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DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO
JAÇANÃ / TREMEMBÉ
Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos
CIEJA Santana/Tucuruvi
Projeto Político Pedagógico
2022
2
ÍNDICE
1. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE .................................................................3
2. PREFÁCIO.......................................................................................................... 4
3. REGIME DE FUNCIONAMENTO ................................................................5
3.1. NÍVEIS DE ENSINO............................................................................................... 7
4. QUADRO DE PROFISSIONAIS DA UNIDADE .................................................9
5. ESPAÇO FÍSICO.................................................................................................. 11
6. NOSSAS CONCEPÇÕES...........................................................................12
7. ESTUDANTES DO CIEJA E SEU PERFIL...................................................... 16
8. EQUIPE DOCENTE E SEU PERFIL: ........................................................ 22
9. A COMUNIDADE NO CIEJA E O CIEJA NA COMUNIDADE...................... 36
10. PLANO DA EQUIPE GESTORA – NOSSAS CONCEPÇÕES .....................36
11. MEDIANDO CONFLITOS................................................................................... 37
12. ANEXOS ................................................................................................................ 39
3
E-mail: ciejasantanatucuruvi@sme.prefeitura.sp.gov.br
Blog: http://ciejasantanatucuruvi.blogspot.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/ciejasantanatucuruvioficial/
CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2022 – CIEJA SANTANA/ TUCURUVI
1. Identificação da Unidade
Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos – CIEJA Santana/Tucuruvi
Diretoria Regional de Educação Jaçanã / Tremembé
Rua Cel. João da Silva Feijó, 34 – Parque do Mandaqui.
CEP: 02422-018
Fone: 2233-2170 / 2233-0025
FORMAS DE CONTATO ON-LINE
DECRETO DE CRIAÇÃO: 38.817 de 16 de Dezembro de 1999.
DECRETO DE FUNCIONAMENTO: 53.676 de 28 de Dezembro de 2012.
Parecer do C.M.E.: 10/2002 de 07/11/2002.
4
2. Prefácio
Projeto Político Pedagógico (PPP) - o que traduz esse nome? Pensamos ser um esforço
coletivo de planejamento e ações concretas para o alcance de metas de aprendizagem e
desenvolvimento que trilharão nosso percurso durante todo o ano de 2022. Muito já
caminhamos e construímos nesse trajeto, porém como escola é movimento e plural, nosso
Projeto necessariamente deve acompanhar essa dinâmica, sendo flexível e cumprindo a sua
função que é dar vida ao que acontece na escola. Ao fazermos referência à Projeto projetamos
aprendizagens, experiências que possam ser significativas e aonde queremos chegar.
Escrever o PPP de forma coletiva é um movimento Político ao considerarmos a escola
como espaço de construção de saberes, formando cidadãos conscientes, que atuam na
sociedade, provocando mudanças, alterando os rumos de nossa história, além de caracterizar
uma ação coletiva.
É também Pedagógico porque nos conduz, trazendo propostas, atividades, projetos
educativos e propositivas pedagógicas contemporâneas que agreguem a aprendizagem.
Por essa razão é tão importante a participação de todos nesse percurso garantindo a
riqueza da pluralidade presente no CIEJA e ao mesmo tempo considerando a singularidade da
nossa realidade.
Tudo isso, revela a identidade do CIEJA Santana/ Tucuruvi, nossas concepções estão
explicitadas no nosso fazer e agir, envolvendo desde o atendimento que se faz na entrada da
escola, aos cartazes informativos espalhados pelos corredores, na relação entre os alunos e
professores, funcionários e equipe gestora, bem como até o trabalho desenvolvido em sala de
aula. Atendendo jovens, adultos e idosos, pessoas com e sem deficiência é uma marca do
trabalho do CIEJA, contemplando as mais diversas histórias de vida e apostando em uma
educação que considera essa diversidade.
O PPP é um documento escrito com a participação de todos, podendo ser repensado a
cada momento do nosso percurso, por isso que é tão importante que ele NÃO SEJA UM
DOCUMENTO ENGESSADO, INFLEXÍVEL.
Por essa razão que foi necessária toda uma reformulação desse documento para alinhar
nossas diretrizes diante de tudo o que vivemos e ainda estamos vivendo em virtude da
pandemia do novo Coronavírus. Mantermos todos em segurança é a nossa maior preocupação,
lidarmos com todas as incertezas, os lutos e restabelecermos a confiança para que o
aprendizado aconteça. Mas acreditamos que a educação se faz junto, na troca, com o outro e
5
isso nos fortalece mutuamente com o intuito de que essas conexões aconteçam e pouco a
pouco, jovens adultose idosos, ocupem novamente seus lugares na EJA, esse espaço que lhes
é de direito.
Convidamos a todos a mergulharem conosco nesse processo, a lerem o nosso PPP e
conhecerem nossas ideias, projetos, concepções que delinearão nosso ano letivo de 2022.
3. Regime de Funcionamento
Para ingressar no CIEJA é necessário realizar um cadastro em nosso blog:
http://ciejasantanatucuruvi.blogspot.com.br/, de qualquer lugar que você esteja e tenha um
acesso à internet ou caso encontre alguma dificuldade, basta nos procurar com
comprovantede escolaridade e comprovante de endereço que os funcionários da secretaria
realizarão o seu cadastro. A secretaria do CIEJA receberá sua inscrição com seus dados e
entrará na lista organizada automaticamente por ordem de recebimento, assim que surgir a
vaga no Módulo e horário de sua escolha, a secretaria da nossa Unidade entrará em contato
para a efetivação da matrícula.
A seguir, montamos um passo a passo para a realização do cadastro:
6
Para aqueles que não têm comprovante de escolaridade, foi pensado em uma Prova
de Classificação, validando como um documento oficial para o seu acesso à escola. Essa
prova foi construída pensando naqueles que estão há muito tempo afastados da escola, mas
que por se tratarem de pessoas com historicidade e grandes vivências, poderão realizá-
la. Dividimos a prova em 2 etapas: um preenchimento de ficha inicial com dados
elementares como nome, telefone, endereço e porque o estudante decidiu retomar seus
estudos; e na sequência, se o candidato realizar de forma tranquila essa etapa, passamos
para a etapa seguinte que compreende situações problema, interpretação de texto,
articulação de informações com ocotidiano e produção textual, envolvendo todas as áreas
do conhecimento.
É importante registrarmos que nossa Prova de Classificação foi construída retratando
a realidade em que vivemos, situações de desigualdades, a luta dos trabalhadores formais e
informais e apresentamos Carolina Maria de Jesus, muitas vezes esquecida em nossa
literatura.
Muitos são os alunos que nos procuram para a realização da Prova de Classificação,
dentre muitas histórias, ressaltamos o exemplo de uma aluna que no momento em que
realizava a prova, teve forte identificação com a história de vida da Carolina Maria de
Jesus, pois a mesma, também para seu sustento, era catadora de lixo. E nas questões
apresentadas, conseguiu realizar com propriedade, uma vez que aproximou os exercícios
de sua realidade. Trazendo sua experiência de vida e profissional para a resolução das
atividades. Além disso, relatou o quanto ela se sentiu representada na escolha do tema da
prova.
Acreditamos que a Prova de Classificação, para muitos, é uma porta de entrada e é
de extrema importância que os alunos se sintam representados e que a prova, não seja
encarada como uma barreira.
O CIEJA Santana/Tucuruvi atende jovens, adultos e idosos, pessoas com e sem
deficiência na modalidade EJA. Somos uma escola regular da Prefeitura de São Paulo
organizada em módulos (etapas) anuais sequenciais e progressivas que compreende o
Ensino Fundamental. Atende maiores de 15 anos de idade, nos períodos diurno e noturno,
em grupos de classe com até 20 (vinte) estudantes, de segunda à sexta-feira no período das
7h15 às 22h30, de fevereiro a dezembro com no mínimo 200 dias letivos de encontros
diários de2h15min, e complementação de carga horária com atividades de efetivo trabalho
7
pedagógico extraclasse.
A seguir trazemos o número de vagas oferecidas e nosso quadro atual:
VAGAS OFERECIDAS 474 VAGAS
NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS 283 ALUNOS
ALUNOS (AS) COM DEFICIÊNCIA 29 ALUNOS
ALUNOS MENORES(AS) 31 ALUNOS
3.1 Níveis de ensino:
Módulo I Modulo II
Compreende o 1o
, 2o
e 3º ano do
Ensino Fundamental.
Compreende o 4o
e 5º ano do
Ensino Fundamental.
Módulo III Módulo IV
Compreende o 6o
e 7o
ano do Ensino
Fundamental II.
Compreende o 8o
. e 9o
. ano do
Ciclo II do Ensino Fundamental.
Os componentes curriculares contemplam as áreas de conhecimento:
 Linguagens e Códigos – (Língua Portuguesa, Inglês)
 Ciências da Natureza e Matemática – (Ciências e Matemática)
 Ciências Humanas – (História e Geografia)
 Informática,
 Arte,
 Educação Física. (vide Matriz Curricular abaixo).
Prefeitura do Município de São Paulo
Secretaria Municipal de Educação
Diretoria Regional de Educação “Jaçanã / Tremembé”
Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos – CIEJA “Santana / Tucuruvi”
Matriz Curricular
Organização Curricular Ciclo I Ciclo II
Total da
Carga
Horária
Base
Nacional
Comum
Áreas do
Conhecimento
Componente
Curricular
Módulo I – Alfabetização Módulo II – Básico
Módulo III –
Complementar
Módulo IV - Final
Em
Classe
h/a
Extra
Classe
Total
de
horas
Em
Classe
h/a
Extra
Classe
Total
de
horas
Em
Classe
h/a
Extra
Classe
Total
de
horas
Em
Classe
h/a
Extra
Classe
Total
de
horas
Matemática Matemática 3 2 150h 3 2 150h 2 2 120h 2 2 120h 540h
Ciências da Natureza Ciências 2 1 90h 2 1 90h 2 1 90h 2 1 90h 360h
Ciências Humanas
História 2
2 180h
2
2 180h
2
2 180h
2
2 180h 720h
Geografia 2 2 2 2
Linguagens e Códigos
Língua
Portuguesa
3
4 300h
3
4 300h
3
4 300h
3
4 300h 1200h
Arte 1 1 1 1
Educação
Física*
2 2 2 2
Total da Base Nacional Comum 15 9 720h 15 9 720h 14 9 690h 14 9 690h 2820h
Parte
Diversificada
Língua Estrangeira
Moderna
Inglês** - - - - - 1 - 30h 1 - 30h 60h
Informática 2 - 60h 2 - 60h 2 - 60h 2 - 60h 240h
Total da Parte Diversificada 2 - 60h 2 - 60h 3 - 90h 3 - 90h 300h
Total da Carga Horária 17 9 26 17 9 26 17 9 26 17 9 26
780h 780h 780h 780h 3.120h
Carga horária total do curso para cada módulo: 780h + 50h (socialização)= 830h x 4 módulos 3.320h
Componentes curriculares tratados de forma interdisciplinar
*Aulas fora do horário de funcionamento do turno
**Desenvolvido integrado à Área de Linguagens e Códigos
Atividades Complementares
Módulos I e II Módulos III e IV
Nº de horas-aula Carga Horária Nº de horas-aula Carga Horária
Itinerários Formativos Informática (Qualificação Profissional) 2 60h 2 60h
Oficinas de Estudos Projetos / Recuperação / Reposição 3 90h 3 90h
Total 5 150h 5 150h
Total Geral – 150h x 4 módulos = 600h
*Atividades optativas de acordo com o Projeto Político-Pedagógico do CIEJA
15
9
4. Quadro de Profissionais do CIEJA
Nome RF Cargo Escolaridade
Valéria Aparecida de Mello 680.855.7 Auxiliar Técnico de
Educação Serviço de
Secretária
Ensino Superior
Ana Amélia Hipolito Reis da
Silva
619.243.2 Auxiliar Técnico de
Educação
Ensino Fundamental
Durval de Andrade Teixeira 725.333.82 Auxiliar Técnico de
Educação
Ensino Médio
Maria José Meschke Costa 715.181.1 Agente escolar Ensino Fundamental
Maria Vitoria P. Cardoso 612.770.3 Agente escolar Ensino Médio
Israel da Silva Ramos 699.204.8 Agente de apoio – Vigia Ensino Fundamental
Rita Maria Nunes 738.133-6 Auxiliar Técnico de
Educação
Ensino Superior
Sueli Cardoso Manoel 557.473.1 Agente Escolar Superior Incompleto
Sueli Vieira Stopa 774.798.5 Auxiliar Técnico de
Educação Serviço de
secretaria
Ensino Superior
Terceirizada Arcolimp
Nome Cargo
Ana Paula Teixeira de Andrade Auxiliar de Serviços Gerais
Roseli de Fátima da Silva Auxiliar de Serviços Gerais
Com o agravamento da pandemia e a necessidade cada vez mais latente da higienização e
segurança dos estudantes, a prefeitura de São Paulo lançou o (P.O.T.) Programa Operação
Trabalho. Destinado à inserção de mães de alunos de escolas públicas e/ou mulheres que fazem
parte da comunidade escolar. Desse modo, desde o ano passado, as POTs contribuem na
realização de atividades voltadas à higiene e segurança dos estudantes, de aferição de temperatura,
higienização de equipamentos e ambientes de uso coletivo, monitorando e sensibilizando quanto aos
meios de prevenção da Covid- 19 no ambiente escolar:
P.O.T. “Mães Guardiãs” (Programa Operação Trabalho)
Nome RG
Keila Nazaré de Menezes Gonçalves 41.219.337-1
Thaís Fernandes Silva 28.293.292-3
Vanessa Aparecida Gouveia 41.650.276-3
10
A seguir trazemos o quadro da Equipe Gestora e Docente da nossa Unidade Educacional:
Equipe Gestora
Nome RF Cargo Escolaridade
Patricia Christiane Hypoliti 779.803.2 Coordenador Geral Especialização
Adriana Aparecida de Araújo 778.999.8 Assistente do Coord. Geral Ensino Superior
Cirley Pinheiro M. Santana 782.603.6 Assistente
Educacional
Pedagógico e Especialização
Viviane Lemos de J. Moreiras 780.836.4 Assistente Pedagógico e
Educional
Mestrado
Nome RF Cargo Escolaridade
Adriana Zenezi
824.978.4
Prof. de Ens. Fund. II e
Médio -História
Ensino Superior
Claudineia Teixeira Santana 845.979.7
Prof. Ens. Fund. II e
Médio –Arte
Ensino Superior
Douglas DubisnkasTakenaka
772.196.0
Prof. de Ens. Fund. II e Médio
–História Ensino Superior
Eduardo Parladore Aliotti 822.004.2
Prof. de Ens. Fund. II e
Médio –
Educação Física
Especialização
Isabel Pecim de Souza 577.249.4 Prof. de Educação Infantil e
Fund. I
Especialização
Luciana Lima Santezi 820.970.7 Prof. de Educação Infantil e
Fund. I
Especialização
Jair Bueno de Araújo 749.106.9 Prof. Ens. Fund. II e Médio –
História e Geografia
Mestrado
João Batista Vitor Neto 752.870.1
Prof. Ens. Fund. II e
Médio –Ciências
Superior
Maria Batista Morais Xavier 730.308.4
Prof. Ens. Fund. II e
Médio –Inglês
Especialização
Marta dos Santos
795.701.7
Prof. de Educação Infantil e
Fund. I
Especialização
Natália Aparecida S. Reis
802.046.9
Prof. Ens. Fund. II e Médio –
Português/ Inglês
Especialização
Patricia Palma Parlangeli
722.852.0
Prof. de Educação Infantil e
Fund. I
Especialização
Ricardo José Pellegrini
808.513.7 Prof. Ens. Fund. II e Médio –
Matemática
Especialização
Valéria Pereira Velosa
750.927.8
Prof. de Ens. Fund. II e
Médio –
Português
Mestrado
Vanderlei de Lima França
668.122.1
Prof. Ens. Fund. II e Médio –
Matemática
Especialização
11
5. Espaço Físico
Piso Térreo
 Secretaria
 02 Salas de aula
 Sala de Recursos Multifuncionais - SRM
 Sala de leitura / Multimídias
 Depósito de Merenda
 Banheiros feminino e masculino
 Cozinha
 Depósito de Materiais diversos
 Cantinhos de Leitura
 Espaço Convivência
Piso Superior
 Sala da Equipe Gestora
 03 Salas de aula
 Sala dos Professores
 Banheiros feminino e masculino discente
 Laboratório de Informática
12
A atriz Bia Seidl fazendo a divulgação da nossa
escola para o chamamento de novos estudantes
6. Nossas Concepções
Foi discutido com os docentes e funcionários qual a situação da sociedade
contemporânea e qual o nosso papel nessa história. Os professores comentaram que
vivemos em um momento de alguns retrocessos e conservadorismos, bem como
intolerância mediante os mais diversos assuntos. Porém, é inegável o quanto todo o
processo histórico de lutas desencadeou em conquistas, um exemplo disso é a participação
da mulher em nossa sociedade. Temos consciência de que a luta ainda não acabou, pois
ainda sofremos com o sexismo (discriminação fundamentada no sexo), violência física e
psicológica ligada à mulher, estereótipos, disparidades no Mercado de Trabalho entre
outros.
Durante nosso debate vários temas foram sendo retomados e os docentes trouxeram
exemplos sobre a questão do acesso e permanência na escola. Há não muito tempo, eram
poucos aqueles que tinham o direito de ingressar na escola e quando conseguiam, eram
engolidos por um sistema de exclusão, hoje o acesso passou pela universalização, mas
ainda assim temos um grande desafio que é a permanência desses estudantes na escola,
evitando a evasão. Isso é uma preocupação para nós do CIEJA Santana/ Tucuruvi,
realizamos levantamentos bimestrais dos alunos que possuem um número elevado de faltas,
os professores pedem para que cada estudante tome ciência de suas faltas e junto com a
coordenação, oferecemos um plano de compensação de ausências no contraturno, bem
como a possibilidade dessas faltas serem compensadas nas mais diversas Oficinas
oferecidas em nossa escola. Quando se
trata de alunos menores de idade, além
desse procedimento, também entramos
em contato com a família, solicitando sua
presença na escola para cientificá-la das
faltas para que juntos, penssemos em
possibilidades para que esse problema
seja sanado.
Com a pandemia realizamos uma
busca ativa aos alunos quase que
diariamente, uma vez que houve uma
evasão considerável. A partir das
13
dificuldades socioeconômicas, muitos estudantes acabaram se ocupando de outras
atividades no horário da aula, principamente na busca de uma renda para suprir suas
necessidades familiares. Para preencher o número de vagas disponíveis, temos feito
divulgação em nossas redes sociais, conseguimos que a atriz Bia Seidl gravasse um vídeo
em nossa escola fazendo o chamamento para a matrícula, entramos em contato com o
sindicato para produzirem folhetos e todos nós, educadores e equipe gestora, faremos
panfletagem em Feiras Livres de bairros próximos à escola, em Supermercados, Fábrica de
Culturas, Ongs, Pastorais, etc.
Ainda sobre nossas concepções, discutimos também sobre as desigualdades
presentes em nossa sociedade e que nem todos têm as mesmas oportunidades, sabemos
que o ponto de largada não é o mesmo e que as classes sociais estão postas em nossa
realidade, na maioria das vezes demarcando lugares. E qual o nosso papel diante disso?
Os docentes trouxeram que temos a responsabilidade de instrumentalizar os nossos
alunos. Pensar em um currículo que seja significativo e possa ser usado tanto em seu dia a
dia, como em sua vida profissional. Sempre se fala que o papel da escola é formar
estudantes críticos e autônomos e nós acreditamos que quando desenvolvemos um trabalho
significativo, damos repertório para que nossos alunos para além de ter informações que
hoje em dia são facilmente encontradas na internet, nos meios de comunicação, e entre
outros, consiga articulá-las com sua realidade, possibilitando mudanças em sua vida
pessoal, em sua comunidade, em sua vida profissional, em sua cidade, em seu país.
Tomando como base a publicação do Currículo da Cidade para a EJA e partir de
seus objetivos essenciais que visam ao desenvolvimento integral dos estudantes, nos
baseamos em seus três conceitos orientadores, são eles: Educação Integral, Equidade e
Educação Inclusiva. Apostamos na aplicabilidade de um currículo inovador e significativo.
Partindo da observação atenta e minuciosa do perfil dos alunos da EJA, das suas
demandas sociais e expectativas de vida, considerando as especificidades de cada área de
conhecimento e a atuação interdisciplinar, os professores podem repensar a importância dos
conteúdos curriculares e a maneira de abordá- los.
Repensar, problematizar, recriar e adequar práticas pedagógicas é uma urgência para
a melhoria da qualidade do ensino no CIEJA, preparando os jovens e adultos para uma
atuação social e política mais autônoma, consciente e cidadã.
14
Com o surgimento da Pandemia, ficaram ainda mais latentes as diferenças e a
necessidade de termos como propósito tais princípios a fim de garantirmos a equidade, a
integralidade e a educação inclusiva em nosso fazer pedagógico. Com um histórico de 2
anos consecutivos de pandemia, de promoções automáticas desconsiderando a
especificidade da EJA, boa parte de nossos estudantes avançaram os Módulos sem o
domínio do conteúdo. Mesmo pensando na Priorização Curricular publicada no último ano,
faz-se necessário um estudo do que de fato é prioritário para nossos estudantes, que fazem
parte desse território.
A Equipe Gestora de maneira coletiva com os docentes da UE, decidimos pela
elaboração de um instrumento de sondagem mais detalhado, para toda a Unidade Escolar,
envolvendo do Módulo 1 ao 4. E a partir dele, pensamos então em uma reorganização das
turmas tomando como base suas reais necessidades com vistas a fazermos um trabalho
mais efetivo e fortalecermos as aprendizagens.
Diante disso, o nosso desafio começou em 2020 e continua nos desafiando
diariamente: por isso, pesquisamos, criamos materiais e atividades constantemente, na
busca de diversas ferramentas para que as atividades tornassem cada vez mais inclusivas,
não somente para os alunos com deficiência, mas para TODOS que apresentassem
dificuldades respeitando os ritmos e estilos de aprendizagens individuais.
O trabalho deste ano será permeado pelos contextos sociais e econômicos que
atravessam o cenário atual. Sendo assim, retomamos a nossa prática da construção
coletiva do Mapa Conceitual que em 2022 tem como tema: “Retratos da Sociedade
Brasileira em Tempos de Pandemia”.
15
A ideia é a de que cada Área do Conhecimento faça suas contribuições sobre os
temas que para, além disso, consigamos desenvolver projetos capazes de promover a
interlocução não só entre as áreas, mas também entre o Fundamental I e o Fundamental II.
O trabalho com a EJA requer um olhar diferenciado, para um público que já passou
por inúmeras situações excludentes, que chegam até o CIEJA com o sentimento de não
pertencimento, somente com um trabalho diário de acolhimento e empatia, esse sentimento
se transforma, estreitando os vínculos e a aprendizagem acontece.
Desse modo, para que possamos garantir o direito e o fortalecimento das
aprendizagens, em um momento tão ímpar da educação, faz-se mais do que necessário
pensarmos em múltiplas linguagenspara o acesso de TODOS.
16
7. Estudantes do CIEJA e seu perfil:
Com o retorno dos estudantes ao Ensino Presencial, realizamos sondagens em todos
os módulos para sentirmos a real necessidade das turmas. E foi a partir dos resultados
desse trabalho que sentimos a necessidade de reorganizarmos as turmas, conforme já
mencionamos. É importante ressaltramos que em todas as turmas temos estudantes com e
sem deficiência com menor e maior idade.
A partir daí, considerando-se as especificidades de cada Área do Conhecimento, os
professores, junto à coordenação, estamos repensando formas mais diversas de abordagens
do currículo, considerando sempre o DUA e/ou as adequações necessárias para que
TODOS possam acessar o currículo de maneira significativa.
Além da reorganização das turmas, pensando no fortalecimento das apredinzagens,
disponibilizamos Oficinas em diversos horários para serem frequentadas no contraturno dos
estudantes, tais oficinas possuem o objetivo de oferecer um embasamento maior a cada um,
tanto nos conhecimentos de leitura e escrita, quanto nos conhecimentos matemáticos,
habilitando-os a acessarem o currículo de forma mais autônoma.
A seguir o quadro do Horário das Oficinas oferecidas pelo CIEJA:
17
HORÁRIO DAS OFICINAS
18
É importante também lembrarmos que dentro dessa diversidade há alunos que
mesmo há muito tempo fora da escola, trazem seus conhecimentos acumulados
conseguindo transpor para a aprendizagem formal. Dessa forma, respeitamos o direito de
que ele dê continuidade aos seus estudos, avançando inclusive de módulo. A partir de um
olhar apurado dos professores, ou até mesmo pela manifestação do próprio estudante,
oferecemos uma Prova de Reclassificação. Essa prova é construída com o conteúdo anual,
compreendendo todas as áreas do conhecimento, do Módulo em que ele está cursando. Há
questões de múltipla escolha, questões dissertativas e produção textual. Após correção e
análise da Comissão de Reclassificação, a partir de critérios pré-estabelecidos o estudante é
considerado Reclassificado para o próximo Módulo ou Não Reclassificado, permanecendo
assim no Módulo em que se encontra.
Uma característica marcante na modalidade CIEJA é o atendimento aos estudantes
com as mais diversas deficiências, atualmente temos 29 alunos matriculados e a presença
da Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) e de um olhar apurado da Professora de
Atendimento Educacional Especializado (PAEE) é primordial para uma educação inclusiva
de qualidade.
Notamos então que há uma iminente procura das famílias tanto de jovens, ainda
menores de idade, como também tem crescido o número de matrículas das pessoas com
deficiência. Pensando em cada vez mais oferecer um trabalho de qualidade para todos, após
a efetivação da matrícula, os responsáveis e os estudantes, passam por uma conversa com
a coordenação pedagógica do CIEJA. Esse momento é de fundamental importância para
conhecermos um pouco da história desse aluno, obtermos informações sobre suas
especificidades, assim como também passarmos informações do funcionamento de nossa
escola e tirarmos possíveis dúvidas.
No caso específico de alunos com deficiência, a fim de que proporcionemos um
melhor acolhimento, a partir dessa conversa, a coordenação acorda com a família alguns
dias para o seu início, para que seja passado à equipe CIEJA que receberemos um novo
estudante e todos se prepararem para sua chegada.
Nesse período de pandemia, orientamos as famílias quanto aos procedimentos
adotados pela U.E. e como os protocolos devem ser seguidos.
Dando continuidade ao atendimento realizado no CIEJA, a PAEE (Professora de
Atendimento Educacional Especializado) Patrícia Parlangeli já iniciou o trabalho de
Sondagens de Aprendizagem para mapear as habilidades e dificuldades de cada aluno,
que caracteriza público para o AEE (Atendimento Educacional Especializado). Como o de
19
costume, a ideia é de que posteriormente as sondagens sejam projetadas para a Equipe
Docente e Gestora e de forma colaborativa pensando nas formas de atendimento desses
alunos, bem como as necessidades pedagógicas, e de que maneira podemos favorecer um
processo de equidade diante da aprendizagem.
Contemplamos outra ação com a escuta das famílias dos alunos com deficiência,
através das Anamneses, possibilitando ampliar o olhar, sobre o cotidiano dos alunos, bem
como pensar em possíveis intervenções pedagógicas que favoreçam o acesso ao currículo e
como essas ações possam reverberar no cotidiano da sala de aula.
Ainda pensando em um trabalho inclusivo, a PAEE vem desenvolvendo o Trabalho
Colaborativo nas turmas do período da manhã, para conhecer os novos alunos, observar as
necessidades pedagógicas e evidenciar as potencialidades de cada aluno. Concomitante a
isso está montando os horários de Articulação com os professores da sala regular, em
parceria com as coordenadoras pedagógicas.
É importante mencionarmos que a Articulação com os professores da Sala
Regular, em parceria da PAEE com as coordenadoras Pedagógicas (Viviane e Cirley) se
mantém, possibilitando momentos de reflexão e construção de forma colaborativa das
atividades adequadas, pois se constituem em possibilidades educacionais de atuar frente às
dificuldades de aprendizagem dos alunos. Pressupõe que se realize a adequação do
currículo regular, quando necessário, para torná-lo apropriado às peculiaridades dos alunos
com deficiência, prevalecendo um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação, para
que atenda realmente a todos os educandos.
O material construído pela professora do AEE em elaborar portfólios individuais
dos alunos com deficiência, como instrumento de consulta e para registrar os avanços dos
mesmos diante do processo de aprendizagem, sendo composto por: Ficha de matrícula na
SRM, laudo médico, anamnese, sondagem de aprendizagem, registros, PDIs e
encaminhamentos, são um forte aliado para os planejamentos de aulas dos educadores,
bem como pensarmos em um trabalho cada vez mais inclusivo e que atenda as
especificidades dos nossos educandos.
Temos como meta a formação de uma rede de apoio que envolva profissionais das
áreas de Saúde, Assistência Social e Trabalho, sempre que necessário, para o
desenvolvimento e progresso do aluno. Exemplo: CEFAI, DICEU, UBS, Emprego Apoiado,
APD (Acompanhamento da Pessoa com Deficiência) etc., com isso favorecer atitudes pró-
ativas das famílias com o intuito de participação no processo educativo e também buscando
recursos na comunidade.
20
21
Temos recebido homens e mulheres trans do Centro de Acolhida João Nery e do
Centro de Acolhida Casa Florescer II. A Coordenadora Pedagógica Viviane entrou em
contato com os dois centros de acolhida para conhecer um pouco mais sobre o trabalho
desenvolvido e estabelecer
parcerias para futuras matrículas.
Como mencionamos, as
concepções estão por toda parte,
atravessam nosso currículo,
nossas discussões e até as
paredes da escola. Com 2 anos
de pandemia, com os nossos
rostos encobertos pelas máscaras
de proteção, nos demos conta de que muito estudantes não nos conheciam sem a máscara.
Era necessário nos apresentarmos pra eles, nos mostrarmos de cara limpa. Montamos um
mural interativo com a seguinte frase: “Conheça a gente por trás da máscara!” – Equipe
CIEJA interligada em rede.
O mural consistiu em fotos de toda a Equipe de Educadores, Funcionários e Equipe
Gestora na frente de máscara e os estudantes poderiam levantar a foto, devidamente
plastificada para mantermos os protocolos de higiene, e embaixo havia a nossa imagem sem
a máscara, como de fato somos.
Houve bastante interação com as nossas fotos, os estudantes teceram comentários
de que não nos conheciam e de que faziam uma imagem completamente diferente do que
de fato realmente somos.
22
Para comemorarmos a Semana da Mulher, também trouxemos por meio de outros murais:
Mulheres Negras que marcaram a história do Brasil. E o porquê da escolha? Porque é fundante
que a escola seja espaço de visibilidade e protagonismo aos povos negros, indígenas e migrantes.
Pensar que todos nós educadores temos o compromisso com uma Educação antirracista, inclusiva e
equitativa é abordarmos essas temáticas o ano inteiro. E como se faz necessário falarmos a respeito,
até mesmo para derrubarmos falas cristalizadas, embasadas no racismo estrutural de que há o
racismo reverso.
8. Equipe docente e seu perfil:
Acreditamos que ao conhecer com quem trabalhamos, estreitamos os vínculos,
ampliamos as possibilidades e fortalecemos o trabalho coletivo. Por essa razão saber um
pouco mais sobre os educadores da nossa unidade, como escolheram a profissão, quais
fatores atravessam suas trajetórias é enriquecedor para as relações interpessoais.
Fazendo um levantamento da experiência do grupo na docência, temos uma maior
parcela de 64,3% atuando há mais de 15 anos, assim como também temos outra
porcentagem do grupo que atua há menos tempo. Esse fator é importante porque é nas
diferenças que crescemos e aprendemos. As trocas de experiências, compartilhamento de
23
saberes, enriquecem ambos os lados, as parcerias se materializam e todos saem
ganhando.
Perguntamos também desse tempo de docência, quantos anos são dedicados a
Educação de Jovens e Adultos e percebemos que a maior parte vem se dedicando a essa
modalidade tão singular da Educação. Estar na EJA é ter a ciência de que somos diversos,
é olhar para cada um e para todos, é buscar caminhos de aprendizagem que atenda a
todos de forma integral, inclusiva e equânime.
No cotidiano profissional, os maiores desafios encontrados pelos professores são a
diversidade na sala de aula, 78,6%, revelam que os desafios referem-se à realidade
peculiar do CIEJA, que recebe tanto alunos jovens, egressos do ensino regular, quanto
trabalhadores, idosos e pessoas com deficiência. Assim como, 57,1% aponta que o trabalho
com os PCDs ainda é um desafio. Antes da pandemia, tínhamos o apoio de 3 estagiárias,
desde o ano passado que voltamos para as aulas presenciais, não tivemos mais esse
recurso. O suporte dado pelas estagiárias auxilia o nosso trabalho e qualifica a nossa parte
pedagógica. O trabalho com os PCDs, em boa parte dos casos demanda um trabalho
individualizado e que geralmente é feito tête à tête.
24
Neste ano, recebemos na mesma sala de módulo 1, alunos PCDs com as mais
diversas deficiências, entre elas o autismo, deficiência intelectual, além de doenças mentais
como a esquisofrenia, etc. As demandas são as mais peculiares e isso reverbera em todo o
trabalho realizado na escola. A PAEE, por exemplo, acaba dedicando-se a um dos alunos
que possui um cuidado ainda maior, esse fato, inviabiliza o atendimento dos demais.
Lembrando que em nossa escola não há só esses estudantes com deficiência, mas em
todas as salas e que neste momento estão sem a garantia desse direito. Exemplificando
ainda mais, as demandas são tão intensas que na mesma sala de aula necessita do
atendimento da professora, da PAEE, da coordenadora e da diretora.
Para, além disso, o professor precisa pensar nas diferentes necessidades
educacionais dos estudantes e preparar adequações de atividades que garantam o acesso
ao currículo de forma equânime e significativa. Deste modo, com vistas a um processo
avaliativo capaz de abarcar os múltiplos estilos cognitivos presentes em nossa realidade
escolar, a grande maioria dos professores prioriza aspectos relacionados ao dia a dia da
sala de aula com relação às práticas pedagógicas, como debates, exercícios e a própria
participação dos estudantes.
Diante de tanta diversidade, todos os recursos se fazem importantes na contribuição
da prática pedagógica. A troca de experiência entre os colegas é de suma importância,
assim como também o acesso aos materiais pedagógicos. Os educadores também
apontaram que os recursos tecnológicos são importantes nesse processo. Porém, não
podemos deixar de mencionar que recebemos equipamentos há mais de 1 ano e que os
mesmos estão estocados em nosso laboratório de informática sem a devida instalação.
25
100% do grupo acredita que a troca de experiências entre os colegas é fator
prepoderante que contribui para a sua prática pedagógica. A interlocução entre os pares é
sempre algo almejado, uma vez que a interdisciplinaridade só enriquece o trabalho.
Recentemente tivemos uma experiência concreta desse trabalho, onde a professora
Luciana Santezi do Fund. I estava tratando de temas relevantes como a potencialidade das
mulheres, a discussão estava tão intensa que o professor Jair Bueno, de Ciências
Humanas do Fundamental II teve a curiosidade de acompanhar de perto sua aula, e o
envolvimento dos estudantes no tema da aula lhe causou encantamento, uma vez que a
professora efetivava o trabalho de alfabetização trazendo temáticas do universo adulto,
com profundidade, questionamentos e causando reflexões no grupo.
Tivemos recentemente um trabalho que começou tímido na sala de aula e
extrapolou as paredes que foi o de instrumentalizar os estudantes na participação política.
A demanda surgiu a partir dos interesses da turma do Módulo 2A, aonde chegaram a
conclusão de que a população além de se sentir corresponsável pelo lugar que habita, há
de cobrar as autoridades para que ofereçam a todos melhores condições de vida, de
saneamento básico, moradia, etc. Com isso, a professora mostrou que há caminhos
possíveis de acompanharmos o trabalho dos nossos governantes e para além disso, é
possível estabelecermos uma participação ativa, seja pelas plataformas on-line,
participando de assembléias, cobrando o que fora prometido. Mas para isso, antes de tudo,
é preciso enteder os mecanismos políticos, compreender quais as ações dos poderes
executivo, legislativo e judiciário.
Com isso o trabalho foi crescendo, tomando corpo e acabou com a presença de um
dos representantes do legislativo para uma conversa com a turma e toda a escola.
Deixamos claro de que a presença do representante não era uma manifestação partidária,
mas sim um movimento de ação democrática em nossa sociedade. A fala do representante
26
também tomou a mesma linha, de forma consciente, trouxe informações sem qualquer
compromentimento partidário. Os estudantes tiraram suas dúvidas, expuseram suas
opiniões e conheceram na prática como é possível a participação na política do nosso país.
Toda essa abordagem se faz necessária sempre, mas este ano eleitoral ela é ainda
mais importante. Realizar um trabalho efetivo com os estudantes de conscientização e a
participação efetiva na política é também o nosso papel. O voto é uma decisão importante
a ser tomada e a escolha de cada um reverbera em toda a sociedade. Desse modo,
promover debates, discussões e aprofundamentos teóricos, faz parte do nosso
planejamento.
27
Outros momentos têm ocorrido nesse sentido de compartilhamento de saberes
enriquecendo o trabalho pedagógico, aulões com os professores de diferentes áreas
contribui para uma aprendizagem mais completa.
A formação também se faz importante em nossa rotina, uma vez que ela nos
provoca levando-nos a reflexões a respeito de nossa prática.
As referências teóricas formam uma base relevante a ser considerada, porém, uma
boa vivência, respaldada por elas, faz com que a prática seja questionada, provoca
fissuras nos paradigmas construídos ao longo do tempo no cotidiano escolar, e quando
aplicada de maneira natural e até com um aspecto lúdico, se obtem resultados
significativos, foi o que ocorreu em um horário coletivo com nossos docentes, eles foram
convidados a sentarem-se um atrás do outro e a Coordenadora Viviane iniciou a JEIF
perguntando a todos: “O que é Linguagem pra Você?” “O momento histórico influencia em
nossa linguagem?” Surgiram alguns tímidos comentários a respeito, na sequência a
coordenação exibiu um vídeo da Rita Von Hunty que traz questões sobre o uso de uma
Linguagem Neutra:
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WAzsxxMMlIM – acesso em 09/03/22.
Iniciamos a discussão sobre Linguagem Neutra, e percebemos que sempre os
mesmos se expressavam. Em seguida, foram convidados a mudar de sala e dessa vez
dispostos em círculo passaram a se posicionar sobre o mesmo assunto. A mudança da
disposição das carteiras coloca todos em pé de igualdade, promovendo uma integração
maior entre os estudantes. Pensamos na roda de conversa como um momento de inclusão
onde o olhar para os colegas incentiva o diálogo e é um exercício de olhar compartilhado.
28
Com essa dinâmica da coordenação muitos que não haviam se posicionado no primeiro
momento da reunião, dessa vez se sentiu mais confiante para expor suas ideias, muitos
foram os comentários e mencionaram sobre a diferença de expressar-se nesse formato,
uma vez que dialoga com o olhar do colega e não com a sua nuca. Atividades assim fazem
com que as teorias sejam efetivadas pela prática. A intenção é que novos “layouts” das
salas, propiciem ainda mais um diálogo aberto e participativo entre todos!
Seguindo sugestões do grupo para aprimorar a nossa formação, pensamos em
atividades tanto internas quanto externas, um exemplo disso foi a nossa primeira Reunião
Pedagógica de 2022 realizada no Instituto Moreira Salles (IMS), visitamos a exposição de
“Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros”. E por que Carolina? Porque
Carolina traz uma trajetória, muitas vezes, parecida com o público da EJA, porque
representa a força de uma
mullher, negra e favelada.
Conhecer mais profundamente
sua trajetória também nos
enriquece e traz elementos
mais fortes no trabalho com os
estudantes. A exposição é
dedicada à trajetória e à produção literária da autora e tem como objetivo apresentar sua
produção autoral que inclui a publicação, em vida, de suas obras. Além de destacar suas
incursões como compositora, cantora e artista circense.
Saídas Pedagógicas enriquecem tanto a nós educadores quanto aos estudantes,
por essa razão temos a intencionalidade de realizarmos saídas durante o ano, porque a
Reunião Pedagógica realizada no IMS
Exposição Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para os brasileiros.
29
aula ocorre dentro e fora da escola. Temos uma cidade educadora que nos oferece
múltiplas possibilidades de aprendizado.
Alguns momentos da nossa Reunião Pedagógica
30
Eliseu e seu filho Lucas
Temos também a ideia de realizarmos visitas ao Memorial da Inclusão (formação para
equipe, professores e estudantes), ArboreSer, Recanto Nossa Senhora de Lourdes, Sagrado
Coração de Jesus, Pinacoteca, MASP, teatros,
Caixa Cultural, SESC, Núcleo do Engordador,
Horto Florestal, Museu Catavento, Museu da
Língua Portuguesa, Museu do Ipiranga, Museu
de Zoologia, Museu AfroBrasil, Instituto
Laramara, Memorial da América Latina, Itaú
Cultural que possam contribuir com nossos
estudos. Além de entrarmos em contato com
formadores ligados a questões do idoso e
adolescente, pessoas com deficiência,
LGBTQIA+ que possam enriquecer a nossa
formação e o aprendizado dos estudantes.
A ideia de trazermos formadores para o
debate é uma ferramenta pedagógica importante. Temos recebido em nossa escola um
número expressivo de autistas, desse modo, convidamos para uma formação no próximo dia
04 de Abril em nosso horário do PEA o Sr. Eliseu Acácio e como ele mesmo traz: “Sou pai do
Lucas que é Autista em tempo integral”.
O Sr. Eliseu é um homem simples, engajado e que luta dia a dia por seu filho Lucas... e
diz:
Conscientizar a sociedade sobre o autismo não significa que vamos mudar os hábitos das
pessoas no meio social para o bem estar total das pessoas autistas.
Ainda que muitos pais de autistas pensem dessa forma e acham que assim seria o ideal, não
vai acontecer.
As festas vão continuar a ter som alto. O trânsito não vai deixar de ser barulhento. A
aglomeração de pessoas em grandes massas humanas sempre vai existir. As milhares de
luzes multicores nos clubes, no comércio e nos parques de diversões não serão eliminadas.
Essas e diversas outras coisas que, muitas vezes, irritam e desestabiliza as pessoas autistas,
não vão deixar de ser ou acontecer.
A inclusão social das pessoas autistas não é tão simples, passa por contrariedades e
frustrações de desejos, de mudanças... O dever da sociedade é respeitar as pessoas autistas
nas suas características, não de renunciar a maioria de seus costumes e comportamentos na
convivência social.
31
O desafio da inclusão está na interação das pessoas autistas com pessoas não autistas e na
capacidade de superar contrariedades nos ambientes e espaços públicos, suportar as coisas
que eles não gostam sem crises não é fácil, mas também não é impossível.
(Eliseu Acácio - Março/2022.)
A formação continuada se dá em todo momento no CIEJA, em Setembro de 2021
tivemos mais uma Semana de Educação Inclusiva, considerando uma abordagem integral
da inclusão.
Faz parte do senso comum considerar que Inclusão seja apenas um assunto que
envolva simplesmente o atendimento à Pessoas com Deficiência, porém, ao pensar sobre
as vulnerabildades econômica, social, e até mesmo física dos estudantes do CIEJA, além
de tomarmos as concepções do Currículo da Cidade, temos a consciência de que ao
trabalhar essa temática, não se deve restringir a abordagem a uma única faceta desse tão
relevante tema.
Podemos ver claramente os efeitos perversos da exclusão na vida da Pessoa com
deficiência, e em grande parte das vezes, isso não restringe somente a esse grupo, a
exclusão e suas consequências, atinge também o negro, o pobre, o gay, e em alguns
casos, essas questões atingem as pessoas de maneira duplicada, o que faz com que os
esforços para lidar com as barreiras por elas impostas, exijam dos estudantes ainda muito
mais recursos.
Pensando nisso, na Semana Inclusiva do CIEJA Santana/Tucuruvi, convidamos
pessoas que pudéssem trazer aos nossos estudantes, uma perspectiva positiva de
maneiras pelas quais, se é possível encontrar caminhos e desenvolver habilidades, que
possivelmente trarão oportunidades para auxiliá-los na difícil tarefa de transpor as barreiras
da exclusão.
Convidamos ex-alunos que em suas jornadas,
enfrentaram dificuldades e barreiras gigantescas, e
ao lidar com elas, auxiliados pelo conhecimento e as
ferramentas que a vida escolar lhes proporcionou,
obtiveram resultados mais positivos.
Convidamos Tatiane Nuevo Rios, uma
estudante singular, que trouxe sua história repleta de
elementos comuns a maioria dos discentes que a
Tatiana Nuevo, ex-aluna do CIEJA
32
ouviam, situações que a impediram de conhecer uma escola antes dos 30 anos de idade,
mas, isso não fez com que ela desistisse do sonho de lecionar, sofreu violência doméstica,
humilhação e descaso por parte de segmentos da sociedade, mesmo assim persistiu na
busca de seu sonho, e por meio dos efeitos da escola na sua realidade, conseguiu
transpor as barreiras que encontrava, e hoje, trabalha como estagiária na Rede Municipal
de Ensino. Sua fala foi extremamente potente, muitas mulheres se reconheceram no que
ouviam, e os comentários foram muito significativos.
Convidamos também Ronaldo Vitor da Silva, estudante usuário de cadeira de rodas
que embora tivesse todos os motivos possíveis para se acomodar aos limites impostos por
sua condição física, optou por lutar, perseguir seus direitos e seguir estudando mesmo
quando encontrou pela frente um grande desafio, ele foi aprovado em um processo seletivo
de uma escola de Ensino Médio muito concorrido, mas distante de sua casa, mesmo
asssim, ele não desistiu e veio nos contar como superou essa e muitas outras barreiras
que a vida lhe impôs.
Ronaldo trouxe também uma fala muito potente, exemplificando com sua trajetória o
que havia sido transformado com os efeitos da escola em sua vida. Pediu para que todos
ao considerarem a possibilidade de desistir da escola se lembrassem dele e se
motivassem a continuar.
Ronaldo Vitor da Silva – ex-aluno, usuário de cadeira de rodas
33
Ainda dentro da ideia de ampliar as perspectivas dos estudantes do CIEJA
Santana/Tucuruvi, nos foi sugerido por
uma aluna a apresentação de um
músico profissional que tocava
saxofone, o rapaz trouxe seu
depoimento a cerca de sua relação
ruim com a escola e a matemática, e
que após encontrar na música um
prazer imenso, passou a compreender
a necessidade e a aplicabilidade da
matemática. O rapaz tocou muitas
músicas, com um repertório mais voltado para música erudita, e de muito bom gosto,
alcançou todos com suas notas elegantemente tocadas em seu instrumento musical.
Para concluir a Semana Inclusiva, tivemos também uma apresentação com
fantoches apresentado pelas professoras Claudineia Teixeira, Patricia Parlangeli e Natalia
Reis, as professoras desenvolveram uma história de ficção onde o cenário de fundo era um
ambiente escolar, as falas dos persongens se davam no sentido de haver colaboração
entre os colegas de sala para ajudarem uma aluna com estado de depressão.
Foram dias memoráveis, dar voz aos ex-alunos fez da Semana Inclusiva um evento
importante para estudantes e toda a Equipe CIEJA.
Profas. Claudineia, Natália
e Patrícia
Estudantes com deficiência e
envolvidos com a dinâmica
34
Neste ano, também queremos promover uma Semana de Educação Inclsuva que seja
enriquecedora para todos, que nos ensine, emocione, nos alegre!
No tocante a formação, temos também um trabalho ativo e direcionado pela CIPA
(Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) tanto para a formação de professores e
funcionários no Horário Coletivo, como também de alunos durante as aulas trazendo
informações relevantes quanto à prevenção de doenças, pandemais, epidemias, cuidados
necessários com a saúde e bem estar, e os procedimentos de Primeiros Socorros (em anexo
encontra-se o Manual de Normas e Procedimentos da SME, pág. 446 a 451). Neste
momento de pandemia, os cuidados com o Protocolo de Saúde e o cumprimento do mesmo,
é uma responsabilidade de todos e a CIPA também tem uma forte participação nessa
direção.
Ainda sobre o perfil dos professores, o grupo é formato majoritariamente por pessoas
de formação de nível superior, além disso, 71,4% possuem especialização em diversas
áreas, ainda temos 21% que possuem mestrado. Esse dado é revelador do perfil de toda a
equipe, são pessoas comprometidas com as demandas da educação, vivem uma busca
constante de referenciais teóricos que possam respaldar a prática pedagógica se faz
necessário ainda dizer, que praticamente 86% do grupo investiu em seu capital cultural
realizando vários cursos nos últimos anos, o que configura o como um grupo que age e
interage com os estudantes de maneira a impactá-los por estarem subsidiados e
respaldados constantemente por referencial teórico de boa qualidade.
35
Visto que os desafios para a realização do trabalho são grandes e frequentes, como
por exemplo: elevado índice de evasão escolar, presença de faixas etárias distintas, alunos
com deficiência, alunos que cumprem medidas socioeducativas, dificuldades de
aprendizagem como também alunos que trazem uma riqueza em suas vivências, faz-se
necessário o investimento permanente em nossa formação.
Discutimos com frequência sobre as demandas do ponto de vista legal, e os
educadores entendem que os espaços de discussão coletiva (JEIF), são prioritariamente
destinados à busca de maiores e melhores conhecimentos da área da Educação, bem como
temas relacionados à legislação. Por causa dessa formação permanente e engajada, 85,7%
sentem-se confortáveis para discutir temas sobre Direitos Humanos e Violência, 28,6% para
discutirem temas ligados às questões de gênero, História e Cultura Afro-brasileira, História e
Cultura Indígena, ou seja, boa parte dos professores tem embasamento teórico para discutir
diferentes temáticas em sala de aula. Além disso, esses temas, também têm sido abordados
pela Formação da Cidade.
36
9. A comunidade no CIEJA e o CIEJA na comunidade:
Quando falamos da relação da comunidade com a escola, é importante que
tenhamos troca, parcerias, trabalho em conjunto.
Neste sentido, as parcerias realizadas com a comunidade têm como meta, oferecer
novas perspectivas, transformando o espaço escolar em espaço de convívio, por meio das
relações extramuros, exemplificando, o que acontece na escola tem que refletir na
comunidade e vice-versa. Essas relações devem ser alimentadas a fim de que nossos
alunos tenham acesso aos mais diversos espaços, havendo assim um sentimento de
pertencimento tanto por parte dos alunos como da comunidade em relação à escola.
Quando pensamos o CIEJA na comunidade e a comunidade no CIEJA, é trazer a
comunidade pra dentro da escola, é também pensar em ações que promovam essa
transformação do entorno, é possibilitar sua participação. Por essa razão, desde 2017
vimosnum movimento de realizarmos o Conselho de Classe Participativo o qual requer
escuta, mas como diz Paulo Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia (1997), trata-se de
uma escuta para além da capacidade auditiva, para nós do CIEJA, há de se ter uma
escuta sensível, uma escuta atenta, para que não corramos o risco de cairmos na armadilha
de dizer que escutamos sem ouvirmos.
10. Plano da Equipe Gestora – Nossas Concepções
Temos por concepção e prática, que as relações desenvolvidas no dia a dia da escola
devam primar pelo respeito, pela dialogicidade, envolvendo toda a comunidade escolar
integrada a esse processo. Viver uma gestão democrática pressupõe espaço de escuta
atenta e fala pontual, que dividi com todos a corresponsabilidade das ações que regem o
funcionamento da Unidade Educacional. Nesse sentido, nossa identidade vai tomando
corpo, delineando assim uma gestão democrática.
Compreendemos que estar no CIEJA pressupõe o convívio com a multiplicidade de
historicidades que envolvem estudantes, corpo docente e todos os funcionários que desse
universo fazem parte. Desse modo, abarcamos as diferenças sociais, étnicas, culturais,
religiosas e de gênero. Tendo em vista o explicitado acima, as ações que evidenciam um
trabalho coletivo e humanista é o de propiciar um ambiente acolhedor para todos aqueles
37
que trabalham e que estudam em nossa escola. É também promovermos momentos de
participação em Conselhos do CIEJA, Conselhos de Classe Participativo, Reunião de Pais e
espaço aberto para sugestões e ou críticas com vistas a melhorarmos o nosso trabalho,
Reuniões regulares com funcionários com o objetivo de formarmos uma equipe coesa e
motivada, onde cada um é parte do todo, considerando as especificidades e os talentos de
cada um. Uma gestão que privilegia a escuta e considera a fala do outro para repensar e
redimensionar as ações, valoriza os profissionais que fazem parte desse espaço que é
coletivo e feito por todos. Quando nos deparamos em situações de conflito que ocorrem nas
mais diversas instâncias da escola, a mediação é algo presente em nossas ações.
Conceber uma educação equânime é contemplar toda essa diversidade presente no
CIEJA Santana/ Tucuruvi, esse território múltiplo, transformador, coletivo e inclusivo. Em
anexo o nosso Plano de Trabalho.
11.Mediando Conflitos: Vivendo e Convivendo
Viver é conviver, a máxima citada faz todo sentido na realidade do CIEJA, Como já
mencionamos, no CIEJA estudam jovens, adultos e idosos, pessoas com e sem deficiência.
Essa diversidade carrega em si uma um problema e também um desafio, coexistir
respeitandoas diferenças de tempos e estilos, diferenças de gerações, hábitos e valores, não
é uma tarefa fácil e por vezes acaba surgindo alguns conflitos.
O diálogo nessas situações surge como principal mediador para a solução desses
impasses, primando pelo respeito e tolerância. Buscamos ouvir os envolvidos no conflito
individualmente para que se sintam à vontade para colocar sua versão do ocorrido. Após
ouvirmos os dois lados, buscamos a solução juntamente com os envolvidos.
Em caso de reincidência, chamamos novamente para o diálogo, e realizamos o
registro da ocorrência, solicitando que tomem ciência por meio de suas assinaturas e de
forma conjunta assumam o compromisso de conviver de forma respeitosa.
No caso de alunos menores, primeiro estabelecemos um diálogo com eles, e caso
seja necessário entramos em contato com seu responsável legal para que tome
conhecimento do ocorrido.
Viver e conviver pressupõe respeito, mediação e escuta sensível, tais ações têm
contribuído para a prevenção e resolução de conflitos que surgem no CIEJA. Além disso,
38
temos na unidade a Comissão de Mediação de Conflitos, conforme Decreto nº
56.560/2015(em anexo, membros da Comissão).
Março/2022
Assinaturas da Equipe Gestora do CIEJA Santana/Tucuruvi

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  • 1. DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO JAÇANÃ / TREMEMBÉ Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos CIEJA Santana/Tucuruvi Projeto Político Pedagógico 2022
  • 2. 2 ÍNDICE 1. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE .................................................................3 2. PREFÁCIO.......................................................................................................... 4 3. REGIME DE FUNCIONAMENTO ................................................................5 3.1. NÍVEIS DE ENSINO............................................................................................... 7 4. QUADRO DE PROFISSIONAIS DA UNIDADE .................................................9 5. ESPAÇO FÍSICO.................................................................................................. 11 6. NOSSAS CONCEPÇÕES...........................................................................12 7. ESTUDANTES DO CIEJA E SEU PERFIL...................................................... 16 8. EQUIPE DOCENTE E SEU PERFIL: ........................................................ 22 9. A COMUNIDADE NO CIEJA E O CIEJA NA COMUNIDADE...................... 36 10. PLANO DA EQUIPE GESTORA – NOSSAS CONCEPÇÕES .....................36 11. MEDIANDO CONFLITOS................................................................................... 37 12. ANEXOS ................................................................................................................ 39
  • 3. 3 E-mail: ciejasantanatucuruvi@sme.prefeitura.sp.gov.br Blog: http://ciejasantanatucuruvi.blogspot.com.br/ Facebook: https://www.facebook.com/ciejasantanatucuruvioficial/ CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2022 – CIEJA SANTANA/ TUCURUVI 1. Identificação da Unidade Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos – CIEJA Santana/Tucuruvi Diretoria Regional de Educação Jaçanã / Tremembé Rua Cel. João da Silva Feijó, 34 – Parque do Mandaqui. CEP: 02422-018 Fone: 2233-2170 / 2233-0025 FORMAS DE CONTATO ON-LINE DECRETO DE CRIAÇÃO: 38.817 de 16 de Dezembro de 1999. DECRETO DE FUNCIONAMENTO: 53.676 de 28 de Dezembro de 2012. Parecer do C.M.E.: 10/2002 de 07/11/2002.
  • 4. 4 2. Prefácio Projeto Político Pedagógico (PPP) - o que traduz esse nome? Pensamos ser um esforço coletivo de planejamento e ações concretas para o alcance de metas de aprendizagem e desenvolvimento que trilharão nosso percurso durante todo o ano de 2022. Muito já caminhamos e construímos nesse trajeto, porém como escola é movimento e plural, nosso Projeto necessariamente deve acompanhar essa dinâmica, sendo flexível e cumprindo a sua função que é dar vida ao que acontece na escola. Ao fazermos referência à Projeto projetamos aprendizagens, experiências que possam ser significativas e aonde queremos chegar. Escrever o PPP de forma coletiva é um movimento Político ao considerarmos a escola como espaço de construção de saberes, formando cidadãos conscientes, que atuam na sociedade, provocando mudanças, alterando os rumos de nossa história, além de caracterizar uma ação coletiva. É também Pedagógico porque nos conduz, trazendo propostas, atividades, projetos educativos e propositivas pedagógicas contemporâneas que agreguem a aprendizagem. Por essa razão é tão importante a participação de todos nesse percurso garantindo a riqueza da pluralidade presente no CIEJA e ao mesmo tempo considerando a singularidade da nossa realidade. Tudo isso, revela a identidade do CIEJA Santana/ Tucuruvi, nossas concepções estão explicitadas no nosso fazer e agir, envolvendo desde o atendimento que se faz na entrada da escola, aos cartazes informativos espalhados pelos corredores, na relação entre os alunos e professores, funcionários e equipe gestora, bem como até o trabalho desenvolvido em sala de aula. Atendendo jovens, adultos e idosos, pessoas com e sem deficiência é uma marca do trabalho do CIEJA, contemplando as mais diversas histórias de vida e apostando em uma educação que considera essa diversidade. O PPP é um documento escrito com a participação de todos, podendo ser repensado a cada momento do nosso percurso, por isso que é tão importante que ele NÃO SEJA UM DOCUMENTO ENGESSADO, INFLEXÍVEL. Por essa razão que foi necessária toda uma reformulação desse documento para alinhar nossas diretrizes diante de tudo o que vivemos e ainda estamos vivendo em virtude da pandemia do novo Coronavírus. Mantermos todos em segurança é a nossa maior preocupação, lidarmos com todas as incertezas, os lutos e restabelecermos a confiança para que o aprendizado aconteça. Mas acreditamos que a educação se faz junto, na troca, com o outro e
  • 5. 5 isso nos fortalece mutuamente com o intuito de que essas conexões aconteçam e pouco a pouco, jovens adultose idosos, ocupem novamente seus lugares na EJA, esse espaço que lhes é de direito. Convidamos a todos a mergulharem conosco nesse processo, a lerem o nosso PPP e conhecerem nossas ideias, projetos, concepções que delinearão nosso ano letivo de 2022. 3. Regime de Funcionamento Para ingressar no CIEJA é necessário realizar um cadastro em nosso blog: http://ciejasantanatucuruvi.blogspot.com.br/, de qualquer lugar que você esteja e tenha um acesso à internet ou caso encontre alguma dificuldade, basta nos procurar com comprovantede escolaridade e comprovante de endereço que os funcionários da secretaria realizarão o seu cadastro. A secretaria do CIEJA receberá sua inscrição com seus dados e entrará na lista organizada automaticamente por ordem de recebimento, assim que surgir a vaga no Módulo e horário de sua escolha, a secretaria da nossa Unidade entrará em contato para a efetivação da matrícula. A seguir, montamos um passo a passo para a realização do cadastro:
  • 6. 6 Para aqueles que não têm comprovante de escolaridade, foi pensado em uma Prova de Classificação, validando como um documento oficial para o seu acesso à escola. Essa prova foi construída pensando naqueles que estão há muito tempo afastados da escola, mas que por se tratarem de pessoas com historicidade e grandes vivências, poderão realizá- la. Dividimos a prova em 2 etapas: um preenchimento de ficha inicial com dados elementares como nome, telefone, endereço e porque o estudante decidiu retomar seus estudos; e na sequência, se o candidato realizar de forma tranquila essa etapa, passamos para a etapa seguinte que compreende situações problema, interpretação de texto, articulação de informações com ocotidiano e produção textual, envolvendo todas as áreas do conhecimento. É importante registrarmos que nossa Prova de Classificação foi construída retratando a realidade em que vivemos, situações de desigualdades, a luta dos trabalhadores formais e informais e apresentamos Carolina Maria de Jesus, muitas vezes esquecida em nossa literatura. Muitos são os alunos que nos procuram para a realização da Prova de Classificação, dentre muitas histórias, ressaltamos o exemplo de uma aluna que no momento em que realizava a prova, teve forte identificação com a história de vida da Carolina Maria de Jesus, pois a mesma, também para seu sustento, era catadora de lixo. E nas questões apresentadas, conseguiu realizar com propriedade, uma vez que aproximou os exercícios de sua realidade. Trazendo sua experiência de vida e profissional para a resolução das atividades. Além disso, relatou o quanto ela se sentiu representada na escolha do tema da prova. Acreditamos que a Prova de Classificação, para muitos, é uma porta de entrada e é de extrema importância que os alunos se sintam representados e que a prova, não seja encarada como uma barreira. O CIEJA Santana/Tucuruvi atende jovens, adultos e idosos, pessoas com e sem deficiência na modalidade EJA. Somos uma escola regular da Prefeitura de São Paulo organizada em módulos (etapas) anuais sequenciais e progressivas que compreende o Ensino Fundamental. Atende maiores de 15 anos de idade, nos períodos diurno e noturno, em grupos de classe com até 20 (vinte) estudantes, de segunda à sexta-feira no período das 7h15 às 22h30, de fevereiro a dezembro com no mínimo 200 dias letivos de encontros diários de2h15min, e complementação de carga horária com atividades de efetivo trabalho
  • 7. 7 pedagógico extraclasse. A seguir trazemos o número de vagas oferecidas e nosso quadro atual: VAGAS OFERECIDAS 474 VAGAS NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS 283 ALUNOS ALUNOS (AS) COM DEFICIÊNCIA 29 ALUNOS ALUNOS MENORES(AS) 31 ALUNOS 3.1 Níveis de ensino: Módulo I Modulo II Compreende o 1o , 2o e 3º ano do Ensino Fundamental. Compreende o 4o e 5º ano do Ensino Fundamental. Módulo III Módulo IV Compreende o 6o e 7o ano do Ensino Fundamental II. Compreende o 8o . e 9o . ano do Ciclo II do Ensino Fundamental. Os componentes curriculares contemplam as áreas de conhecimento:  Linguagens e Códigos – (Língua Portuguesa, Inglês)  Ciências da Natureza e Matemática – (Ciências e Matemática)  Ciências Humanas – (História e Geografia)  Informática,  Arte,  Educação Física. (vide Matriz Curricular abaixo).
  • 8. Prefeitura do Município de São Paulo Secretaria Municipal de Educação Diretoria Regional de Educação “Jaçanã / Tremembé” Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos – CIEJA “Santana / Tucuruvi” Matriz Curricular Organização Curricular Ciclo I Ciclo II Total da Carga Horária Base Nacional Comum Áreas do Conhecimento Componente Curricular Módulo I – Alfabetização Módulo II – Básico Módulo III – Complementar Módulo IV - Final Em Classe h/a Extra Classe Total de horas Em Classe h/a Extra Classe Total de horas Em Classe h/a Extra Classe Total de horas Em Classe h/a Extra Classe Total de horas Matemática Matemática 3 2 150h 3 2 150h 2 2 120h 2 2 120h 540h Ciências da Natureza Ciências 2 1 90h 2 1 90h 2 1 90h 2 1 90h 360h Ciências Humanas História 2 2 180h 2 2 180h 2 2 180h 2 2 180h 720h Geografia 2 2 2 2 Linguagens e Códigos Língua Portuguesa 3 4 300h 3 4 300h 3 4 300h 3 4 300h 1200h Arte 1 1 1 1 Educação Física* 2 2 2 2 Total da Base Nacional Comum 15 9 720h 15 9 720h 14 9 690h 14 9 690h 2820h Parte Diversificada Língua Estrangeira Moderna Inglês** - - - - - 1 - 30h 1 - 30h 60h Informática 2 - 60h 2 - 60h 2 - 60h 2 - 60h 240h Total da Parte Diversificada 2 - 60h 2 - 60h 3 - 90h 3 - 90h 300h Total da Carga Horária 17 9 26 17 9 26 17 9 26 17 9 26 780h 780h 780h 780h 3.120h Carga horária total do curso para cada módulo: 780h + 50h (socialização)= 830h x 4 módulos 3.320h Componentes curriculares tratados de forma interdisciplinar *Aulas fora do horário de funcionamento do turno **Desenvolvido integrado à Área de Linguagens e Códigos Atividades Complementares Módulos I e II Módulos III e IV Nº de horas-aula Carga Horária Nº de horas-aula Carga Horária Itinerários Formativos Informática (Qualificação Profissional) 2 60h 2 60h Oficinas de Estudos Projetos / Recuperação / Reposição 3 90h 3 90h Total 5 150h 5 150h Total Geral – 150h x 4 módulos = 600h *Atividades optativas de acordo com o Projeto Político-Pedagógico do CIEJA 15
  • 9. 9 4. Quadro de Profissionais do CIEJA Nome RF Cargo Escolaridade Valéria Aparecida de Mello 680.855.7 Auxiliar Técnico de Educação Serviço de Secretária Ensino Superior Ana Amélia Hipolito Reis da Silva 619.243.2 Auxiliar Técnico de Educação Ensino Fundamental Durval de Andrade Teixeira 725.333.82 Auxiliar Técnico de Educação Ensino Médio Maria José Meschke Costa 715.181.1 Agente escolar Ensino Fundamental Maria Vitoria P. Cardoso 612.770.3 Agente escolar Ensino Médio Israel da Silva Ramos 699.204.8 Agente de apoio – Vigia Ensino Fundamental Rita Maria Nunes 738.133-6 Auxiliar Técnico de Educação Ensino Superior Sueli Cardoso Manoel 557.473.1 Agente Escolar Superior Incompleto Sueli Vieira Stopa 774.798.5 Auxiliar Técnico de Educação Serviço de secretaria Ensino Superior Terceirizada Arcolimp Nome Cargo Ana Paula Teixeira de Andrade Auxiliar de Serviços Gerais Roseli de Fátima da Silva Auxiliar de Serviços Gerais Com o agravamento da pandemia e a necessidade cada vez mais latente da higienização e segurança dos estudantes, a prefeitura de São Paulo lançou o (P.O.T.) Programa Operação Trabalho. Destinado à inserção de mães de alunos de escolas públicas e/ou mulheres que fazem parte da comunidade escolar. Desse modo, desde o ano passado, as POTs contribuem na realização de atividades voltadas à higiene e segurança dos estudantes, de aferição de temperatura, higienização de equipamentos e ambientes de uso coletivo, monitorando e sensibilizando quanto aos meios de prevenção da Covid- 19 no ambiente escolar: P.O.T. “Mães Guardiãs” (Programa Operação Trabalho) Nome RG Keila Nazaré de Menezes Gonçalves 41.219.337-1 Thaís Fernandes Silva 28.293.292-3 Vanessa Aparecida Gouveia 41.650.276-3
  • 10. 10 A seguir trazemos o quadro da Equipe Gestora e Docente da nossa Unidade Educacional: Equipe Gestora Nome RF Cargo Escolaridade Patricia Christiane Hypoliti 779.803.2 Coordenador Geral Especialização Adriana Aparecida de Araújo 778.999.8 Assistente do Coord. Geral Ensino Superior Cirley Pinheiro M. Santana 782.603.6 Assistente Educacional Pedagógico e Especialização Viviane Lemos de J. Moreiras 780.836.4 Assistente Pedagógico e Educional Mestrado Nome RF Cargo Escolaridade Adriana Zenezi 824.978.4 Prof. de Ens. Fund. II e Médio -História Ensino Superior Claudineia Teixeira Santana 845.979.7 Prof. Ens. Fund. II e Médio –Arte Ensino Superior Douglas DubisnkasTakenaka 772.196.0 Prof. de Ens. Fund. II e Médio –História Ensino Superior Eduardo Parladore Aliotti 822.004.2 Prof. de Ens. Fund. II e Médio – Educação Física Especialização Isabel Pecim de Souza 577.249.4 Prof. de Educação Infantil e Fund. I Especialização Luciana Lima Santezi 820.970.7 Prof. de Educação Infantil e Fund. I Especialização Jair Bueno de Araújo 749.106.9 Prof. Ens. Fund. II e Médio – História e Geografia Mestrado João Batista Vitor Neto 752.870.1 Prof. Ens. Fund. II e Médio –Ciências Superior Maria Batista Morais Xavier 730.308.4 Prof. Ens. Fund. II e Médio –Inglês Especialização Marta dos Santos 795.701.7 Prof. de Educação Infantil e Fund. I Especialização Natália Aparecida S. Reis 802.046.9 Prof. Ens. Fund. II e Médio – Português/ Inglês Especialização Patricia Palma Parlangeli 722.852.0 Prof. de Educação Infantil e Fund. I Especialização Ricardo José Pellegrini 808.513.7 Prof. Ens. Fund. II e Médio – Matemática Especialização Valéria Pereira Velosa 750.927.8 Prof. de Ens. Fund. II e Médio – Português Mestrado Vanderlei de Lima França 668.122.1 Prof. Ens. Fund. II e Médio – Matemática Especialização
  • 11. 11 5. Espaço Físico Piso Térreo  Secretaria  02 Salas de aula  Sala de Recursos Multifuncionais - SRM  Sala de leitura / Multimídias  Depósito de Merenda  Banheiros feminino e masculino  Cozinha  Depósito de Materiais diversos  Cantinhos de Leitura  Espaço Convivência Piso Superior  Sala da Equipe Gestora  03 Salas de aula  Sala dos Professores  Banheiros feminino e masculino discente  Laboratório de Informática
  • 12. 12 A atriz Bia Seidl fazendo a divulgação da nossa escola para o chamamento de novos estudantes 6. Nossas Concepções Foi discutido com os docentes e funcionários qual a situação da sociedade contemporânea e qual o nosso papel nessa história. Os professores comentaram que vivemos em um momento de alguns retrocessos e conservadorismos, bem como intolerância mediante os mais diversos assuntos. Porém, é inegável o quanto todo o processo histórico de lutas desencadeou em conquistas, um exemplo disso é a participação da mulher em nossa sociedade. Temos consciência de que a luta ainda não acabou, pois ainda sofremos com o sexismo (discriminação fundamentada no sexo), violência física e psicológica ligada à mulher, estereótipos, disparidades no Mercado de Trabalho entre outros. Durante nosso debate vários temas foram sendo retomados e os docentes trouxeram exemplos sobre a questão do acesso e permanência na escola. Há não muito tempo, eram poucos aqueles que tinham o direito de ingressar na escola e quando conseguiam, eram engolidos por um sistema de exclusão, hoje o acesso passou pela universalização, mas ainda assim temos um grande desafio que é a permanência desses estudantes na escola, evitando a evasão. Isso é uma preocupação para nós do CIEJA Santana/ Tucuruvi, realizamos levantamentos bimestrais dos alunos que possuem um número elevado de faltas, os professores pedem para que cada estudante tome ciência de suas faltas e junto com a coordenação, oferecemos um plano de compensação de ausências no contraturno, bem como a possibilidade dessas faltas serem compensadas nas mais diversas Oficinas oferecidas em nossa escola. Quando se trata de alunos menores de idade, além desse procedimento, também entramos em contato com a família, solicitando sua presença na escola para cientificá-la das faltas para que juntos, penssemos em possibilidades para que esse problema seja sanado. Com a pandemia realizamos uma busca ativa aos alunos quase que diariamente, uma vez que houve uma evasão considerável. A partir das
  • 13. 13 dificuldades socioeconômicas, muitos estudantes acabaram se ocupando de outras atividades no horário da aula, principamente na busca de uma renda para suprir suas necessidades familiares. Para preencher o número de vagas disponíveis, temos feito divulgação em nossas redes sociais, conseguimos que a atriz Bia Seidl gravasse um vídeo em nossa escola fazendo o chamamento para a matrícula, entramos em contato com o sindicato para produzirem folhetos e todos nós, educadores e equipe gestora, faremos panfletagem em Feiras Livres de bairros próximos à escola, em Supermercados, Fábrica de Culturas, Ongs, Pastorais, etc. Ainda sobre nossas concepções, discutimos também sobre as desigualdades presentes em nossa sociedade e que nem todos têm as mesmas oportunidades, sabemos que o ponto de largada não é o mesmo e que as classes sociais estão postas em nossa realidade, na maioria das vezes demarcando lugares. E qual o nosso papel diante disso? Os docentes trouxeram que temos a responsabilidade de instrumentalizar os nossos alunos. Pensar em um currículo que seja significativo e possa ser usado tanto em seu dia a dia, como em sua vida profissional. Sempre se fala que o papel da escola é formar estudantes críticos e autônomos e nós acreditamos que quando desenvolvemos um trabalho significativo, damos repertório para que nossos alunos para além de ter informações que hoje em dia são facilmente encontradas na internet, nos meios de comunicação, e entre outros, consiga articulá-las com sua realidade, possibilitando mudanças em sua vida pessoal, em sua comunidade, em sua vida profissional, em sua cidade, em seu país. Tomando como base a publicação do Currículo da Cidade para a EJA e partir de seus objetivos essenciais que visam ao desenvolvimento integral dos estudantes, nos baseamos em seus três conceitos orientadores, são eles: Educação Integral, Equidade e Educação Inclusiva. Apostamos na aplicabilidade de um currículo inovador e significativo. Partindo da observação atenta e minuciosa do perfil dos alunos da EJA, das suas demandas sociais e expectativas de vida, considerando as especificidades de cada área de conhecimento e a atuação interdisciplinar, os professores podem repensar a importância dos conteúdos curriculares e a maneira de abordá- los. Repensar, problematizar, recriar e adequar práticas pedagógicas é uma urgência para a melhoria da qualidade do ensino no CIEJA, preparando os jovens e adultos para uma atuação social e política mais autônoma, consciente e cidadã.
  • 14. 14 Com o surgimento da Pandemia, ficaram ainda mais latentes as diferenças e a necessidade de termos como propósito tais princípios a fim de garantirmos a equidade, a integralidade e a educação inclusiva em nosso fazer pedagógico. Com um histórico de 2 anos consecutivos de pandemia, de promoções automáticas desconsiderando a especificidade da EJA, boa parte de nossos estudantes avançaram os Módulos sem o domínio do conteúdo. Mesmo pensando na Priorização Curricular publicada no último ano, faz-se necessário um estudo do que de fato é prioritário para nossos estudantes, que fazem parte desse território. A Equipe Gestora de maneira coletiva com os docentes da UE, decidimos pela elaboração de um instrumento de sondagem mais detalhado, para toda a Unidade Escolar, envolvendo do Módulo 1 ao 4. E a partir dele, pensamos então em uma reorganização das turmas tomando como base suas reais necessidades com vistas a fazermos um trabalho mais efetivo e fortalecermos as aprendizagens. Diante disso, o nosso desafio começou em 2020 e continua nos desafiando diariamente: por isso, pesquisamos, criamos materiais e atividades constantemente, na busca de diversas ferramentas para que as atividades tornassem cada vez mais inclusivas, não somente para os alunos com deficiência, mas para TODOS que apresentassem dificuldades respeitando os ritmos e estilos de aprendizagens individuais. O trabalho deste ano será permeado pelos contextos sociais e econômicos que atravessam o cenário atual. Sendo assim, retomamos a nossa prática da construção coletiva do Mapa Conceitual que em 2022 tem como tema: “Retratos da Sociedade Brasileira em Tempos de Pandemia”.
  • 15. 15 A ideia é a de que cada Área do Conhecimento faça suas contribuições sobre os temas que para, além disso, consigamos desenvolver projetos capazes de promover a interlocução não só entre as áreas, mas também entre o Fundamental I e o Fundamental II. O trabalho com a EJA requer um olhar diferenciado, para um público que já passou por inúmeras situações excludentes, que chegam até o CIEJA com o sentimento de não pertencimento, somente com um trabalho diário de acolhimento e empatia, esse sentimento se transforma, estreitando os vínculos e a aprendizagem acontece. Desse modo, para que possamos garantir o direito e o fortalecimento das aprendizagens, em um momento tão ímpar da educação, faz-se mais do que necessário pensarmos em múltiplas linguagenspara o acesso de TODOS.
  • 16. 16 7. Estudantes do CIEJA e seu perfil: Com o retorno dos estudantes ao Ensino Presencial, realizamos sondagens em todos os módulos para sentirmos a real necessidade das turmas. E foi a partir dos resultados desse trabalho que sentimos a necessidade de reorganizarmos as turmas, conforme já mencionamos. É importante ressaltramos que em todas as turmas temos estudantes com e sem deficiência com menor e maior idade. A partir daí, considerando-se as especificidades de cada Área do Conhecimento, os professores, junto à coordenação, estamos repensando formas mais diversas de abordagens do currículo, considerando sempre o DUA e/ou as adequações necessárias para que TODOS possam acessar o currículo de maneira significativa. Além da reorganização das turmas, pensando no fortalecimento das apredinzagens, disponibilizamos Oficinas em diversos horários para serem frequentadas no contraturno dos estudantes, tais oficinas possuem o objetivo de oferecer um embasamento maior a cada um, tanto nos conhecimentos de leitura e escrita, quanto nos conhecimentos matemáticos, habilitando-os a acessarem o currículo de forma mais autônoma. A seguir o quadro do Horário das Oficinas oferecidas pelo CIEJA:
  • 18. 18 É importante também lembrarmos que dentro dessa diversidade há alunos que mesmo há muito tempo fora da escola, trazem seus conhecimentos acumulados conseguindo transpor para a aprendizagem formal. Dessa forma, respeitamos o direito de que ele dê continuidade aos seus estudos, avançando inclusive de módulo. A partir de um olhar apurado dos professores, ou até mesmo pela manifestação do próprio estudante, oferecemos uma Prova de Reclassificação. Essa prova é construída com o conteúdo anual, compreendendo todas as áreas do conhecimento, do Módulo em que ele está cursando. Há questões de múltipla escolha, questões dissertativas e produção textual. Após correção e análise da Comissão de Reclassificação, a partir de critérios pré-estabelecidos o estudante é considerado Reclassificado para o próximo Módulo ou Não Reclassificado, permanecendo assim no Módulo em que se encontra. Uma característica marcante na modalidade CIEJA é o atendimento aos estudantes com as mais diversas deficiências, atualmente temos 29 alunos matriculados e a presença da Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) e de um olhar apurado da Professora de Atendimento Educacional Especializado (PAEE) é primordial para uma educação inclusiva de qualidade. Notamos então que há uma iminente procura das famílias tanto de jovens, ainda menores de idade, como também tem crescido o número de matrículas das pessoas com deficiência. Pensando em cada vez mais oferecer um trabalho de qualidade para todos, após a efetivação da matrícula, os responsáveis e os estudantes, passam por uma conversa com a coordenação pedagógica do CIEJA. Esse momento é de fundamental importância para conhecermos um pouco da história desse aluno, obtermos informações sobre suas especificidades, assim como também passarmos informações do funcionamento de nossa escola e tirarmos possíveis dúvidas. No caso específico de alunos com deficiência, a fim de que proporcionemos um melhor acolhimento, a partir dessa conversa, a coordenação acorda com a família alguns dias para o seu início, para que seja passado à equipe CIEJA que receberemos um novo estudante e todos se prepararem para sua chegada. Nesse período de pandemia, orientamos as famílias quanto aos procedimentos adotados pela U.E. e como os protocolos devem ser seguidos. Dando continuidade ao atendimento realizado no CIEJA, a PAEE (Professora de Atendimento Educacional Especializado) Patrícia Parlangeli já iniciou o trabalho de Sondagens de Aprendizagem para mapear as habilidades e dificuldades de cada aluno, que caracteriza público para o AEE (Atendimento Educacional Especializado). Como o de
  • 19. 19 costume, a ideia é de que posteriormente as sondagens sejam projetadas para a Equipe Docente e Gestora e de forma colaborativa pensando nas formas de atendimento desses alunos, bem como as necessidades pedagógicas, e de que maneira podemos favorecer um processo de equidade diante da aprendizagem. Contemplamos outra ação com a escuta das famílias dos alunos com deficiência, através das Anamneses, possibilitando ampliar o olhar, sobre o cotidiano dos alunos, bem como pensar em possíveis intervenções pedagógicas que favoreçam o acesso ao currículo e como essas ações possam reverberar no cotidiano da sala de aula. Ainda pensando em um trabalho inclusivo, a PAEE vem desenvolvendo o Trabalho Colaborativo nas turmas do período da manhã, para conhecer os novos alunos, observar as necessidades pedagógicas e evidenciar as potencialidades de cada aluno. Concomitante a isso está montando os horários de Articulação com os professores da sala regular, em parceria com as coordenadoras pedagógicas. É importante mencionarmos que a Articulação com os professores da Sala Regular, em parceria da PAEE com as coordenadoras Pedagógicas (Viviane e Cirley) se mantém, possibilitando momentos de reflexão e construção de forma colaborativa das atividades adequadas, pois se constituem em possibilidades educacionais de atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos. Pressupõe que se realize a adequação do currículo regular, quando necessário, para torná-lo apropriado às peculiaridades dos alunos com deficiência, prevalecendo um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação, para que atenda realmente a todos os educandos. O material construído pela professora do AEE em elaborar portfólios individuais dos alunos com deficiência, como instrumento de consulta e para registrar os avanços dos mesmos diante do processo de aprendizagem, sendo composto por: Ficha de matrícula na SRM, laudo médico, anamnese, sondagem de aprendizagem, registros, PDIs e encaminhamentos, são um forte aliado para os planejamentos de aulas dos educadores, bem como pensarmos em um trabalho cada vez mais inclusivo e que atenda as especificidades dos nossos educandos. Temos como meta a formação de uma rede de apoio que envolva profissionais das áreas de Saúde, Assistência Social e Trabalho, sempre que necessário, para o desenvolvimento e progresso do aluno. Exemplo: CEFAI, DICEU, UBS, Emprego Apoiado, APD (Acompanhamento da Pessoa com Deficiência) etc., com isso favorecer atitudes pró- ativas das famílias com o intuito de participação no processo educativo e também buscando recursos na comunidade.
  • 20. 20
  • 21. 21 Temos recebido homens e mulheres trans do Centro de Acolhida João Nery e do Centro de Acolhida Casa Florescer II. A Coordenadora Pedagógica Viviane entrou em contato com os dois centros de acolhida para conhecer um pouco mais sobre o trabalho desenvolvido e estabelecer parcerias para futuras matrículas. Como mencionamos, as concepções estão por toda parte, atravessam nosso currículo, nossas discussões e até as paredes da escola. Com 2 anos de pandemia, com os nossos rostos encobertos pelas máscaras de proteção, nos demos conta de que muito estudantes não nos conheciam sem a máscara. Era necessário nos apresentarmos pra eles, nos mostrarmos de cara limpa. Montamos um mural interativo com a seguinte frase: “Conheça a gente por trás da máscara!” – Equipe CIEJA interligada em rede. O mural consistiu em fotos de toda a Equipe de Educadores, Funcionários e Equipe Gestora na frente de máscara e os estudantes poderiam levantar a foto, devidamente plastificada para mantermos os protocolos de higiene, e embaixo havia a nossa imagem sem a máscara, como de fato somos. Houve bastante interação com as nossas fotos, os estudantes teceram comentários de que não nos conheciam e de que faziam uma imagem completamente diferente do que de fato realmente somos.
  • 22. 22 Para comemorarmos a Semana da Mulher, também trouxemos por meio de outros murais: Mulheres Negras que marcaram a história do Brasil. E o porquê da escolha? Porque é fundante que a escola seja espaço de visibilidade e protagonismo aos povos negros, indígenas e migrantes. Pensar que todos nós educadores temos o compromisso com uma Educação antirracista, inclusiva e equitativa é abordarmos essas temáticas o ano inteiro. E como se faz necessário falarmos a respeito, até mesmo para derrubarmos falas cristalizadas, embasadas no racismo estrutural de que há o racismo reverso. 8. Equipe docente e seu perfil: Acreditamos que ao conhecer com quem trabalhamos, estreitamos os vínculos, ampliamos as possibilidades e fortalecemos o trabalho coletivo. Por essa razão saber um pouco mais sobre os educadores da nossa unidade, como escolheram a profissão, quais fatores atravessam suas trajetórias é enriquecedor para as relações interpessoais. Fazendo um levantamento da experiência do grupo na docência, temos uma maior parcela de 64,3% atuando há mais de 15 anos, assim como também temos outra porcentagem do grupo que atua há menos tempo. Esse fator é importante porque é nas diferenças que crescemos e aprendemos. As trocas de experiências, compartilhamento de
  • 23. 23 saberes, enriquecem ambos os lados, as parcerias se materializam e todos saem ganhando. Perguntamos também desse tempo de docência, quantos anos são dedicados a Educação de Jovens e Adultos e percebemos que a maior parte vem se dedicando a essa modalidade tão singular da Educação. Estar na EJA é ter a ciência de que somos diversos, é olhar para cada um e para todos, é buscar caminhos de aprendizagem que atenda a todos de forma integral, inclusiva e equânime. No cotidiano profissional, os maiores desafios encontrados pelos professores são a diversidade na sala de aula, 78,6%, revelam que os desafios referem-se à realidade peculiar do CIEJA, que recebe tanto alunos jovens, egressos do ensino regular, quanto trabalhadores, idosos e pessoas com deficiência. Assim como, 57,1% aponta que o trabalho com os PCDs ainda é um desafio. Antes da pandemia, tínhamos o apoio de 3 estagiárias, desde o ano passado que voltamos para as aulas presenciais, não tivemos mais esse recurso. O suporte dado pelas estagiárias auxilia o nosso trabalho e qualifica a nossa parte pedagógica. O trabalho com os PCDs, em boa parte dos casos demanda um trabalho individualizado e que geralmente é feito tête à tête.
  • 24. 24 Neste ano, recebemos na mesma sala de módulo 1, alunos PCDs com as mais diversas deficiências, entre elas o autismo, deficiência intelectual, além de doenças mentais como a esquisofrenia, etc. As demandas são as mais peculiares e isso reverbera em todo o trabalho realizado na escola. A PAEE, por exemplo, acaba dedicando-se a um dos alunos que possui um cuidado ainda maior, esse fato, inviabiliza o atendimento dos demais. Lembrando que em nossa escola não há só esses estudantes com deficiência, mas em todas as salas e que neste momento estão sem a garantia desse direito. Exemplificando ainda mais, as demandas são tão intensas que na mesma sala de aula necessita do atendimento da professora, da PAEE, da coordenadora e da diretora. Para, além disso, o professor precisa pensar nas diferentes necessidades educacionais dos estudantes e preparar adequações de atividades que garantam o acesso ao currículo de forma equânime e significativa. Deste modo, com vistas a um processo avaliativo capaz de abarcar os múltiplos estilos cognitivos presentes em nossa realidade escolar, a grande maioria dos professores prioriza aspectos relacionados ao dia a dia da sala de aula com relação às práticas pedagógicas, como debates, exercícios e a própria participação dos estudantes. Diante de tanta diversidade, todos os recursos se fazem importantes na contribuição da prática pedagógica. A troca de experiência entre os colegas é de suma importância, assim como também o acesso aos materiais pedagógicos. Os educadores também apontaram que os recursos tecnológicos são importantes nesse processo. Porém, não podemos deixar de mencionar que recebemos equipamentos há mais de 1 ano e que os mesmos estão estocados em nosso laboratório de informática sem a devida instalação.
  • 25. 25 100% do grupo acredita que a troca de experiências entre os colegas é fator prepoderante que contribui para a sua prática pedagógica. A interlocução entre os pares é sempre algo almejado, uma vez que a interdisciplinaridade só enriquece o trabalho. Recentemente tivemos uma experiência concreta desse trabalho, onde a professora Luciana Santezi do Fund. I estava tratando de temas relevantes como a potencialidade das mulheres, a discussão estava tão intensa que o professor Jair Bueno, de Ciências Humanas do Fundamental II teve a curiosidade de acompanhar de perto sua aula, e o envolvimento dos estudantes no tema da aula lhe causou encantamento, uma vez que a professora efetivava o trabalho de alfabetização trazendo temáticas do universo adulto, com profundidade, questionamentos e causando reflexões no grupo. Tivemos recentemente um trabalho que começou tímido na sala de aula e extrapolou as paredes que foi o de instrumentalizar os estudantes na participação política. A demanda surgiu a partir dos interesses da turma do Módulo 2A, aonde chegaram a conclusão de que a população além de se sentir corresponsável pelo lugar que habita, há de cobrar as autoridades para que ofereçam a todos melhores condições de vida, de saneamento básico, moradia, etc. Com isso, a professora mostrou que há caminhos possíveis de acompanharmos o trabalho dos nossos governantes e para além disso, é possível estabelecermos uma participação ativa, seja pelas plataformas on-line, participando de assembléias, cobrando o que fora prometido. Mas para isso, antes de tudo, é preciso enteder os mecanismos políticos, compreender quais as ações dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Com isso o trabalho foi crescendo, tomando corpo e acabou com a presença de um dos representantes do legislativo para uma conversa com a turma e toda a escola. Deixamos claro de que a presença do representante não era uma manifestação partidária, mas sim um movimento de ação democrática em nossa sociedade. A fala do representante
  • 26. 26 também tomou a mesma linha, de forma consciente, trouxe informações sem qualquer compromentimento partidário. Os estudantes tiraram suas dúvidas, expuseram suas opiniões e conheceram na prática como é possível a participação na política do nosso país. Toda essa abordagem se faz necessária sempre, mas este ano eleitoral ela é ainda mais importante. Realizar um trabalho efetivo com os estudantes de conscientização e a participação efetiva na política é também o nosso papel. O voto é uma decisão importante a ser tomada e a escolha de cada um reverbera em toda a sociedade. Desse modo, promover debates, discussões e aprofundamentos teóricos, faz parte do nosso planejamento.
  • 27. 27 Outros momentos têm ocorrido nesse sentido de compartilhamento de saberes enriquecendo o trabalho pedagógico, aulões com os professores de diferentes áreas contribui para uma aprendizagem mais completa. A formação também se faz importante em nossa rotina, uma vez que ela nos provoca levando-nos a reflexões a respeito de nossa prática. As referências teóricas formam uma base relevante a ser considerada, porém, uma boa vivência, respaldada por elas, faz com que a prática seja questionada, provoca fissuras nos paradigmas construídos ao longo do tempo no cotidiano escolar, e quando aplicada de maneira natural e até com um aspecto lúdico, se obtem resultados significativos, foi o que ocorreu em um horário coletivo com nossos docentes, eles foram convidados a sentarem-se um atrás do outro e a Coordenadora Viviane iniciou a JEIF perguntando a todos: “O que é Linguagem pra Você?” “O momento histórico influencia em nossa linguagem?” Surgiram alguns tímidos comentários a respeito, na sequência a coordenação exibiu um vídeo da Rita Von Hunty que traz questões sobre o uso de uma Linguagem Neutra: Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WAzsxxMMlIM – acesso em 09/03/22. Iniciamos a discussão sobre Linguagem Neutra, e percebemos que sempre os mesmos se expressavam. Em seguida, foram convidados a mudar de sala e dessa vez dispostos em círculo passaram a se posicionar sobre o mesmo assunto. A mudança da disposição das carteiras coloca todos em pé de igualdade, promovendo uma integração maior entre os estudantes. Pensamos na roda de conversa como um momento de inclusão onde o olhar para os colegas incentiva o diálogo e é um exercício de olhar compartilhado.
  • 28. 28 Com essa dinâmica da coordenação muitos que não haviam se posicionado no primeiro momento da reunião, dessa vez se sentiu mais confiante para expor suas ideias, muitos foram os comentários e mencionaram sobre a diferença de expressar-se nesse formato, uma vez que dialoga com o olhar do colega e não com a sua nuca. Atividades assim fazem com que as teorias sejam efetivadas pela prática. A intenção é que novos “layouts” das salas, propiciem ainda mais um diálogo aberto e participativo entre todos! Seguindo sugestões do grupo para aprimorar a nossa formação, pensamos em atividades tanto internas quanto externas, um exemplo disso foi a nossa primeira Reunião Pedagógica de 2022 realizada no Instituto Moreira Salles (IMS), visitamos a exposição de “Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros”. E por que Carolina? Porque Carolina traz uma trajetória, muitas vezes, parecida com o público da EJA, porque representa a força de uma mullher, negra e favelada. Conhecer mais profundamente sua trajetória também nos enriquece e traz elementos mais fortes no trabalho com os estudantes. A exposição é dedicada à trajetória e à produção literária da autora e tem como objetivo apresentar sua produção autoral que inclui a publicação, em vida, de suas obras. Além de destacar suas incursões como compositora, cantora e artista circense. Saídas Pedagógicas enriquecem tanto a nós educadores quanto aos estudantes, por essa razão temos a intencionalidade de realizarmos saídas durante o ano, porque a Reunião Pedagógica realizada no IMS Exposição Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para os brasileiros.
  • 29. 29 aula ocorre dentro e fora da escola. Temos uma cidade educadora que nos oferece múltiplas possibilidades de aprendizado. Alguns momentos da nossa Reunião Pedagógica
  • 30. 30 Eliseu e seu filho Lucas Temos também a ideia de realizarmos visitas ao Memorial da Inclusão (formação para equipe, professores e estudantes), ArboreSer, Recanto Nossa Senhora de Lourdes, Sagrado Coração de Jesus, Pinacoteca, MASP, teatros, Caixa Cultural, SESC, Núcleo do Engordador, Horto Florestal, Museu Catavento, Museu da Língua Portuguesa, Museu do Ipiranga, Museu de Zoologia, Museu AfroBrasil, Instituto Laramara, Memorial da América Latina, Itaú Cultural que possam contribuir com nossos estudos. Além de entrarmos em contato com formadores ligados a questões do idoso e adolescente, pessoas com deficiência, LGBTQIA+ que possam enriquecer a nossa formação e o aprendizado dos estudantes. A ideia de trazermos formadores para o debate é uma ferramenta pedagógica importante. Temos recebido em nossa escola um número expressivo de autistas, desse modo, convidamos para uma formação no próximo dia 04 de Abril em nosso horário do PEA o Sr. Eliseu Acácio e como ele mesmo traz: “Sou pai do Lucas que é Autista em tempo integral”. O Sr. Eliseu é um homem simples, engajado e que luta dia a dia por seu filho Lucas... e diz: Conscientizar a sociedade sobre o autismo não significa que vamos mudar os hábitos das pessoas no meio social para o bem estar total das pessoas autistas. Ainda que muitos pais de autistas pensem dessa forma e acham que assim seria o ideal, não vai acontecer. As festas vão continuar a ter som alto. O trânsito não vai deixar de ser barulhento. A aglomeração de pessoas em grandes massas humanas sempre vai existir. As milhares de luzes multicores nos clubes, no comércio e nos parques de diversões não serão eliminadas. Essas e diversas outras coisas que, muitas vezes, irritam e desestabiliza as pessoas autistas, não vão deixar de ser ou acontecer. A inclusão social das pessoas autistas não é tão simples, passa por contrariedades e frustrações de desejos, de mudanças... O dever da sociedade é respeitar as pessoas autistas nas suas características, não de renunciar a maioria de seus costumes e comportamentos na convivência social.
  • 31. 31 O desafio da inclusão está na interação das pessoas autistas com pessoas não autistas e na capacidade de superar contrariedades nos ambientes e espaços públicos, suportar as coisas que eles não gostam sem crises não é fácil, mas também não é impossível. (Eliseu Acácio - Março/2022.) A formação continuada se dá em todo momento no CIEJA, em Setembro de 2021 tivemos mais uma Semana de Educação Inclusiva, considerando uma abordagem integral da inclusão. Faz parte do senso comum considerar que Inclusão seja apenas um assunto que envolva simplesmente o atendimento à Pessoas com Deficiência, porém, ao pensar sobre as vulnerabildades econômica, social, e até mesmo física dos estudantes do CIEJA, além de tomarmos as concepções do Currículo da Cidade, temos a consciência de que ao trabalhar essa temática, não se deve restringir a abordagem a uma única faceta desse tão relevante tema. Podemos ver claramente os efeitos perversos da exclusão na vida da Pessoa com deficiência, e em grande parte das vezes, isso não restringe somente a esse grupo, a exclusão e suas consequências, atinge também o negro, o pobre, o gay, e em alguns casos, essas questões atingem as pessoas de maneira duplicada, o que faz com que os esforços para lidar com as barreiras por elas impostas, exijam dos estudantes ainda muito mais recursos. Pensando nisso, na Semana Inclusiva do CIEJA Santana/Tucuruvi, convidamos pessoas que pudéssem trazer aos nossos estudantes, uma perspectiva positiva de maneiras pelas quais, se é possível encontrar caminhos e desenvolver habilidades, que possivelmente trarão oportunidades para auxiliá-los na difícil tarefa de transpor as barreiras da exclusão. Convidamos ex-alunos que em suas jornadas, enfrentaram dificuldades e barreiras gigantescas, e ao lidar com elas, auxiliados pelo conhecimento e as ferramentas que a vida escolar lhes proporcionou, obtiveram resultados mais positivos. Convidamos Tatiane Nuevo Rios, uma estudante singular, que trouxe sua história repleta de elementos comuns a maioria dos discentes que a Tatiana Nuevo, ex-aluna do CIEJA
  • 32. 32 ouviam, situações que a impediram de conhecer uma escola antes dos 30 anos de idade, mas, isso não fez com que ela desistisse do sonho de lecionar, sofreu violência doméstica, humilhação e descaso por parte de segmentos da sociedade, mesmo assim persistiu na busca de seu sonho, e por meio dos efeitos da escola na sua realidade, conseguiu transpor as barreiras que encontrava, e hoje, trabalha como estagiária na Rede Municipal de Ensino. Sua fala foi extremamente potente, muitas mulheres se reconheceram no que ouviam, e os comentários foram muito significativos. Convidamos também Ronaldo Vitor da Silva, estudante usuário de cadeira de rodas que embora tivesse todos os motivos possíveis para se acomodar aos limites impostos por sua condição física, optou por lutar, perseguir seus direitos e seguir estudando mesmo quando encontrou pela frente um grande desafio, ele foi aprovado em um processo seletivo de uma escola de Ensino Médio muito concorrido, mas distante de sua casa, mesmo asssim, ele não desistiu e veio nos contar como superou essa e muitas outras barreiras que a vida lhe impôs. Ronaldo trouxe também uma fala muito potente, exemplificando com sua trajetória o que havia sido transformado com os efeitos da escola em sua vida. Pediu para que todos ao considerarem a possibilidade de desistir da escola se lembrassem dele e se motivassem a continuar. Ronaldo Vitor da Silva – ex-aluno, usuário de cadeira de rodas
  • 33. 33 Ainda dentro da ideia de ampliar as perspectivas dos estudantes do CIEJA Santana/Tucuruvi, nos foi sugerido por uma aluna a apresentação de um músico profissional que tocava saxofone, o rapaz trouxe seu depoimento a cerca de sua relação ruim com a escola e a matemática, e que após encontrar na música um prazer imenso, passou a compreender a necessidade e a aplicabilidade da matemática. O rapaz tocou muitas músicas, com um repertório mais voltado para música erudita, e de muito bom gosto, alcançou todos com suas notas elegantemente tocadas em seu instrumento musical. Para concluir a Semana Inclusiva, tivemos também uma apresentação com fantoches apresentado pelas professoras Claudineia Teixeira, Patricia Parlangeli e Natalia Reis, as professoras desenvolveram uma história de ficção onde o cenário de fundo era um ambiente escolar, as falas dos persongens se davam no sentido de haver colaboração entre os colegas de sala para ajudarem uma aluna com estado de depressão. Foram dias memoráveis, dar voz aos ex-alunos fez da Semana Inclusiva um evento importante para estudantes e toda a Equipe CIEJA. Profas. Claudineia, Natália e Patrícia Estudantes com deficiência e envolvidos com a dinâmica
  • 34. 34 Neste ano, também queremos promover uma Semana de Educação Inclsuva que seja enriquecedora para todos, que nos ensine, emocione, nos alegre! No tocante a formação, temos também um trabalho ativo e direcionado pela CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) tanto para a formação de professores e funcionários no Horário Coletivo, como também de alunos durante as aulas trazendo informações relevantes quanto à prevenção de doenças, pandemais, epidemias, cuidados necessários com a saúde e bem estar, e os procedimentos de Primeiros Socorros (em anexo encontra-se o Manual de Normas e Procedimentos da SME, pág. 446 a 451). Neste momento de pandemia, os cuidados com o Protocolo de Saúde e o cumprimento do mesmo, é uma responsabilidade de todos e a CIPA também tem uma forte participação nessa direção. Ainda sobre o perfil dos professores, o grupo é formato majoritariamente por pessoas de formação de nível superior, além disso, 71,4% possuem especialização em diversas áreas, ainda temos 21% que possuem mestrado. Esse dado é revelador do perfil de toda a equipe, são pessoas comprometidas com as demandas da educação, vivem uma busca constante de referenciais teóricos que possam respaldar a prática pedagógica se faz necessário ainda dizer, que praticamente 86% do grupo investiu em seu capital cultural realizando vários cursos nos últimos anos, o que configura o como um grupo que age e interage com os estudantes de maneira a impactá-los por estarem subsidiados e respaldados constantemente por referencial teórico de boa qualidade.
  • 35. 35 Visto que os desafios para a realização do trabalho são grandes e frequentes, como por exemplo: elevado índice de evasão escolar, presença de faixas etárias distintas, alunos com deficiência, alunos que cumprem medidas socioeducativas, dificuldades de aprendizagem como também alunos que trazem uma riqueza em suas vivências, faz-se necessário o investimento permanente em nossa formação. Discutimos com frequência sobre as demandas do ponto de vista legal, e os educadores entendem que os espaços de discussão coletiva (JEIF), são prioritariamente destinados à busca de maiores e melhores conhecimentos da área da Educação, bem como temas relacionados à legislação. Por causa dessa formação permanente e engajada, 85,7% sentem-se confortáveis para discutir temas sobre Direitos Humanos e Violência, 28,6% para discutirem temas ligados às questões de gênero, História e Cultura Afro-brasileira, História e Cultura Indígena, ou seja, boa parte dos professores tem embasamento teórico para discutir diferentes temáticas em sala de aula. Além disso, esses temas, também têm sido abordados pela Formação da Cidade.
  • 36. 36 9. A comunidade no CIEJA e o CIEJA na comunidade: Quando falamos da relação da comunidade com a escola, é importante que tenhamos troca, parcerias, trabalho em conjunto. Neste sentido, as parcerias realizadas com a comunidade têm como meta, oferecer novas perspectivas, transformando o espaço escolar em espaço de convívio, por meio das relações extramuros, exemplificando, o que acontece na escola tem que refletir na comunidade e vice-versa. Essas relações devem ser alimentadas a fim de que nossos alunos tenham acesso aos mais diversos espaços, havendo assim um sentimento de pertencimento tanto por parte dos alunos como da comunidade em relação à escola. Quando pensamos o CIEJA na comunidade e a comunidade no CIEJA, é trazer a comunidade pra dentro da escola, é também pensar em ações que promovam essa transformação do entorno, é possibilitar sua participação. Por essa razão, desde 2017 vimosnum movimento de realizarmos o Conselho de Classe Participativo o qual requer escuta, mas como diz Paulo Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia (1997), trata-se de uma escuta para além da capacidade auditiva, para nós do CIEJA, há de se ter uma escuta sensível, uma escuta atenta, para que não corramos o risco de cairmos na armadilha de dizer que escutamos sem ouvirmos. 10. Plano da Equipe Gestora – Nossas Concepções Temos por concepção e prática, que as relações desenvolvidas no dia a dia da escola devam primar pelo respeito, pela dialogicidade, envolvendo toda a comunidade escolar integrada a esse processo. Viver uma gestão democrática pressupõe espaço de escuta atenta e fala pontual, que dividi com todos a corresponsabilidade das ações que regem o funcionamento da Unidade Educacional. Nesse sentido, nossa identidade vai tomando corpo, delineando assim uma gestão democrática. Compreendemos que estar no CIEJA pressupõe o convívio com a multiplicidade de historicidades que envolvem estudantes, corpo docente e todos os funcionários que desse universo fazem parte. Desse modo, abarcamos as diferenças sociais, étnicas, culturais, religiosas e de gênero. Tendo em vista o explicitado acima, as ações que evidenciam um trabalho coletivo e humanista é o de propiciar um ambiente acolhedor para todos aqueles
  • 37. 37 que trabalham e que estudam em nossa escola. É também promovermos momentos de participação em Conselhos do CIEJA, Conselhos de Classe Participativo, Reunião de Pais e espaço aberto para sugestões e ou críticas com vistas a melhorarmos o nosso trabalho, Reuniões regulares com funcionários com o objetivo de formarmos uma equipe coesa e motivada, onde cada um é parte do todo, considerando as especificidades e os talentos de cada um. Uma gestão que privilegia a escuta e considera a fala do outro para repensar e redimensionar as ações, valoriza os profissionais que fazem parte desse espaço que é coletivo e feito por todos. Quando nos deparamos em situações de conflito que ocorrem nas mais diversas instâncias da escola, a mediação é algo presente em nossas ações. Conceber uma educação equânime é contemplar toda essa diversidade presente no CIEJA Santana/ Tucuruvi, esse território múltiplo, transformador, coletivo e inclusivo. Em anexo o nosso Plano de Trabalho. 11.Mediando Conflitos: Vivendo e Convivendo Viver é conviver, a máxima citada faz todo sentido na realidade do CIEJA, Como já mencionamos, no CIEJA estudam jovens, adultos e idosos, pessoas com e sem deficiência. Essa diversidade carrega em si uma um problema e também um desafio, coexistir respeitandoas diferenças de tempos e estilos, diferenças de gerações, hábitos e valores, não é uma tarefa fácil e por vezes acaba surgindo alguns conflitos. O diálogo nessas situações surge como principal mediador para a solução desses impasses, primando pelo respeito e tolerância. Buscamos ouvir os envolvidos no conflito individualmente para que se sintam à vontade para colocar sua versão do ocorrido. Após ouvirmos os dois lados, buscamos a solução juntamente com os envolvidos. Em caso de reincidência, chamamos novamente para o diálogo, e realizamos o registro da ocorrência, solicitando que tomem ciência por meio de suas assinaturas e de forma conjunta assumam o compromisso de conviver de forma respeitosa. No caso de alunos menores, primeiro estabelecemos um diálogo com eles, e caso seja necessário entramos em contato com seu responsável legal para que tome conhecimento do ocorrido. Viver e conviver pressupõe respeito, mediação e escuta sensível, tais ações têm contribuído para a prevenção e resolução de conflitos que surgem no CIEJA. Além disso,
  • 38. 38 temos na unidade a Comissão de Mediação de Conflitos, conforme Decreto nº 56.560/2015(em anexo, membros da Comissão). Março/2022 Assinaturas da Equipe Gestora do CIEJA Santana/Tucuruvi