2. Índice
Introdução
Psicologia escolar: como e para quê?
Psicologia escolar/educacional/de orientação vocacional
Aprendizagem e memória como bases da psicologia escolar
O insucesso escolar
Necessidades educativas especiais
O que faz um psicólogo escolar?
Metodologias utilizadas
As abordagens: o Behaviorismo, a Neuropsicologia a Teoria Sistémica, a
Psicanálise, e a Teoria de Erikson.
Os focos de intervenção: a escola, os professores, os funcionários, a comunidade e
os alunos
O quotidiano da psicologia escolar
3. Introdução:
Ao longo dos tempos verificamos inúmeras teorias criadas pelo homem
para tentar explicar o comportamento humano, como Watson com o
behaviorismo, Freud com a psicanálise ou mesmo Jean Piaget com a teoria
do desenvolvimento humano.
Porém, há que consegui-las aplicar, ou seja, passar da teoria á pratica, com
a finalidade de ajudar o homem. Assim houve a necessidade de ‘nascer’ a
psicologia aplicada, como é o caso da psicologia escolar, a psicologia
social, a psicologia do desporto, entre outras..
4. Psicologia escolar: como e para
quê?
O espaço escolar é muito rico em processos e toda a sua
complexidade pode ser justificada da existência da Psicologia
escolar, da Psicologia educacional e da Psicologia de
orientação vocacional.
Tratando-se de três áreas com as suas especificidades,
mantêm um interesse comum
o sujeito em processo de aprendizagem e integração escolar e
social.
5. …
Psicologos escolares desempenham uma ação direta e individual com
as crianças (administração de testes de inteligência, personalidade e
aptidão) e pela integração dos pais e professores no processo educativo
(reunião com agentes educativos para determinação das estratégias mais
adequadas).
Psicologos educacionaisespecialistas nos processos de ensino e
aprendizagem que trabalham com os psicólogos escolares e com os
professores em busca dos melhores métodos de ensino e de
aprendizagem.
Psicólogos de aconselhamento e orientação vocacional os
profissionais com conhecimentos e competências ao nível da intervenção
para a facilitação do ajustamento social e vocacional.
6. Psicologia educacional/escolar/de
orientação vocacional
Psicologia educacionalparte teórica
Psicologia escolar parte prática
Psicologia de orientação vocacionalárea que
visa apoiar as pessoas (principalmente adolescentes) a
conhecerem as suas capacidades e competências, os
seus interesses, necessidades e expectativas, para
poderem construir o seu projeto de vida.
7. Aprendizagem e Memória como bases da psicologia escolar
Aprendizagem uma mudança relativamente estável e
duradoura do comportamento e do conhecimento.
Fatores da aprendizagem:
A Dinâmica do Ambiente;
Motivação;
Conhecimentos Anteriores;
Experiências Passadas;
Fatores Sociais;
Expetativas dos pais, dos professores e dos alunos;
Quantidade de Informação;
Diversificação das atividades;
Planificação e Organização;
Cooperação;
Idade;
Inteligência.
8. Memória é um processo cognitivo que consiste na retenção e
evocação das informações, conhecimentos, acontecimentos e
experiências. A memória envolve um conjunto de processos:
Codificação
Armazenamento
Recuperação
Tipos de memória:
Memória sensorial
Memória a curto prazo
Memória a longo prazo
9. O Insucesso Escolar
Entre as causas que levam ao fracasso educativo,
destacam-se as seguintes:
Dislexia
Disortografia
Disgrafia
Discalculia
Problemas auditivos ou de visão
Hiperatividade
Problemas de memória
Sobredotação
Bullying
11. Necessidades Educativas
Especiais
A Educação Especial é o ramo da Educação que se ocupa do
atendimento e da educação de crianças excecionais, desde as
deficientes mentais, surdos e cegos até às talentosas, como as
sobredotadas. Inclui também crianças pertencentes a minorias
étnicas ou culturais e crianças desfavorecidas ou marginais, bem
como as que apresentam problemas de conduta ou de ordem
emocional.
12. O que faz um psicólogo escolar?
avaliação e diagnóstico de dificuldades de aprendizagem/necessidades
educativas especiais
como?
desenvolvendo e aplicando estratégias de reeducação e intervenção
psicopedagógicas adaptadas às problemáticas individuais
Pode estar presente em instituições como creches, jardins-de-infância,
instituições de reeducação, internatos, universidades, etc.
13. Desenvolvimento de um trabalho cooperado comos pais,educadores,
professores eoutros agenteseducativos;
Acompanhamento psicopedagógico;
Despisteepossívelsinalizaçãodeproblemas de desenvolvimento;
Promoção de estratégiasquepotenciem odesenvolvimento cognitivo
(atenção,concentração, memória, perceção,raciocínio),afetivo-social
(autonomia/ personalidade/regras),emocional,psicomotor, comportamental
e dalinguagem;
Desenvolvimento de estratégiasmotivacionais;
14. Metodologiasutilizadas:
Avaliaçãocoletivaou individual;
Entrevistas;
Observaçãoemdiferentes contextos (exemplos:saladeaula,recreio);
Dinâmicasdegrupo;
Sessõesdegrupo com educadores eprofessores;
Participaçãoativa,promoção da tomada dedecisão,responsabilização;
Incentivo deiniciativasdecarizdesportivo-cultural;
Conversas/colóquios/conferências sobretemáticaspropostas por alunos,
educadores,professores epais.
15. As abordagens: o Behaviorismo, a Neuropsicologia a
Teoria Sistémica, a Psicanálise, e a Teoria de Erikson
Behaviorismo ou Teoria Comportamental
A abordagem comportamental apregoa que a aprendizagem é regulada por fatores
chamados “contingenciais” (situacionais)
O efeito da interação dessas contingências sobre o aluno depende de suas
características internas somadas a sua história de vida e ao momento específicoem
que a aprendizagem está ocorrendo.
16. Sistémica
A abordagem Sistémica leva em conta as relações e interações no ambiente escolar:
professor-aluno, aluno-aluno, funcionário-aluno, pai-filho, pais-professores,
comunidade-escola; sendo que cada um desses elementos ou partes é um“sub-
sistema”.
Quando se pensa sistemicamente a realidade é compreendida de forma diferente. É
percebido o “para que” de uma determinada situação, considerando-se que quando se
muda uma das partes o todo também é alterado.
Psicanálise
O trabalho educativo orientado pela Psicanálisereconhecea individualidade de cada
aluno e que não existemodelo único, nem um sistema fixo de representações. Utiliza-
seuma ética baseada no respeito às diferenças individuais como único meio de se
atingir a igualdadesocial.
17. Teoria de Erikson
Para Erikson, tal como para Piaget, o papel do meio social e cultural é fundamental
na formação da personalidade do indivíduo. Assim, a teoria de Erikson, alia-se à teoria
de Piaget, teoria do desenvolvimento humano, constituindo uma grande ajuda na
avaliação do individuo, na medida em que diferentes pessoas, em diferentes estádios
de desenvolvimento, necessitam de diferentes soluções para os seus problemas.
Assim, destacam-se os oito estádios de desenvolvimento propostos por Erik Erikson:
1º idade (0-18 meses): Confiança versus Desconfiança
Este estádio é marcado pela relação que o bebé estabelece com a mãe. Se a
relação é compensadora, a criança sente-se segura. A crise deste estádio ocorre entre
o bebé e a mãe.
2ª idade(18 meses-3 anos):Autonomia versus Dúvida e Vergonha
A criança está apta a explorar ativamente o meio que o rodeia. Se for
encorajada, desenvolve autonomia e auto-suficiência. Se for muito protegida e
controlada, desenvolve um sentimento de dependência, de vergonha em se expor e
dúvida das suas capacidades de desenvolver atividades sozinha. Depende da
aprovação das outras pessoas.
18. 3ª idade(3-6 anos)Iniciativa versus Culpa
As crianças tomam iniciativas e desenvolvem as suas atividades, sentindo
grande prazer quando obtêm sucesso. Se não conseguem o desenvolvimento das suas
iniciativas pela repressão ou punição, a criança sente-se culpada por desejar
comportar-se segundo os seus desejos.
4ª idade (6-12 anos)Indústria versus Inferioridade
Na nossa cultura predominam as atividades escolares neste estádio. Se a
criança corresponde ao que lhe é exigido então desenvolve nela sentimentos de
autoestima, de competência (indústria). Se a criança se sente incapaz de atingir com
sucesso as atividades escolares, quando os seus companheiros o atingem, pode
desenvolver um sentimento de inferioridade desinvestindo nas tarefas.
5ª idade(12-18 anos)Identidade versus Difusão ou Confusão
A construção da identidade é a tarefa fundamental deste estádio. A
identidade constrói-se através da experimentação de vários papéis possíveis, o que vai
permitir ao adolescente reconhecer-se como pessoa única e distinta de todos os
outros. Se não consegue definir os papéis que pode ou quer desempenhar,
experimenta uma confusão de identidade e de papéis.
19. 6ª idade(18-30 anos)Intimidade versus Isolamento
O jovem adulto vive o conflito de intimidade/ isolamento. Com uma
identidade já construída, o adulto desenvolve relações de amizade, de afeto com
outros. Geralmente procura uma relação de intimidade com outra pessoa que pode
envolver um relacionamento sexual. Se não o consegue, pode isolar-se distanciando-se
dos outros.
7ª idade(30-60 anos)Generatividade versus Estagnação
Nesta idade o adulto vive o conflito que se pode traduzir nas questões: Será
que faço alguma coisa que tenha realmente valor? Será que sou um bom profissional?
Serei um bom pai/mãe? Há uma grande vontade de tornar o mundo melhor, de
transmitir aos mais jovens valores e propostas num processo de um compromisso
social.
8ª idade(após os 65 anos)Integridade versus Desespero
O indivíduo avalia a sua vida podendo experimentar sentimentos de
satisfação ou de fracasso. O sentimento de integridade ocorre de uma avaliação
positiva da sua vida e da impossibilidade de começar tudo de novo.
20. Os focos de intervenção: a escola, os
professores,os funcionários, a comunidade e os
alunos
NívelAdministrativo(AEscolacomoAdministração)
Elaboraçãodeprojetosemconjuntocomtodaaequipaescolar;
Proposiçãodemedidasquevisemamelhoriadaqualidadeacadémica;
Proposiçãodeaçõesdedesenvolvimentoprofissionalparaprofessorese
administração;
Apoioainiciativasdequalidadedevidanotrabalho(professorese
funcionários);
21. Corpo Docente (Professores)
Apoio na definição de objetivos educacionais, conteúdos, métodos e material
didático;
Apoio à articulação entre teorias de aprendizagem e práticas pedagógicas;
Promoção e/ou coordenação de atividades de desenvolvimento profissional:
treinamentos especializados, pesquisas, grupos vivenciais, grupos de troca de
experiência e valorização profissional;
Alunos
Identificaçãoeencaminhamentodealunosaatendimentosespecializadosaosedetetar
necessidadesespecíficas;
Elaboração,desenvolvimentoeacompanhamentodeprojetosdeeducaçãosexual;
Elaboração,desenvolvimentoeacompanhamentodeprojetosdeprevençãoaousode
drogas;
Elaboração,desenvolvimentoeacompanhamentodeprojetosdeprevençãoàviolência;