AVALIAÇÃO DE CUIDADORES DE PESSOAS VIVENDO COM SEQUELAS DE HANSENÍASE
Leonardo Cançado Monteiro Savassi , Adryene Milanez Rezende , Tatiana Roberta Bogutchi Sarubi, Viviane Helena de França , Adalgisa Pinheiro Santiago de Oliveira, Suellen Santos Lima de Almeida & Celina Maria Modena
Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ/ Centro de Pesquisas René Rachou e Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais -FHEMIG
Tema Livre Apresentacao Oral Apresentado No I Cobrad Cascavel PrLeonardo Savassi
VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE REGISTRO DE ATENDIMENTO PARA O MODELO DE ATENÇÃO DOMICILIAR/INTERNAÇÃO DOMICILIAR NO SANATÓRIO SANTA IZABEL/FHEMIG
Apresentação Oral no I COBRAD - Congresso Brasileiro de Atenção Domiciliar. Cascavel-PR, 2007.
O diagnóstico de enfermagem em saúde mentalAroldo Gavioli
a aula aborda a concepção dos disgnósticos de enfermagem pela Nanda International, demonstrando o processo de elaboração da taxonomia da enfermagem. faz ainda um apanhado dos principais (mas não todos, é claro) diagnósticos de enfermagem encontrados em portadores de transtornos mentais.
Tema Livre Apresentacao Oral Apresentado No I Cobrad Cascavel PrLeonardo Savassi
VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE REGISTRO DE ATENDIMENTO PARA O MODELO DE ATENÇÃO DOMICILIAR/INTERNAÇÃO DOMICILIAR NO SANATÓRIO SANTA IZABEL/FHEMIG
Apresentação Oral no I COBRAD - Congresso Brasileiro de Atenção Domiciliar. Cascavel-PR, 2007.
O diagnóstico de enfermagem em saúde mentalAroldo Gavioli
a aula aborda a concepção dos disgnósticos de enfermagem pela Nanda International, demonstrando o processo de elaboração da taxonomia da enfermagem. faz ainda um apanhado dos principais (mas não todos, é claro) diagnósticos de enfermagem encontrados em portadores de transtornos mentais.
Como citar esta apresentação:
SAVASSI, LCM. Linhas Guia SESMG Acolhimento. IV Congresso Mineiro de Medicina de Família e Comunidade. Belo Horizonte: Associação Mineira de Medicina de Família e Comunidade, 11 a 14 de junho de 2009. [online] [disponível em: http://www.slideshare.net/leosavassi/acolhimento-iv-cmmfc] [acesso em ##/##/20##]
Tema Livre Poster Apresentado No I Cobrad Cascavel PrLeonardo Savassi
VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE REGISTRO DE ATENDIMENTO PARA O MODELO DE ATENÇÃO DOMICILIAR/INTERNAÇÃO DOMICILIAR NO SANATÓRIO SANTA IZABEL/FHEMIG
Pôster apresentado no I COBRAD - Congresso Brasileiro de Atenção Domiciliar. Cascavel-PR, 2007.
No Brasil, nos anos noventa, a concepção de Atenção Primária à Saúde (APS) também foi renovada. Com a regulamentação do Sistema Único de Saúde baseada na universalidade, equidade, integralidade e nas diretrizes orga-nizacionais de descentralização e participação social, para diferenciar-se da concepção seletiva de APS, passou-se a usar o termo atenção básica em saúde, definida como ações individuais e coletivas situadas no primeiro nível, voltadas à promoção da saúde, prevenção de agravos, tratamento e reabilitação
Como citar esta apresentação:
SAVASSI, LCM. Linhas Guia SESMG Acolhimento. IV Congresso Mineiro de Medicina de Família e Comunidade. Belo Horizonte: Associação Mineira de Medicina de Família e Comunidade, 11 a 14 de junho de 2009. [online] [disponível em: http://www.slideshare.net/leosavassi/acolhimento-iv-cmmfc] [acesso em ##/##/20##]
Tema Livre Poster Apresentado No I Cobrad Cascavel PrLeonardo Savassi
VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE REGISTRO DE ATENDIMENTO PARA O MODELO DE ATENÇÃO DOMICILIAR/INTERNAÇÃO DOMICILIAR NO SANATÓRIO SANTA IZABEL/FHEMIG
Pôster apresentado no I COBRAD - Congresso Brasileiro de Atenção Domiciliar. Cascavel-PR, 2007.
No Brasil, nos anos noventa, a concepção de Atenção Primária à Saúde (APS) também foi renovada. Com a regulamentação do Sistema Único de Saúde baseada na universalidade, equidade, integralidade e nas diretrizes orga-nizacionais de descentralização e participação social, para diferenciar-se da concepção seletiva de APS, passou-se a usar o termo atenção básica em saúde, definida como ações individuais e coletivas situadas no primeiro nível, voltadas à promoção da saúde, prevenção de agravos, tratamento e reabilitação
Perfil sociodemográfico de cuidadores familiares de idosos residentes em uma ...Centro Universitário Ages
Neste estudo, o objetivo foi caracterizar o perfil sociodemográfico dos cuidadores familiares de idosos
residentes em uma área de abrangência da Estratégia Saúde da Família no município de São Paulo. Pesquisa quantitativa do tipo exploratório-descritivo, utilizando-se o estudo retrospectivo a partir de dados levantados em prontuários. Dos cuidadores estudados, a grande maioria eram mulheres brancas, casadas, católicas, com idade entre 30 a 59 anos, que estudaram de 1 a 4 anos, ocupa-se da função do lar, com renda familiar de 1 a 2 salários mínimos, tem casa própria, de tijolos e com saneamento básico. A maior parte delas são cuidadoras de 4 a 6 anos, sendo filhas do paciente. 33,9% são tabagistas, 88,2%, não tem acesso a lazer e 84,8%, não praticam atividade física, 45,7% tem hipertensão arterial, 27,2% referem fadiga, 16,9% referem anemia e 10,2% tem diabetes mellitus.
Artigo apresentado (comunicação) e publicado nas Atas do 10º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde - “Tendências em Psicologia da Saúde: Contextos e Interdisciplinaridades” - Porto - Portugal.
https://sites.google.com/site/psaude10congresso/
Diagnósticos de enfermagem frequentes em idosos residentes na área de abrangê...Centro Universitário Ages
O objetivo deste estudo foi identificar os diagnósticos de enfermagem mais frequentes em idosos residentes em
uma área de abrangência da Estratégia Saúde da Família, segundo a Taxonomia II da NANDA. Esta é uma pesquisa quantitativa, exploratória e descritiva. Os dados foram coletados durante a consulta de enfermagem por meio de instrumento sistematizado, com 64 idosos, numa unidade de Saúde da Família da cidade de Guarulhos, em 2009. Os idosos eram, em sua maioria, mulheres na faixa etária de 60 a 69 anos, afrodescendentes, sem cônjuge, com baixa escolaridade, aposentadas, com renda de 1 a 3 salários mínimos. Nos 12 domínios existentes houve alterações, por sua vez, os diagnósticos de enfermagem prevalentes foram: estilo de vida sedentário, 53 (82,8%); interação social prejudicada, 50 (78,1%); e dentição prejudicada, 46 (71,8%). O Processo de Enfermagem deve ser compreendido como o método para a prática profissional dos enfermeiros que atuam na Estratégia Saúde da Família, possibilitando intervenções mais adequadas aos idosos.
Savassi LCM. Cuidados Paliativos e Atenção Domiciliar (LACP e Ubuntu 2023)Leonardo Savassi
Savassi LCM. Cuidados Paliativos e Atenção Domiciliar (Aula Inaugural). UFOP: Liga Acadêmica de Cuidados Paliativos (LACP) e Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade (Ubuntu), 2023.
2021 "A importância da MFC para a Saúde Pública do país". UBUNTU Liga acadêmi...Leonardo Savassi
Savassi LCM. A importância da Medicina de Família e Comunidade na saúde pública do país. Ouro Preto: Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade (Ubuntu), 2021.
Ventilacao Mecanica Domiciliar - Especificidades da CriançaLeonardo Savassi
Savassi, LCM. Ventilacao Mecanica Domiciliar - Especificidades da Criança. Mesa Redonda Atenção Domiciliar. Cuiabá: Centro de Eventos do Pantanal. 15o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade.
Atencao Domiciliar e Vulnerabilidade - III Congresso MT de MFCLeonardo Savassi
Savassi, LCM. Atenção Domiciliar na APS e Estratificacao de Risco. III Congresso Matogrossense de Medicina de Família e Comunidade. Cuiabá: UFMT e SBMFC, 2018. [palestra] [online]
Facebook: estratégia pedagógica sobre evidências na disciplina “Medicina de F...Leonardo Savassi
Savassi LCM; Toneli BR; Santos AO; Pereira RPA. Facebook: estratégia pedagógica sobre evidências na disciplina “Medicina de Família e Comunidade” In: 14o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, 2017, Curitiba-PR. Anais do 14o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade.
Avaliação clínico-assistencial das Visitas Domiciliares por Profissionais da ...Leonardo Savassi
Savassi LCM; Pimenta NDQ; Esperidiao ALS; Pereira RPA. Avaliação clínico-assistencial das Visitas Domiciliares por Profissionais da Estratégia Saúde da Família. In: 14o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, 2017, Curitiba-PR. Anais do 14o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade.
Análise das práticas de Acolhimento entre profissionais da Atenção Primária a...Leonardo Savassi
PASTOR ALVES PEREIRA, RODRIGO ; PIMENTA, N. D. Q. ; ESPERIDIAO, A. L. S. ; SAVASSI, L. C. M. . Análise das práticas de Acolhimento entre profissionais da Atenção Primária a Saúde. In: 14o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, 2017, Curitiba-PR. Anais do 14o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade.
14o CBMFC Curitiba-PR - Mesa AD na APS - DesafiosLeonardo Savassi
SAVASSI, LCM. Desafios da Atencao Domiciliar na Atencao Primaria a Saude. In: 14o Congresso Brasileiro de Medicina de Familia e Comunidade. Curitiba: SBMFC, 2017. [Palestra] [Online] [Disponivel em http://sites.google.com/site/leosavassi] [Acesso em **/**/**]
IAPS 3 UFMG Educação em saúde mudança de comportamento e habilidade de comuni...Leonardo Savassi
Savassi, LCM. Habilidade de comunicação, Educação em Saúde e Mudança de Comportamento. Disciplina Iniciação a Atenção Primária a Saúde II. Belo Horizonte: Faculdade de Medicina da UFMG, 2016. [aula] [online] [disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/aulas-ufmg] [acesso em ##/##/20##]
Savassi, LCM. Habilidade de comunicação na Visita Domiciliar. Disciplina Iniciação a Atenção Primária a Saúde II. Belo Horizonte: Faculdade de Medicina da UFMG, 2016. [aula] [online] [disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/aulas-ufmg] [acesso em ##/##/20##]
Savassi, LCM. Habilidade de comunicação para entrevistas. Disciplina Iniciação a Atenção Primária a Saúde II. Belo Horizonte: Faculdade de Medicina da UFMG, 2016. [aula[ [online] [disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/aulas-ufmg] [acesso em ##/##/20##]
A palavra PSICOSSOMATICA tem como raiz as palavras gregas: Psico (alma, mente), somática (corpo).
É a parte da medicina que estuda os efeitos da mente sobre o corpo.
Pessoas desajustadas emocionalmente tendem a ficarem mais doentes.
Exemplo do efeito da mente sobre o corpo: uma pessoa recebe uma notícia da morte de um parente. O choque emocional é muitas vezes tão forte que o cérebro desarma o "disjuntor" e a pessoa desmaia. Em alguns casos a descarga de hormônios e adrenalina no coração é tão forte que a pessoa morre na hora ao receber uma notícia terrível.
O que entra na sua mente ou coração pode em um instante te matar.
Maus sentimentos de rancor e mágoa podem envenenar o organismo lentamente.
A medicina psicossomática é uma concepção “holística” da medicina pluricausal que tem como objetivo estudar não a doença isolada, mas o homem doente, que é o paciente humanizado na sua mais completa perspectiva nosológica e ecológica. Numerosos argumentos parecem indicar a realidade das ligações clínicas e experimentais entre a vida emocional, os problemas psíquicos e o disfuncionamento de órgãos ou o aparecimento de lesões viscerais. Os estudos anatómicos e fisiológicos desempenham um papel capital ao nível do hipotálamo, do sistema límbico e dos diferentes sistemas neuroendocrinológicos (hipófise, corticoadrenal e medulloadrenal). No nível experimental, além de limitar as úlceras obtidas por diferentes técnicas no rato de laboratório, deve-se insistir nos experimentos de Weiss que mostraram que as úlceras pépticas do rato, sob certas condições, dependem de duas variáveis: o número de estímulos que o animal deve enfrentar e os feedbacks informativos mais ou menos úteis que recebe em troca. As investigações realizadas no doente mostram a importância dos problemas funcionais em relação às anomalias do sistema nervoso autônomo ou às anomalias dos gânglios intramurais, o que talvez explique a noção de órgãos-alvo dos problemas. Considerando os conceitos mais recentes que valorizam o papel dos fatores genéticos na determinação das doenças psicossomáticas, pode-se conceber que os determinantes psicológicos, afetivos ou ambientais, são cofatores que se integram a fatores somáticos, genéticos, constitucionais e nutricionais para produzir o quadro mórbido final.
1. AVALIAÇÃO DE CUIDADORES DE PESSOAS VIVENDO COM SEQUELAS DE HANSENÍASE Leonardo Cançado Monteiro Savassi , Adryene Milanez Rezende , Tatiana Roberta Bogutchi Sarubi, Viviane Helena de França , Adalgisa Pinheiro Santiago de Oliveira, Suellen Santos Lima de Almeida & Celina Maria Modena Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ/ Centro de Pesquisas René Rachou e Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais -FHEMIG INTRODUÇÃO A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, negligenciada que ocasiona seqüelas neurológicas, oftalmológicas e motoras, se não tratada precocemente. Pacientes isolados em Hospitais-Colônia no século passado são hoje idosos afastados de suas famílias com amplas necessidades de reabilitação. OBJETIVO Avaliar a qualidade de vida de cuidadores não-profissionais e identificar demandas relacionadas ao cuidado. LOCAL DA PESQUISA O estudo foi desenvolvido na Casa de Saúde Santa Izabel (CSSI), ex-Hospital Colônia, localizado no município de Betim/MG, que atende 120 pacientes sob Internação de Longa Permanência (AIH5), 56 dos quais em seus domicílios através do Serviço de Atenção Domiciliar da entidade. Os demais vivem em lares abrigados ou no Pavilhão-dormitório. SUJEITOS DA PESQUISA/ CRITÉRIOS DE SELEÇÃO Foram selecionados todos os cuidadores domiciliares de pacientes sob necessidade de cuidados prolongados cadastrados no Plano Terapêutico da CSSI – banco de dados premiado como “melhores práticas 2008” pela FHEMIG, que livremente consentiram em participar do estudo. A busca foi complementada no banco de dados do Serviço de Reabilitação da CSSI. Fontes de Informação: Para obter as informações clínicas dos pacientes, foi utilizado o Plano Terapêutico da CSSI. Complementou-se essa informação com dados das Autorizações de Internações de Longa Permanência (AIH-5). INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO Aos pacientes aplicou-se : 1. Mini Exame do Estado Mental (Minimental, Folstein 1975); 2. Escalas de avaliação de Atividades de Vida Diária Básica (AVDB, Katz 1969); 3. Escalas de avaliação de Atividades de Vida Diária Instrumental (AVDI, Lawton, 1970); 4. Questionário demográfico desenvolvido para esta pesquisa. Aos cuidadores aplicou-se : 1. WHOQoL-breve; 2. Questionário demográfico desenvolvido para esta pesquisa. 3. Entrevista semi-estruturada. RESULTADOS 1)Caracterização da amostra : Trinta e dois cuidadores preencheram os critérios de inclusão, representando o universo de cuidadores da CSSI. 1.1) Caracterização dos Pacientes: Pacientes eram em sua maioria mulheres (75,0%), com média de idade de 78,22 anos (DP=7,12, IC100%=62-89 anos), pouca escolaridade (média=2 anos, mediana=0,5), metade dos quais sem instrução alguma. Em sua maioria sem companheiro (solteira=3,1%, Viúva=71,9%, Divorciada=3,1%; 21,9% tinham cônjuge). Apenas 10 (31,3%) dos pacientes não utilizavam aparatos auxiliares de locomoção, sendo que os demais usavam bengala (18,8%), muleta (3,1%) ou cadeira de rodas (46,9%). Todos tinham ao menos uma deficiência para AVDI. Em média, cada sujeito era incapaz de realizar 4 AVDI, realizava “com ajuda” 2 AVDI, e era independente para 2 AVDI. Nove pacientes (28,1%) eram parcialmente dependentes para AVDB, dois tinham dependência total. Avaliados pelo Minimental, 18 (56,3%) tiveram escores alterados. 1.2) Caracterização dos Cuidadores: Vinte cinco cuidadores eram mulheres (78,1%), com grande dispersão de idade (média=49,06 anos; DP=16,08; IC100%=20-80 anos). Vinte cuidadores (62,5%) tinham laços familiares com o paciente. Nove (28,1%) eram cuidadores profissionais e, dentre os não-profissionais, 16 (50,0% da amostra total) não trabalhavam, contra 7 (21,9%) que trabalhavam fora, além de cuidar. A grande maioria dos cuidadores exercia o cuidado diário em tempo integral (59,4%), e o faziam em média há 95 meses (DP=89,21 meses; IC100%=2-360 meses). Onze cuidadores eram remunerados pela atividade de cuidar. 2) Qualidade de vida de cuidadores e pacientes: Observou-se diferença estatisticamente significativa entre qualidade de vida do paciente e do cuidador nos domínios Físico, Social e Ambiental. A QV de cuidadores é inferior a dos pacientes, no domínio ambiental e social. No domínio físico a qualidade de vida é superior o que reflete por um lado o pior estado clinico do paciente devido as seqüelas . Por outro lado, o cuidador considera pior sua QV no domínio ambiental, o que aponta a falta de apoio de amigos e parentes (domínio social) e uma pior avaliação em relação as questões ambientais da QV. Quadro da Via Sacra da Igreja Católica local, pintado por Luís Verganini, ex-morador da Colônia, atendente de enfermagem, falecido em 1986. 3) Entrevistas com os cuidadores: O objetivo do programa de atenção domiciliar em hanseníase é promover a assistência e vigilância à saúde no domicílio. Neste novo cenário o cuidador tem papel extremamente relevante. Nas entrevistas observou-se que os cuidadores são geralmente conjugues, alguns também com sequelas de hanseníase, que relatam sobrecarga, desgaste físico e emocional causado pelo cuidado. A sobrecarga caracteriza-se por uma constelação de sintomas funcionais, psiquícos tais como fadiga intensa, distúrbios do sono, irritabilidade e preocupação com o futuro, além do estigma. No relato dos cuidadores o ato do cuidar interferiu com diferentes intensidades nos domínios da vida pessoal, familiar, social e laboral exigindo uma reorganização de suas atividades diárias. Para alguns o cuidar representa uma “obrigação moral”. As seqüelas físicas, ocasionadas com a progressão da doença apresentam-se como dificuldades significativas na execução de atividades diárias exigindo adaptações físicas e emocionais tanto dos cuidadores quanto dos portadores de hanseníase. Os antigos moradores da colônia, hoje idosos, trazem em seus discursos a história da internação e isolamento compulsório, a construção de seus projetos existenciais na instituição no qual são apontadas a vontade do sujeito e as determinações institucionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa ainda está em processo de realização. Os resultados parciais indicam que compreender o cuidado através da escuta de diferentes atores sociais é fundamental na construção de estratégias de intervenção relativas ao enfrentamento das contingências inerentes ao processo saúde-doença.