1. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
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Estado de Minas Gerais - 2024
2. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Governador do Estado de Minas Gerais
Romeu Zema Neto
Vice-governador do Estado de Minas Gerais
Mateus Simões de Almeida
Secretário de Estado de Educação
Igor de Alvarenga Oliveira Icassatti Rojas
Secretária Adjunta
Geniana Guimarães Faria
Subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica
Kellen Silva Senra
Superintendente de Políticas Pedagógicas
Graziela Santos Trindade
Diretora de Ensino Médio
Rosely Lúcia de Lima
Coordenadora de Ações de Aprendizagem
Vanessa Nicoletti Gomes de Oliveira
Construção
Ademar Pinto do Carmo
Alexandre Marini
Anízio Viana da Silva
Camila Gomes Cunha
Cláudia do Rosário Silva Mendes
Giselle de Oliveira Neves
Kátia de Laura Borges
Samira Maria Araújo
Laís Francini F. Américo (estagiária)
Parceria técnica
INSTITUTO IUNGO
LEITURA CRÍTICA
Carlos Gomes de Castro
Léa Camargo
Sumário
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Estado de Minas Gerais - 2024
3. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
APRESENTAÇÃO 4
Introdução 5
Ementa 5
Abordagem pedagógica 5
Objetivos de aprendizagem 6
PLANEJAMENTO 8
IDENTIDADES E JUVENTUDES 10
1º Bimestre - A diversidade das juventudes 10
2º Bimestre - Jovens e a política 14
3º Bimestre - Um mundo de influências 18
4º Bimestre - Um mundo de desafios 21
JOVENS E O MUNDO DIGITAL 25
1º Bimestre - As novas relações sociais 25
2º Bimestre - O mercado de informações 29
3º Bimestre - O mercado de trabalho 33
4º Bimestre - Relações éticas 37
DIREITOS E DEVERES DO CIDADÃO 41
1º Bimestre - Direitos: construção e conceitos 41
2º Bimestre - A construção dos Direitos Humanos 46
3º Bimestre - DUDH: análises e problematizações 49
4º Bimestre - O estatuto da juventude 52
DESENVOLVIMENTO PESSOAL E COLETIVO 55
1º Bimestre - O Jovem Profissional 55
2º Bimestre - Introdução a Pesquisa 59
3º Bimestre - Laboratório de pesquisa 62
4º Bimestre - Metodologia da Pesquisa 65
REFERÊNCIAS 66
APRESENTAÇÃO
O Itinerário Formativo é composto por Unidades Curriculares, que se organizam em
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Estado de Minas Gerais - 2024
4. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Componentes Curriculares. As Unidades Curriculares se estruturam de duas formas: aquelas
que são mantidas na matriz ao longo do ensino médio, como o Projeto de Vida e a
Preparação para o Mundo do Trabalho, e aquelas que permitem a escolha anual pelos
estudantes, como as Eletivas e o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento.
O Itinerário Formativo, parte diversificada do Currículo Referência de Minas Gerais,
tem uma função importante na trajetória escolar dos estudantes, pois estabelece o diálogo
com os contextos de vida dos jovens e com a realidade atual. Assim, um dos principais
propósitos do Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é a promoção de abordagens
práticas e contextualizadas , valorizando os saberes trazidos pelas Áreas do Conhecimento.
Ao conectar os saberes da Formação Geral Básica (Geografia, História, Sociologia,
Filosofia, Química, Artes, Educação Física, Matemática etc.) e o Projeto de Vida dos
estudantes, o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento tem como objetivos: produzir
conhecimentos, criar possibilidades de aprofundar e ampliar aprendizagens, intervir na
realidade sociocultural, incentivar a ação de empreender, como uma atividade profissional
ou ter a si mesmo como objeto desse empreender, isto é, empreender-se.
Cada Unidade Curricular do Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é
composta por 4 Componentes Curriculares. A unidade curricular Aprofundamento nas
Áreas do Conhecimento para o 1º ano diurno oferta componentes curriculares de cada uma
das 4 áreas para todas as turmas da rede. Para o 2º ano, em 2023, mantém-se a estrutura de
oferta de 4 componentes curriculares, porém organizados de formas diversas que
possibilitaram 9 arranjos distintos, assegurando que os estudantes possam, com as equipes
escolares, escolher qual dos Aprofundamentos é mais compatível com seu projeto de vida.
Neste documento, o professor encontrará as orientações para a implementação do
Aprofundamento em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, contendo cada um a seguinte
estrutura:
● Introdução à unidade curricular;
● Ementa do macrotema;
● Abordagem pedagógica;
● Objetivos de aprendizagem;
● Planos de curso contendo sugestões de organização de trabalho com subtemas,
habilidades gerais, específicas e estratégias de ensino aprendizagem.
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Estado de Minas Gerais - 2024
5. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Introdução
O aprofundamento em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas é uma unidade
curricular formada por quatro componentes curriculares orientados para o reconhecimento
de questões que afetam a vida social dos estudantes e o envolvimento deles na vida pública.
Objetiva a criação e ampliação de possibilidades de convivência, mediação de conflitos e
propostas de soluções de problemas locais por meio de projetos de mobilização e
intervenção sociocultural.
Ementa
Macrotema: “JUVENTUDES”
Visando à apropriação dos conhecimentos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
como ferramenta crítica para o desenvolvimento pessoal e coletivo, o macrotema
“Juventudes” propõe o aprofundamento do diálogo entre as características e potencialidades
individuais e locais, perpassando por identidade e pluralidade juvenil, as juventudes e sua
relação com o mundo digital e com a comunidade à sua volta. Esta unidade curricular
focalizará competências e habilidades voltadas à compreensão da realidade dos estudantes,
na busca da integração entre os saberes científicos e as vivências pessoais.
Abordagem pedagógica
“Juventudes” é o macrotema norteador do trabalho a ser desenvolvido nesta unidade
curricular, sendo desdobrado em temas afins para cada um dos quatro componentes
curriculares, os quais mantém diálogo constante entre si. Os professores responsáveis por
esses componentes curriculares podem propor criação de cineclubes, observatórios,
incubadoras e núcleos de criação artística relacionados com a temática “Juventudes”,
utilizando instrumentos e métodos pedagógicos pelos quais os estudantes se reconheçam
como sujeitos sociais, compreendam e valorizem as diversidades culturais, econômicas e
sociais que compõem a sua comunidade.
O aprendizado de que os aspectos históricos, sociais, econômicos, filosóficos e
geográficos nos constroem como pessoas diferentes entre si, diversas e em condições
distintas orienta o componente curricular Identidade e Juventudes. Partindo do pressuposto
de que se há vivências distintas, há juventudes diferentes, objetiva-se a compreensão da
construção dos sujeitos em sua pluralidade. O professor responsável por esse componente
procurará facilitar a percepção dos estudantes em sua diversidade e como a realidade
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Estado de Minas Gerais - 2024
6. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
histórica e social em que vivemos está diretamente conectada com a ideia de “quem somos e
de quem queremos ser”, compreendendo a escola como espaço sócio-cultural, lugar de
trocas de experiências, saberes e culturas juvenis.
As influências, as relações e as expressões de ideias não se constituem apenas na vida
que acontece nos espaços físicos reais: o mundo virtual está presente no cotidiano dos
estudantes, criando possibilidades, desejos, frustrações e aprendizados. Em Jovens e o
Mundo Digital, a discussão se concentrará na compreensão da influência do mundo digital
nas juventudes e, em extensão, nas individualidades: como a identidade de cada um se
manifesta no ciberespaço? Como acontece a representação dos indivíduos e grupos no
mundo virtual e nos novos espaços de atuação que extrapolam o mundo físico? O professor
abordará as dificuldades, oportunidades e complexidades das Tecnologias Digitais de
Informação e Comunicação (TDICs), em como elas se apresentam na formação das
juventudes, nas novas particularidades/exigências para o mercado de trabalho e no exercício
da cidadania.
Concomitantemente aos temas tratados em “Identidade e Juventudes” e “Jovens e o
Mundo Digital”, o componente curricular Direitos e Deveres dos Cidadãos pretende
oportunizar a apropriação de temas relacionados ao Estatuto da Juventude (Lei no
12.852/2013) e aos Direitos Humanos, qualificando e aprofundando a discussão desses
temas entre os estudantes. Conceitos como direito à cidade, direito à privacidade, direito ao
trabalho digno, à educação, profissionalização e acesso à cultura são algumas das propostas
de abordagem na busca de que os estudantes desenvolvam novas/outras reflexões sobre
suas possibilidades de ações e escolhas futuras.
Em Desenvolvimento Pessoal e Coletivo, é proposto o envolvimento de práticas
associadas à conclusão do ensino médio, como as escolhas para o ano seguinte e algumas
possibilidades e definições sobre o mundo do trabalho (carreira, campo profissional),
considerando a realidade que caracteriza a comunidade da qual os estudantes fazem parte.
Este módulo está orientado para práticas investigativas, como a produção de projetos
práticos, investigação científica, pesquisa e análises estatísticas, observatórios, incubadoras,
produção artística, entre outras.
Objetivos de aprendizagem
Ao final do ano letivo, espera-se que os estudantes sejam capazes de:
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Estado de Minas Gerais - 2024
7. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
➢ Reconhecer e respeitar as diferenças dentro da escola e na comunidade local;
➢ Debater sobre processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais de
forma respeitosa, democrática, com criticidade e empatia;
➢ Valorizar a pluralidade e combater as diversas formas de discriminação e exclusão
social;
➢ Compreender que os espaços virtuais não são campos isentos de perigos e
responsabilidades, aprendendo a lidar com eles de forma ética;
➢ Combater a divulgação de “fake news”, de bullying digital e de ações de cunho
antidemocrático;
➢ Aplicar os conhecimentos relativos aos Direitos Humanos e Estatuto das Juventudes,
tornando-se sujeitos atuantes em seus lares, comunidades e escola de maneira
equilibrada, democrática e pacífica;
➢ Avaliar criticamente a realidade em que estão inseridos, ideando possíveis soluções e
caminhos a serem construídos.
Quadro-síntese 1 da unidade curricular do Aprofundamento em CHS
Unidade curricular Macrotema norteador Componente curricular n° de aulas
Aprofundamento em
Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas
“Juventudes”
Identidade e Juventudes 2 aulas semanais
Jovens e o Mundo Digital 2 aulas semanais
Direitos e Deveres dos Cidadãos 2 aulas semanais
Desenvolvimento Pessoal e
Coletivo
2 aulas semanais
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Estado de Minas Gerais - 2024
8. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
PLANEJAMENTO
Este plano de curso traz sugestões para nortear o trabalho docente para os
componentes curriculares que fazem parte do Aprofundamento em Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas. Destacamos que é essencial considerar o contexto local no qual você,
professor ou professora, está inserido, assim como o perfil e o interesse dos estudantes, para
que, com eventuais ajustes que se fizerem necessários, este planejamento seja exequível e
significativo para todos os envolvidos: professores/as, alunos/as e comunidade. É de
fundamental importância que os professores responsáveis pelos quatro componentes
curriculares articulem espaços de diálogo entre si e que contem com a participação efetiva
do coordenador de área/geral em cada uma das escolas.
A unidade curricular de Aprofundamento nas Áreas de Conhecimento não se
configura como um espaço de revisão ou extensão da Formação Geral Básica, mas de
complementação, desenvolvimento e aprofundamento de aprendizados, organizados em
eixos estruturantes próprios do Itinerário Formativo: Investigação Científica, Processos
Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural e Empreendedorismo. Diante de tal
perspectiva, as aulas devem, preferencialmente, serem desenvolvidas de maneira que os
estudantes tenham uma participação ativa em seu aprendizado dentro dos espaços e tempos
escolares. Orientamos que os professores utilizem metodologias que privilegiam atitudes
participativas, investigativas e construtivas por parte do alunado, o que não implica que aulas
tradicionais ou exposição de conceitos não devam ser utilizadas como estratégia de
ensino-aprendizagem. As metodologias ativas se caracterizam pela profunda relação
existente entre educação, cultura, sociedade, política e escola e se desenvolvem a partir de
atividades criativas e ativas que buscam a aprendizagem e o protagonismo do estudante.
O macrotema "Juventudes" (norteador desta unidade curricular) se ramifica em
quatro temas principais, descritos pelos nomes dos componentes curriculares. Cada um
desses componentes tem seu plano de curso distribuído em quatro bimestres. Considerando
a diversidade da formação do professor e professora que assumirá cada componente em
turmas e escolas diferentes, são sugeridos subtemas amplos que podem ser escolhidos e
desenvolvidos a partir de sua perspectiva e arcabouço científico. Desta forma, será
perceptível a você, professor e professora, que determinados subtemas ora possuem apelo
maior para geografia, ora para história, sociologia ou filosofia. Não se trata, portanto, de
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Estado de Minas Gerais - 2024
9. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
um plano de curso com objetos de conhecimento a serem seguidos de maneira literal, mas
de subtemas amplos capazes de serem trabalhados e desenvolvidos de maneiras
diferentes a depender de cada professor e professora.
Na organização descrita no quadro síntese abaixo, os componentes curriculares das
três primeiras colunas verticais (Identidades e juventudes / Jovens e o mundo digital /
Direitos e deveres do cidadão) procuram construir um arcabouço de conhecimento científico
para que os estudantes possam se aprofundar em temas atuais e pertinentes à sua própria
construção enquanto indivíduos e cidadãos críticos e atuantes. Já o componente
“Desenvolvimento Pessoal e Coletivo” possui uma perspectiva diferenciada: trata-se de aulas
que deverão estimular a pesquisa e a organização de conhecimentos para a produção de um
projeto cuja culminância se conecta tanto com as possibilidades de caminhos futuros dos
estudantes, como com os conhecimentos inerentes à sua construção pessoal e coletiva.
Quadro síntese 2 - Componentes Curriculares do Aprofundamento em CHS
JUVENTUDES
Identidades e
Juventudes (CHS-1)
Jovens e o
Mundo Digital
(CHS-2)
Direitos e
Deveres do
Cidadão (CHS-3)
Desenvolvimento
Pessoal e Coletivo
(CHS-4)
1º bim
A diversidade das
juventudes
Novas relações
sociais
Direitos:
construções e
conceitos
O jovem profissional
2º bim
Jovens e política O mercado de
informação
Direitos Humanos I Introdução à pesquisa
3º bim
Um mundo de
influências
O mercado de
trabalho
Direitos Humanos II Laboratório de
pesquisa
4º bim
Um mundo de desafios Relações éticas O Estatuto da
Juventude
Metodologia de
pesquisa
9
Estado de Minas Gerais - 2024
10. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
IDENTIDADES E JUVENTUDES
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
JUVENTUDES
Identidade e juventudes
1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre
A diversidade das
juventudes
Jovens e política Um mundo de
influências
Um mundo de
desafios
1º Bimestre - A diversidade das juventudes
A proposta de trabalho para o 1º bimestre procura trazer à pauta os conceitos de
identidades e juventudes sob a luz das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e
contextualizá-los pela ótica da História, Geografia, Filosofia e Sociologia. Marcadores sociais,
cultura e consumo formam um alicerce plural para subsidiar as discussões e análises
produzidas em sala de aula.
Importante: apesar de os subtemas e as práticas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se constituir muito amplos e/ou em quantidade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se justifica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações distintas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação científica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temáticas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento científico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.
10
Estado de Minas Gerais - 2024
11. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
1º Bimestre - Identidades e Juventudes
A diversidade das juventudes
Sugestão de subtemas:
● Conceitos de Identidades e juventudes: por que no plural?
● O contexto histórico e sua influência na expressão e formação dos jovens (Hippies, Yuppies,
millennials etc)
● Quem somos nós? Negros, pardos, brancos, nativos e estrangeiros no Brasil
● As desigualdades como fator preponderante na construção das identidades: gênero, classe e raça
● Tribos: o multiculturalismo entre os jovens urbanos
● Cultura e meios de expressão e suas influências sobre a formação das identidades
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Processos Criativos
EMIFCG04 - Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de
vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07 - Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colaborativas e responsáveis.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Processos Criativos
EMIFCHS04 - Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica
sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS07 - Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Discutir conceitos de “identidades” e “juventudes” a partir de propagandas publicitárias, imagens,
textos e fotos, procurando abordar a pluralidade (ou não) presente nas construções frente à realidade
presente na sala de aula e seus estudantes, preparando a turma para discussões que envolvam as
perspectivas que eles próprios têm de si: perguntas como “com o que me identifico?” , “quais as
causas que me motivam?”, “a quais grupos eu pertenço?”, “como eu me vejo?” são motivadoras de
discussões que podem revelar conexões importantes entre os estudantes, suas realidades, seus
problemas e dificuldades que enfrentam;
2. Realizar com os estudantes um censo escolar na própria escola, com o objetivo de (re)conhecer as
identidades dos jovens. Você, professor(a) vai orientá-los a escrever um questionário, que deve
abordar perguntas de cunho cultural, étnico, geográfico, educacional, trabalho, lazer e férias, esporte,
meio ambiente, dentre outras preferências juvenis, fazer a coleta de dados, a formulação, análise e
discussão dos resultados, que devem ser apresentados em sala de aula. Este censo faz parte de um
trabalho em conjunto com o componente Desenvolvimento Pessoal e Coletivo, auxiliando no
desenvolvimento do projeto daquela unidade. Portanto, será imprescindível que o professor de
11
Estado de Minas Gerais - 2024
12. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Identidades e Juventudes verifique a viabilidade (ou não) junto com o professor do outro
componente.
3. Apresentar e discutir juventudes em seu contexto histórico (hippies, yuppies, geração Y, etc),
evidenciando que classificações ajudam a explicar mas não representam nem definem a totalidade
dos jovens de determinada época, não podendo ser usadas para simples reduções e generalizações
(“os jovens dessa época ou desse lugar eram assim”, por exemplo), dado que marcadores de classe,
gênero, raça, local geográfico, entre outros, impactam a forma com que jovens se constroem e se
expressam, mas . Propõe-se demonstrar que contextos históricos e culturais são importantes para
influenciar as identidades juvenis. Caso o professor ache apropriado, é possível que, a partir de vídeos
e/ou documentários que demonstram a atuação de jovens em diferentes contextos e épocas, discutir
algumas perguntas motivadoras: O que os Hippies têm a ver com os conflitos geopolíticos da época?
Como os Yuppies se relacionam com os valores neoliberais em políticas da era Reagan e Thatcher?
Algumas sugestões de vídeos curtos são:
a. ERNESTO VARELA: NOVA YORK: Yuppies & Punks (1985):
https://www.youtube.com/watch?v=z__qq5Km-HA
b. O QUE SÃO AS GERAÇÕES X, Y, Z, W, ALFA, BABY
BOOMER???https://www.youtube.com/watch?v=32BkEpexfjg
4. Abordar o multiculturalismo enquanto conceito. Perguntas motivadoras como “existe uma só
cultura?”, “a pluralidade cultural enriquece as relações sociais ou é um problema?" podem ser
mobilizadas para discutir a própria expressão cultural da região, suas crenças, costumes, assim como a
complexidade do mundo atual e as inúmeras influências externas que recebemos. Uma possibilidade
de estender essa discussão é a apresentação de trabalhos sobre “sincretismo”. Podem ser
apresentados elementos diversos de doutrinas distintas como exemplo da interação a partir das
relações sociais;
5. Analisar diferentes manifestações artísticas como literatura, revistas em quadrinhos, dança, cinema,
entre outros, para verificar como o multiculturalismo é expresso de formas variadas por diferentes
grupos sociais e discutir como o respeito a essas diferenças podem solucionar situações de conflitos,
desequilíbrios e ameaças a grupos sociais. Propõem-se que estudantes apresentem produtos
artísticos e culturais sobre temas e processos de natureza histórica, sociocultural, econômica,
filosófica ou política que representam tradições familiares ou da comunidade local (como exemplo
interessante, presente em muitas regiões de Minas Gerais, são as expressões culturais como festas
julinas, apresentações de Congado e Folia de Reis).
6. Apresentar músicas, propagandas ou filmes que retratam o incentivo ao consumismo e realizar rodas
de discussão a partir da pergunta motivadora: “O que consumimos é motivado pelos nossos
interesses ou nossos interesses são motivados pelo que consumimos? Abordar pontos como a
influência do que consumimos na nossa construção identitária (roupas, música, filmes, séries, etc) e
das novas formas de expressão oferecidas pelas plataformas de redes sociais nas nossas
identificações, interesses e maneira com que nos relacionamos com o mundo e as pessoas. Sgestão
de material de apoio:
a. The Wall, de Pink floyd: https://www.youtube.com/watch?v=R8MGVY0LQPk
b. A história da garrafa de água, por Louis Fox
https://www.youtube.com/watch?v=KdVIsEUXIUM
Propostas de Avaliação
A avaliação no Itinerário Formativo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento da
metacognição, acentuando sua natureza processual e formativa. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do Itinerário Formativo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garantir preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço contínuo do estudante.
12
Estado de Minas Gerais - 2024
13. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Para fins técnico-didáticos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.
Proposta: Autoavaliação
➢ Como você descreve a experiência de realização de um censo?
➢ Você acredita que a realização de um censo ajuda a compreender melhor a população analisada? Por
quê?
➢ Houve alguma dificuldade ao elaborar o questionário? Se sim qual e por quê?
➢ Você considera que essa proposta tem relevância para a comunidade escolar? Por quê?
➢ Como você julga a sua participação neste bimestre?
13
Estado de Minas Gerais - 2024
14. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
2º Bimestre - Jovens e a política
Na proposta de trabalho para o 2º bimestre busca-se aprofundar a compreensão de
que a política possui papel preponderante na construção da nossa identidade, na maneira
como lidamos com o mundo e nas perspectivas de mudanças. Como pressuposto principal, a
noção de que o mundo não está dado, é construído. Desenvolver uma visão crítica de tal
construção, propicia ao estudante entender a si mesmo e desenvolver possibilidades sobre
como agir para transformar os espaços que vivemos.
Importante: apesar de os subtemas e as práticas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se constituir muito amplos e/ou em quantidade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se justifica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações distintas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação científica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temáticas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento científico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.
2º Bimestre - Identidades e juventudes
Jovens e a política
Sugestão de subtemas:
● Os jovens e os movimentos sociais e políticos:
○ O contexto de surgimento do movimento estudantil
○ O movimento estudantil e a resistência à Ditadura militar 1969-1979
○ A participação no Impeachment e nas jornadas de julho de 2013.
● Participação política:
○ Os jovens e a política institucionalizada
○ Diferentes formas de participação política
● Quais são as demandas que mobilizam as juventudes?
○ Emergência ambiental
○ Trabalho e emprego
○ Educação
○ Desigualdades sociais
○ Outras desigualdades? Quais?
○ Ativismos e suas contradições
● A geopolítica atual e seus impactos
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Estado de Minas Gerais - 2024
15. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
○ Populismo, neofacismo e autoritarismo: a democracia em risco
○ Soft power: a relevância da cultura na política e na economia mundial
● Novos conceitos para pensar a política
○ Sociedade do cansaço
○ Necropolítica
○ Democracia de alta, média e baixa intensidade
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Investigação Científica
EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça social,
pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Empreendedorismo
EMIFCG10 - Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e
alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em
situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Investigação Científica
EMIFCHS02 - Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, contextualizando os
conhecimentos em sua realidade local e utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação
científica.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS07 - Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Fazer um levantamento se os estudantes participam de algum movimento social, com quais eles mais
se identificam e o porquê. Algumas premissas podem conduzir a conversa: “Por que essa demanda é
importante?” “Essa pauta é democrática?” “Como a participação nesses movimentos ou luta por
esses ideais o ajudaria a alcançar seus objetivos pessoais e profissionais”?;
2. Mobilizar conceitos já conhecidos pelos estudantes (como populismo, facismo e autoritarismo), por
meio de quiz ou outro jogo que o professor ache apropriado. Para aprofundar e desenvolver de formas
críticas frente às novas configurações da política contemporânea, pode-se usar perguntas motivadoras
como: “O populismo e o fascismo se apresentam da mesma forma hoje que no passado?”, “É
possível identificar traços autoritários em países democráticos? Se sim, de que maneira?”, “Quais os
riscos envolvidos quando a democracia é colocada em perigo?”;
3. Discutir com os estudantes o que eles entendem como movimentos sociais e quais conhecem ou já
ouviram falar. Utilizar artigos, notícias que circulam nas redes sociais ou no mundo jornalístico e
debater “por que existem movimentos sociais?”, “qual a sua importância para a construção de
direitos”, “todo movimento social é válido e justo?” (essas e outras questões norteadoras poderão
ser utilizadas para mobilizá-los a pensar criticamente sobre uma das mais importantes manifestações
políticas da sociedade)
4. Apresentar mobilizações sociais que fizeram parte da construção histórica da sociedade brasileira e
propor que os estudantes façam mapas mentais ou infográficos capazes de evidenciar semelhanças e
15
Estado de Minas Gerais - 2024
16. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
diferenças entre movimentos permanentes (antirracistas, direitos das mulheres, educação, etc) e
aqueles que surgem de demandas pontuais. Sugestão de material de apoio:
○ História dos movimentos sociais no Brasil. Fundação Cecierj:
https://canal.cecierj.edu.br/022019/cfaf44dc23a4eb2d5833f04838ddf105.pdf
○ Conheça as revoltas que marcaram a história do Brasil, de Uol educação:
https://educacao.uol.com.br/infograficos/2013/06/18/conheca-os-movimentos-sociais-que-
marcaram-a-historia-do-brasil.htm#19
5. Pesquisar a participação dos jovens na política institucionalizada e analisá-la, a partir de dados
disponíveis em sites públicos, como o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em sala de aula, perguntas
mobilizadoras como “Votar é importante?”, “Vocês consideram que os partidos são espaço de
representação? Por quê?”, “É possível conquistar novos direitos ou manter os existentes sem
participar da política institucional?”, “De que maneira os jovens podem participar mais da política?”
devem abrir espaços para problematizações pelos próprios estudantes, sempre mediadas pelo(a)
professor(a). Material de apoio e consulta:
○ Tribunal Superior Eleitoral -
https://sig.tse.jus.br/ords/dwapr/seai/r/sig-eleicao/home?session=203088494739123
6. Fazer um levantamento simples em sala de aula sobre quais são as demandas que mais importam
aos jovens, se são pautas amplas ou específicas, o porquê da escolha dos estudantes, e realizar uma
conexão entre tais pautas e o contexto vivido por eles na comunidade ou região. Incentivar os
estudantes a discutirem e argumentarem sobre a relevância dessas demandas e pautas sociais. Uma
forma interessante é propor tal discussão dentro de uma roda de conversa mediada pelo professor.
Sugestão de material de apoio:
○ Agenda JUVENTUDE BRASIL 2013:
https://www.ipea.gov.br/participacao/images/pdfs/participacao/pesquisa%20perfil%20da%2
0juventude%20snj.pdf (material produzido a 10 anos atrás, possui gráficos e dados que
podem orientar discussões e suscitar contraposições uma década depois)
7. Apresentar o conceito de “soft power”. Utilizar exemplos do uso desse conceito a partir da experiência
dos próprios alunos: os filmes que assistem, são feitos onde? E as músicas? Será que isso gera receita
e empregos em seus países de origem? O consumo dos produtos culturais desses países nos
influencia? Se sim, influencia nossos valores e formas de pensar o mundo? Este é um bom momento
para abrir espaço para que os estudantes apresentem suas principais influências culturais (música,
séries, filmes, livros, HQs, etc) e pensar como meios culturais podem oportunizar processos
empreendedores e desenvolvimento de políticas públicas para melhoria de vida da população.
Sugestão de texto motivador:
○ Soft Power - O poder de influência de um país no mundo, de Pedro Almeida:
https://www.publishnews.com.br/materias/2018/01/23/soft-power-o-poder-de-influencia-de
-um-pais-no-mundo
8. Propor clube de leitura a partir de agrupamentos organizados pelos estudantes. Cada grupo trabalhará
teorias e conceitos presentes no contexto político atual, como a intensidade democrática (Boaventura
de Souza Santos), sociedade do cansaço (Byung-Chul Han), necropolítica (Achile Mbembe). Perguntas
motivadoras: “Como aplicar tais conceitos na atualidade?”, "Quais perspectivas futuras da vida em
sociedade e como pensam mudar/melhorar isso?” nortearão o trabalho de cada grupo, que
apresentará suas descobertas para os outros grupos, apresentando conexões entre os conceitos
estudados, a própria realidade vivida e as situações presentes na política brasileira e internacional
atual.
Propostas de Avaliação
O docente pode avaliar a produção de mapas mentais, participação de quizzes ou jogos, pesquisas e outras
atividades, como o desempenho em apresentações e discussões em sala.
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Estado de Minas Gerais - 2024
17. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Autoavaliação
➢ Compreendi a necessidade dos movimentos sociais?
➢ Você se engajou em alguma causa ou movimento devido aos debates ocorridos ao longo do bimestre?
➢ Você considera que os temas abordados nesse bimestre têm relevância para a juventude com um
todo? Por quê?
➢ Como você julga a sua participação neste bimestre?
17
Estado de Minas Gerais - 2024
18. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
3º Bimestre - Um mundo de influências
A abordagem do 3º bimestre focaliza algumas das influências que atuam de maneira
significativa na construção das identidades e, com isso, objetiva a compreensão das
diferenças sobre as histórias de vida dos indivíduos, condição importante para o
desenvolvimento da empatia e tolerância entre as pessoas. Propõe-se problematizar aquilo
que já está posto (o consumo, a indústria cultural, etc) e apontar problemas e complexidades
sociais que, de uma forma ou de outra, moldam nossas ações e nos acompanham
coletivamente.
Importante: apesar de os subtemas e as práticas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se constituir muito amplos e/ou em quantidade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se justifica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações distintas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação científica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temáticas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento científico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.
3º Bimestre - Identidades e juventudes
Um mundo de influências
Sugestão de subtemas:
● Somos o que consumimos?
○ A indústria cultural (games, filmes, séries, etc)
○ Consumismo: por que ocorre e quais suas consequências individuais e coletivas?
● Drogas e seus impactos sociais
○ Dados sobre o tema
○ Consequências sociais para a comunidade, família, indivíduo
○ Formas de prevenção e como lidar com o problema
○ Novas pesquisas sobre o vício (DR Carl Hart)
● Violências e seus impactos na nossa relação com as pessoas e o mundo
○ Tipos de violência: física, psicológica, simbólica e outras
○ Comunicação não violenta
○ A construção da escola como espaço seguro: qual o nosso papel?
● Religião: A influência e importância da religiosidade na construção do indivíduo
○ Religião e história
○ Religião e cultura
○ Religião e filosofia
○ Religião e ciência
○ Religião e tolerância
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Estado de Minas Gerais - 2024
19. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Investigação Científica
EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG08 - Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
EMIFCG09 - Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Investigação Científica
EMIFCHS03 - Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Processos Criativos
EMIFCHS06 - Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS07 - Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Após apresentar o conceito de indústria cultural dentre outros relacionados que o/a professor(a)
julgar importante para desenvolver o tema, propor que os estudantes descrevam os principais e mais
comuns produtos culturais consumidos por eles. A partir daí, propor problematizações, como tempo
de consumo, formas de consumo, o que cada um considera relevante e problemático no que
consomem e quais consequências positivas e negativas do consumismo para si e para a sociedade
em geral. Alguns filmes que podem suscitar discussões sobre o tema:
a. O show de Truman, de Peter Weir;
b. Clube da luta. de David Fincher
2. Utilizar filmes, reportagens, dados, matérias jornalísticas que achar relevante e apropriado para
abordar a droga como problema social, econômico e político, ou seja, causadora de problemas
coletivos, complexos e que não afeta ou envolve apenas o indivíduo que dela faz uso;
a. Nuggets, de Andreas Hykade: https://www.youtube.com/watch?v=HUngLgGRJpo
b. Cracolândia se espalha por ruas do Centro de SP, de Band Jornalismo:
https://www.youtube.com/watch?v=MCr6LLQNzUY
3. Pesquisar/estudar sobre alguns dos principais tipos de droga, incluindo as lícitas e ilícitas, e as
consequências relacionadas ao consumo, proibição descriminalização e/ou liberação, identificando
diversos pontos de vista, incentivando o posicionando mediante o uso de argumentos com lastros
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Estado de Minas Gerais - 2024
20. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
científicos, como o cuidado de citar as fontes utilizadas durante pesquisa e buscando apresentar
conclusões. Sugestão de material de apoio:
a. Classificação e efeitos das drogas, de Centro de Estudos Avançados de Psicologia
https://blog.cicloceap.com.br/classificacao-e-efeitos-das-drogas/
4. Convidar representantes da comunidade que sejam especialistas no assunto para falarem sobre
drogas e como elas interferem na vida de milhares de pessoas no Brasil e no mundo. Escolher o que
for mais apropriado diante do tema: um encontro com outras turmas (podendo aumentar o tempo
de palestra) ou que o convidado fazendo visitas de sala em sala ( o tema pode ser abordado de forma
mais objetiva /intimista, porém com tempo mais curto).
5. Aprofundar o conceito de violência para além da violência física: tratar sobre violência psicológica,
sexual, assédios (moral e sexual) e discutir como esses tipos de violência afetam a construção da
identidade de cada um e a maneira como lidamos com os outros. Como fonte sugerida, o Atlas da
Violência produzido pelo Intituto de Pesquisa Econômica Aplioada:
https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/
6. Propor discussões sobre o tema das violências tendo como pressuposto a escola como local seguro, o
qual deve ser assim ofertado e, ao mesmo tempo, defendido e aprimorado por todos: “Quais as
ações possíveis que cada um pode realizar?”, “Quais propostas podem ser apontadas para eliminar
ou reduzir problemas de violência na escola e na comunidade?”, “Como construí-las
democraticamente e colocá-las em prática?”
7. Para a abordagem sobre a religião, tratá ́-la como fator fundamental na construção identitária de
todos, inclusive de quem não se identifica como religioso. É possível usar filmes, séries ou
documentários como referência para demonstrar sua influência na cultura dos povos, no
desenvolvimento da filosofia, sua relação com a ciência. É salutar evidenciar como a tolerância é
ponto fundamental para a liberdade de crença e o exercício pleno da cidadania, dado que as religiões
possuem caráter complexo, íntimo e coletivo. (É possível que alguns dos subtemas sugeridos
-consumo, indústria cultural, violência- sejam também utilizados para complexificar discussões que
envolvam as religiões).
8. Estudar artigos da Constituição Federal de 1988 que tratam sobre a laicidade do Estado e a relação
desse tema com outros que envolvem tolerância, ciência, diversidade religiosa, direito de fé, etc.
Propostas de Avaliação
O docente pode avaliar a produção em sua participação e, sala de aulas e nos projetos e produções que
foram desenvolvidas neste bimestre.
Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu por meio das propostas realizadas rastrear as influências diversas às
quais somos expostos todos os dias?
➢ Como você julga a sua participação neste bimestre?
➢ O aprofundamento nos temas abordados foram relevantes para o desenvolvimento de um olhar mais
crítico da nossa sociedade? Explique.
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Estado de Minas Gerais - 2024
21. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
4º Bimestre - Um mundo de desafios
O 4º bimestre tem como proposta ampliar as perspectivas frente aos desafios futuros
e seus os problemas amplos, complexos e coletivos e, por isso mesmo, não podem ser
resolvidos no campo individual. Todos os quatro principais tópicos deste bimestre
(economia, meio ambiente, conflitos e desigualdades) relacionam-se entre si, possibilitando
que o trabalho seja explorado correlacionado a todos eles. Ao mesmo tempo, são temas que
permitem que cada professor(a) possa utilizar esta etapa final para aprofundar em um ou
mais desses tópicos, conforme sua escolha, dado seu contexto escolar e sua formação
científica.
Importante: apesar de os subtemas e as práticas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se constituir muito amplos e/ou em quantidade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se justifica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações distintas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação científica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temáticas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento científico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.
4º Bimestre - Identidades e juventudes
Um mundo de desafios
Sugestão de subtemas:
● Economia
○ Conceitos básicos de economia: dinheiro, lastro, câmbio, inflação, oferta e demanda,
indicadores econômicos
○ A relação da economia com trabalho, emprego, meio ambiente, conflitos e desigualdades
sociais
● Desigualdades
○ Diferenças entre trabalho e emprego, trabalho remunerado e não remunerado,
terceirização e precarização do trabalho
○ Desigualdade social e econômica como fonte de conflitos
○ Desigualdades estruturais (raça, gênero, educação, classe) e seus impactos nas
possibilidades individuais/coletivas e ciclo de perpetuação
○ A reforma trabalhista e o impacto na nova geração de trabalhadores
● Meio ambiente
○ Sustentabilidade e preservação ambiental
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Estado de Minas Gerais - 2024
22. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
○ Economia verde e a relação entre produção, consumo e meio ambiente
○ Riquezas naturais e os conflitos políticos regionais e mundiais: o interesse em torno
da água, terra, petróleo e outros bens
● Conflitos
○ Os diversos tipos de conflitos mundiais atuais que envolvem países e territórios
○ As cidades e seus conflitos sociais urbanos
○ Xenofobia, racismo, perseguição religiosa, polarização política: a intolerância e o
preconceito como base de conflitos
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Investigação Científica
EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07 - Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colaborativas e responsáveis.
EMIFCG08 - Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Investigação Científica
EMIFCHS03 - Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS07 - Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Definir os conceitos relacionados aos temas escolhidos a serem trabalhados no bimestre. Pesquisa,
estudo e aulas expositivas podem ser necessários para introduzi-los e iniciar as problematizações e
propostas de trabalho. Todos os quatro subtemas (economia, como meio ambiente, conflitos e
desigualdades) trazem conceitos importantes para a compreensão dos estudantes;
2. Os subtemas sugeridos para este quarto bimestre contemplam diversos filmes que podem ser
usados (por inteiro ou trechos específicos) para subsidiar discussões em sala de aula. Alguns filmes
interrelacionam mais de uma das sugestões de subtemas deste bimestre, como “Diamante de
sangue” (2006) e “O senhor das armas” (2005), os quais envolvem conflitos, desigualdades e
economia. “Wall-E” (2008) e “Oceanos de plásticos” (2016) também são sugestões que podem
completar os temas a serem abordados neste bimestre. Há, no entanto, diversos outros filmes,
documentários e demais materiais imagéticos que podem ser mobilizados pelos professores (obs.: é
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Estado de Minas Gerais - 2024
23. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
preciso estar atento à classificação etária e ao propósito pedagógico sempre que for exibir qualquer
produção fílmica).
3. Sempre após a exibição, é importante um encontro para que pontos específicos possam ser melhor
apontados e discutidos. A produção de crítica cinematográfica é um ótimo recurso de análise,
aprendizagem e expressividade. Após a exibição, promover uma sessão comentada a respeito do
filme e os estudantes podem escrever resenhas críticas sobre o filme ou uma uma redação
dissertativa-argumentativa, posicionando-se com base nos critérios científicos, éticos e estéticos
apresentados, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça social,
pluralidade, solidariedade e sustentabilidade, e teria como culminância uma amostra
cinematográfica crítica onde os (as) estudantes organizam a entrada da comunidade na escola para
sessões de audiovisual seguida de rodas de conversa com o propósito de dialogar os temas com a
comunidade escolar.
4. Relacionar os diversos subtemas do bimestre usando mapas interativos. Como sugestão tem-se o
EJAtlas (disponível aqui: https://www.ejatlas.org/), o qual oportuniza que os alunos procurem
qualquer lugar do mundo e encontrem notícias sobre os diversos conflitos existentes (importante: o
site não está em português, mas a tradução automática do navegador oferece boa navegabilidade
nas informações) e o mapa de conflitos da Fiocruz (disponível em:
https://mapadeconflitos.ensp.fiocruz.br/), orientado mais especificamente para desigualdades e
saúde no território brasileiro. Esses mapas podem ser usados em sala de aula, no laboratório de
informática da escola (se houver) ou como fonte de pesquisa de estudantes e professores;
5. Caso a escola tenha uma rádio/podcast ou outro meio de comunicação, criar um programa/meio de
difusão ao longo do bimestre para tratar de questões locais relacionados aos quatro temas do
bimestre. Os estudantes podem escolher desde o nome do programa, formato como escrever o
roteiro semanal; gravar podcasts, entrevistas; criar jingles, propagandas, campanhas de mobilização;
programas de informação e entretenimento. Convém apresentar essa proposta no início do bimestre
para que haja tempo de mobilização.
6. Propor pesquisa em campo, que podem e devem acontecer também durante as aulas e sob a
orientação dos professores para visitar pontos icônicos da cidade: o centro comercial, para se
verificar como acontece o consumismo em suas diversas facetas, as relações de trabalho, as
condições de trabalho, as relações interpessoais, conflitos de ordem pessoal, organizacional,
interpessoal; um local onde exista pessoas invisíveis para a sociedade e um bairro de classe
socioeconômica mais favorecida, para se observar as diferentes formas de desigualdade e um local
onde possam ser observadas riquezas naturais, preservação ambiental ou ações de sustentabilidade
e outro onde são evidenciados problemas socioambientais que precisam de soluções urgentes. A
partir de registros por anotações, desenhos, fotos e/ou vídeos, os estudantes proporão estratégias
de intervenção para os problemas locais encontrados;
7. Como produto final e para retratar os resultados da pesquisa em campo, construir coletivamente
uma revista ou um jornal como forma de veicular questões relacionadas aos quatro temas principais
do bimestre;
8. Usar o blog ou facebook da escola e publicar textos (legislações locais, entrevistas, reportagens,
anúncios, artigos científicos), vídeos e imagens (fotografias, desenhos, tabelas, gráficos, quadrinhos,
charges) que retratam situações-problema locais para se pensar em ações conjuntas envolvendo
toda comunidade.
Obs.: Diante da amplitude dos temas deste bimestre e considerando a pluralidade de formação dos
professores responsáveis por esse componente em cada uma das turmas e escolas mineiras, o arcabouço
bibliográfico e a experiência de cada um dos docentes se configura como um potente recurso a ser mobilizado
tanto para interrelacionar os quatro subtemas sugeridos, como para aprofundar em um mais específico, a
critério do professor.
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Estado de Minas Gerais - 2024
24. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Propostas de Avaliação
O docente pode avaliar a participação nos debates, a escrita crítica, a gravação dos podcasts, as entrevistas,
criação de jingles e propagandas, as campanhas de mobilização, os programas de informação e
entretenimento e o envolvimento e aprendizagem durante as variadas estratégias de aprendizagem ao longo
do bimestre.
Autoavaliação
➢ Você achou relevante levar as discussões e pesquisas realizadas? Você avaliou como positivo ou
negativo essa experiência?
➢ Quais os maiores desafios você enfrentou na realização deste bimestre?
➢ Você considera que os temas abordados no material têm relevância para sua aprendizagem fora dos
muros da escola? Por quê?
➢ Como você julga a sua participação neste bimestre?
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Estado de Minas Gerais - 2024
25. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
JOVENS E O MUNDO DIGITAL
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
JUVENTUDES
Jovens e o Mundo Digital
1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre
As novas relações
sociais
O mercado de
informações
O mercado de
trabalho
Relações éticas
1º Bimestre - As novas relações sociais
A proposta de abordagem do 1º bimestre para o componente curricular Jovens e o
Mundo Digital envolve alguns temas e conceitos básicos que fazem parte das TDICs, na busca
de uma maior compreensão da importância da sua construção em nossa sociedade.
Considerando os subtemas propostos, objetiva-se uma postura participativa e analítica dos
estudantes, usuários das TDICs que são, sobre as novas formas de comunicação e
socialização mediadas pelas novas tecnologias digitais e comunicacionais.
Importante: apesar de os subtemas e as práticas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se constituir muito amplos e/ou em quantidade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se justifica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações distintas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação científica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temáticas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento científico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.
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Estado de Minas Gerais - 2024
26. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
1º Bimestre - Jovens e o mundo digital
As novas relações sociais
Sugestão de subtemas:
● A evolução da internet
○ História de sua evolução
○ As expectativas criadas quanto ao seu futuro
○ Impactos socioambientais da produção e descarte das novas tecnologias
● Nativos e migrantes virtuais
○ Conceituação
○ As distintas formas de apropriação e interação virtual (marcadores de idade e classe)
● Novas formas de comunicação
○ Memes
○ Emojis
○ Blogs, fotos
○ Jogos virtuais
○ Comunidades virtuais
● Redes sociais
○ Estudo/discussão sobre características particulares do Facebook, Twitter, Instagram, Tik Tok
e outros
○ O uso dessas redes e seus possíveis impactos individuais e coletivos
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Investigação Científica
EMIFCG03 - Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Processos Criativos
EMIFCG04 - Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de
vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.
EMIFCG05 - Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.
Empreendedorismo
EMIFCG11 - Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e
adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos
com foco, persistência e efetividade.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Investigação Científica
EMIFCHS01 - Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
Processos Criativos
EMIFCHSO5 - Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFFTP07 - Identificar e explicar normas e valores sociais relevantes à convivência cidadã no trabalho,
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Estado de Minas Gerais - 2024
27. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
considerando os seus próprios valores e crenças, suas aspirações profissionais, avaliando o próprio
comportamento frente ao meio em que está inserido, a importância do respeito às diferenças individuais e a
preservação do meio ambiente.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Demonstrar a rápida evolução das tecnologias digitais, do processamento e armazenamento de
dados (discos flexíveis, rígidos, pen-drive, etc) e da comunicação (celulares, redes sociais como salas
de bate-papo, rádios online), utilizando elementos como equipamentos antigos, recortes de jornais,
imagens.
a. Tecnologias Do Passado e Do Presente: O Antes e o Depois:
https://www.youtube.com/watch?v=6WSn2Pbglo8
b. Evolução das tecnologias na educação, de Rafael luna:
https://www.youtube.com/watch?v=tcLLTsP3wlo
c. EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA - Reportagem do Fantástico de 1994 :
https://www.youtube.com/watch?v=BnI1SJ_nh1Q
2. Fazer uma mostra com diferentes equipamentos tecnológicos usados para comunicação. Os
estudantes podem ser estimulados a trazer materiais TDICs antigos utilizados por seus pais e que não
mais fazem uso. Os estudantes farão uma linha do tempo, contextualizando-os em relação a quando
foram inventados, por quem, por quanto tempo foram usados, como eram usados, a importância que
tiveram para a sociedade e seus pais, as dificuldades de acesso, etc. É importante que seja feita a
conexão entre o passado e o presente, as características que se alteraram e que se mantiveram, se
deu como o acesso a novas tecnologias e os processos de estranhamentos, adaptação, criação de
necessidades.
3. Abordar questões como: “Quais os impactos socioambientais da produção tecnológica?”, “Como
acontece essa produção?”, “Quais materiais são necessários?”, “Como é composta a mão de obra
dessa produção e quais são suas condições de trabalho?”, “Como é feito (e como deveria ser) o
descarte das baterias e demais materiais que compõem os equipamentos tecnológicos?”. propor
que os estudantes se organizem em grupos de trabalho e pesquisem sobre questões relacionadas a
esses temas. E que façam apresentação dos resultados das pesquisas em sala de aula. Após as
apresentações, instiga-os para que consigam perceber seu próprio envolvimento (e responsabilidade)
dentro de uma estrutura produtiva e de consumo.
4. Propor aula invertida, na qual os estudantes produzam uma seleção de diversos textos de
comunicação que explorem diferentes formas de linguagem (memes, imagens, emojis, gifs e propor
que os estudantes analisem como as tecnologias a que eles têm acesso possuem usabilidade e
formas de se relacionar que exprimem características geracionais e quais seriam essas características
(como tempos e estética). Discutir como mensagens de “bom dia/boa noite” em forma de imagens
bem características (comuns em grupos de mensagens compostos de pessoas mais velhas) carregam
certa estética que evidenciam e marcam diferenças geracionais; e como são as mensagens com
conteúdos alarmistas (muitas vezes mentirosas), que também carregam certa estética e construção
textual recorrentes. Explorar tais características através de exemplos possibilita estabelecer
interessantes relações entre a forma de lidar com o espaço virtual e as diferentes gerações.
5. Utilizar o material das estratégias citadas acima para estabelecer conexão entre os três itens iniciais
do plano de curso deste bimestre (a evolução da internet, nativos e migrantes digitais e novas formas
de comunicação. Os chats online (salas de bate-papo), as redes sociais pioneiras que não estão mais
em uso (ICQ, Orkut, Fotolog) e os primeiros memes formam um arcabouço que podem subsidiar
abordagens em sala de aula que conectam os três itens acima citados. Questões como: “Como os
estudantes analisam essas antigas interações?”, “Elas são muito diferentes das de hoje?” “É
possível desenhar uma linha de progressão entre o passado e o presente?” podem ser norteadoras
para tal abordagem.
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Estado de Minas Gerais - 2024
28. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
6. Propor um estudo e discussão sobre as características particulares do Facebook, Twitter, Instagram,
Tik Tok e outras redes sociais e o uso dessas redes e seus possíveis impactos individuais e coletivos.
Perguntas norteadoras: “É possível identificar diferenças de gênero e classe incluindo as novas e
diferentes redes sociais, como no Instagram, Tik tok e Kwai?”, “Por que muitos jovens não se
interessam mais pelo Facebook?” “Textos ou vídeos: o que comunica melhor e para quem eles são
destinados?”. Se possível, faça uma análise dessas redes na sala de aula usando celulares ou no
laboratório de informática;
7. Abordar a experiência dos estudantes em relação ao tempo de tela total (não apenas de celular, mas
também de TV, videogames e de outros aparelhos) que cada um faz uso por dia. Os estudantes
devem argumentar e exemplificar aquilo que consideram como pontos fortes e fracos do uso da tela
e a forma com que se relacionam com ela. Dentro desta análise, também é possível refletir sobre
como estão aproveitando o tempo: em quais aplicativos, com quais conteúdos (filmes, séries,
novelas, sites ou programas informacionais, etc). Perguntas como: “Celular, televisão e outros
aparelhos: quais os impactos do uso da tela?”, “O tempo que ficamos conectados possui
qualidade?”, “A maneira com que nos relacionamos em rede pode ser transposta para o mundo
real?” Em conjunto, discutir e repensar a organização desse tempo, utilizando estratégias de
planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar metas, identificar
caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais com foco, persistência e
efetividade. Para estimular a criticidade sobre o uso do tempo em tela e suas consequências, o vídeo
de Steve Cutts, “Are You Lost In The World Like Me?”, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=VASywEuqFd8
Propostas de Avaliação
A avaliação no Itinerário Formativo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento
da metacognição, acentuando sua natureza processual e formativa. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do Itinerário Formativo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garantir preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço contínuo do estudante.
Para fins técnico-didáticos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.
O docente pode avaliar a curadoria dos textos escolhidos pelos estudantes e as reflexões que eles
ocasionaram, as análises produzidas e a gestão das pesquisas propostas.
Autoavaliação
➢ Você considera que os temas abordados nas reflexões têm relevância para a construção de hábitos
mais saudáveis em relação ao uso das tecnologias?
➢ Como você julga a sua participação neste bimestre?
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Estado de Minas Gerais - 2024
29. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
2º Bimestre - O mercado de informações
A proposta para o 2° bimestre busca perpassar por discussões acerca do mercado de
informações. Propõe-se trabalhar pontos sensíveis que ajudem os estudantes a conseguirem
identificar discursos de ódio, o uso responsável das informações, separar e identificar o que é
verdadeiro ou falso, sua postura com relação a seus próprios dados e informações pessoais,
além de discutir as TDICs dentro do contexto escolar. Parte-se do pressuposto de que a
habilidade em lidar com as informações é tão importante quanto ao acesso a elas, cabendo à
escola, como espaço estruturado de conhecimento, desenvolvê-la e aprimorá-la junto aos
seus estudantes.
Importante: apesar de os subtemas e as práticas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se constituir muito amplos e/ou em quantidade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se justifica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações distintas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação científica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temáticas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento científico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.
2º Bimestre - Jovens e o mundo digital
O mercado de informações
Sugestão de subtemas:
● Direito de expressão
○ A história da imprensa e suas transformações
○ Liberdade e responsabilidade
○ Discurso de ódio
● Verdade e verossimilhança
○ Concepções
○ Exemplos e problematizações
● Fake news
○ Diferença entre fake news e notícias com erros (intencionalidades / objetivos)
○ Como identificar uma fake news e como lidar com sua propagação
○ Exemplos e consequências (perseguição, violência, saúde pública, etc)
○ Fact-checking : o que é e como fazer
● Privacidade
○ O valor comercial e político das nossas informações
29
Estado de Minas Gerais - 2024
30. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
○ O uso indevido dos dados pessoais
○ Os golpes, a internet e possíveis formas de se proteger
● Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação no contexto escolar
○ A escola como espaço de desenvolvimento social, não apenas de informação
○ Problematizações: vantagens e desvantagens das TDICs nas escolas
○ O tempo de tela e seus impactos na aprendizagem.
○ A importância de filtrar, separar e organizar as informações.
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Investigação Científica
EMIFCG01 - Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
Processos Criativos
EMIFCG05 - Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.
EMIFCG06 - Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Investigação Científica
EMIFCHS03 - Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as
fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Processos Criativos
EMIFLGG06 - Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais, utilizando
as diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; línguas; linguagens corporais e do
movimento, entre outras), em um ou mais campos de atuação social, combatendo a estereotipia, o Iugar
comum e o clichê.
Empreendedorismo
EMIFLGG11 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das práticas de linguagem
para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Apresentar a história e contextualização da invenção da imprensa, marco importante na nossa história
e fonte de popularização do conhecimento, e quais foram os problemas enfrentados, muitos dos
quais ainda enfrentamos hoje: como censuras, imprecisões, plágios, desigualdade de acesso, e a
forma da organização das informações, etc. Abaixo, alguns materiais de apoio, entre vídeos,
reportagens e dados:
a. Neurologia: Imprimindo a história: https://www.youtube.com/watch?v=2xSRTAxcYTY
b. Invenção da prensa de Gutenberg, History Channel:
https://www.youtube.com/watch?v=5Ow6sfjTzkQ
c. OCDE: Brasil sofre com abismo em nível de leitura entre jovens de alta e baixa renda :
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-58578511#:~:text=A%20renda%20e%20a%20posi%
C3%A7%C3%A3o,Education%20at%20Glance%2C%20divulgado%20nesta
d. Retratos da leitura no Brasil:
https://www.cenpec.org.br/tematicas/retratos-da-leitura-no-brasil-por-que-estamos-perden
do-leitores
30
Estado de Minas Gerais - 2024
31. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
2. Solicitar que os estudantes se agrupem para para que cada grupo pesquise sobre:
a. censura e queima de livros em atos públicos;
b. proibições de acesso a livros e educação (por questões morais, políticas, culturais, classe,
etc);
c. o surgimento das enciclopédias (organização e popularização do conhecimento);
d. a popularização dos jornais e sua importância para o acesso às informações e exercício da
cidadania;
e. o uso de propaganda com fins político ideológicos (nazismo e outros).
3. Após estudos, os estudantes farão apresentações sobre as informações obtidas e uma relação de
fatos passados, procurando pontos de semelhança com contextos atuais.
4. Demandar que os estudantes selecionem discursos de ódio, exemplos de intolerância, xenofobia e
diversos outros tipos de preconceitos encontrados nas redes sociais, jornais e materiais
propagandísticos históricos e atuais para serem analisados em pares com mediação do/a
professor(a). Discutir sobre como os discursos não são só palavras, mas parte constitutiva das ações
humanas, buscando questionar a respeito da responsabilização sobre quem prolifera discursos de
preconceitos e ódio (como a eliminação do outro e de seus direitos fundamentais). Obs.: é importante
evidenciar que erros fazem parte de todo e qualquer processo humano (não sendo diferente com os
diversos processos que envolvem a comunicação), porém a responsabilização por nossos atos é algo
inerente à vida em sociedade e o respeito à dignidade humana.
5. Promover uma discussão filosófica sobre “verdade”, para que os estudantes desenvolvam uma
percepção mais apurada sobre a complexidade dos discursos com que lidam todos os dias. Para além
do aprofundamento conceitual e filosófico, é importante que o professor responsável por este
componente pontue diferenças entre o que é verdade e o que é verossímil, habilidade fundamental
frente à complexidade do contexto encontrado no uso cotidiano das TDICs, como de toda e qualquer
relação humana, virtual ou não. Tal discussão é particularmente salutar para o desenvolvimento do
subtema seguinte: fake news. Texto de apoio e vídeo que aborda ilusões de ótica para trabalhar
diferenças sobre como cada um interpreta o que vê:
a. Por que a verossimilhança é melhor do que a verdade?, de Gustavo Bernardo.
https://www.revista.vestibular.uerj.br/coluna/coluna.php?seq_coluna=47
b. Onze ilusões de óticas que enganam seus olhos:
https://www.youtube.com/watch?v=bBK7Re4N_aQ
6. A partir de textos que tratam sobre fake news, procurar diferenciar o que é mero erro de
apuração/construção de uma informação e daquela que foi elaborada com a intencionalidade de
enganar. Questões como: “Quais são as características mais comuns das fakes news?”, “É possível
identificar determinados padrões na escrita, na sua estética, na organização das informações ou na
ausência de informações fundamentais?”, “Qual a nossa responsabilidade ao proliferar fake
news?”, “Quais os cuidados que devemos ter antes de repassar uma nova informação?” podem
nortear a conversa com os estudantes, expor como lidam com as informações falsas, refletirem e
proporem novas formas de agir frente a elas. Como material de apoio :
a. As FAKE NEWS surgiram bem antes da internet, de Leandro Karnal:
https://www.youtube.com/watch?v=ekmmvqWHTYA
b. Há diferença entre notícia falsa, notícia desagradável e notícia mal escrita, de Taís Seibt:
https://medium.com/neworder/fake-news-01-ha-diferenca-entre-noticia-falsa-noticia-desag
radavel-e-noticia-mal-escrita-1b23316b4a17
7. Produzir um jornal/fanzine baseado em pesquisa de reportagens atuais ou mesmo com informações
pertinentes ao cotidiano da escola para pôr em prática o aprendizado envolvendo a compreensão da
necessidade de apuração e organização de informações, o cuidado com que se divulga, a
responsabilização sobre a informação e o respeito à autoria. (Obs: pequeno tutorial como fazer um
fanzine: https://pt.slideshare.net/sophiaours/como-fazer-um-fanzine )
8. Discutir o valor comercial e político das nossas informações e o uso indevido dos dados pessoais
(incluindo golpes virtuais). Perguntas como: “Por que pedem o CPF quando vamos à farmácia
comprar um simples medicamento?”, “O que é feito com nossas informações nos estabelecimentos
31
Estado de Minas Gerais - 2024
32. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
comerciais?”, “O que nossos dados têm a ver com o mercado de informações?”, “As redes sociais
são gratuitas, por quê?” podem nortear o trabalho do professor. Incluir a discussão sobre questões
relacionadas ao desenvolvimento da biometria (como a identificação facial presente nas redes sociais,
celulares e outros) e sua conexão frente ao debate acerca das liberdades políticas e democráticas
(como liberdade de reunir-se publicamente, liberdade de protestar politicamente e os perigos de
perseguição política). Algumas sugestões de material de apoio:
a. “Como o Facebook mudou a internet, o comércio e até a política”, BBC News Brasil:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-55966587
b. “China: Reconhecimento facial rastreia manifestantes”, Folha de São Paulo.
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/12/china-usa-reconhecimento-facial-para-rastr
ear-manifestantes-contra-covid-zero.shtml
9. Propor assembléias (se possível, aproveitar outros ambientes que não apenas a sala de aula) para que
os estudantes possam expor pontos de vistas e sugestões de políticas para o cotidiano escolar que
englobam temas como: dificuldade em controlar o uso de celulares; casos recorrentes de plágio nas
tarefas e provas escolares; casos de cyberbullying; como fazer que os aparelhos tecnológicos sejam
utilizados de maneira responsável e propositiva no desenvolvimento para os estudantes na sala de
aula. Proposições para esses ou outros temas constituem importante recurso de construção
democrática ao exigir, didaticamente, o envolvimento e participação ativa dos estudantes sobre algo
que os afetam e influenciam diretamente. Tais propostas devem ser encaminhadas para equipe
docente e gestora da escola em forma de documento.
Propostas de Avaliação
O docente pode avaliar as pesquisas e exposições orais bem como produções como a fanzine/revista, a
participação nas audiências e todo o processo de produção do podcast.
Autoavaliação
➢ O percurso percorrido nesse bimestre trouxe conhecimentos importantes para o dia-a-dia?
➢ Ter uma visão mais apurada sobre o processo de seleção/ intencionalidade das informações me
despertou questões para além da sala de aula? Alguma mudança ocorreu? Por quê?
➢ Como você julga a sua participação neste bimestre?
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Estado de Minas Gerais - 2024
33. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
3º Bimestre - O mercado de trabalho
Para este 3º bimestre, pretende-se o desenvolvimento de uma visão menos
“romantizada” do desenvolvimento tecnológico, chamando a atenção para alguns dos
problemas inerentes ao desenvolvimento tecnológico que precisam fazer parte da discussão
e serem colocados em evidências. Ao mesmo tempo que o desenvolvimento tecnológico
transforma o mundo, outras necessidades e problemas, frutos dessas transformações,
demandam nossa atenção, o que engloba o meio ambiente, as novas relações de trabalho, a
saúde mental e a demanda por novas habilidades em um planeta interconectado.
Importante: apesar de os subtemas e as práticas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se constituir muito amplos e/ou em quantidade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se justifica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações distintas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação científica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temáticas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento científico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.
3º Bimestre - Jovens e o mundo digital
O mercado de trabalho
Sugestão de subtemas:
● Tecnologia e capitalismo
○ Suas relações, suas contradições
● Transformações no mercado de trabalho
○ Profissões em extinção
○ O surgimento de novas profissões
○ Habilidades e competências exigidas hoje para o futuro
○ Novas relações de trabalho, produção e consumo mediadas por tecnologia
○ Precarização, pejotização, uberização, globalização da produção de bens e serviços
● Desigualdade digital
○ Letramento e cidadania digital
○ Inclusão digital
● Tempos e espaços: novas fronteiras e desafios
○ Trabalho online, híbrido e presencial
○ Organização do tempo
33
Estado de Minas Gerais - 2024
34. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
○ Saúde mental
○ Ócio criativo
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Investigação Científica
EMIFCG03 - Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07 - Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colaborativas e responsáveis.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Investigação Científica
EMIFCHS01 -Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
Processos Criativos
EMIFCHS04 - Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica
sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global.
Empreendedorismo
EMIFCHS10 - Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas podem ser utilizadas na concretização de projetos pessoais ou produtivos, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, considerando as diversas tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais,
os direitos humanos e a promoção da cidadania.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Perguntas que envolvam produção sustentável, consumo consciente, trabalho digno, preservação
ambiental e cultural dos povos fazem deste terceiro bimestre ponto fundamental para o
aprofundamento sobre o mundo para os jovens, as condições encontradas por eles e as possibilidades
futuras. Propõe-se debater sobre os benefícios inerentes ao desenvolvimento tecnológico, mas sem
esquecer os problemas e contradições que o acompanham, seja o uso indiscriminado e pouco
responsável das reservas naturais, a exploração da mão de obra infantil e/ou análoga à escravidão na
produção de matéria prima, a contaminação de pessoas, rios e terras com materiais poluentes
provenientes do processo produtivo e o impacto das novas tecnologias sobre a mão de obra. Como
sugestão de pergunta motivadora: “Se a revolução industrial teve papel preponderante no
desenvolvimento tecnológico e no fortalecimento do sistema de capitais, quais os impactos
(positivos e negativos) que podemos ver hoje que devemos melhorar ou corrigir?”. Abaixo, algumas
sugestões de textos de apoio:
a. Relatório: Exploração mundial de matérias-primas triplicou em 40 anos.
https://pagina22.com.br/2016/07/22/relatorio-exploracao-mundial-de-materias-primas-tripli
cou-em-40-anos/
b. “Aumento do lixo eletrônico afeta saúde de milhões de crianças, alerta OMS”, da Organização
Pan-Americana de Saúde
:https://www.paho.org/pt/noticias/15-6-2021-aumento-do-lixo-eletronico-afeta-saude-milho
es-criancas-alerta-oms
c. “Gigantes da tecnologia são acusadas de lucrar com trabalho infantil”, Revista Exame
https://exame.com/tecnologia/gigantes-da-tecnologia-sao-acusadas-de-lucrarem-com-trabal
ho-infantil/
d. “As marcas da destruição do planeta”, de El País.
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/13/album/1552476582_773089.html#foto_gal_9
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Estado de Minas Gerais - 2024
35. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
2. Desenvolver reflexão escrita (individual), respondendo questionamentos como: Diante de um futuro
em mudança, quais habilidades querem desenvolver?”, “Para onde pretendem ir?”, “Que tipos de
oportunidades, conhecimentos e recursos podem ser utilizados na concretização de seus projetos
pessoais ou produtivos?”. Sugestão de textos motivadores:
a. “Cinco mudanças no mundo do trabalho até 2050”.
https://posdigital.pucpr.br/blog/mudancas-no-mundo-do-trabalho
b. “Futuro do trabalho no Brasil: mudanças de uma revolução acelerada”,
https://portal.fgv.br/artigos/futuro-trabalho-brasil-mudancas-revolucao-acelerada
c. “Oito mudanças que prometem revolucionar o futuro do trabalho”, de Estado de Minas:
https://www.em.com.br/app/noticia/emprego/2019/09/06/interna_emprego,1082750/oito-
mudancas-que-prometem-revolucionar-o-futuro-do-trabalho.shtml
3. Propor questões como: “Por que as leis trabalhistas surgiram?”, “Qual era o contexto anterior a
elas?”, “Qual o papel dos sindicatos?”, “Como a globalização interferiu na produção e na oferta de
trabalho?”, “É possível fazer uma relação entre a pós-modernidade e as novas relações de
trabalho?”, “As relações de trabalho estão mais fluídas?”. História, Geografia, Sociologia e Filosofia
sempre abordaram as relações de trabalho a partir de uma ótica mais específica, o qual pode ser
discutido mais aprofundadamente neste momento. Como apoio, sugerimos um texto motivador e um
material com links para pesquisa/acesso a dados:
a. “Brasil é um dos dez países que mais violam direitos trabalhistas, diz pesquisa”, da Folha de
São Paulo:
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/06/brasil-e-um-dos-dez-paises-que-mais-viol
am-direitos-trabalhistas-diz-pesquisa.shtml
b. Base de dados sobre o mundo do trabalho.:
http://abet-trabalho.org.br/base-de-dados-sobre-o-mercado-de-trabalho/
4. Fazer um mapa mental que apresente as relações das novas profissões e formas de executá-las, o uso
das tecnologias, a importância do letramento e inclusão digital. Educação, alfabetização, expansão de
infraestrutura, acesso aos locais mais distantes e ao mais empobrecidos são algumas das ligações
necessárias a serem feitas para conseguir abarcar um pouco da complexidade demandadas pelas
TDICs. Após, discutir “Qual o papel do governo, das empresas e das sociedades em geral frente à
desigualdade de acesso às tecnologias digitais?”, “A internet pode ser vista como um bem essencial,
como água, saúde, educação?” Propostas para pensar os problemas relacionados à inclusão digital
podem ser desenvolvidas e apresentadas pelos estudantes e/ou demonstração de exemplos
pesquisados encontrados em outras cidades e países. Como material de apoio, sugerimos:
a. TIC KIDS ONLINE. Dados sobre Crianças e Adolescentes na Internet
chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://cetic.br/media/analises/tic_
kids_online_brasil_2021_principais_resultados.pdf
b. A exclusão digital no mundo e por que provoca desigualdade:
https://www.iberdrola.com/compromisso-social/o-que-e-exclusao-digital
5. Propor estudo e discussão (se possível, convidar um profissional psicólogo ou de RH da comunidade)
para tratar sobre:
a. as vantagens e desvantagens do trabalho remoto e híbrido;
b. quem pode fazê-los e em que condições;
c. se as fronteiras de tempo e espaço, comum ao trabalho tradicional (indústria, escritório, etc)
acabaram;
d. como as demandas do trabalho podem invadir as casas e os horários de descanso dos
trabalhadores;
e. quão disponíveis os funcionários devem estar para o trabalho;
f. como conciliar as demandas por produção, criatividade, cuidadores da família e da nossa
saúde mental.
Obs.: Essas e outras questões talvez ainda não façam parte do dia a dia de muitos estudantes que não são
trabalhadores mas, no entanto, devem refletir sobre elas, pois estarão potencialmente presentes em seu
futuro próximo. Após a palestra/estudo (de acordo com a linha adotada pelo professor), o(a) professor(a) deve
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Estado de Minas Gerais - 2024
36. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
contribuir com sua visão crítica de mundo, o que inclui sua experiência como profissional e outras informações
científicas/estatísticas que achar apropriado para subsidiar este tema.
6. Orientar a escrita de uma revista em quadrinhos, material fílmico ou outra produção artística que
aborde as novas relações de trabalho, como a precarização, a uberização, os novos contratos rápidos e
por demanda, dentre outros temas. Como material de apoio, sugerimos:
a. No futuro haverá trabalho, mas não necessariamente emprego, de O Estado de São Paulo:
https://infograficos.estadao.com.br/focas/planeje-sua-vida/no-futuro-havera-trabalho-mas-n
ao-necessariamente-emprego
b. “Trabalhos por aplicativos”, de Ministério Público do Trabalho do Estado do Espírito Santo.
http://mptemquadrinhos.com.br/download/HQ60.pdf
Propostas de Avaliação
O docente pode avaliar a pesquisa, o envolvimento durante os debates e rodas de conversas bem como a
produção da revista em quadrinhos.
Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu compreender o processo de desenvolvimento tecnológico frente aos
problemas, demandas, limitações e transformações do mundo contemporâneo?
➢ Como você avalia a produção realizada sobre as relações de trabalho? Descreva o que foi mais
interessante.
➢ Como você julga a sua participação neste bimestre?
36
Estado de Minas Gerais - 2024
37. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
4º Bimestre - Relações éticas
O 4º bimestre traz à tona a questão da ética presente nas relações pessoais mediadas
pelas novas tecnologias. O acesso a uma nova gama de informações e formas de
compartilhamento nos coloca diante de novos desafios éticos e morais que necessitam de
nossa atenção na maneira de lidar com eles. Sabendo que não há regras fixas e considerando
a plasticidade e velocidade das relações mediadas por tecnologias digitais, este bimestre
procura abrir espaço para uma construção mais crítica e apurada entre estudantes e
professores.
Importante: apesar de os subtemas e as práticas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se constituir muito amplos e/ou em quantidade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se justifica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações distintas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação científica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temáticas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento científico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.
4º Bimestre - Jovens e o mundo digital
Relações éticas
Sugestão de subtemas:
● A falsa sensação de poder e invisibilidade na internet
● Crimes cibernéticos
● Plágio
● Pirataria
● Cyberbullying
● Exposição e ridicularização de terceiros
● Publicização da intimidade
● Sexting
● Stalker
● Lei Carolina Dieckmann
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07 - Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colaborativas e responsáveis.
EMIFCG09 - Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
37
Estado de Minas Gerais - 2024
38. 2º ano e 3º ano - Ensino Médio
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Investigação Científica
EMIFCHS01 - Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
Processos Criativos
EMIFCHS06 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas de
natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas no
respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Apresentar o relatório de geolocalização fornecido pela Google, o qual pode demonstrar por onde a
pessoa andou, em que dias e por quanto tempo. A proposta dessa atividade é mostrar que tudo o
que fazemos deixa um rastro digital. Realizar um brainstorming sobre o que é um endereço de IP, para
quê ele serve, se o IP existe em computadores ou em celulares, o que são cookies, como somos
monitorados, como meus gostos e minha localização são registrados. Essas e outras perguntas podem
servir para orientar a discussão e/ou pesquisa em sala de aula. É possível, também, fazer um debate
que relacione a realidade do mundo virtual e o físico a partir de algumas perguntas disparadoras: “Se
a iluminação pública e o uso de câmeras nas ruas inibe a criminalidade, a mesma lógica serve para o
ciberespaço, com políticas que evidenciem e fortaleçam o rastro digital?”, “Como equilibrar
cuidados com segurança provenientes do acompanhamento dos rastros digitais e a privacidade de
cada um e o que pode estar em jogo?”. O debate em torno de temas sensíveis, por mais que não
possua respostas certas e conclusivas, constitui-se como excelente forma de aprendizagem e trocas
de ideias. Como material de apoio, sugerimos:
a. Visualizar seus dados em um mapa personalizado usando o Google My Maps:
https://www.google.com/intl/pt-BR_br/earth/outreach/learn/visualize-your-data-on-a-custo
m-map-using-google-my-maps/
b. “Como o google usa as informações de localização”:
https://policies.google.com/technologies/location-data?hl=pt-BR
2. Propor pesquisa sobre crimes cibernéticos, roubo de dados financeiros e pessoais, roubo de dados
corporativos, extorsão, fraude de identidade, espionagem, jogos de azar, venda de itens ilegais ou
proibidos, entre outros. Pedir que os estudantes as analisem e façam uma breve pesquisa sobre esses
temas, organizados em grupos, e apresentem algumas formas de crimes cibernéticos, definindo seus
métodos mais comuns, as consequências para quem é vítima e formas de evitá-los. Durante a
apresentação, os estudantes podem contribuir com sua própria experiência, contando o tipo de crime
que já foram vítima (ou se conhecem alguém da família que foi) e, posteriormente, demande aos
alunos encontrarem soluções para evitá-los. Como material de apoio, sugerimos:
a. Indicadores da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos:
https://indicadores.safernet.org.br/
3. Abordar a questão do plágio, ação que muitas vezes parece ter se tornado comum nas escolas. Com o
advento da internet, o “copia e cola” nos trabalhos e pesquisas escolares se tornou muito mais fácil.
Algumas perguntas norteadoras: “Por que plágio é um problema?”, “Antes da internet, as pessoas
copiavam da enciclopédia e livros nas pesquisas escolares. O que mudou?”, “O que é direito
autoral?”, “O que isso tem a ver com plágio e com pirataria?”. É importante salientar que no
componente “Direitos e Deveres do Cidadão” (parte integrante deste aprofundamento em CHS), o
direito de autor pode ser abordado nas aulas de direitos humanos. No entanto, esta é também uma
boa oportunidade para o(a) professor(a) tratar sobre o tema devido à proximidade e oportunidade.
Como material de apoio, sugerimos:
a. Pesquisa: 87% dos alunos chegam à universidade sem saber o que é plágio, de Revista Veja: :
https://veja.abril.com.br/educacao/pesquisa-87-dos-alunos-chegam-a-universidade-sem-sab
er-o-que-e-plagio/https://veja.abril.com.br/educacao/pesquisa-87-dos-alunos-chegam-a-uni
versidade-sem-saber-o-que-e-plagio/
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Estado de Minas Gerais - 2024