem seu corpo, total ou parcialmente, de formas altamente especializadas. Refere-se à habilidade para resolver problemas ou criar produtos através do uso de parte ou de todo o corpo. Atletas, atores, mímicos. “A persistência é o caminho do êxito” Charles Spencer Chaplin.
  • 15. 6. Inteligência Lógico-Matemática: Aptidão para raciocinar, formular e validar hipóteses. Gosto por padrões, cálculo, ordem e sistematização. Facilidade de resolver problemas através do pensar lógico, lidar com números de forma criativa. É a inteligência caraterística de engenheiros, matemáticos e cientistas. Lógico-Matemática Espacial Musical
  • 16. 7. Inteligência musical: Aptidão para cantar, tocar instrumentos, compor música. Habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical. A aptidão musical está intimamente ligada à habilidade de reconhecer as diferenças subtis entre uma nota e outra, um timbre e outro.
  • 17. 8. Inteligência naturalista: Adicionada posteriormente à lista das inteligências múltiplas, é a habilidade de identificar e classificar padrões da natureza. Os investigadores da área da biologia teriam esta aptidão mais desenvolvida. É a inteligência dos envolvidos em causas ecológicas, como os ambientalistas, espiritualistas,… Chico Mendes 9. Inteligência existencial: Capacidade de colocar questões sobre os grandes problemas existenciais: Qual a origem do Universo? Porque morremos? O que acontece para além da morte? Filósofos e teóricos terão esta aptidão mais desenvolvida.