O documento discute os conceitos e abordagens da psicopedagogia institucional, incluindo seu programa, papel do psicopedagogo, avaliação psicopedagógica e intervenção. Aborda também as diferentes abordagens de atuação do psicopedagogo em instituições e como a psicopedagogia pode contribuir em contextos familiares, empresariais e escolares.
2. PROGRAMA
A Psicopedagogia Institucional;
Modalidades da Psicopedagogia Institucional;
O papel do psicopedagogo dentro das instituições;
Avaliação Psicopedagógica Institucional;
Intervenção Psicopedagógica;
Diferentes abordagens de atuação do psicopedagogo
nas instituições;
3. COM TATO
◦ Horário
◦ Perguntas
◦ Participações
◦ Ruídos
◦ Presença
◦ Avaliação
CADA UM ASSUME SUA
PARTE NO
COMPROMISSO
4. Psicopedagogia Institucional: empresas, hospitais,
creches e organizações assistenciais, onde o nosso
sujeito é a instituição, com uma complexa rede de
relações que precisam ser trabalhadas para a
construção de conhecimento deste sujeito.
A demanda da instituição está associada à forma
de existir do sujeito institucional;
Resgate do prazer no ato de aprender.
5. PARA APRENDER...
condições • para abordar o conhecimento
cognitivas
condições • para se vincular a ele
afetivas
condições • para se vincular a ele
criativas
condições • para socializá-lo
associativas
6. Psicopedagogia: interdisciplinaridade
olhar e escuta diferenciada, voltada para o processo
de ensinar / aprender, que possibilitam o
conhecimento de sintomas, a análise dos mesmos e a
busca de soluções
7.
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27.
28.
29.
30.
31. Psicopedagogia
“respeita a escola tal como é, porque através da mesma
o aluno se situará em relação aos seus semelhantes,
optará por uma profissão, participará da construção
coletiva da sociedade à qual pertence”.
32. Função da escola
(Outeiral, 2009)
Sustentar o SONHO, UTOPIA E DESEJO;
Promover uma nova escuta e novo olhar
Brincar – latim VÍNCULO (brinco prende na orelha)
Espaço de AUTORidade – reconhecimento que o outro
tem algo a ser escutado;
INCLUSÃO DOS PAIS (MUNDO ADULTO EM EXTINÇÃO)
33.
34. “A escola deve criar um
contexto favorável à
aprendizagem, no qual se
observe uma interação
instrutiva e o
desenvolvimento de
competências.”
35. ALGUMAS ATITUDES NÃO COOPERATIVAS
(caderno 1 do Programa União faz a Vida - SICREDI)
36. NÃO FREQUENTE AS REUNIÕES DE SEU
GRUPO E, QUANDO FOR, ENCONTRE ALGO
DE QUE POSSA RECLAMAR
37. AO PARTICIPAR DE QUALQUER ATIVIDADE
ENCONTRE E PROCURE APENAS MOSTRAR E
FALAR DAS FALHAS DO TRABALHO
38. NUNCA ACEITE UMA INCUMBÊNCIA NO GRUPO,
POIS SEMPRE TEM ALGUÉM MELHOR PARA
AQUELA TAREFA E ALÉM DISTO É MAIS FÁCIL
CRITICAR DO QUE FAZER
39. QUANDO SUA OPINIÃO FOR SOLICITADA
DIGA QUE NÃO TEM NADA A FALAR E
DEPOIS FALE TUDO O QUE VEM À CABEÇA
PARA AS OUTRAS PESSOAS
40. FAÇA ABSOLUTAMENTE O NECESSÁRIO DENTRO
DO GRUPO E QUANDO OUTROS FIZEREM ALGO A
MAIS DIGA QUE O GRUPO É DOMINADO POR UM
“GRUPINHO”
41. NÃO LEIA AS COMUNICAÇÕES DO GRUPO
ALEGANDO QUE NÃO TRAZEM NADA DE
INTERESSANTE OU DIGA QUE NÃO OS
RECEBEU
42. CASO SEJA CONVIDADO PARA EXERCER ALGO NO
GRUPO DIGA QUE NÃO TEM TEMPO OU QUE TEM
GENTE MAIS CAPAZ, DEPOIS SAIA DIZENDO QUE
TEM PESSOAS NO GRUPO QUE NÃO QUEREM
LARGAR O PODER
43. QUANDO HOUVER DIVERGÊNCIAS NO
GRUPO OU COORDENAÇÃO OPTE POR UM
DOS LADOS E CRIE TODO TIPO DE FOFOCAS
PARA DESQUALIFICAR AS PARTES
44. SUGIRA, INSISTA E COBRE A REALIZAÇÃO
DE EVENTOS PELO GRUPO MAIS NÃO
PARTICIPE DELES.
45. NÃO PREENCHA QUALQUER QUESTIONÁRIO
DO GRUPO QUANDO A COORDENAÇÃO
SOLICITAR SUGESTÕES
46. CASO A COORDENAÇÃO DO GRUPO NÃO
ADIVINHAR SUAS EXPECTATIVAS CHAME-A
DE IGNORANTE E INCOMPETENTE
“EU NÃO DISSE!”
47. O Psicopedagogo
Possibilita intervenção visando à solução de problemas de
aprendizagem;
Realiza diagnóstico e intervenção psicopedagógica, utilizando
métodos, instrumentos e técnicas próprias da Psicopedagogia;
Atua na prevenção dos problemas de aprendizagem;
Desenvolve pesquisas e estudos científicos relacionados ao
processo de aprendizagem;
Oferece assessoria psicopedagógica aos trabalhos realizados em
espaços institucionais;
Orienta, coordena e supervisiona cursos de especialização de
Psicopedagogia.
48. OBJETIVOS DO TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO
Identificar os problemas de aprendizagem.
Eliminar as dificuldades de aprendizagem.
Auxiliar o aluno e ou a instituição no desenvolvimento escolar.
Encaminhar o aluno para outros profissionais quando necessário.
Trabalhar com a dispersão, excitação e inquietude.
Dificuldades com os aspectos psicomotores: Orientação Espacial, Temporal,
Lateralização.
Dificuldades nas áreas do desenvolvimento: Motora, Cognitiva e Afetiva –
Emocional.
Dificuldade na leitura, escrita e matemática.
Dificuldade para se organizar em face de tarefas escolares e terminá-las.
Lentidão para a execução das tarefas escolares.
49. FUNÇÃO PREVENTIVA
Detectar possíveis perturbações no processo de aprendizagem;
Participar da dinâmica das relações da comunidade educativa, para
favorecer processos de integração e trocas;
Promover orientações metodológicas de acordo com as características
dos indivíduos e do grupo;
Realizar processos de orientação educacional, vocacional e ocupacional,
tanto na forma individual quanto em grupo.
50. caráter assistencial: participar de equipes
responsáveis pela elaboração, direção e evolução de
planos, programas e projetos no setor da educação e
saúde, integrando diferentes campos de
conhecimento.
Mogi das cruzes
51. ESPECIFICIDADE DO DIAGNÓSTICO
PSICOPEDAGÓGICO
Diagnóstico psicopedagógico:
Com que recursos conta para aprender?
O que significa o conhecimento e o aprender no imaginário do sujeito
e sua família?
Que papel foi-lhe designado por seus pais em relação ao aprender?
Qual e sua modalidade de aprendizagem?
Qual é a posição do sujeito frente ao não dito, ao oculto, ao secreto?
52.
53. ESPECIFICIDADE DO DIAGNÓSTICO
PSICOPEDAGÓGICO
Que função tem o não aprender para ele e para seu
grupo familiar?
Qual é o significado da operação particular que
constitui o sintoma?
Como aprende e como não aprende?
O não aprender responde a um sintoma, ou é uma
resposta reativa ao meio sócioeducativo?
54. Área da saúde: consultórios e / ou em instituições
de saúde (como hospitais), no sentido de reconhecer
e atender às alterações da aprendizagem sistemática
e / ou assistemática, de natureza patológica.
Empresa: com o objetivo de favorecer a
aprendizagem do sujeito para uma nova função,
auxiliando-o para um desenvolvimento mais efetivo
de suas atividades.
56. Psicopedagogia Clínica e Institucional
Âmbito do Indivíduo: aborda a aprendizagem e a
dificuldade de um sujeito.
Diagnóstico e tratamento da dificuldade de
aprendizagem, assim como a sua prevenção.
57.
58. Âmbito do Grupo: aborda a aprendizagem e a
dificuldade de aprendizagem de um grupo.
59. Âmbito da Sociedade – Comunidade: envolve o
aprender humano em diferentes culturas e em
distintos momentos históricos.
Aspectos filosóficos e científicos deste aprender,
assim como o referido conhecimento histórico serão
focalizados pela Psicopedagogia que é a área que
articula tais conhecimentos
60. Âmbito da Instituição: é o âmbito que trata do
trabalho psicopedagógico na instituição (escola,
empresa, hospital).
Diagnóstico da dinâmica de aprendizagem da
instituição, e as medidas a serem adotadas para as
mudanças necessárias,
Trabalho preventivo que se preocupa com o
fortalecimento da instituição para o enfrentamento
do novo e o aperfeiçoamento das qualidades já
existentes.
61. Psicopedagogia
Psicopedagogia Clínica Institucional
relação direta com a avaliação do sistema
criança/ família que educacional.
apresenta dificuldade
de aprendizagem;
69. Nádia Bossa (2002), a Psicopedagogia pode contribuir em vários
contextos:
• Psicopedagogia Familiar, ampliando a percepção
sobre os processos de aprendizagem de seus filhos,
resgatando a família no papel educacional, complementar à
escola, diferenciando as múltiplas formas de aprender,
respeitando as diferenças dos filhos.
• Psicopedagogia Empresarial, ampliando formas de
treinamento, resgatando a visão do todo, as múltiplas
inteligências, trabalhando a criatividade e os diferentes
caminhos para buscar saídas, desenvolvendo o imaginário, a
função humanística e dos sentimentos na empresa, ao
construir projetos e dialogar sobre eles.
• Psicopedagogia Hospitalar, possibilitando a aprendizagem,
o lúdico e as oficinas psicopedagógicas com os internos.
70.
71. indicadores para observar a evolução
no processo de mudança de uma escola:
Hagar Shoam (2002
programas de ensino,
diversidade dos caminhos do ensino,
concepção do papel docente,
caminhos da avaliação,
ambiente educativo,
recursos educativos,
estrutura do trabalho em equipe,
avaliação da escola,
relação com a comunidade,
inclusão dos conhecimentos tecnológicos,
consignas de trabalho,
concepção educativa.
72. • Psicopedagogia Escolar,
priorizando diferentes projetos:
diagnóstico da escola; busca da identidade da escola;
definições de papéis na dinâmica relacional em busca
de funções e identidades, diante do aprender;
instrumentalização de professores, coordenadores,
orientadores e diretores sobre práticas e reflexões
diante de novas formas de aprender;
reprogramação curricular, implantação de
programas e sistemas avaliativos;
oficinas para vivências de novas formas de aprender;
análise de conteúdo e reconstrução conceitual;
releitura, ressignificando sistemas de recuperação e
reintegração do aluno no processo; o papel da escola
no diálogo com a família.
75. APROPRIAÇÃO OU INTERFERÊNCIA
O que vê na representação da obra;
O que você sente?
O que você pensa? (motivos do
artista por que acha que o artista
representou isto?)
Qual a relação da obra com o
APRENDER E O ENSINAR
76. Institucional
Preventiva e Terapêutica (Corretiva)
Preventiva Primária: tem como objetivo evitar o
problema; agir antes que os fatos aconteçam. (Semana
Pedagógica);
O Psicopedagogo atua nos processos educativos com o
objetivo de diminuir a freqüência dos problemas de
aprendizagem.
• Questões didáticas – metodológicas
• Formação e orientação do professor
• Aconselhamento aos pais.
77. Preventiva Secundária: tenta impedir sua
ampliação e trata dos problemas; age imediatamente
quando se detecta o problema. (Drogas; falta de
domínio do professor; dificuldade de aprendizagem
entre outros);
O objetivo é diminuir e tratar dos problemas de
aprendizagem já instalados.
Elaboram-se planos de intervenção baseados nos
diagnósticos da realidade institucional.
78. Preventiva Terciária: o problema já se instalou e
o objetivo é de eliminar os transtornos.
O objetivo é eliminar os transtornos já instalados,
pois ao eliminarmos um transtorno, estamos
prevenindo o aparecimento de outros.
79. Psicopedagogia
busca construir uma relação saudável
com o conhecimento, de modo a
facilitar a sua construção e evitar que
Terapêutica:
Prática Preventiva:
esse processo seja obstaculizado.
Cria-se planos de intervenção baseados
nos diagnósticos.
pode contribuir, desenvolvendo
trabalhos que possibilitem a integração
entre o que se sabe e o que se faz; entre
o que se sabe e o que se sente; entre o
que se sente e o que se faz.
80. Avaliação Psicopedagógica
Institucional
Matriz Diagnóstica
É o primeiro nível da avaliação psicopedagógica
institucional.
A matriz diagnóstica envolve três níveis:
o específico, que é o sintoma a ser observado;
o singular, é a instituição como um todo
e o universal, diz respeito à concepção de mundo,
de homem e de educação que impera na sociedade.
81. Na instituição, os sintomas podem se apresentar como
obstáculos, de diferentes ordens:
Obstáculos da Ordem do Conhecimento: a falta de
aprofundamento num determinado conhecimento ou o
desconhecimento de um determinado tema pode
obstaculizar o processo de aprendizagem;
indisciplina;
desmotivação;
insegurança do professor;
falta de domínio do conteúdo;
teoria e prática divergentes;
falta de espaço para reflexões.
82.
83.
84. Obstáculos da Ordem de Interação: vínculo
afetivo que o sujeito ou o grupo estabelece com a
aprendizagem.
Comunicação entre os protagonistas do processo
de ensinar / aprender;
o uso da mesma linguagem.
85. Obstáculos da Ordem do Funcionamento:
grau de filiação que seus elementos
Vestir a camisa da instituição, cooperar para atingir
o objetivo maior, preocupa-se com a eficácia das
ações, auxiliar sobremaneira para a compreensão
do sintoma observado.
Questões administrativas;
Estabelecimentos de funções;
Inversões de papéis.
86. Obstáculos de Ordem Estrutural:
relaciona-se ao como a instituição está
organizada.
organograma;
níveis de hierarquia.
113. Aspectos importantes da Aprendizagem e do
Comportamento do Psicopedagogo:
Olhar para si e reconhecer-se aprendiz;
Gostar de pessoas e de ajudar pessoas;
Ler e interpretar além dos comportamentos ou dificuldades, o que estão
por trás das atitudes e situações;
Antecipar tanto os disparadores, quanto aos elementos que auxiliam o
envolvimento positivo do sujeito;
Ajustar o contexto em que dar-se-á a relação ensino – aprendizagem;
Buscar auxílio quando necessário.
Atuar com ética
114.
115. Contribuições da Psicopedagogia EMPRESARIAL:
Eloisa Quadros Fagali
1. A criação de diferentes condições de aprendizagem no
trabalho,
2. O desenvolvimento de funções, papéis e capacidades
criativas dos aprendizes trabalhadores,
3. Ampliações de cursos e dinâmicas para a consciência sobre a
atuação humana no trabalho,
4. Adequações de informações e das comunicações nas
relações interpessoais e inter-setores.
116. Psicopedagogia Hospitalar Gallar
(1998),
“a hospitalização pode acarretar à criança alguns
problemas no seu desenvolvimento, muitos dos quais
a Psicopedagogia pode prevenir e/ou remediar...”.
Remediações de natureza emocional (ansiedade,
depressão), cognitiva (dificuldades de aprendizagem)
e motivacional (auto-estima negativa).
117. Intervenção de psicopedagogos em hospitais
...consideração simultânea do sujeito, da família, dos
técnicos de saúde e do suporte social, com modelos
integrados de avaliação e de intervenção,
A alternativa de apoio educacional psicopedagógico
ao paciente interno é interessante para assegurar-lhe
uma boa recuperação em meio à inquietação
oriunda da preocupação sobre o tratamento
recomendado à recuperação e o tempo de
hospitalização.
118. Psicopedagogia no contexto hospitalar
Intervém nas instituições de saúde, integrando equipes
multidisciplinares, colaborando com outros profissionais,
orientando seu procedimento no trato com o paciente e sua
família;
Elabora diagnósticos das condições de aprendizagem das
pessoas internadas;
Adapta os recursos psicopedagógicos para o contexto da
saúde, utilizando recursos psicopedagógicos para elaborar
programas terapêuticos de ensino/aprendizagem nas
situações em que as pessoas estejam com as suas capacidades
adaptativas diminuídas por razões de saúde;
119. Elabora e aplica programas comunitários de
prevenção de comportamentos de risco e de
promoção de comportamentos saudáveis;
Cria e desenvolve métodos e programas
psicopedagógicos em contextos de reabilitação
psicossocial, para pessoas em recuperação de
doença;
Elabora relatórios de condições terapêuticas de
ensino/aprendizagem e outras comunicações.
120. “A Psicopedagogia é
fundamental ao paciente
hospitalizado para
manter os laços com os
conhecimentos básicos e
desenvolver as
competências de
natureza psicossocial.”
121. Etapas da Avaliação
A Avaliação Psicopedagógica Institucional será
centrada nos sintomas de ordem cognitiva,
afetiva, cultural e funcional.
123. 1. Queixa
Entrevistas para a Exposição de motivos que
indiquem a realização de um diagnóstico
psicopedagógico na instituição;
A queixa, na instituição, revela o grupo portador
do sintoma (GPS);
124. 1- Queixa: o levantamento da queixa se faz
através de entrevistas, realizada com a equipe
responsável pela instituição, de forma aberta e
observadora. Os três componentes devem realizar
suas funções, ficando atentos a temática da
conversa observar tudo o que é falado, coerências e
incoerências, ler as entrelinhas, a objetividade e
subjetividade nas respostas.
O observador da dinâmica deve estar atento a
todos os movimentos durante a entrevista, a
atenção dispensada e a vontade de atender. O
observador da temática deve registrar todas as
respostas que foram realizadas.
125.
126. OBSERVAÇÃO DA TEMÁTICA, segundo PICHON-
RIVIÈRE (1988),
tudo que é falado durante a entrevista e aos
significados latentes que podem ser percebidos através
do tipo de comunicação utilizada,
o que não é dito (entrelinhas),
coerências e incoerências que aparecem no discurso;
atos falhos que podem surgir, da objetividade ou
subjetividade do discurso e do conteúdo abordado.
127. “Para a Psicopedagogia, é fundamental a integração da
dimensão afetiva, cognitiva e social, mas parece que o fazer
pedagógico na escola revela uma grande dissociação entre o
desejo e a possibilidade de realizar, entre o que se diz e o
que se faz, bem como um grau acentuado de desvio em
relação aos parâmetros curriculares propostos e a prática da
sala de aula.”
Simone Calberg
128. 2. Enquadramento do Processo
Diagnóstico
identificação do elemento ou dos
elementos portadores do sintoma da
instituição e o enquadramento do
processo diagnóstico;
129. 2- Enquadramento do Processo
Diagnóstico:
o enquadramento deve prever a justificativa e os
objetivos do processo diagnóstico a ser
desenvolvido, o grupo que será envolvido, o tempo
de investigação, o espaço que será utilizado para a
mesma, o material que será necessário, os
honorários previstos, a entrega de um projeto de
diagnóstico após o Primeiro Sistema de Hipóteses.
130. 3. Observação e Análise do Sintoma
- EOCMEA –
Entrevista Operativa Centrada na
Modalidade de Ensino Aprendizagem –
observação e análise do sintoma através da
observação da dinâmica grupal.
131. Observação e Análise do Sintoma -
EOCMEA:
observar o sintoma é, portanto, um dos passos
mais importantes de um diagnóstico
psicopedagógico institucional, pois é a partir de
tais observações que se delineia o processo
diagnóstico como um todo. Aqui se centram
atividades dinâmicas de observação, pois já temos
o levantamento da queixa.
Utilizaremos o coordenador da tarefa / atividade e
os observadores da temática e da dinâmica.
Com a utilização da EOCMEA, partiremos para o
levantamento das hipóteses.
132. 4. Organização do Primeiro
Sistema de Hipóteses
organização deste trabalho – Hipóteses de
Caráter Afetivo, Cognitivo, Funcional e
Cultural.
133. HIPÓTESES DE CARÁTER AFETIVO
Relação de disputa entre alunos e entre professores;
Alunos queriam realizar rapidamente a tarefa para não
sentirem a ansiedade que a mesma estava provocando;
Turmas carregando rótulos colocados pelos
professores, pela coordenação e pelos próprios alunos;
Vinculação afetiva com as situações de ensino /
aprendizagem marcada pela dissociação de valências,
ocultando a ansiedade .
HIPÓTESES DE CARÁTER COGNITIVO
Nível cognitivo dos alunos e ou grupos.
134. HIPÓTESES DE CARÁTER FUNCIONAL
Falta de planejamento e organização dos alunos /
instituição;
Ausência de enquadramento por parte dos
professores e da coordenação;
Direcionamento de energias para as descobertas
relacionadas à sexualidade.
HIPÓTESES DE CARÁTER CULTURAL
Passividade de meninas frente aos meninos;
Religiosidade como elemento latente da separação
rígido entre bem e mal e entre bom e mau.
135.
136. 5. Escolha de Instrumentos de
Investigação - Planejamento –
escolha de instrumentos de investigação (entrevistas
abertas e fechadas, observações, levantamentos
estatísticos, dinâmicas grupais, técnicas
projetivas...).
137. 5– Escolha de Instrumentos de
Investigação - Planejamento
escolha dos Instrumentos de Investigação (Pesquisa):
Entrevista com Alunos; com os Professores; Direção;
Coordenação; Supervisão;
Equipe Pedagógica.
Observação de Aulas;
Observação do Recreio;
Levantamento de notas, faltas;
Atraso dos Professores;
Conhecimento da Proposta Pedagógica / Regimento;
Efetivação da práxis pedagógica;
Observação das posturas, informal (recreio) e formal (sala de
aula);
Entre outras alternativas.
138. Tudo é importante...
“É incrível que não imaginemos a
significação do „discurso‟ formador que faz
uma escola respeitada em seu espaço. A
eloqüência do discurso „pronunciado‟ na e
pela limpeza do chão, na boniteza das salas,
na higiene dos sanitários, nas flores que
adornam. Há uma pedagogicidade
indiscutível na materialidade do espaço.”
(Freire, 1996, p. 50)
139. AMBIENTES EDUCATIVOS:
[...] ambientes de aprendizagem e de trabalho
reproduzem suas qualidades nos produtos
resultantes: ambientes fragmentados e isolados
tendem a permitir a geração de produtos
fragmentados e isolados. [...] ambientes de
aprendizagem e trabalho devem ser ricos em
apoios tecnológicos de todos os tipos, porque
tais apoios permitem formas de aquisição de
conhecimento mais ricas e mais eficazes do que
as formas tradicionais.
(LITTO, 2003)
142. 7- Segundo Sistema de Hipóteses:
Organização do trabalho confirma-se ou não o
Primeiro Sistema de Hipóteses levantadas;
Todas as hipóteses são levantadas em cima dos
obstáculos da Matriz Diagnóstica.
143. 8- Pesquisa da História: ANAMNESE,
pesquisa da história relacionada à Queixa e às
hipóteses levantadas.
partindo-se do Segundo Sistema de Hipóteses, a
pesquisa da história não se resume ao conhecimento
da história da instituição, de forma geral, e sim se
preocupa em centrar seu levantamento no
conhecimento da história da problemática, objeto da
queixa que originou o diagnóstico, e no
conhecimento histórico dos fatores causais que
foram base das hipóteses levantadas.
144. 9. Terceiro Sistema de Hipóteses -
decantamento das hipóteses anteriores
para a formulação de Hipóteses
Diagnóstica.
145. 10. Hipótese Diagnóstica
organização do terceiro sistema de
hipóteses e sua transformação em Hipótese
Diagnóstica, que deve ser apresentada
verbalmente, na busca de uma aceitação do
Projeto de Intervenção.
deverá ser entregue à instituição, em forma
de Informativo Psicopedagógico
146. 11. Devolutiva
resultado entregue por ocasião da formulação da
queixa à mesma pessoa que recebeu a equipe por
ocasião da formulação da mesma (direção,
coordenação).
147. 12. Informativo Psicopedagógico
são todas as informações necessárias
por escrito, de forma clara e resumida,
contendo os aspectos positivos e
frágeis da Instituição.
148.
149.
150. Relembrando...
Levantamento da queixa;
Contrato e enquadramento
para a realização do
diagnóstico
Levantamento de dados
(instrumentos);
Análise dos dados;
Levantamento da hipótese
diagnóstica;
Elaboração de projeto de
intervenção;
Entrevista de devolução.
151. Importante...
Não há uniformidade, ou padrão, para a
realização do diagnóstico/intervenção - a
abordagem teórico-metodológica assumida pelo
psicopedagogo e das características deste
profissional.
Abordagens da epistemologia convergente e do
psicodrama: equipe de psicopedagogos.
152. conjunto de princípios a serem observados pelo
analista no enquadre do trabalho:
Bleger (1984)
Atitude Clinica – dissociação instrumental /
“distanciamento ótimo” – sintonia sem envolvimento;
Esclarecimento da função profissional do psicólogo -
tempo, honorário, dependência /independência
profissional, prazos, resultados, exigências;
Esclarecimento da natureza e dos limites do seu trabalho
em todos os níveis com os quais vai atuar – trabalhar com
colaborações espontâneas e observação da dinâmica;
Esclarecimento sobre o processo de devolução das
informações e resultados e a quem será dirigido;
153. Tratar com o grupo tudo o que a ele diz respeito, nada passando
para outros setores antes de, previamente, submetido à apreciação
do grupo;
Evitar tomar partidos com relação a setores ou posições na
organização;
Evitar contatos extra-profissionais que possam “contaminar” o
processo diagnóstico;
Limitar-se ao assessoramento e à atividade profissional, não
assumindo nenhuma função diretora, administrativa ou executiva;
Evitar dependência do seu trabalho, incentivando soluções do
próprio grupo;
Evitar posturas de “onipotência” diante do grupo;
Considerar que a saúde da organização não se deve à ausência de
conflitos, mas à sua capacidade de explicitá-los, na busca de
soluções;
154. Considerar não apenas a veracidade ou graduação da
informação, mas a indução à compreensão dos seus
significados (insights);
Considerar que a resistência, implícita ou explícita e
parte fundamental e previsível do trabalho
diagnóstico, sabendo que a postura do analista
poderá contribuir para vencê-la ou incrementá-la
ainda mais;
Considerar que o manejo da informação não é,
apenas, um problema ético, mas um instrumento
técnico.
157. INTERVENÇÃO
MEDIAÇÃO ENTRE DOIS SUJEITOS;
AÇÃO ENTRE DUAS OU MAIS
PESSOAS;
SISTEMA DE AJUDA;
MOVIMENTO ORIENTADO PARA A
BUSCA DO EQUILÍBRIO;
158. Intervenção Institucional
Técnicas para a Intervenção Institucional:
• Trabalhos em grupos;
• Dinâmicas de grupos;
• Jogos psicodramáticos;
• Jogos estruturados;
• Atividades lúdicas;
• Vivências;
• Oficinas;
• Outras.
159. Intervenção Psicopedagógica
Visa abrir espaços objetivos e subjetivos, onde a autoria
de pensamento seja possível, onde possa surgir um
sujeito capaz de aprender.
Olha o sujeito em sua individualidade mas integrado nos
grupos a que pertence: familiar, social, escolar etc. e
busca sua peculiaridade como aprendente, a modalidade
de aprendizagem que lhe é própria.
Importante compreender o indivíduo único, apesar dele
estar inserido num determinado tipo de modalidade de
aprendizagem.
160. Envolvendo a família...
Incluir os pais no processo, através de reuniões,
favorecendo o acompanhamento do trabalho realizado.
Fernández (2001): a importância da família -também
responsável pela aprendizagem da criança, já que os pais
são os primeiros ensinantes e os mesmos determinam
algumas modalidades de aprendizagem dos filhos.
A criação de uma relação dialógica entre família e escola,
favorece grandes trocas que resultariam em um
movimento de transformação mútua.
161.
162. ENVOLVE-SE os pais porque é
importante:
•estabelecer vínculos
•estreitar laços
•divulgar informações de cunho
administrativo e pedagógico
•abrir canais de comunicação
•explicitar a distinção de papéis
163. ORIGINALIDADE
PAPAI E MAMÃE
Marque em sua agenda.
No dia 15 de Fevereiro você tem um compromisso especial com a
minha história na escola.
PAULO
164. Para educar, é necessária a
construção de pelo menos
três tipos de limites: o da
restrição,
o da fronteira, o da
superação.
“Não podemos dar tudo
pronto para as crianças.
Precisamos ensiná-las a
cumprir regras e a
construir os próprios limites”
http://www.educacional.com.br/revista/0
909/pdf/entrevista.pdf
165. Possibilidades de intervenção
Diferenciando, tirando o sujeito do lugar do estereótipo,
tornando-o único a seus próprios olhos, aos de sua família e
escola.
Abrindo possibilidades de mudança, a partir da diferenciação, o
sujeito, a família e a escola podem mudar sua maneira de atuar; o
que vai repercutir na modalidade de aprendizagem.
Resgatando o prazer de aprender fundamental para conectar a
estrutura desejante e estruturar um corpo com possibilidades de
aprendizagem.
Construindo estratégias que possibilitem a aprendizagem.
Oferecendo suporte tecnológico, para adequação das respostas
do sujeito às necessidades de comunicação com o meio em que
convive.
166. Objetivos da Intervenção Psicopedagógica:
Conseguir uma aprendizagem que seja realização para o
sujeito ou para o grupo;
Conseguir uma aprendizagem independente por parte do
sujeito;
Proporcionar a revalorização do vínculo com a
aprendizagem;
Propiciar a auto-valorização, a recuperação da auto-estima e
do desejo de aprender;
Proporcionar meios para que o sujeito supere as
dificuldades encontradas no diagnóstico.
168. Fernandez (2001),
“a liberação da inteligência
aprisionada só poderá dar-se
através do encontro com o
prazer de aprender que foi
perdido (...) e recuperar o prazer
de trabalhar aprendendo e
aprender trabalhando”.
169. O psicopedagogo, no Brasil, ocupa-se das
seguintes atividades:
Lino de Macedo (1990)
Orientação de estudo – consiste em organizar a vida escolar da criança
quando esta não sabe fazê-lo espontaneamente. Procura-se promover o melhor uso
do tempo, a elaboração de uma agenda e tudo aquilo que é necessário ao “como
estudar” (como ler um texto, como escrever, como estudar para a prova, etc).
Apropriação dos conteúdos escolares – o Psicopedagogo visa propiciar o
domínio das disciplinas escolares em que a criança não vem tendo um bom
aproveitamento. Ele se diferencia do professor particular, pois o conteúdo escolar é
usado apenas como uma estratégia para ajudar e fornecer ao aluno o domínio de si
próprio e as condições necessárias ao desenvolvimento cognitivo.
Desenvolvimento do raciocínio – trabalho feito com os processos de
pensamento necessários ao ato de aprender. Os jogos são muito utilizados, pois
são férteis no sentido de criarem um contexto de observação e diálogo sobre
processos de pensar e de construir o conhecimento. Este procedimento pode
promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele que as escolas
costumam conseguir.
177. Recursos de Intervenção – Atitudes
Operativas:
Tipos de verbalização/comportamentos que podem ser
utilizado na Intervenção Psicopedagógica Clínica e
Institucional:
Mostra: é a transmissão de informação através de uma ação
verbalizada;
Assinalamento: consiste em assinalar uma conduta executada
(parece que você sempre escolhe o mesmo jogo);
Informação: fornecer elementos que permitam operar a função
do conhecimento (“não sei como encontrar essa explicação”;
resposta “na biblioteca há uma enciclopédia”);
Mudança de situação: modificação de uma conduta ou
aspectos físicos, tempo, espaço, etc. (como a forma de
cumprimentar o sujeito, de atender às suas solicitações, horários
de atendimento, espaço, etc);
178. Acréscimo de modelo: ampliação do modelo
proposto anteriormente, acrescentando-se outras
informações ou propondo soluções. Ex. diante de um
desenho de uma casa sem portas, perguntar: por onde
se entra nesta casa?
Interpretação: interpretar uma conduta executada
(vocês perceberam que sempre que precisam escrever,
se lembram de algo que aconteceu e passam a relatar o
fato? Tanto a interpretação quanto o assinalamento
necessitam de uma avaliação prévia do psicopedagogo,
deverão ter sempre o vetor da aprendizagem.
Desempenho de papéis: é uma das técnicas
dramáticas que opera no “como – se”, permitindo a
vivência que situações passadas ou futuras possam ser
trazidas para o presente de uma forma lúdica. Permite
a revisão do já executado ou a ser feito.
179. PROJETO PARA INTERVENÇÃO
PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL
O projeto de intervenção deve ser desenhado para
contribuir para a solução dos problemas
apresentados e também elevar a qualidade do
trabalho na instituição.
Justificativa
Objetivos
Público alvo
Periodicidade...
192. Abordagens Teóricas para Intervenção
Psicopedagógica Institucional:
1 Psicodrama: só é possível de ser executada pelas pessoas que
fizeram uma especialização em Psicodrama. O Psicodrama trabalha com
a definição e também inversões de papéis.
2- Teoria Sistêmica: é voltada para entender os grupos
humanos, como eles se agrupam nas famílias, se suas interações são
regressivas, primitivas ou indiferenciadas, se elas servem de controle, se
dão espaços para que os processos analógicos contribuam para a
individualização e diferenciação dos seus elementos. Nas instituições,
como grupo secundário, devemos observar como os indivíduos se
3- Grupo Operativo: trabalha com a operatividade, que é a
capacidade de agir por si, sem esperar que aquele que coordena dê os
passos e as soluções prontas para a realização de uma tarefa, mas que
coordene as ações dos indivíduos, visando o desenvolvimento da
autonomia.
194. E, a 7ª arte
Invictus, 2009
O contador de histórias, 2009
Entre os muros da escola, 2009
Escritores da liberdade, 2007
Crianças Invisíveis, 2005
A escola da vida, 2005
O sorriso de Mona Lisa,2003
195. O clube do imperador - 2002
Nenhum a menos - 2002
Uma mente brilhante - 2001
Duelo de titãs - 2000
Gênio indomável, 1997
Meu mestre, minha vida - 1989
Sociedade dos poetas mortos, 1989
Ao mestre, com carinho - 1976
198. • A Psicopedagogia Institucional;
• Modalidades da Pp Institucional;
• O papel do psicopedagogo dentro das
instituições;
• Avaliação Psicopedagógica
Institucional;
• Intervenção Psicopedagógica;
• Diferentes abordagens de atuação do
psicopedagogo nas instituições;
•...