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PSICOLOGIA
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS APLICADA À EDUCAÇÃO
ARTIGO CIENTIFICO (ACD) 1
O PAPEL DO PROFESSOR NO DESPERTAR DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
AOS ALUNOS NA SALA DE AULAS.
POR
AUGUSTO AMBRÓSIO BUNGA
RESUMO
O presente artigo trata de um assunto que vem a despertar interesse a muita
gente, as Inteligências Múltiplas. As inteligências múltiplas são uma das mais
recentes descobertas em Ciências Psicológicas, por Howard Gardener. Desta feita
há razões por se elucidar, não existe uma inteligência única como se previa em
testes psicométricos, mas existe múltiplas nas actuais concepções.
PALAVRAS-CHAVE: inteligências múltiplas, competências, testes de inteligência.
2
INTRODUÇÃO
A abordagem sobre inteligências múltiplas hoje em dia, tornou a mais clara
das investigações já feitas no campo de estudo da inteligência. Visto que, sem
inteligência, nada o homem pode criar, inovar até mesmo adaptar. A inteligência é
um dos maiores potenciais, do funcionamento do cérebro humano.
Nesta óptica, ela merece ser estimulada com estratégias próprias, ninguém
pode ser desprovido dela, todo o ser humano, tem inteligência, cuja diferença
consiste de modo como, desenvolve-la e estimulá-la. Para que nela se possa
explorar as competências e habilidades no exercício de um determinado trabalho ou
ofício.
Será que todo homem é inteligente? O que leva a aprovação de que todo o
ser humano é inteligente? Como acreditar nas inteligências múltiplas? Esta s e
outras são as mais frequentes das questões sobre a inteligência humana.
Confirmadamente que todo o ser humano é inteligente, na medida em que
consegue criar, organizar o seu pensamento para poder se expressar, adaptar-se à
novas situações, procura dar solução aos problemas etc. Há sim razões para se
acreditar nas inteligências múltiplas, em situações tais como alguém que começa o
curso de matemática e que é mal sucedido, começando um outro curso, que pode
ser de Psicologia e é bem sucedido, até se tornar célebre.
Quando a inteligência é bem estimulada, leva ao indivíduo a várias
vantagens, vantagens essas podem ser pessoas, sociais e até científicas. Um
homem inteligente sempre é bem sucedido, visto que consegue encontrar várias
formas, de solucionar os seu problemas através do seu pensamento divergente.
Consegue adaptar a várias realidades sociais no tempo e no espaço, através do seu
saber, saber-ser e saber-estar. Sabe viver e conviver em sociedade e consigo
mesmo, pela sua inteligência interpessoal e intrapessoal. Consegue dar grandes
contributos científicos, para solucionar problemas que afligem a humanidade, e
muito mais.
3
OBJECTIVOS
O artigo em referência tem como objectivos: estudar a inteligência em várias
abordagens de acordo com várias definições; distinguir as competências da
inteligência; apresentar instrumentos de mensuração do Quociente de Inteligência
(QI); ajudar o professor a estimular bem as Inteligências Múltiplas aos alunos na sala
de aula; esmiuçar as oito (8) Inteligências Múltiplas propostos por Howard Garden.
DESENVOLVIMENTO
DIFERENTES ABORDAGENS SOBRE A INTELIGÊNCIA HUMANA
São várias abordagens de âmbito científico que tornam o estudo da
inteligência uma realidade indubitável. O modo como a inteligência era encarada há
mais um (1) século atrás já não é o mesmo modo de hoje. Houve grande viragem de
página em ciências psicológicas, pois antes do surgimento de Garden com a sua
teoria de inteligências múltiplas ela era encara como algo de modo diferente, pois
que era mensurável por meio de escores ou testes de Inteligência. Feliz ou
infelizmente, os mesmos testes só valorizava duas perspectivas que são: aptidões
Lógico-Matemática e Verbal. Estes por sua vez não são suficientes para se definir
alguém como inteligente ou não. Pois que a inteligência é mais do que tudo isso.
Rodrigues,
Apresenta as principais Teorias da Inteligência humana:
Charles Sperman: a inteligência como factor geral (o
factor G); L.L. Thurstone: a teoria ou concepção
multifactorial da inteligência; Howard Gardener: a teoria
das inteligências múltiplas; Sternberg e a teoria triárquica
da inteligência; Daniel Goleman: teoria da inteligência
emocional (2011,p.145).
A inteligência é a capacidade que o indivíduo tem de compreender, assimilar,
acomodar e se adaptar com as circunstâncias de vida podendo, criar e contribuir
para a resolução das mesmas, no tempo e no espaço.
Segundo Castro “ Inteligência origina-se de inter (entre) e legere (escolher),
do latim; são inteligentes – os indivíduos que têm a facilidade de compreender o que
4
os cercam e optar pelo que melhor apresentam” (2010,p.9). Tendo em conta a sua
definição etimológica do latim, faz entender que ela é «entre e escolher», por quê
entre e escolher? É porque, o sujeito escolhe o que fazer na vida e ao fazê-lo, logo
está a escolher entre uma ou várias opções. Para Braghirolli, et allii “apesar de terem
apresentado definições diferentes de inteligência, todos os psicólogos concordam
que ela não é uma questão de “tudo ou nada”, mas uma qualidade que todo mundo
possui, em maior ou menor grau (2010, p.146)
Todavia, para melhor abordagem da concepção da Inteligência há que se
fazer uma divisão sobre como era concebida a inteligência ontem e como é hoje.
Com base a esta comparação poder-se-á descobrir mais e esclarecer melhor na
actualidade.
Em conformidade com Fernandes et allii apud Castro eles definem a
inteligência de modo seguinte “é a faculdade que o ser humano tem de
compreender, de conhecer, de observar e interpretar, o que está a sua volta; a
capacidade de compreender, de perceber clara e finalmente” (2010,p.9).
Já na perspectiva de Antunes
Inteligência é a faculdade de entender, compreender,
conhecer. Inteligência é também juízo, discernimento,
capacidade de se adaptar, de conviver. Constitui potencial
biopsicológico não especificamente humano, mas que em
seres humanos assume dimensão inefável. É uma
capacidade para resolver problemas e serve também para
criar ideias ou produtos considerados válidos. As criaturas
humanas possuem nível elevado de inteligência e por isso
são criativas, revelam capacidade de compreender e de
inventar e ao acolher uma informação atribuir-lhe
significado e produzir respostas pertinentes (2006,p.19).
Em outros termos falar da concepção da Inteligência ontem e hoje leva os
estúdios da área da inteligência a evocar Howard Gardener. Este estudioso da
Inteligência considerar-se-á o marco entre a concepção antiga da inteligência e a
nova.
5
A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA ANTES DE GARDENER
Anteriormente a inteligência era concebida como fruto pleno da
hereditariedade, tal como o erro cometido por Sir Francis Galton. Fazendo o estudo
da árvore genealógica da sua família e de outras acabou tirando as tais conclusões.
Quando realmente a inteligência não é completamente hereditária, mas sim ela
surge na interacção com p meio ambiente.
Tempos depois em 1904 surgem os Testes de QI com os franceses Binet e
Simon, tudo porque, o Alfred Binet tinha sido solicitado pelo Ministério da Edução em
França, para avaliar as capacidades intelectuais das crianças em idade escolar, a
fim de poder diagnosticar as crianças com dificuldades de aprendizagem ou com
capacidades intelectuais baixos.
Braghirolli, et allii afirmam que:
O problema da mensuração da inteligência foi resolvido
adequadamente, pela primeira vez, pelos psicólogos
franceses Binet e Simon.
Em 1904, estes psicólogos foram encarregados pelo
governo francês para auxiliarem a resolver o problema do
baixo rendimento escolar, do grande número de
reprovações nas escolas primárias francesas.
Binet atribuiu o problema ao facto das classes serem
heterogéneas, isto é, em uma única classe havia alunos
bem-doptados e pouco-doptados intelectualmente. Assim,
tornava-se necessário seccionar as crianças pelo grau de
intewligência, para formar classes homogéneas
(2010,p.148).
É deste modo que se encarava a inteligência humana, como algo mensurável
através de Testes de QI, isso é um erro fatal que se cometia, na altura, graças que
esta ciência é tão dinâmica que se vai desenvolvendo dia após dia.
Não queira dizer que os feitos de Gaqlton, Binet, Simon entre outros não
tenham sido valorosos, eles são e bastante esta era a cosmo-visão daquele
momento, é diferente do momento actual, na ciência é através dos erros e falhas
cometidas, que levam a crítica e a crítica leva investigar ao fundo de modo a
conseguir descobrir ou apresentar raciocínio convincente à maioria.
6
Segundo Pasquali
Alfred Binet e V. Henri (1896), psicólogos franceses,
começaram com uma séria crítica a todos estes testes,
afirmando que eles: (1) ou eram puramente medidas
sensoriais que, embora permitido maior precisão, não
tinham relação importante com as funções intelectuais
(irrelevância) ou, (2) se eram testes de conteúdo
intelectual, estes se dirigiram a habilidades
demasiadamente especificas, como puro memorizar,
calcular, etc., quando os testes poderiam se orientar para
medir funções mais amplas como a memória, imaginação,
atenção, compreensão etc. de facto, Binet e Simon (1905)
desenvolveram seu famoso teste de 30 itens para cobrir
uma gama variada de funções (como julgamento,
compreensão e raciocínio ) com o objectivo de avaliar o
nível de inteligência de crianças e adultos, através do qual
estavam especialmente interessados em detectar o
retardo mental. Esta orientação de Binet e Simon em
elaborar testes de conteúdo mais cognitivo (e não
sensorial) e cobrindo funções mais amplas (não
específicas) fez grande sucesso nos anos subsequentes,
especialmente nos Estados Unidos com a tradução do
seu teste por Terman (1916), inaugurando de vez a era
dos testes, inclusive com a introdução do QI, sendo
matematicamente representado por: Q.I.=100 (IM/IC)
(2009,p.21).
Como se não bastasse o estudo da inteligência antes de Gardener, Castro
elucida que “A Inteligência, antes do surgimento da Teoria das Inteligências
Múltiplas, de Gardener, era considerada como capacidade humana, que se podia
mensurar e conferir “escores”, através da aplicação dos testes de QI (=Quoeficiente
de Inteligência) (2010,p.9).
CONCEPÇÃO DA INTELIGÊNCIA A PARTIR DE TEORIA DE GARDENER
Howard Gardener, fez uma viragem no concernente ao estudo e investigação
da inteligência, pois que não encarou a inteligência não só numa perspectiva, mas
em perspectivas Múltiplas. Ele sentiu-se inconformado com o estudo de Inteligência
antes da sua era e dedicou-se bastante no estudo da mesma e a sua aplicabilidade
na vida prática.
7
Ele não perspectivou a inteligência num só aspecto. Associou também a
inteligência as competência de um indivíduo em várias circunstâncias da vida
humana, tais como de convívios social, criação, adaptação e até resolução de
problemas da vida. Em consonância com Garden (1994) apud Castro “considera
inteligência como um “espectro de competências”. A visão de Gardener nos mostra a
inteligência como se fosse um objecto com muitas faces, que podem ser
aperfeiçoadas durante a vida. É deste ponto de vista que surge a Teoria das
Múltiplas Inteligências” (2010,p.10).
Na actualidade é considerado o célebre estudioso e investigador no campo da
inteligência com a sua Teorias das Inteligência Múltiplas, sabendo que os Testes de
Escore só mediam as aptidões Lógico-matemáticas e aptidões verbais, ele se sentiu
inquieto com as competências da convivência humana, queria saber também que
habilidades teria o homem de lidar com os outros e consigo mesmo, daí começou
com os seus estudos.
Afirma Herrero
Neste sentido destacam-se as contribuições de H.
Gardener, promotor do chamado programa Spectrum cuja
função fundamental havia sido a de demonstrar
experimentalmente que os até então considerados pontos
de referência básicos da inteligência, como a capacidade
verbal e aptidão lógico-matemática, não garantiam o êxito
em outros desvios humanos fora de um sector do âmbito
estritamente académico (2002,p.9).
COMPETÊNCIAS E INTELIGÊNCIA
Competências são condições psico-físicas que o indivíduo (profissional ou o
professor ou ainda mesmo aluno) reúne para realização das suas actividades com
perícia. Elas estão ligadas ao: saber, saber-fazer e saber-ser do indivíduo. Segundo
Castro “competência é a capacidade para apreciar e resolver um problema ou
assunto; pessoa com grande conhecimento, autoridade em um determinado campo
de saber” (2010,p.10).
Para Rovai
8
Competência como capacidade da pessoa de articular
autonomamente os saberes (saber, saber-fazer, saber
ser) inerentes a situações concretas de trabalho. É um
saber operativo, dinâmico e flexível, capaz de guiar
desempenhos num mundo do trabalho em constante
mutação e permanente desenvolvimento. (2010,p.70)
Como se não bastasse, para este trabalho o autor as classifica em duas
grandes categorias tais como cognitivas e técnicas. Competências cognitivas
são as capacidades mentais e intelectuais que o indivíduo apresenta no domínio
duma determinada área do saber ou seja na área da sua formação. Um indivíduo
normal quanto ao seu intelecto, sem perturbações mentais, que possam impedir a
realização normal das suas actividades. Ao passo que, as competências técnicas,
estão directamente vinculadas às capacidades de realização de actividades práticas
que o indivíduo realiza.
Segundo Perrenoud,
O referencial em que nos inspiramos tenta, pois, aprender
o movimento da profissão, insistindo em 10 grandes
famílias de competências. Este inventário não é nem
definitivo, nem exaustivo. Aliás, nenhum referencial pode
garantir uma representação consensual, completa e
estável de um ofício ou das competências que ele
operacionaliza. Eis as 10 famílias: 1. Organizar e dirigir
situações de aprendizagem.2. Administrar a profissão das
aprendizagens.3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos
de diferenciação.4. Envolver os alunos em suas
aprendizagens e em seu trabalho.5. Trabalhar em
equipe.6. Participar da administração da escola.7.
Informar e envolver os pais.8. Utilizar novas
tecnologias.9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos
da profissão.10. Administrar sua própria formação
contínua. (2008,p.14).
Tal como se abordou anteriormente, a inteligência é a capacidade que o
indivíduo tem de compreender, assimilar, acomodar e se adaptar com as
circunstâncias de vida podendo, criar e contribuir para a resolução das mesmas, no
9
tempo e no espaço. Em conformidade com Gardener (1994) apud Castro “a
inteligência é um talento inerente ao ser humano, que lhe dá as capacidades de
solucionar seus problemas em geral; de criar, no seu âmbito de convívio social; de
identificar novos problemas e solucioná-los” (2010,p.10).
Como sustentar que não existe somente uma única inteligência geral, tendo
em conta o que se tem verificado a muita gente, tem talento em jogar futebol ou em
artes marciais, outros sendo bons jornalistas, ainda alguns bons matemáticos etc.,
dificilmente encontramos todas estas aptidões desenvolvidas numa só pessoa. Tudo
porque tem a ver com o modo como desenvolve os hemisférios cerebrais através do
treinamento ou aprendizagem que o indivíduo realiza.
Antunes “Nosso cérebro, portanto, é duplo, tendo cada metade sua maneira
de assimilar e processar informações, necessitando portanto receber, sempre que
possível, em sala de aula, estímulos específicos” (2005,p.11).
O cérebro é considerado a base biológica da psique humana através do
Sistema Nervoso que tem o papel de coordenar todas as actividades humana. Ele é
constituído de duas massas fundamentais, uma é cinzenta e a outra branca, ele
divide-se em dois hemisférios que são: directo e esquerdo, unidos por uma
circunvolução contendo quatro lóbulos, que são: parietais, occipitais, temporais e
frontais.
Em consonância com Castro
Estudos contemporâneos revelaram que o cérebro
humano está dividido em duas partes – lado directo e lado
esquerdo; cada pessoa apresenta um dos lados mais
desenvolvido do que outro, originando componentes e
habilidades afins para cada um dos lados (2010,p.15)
A Inteligência e a Competência são dois conceitos que exprimem
capacidades, mas com extensão diferente, pois a inteligência de um modo geral é
mais amplo que competência. Por isso, todos podem ser inteligentes ou terem um
certo grau de inteligência, mas nem todos podem ter as mesmas competências.
10
A APLICABILIDADE DOS TESTES DE INTELIGÊNCIA OU ESCORE DE Q.I.
(QUOCIENTE DE INTELIGÊNCIA).
Desde sempre os psicólogos preocuparam-se com o estudo da inteligência
humana, para dar respostas a muitas preocupações que inquietam a humanidade,
no que concerne a compreensão, adaptação, criatividade e solucionamento de
vários problemas de âmbito psicossocial.
Para tal, tinha que haver um instrumento de mensuração da mesma, daí
desenvolveram vários instrumentos, para a mensuração do Quociente de
Inteligência (QI), ora, entre eles os mais usados são os de lápis e papel estes por
sua vez apresentaram maior eficácia do que outros. Para estes testes, contam os
resultados para determinar o grau de inteligência do indivíduo.
Castro
França, 1904. Um grupo de psicólogos, tendo à frente
Alfred Binet, começa seus estudos para elaborar um
instrumento de detecção de alunos com problemas de
aprendizagem e iminência de reprovação. O pedido ao
grupo foi feito pelo então Ministro da Educação Pública de
Paris.
O objectivo deste meio ou instrumento de detecção era
oferecer um atendimento especial aos alunos com
dificuldades cognitivas.
Surgem, então, a partir destes estudos e pesquisas, os
primeiros testes de inteligência.
Estados Unidos - alguns anos após o lançamento dos
Testes de Inteligência de Binet. Os testes de inteligência
viram uma febre. Através dele acreditava-se que
inteligência era algo mensurável por um número o
chamado escore de QI. Quanto maior o escore, número
de pontos alcançado pelo aluno no teste, mais inteligente
e capaz era considerado (2010,p.26).
Segundo Braghirolli et allii “foi Terman quem usou, pela primeira vez, o
conceito de “quociente intelectual” (QI), atribuí do ao psicólogo alemão Willian Stern.
O que foi obtido usando-se a fórmula: QI ” (2010,p.149).
11
Finalmente, consegue se comprovar que a inteligência não é algo uno
indivisível, não é algo geral como tudo, é antes encarado como se fosse a referir das
diversas faces do diamante. O diamante é uma pedra independentemente do
tamanho, tem várias faces que definem o seu todo. É como a inteligência, é normal
que até agora muitos a encaram como um todo mas deve-se reconhecer, que é
divisível. Quanto a sua divisão, surge marias teorias que retratam da inteligência,
todavia a mais considerada e a mais reconhecida é a de Howard Gardener.
Quanto a aplicabilidade, os testes de inteligência são aplicados para adultos e
para crianças, através dos resultados obtidos se pode classificar os indivíduos em
dois (2) grandes grupos: os deficientes mentais (anormais) e os normais. A
deficiência mental por sua vez, divide-se em atrasados mentais e superdotados. A
inteligência normal é de 90 a 110; abaixo disso é deficiente mental (atrasado mental)
e acima disso é deficiente mental (superdotado). Estes no entanto, podem ser
colectivas ou individuais. Os testes colectivos são aqueles aplicáveis por lápis e
papel.
Destacam-se dois tipos fundamentais de testes: de Stanford-Binet e de
Wechesler, estes são aplicados de modo colectivo e individual. Obedecendo uma
Padronização e Normalização. A padronização tem a ver com a uniformidade na
aplicação dos testes.
Conforme Pasquali
A padronização das condições de aplicação dos testes
psicológicos tem como preocupação garantir que a
colecta dos dados sobre os sujeitos seja de boa
qualidade. De facto, uma má aplicação torna os dados
obtidos inválidos, mesmo quando obtidos através de um
teste de boa qualidade. A má aplicação não inválida a
qualidade, digamos psicométrica, do teste (se ele é um
teste válido e preciso, ele continua sendo assim), mas
torna o protocolo do sujeito inválido, isto é, os dados
obtidos sobre este sujeito não são confiáveis. Assim, uma
má aplicação do teste estraga a utilidade do mesmo, pelo
mau uso que dele se faz. Então, a padronização das
condições de testagem pretende garantir o uso adequado
e legítimo dos testes psicológicos. Claro que tal
preocupação é relevante e importante somente se o teste
12
ele mesmo for de boa qualidade; uma boa aplicação de
um teste inválido não salva nada, os resultados continuam
inválidos (2009,p.226).
Normalização tem a ver com a uniformização na interpretação dos escores
dos testes. Tudo primando numa ética e deontologia profissional, garantindo
confiança, confiabilidade e fidedignidade.
Pasquali
A normalização diz respeito a padrões de como se deve
interpretar um escore que o sujeito recebeu num teste.
Isto porque escore bruto produzido por um teste necessita
ser contextualizado para poder ser interpretado. Obter,
por exemplo, 50 pontos num teste de raciocínio verbal e
40 num de personalidade não oferece nenhuma
informação. Mesmo se dissermos que ele acertou 80%
das questões não diz muito, visto que o teste pode ser
fácil (80% então seria pouco) ou difícil (80% então seria
muito). Na verdade, qualquer escore deve ser referido a
algum padrão ou norma para adquirir sentido. Uma tal
norma permite situar o escore de um sujeito, permitido: (1)
determinar a posição que sujeito ocupa no traço medido
pelo teste que produziu o tal escore e, (2) comparar o
escore deste sujeito com o escore de qualquer outro
sujeito (2009,p.238).
Referindo-se aos seus tipos eles podem ser referem se a dois tipos fundamentais de
Alfred Binet e Simon e de Wescheler.
ESTRATÉGIAS DE ESTÍMULOS PARA DESENVOLVIMENTO DAS
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS NA SALA DE AULA.
Antes porém deve-se reconhecer o eminente trabalho de Gardener, fazendo
menção a oito inteligências múltiplas, na vida humana. Para a sua teoria sobre
inteligências múltiplas. Segundo Castro “as Inteligências Múltiplas de Gardener são:
Inteligência Linguística; Inteligência Lógico-Matemática; Inteligência Espacial;
Inteligência Corpo-Cinestésico; Inteligência Musical; Inteligência Interpessoal;
Inteligência intrapessoal; Inteligência Naturalista” (2010,p.27).
O professor na escola tem o papel de despertar e estimular o bom
desenvolvimento das inteligências múltiplas dos seus alunos. Fundamentalmente no
13
ensino primário, é o professor o técnico vocacionado e formado, para preparar o
cérebro das crianças ou alunos, saber explorar cada hemisfério.
É no ensino primário onde se começa a definir o indivíduo, pois o professor
procura ao aluno criar o gosto e a valorização pelas profissões, pela natureza, arte
etc. Segundo Castro As Experiencias Estimuladoras ou “Cristalizadoras” compõe,
com as Experiências Bloqueadores ou “Paralisadoras”, os dois processos centrais
do desenvolvimento das inteligências do indivíduo (2010,p.70).
O professor deve estimular a Inteligência Linguística dos alunos,
incentivando-os falar, contar histórias, anedotas, factos reais, cantar, escrever e
declamar poesia, ler jornais, revistas, consultar dicionários. Criar ao aluno a
capacidade de: ler correctamente, falar adequadamente, ouvir bem, escrever etc.
Antunes
Em sala de aula a actividade pode envolver alunos
individualmente e em pequenos grupos e,
progressivamente, utilizar-se do recurso para construir
história, inclusive pedindo a um grupo, por exemplo, que
dê continuidade à história narrada pelo grupo anterior e
assim por diante (2007,p.26).
Dentre as várias estratégias de estimular a Inteligência Linguística, Antunes, se
debruça sobre uma que ele realça a importância, que é o tipo Brainstorming.
Uma actividade também muito significativa para o
desenvolvimento da inteligência Linguística é, uma vez ou
outra, desenvolver-se na sala de aula o “Brainstorming”
ou Tempestade ou explosão de ideias” através da qual os
alunos são estimulados a produzir uma torrente de
pensamentos verbais sobre uma questão proposta, sem a
preocupação inicial de proceder uma censura sobre a
validade ou não dessas ideias. É evidente que após se
anotar todas as ideias, mesmo algumas que parecem ser
disparatadas ou malucas, mediadores e alunos vão
analisá-las novamente e, com critério seleccionar as mais
viáveis. Essa tempestade de ideias pode ser sobre
qualquer ângulo do tema que se desenvolve: um título
diferente, uma conclusão significativa, ideias para
pesquisa, sugestões para um projecto e outras mais
(2007,p.78)
14
Nas actividades extra-escolares, o professor leva os seus alunos, a visitarem
pomares, e fazerem estudos sobre os mesmos. Ensinar aos seus alunos o valor e a
utilidade, das árvores quer de frutos ou não na vida humana. Realçar-lhes sobre o
papel do respeito e da importância do meio ecológico, para o bem-estar das pessoas
e na redução do aquecimento global.
Levar os alunos, os alunos aos jardins zoológicos e parques mais próximos,
para que conheçam os distintos animais existentes. Saberem como é o seu
processo de locomoção, o seu regime alimentar isto é, distinguir os animais
herbívoros, carnívoros ou predadores etc.
Todavia, não basta chegarem ao jardim e ver ou conhecer, os animais:
voadores, terrestres e aquáticos, árvores: frutíferas e não-frutíferas, aquáticas,
terrestres e trepadeiras. Ter a noção do ar que respiramos (oxigenio) provém das
plantas e que elas absorvem o que nós expiramos (dióxido de carbono). Saber que a
camada do ozono é a que nos protege das incidências dos raios solares e reduzir o
aquecimento global.
Do ponto de vista de Antunes
Existem duas palavras cujo conteúdo necessita ser bem
compreendido no trabalho de estímulos às inteligências.
Tais palavras são cultivo e exploração. a primeira deve
prevalecer nas relações com crianças que apresentam
uma elevada inteligência “cultivada”. As práticas de
cultivo, no que se referem á intensidade, diferem muito
das de exploração, que devem priorizar a relação de
adultos com crianças e alunos que apresentam uma ou
outra inteligência menos acentuada (2006,p.57).
Cada cabeça é uma cabeça, isso quer dizer que todos indivíduos são
diferentes um do outro, ninguém é igual ao outro, no ponto de vista das
predisposições anátomo-fisiológicos, do cérebro. Pois algumas pessoas já nascem
com alguma parte do cérebro bem estimulado e outras menos estimulados. Às que
já nascem com uma determinada parte do cérebro bem estimulado, deve-se cultivar
e enriquecer cada vez mais do que já é. E aquelas que já nascem com um cérebro
preguiçoso, menos cultivado, merece ser explorado, estimulado cada vez e melhor.
15
São várias estratégias, para estimular a Inteligência Ecológica. São no caso
de: jogos ligados a ecologia e suas estimulações, fazer desenhos diversificados de
animais, plantas, rios, relevos, planícies etc., discussões e debates sobre a realidade
ecológica e muito mais.
Para o Celso
Simbolizam formas excitantes e estimuladores da
inteligência ecológica, como excursões, acampamentos, e
outras actividades difíceis, ou mesmo paralelamente a
estas actividades, desenvolver outras mais simples, como
a “descoberta e exploração de um rio”, “a aventura de
conhecer uma árvore”, o “desafio de melhor conhecer
este ou aquele animal” (2006,p.64).
Onde quer que vá, o ser humano sempre está ligado a sons, agradáveis e
desagradáveis, ao ouvido humano. Se for a floresta, tem a maior probabilidade de
ouvir o som melódico das diferentes aves. Fazendo um lindo coro que até agrada o
ouvido humano. De igual modo, as tardinhas ouve-se o ruído das rãs, entre outros
bichos.
Nas cidades ouvem-se: zumbidos e ruídos de diferentes máquinas tais como,
carros, geradores, aviões, buzinas, músicas etc. Mas de tudo isso que se fez
menção, realça que o ouvido humano gosta o som que o agrade de forma melódica
e harmónica ao ouvido.
Neste diapasão, pode-se definir a música como sendo a combinação, de
vários sons diferentes de forma harmoniosa e melódica, que agrada o ouvido
humano. A música ou mesmo canção, é uma linguagem verbal, que inicialmente é
escrita e finalmente é oral. Sendo então uma linguagem é também uma
comunicação, permite expandir uma determinada mensagem no tempo e no espaço.
O professor do ensino primário deve ensinar as crianças a cantar, diferentes
músicas ou canções na escola, de acordo com as notas musicais que possa ensinar.
Através das canções se pode narrar histórias sobre uma determinada cultura ou
tradição.
Antunes
16
A música é uma linguagem tão ou mais rica e expressiva
que a linguagem verbal, ainda que possa à primeira vista
parecer privilégio de poucos, pois quase todas as pessoas
são capazes de se expressar através de palavras, mas
não muitos conseguem compor e, dessa forma, “falar”
através da música. Mas, se essa evidência parece clara,
não é menos verdade que a capacidade de compreensão
e de sensibilidade pela música constitui atributo inerente a
qualquer pessoa, seja qual for a cultura em que nasceu.
Podemos não saber compor, mas é impossível que não
sintamos o aflorar de nossas emoções e o acordar de
nossas lembranças diante do ritmo de uma música ou
diante da sonoridade do canto de um pássaro, do farfalhar
das folhas, das águas do córrego que, depressa, se
agitam pelos campos ou do estrondo macio das ondas
que se quebram na praia (2006,p.17).
A música não é algo recente, pois a sua existência remonta milhões de anos,
pois que desde os primatas, os nossos ancestrais, sempre se preocuparam em ter
um ambiente amena, acompanhado de um som melódico, que alegre ou entristeça o
grupo. Ela alegra, quando se refere de um ambiente de festa, as músicas tendem
realçar a alegria da festa, esquecer algumas mágoas emocionais etc.
Na realidade de Antunes
Encontramo-nos intensamente envolvidos pelo som como
é um peixe em seu aquário envolvido pela água.
Enquanto sentado escrevo, meus ouvidos captam de
tempos em tempos o avião que passa, o ruído de rodas
correndo pelo asfalto, o som perdido de uma buzina e em
meio a eles uma diversidade espantosa de palavras
jogadas ao evento, sons musicais que vazam de sala
vizinha (2006,p.53).
Pode produzir sentimento de tristeza, por outro lado, quando se encontram
num ambiente de tristeza, põe exemplo num óbito (desaparecimento físico de um
ente querido). Levando neste caso, a pensar profundamente pela ausência do outro,
reflectir um pouco mais sobre o fenómeno morte etc.
Desta feita, se pode afirmar que a música provoca emoções de alegria e de
tristeza, tendo em conta a situação em que estiver a vivenciar no momento.
Segundo Antunes
17
Considerando, pois, essa sensibilidade universal pelo
ambiente sonoro é possível afirmar que praticamente
todos os seres humanos possuem a inteligência sonora
em um grau mais ou menos desenvolvido e que pessoas
como Mozart, Bach, Schumnn, Liszt, Tchikovsky,
Rachmaninov, Debussi Beethoven e muitos outros a
apresentavam em graus bem mais acentuados. Ao que
tudo indica, essa inteligência é a que mais cedo
manifesta-se no ser humano e bebés habituados a ouvir
músicas dolentes ainda no ventre materno demonstram
identificá-las já em seus primeiros dias de vida. Tal como
sucede com a inteligência especial, algumas crianças
portadoras de autismo severo conseguem tocar
maravilhosamente um instrumento musical, ainda que não
possam falar, evidenciando pois a relativa independência
de uma inteligência em relação a outras e que certas
partes do cérebro localizadas no hemisfério direito
desempenham papeis específicos na percepção e na
produção da música (2006,p.20).
A escola tem o papel de estimular a inteligência sinestésico-corporal, pois que
o indivíduo tem várias formas como se expressar. Os alunos devem ter o mínimo de
domínio de linguagem gestual, para se comunicar em circunstâncias de
necessidades. Por exemplo se comunicar com um mudo.
A forma de andar e de se posicionar, terá muito a ver com as actividades
cinestésico-corporal. As danças, de diversos estilos. A disciplina de Educação
Física, tem o papel, por meio dela o professor corrigir a postura dos alunos,
principalmente quando se fala de adolescentes, que através do surto de
crescimento, acabam não sabendo como se posicionar correctamente, a fim de
evitar problemas tais como: escoliose, lordose e cifose, como deformações da
coluna vertebral e artrose como dores musculares, vulgares na região cervical e
lombar.
Comenta Restrepo e Flora Davis apud Antunes
Efectivamente a escola convencional ignora o corpo do
aluno, salvo nas aulas de Educação Física, mas nesta ou
naquela actividade intelectual, neste ou naquele desafio
cognitivo, o aluno leva o corpo consigo e, muitas vezes é
a referência que nele busca para reconstruir esquemas
que activam suas memórias e o ajudam a guardar melhor
18
as informações. Trabalhar a inteligência cinestésico-
corporal significa levar para a aula das mais diversas
disciplinas a integração de actividades cinestésicas aos
conteúdos da língua portuguesa ou estrangeira,
matemática, ciências, história, filosofia, geografia e outras
mais. (2006,p.67).
CONCLUSÃO
Assim sendo, chega-se a conclusão a respeito do trabalho científico aqui
apresentado, de modo sucinto, descrevendo sobre o papel do professor no
despertar das inteligências múltiplas na sala de aulas. Pois é uma tarefa difícil, que o
professor tem, primeiro de estimular, mobilizar e preparar o cérebro da criança ou do
aluno, segundo de ensinar a escrever, a contar e pensar de modo correcto, para ser
bem sucedido na vida.
O professor deve saber que não existe uma inteligência geral, que permite o
indivíduo realizar diversas tarefas diferentes e dar soluções a vários problemas que
o afligem. Mas sim conhecer as teorias de inteligência, fundamentalmente a de
Howard Gardener, tendo em conta a sua aplicação prática na sala de aulas.
Tem-se ainda a recordar os dois conceitos usados neste trabalho que são
cultivar e explorar, o que significa que existe crianças que já nascem com boas
predisposições, que o permitem captar, transformar, adaptar e dar soluções aos
problemas sem tantos problemas, estes o professor não deve abandoná-los, mas
sim cultivar cada vez mais. Ao passo que o outro conceito, elucida que existe alunos
ou crianças que nascem com predisposições adormecidas, estes merecem muita
atenção, pelo professor, de modo a acordar as mesmas predisposições, e terem
facilidade, de aprenderem, saberem se adaptar, criar, compreender e resolver
problemas.
Para finalizar, recorda-se que o professor deve, saber trabalhar isto é,
estimular os dois hemisférios do cérebro dos seus alunos, pois que bem
estimulados, chegam a ser mais sucedidos tanto na vida pessoal, social e estudantil.
Antunes
19
O cérebro humano não aprende de uma única maneira e
por esse motivo o professor necessita empregar em todas
as oportunidades a aprendizagem significativa,
eliminando actividades que conduzem a uma
aprendizagem mecânica.
A Aprendizagem significativa é o processo pelo qual
uma nova informação se relaciona de maneira não
arbitrária e substantiva (não-literal) à estrutura cognitiva
do aprendiz. À Aprendizagem significativa, assim, se
contrapõe a Aprendizagem Mecânica ou automática,
quando, nesta última, as novas informações são
adquiridas sem integrar com conceitos relevantes
existentes na estrutura cognitiva (2005,p.15).
20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, C. O lado direito do cérebro e sua exploração em aula. 4ª edição. Rio
de Janeiro: Vozes, 2004.
____________. Como transformar informações em conhecimento. 5ª edição. Rio
de Janeiro: Vozes, 2005.
____________. Inteligências Múltiplas e seus Jogos: Introdução 1. 1ª edição.
Rio de Janeiro: Vozes, 2006.
____________. Inteligências Múltiplas e seus jogos: Inteligência linguística. 2ª
edição. Rio de Janeiro: Vozes, 2007.
____________. Inteligências Múltiplas e seus Jogos: Inteligência ecológica. 1ª
edição. Rio de Janeiro: Vozes, 2006.
____________. Inteligências Múltiplas e seus Jogos: Inteligência sonora. 1ª
edição. Rio de Janeiro: 2006.
____________. Inteligências Múltiplas e seus Jogos: Inteligência cinestésico-
corporal. 2ª edição. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.
BRAGHIROLLI, E. M. et allii. Psicologia Geral. 29ª edição. Rio de Janeiro: Vozes,
2010.
CASTRO, A.N. Introdução às Inteligências Múltiplas. 1ª edição. Rio de Janeiro:
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HERRERO, J.C. Inteligência Emocional: suas capacidades mais humanas. 1ª
edição. São Paulo: Paulus, 2002.
PASQUALI, L. Psicometria: Teoria dos testes na Psicologia e na Educação. 3ª
edição. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.
PERRENOUD, Ph. 10 Novas Competências para Ensinar. 1ª Edição. Porto Alegre:
Artmed, 2008.
ROVAI, E. Competência e Competências: Contribuição crítica ao debate. 2ª
Edição. São Paulo: Cortez, 2010.
Uíge, Angola, 11 de Maio de 2012.
Assinatura
Augusto Ambrósio Bunga
21
Augusto Ambrósio Bunga, trivialmente conhecido por
WILLIAM, de 33 anos, filho de Luís Manuel e de Levo
Josefina, Natural da Damba, Província do Uíge.
É Doutorando em Psicologia Laboral e Organiza-
cional.
Mestre em Psicologia, Saúde, Educação e Qualidade de
Vida.
Licenciado em Ciências da Educação, na opção de
Psicologia.
Autor de quatro obras científicas, escritas ainda não publicadas e 27 artigos
científicos, também ainda não publicados.
Co-tutor de várias monografias no curso de Psicologia e Pedagogia no ISCED/Uíge.
Professor há nove (9) anos nos cursos preparatórios para ingresso no nos ISCEDs e
outras Faculdades e Institutos Superiores Politécnicos do País
É Professor de Língua Inglesa, Empreendedorismo e F.A.I no Instituto Politécnico
Namputo da Damba.
Docente de Introdução às Ciencias Sociais e Humanas no ISPPU – Uíge.
É palestrante de vários temas psicossociais, ligados a vida do adolescente:
delinquência juvenil, precocidade sexual e gravidez na adolescência, casamento e
gravidez precoce, adolescentes e doenças sexualmente transmissíveis, etc.
É Subdiretor Pedagógico do Instituto Politécnico Namputo da Damba.
INTRODUÇÃO ÀS CIENCIAS SOCIAIS E HUMANAS
É uma disciplina que ajuda significativamente, o estudante em compreender a sua
área de formação, como um todo, o seu objectivo bem como o seu objecto social. As
ciências sociais e humanas, estão viradas na dinâmica da sociedade e do próprio
homem. Elas ajudam a apaziguar, o comportamento do homem, a ter em conta a
soberania da sua nação, os limites e a população do seu território nacional, as
culturas existentes, estudar e conhecer o percurso histórico do próprio homem,
controlar a política monetária, sensibilizar as populações na adesão de prevenção
de doenças como atitude positiva e a inter-relação entre indivíduos.
APLICAÇÃO
A Introdução às Ciências Sociais e Humanas, serve para os cursos todos afetos ao
Departamento das ciências sociais e humanas, tais como: Comunicação social
(jornalismo), Psicologia (Criminal, Organizacional, Educacional e Clínica),
Pedagogia, Gestão Recursos Humanos, Gestão e Administração Pública, Gestão e
Administração Empresarial, Ciências Políticas, Relações Internacionais,
Contabilidade, Economia, Direito e Sociologia.

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Psicologia_Inteligência Múltiplas Aplicada à Educação

  • 1. PSICOLOGIA INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS APLICADA À EDUCAÇÃO ARTIGO CIENTIFICO (ACD) 1 O PAPEL DO PROFESSOR NO DESPERTAR DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS AOS ALUNOS NA SALA DE AULAS. POR AUGUSTO AMBRÓSIO BUNGA RESUMO O presente artigo trata de um assunto que vem a despertar interesse a muita gente, as Inteligências Múltiplas. As inteligências múltiplas são uma das mais recentes descobertas em Ciências Psicológicas, por Howard Gardener. Desta feita há razões por se elucidar, não existe uma inteligência única como se previa em testes psicométricos, mas existe múltiplas nas actuais concepções. PALAVRAS-CHAVE: inteligências múltiplas, competências, testes de inteligência.
  • 2. 2 INTRODUÇÃO A abordagem sobre inteligências múltiplas hoje em dia, tornou a mais clara das investigações já feitas no campo de estudo da inteligência. Visto que, sem inteligência, nada o homem pode criar, inovar até mesmo adaptar. A inteligência é um dos maiores potenciais, do funcionamento do cérebro humano. Nesta óptica, ela merece ser estimulada com estratégias próprias, ninguém pode ser desprovido dela, todo o ser humano, tem inteligência, cuja diferença consiste de modo como, desenvolve-la e estimulá-la. Para que nela se possa explorar as competências e habilidades no exercício de um determinado trabalho ou ofício. Será que todo homem é inteligente? O que leva a aprovação de que todo o ser humano é inteligente? Como acreditar nas inteligências múltiplas? Esta s e outras são as mais frequentes das questões sobre a inteligência humana. Confirmadamente que todo o ser humano é inteligente, na medida em que consegue criar, organizar o seu pensamento para poder se expressar, adaptar-se à novas situações, procura dar solução aos problemas etc. Há sim razões para se acreditar nas inteligências múltiplas, em situações tais como alguém que começa o curso de matemática e que é mal sucedido, começando um outro curso, que pode ser de Psicologia e é bem sucedido, até se tornar célebre. Quando a inteligência é bem estimulada, leva ao indivíduo a várias vantagens, vantagens essas podem ser pessoas, sociais e até científicas. Um homem inteligente sempre é bem sucedido, visto que consegue encontrar várias formas, de solucionar os seu problemas através do seu pensamento divergente. Consegue adaptar a várias realidades sociais no tempo e no espaço, através do seu saber, saber-ser e saber-estar. Sabe viver e conviver em sociedade e consigo mesmo, pela sua inteligência interpessoal e intrapessoal. Consegue dar grandes contributos científicos, para solucionar problemas que afligem a humanidade, e muito mais.
  • 3. 3 OBJECTIVOS O artigo em referência tem como objectivos: estudar a inteligência em várias abordagens de acordo com várias definições; distinguir as competências da inteligência; apresentar instrumentos de mensuração do Quociente de Inteligência (QI); ajudar o professor a estimular bem as Inteligências Múltiplas aos alunos na sala de aula; esmiuçar as oito (8) Inteligências Múltiplas propostos por Howard Garden. DESENVOLVIMENTO DIFERENTES ABORDAGENS SOBRE A INTELIGÊNCIA HUMANA São várias abordagens de âmbito científico que tornam o estudo da inteligência uma realidade indubitável. O modo como a inteligência era encarada há mais um (1) século atrás já não é o mesmo modo de hoje. Houve grande viragem de página em ciências psicológicas, pois antes do surgimento de Garden com a sua teoria de inteligências múltiplas ela era encara como algo de modo diferente, pois que era mensurável por meio de escores ou testes de Inteligência. Feliz ou infelizmente, os mesmos testes só valorizava duas perspectivas que são: aptidões Lógico-Matemática e Verbal. Estes por sua vez não são suficientes para se definir alguém como inteligente ou não. Pois que a inteligência é mais do que tudo isso. Rodrigues, Apresenta as principais Teorias da Inteligência humana: Charles Sperman: a inteligência como factor geral (o factor G); L.L. Thurstone: a teoria ou concepção multifactorial da inteligência; Howard Gardener: a teoria das inteligências múltiplas; Sternberg e a teoria triárquica da inteligência; Daniel Goleman: teoria da inteligência emocional (2011,p.145). A inteligência é a capacidade que o indivíduo tem de compreender, assimilar, acomodar e se adaptar com as circunstâncias de vida podendo, criar e contribuir para a resolução das mesmas, no tempo e no espaço. Segundo Castro “ Inteligência origina-se de inter (entre) e legere (escolher), do latim; são inteligentes – os indivíduos que têm a facilidade de compreender o que
  • 4. 4 os cercam e optar pelo que melhor apresentam” (2010,p.9). Tendo em conta a sua definição etimológica do latim, faz entender que ela é «entre e escolher», por quê entre e escolher? É porque, o sujeito escolhe o que fazer na vida e ao fazê-lo, logo está a escolher entre uma ou várias opções. Para Braghirolli, et allii “apesar de terem apresentado definições diferentes de inteligência, todos os psicólogos concordam que ela não é uma questão de “tudo ou nada”, mas uma qualidade que todo mundo possui, em maior ou menor grau (2010, p.146) Todavia, para melhor abordagem da concepção da Inteligência há que se fazer uma divisão sobre como era concebida a inteligência ontem e como é hoje. Com base a esta comparação poder-se-á descobrir mais e esclarecer melhor na actualidade. Em conformidade com Fernandes et allii apud Castro eles definem a inteligência de modo seguinte “é a faculdade que o ser humano tem de compreender, de conhecer, de observar e interpretar, o que está a sua volta; a capacidade de compreender, de perceber clara e finalmente” (2010,p.9). Já na perspectiva de Antunes Inteligência é a faculdade de entender, compreender, conhecer. Inteligência é também juízo, discernimento, capacidade de se adaptar, de conviver. Constitui potencial biopsicológico não especificamente humano, mas que em seres humanos assume dimensão inefável. É uma capacidade para resolver problemas e serve também para criar ideias ou produtos considerados válidos. As criaturas humanas possuem nível elevado de inteligência e por isso são criativas, revelam capacidade de compreender e de inventar e ao acolher uma informação atribuir-lhe significado e produzir respostas pertinentes (2006,p.19). Em outros termos falar da concepção da Inteligência ontem e hoje leva os estúdios da área da inteligência a evocar Howard Gardener. Este estudioso da Inteligência considerar-se-á o marco entre a concepção antiga da inteligência e a nova.
  • 5. 5 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA ANTES DE GARDENER Anteriormente a inteligência era concebida como fruto pleno da hereditariedade, tal como o erro cometido por Sir Francis Galton. Fazendo o estudo da árvore genealógica da sua família e de outras acabou tirando as tais conclusões. Quando realmente a inteligência não é completamente hereditária, mas sim ela surge na interacção com p meio ambiente. Tempos depois em 1904 surgem os Testes de QI com os franceses Binet e Simon, tudo porque, o Alfred Binet tinha sido solicitado pelo Ministério da Edução em França, para avaliar as capacidades intelectuais das crianças em idade escolar, a fim de poder diagnosticar as crianças com dificuldades de aprendizagem ou com capacidades intelectuais baixos. Braghirolli, et allii afirmam que: O problema da mensuração da inteligência foi resolvido adequadamente, pela primeira vez, pelos psicólogos franceses Binet e Simon. Em 1904, estes psicólogos foram encarregados pelo governo francês para auxiliarem a resolver o problema do baixo rendimento escolar, do grande número de reprovações nas escolas primárias francesas. Binet atribuiu o problema ao facto das classes serem heterogéneas, isto é, em uma única classe havia alunos bem-doptados e pouco-doptados intelectualmente. Assim, tornava-se necessário seccionar as crianças pelo grau de intewligência, para formar classes homogéneas (2010,p.148). É deste modo que se encarava a inteligência humana, como algo mensurável através de Testes de QI, isso é um erro fatal que se cometia, na altura, graças que esta ciência é tão dinâmica que se vai desenvolvendo dia após dia. Não queira dizer que os feitos de Gaqlton, Binet, Simon entre outros não tenham sido valorosos, eles são e bastante esta era a cosmo-visão daquele momento, é diferente do momento actual, na ciência é através dos erros e falhas cometidas, que levam a crítica e a crítica leva investigar ao fundo de modo a conseguir descobrir ou apresentar raciocínio convincente à maioria.
  • 6. 6 Segundo Pasquali Alfred Binet e V. Henri (1896), psicólogos franceses, começaram com uma séria crítica a todos estes testes, afirmando que eles: (1) ou eram puramente medidas sensoriais que, embora permitido maior precisão, não tinham relação importante com as funções intelectuais (irrelevância) ou, (2) se eram testes de conteúdo intelectual, estes se dirigiram a habilidades demasiadamente especificas, como puro memorizar, calcular, etc., quando os testes poderiam se orientar para medir funções mais amplas como a memória, imaginação, atenção, compreensão etc. de facto, Binet e Simon (1905) desenvolveram seu famoso teste de 30 itens para cobrir uma gama variada de funções (como julgamento, compreensão e raciocínio ) com o objectivo de avaliar o nível de inteligência de crianças e adultos, através do qual estavam especialmente interessados em detectar o retardo mental. Esta orientação de Binet e Simon em elaborar testes de conteúdo mais cognitivo (e não sensorial) e cobrindo funções mais amplas (não específicas) fez grande sucesso nos anos subsequentes, especialmente nos Estados Unidos com a tradução do seu teste por Terman (1916), inaugurando de vez a era dos testes, inclusive com a introdução do QI, sendo matematicamente representado por: Q.I.=100 (IM/IC) (2009,p.21). Como se não bastasse o estudo da inteligência antes de Gardener, Castro elucida que “A Inteligência, antes do surgimento da Teoria das Inteligências Múltiplas, de Gardener, era considerada como capacidade humana, que se podia mensurar e conferir “escores”, através da aplicação dos testes de QI (=Quoeficiente de Inteligência) (2010,p.9). CONCEPÇÃO DA INTELIGÊNCIA A PARTIR DE TEORIA DE GARDENER Howard Gardener, fez uma viragem no concernente ao estudo e investigação da inteligência, pois que não encarou a inteligência não só numa perspectiva, mas em perspectivas Múltiplas. Ele sentiu-se inconformado com o estudo de Inteligência antes da sua era e dedicou-se bastante no estudo da mesma e a sua aplicabilidade na vida prática.
  • 7. 7 Ele não perspectivou a inteligência num só aspecto. Associou também a inteligência as competência de um indivíduo em várias circunstâncias da vida humana, tais como de convívios social, criação, adaptação e até resolução de problemas da vida. Em consonância com Garden (1994) apud Castro “considera inteligência como um “espectro de competências”. A visão de Gardener nos mostra a inteligência como se fosse um objecto com muitas faces, que podem ser aperfeiçoadas durante a vida. É deste ponto de vista que surge a Teoria das Múltiplas Inteligências” (2010,p.10). Na actualidade é considerado o célebre estudioso e investigador no campo da inteligência com a sua Teorias das Inteligência Múltiplas, sabendo que os Testes de Escore só mediam as aptidões Lógico-matemáticas e aptidões verbais, ele se sentiu inquieto com as competências da convivência humana, queria saber também que habilidades teria o homem de lidar com os outros e consigo mesmo, daí começou com os seus estudos. Afirma Herrero Neste sentido destacam-se as contribuições de H. Gardener, promotor do chamado programa Spectrum cuja função fundamental havia sido a de demonstrar experimentalmente que os até então considerados pontos de referência básicos da inteligência, como a capacidade verbal e aptidão lógico-matemática, não garantiam o êxito em outros desvios humanos fora de um sector do âmbito estritamente académico (2002,p.9). COMPETÊNCIAS E INTELIGÊNCIA Competências são condições psico-físicas que o indivíduo (profissional ou o professor ou ainda mesmo aluno) reúne para realização das suas actividades com perícia. Elas estão ligadas ao: saber, saber-fazer e saber-ser do indivíduo. Segundo Castro “competência é a capacidade para apreciar e resolver um problema ou assunto; pessoa com grande conhecimento, autoridade em um determinado campo de saber” (2010,p.10). Para Rovai
  • 8. 8 Competência como capacidade da pessoa de articular autonomamente os saberes (saber, saber-fazer, saber ser) inerentes a situações concretas de trabalho. É um saber operativo, dinâmico e flexível, capaz de guiar desempenhos num mundo do trabalho em constante mutação e permanente desenvolvimento. (2010,p.70) Como se não bastasse, para este trabalho o autor as classifica em duas grandes categorias tais como cognitivas e técnicas. Competências cognitivas são as capacidades mentais e intelectuais que o indivíduo apresenta no domínio duma determinada área do saber ou seja na área da sua formação. Um indivíduo normal quanto ao seu intelecto, sem perturbações mentais, que possam impedir a realização normal das suas actividades. Ao passo que, as competências técnicas, estão directamente vinculadas às capacidades de realização de actividades práticas que o indivíduo realiza. Segundo Perrenoud, O referencial em que nos inspiramos tenta, pois, aprender o movimento da profissão, insistindo em 10 grandes famílias de competências. Este inventário não é nem definitivo, nem exaustivo. Aliás, nenhum referencial pode garantir uma representação consensual, completa e estável de um ofício ou das competências que ele operacionaliza. Eis as 10 famílias: 1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem.2. Administrar a profissão das aprendizagens.3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação.4. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho.5. Trabalhar em equipe.6. Participar da administração da escola.7. Informar e envolver os pais.8. Utilizar novas tecnologias.9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão.10. Administrar sua própria formação contínua. (2008,p.14). Tal como se abordou anteriormente, a inteligência é a capacidade que o indivíduo tem de compreender, assimilar, acomodar e se adaptar com as circunstâncias de vida podendo, criar e contribuir para a resolução das mesmas, no
  • 9. 9 tempo e no espaço. Em conformidade com Gardener (1994) apud Castro “a inteligência é um talento inerente ao ser humano, que lhe dá as capacidades de solucionar seus problemas em geral; de criar, no seu âmbito de convívio social; de identificar novos problemas e solucioná-los” (2010,p.10). Como sustentar que não existe somente uma única inteligência geral, tendo em conta o que se tem verificado a muita gente, tem talento em jogar futebol ou em artes marciais, outros sendo bons jornalistas, ainda alguns bons matemáticos etc., dificilmente encontramos todas estas aptidões desenvolvidas numa só pessoa. Tudo porque tem a ver com o modo como desenvolve os hemisférios cerebrais através do treinamento ou aprendizagem que o indivíduo realiza. Antunes “Nosso cérebro, portanto, é duplo, tendo cada metade sua maneira de assimilar e processar informações, necessitando portanto receber, sempre que possível, em sala de aula, estímulos específicos” (2005,p.11). O cérebro é considerado a base biológica da psique humana através do Sistema Nervoso que tem o papel de coordenar todas as actividades humana. Ele é constituído de duas massas fundamentais, uma é cinzenta e a outra branca, ele divide-se em dois hemisférios que são: directo e esquerdo, unidos por uma circunvolução contendo quatro lóbulos, que são: parietais, occipitais, temporais e frontais. Em consonância com Castro Estudos contemporâneos revelaram que o cérebro humano está dividido em duas partes – lado directo e lado esquerdo; cada pessoa apresenta um dos lados mais desenvolvido do que outro, originando componentes e habilidades afins para cada um dos lados (2010,p.15) A Inteligência e a Competência são dois conceitos que exprimem capacidades, mas com extensão diferente, pois a inteligência de um modo geral é mais amplo que competência. Por isso, todos podem ser inteligentes ou terem um certo grau de inteligência, mas nem todos podem ter as mesmas competências.
  • 10. 10 A APLICABILIDADE DOS TESTES DE INTELIGÊNCIA OU ESCORE DE Q.I. (QUOCIENTE DE INTELIGÊNCIA). Desde sempre os psicólogos preocuparam-se com o estudo da inteligência humana, para dar respostas a muitas preocupações que inquietam a humanidade, no que concerne a compreensão, adaptação, criatividade e solucionamento de vários problemas de âmbito psicossocial. Para tal, tinha que haver um instrumento de mensuração da mesma, daí desenvolveram vários instrumentos, para a mensuração do Quociente de Inteligência (QI), ora, entre eles os mais usados são os de lápis e papel estes por sua vez apresentaram maior eficácia do que outros. Para estes testes, contam os resultados para determinar o grau de inteligência do indivíduo. Castro França, 1904. Um grupo de psicólogos, tendo à frente Alfred Binet, começa seus estudos para elaborar um instrumento de detecção de alunos com problemas de aprendizagem e iminência de reprovação. O pedido ao grupo foi feito pelo então Ministro da Educação Pública de Paris. O objectivo deste meio ou instrumento de detecção era oferecer um atendimento especial aos alunos com dificuldades cognitivas. Surgem, então, a partir destes estudos e pesquisas, os primeiros testes de inteligência. Estados Unidos - alguns anos após o lançamento dos Testes de Inteligência de Binet. Os testes de inteligência viram uma febre. Através dele acreditava-se que inteligência era algo mensurável por um número o chamado escore de QI. Quanto maior o escore, número de pontos alcançado pelo aluno no teste, mais inteligente e capaz era considerado (2010,p.26). Segundo Braghirolli et allii “foi Terman quem usou, pela primeira vez, o conceito de “quociente intelectual” (QI), atribuí do ao psicólogo alemão Willian Stern. O que foi obtido usando-se a fórmula: QI ” (2010,p.149).
  • 11. 11 Finalmente, consegue se comprovar que a inteligência não é algo uno indivisível, não é algo geral como tudo, é antes encarado como se fosse a referir das diversas faces do diamante. O diamante é uma pedra independentemente do tamanho, tem várias faces que definem o seu todo. É como a inteligência, é normal que até agora muitos a encaram como um todo mas deve-se reconhecer, que é divisível. Quanto a sua divisão, surge marias teorias que retratam da inteligência, todavia a mais considerada e a mais reconhecida é a de Howard Gardener. Quanto a aplicabilidade, os testes de inteligência são aplicados para adultos e para crianças, através dos resultados obtidos se pode classificar os indivíduos em dois (2) grandes grupos: os deficientes mentais (anormais) e os normais. A deficiência mental por sua vez, divide-se em atrasados mentais e superdotados. A inteligência normal é de 90 a 110; abaixo disso é deficiente mental (atrasado mental) e acima disso é deficiente mental (superdotado). Estes no entanto, podem ser colectivas ou individuais. Os testes colectivos são aqueles aplicáveis por lápis e papel. Destacam-se dois tipos fundamentais de testes: de Stanford-Binet e de Wechesler, estes são aplicados de modo colectivo e individual. Obedecendo uma Padronização e Normalização. A padronização tem a ver com a uniformidade na aplicação dos testes. Conforme Pasquali A padronização das condições de aplicação dos testes psicológicos tem como preocupação garantir que a colecta dos dados sobre os sujeitos seja de boa qualidade. De facto, uma má aplicação torna os dados obtidos inválidos, mesmo quando obtidos através de um teste de boa qualidade. A má aplicação não inválida a qualidade, digamos psicométrica, do teste (se ele é um teste válido e preciso, ele continua sendo assim), mas torna o protocolo do sujeito inválido, isto é, os dados obtidos sobre este sujeito não são confiáveis. Assim, uma má aplicação do teste estraga a utilidade do mesmo, pelo mau uso que dele se faz. Então, a padronização das condições de testagem pretende garantir o uso adequado e legítimo dos testes psicológicos. Claro que tal preocupação é relevante e importante somente se o teste
  • 12. 12 ele mesmo for de boa qualidade; uma boa aplicação de um teste inválido não salva nada, os resultados continuam inválidos (2009,p.226). Normalização tem a ver com a uniformização na interpretação dos escores dos testes. Tudo primando numa ética e deontologia profissional, garantindo confiança, confiabilidade e fidedignidade. Pasquali A normalização diz respeito a padrões de como se deve interpretar um escore que o sujeito recebeu num teste. Isto porque escore bruto produzido por um teste necessita ser contextualizado para poder ser interpretado. Obter, por exemplo, 50 pontos num teste de raciocínio verbal e 40 num de personalidade não oferece nenhuma informação. Mesmo se dissermos que ele acertou 80% das questões não diz muito, visto que o teste pode ser fácil (80% então seria pouco) ou difícil (80% então seria muito). Na verdade, qualquer escore deve ser referido a algum padrão ou norma para adquirir sentido. Uma tal norma permite situar o escore de um sujeito, permitido: (1) determinar a posição que sujeito ocupa no traço medido pelo teste que produziu o tal escore e, (2) comparar o escore deste sujeito com o escore de qualquer outro sujeito (2009,p.238). Referindo-se aos seus tipos eles podem ser referem se a dois tipos fundamentais de Alfred Binet e Simon e de Wescheler. ESTRATÉGIAS DE ESTÍMULOS PARA DESENVOLVIMENTO DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS NA SALA DE AULA. Antes porém deve-se reconhecer o eminente trabalho de Gardener, fazendo menção a oito inteligências múltiplas, na vida humana. Para a sua teoria sobre inteligências múltiplas. Segundo Castro “as Inteligências Múltiplas de Gardener são: Inteligência Linguística; Inteligência Lógico-Matemática; Inteligência Espacial; Inteligência Corpo-Cinestésico; Inteligência Musical; Inteligência Interpessoal; Inteligência intrapessoal; Inteligência Naturalista” (2010,p.27). O professor na escola tem o papel de despertar e estimular o bom desenvolvimento das inteligências múltiplas dos seus alunos. Fundamentalmente no
  • 13. 13 ensino primário, é o professor o técnico vocacionado e formado, para preparar o cérebro das crianças ou alunos, saber explorar cada hemisfério. É no ensino primário onde se começa a definir o indivíduo, pois o professor procura ao aluno criar o gosto e a valorização pelas profissões, pela natureza, arte etc. Segundo Castro As Experiencias Estimuladoras ou “Cristalizadoras” compõe, com as Experiências Bloqueadores ou “Paralisadoras”, os dois processos centrais do desenvolvimento das inteligências do indivíduo (2010,p.70). O professor deve estimular a Inteligência Linguística dos alunos, incentivando-os falar, contar histórias, anedotas, factos reais, cantar, escrever e declamar poesia, ler jornais, revistas, consultar dicionários. Criar ao aluno a capacidade de: ler correctamente, falar adequadamente, ouvir bem, escrever etc. Antunes Em sala de aula a actividade pode envolver alunos individualmente e em pequenos grupos e, progressivamente, utilizar-se do recurso para construir história, inclusive pedindo a um grupo, por exemplo, que dê continuidade à história narrada pelo grupo anterior e assim por diante (2007,p.26). Dentre as várias estratégias de estimular a Inteligência Linguística, Antunes, se debruça sobre uma que ele realça a importância, que é o tipo Brainstorming. Uma actividade também muito significativa para o desenvolvimento da inteligência Linguística é, uma vez ou outra, desenvolver-se na sala de aula o “Brainstorming” ou Tempestade ou explosão de ideias” através da qual os alunos são estimulados a produzir uma torrente de pensamentos verbais sobre uma questão proposta, sem a preocupação inicial de proceder uma censura sobre a validade ou não dessas ideias. É evidente que após se anotar todas as ideias, mesmo algumas que parecem ser disparatadas ou malucas, mediadores e alunos vão analisá-las novamente e, com critério seleccionar as mais viáveis. Essa tempestade de ideias pode ser sobre qualquer ângulo do tema que se desenvolve: um título diferente, uma conclusão significativa, ideias para pesquisa, sugestões para um projecto e outras mais (2007,p.78)
  • 14. 14 Nas actividades extra-escolares, o professor leva os seus alunos, a visitarem pomares, e fazerem estudos sobre os mesmos. Ensinar aos seus alunos o valor e a utilidade, das árvores quer de frutos ou não na vida humana. Realçar-lhes sobre o papel do respeito e da importância do meio ecológico, para o bem-estar das pessoas e na redução do aquecimento global. Levar os alunos, os alunos aos jardins zoológicos e parques mais próximos, para que conheçam os distintos animais existentes. Saberem como é o seu processo de locomoção, o seu regime alimentar isto é, distinguir os animais herbívoros, carnívoros ou predadores etc. Todavia, não basta chegarem ao jardim e ver ou conhecer, os animais: voadores, terrestres e aquáticos, árvores: frutíferas e não-frutíferas, aquáticas, terrestres e trepadeiras. Ter a noção do ar que respiramos (oxigenio) provém das plantas e que elas absorvem o que nós expiramos (dióxido de carbono). Saber que a camada do ozono é a que nos protege das incidências dos raios solares e reduzir o aquecimento global. Do ponto de vista de Antunes Existem duas palavras cujo conteúdo necessita ser bem compreendido no trabalho de estímulos às inteligências. Tais palavras são cultivo e exploração. a primeira deve prevalecer nas relações com crianças que apresentam uma elevada inteligência “cultivada”. As práticas de cultivo, no que se referem á intensidade, diferem muito das de exploração, que devem priorizar a relação de adultos com crianças e alunos que apresentam uma ou outra inteligência menos acentuada (2006,p.57). Cada cabeça é uma cabeça, isso quer dizer que todos indivíduos são diferentes um do outro, ninguém é igual ao outro, no ponto de vista das predisposições anátomo-fisiológicos, do cérebro. Pois algumas pessoas já nascem com alguma parte do cérebro bem estimulado e outras menos estimulados. Às que já nascem com uma determinada parte do cérebro bem estimulado, deve-se cultivar e enriquecer cada vez mais do que já é. E aquelas que já nascem com um cérebro preguiçoso, menos cultivado, merece ser explorado, estimulado cada vez e melhor.
  • 15. 15 São várias estratégias, para estimular a Inteligência Ecológica. São no caso de: jogos ligados a ecologia e suas estimulações, fazer desenhos diversificados de animais, plantas, rios, relevos, planícies etc., discussões e debates sobre a realidade ecológica e muito mais. Para o Celso Simbolizam formas excitantes e estimuladores da inteligência ecológica, como excursões, acampamentos, e outras actividades difíceis, ou mesmo paralelamente a estas actividades, desenvolver outras mais simples, como a “descoberta e exploração de um rio”, “a aventura de conhecer uma árvore”, o “desafio de melhor conhecer este ou aquele animal” (2006,p.64). Onde quer que vá, o ser humano sempre está ligado a sons, agradáveis e desagradáveis, ao ouvido humano. Se for a floresta, tem a maior probabilidade de ouvir o som melódico das diferentes aves. Fazendo um lindo coro que até agrada o ouvido humano. De igual modo, as tardinhas ouve-se o ruído das rãs, entre outros bichos. Nas cidades ouvem-se: zumbidos e ruídos de diferentes máquinas tais como, carros, geradores, aviões, buzinas, músicas etc. Mas de tudo isso que se fez menção, realça que o ouvido humano gosta o som que o agrade de forma melódica e harmónica ao ouvido. Neste diapasão, pode-se definir a música como sendo a combinação, de vários sons diferentes de forma harmoniosa e melódica, que agrada o ouvido humano. A música ou mesmo canção, é uma linguagem verbal, que inicialmente é escrita e finalmente é oral. Sendo então uma linguagem é também uma comunicação, permite expandir uma determinada mensagem no tempo e no espaço. O professor do ensino primário deve ensinar as crianças a cantar, diferentes músicas ou canções na escola, de acordo com as notas musicais que possa ensinar. Através das canções se pode narrar histórias sobre uma determinada cultura ou tradição. Antunes
  • 16. 16 A música é uma linguagem tão ou mais rica e expressiva que a linguagem verbal, ainda que possa à primeira vista parecer privilégio de poucos, pois quase todas as pessoas são capazes de se expressar através de palavras, mas não muitos conseguem compor e, dessa forma, “falar” através da música. Mas, se essa evidência parece clara, não é menos verdade que a capacidade de compreensão e de sensibilidade pela música constitui atributo inerente a qualquer pessoa, seja qual for a cultura em que nasceu. Podemos não saber compor, mas é impossível que não sintamos o aflorar de nossas emoções e o acordar de nossas lembranças diante do ritmo de uma música ou diante da sonoridade do canto de um pássaro, do farfalhar das folhas, das águas do córrego que, depressa, se agitam pelos campos ou do estrondo macio das ondas que se quebram na praia (2006,p.17). A música não é algo recente, pois a sua existência remonta milhões de anos, pois que desde os primatas, os nossos ancestrais, sempre se preocuparam em ter um ambiente amena, acompanhado de um som melódico, que alegre ou entristeça o grupo. Ela alegra, quando se refere de um ambiente de festa, as músicas tendem realçar a alegria da festa, esquecer algumas mágoas emocionais etc. Na realidade de Antunes Encontramo-nos intensamente envolvidos pelo som como é um peixe em seu aquário envolvido pela água. Enquanto sentado escrevo, meus ouvidos captam de tempos em tempos o avião que passa, o ruído de rodas correndo pelo asfalto, o som perdido de uma buzina e em meio a eles uma diversidade espantosa de palavras jogadas ao evento, sons musicais que vazam de sala vizinha (2006,p.53). Pode produzir sentimento de tristeza, por outro lado, quando se encontram num ambiente de tristeza, põe exemplo num óbito (desaparecimento físico de um ente querido). Levando neste caso, a pensar profundamente pela ausência do outro, reflectir um pouco mais sobre o fenómeno morte etc. Desta feita, se pode afirmar que a música provoca emoções de alegria e de tristeza, tendo em conta a situação em que estiver a vivenciar no momento. Segundo Antunes
  • 17. 17 Considerando, pois, essa sensibilidade universal pelo ambiente sonoro é possível afirmar que praticamente todos os seres humanos possuem a inteligência sonora em um grau mais ou menos desenvolvido e que pessoas como Mozart, Bach, Schumnn, Liszt, Tchikovsky, Rachmaninov, Debussi Beethoven e muitos outros a apresentavam em graus bem mais acentuados. Ao que tudo indica, essa inteligência é a que mais cedo manifesta-se no ser humano e bebés habituados a ouvir músicas dolentes ainda no ventre materno demonstram identificá-las já em seus primeiros dias de vida. Tal como sucede com a inteligência especial, algumas crianças portadoras de autismo severo conseguem tocar maravilhosamente um instrumento musical, ainda que não possam falar, evidenciando pois a relativa independência de uma inteligência em relação a outras e que certas partes do cérebro localizadas no hemisfério direito desempenham papeis específicos na percepção e na produção da música (2006,p.20). A escola tem o papel de estimular a inteligência sinestésico-corporal, pois que o indivíduo tem várias formas como se expressar. Os alunos devem ter o mínimo de domínio de linguagem gestual, para se comunicar em circunstâncias de necessidades. Por exemplo se comunicar com um mudo. A forma de andar e de se posicionar, terá muito a ver com as actividades cinestésico-corporal. As danças, de diversos estilos. A disciplina de Educação Física, tem o papel, por meio dela o professor corrigir a postura dos alunos, principalmente quando se fala de adolescentes, que através do surto de crescimento, acabam não sabendo como se posicionar correctamente, a fim de evitar problemas tais como: escoliose, lordose e cifose, como deformações da coluna vertebral e artrose como dores musculares, vulgares na região cervical e lombar. Comenta Restrepo e Flora Davis apud Antunes Efectivamente a escola convencional ignora o corpo do aluno, salvo nas aulas de Educação Física, mas nesta ou naquela actividade intelectual, neste ou naquele desafio cognitivo, o aluno leva o corpo consigo e, muitas vezes é a referência que nele busca para reconstruir esquemas que activam suas memórias e o ajudam a guardar melhor
  • 18. 18 as informações. Trabalhar a inteligência cinestésico- corporal significa levar para a aula das mais diversas disciplinas a integração de actividades cinestésicas aos conteúdos da língua portuguesa ou estrangeira, matemática, ciências, história, filosofia, geografia e outras mais. (2006,p.67). CONCLUSÃO Assim sendo, chega-se a conclusão a respeito do trabalho científico aqui apresentado, de modo sucinto, descrevendo sobre o papel do professor no despertar das inteligências múltiplas na sala de aulas. Pois é uma tarefa difícil, que o professor tem, primeiro de estimular, mobilizar e preparar o cérebro da criança ou do aluno, segundo de ensinar a escrever, a contar e pensar de modo correcto, para ser bem sucedido na vida. O professor deve saber que não existe uma inteligência geral, que permite o indivíduo realizar diversas tarefas diferentes e dar soluções a vários problemas que o afligem. Mas sim conhecer as teorias de inteligência, fundamentalmente a de Howard Gardener, tendo em conta a sua aplicação prática na sala de aulas. Tem-se ainda a recordar os dois conceitos usados neste trabalho que são cultivar e explorar, o que significa que existe crianças que já nascem com boas predisposições, que o permitem captar, transformar, adaptar e dar soluções aos problemas sem tantos problemas, estes o professor não deve abandoná-los, mas sim cultivar cada vez mais. Ao passo que o outro conceito, elucida que existe alunos ou crianças que nascem com predisposições adormecidas, estes merecem muita atenção, pelo professor, de modo a acordar as mesmas predisposições, e terem facilidade, de aprenderem, saberem se adaptar, criar, compreender e resolver problemas. Para finalizar, recorda-se que o professor deve, saber trabalhar isto é, estimular os dois hemisférios do cérebro dos seus alunos, pois que bem estimulados, chegam a ser mais sucedidos tanto na vida pessoal, social e estudantil. Antunes
  • 19. 19 O cérebro humano não aprende de uma única maneira e por esse motivo o professor necessita empregar em todas as oportunidades a aprendizagem significativa, eliminando actividades que conduzem a uma aprendizagem mecânica. A Aprendizagem significativa é o processo pelo qual uma nova informação se relaciona de maneira não arbitrária e substantiva (não-literal) à estrutura cognitiva do aprendiz. À Aprendizagem significativa, assim, se contrapõe a Aprendizagem Mecânica ou automática, quando, nesta última, as novas informações são adquiridas sem integrar com conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva (2005,p.15).
  • 20. 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTUNES, C. O lado direito do cérebro e sua exploração em aula. 4ª edição. Rio de Janeiro: Vozes, 2004. ____________. Como transformar informações em conhecimento. 5ª edição. Rio de Janeiro: Vozes, 2005. ____________. Inteligências Múltiplas e seus Jogos: Introdução 1. 1ª edição. Rio de Janeiro: Vozes, 2006. ____________. Inteligências Múltiplas e seus jogos: Inteligência linguística. 2ª edição. Rio de Janeiro: Vozes, 2007. ____________. Inteligências Múltiplas e seus Jogos: Inteligência ecológica. 1ª edição. Rio de Janeiro: Vozes, 2006. ____________. Inteligências Múltiplas e seus Jogos: Inteligência sonora. 1ª edição. Rio de Janeiro: 2006. ____________. Inteligências Múltiplas e seus Jogos: Inteligência cinestésico- corporal. 2ª edição. Rio de Janeiro: Vozes, 2009. BRAGHIROLLI, E. M. et allii. Psicologia Geral. 29ª edição. Rio de Janeiro: Vozes, 2010. CASTRO, A.N. Introdução às Inteligências Múltiplas. 1ª edição. Rio de Janeiro: GPS,2010. HERRERO, J.C. Inteligência Emocional: suas capacidades mais humanas. 1ª edição. São Paulo: Paulus, 2002. PASQUALI, L. Psicometria: Teoria dos testes na Psicologia e na Educação. 3ª edição. Rio de Janeiro: Vozes, 2009. PERRENOUD, Ph. 10 Novas Competências para Ensinar. 1ª Edição. Porto Alegre: Artmed, 2008. ROVAI, E. Competência e Competências: Contribuição crítica ao debate. 2ª Edição. São Paulo: Cortez, 2010. Uíge, Angola, 11 de Maio de 2012. Assinatura Augusto Ambrósio Bunga
  • 21. 21 Augusto Ambrósio Bunga, trivialmente conhecido por WILLIAM, de 33 anos, filho de Luís Manuel e de Levo Josefina, Natural da Damba, Província do Uíge. É Doutorando em Psicologia Laboral e Organiza- cional. Mestre em Psicologia, Saúde, Educação e Qualidade de Vida. Licenciado em Ciências da Educação, na opção de Psicologia. Autor de quatro obras científicas, escritas ainda não publicadas e 27 artigos científicos, também ainda não publicados. Co-tutor de várias monografias no curso de Psicologia e Pedagogia no ISCED/Uíge. Professor há nove (9) anos nos cursos preparatórios para ingresso no nos ISCEDs e outras Faculdades e Institutos Superiores Politécnicos do País É Professor de Língua Inglesa, Empreendedorismo e F.A.I no Instituto Politécnico Namputo da Damba. Docente de Introdução às Ciencias Sociais e Humanas no ISPPU – Uíge. É palestrante de vários temas psicossociais, ligados a vida do adolescente: delinquência juvenil, precocidade sexual e gravidez na adolescência, casamento e gravidez precoce, adolescentes e doenças sexualmente transmissíveis, etc. É Subdiretor Pedagógico do Instituto Politécnico Namputo da Damba. INTRODUÇÃO ÀS CIENCIAS SOCIAIS E HUMANAS É uma disciplina que ajuda significativamente, o estudante em compreender a sua área de formação, como um todo, o seu objectivo bem como o seu objecto social. As ciências sociais e humanas, estão viradas na dinâmica da sociedade e do próprio homem. Elas ajudam a apaziguar, o comportamento do homem, a ter em conta a soberania da sua nação, os limites e a população do seu território nacional, as culturas existentes, estudar e conhecer o percurso histórico do próprio homem, controlar a política monetária, sensibilizar as populações na adesão de prevenção de doenças como atitude positiva e a inter-relação entre indivíduos. APLICAÇÃO A Introdução às Ciências Sociais e Humanas, serve para os cursos todos afetos ao Departamento das ciências sociais e humanas, tais como: Comunicação social (jornalismo), Psicologia (Criminal, Organizacional, Educacional e Clínica), Pedagogia, Gestão Recursos Humanos, Gestão e Administração Pública, Gestão e Administração Empresarial, Ciências Políticas, Relações Internacionais, Contabilidade, Economia, Direito e Sociologia.