Artigo apresentado (comunicação) e publicado nas Atas do 10º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde - “Tendências em Psicologia da Saúde: Contextos e Interdisciplinaridades” - Porto - Portugal.
https://sites.google.com/site/psaude10congresso/
O documento fornece informações sobre visitas domiciliares realizadas por equipes de saúde da família, descrevendo conceitos, objetivos, responsabilidades, critérios de inclusão e exclusão, desafios, dificuldades e propostas de sistematização da visita.
O documento discute a importância da humanização e da empatia na medicina. A falta de empatia é a causa da desumanização da medicina. A empatia é fundamental para a compreensão do outro e para ajudá-lo, e é essencial para melhorar a qualidade da comunicação entre as pessoas. A humanização da medicina é importante para tratar os pacientes com dignidade e respeito.
Oficina de serviço social elaboração de relatórios e laudos.Rosane Domingues
O documento discute a elaboração de relatórios e laudos como instrumentos técnicos da ação profissional do assistente social. Apresenta três processos de intervenção: político-organizativos, de planejamento e gestão, e socioassistenciais, com exemplos de ações em cada um desses processos, principalmente no campo da saúde e da assistência social.
O documento descreve o Programa Saúde da Família (PSF) no Brasil, incluindo sua história, objetivos, equipes, responsabilidades e componentes. O PSF visa fornecer assistência primária de saúde integral e contínua às famílias por meio de equipes multiprofissionais nas unidades básicas de saúde.
O documento discute políticas e programas de saúde no Brasil. Apresenta conceitos como políticas públicas de saúde, programas de saúde e níveis de atenção à saúde. Também descreve a estrutura do sistema de saúde brasileiro e os principais programas federais e estaduais.
O documento discute a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Aborda a legislação estruturante do SUS, o processo de planejamento e organização das redes regionais de saúde. Também trata da articulação intergovernamental entre os três níveis de governo e do Contrato Organizativo de Ação Pública como instrumento de pactuação das ações de saúde. Finalmente, aponta desafios como estabelecer consensos regionais e implementar novas regras de gestão sem recursos ou crit
O Programa Saúde da Família tem como objetivo principal reorganizar a atenção primária à saúde, levando os serviços para mais perto das famílias. Isso é feito por meio de equipes multidisciplinares que realizam atendimento domiciliar e na unidade básica de saúde, priorizando a prevenção, promoção e recuperação da saúde de forma integral e contínua. O programa busca estabelecer vínculos entre profissionais e população para melhor identificar e atender problemas de saúde da
Relatório sobre o adolescente John Doe, 12 anos, abrigado após negligência familiar. John teve poucos contatos com a mãe biológica e foi criado pela Sra. Cinderela no Maranhão, onde vivia nas ruas e se envolvia com atos ilícitos. Após vir para o Rio de Janeiro com a Sra. Princesa, filha da Sra. Cinderela, John continuou com comportamento de risco. Seu caso foi encaminhado para promotoria visando seu desenvolvimento em família substituta.
O documento fornece informações sobre visitas domiciliares realizadas por equipes de saúde da família, descrevendo conceitos, objetivos, responsabilidades, critérios de inclusão e exclusão, desafios, dificuldades e propostas de sistematização da visita.
O documento discute a importância da humanização e da empatia na medicina. A falta de empatia é a causa da desumanização da medicina. A empatia é fundamental para a compreensão do outro e para ajudá-lo, e é essencial para melhorar a qualidade da comunicação entre as pessoas. A humanização da medicina é importante para tratar os pacientes com dignidade e respeito.
Oficina de serviço social elaboração de relatórios e laudos.Rosane Domingues
O documento discute a elaboração de relatórios e laudos como instrumentos técnicos da ação profissional do assistente social. Apresenta três processos de intervenção: político-organizativos, de planejamento e gestão, e socioassistenciais, com exemplos de ações em cada um desses processos, principalmente no campo da saúde e da assistência social.
O documento descreve o Programa Saúde da Família (PSF) no Brasil, incluindo sua história, objetivos, equipes, responsabilidades e componentes. O PSF visa fornecer assistência primária de saúde integral e contínua às famílias por meio de equipes multiprofissionais nas unidades básicas de saúde.
O documento discute políticas e programas de saúde no Brasil. Apresenta conceitos como políticas públicas de saúde, programas de saúde e níveis de atenção à saúde. Também descreve a estrutura do sistema de saúde brasileiro e os principais programas federais e estaduais.
O documento discute a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Aborda a legislação estruturante do SUS, o processo de planejamento e organização das redes regionais de saúde. Também trata da articulação intergovernamental entre os três níveis de governo e do Contrato Organizativo de Ação Pública como instrumento de pactuação das ações de saúde. Finalmente, aponta desafios como estabelecer consensos regionais e implementar novas regras de gestão sem recursos ou crit
O Programa Saúde da Família tem como objetivo principal reorganizar a atenção primária à saúde, levando os serviços para mais perto das famílias. Isso é feito por meio de equipes multidisciplinares que realizam atendimento domiciliar e na unidade básica de saúde, priorizando a prevenção, promoção e recuperação da saúde de forma integral e contínua. O programa busca estabelecer vínculos entre profissionais e população para melhor identificar e atender problemas de saúde da
Relatório sobre o adolescente John Doe, 12 anos, abrigado após negligência familiar. John teve poucos contatos com a mãe biológica e foi criado pela Sra. Cinderela no Maranhão, onde vivia nas ruas e se envolvia com atos ilícitos. Após vir para o Rio de Janeiro com a Sra. Princesa, filha da Sra. Cinderela, John continuou com comportamento de risco. Seu caso foi encaminhado para promotoria visando seu desenvolvimento em família substituta.
OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.Rosane Domingues
O documento discute a elaboração de relatórios e laudos como instrumentos técnicos da ação profissional do assistente social. Apresenta três processos de intervenção: político-organizativos, de planejamento e gestão, e socioassistenciais. Estes incluem ações como mobilização social, elaboração de protocolos, atendimento direto a usuários e emissão de pareceres técnicos.
O documento descreve os princípios e diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica no Brasil, incluindo: i) a Atenção Básica deve fornecer cuidados integras de saúde para a população de um território definido; ii) ela deve ser a porta de entrada preferencial para o sistema de saúde e coordenar o cuidado entre diferentes níveis de atenção; iii) a educação permanente é essencial para aprimorar as práticas das equipes de Atenção Básica.
O documento descreve a história e os princípios do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS). O SUS foi criado na década de 1980 para fornecer saúde pública universal e gratuita a todos os cidadãos brasileiros, rompendo com o sistema anterior que restringia o acesso aos trabalhadores formais. O documento explica a estrutura do SUS, incluindo seus níveis de atenção e princípios como descentralização, regionalização e participação social.
1) O documento discute a situação epidemiológica em Minas Gerais e os modelos de atenção à saúde, destacando a tripla carga de doenças e a predominância de condições crônicas.
2) É apontada a incoerência entre esta realidade e um sistema fragmentado e reativo, propondo-se o restabelecimento da coerência por meio de redes de atenção à saúde.
3) As redes são definidas como arranjos integrados de ações e serviços de diferentes níveis tecnológic
O documento discute diferentes tipos de atendimento domiciliar prestados por equipes de saúde, incluindo atendimento domiciliar, internação domiciliar, acompanhamento domiciliar e vigilância domiciliar. Ele também descreve os procedimentos para realizar visitas domiciliares, como objetivos da visita, preparação, avaliação da situação e registro do atendimento. Por fim, discute a importância da abordagem familiar e do trabalho em equipe nesses atendimentos.
O documento descreve a evolução do sistema de saúde brasileiro antes e depois da criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1988. Antes do SUS, o acesso à saúde era restrito e dividido em categorias. O movimento da reforma sanitária defendia saúde como direito universal. Isso levou à criação do SUS, garantido na Constituição de 1988 e regulamentado por leis, com o objetivo de oferecer atendimento igualitário gratuito a toda população.
Um Sistema de Informação em Saúde reúne dados de diversas fontes para gerar informações úteis à tomada de decisão no sistema de saúde. Entretanto, barreiras como falta de capacitação de usuários e problemas nos subsistemas dificultam o bom funcionamento do sistema no Brasil, apesar dos recursos alocados.
Trabalho realizado para disciplina de Planejamento, Gestão e avaliação de serviços de saúde. Faculdade FAEME Teresina- Piauí . Aluna: Joanna de Angelis Lopes Magalhaes
O documento discute os princípios e desafios do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS), incluindo a regionalização, pactos interfederativos e regulação das redes de atenção à saúde. O SUS é baseado nos princípios da universalidade, equidade e integralidade, mas enfrenta desafios como o subfinanciamento e a privatização crescente. A regionalização das redes de saúde é essencial para melhor atender às necessidades populacionais, no entanto, sua implementação enfrenta dificulda
O documento descreve o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPSad) em Paraipaba, Ceará. O CAPSad oferece atendimento intermediário para pessoas com transtornos relacionados ao uso de substâncias como álcool e drogas, com foco em apoio social, educacional e reinserção profissional. A equipe multidisciplinar do CAPSad realiza atendimentos individuais e em grupo, visitas domiciliares e oficinas terapêuticas.
O documento descreve a atuação do assistente social no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), incluindo o surgimento do CAPS, seu objetivo de reintegração social dos usuários, e as funções e responsabilidades do assistente social no atendimento individual e em grupo.
O documento discute os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) no Sistema Único de Saúde brasileiro. Os CAPS fornecem atendimento diário para pessoas com transtornos mentais graves, oferecendo cuidados clínicos e de reabilitação para promover a inclusão social. O documento também discute o aumento do diagnóstico e uso de Ritalina para Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) no Brasil.
O documento discute os cuidados paliativos, definindo-o como a assistência a pacientes com doenças que ameacem a vida para melhorar sua qualidade de vida e aliviar o sofrimento. Apresenta os princípios dos cuidados paliativos, como promover o alívio da dor, integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado, e oferecer suporte aos familiares. Também discute a avaliação e o controle da dor nos pacientes.
Politicas de saúde mental: organização da rede de assistência psicossocial no...Aroldo Gavioli
O documento discute a organização da Rede de Atenção Psicossocial no Sistema Único de Saúde brasileiro. Ele descreve os três momentos da Reforma Psiquiátrica no país desde 1978, os pressupostos históricos que levaram a essa reforma, as leis e políticas implementadas, como a Lei 10.216 de 2001, e os componentes e diretrizes da rede de serviços de saúde mental.
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)Luis Dantas
I. A Política Nacional de Atenção Básica de 2012 estabelece diretrizes para a organização da atenção primária à saúde no Brasil com foco na Estratégia Saúde da Família. II. Cabe aos municípios garantir a infraestrutura e recursos para o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde. III. A educação permanente dos profissionais de saúde é essencial para a melhoria contínua do modelo de atenção básica.
Este documento compara as competências desenvolvidas pelos enfermeiros durante a graduação com as competências requeridas para gerentes da Estratégia Saúde da Família. Conclui-se que as competências dos enfermeiros se alinham bem com o perfil de gerente da ESF, tornando os enfermeiros qualificados para assumir esses cargos gerenciais.
O documento discute a história das políticas de saúde no Brasil e diferentes modelos de atenção à saúde. Apresenta o modelo sanitarista focado em campanhas de saúde pública e o modelo médico-assistencial privatista focado no atendimento individual. Também discute os desafios postos pelo Sistema Único de Saúde em garantir acesso universal, integral e equitativo à saúde e alternativas como a Estratégia Saúde da Família.
Este documento apresenta a nova Política Nacional de Atenção Básica do Ministério da Saúde do Brasil, que estabelece diretrizes para a organização da atenção básica, Estratégia Saúde da Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde. A política busca fortalecer a atenção básica por meio de mais recursos financeiros, melhoria da infraestrutura e qualificação das equipes, de modo a garantir o acesso universal à saúde de qualidade para a população brasileira.
Saude do idoso caderno de atenção básica (1)Cleicy Almeida
O documento discute o envelhecimento populacional no Brasil e a importância da saúde da pessoa idosa no Sistema Único de Saúde. Apresenta diretrizes para a promoção do envelhecimento ativo e saudável na atenção básica, incluindo a avaliação multidimensional dos idosos e o tratamento de doenças comuns nessa faixa etária.
O sentido do cuidar para familiares de pessoas com transtorno mental: um estu...Creudenia Freitas Santos
O documento descreve um estudo sobre as concepções de cuidado de familiares de pessoas com transtornos mentais. O estudo entrevistou 16 familiares cuidadores e identificou três categorias principais: 1) os cuidados diários requeridos, 2) a sobrecarga sentida pelos cuidadores, e 3) a resignação dos familiares com a situação. O estudo conclui que a experiência do cuidado diário e o vínculo afetivo com a pessoa com transtorno mental formam a base do conhecimento dos familiares sobre o cuidado requerido
Perfil sociodemográfico de cuidadores familiares de idosos residentes em uma ...Centro Universitário Ages
Este estudo caracterizou o perfil de 59 cuidadores familiares de idosos em uma área de cobertura da Estratégia Saúde da Família em São Paulo. A maioria eram mulheres brancas, casadas, católicas entre 30-59 anos que estudaram por 1-4 anos e cuja renda familiar era de 1-2 salários mínimos. Muitas cuidavam dos idosos há 4-6 anos e eram filhas dos pacientes.
OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.Rosane Domingues
O documento discute a elaboração de relatórios e laudos como instrumentos técnicos da ação profissional do assistente social. Apresenta três processos de intervenção: político-organizativos, de planejamento e gestão, e socioassistenciais. Estes incluem ações como mobilização social, elaboração de protocolos, atendimento direto a usuários e emissão de pareceres técnicos.
O documento descreve os princípios e diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica no Brasil, incluindo: i) a Atenção Básica deve fornecer cuidados integras de saúde para a população de um território definido; ii) ela deve ser a porta de entrada preferencial para o sistema de saúde e coordenar o cuidado entre diferentes níveis de atenção; iii) a educação permanente é essencial para aprimorar as práticas das equipes de Atenção Básica.
O documento descreve a história e os princípios do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS). O SUS foi criado na década de 1980 para fornecer saúde pública universal e gratuita a todos os cidadãos brasileiros, rompendo com o sistema anterior que restringia o acesso aos trabalhadores formais. O documento explica a estrutura do SUS, incluindo seus níveis de atenção e princípios como descentralização, regionalização e participação social.
1) O documento discute a situação epidemiológica em Minas Gerais e os modelos de atenção à saúde, destacando a tripla carga de doenças e a predominância de condições crônicas.
2) É apontada a incoerência entre esta realidade e um sistema fragmentado e reativo, propondo-se o restabelecimento da coerência por meio de redes de atenção à saúde.
3) As redes são definidas como arranjos integrados de ações e serviços de diferentes níveis tecnológic
O documento discute diferentes tipos de atendimento domiciliar prestados por equipes de saúde, incluindo atendimento domiciliar, internação domiciliar, acompanhamento domiciliar e vigilância domiciliar. Ele também descreve os procedimentos para realizar visitas domiciliares, como objetivos da visita, preparação, avaliação da situação e registro do atendimento. Por fim, discute a importância da abordagem familiar e do trabalho em equipe nesses atendimentos.
O documento descreve a evolução do sistema de saúde brasileiro antes e depois da criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1988. Antes do SUS, o acesso à saúde era restrito e dividido em categorias. O movimento da reforma sanitária defendia saúde como direito universal. Isso levou à criação do SUS, garantido na Constituição de 1988 e regulamentado por leis, com o objetivo de oferecer atendimento igualitário gratuito a toda população.
Um Sistema de Informação em Saúde reúne dados de diversas fontes para gerar informações úteis à tomada de decisão no sistema de saúde. Entretanto, barreiras como falta de capacitação de usuários e problemas nos subsistemas dificultam o bom funcionamento do sistema no Brasil, apesar dos recursos alocados.
Trabalho realizado para disciplina de Planejamento, Gestão e avaliação de serviços de saúde. Faculdade FAEME Teresina- Piauí . Aluna: Joanna de Angelis Lopes Magalhaes
O documento discute os princípios e desafios do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS), incluindo a regionalização, pactos interfederativos e regulação das redes de atenção à saúde. O SUS é baseado nos princípios da universalidade, equidade e integralidade, mas enfrenta desafios como o subfinanciamento e a privatização crescente. A regionalização das redes de saúde é essencial para melhor atender às necessidades populacionais, no entanto, sua implementação enfrenta dificulda
O documento descreve o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPSad) em Paraipaba, Ceará. O CAPSad oferece atendimento intermediário para pessoas com transtornos relacionados ao uso de substâncias como álcool e drogas, com foco em apoio social, educacional e reinserção profissional. A equipe multidisciplinar do CAPSad realiza atendimentos individuais e em grupo, visitas domiciliares e oficinas terapêuticas.
O documento descreve a atuação do assistente social no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), incluindo o surgimento do CAPS, seu objetivo de reintegração social dos usuários, e as funções e responsabilidades do assistente social no atendimento individual e em grupo.
O documento discute os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) no Sistema Único de Saúde brasileiro. Os CAPS fornecem atendimento diário para pessoas com transtornos mentais graves, oferecendo cuidados clínicos e de reabilitação para promover a inclusão social. O documento também discute o aumento do diagnóstico e uso de Ritalina para Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) no Brasil.
O documento discute os cuidados paliativos, definindo-o como a assistência a pacientes com doenças que ameacem a vida para melhorar sua qualidade de vida e aliviar o sofrimento. Apresenta os princípios dos cuidados paliativos, como promover o alívio da dor, integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado, e oferecer suporte aos familiares. Também discute a avaliação e o controle da dor nos pacientes.
Politicas de saúde mental: organização da rede de assistência psicossocial no...Aroldo Gavioli
O documento discute a organização da Rede de Atenção Psicossocial no Sistema Único de Saúde brasileiro. Ele descreve os três momentos da Reforma Psiquiátrica no país desde 1978, os pressupostos históricos que levaram a essa reforma, as leis e políticas implementadas, como a Lei 10.216 de 2001, e os componentes e diretrizes da rede de serviços de saúde mental.
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)Luis Dantas
I. A Política Nacional de Atenção Básica de 2012 estabelece diretrizes para a organização da atenção primária à saúde no Brasil com foco na Estratégia Saúde da Família. II. Cabe aos municípios garantir a infraestrutura e recursos para o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde. III. A educação permanente dos profissionais de saúde é essencial para a melhoria contínua do modelo de atenção básica.
Este documento compara as competências desenvolvidas pelos enfermeiros durante a graduação com as competências requeridas para gerentes da Estratégia Saúde da Família. Conclui-se que as competências dos enfermeiros se alinham bem com o perfil de gerente da ESF, tornando os enfermeiros qualificados para assumir esses cargos gerenciais.
O documento discute a história das políticas de saúde no Brasil e diferentes modelos de atenção à saúde. Apresenta o modelo sanitarista focado em campanhas de saúde pública e o modelo médico-assistencial privatista focado no atendimento individual. Também discute os desafios postos pelo Sistema Único de Saúde em garantir acesso universal, integral e equitativo à saúde e alternativas como a Estratégia Saúde da Família.
Este documento apresenta a nova Política Nacional de Atenção Básica do Ministério da Saúde do Brasil, que estabelece diretrizes para a organização da atenção básica, Estratégia Saúde da Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde. A política busca fortalecer a atenção básica por meio de mais recursos financeiros, melhoria da infraestrutura e qualificação das equipes, de modo a garantir o acesso universal à saúde de qualidade para a população brasileira.
Saude do idoso caderno de atenção básica (1)Cleicy Almeida
O documento discute o envelhecimento populacional no Brasil e a importância da saúde da pessoa idosa no Sistema Único de Saúde. Apresenta diretrizes para a promoção do envelhecimento ativo e saudável na atenção básica, incluindo a avaliação multidimensional dos idosos e o tratamento de doenças comuns nessa faixa etária.
O sentido do cuidar para familiares de pessoas com transtorno mental: um estu...Creudenia Freitas Santos
O documento descreve um estudo sobre as concepções de cuidado de familiares de pessoas com transtornos mentais. O estudo entrevistou 16 familiares cuidadores e identificou três categorias principais: 1) os cuidados diários requeridos, 2) a sobrecarga sentida pelos cuidadores, e 3) a resignação dos familiares com a situação. O estudo conclui que a experiência do cuidado diário e o vínculo afetivo com a pessoa com transtorno mental formam a base do conhecimento dos familiares sobre o cuidado requerido
Perfil sociodemográfico de cuidadores familiares de idosos residentes em uma ...Centro Universitário Ages
Este estudo caracterizou o perfil de 59 cuidadores familiares de idosos em uma área de cobertura da Estratégia Saúde da Família em São Paulo. A maioria eram mulheres brancas, casadas, católicas entre 30-59 anos que estudaram por 1-4 anos e cuja renda familiar era de 1-2 salários mínimos. Muitas cuidavam dos idosos há 4-6 anos e eram filhas dos pacientes.
1) O documento discute o papel da família no cuidado de pessoas com problemas de saúde mental e a jornada da família nesse processo ao longo do tempo.
2) A família foi vista como culpada pelos problemas de saúde mental no passado, mas agora é reconhecida como importante para o tratamento e apoio da pessoa.
3) O grupo de familiares no CAPS ajuda os cuidadores a lidar com o estresse e trocar informações sobre o tratamento.
enfermagem em saúde mental 1º aula pendencias.pptxFabianeSousa11
O documento apresenta o currículo de Fabiane Olegario, especialista em saúde mental e assistência social. Ela possui experiência como assistente social, coordenadora de saúde mental e docente. Seus contatos incluem telefone, email e Instagram.
O documento descreve um programa de capacitação em saúde mental. O programa aborda conceitos de saúde mental, perturbações mentais, e cuidados específicos para indivíduos com problemas de saúde mental. Ele destaca a importância de executar tarefas de cuidado sempre sob orientação e supervisão de profissionais de saúde.
Saúde Mental Global: O Novo Movimento Transdisciplinar à luz da Globalização ...Université de Montréal
A minha aula sobre "Saúde Mental Global: O Novo Movimento Transdisciplinar à luz da Globalização" à turma da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil, no dia de 2 de agosto de 2017.
Este documento descreve uma pesquisa que analisou as experiências que levaram pais e responsáveis a procurar atendimento especializado para adolescentes deprimidos. Foram entrevistados quatro pais usando o Modelo de Crenças em Saúde como referência teórica. As categorias analisadas foram: percepção dos pais sobre a suscetibilidade à depressão; percepção da severidade da doença; estímulos que influenciaram a busca por tratamento; barreiras e benefícios percebidos no tratamento.
1. O documento discute a participação da família na reinserção social de portadores de transtornos mentais.
2. A autora realizou uma revisão bibliográfica sobre o tema entre 1999-2009, identificando 28 publicações.
3. A maioria dos trabalhos mostra que a família fortalece o vínculo do portador e viabiliza seu processo de reabilitação e ressocialização, porém a convivência também implica em sobrecarga para a família.
O documento caracteriza o atendimento psicológico em uma enfermaria pediátrica de um hospital em Brasília. Foi realizada uma análise dos prontuários para traçar o perfil sociodemográfico e psicossocial dos pacientes e descrever as ações da equipe de psicologia. Os resultados indicaram que muitos casos enfrentam problemas socioeconômicos e de vulnerabilidade social. Além disso, a rotina da equipe de psicologia prioriza o contato direto com os pacientes em vez de registros detalhados nos prontuários
Este documento apresenta uma revisão integrativa da literatura científica sobre como a religiosidade/espiritualidade está presente na prática clínica em Psicologia. A revisão encontrou 50 estudos que mostram que a religiosidade/espiritualidade vem sendo incorporada nas noções de saúde, cuidado e integralidade na prática clínica. Alguns protocolos e estratégias são apresentados para integrar a religiosidade/espiritualidade no atendimento, mas é necessária mais pesquisa no Brasil para fornecer subsídios étic
O documento descreve os resumos de trabalhos apresentados no I Fórum Internacional sobre novas abordagens em saúde mental infantojuvenil. Os resumos abordam temas como o uso da revista e da ludoterapia como estratégias terapêuticas com adolescentes e crianças, a importância do acolhimento na prevenção do suicídio e a contribuição do matriciamento para o atendimento de pacientes com transtornos mentais na atenção básica.
O documento discute a importância e objetivos da entrevista psiquiátrica. A entrevista é o principal método para avaliar o paciente, estabelecer um diagnóstico e planejar o tratamento. Ela permite ao médico compreender a história do paciente e como fatores genéticos, ambientais e psicológicos influenciaram seu desenvolvimento e estado mental atual. A entrevista também pode ter fins terapêuticos, de pesquisa ou educacionais.
O documento descreve um estudo que avaliou idosos atendidos em uma unidade de saúde da família utilizando uma avaliação geriátrica abrangente. A avaliação incluiu aspectos sociais, físicos, funcionais e mentais de setenta idosos selecionados aleatoriamente. Os principais achados foram altas taxas de hipertensão e obesidade, défices auditivos e visuais, alterações no sono, urinárias e intestinais, e problemas cognitivos e depressivos em mais da metade dos idosos.
saúde mental e CAPS sua epistemologia e funcionamentoannekahpsico00
O documento discute a epidemiologia da saúde mental e os desafios no atendimento a pacientes com transtornos mentais. Ele explica que 1 em cada 3 pessoas terá um episódio de transtorno mental em sua vida e que os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são a principal estratégia para o tratamento, promovendo a integração social dos pacientes.
1) O documento discute um estudo sobre cuidadores de idosos com Doença de Alzheimer atendidos em um centro de saúde no Rio Grande do Norte, Brasil.
2) Foram entrevistados 15 cuidadores usando questionários sobre sobrecarga, depressão, ansiedade e qualidade de vida.
3) Os resultados preliminares mostraram altos níveis de dependência dos idosos e preocupação com o futuro entre os cuidadores.
Saúde mental refere-se ao bem-estar emocional e psicológico de uma pessoa. É a capacidade de lidar com estresses da vida, trabalhar de forma produtiva e contribuir para a comunidade.
Algumas atividades que podem melhorar a saúde mental são:
- Praticar exercícios físicos
- Manter relacionamentos sociais positivos
- Ter uma alimentação saudável
- Praticar relaxamento como ioga ou meditação
- Fazer atividades de lazer que gosta como música, artes ou esportes
CAPS é o Centro de A
1) O documento descreve um estudo sobre os efeitos da Biodança em pacientes crônicos internados com doenças como arteriosclerose e cardiopatias.
2) A metodologia envolveu a aplicação semanal de aulas de Biodança de 1 hora utilizando música, movimento e situações de encontro em grupo.
3) Os resultados indicaram melhorias na qualidade de vida dos pacientes, com fortalecimento da auto-estima, identidade e capacidade de auto-regulação.
O que é a psicologia aplicada?
A psicologia aplicada é um ramo da psicologia com objetivos específicos que faz uso de todas as descobertas e princípios científicos alcançados pela "árvore mãe", a psicologia
O documento discute o cuidado às famílias de pessoas com transtornos mentais no contexto da desinstitucionalização. Ele analisa 41 estudos sobre o assunto e conclui que cada família é única, mas existem considerações importantes como valorizar a força da família, acolhê-la quando busca ajuda e reinserir o membro com transtorno mental na rede social.
Acompanhamento psicológico da obesidadeDaniela Souza
O documento discute o papel do psicólogo no tratamento da obesidade, enfatizando a terapia cognitivo-comportamental para modificar pensamentos e comportamentos. O psicólogo deve avaliar fatores psicológicos, estabelecer diagnósticos e oferecer terapia individual para melhorar a auto-estima e qualidade de vida do paciente.
Semelhante a O cuidador familiar de paciente psiquiátrico suas dores (20)
O cuidador familiar de paciente psiquiátrico suas dores
1. O CUIDADOR FAMILIAR DE PACIENTE PSIQUIÁTRICO: SUAS DORES
Creudênia Santos*1, Maria Eulálio 1 e Priscila Barros 2
1-Departamento de Psicologia, Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, Paraíba, Brasil; 2-
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.
Após duas décadas de ditadura, os anos 80 são marcados por transformações
significativas no que concerne ao livre acesso da população a assistência à saúde, com
importantes mudanças conceituais e funcionais ocorrendo também na saúde mental e na
psiquiatria. A partir dessa década iniciaram-se importantes discussões na assistência
psiquiátrica no Brasil. mais precisamente, há cerca de 26 anos, com o aparecimento do
movimento de luta antimanicomial, dentre outros acontecimentos que marcaram o debate do
quadro geral da saúde no país.
Nesse contexto de mudanças, a Reforma Psiquiátrica salientou-se por não considerar
apenas o sofrimento humano como o objeto simples da doença mental; por desconstruir
paradigmas fundantes da psiquiatria, saúde/doença e normal/patológico; por romper com a
visão biológica reducionista da racionalidade psiquiátrica. Portanto, a Reforma psiquiátrica
propõe-se a cria uma nova maneira de olhar, de escutar, de cuidar, através do diálogo entre as
diferentes e diversas disciplinas que cuidam do sofrimento humano; propõe que o homem
esteja no centro e não a bioquímica dos neurotransmissores (Yasui, 2010).
A Reforma psiquiátrica estabelece uma ruptura radical com o modelo asilar,
construindo um novo paradigma científico, ético e político. Essa mudança de paradigma
difere completamente do modelo hospitalocêntrico e institui um novo estatuto social para o
doente psíquico: o de cidadão com direitos e garantias como os demais cidadãos brasileiros,
direitos estes estabelecidos pela lei 10.216, de 6 de abril de 2001 (Brasil, 2004). Mudanças
expressivas marcaram a assistência em saúde mental, com políticas públicas voltadas para
acompanhar o doente psiquiátrico em ambientes comunitários, como os Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS).
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços abertos e comunitários do
Sistema Único de Saúde (SUS). Substitutivos ao hospital psiquiátrico, que oferecem
tratamento para pessoas que sofrem de transtornos mentais severos e/ou persistentes. O
atendimento busca a inserção e a reabilitação psicossocial dos usuários, em ambiente
humanizado, que priorize o respeito, a dignidade e a cidadania (Brasil, 2004).
As transformações nas perspectivas das políticas públicas de saúde mental têm
propiciado maiores possibilidades de manutenção do paciente junto da sua família. Segundo
Melman (2006), as famílias viram-se estimuladas e pressionadas a assumirem a
responsabilidade de seus membros doentes e de tê-los de volta aos seus cuidados.
*creudenia@hotmail.com
2. ATAS DO 10 CONGRESSO NACIONAL DE PSICOLOGIA DA SAÚDE - ISBN-978-989-98855-0-9
A mudança de cultura e de atitude perante a doença mental responsabiliza a família na
prestação de cuidados ao doente psíquico, tal fato provoca muitas dificuldades, convocando a
família a procurar apoios técnicos, como educação, (in)formações, treino e suporte emocional,
político e instrumental. Tendo em vista o papel importante que a família assume no cuidado e
apoio ao paciente, constatou-se nos últimos anos, o interesse de pesquisadores em estudar a
sobrecarga e o impacto emocional negativo que pode afetar a qualidade de vida de cuidadores
familiares de pacientes psiquiátricos (Bandeira & Barroso, 2005; Saraiva, 2011).
De acordo com Boff (1999) é através do cuidar que identificamos princípios, valores e
atitudes fundamentais ao humano, no sentido de ser realmente humano, o que rege a
criatividade, a liberdade e a inteligência; constrói um ser consciente, livre e responsável.
Considerando que a partir do ato de cuidar nasce a solidariedade, a fraternidade, a
sensibilidade, a complexidade humana, as relações interpessoais, enfim, o amor por si mesmo
e o amor ao próximo. Então cuidar de uma pessoa doente psíquica, além de ser um ato de
satisfação para quem realiza o cuidado também pode representar para o cuidador, perdas
significativas à nível social, econômico, físico, emocional e espiritual, conforme o grau de
dependência do doente. Desta forma, este estudo teve como objetivo compreender como o
cuidador familiar representa o cuidar de um doente psíquico.
MÉTODO
Participantes
Participaram do estudo (16) dezasseis pessoas, de ambos os sexos, que possuem
vínculo familiar com pacientes atendidos pelo Centro de Atenção Psicossocial Integração
(CAPS I), de um Município do Estado da Paraíba. Para a composição da amostra não foram
considerados apenas os vínculos de consanguinidade, porém só foram inclusos à pesquisa os
participantes que possuíam vínculo equivalente ao familiar, cujos parentes fossem
domiciliados no Município de Queimadas – PB, Brasil e atendidos pelo CAPS.
Material
O questionário sociodemográfico permite recolher questões referentes ao perfil sócio-
demográfico dos atores sociais em questão, como o contexto familiar, sócio econômico,
profissional e de saúde, são pesquisados dados relativos à idade, nível de escolaridade e
situação laboral dos participantes, composição e estrutura familiar.
A entrevista semi-estruturada, foi adaptada a partir do instrumento utilizado por
Gaudêncio (2005), para avaliar a "Representação social do cuidar entre familiares de idosos
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portadores de demência". A entrevista é composta por questões subjetivas e abertas sobre o
tema estudado.
Procedimentos
O estudo se adequou às normas do Conselho Nacional de Saúde, através da Resolução
N° 196, de 10 de outubro de 1996 (Brasil, 1996), que estabelece as diretrizes e normas
regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos, e foi submetido e aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba, por meio do parecer
CAAE 0638.0.133.000-10. Todos os participantes foram contactados previamente, as
entrevistas foram realizadas em seus domícilios e com o consentimento dos entrevistados
foram gravadas, após as informações dos objetivos da pesquisa, todos aceitaram participar
livremente mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. De acordo
com os preceitos éticos a identificação dos participantes da pesquisa foi preservada,
aparecendo após os recortes de suas falas a letra C (de cuidador) seguida do número do
protocolo de coleta de dados e da idade. Ainda nos discursos dos entrevistados, onde consta
citação de nomes de filhos foram usados nomes ficticios.
Análise dos Dados
O presente estudo é descritivo e analítico, com abordagem qualitativa. Os dados
objetivos foram analisados segundo estatística descritiva e os dados subjetivos foram
agrupados e categorizados a luz da análise temática de conteúdo (Bardin, 1977).
RESULTADOS
Caracterização da amostra
Foram entrevistados dezasseis cuidadores de doentes psíquicos que atendiam aos
critérios pré-estabelecidos. Conforme a caracterização sociodemográfica dos cuidadores,
verificamos que, a idade dos dezasseis participantes da pesquisa variou entre 33 e 81 anos,
com a média de idade de 56,63 anos (Dp = ±12,6). Esse dado aponta a heterogeneidade da
amostra, uma vez que compreende tanto cuidadores no início da vida adulta como idosos.
Observa-se a alta predominância do sexo feminino na amostra pesquisada (75%).
A pesquisa é basicamente composta (81,3%) por cuidadores casados e todos têm, pelo
menos, um filho. A maioria dos cuidadores (68,8%) são pais e mães que assumiram a função
de cuidadores dos seus filhos com transtornos psíquicos. Porém, convém destacar que as mães
cuidadoras correspondem à metade dos participantes. É considerável a proporção de
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cuidadores que dividem a residência com quatro ou mais pessoas. Apesar da existência de
cônjuges, familiares ou terceiros, convivendo com o cuidador, apenas um participante da
amostra divide as funções de cuidador com outra pessoa (neste caso, um profissional não
especializado).
Metade da amostra é composta por aposentados e donas de casa. A baixa escolaridade
dos cuidadores pesquisados (56,3% não concluíram o Ensino Fundamental) está diretamente
relacionada com o seu tipo de ocupação profissional (apenas 25% são carteira assinada)
Todos os participantes da amostra dizem-se religiosos, sendo a maioria católica (62,5%) e
praticante (73,4%). O índice de cuidadores com casa própria é elevado (87,5%) e, na maioria
dos casos (60%), a casa pertence ao próprio cuidador.
Como o cuidador representa o cuidar de um familiar doente psíquico
O estudo aponta quatro categorias relevantes para percebermos como o cuidador
representa o cuidar de um familiar doente psíquico. Os entrevistados manifestam muita
emoção ao expressarem seus pensamentos. Os resultados permitiram-nos perceber, através da
experiência do cuidar, os temores e as preocupações com o futuro que perturbam o seu
quotidiano; as virtudes que pensam possuir para desempenhar essa tarefa e o instrumento de
cuidados (CAPS) pelo qual se sentem apoiados. Identificámos as seguintes categoria: medo;
preocupação com o futuro; características para ser um bom cuidador e CAPS como
instrumento de apoio.
Medo
Os cuidadores entrevistados apresentam-se apreensivos no que se refere às
perspectivas de futuro, não conseguem desejar além do presente, não esperam muito da vida,
sendo que o que mais os angustia é a proximidade com a própria morte. Como consta no
perfil da amostra parte dos entrevistados são idosos, mas mesmo os cuidadores mais jovens
exteriorizam incertezas e receios quanto ao futuro, a grande preocupação dos entrevistados,
diz respeito ao bem-estar do familiar doente psíquico, caso o cuidador venha a ficar
impossibilitado de responder às necessidades do paciente, devido a alguma doença ou vir a
morrer. Para os cuidadores mais idosos a morte parece ser mais iminente, o medo torna-se
uma constante manifestada na forma como explicitam os seus sentimentos, evidenciados de
modo claro na forma como o verbalizam:
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“Para o futuro, eu estou tão desacreditada, que eu não estou nem pensando mais nada e eu tenho
muito medo do futuro, eu não sinto segurança nenhuma, porque olhe, a idade vai chegando, aí eu
tenho muito medo do futuro, esperar o que? Doença somente, eu penso assim, eu estou falando o
que eu sinto. Eu tenho medo, muito medo, eu não penso nada, eu tenho é medo”. (C. 8, 44 anos)
“Penso assim, falar a verdade é bom, quando eu morrer quem vai cuidar dessa pobre, eu imagino
assim, aí me dá vontade de chorar, não sei quem vai logo, se é ela ou se é eu, que eu só vivo cheia
de dor, faz muito tempo que eu vivo desse jeito”. (C. 9, 81 anos)
“Cada dia que vai se passando eu peço conforto a Deus pra viver muitos anos, para tomar conta
delas, quando eu morrer o que será delas, é só o que eu penso na minha vida, o futuro velho não
tem”. (C. 2, 74 anos)
“Eu só penso uma coisa, é no dia que eu não puder mais cuidar dele (voz chorosa), só o que eu
lamento, não gosto de falar disso não (pausa), porque no dia que eu não puder mais cuidar dele
eu não sei como é que vai ficar”. (C. 13, 63 anos)
Portanto, o medo referido nesta categoria está relacionado com o medo que o familiar
cuidador sente ao perceber a proximidade da morte, sobretudo no caso dos mais idosos, e por
não saberem como e com quem ficará a pessoa que é alvo dos seus cuidados. Preocupa-se
com o bem estar físico e emocional do parente e interroga-se quanto ao futuro tutor,
designadamente, se este terá o mesmo zelo e dedicação que ele tem.
Preocupação com o futuro
As questões relacionadas com o medo de morrer e o futuro incerto do paciente,
decorrente da ausência física do cuidador, faz com que este reflita sobre a forma de como
encontrar uma solução para o problema que o aflinge. Quem cuidará do filho doente psíquico?
Pensando em organizar o futuro do paciente, o cuidador procura, tem dúvidas, faz escolhas.
Nesta triagem pensa na família, mas cisma ao considerar que o parente próximo pode não ser
um bom cuidador, não sente segurança na família, porém releva, ao pensar que o serviço de
saúde mental (CAPS) vigiará o familiar responsável, fato que o leva a concluir que, por essa
via, o paciente estará protegido.
“Se a pessoa morre! Aí fica no nome da família e eu sei lá como a família vai se comportar, como
é que vai fazer, já são outros que vão policiar a família, como é que deve agir, por isso eu digo
para os meninos, vamos para o CAPS”. (C. 15, 56 anos)
O parente escolhido dependerá também da empatia que o paciente tenha com ele, isto
é levado em consideração quando da escolha. O cuidador tenta avaliar, por meio de conversas
com membros da família para perceber quem estará apto a assumir a responsabilidade de
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cuidar. Nesta busca ele aconselha, sugere e até convida a família a ir ao CAPS, para aprender
a lidar com o paciente.
“Uma pessoa para tomar conta dele, é o que eu mais desejo, penso na irmã mais velha dele, mas
ele não gosta do marido dela”. (C. 16, 79 anos)
" Eu estava falando isso lá com minhas filhas, as que casaram, (...) eu não sei até quando eu
chego, posso até demorar mais nesse mundo, mas vocês estão vendo, faça como eu faço, tenham
calma, tenham paciência, mesmo que ele erre, ele não está errando porque quer, ele está errando
por inocência”. (C. 13, 63 anos)
O Ministério Público e o CAPS são vistos pelo cuidador como aliados na busca por
um tutor, pois existe uma confiança nestas instituições, não só no sentido de conseguir ajuda,
como em acreditar que o paciente estará protegido quando o cuidador já não puder estar
presente.
“Tem que falar com o promotor, com vocês do CAPS para ver o que vai fazer, que eu já estou
velho, para ver o que vai fazer para ele ficar interditado com outra pessoa, para tomar conta do
dinheiro dele e cuidar dele”. (C. 16, 79 anos)
Em alguns casos a pessoa escolhida não sabe que será a tutora, o cuidador entende que
aquele parente é o mais indicado para cuidar do doente psíquico, porém não o informa do
assunto, acredita que quando chegar o momento será aquela pessoa que assumirá o
compromisso com o doente psíquico. A preocupação em quem cuidará não é algo apenas dos
idosos, o cuidador jovem também pensa e faz a escolha acerca de quem poderá vir a ser
responsável pelo paciente psíquico, é algo inerente ao cuidador familiar (como pai e mãe) e
que se vê no papel de único responsável pela vida do filho.
“Eu guardo pra mim, eu imagino Joana, se eu morrer, como diz a história, que a gente não sabe a
hora que vai, Joana, minha filha que mora perto daqui é quem vai tomar conta da irmã... fico
calada, não converso isso com ninguém, só fica para eu mesma”. (C. 9, 81 anos)
“eu já pedi a minha irmã e ao marido, se eu morrer que eles tomem conta de Pedro (filho mais
velho), porque José (filho mais novo) é muito apaixonado pela família do pai e eu já pedi a
família do pai para tomar conta de José para mim”. (C. 8, 44 anos)
Características para ser um bom cuidador
Á medida que o cuidador faz escolhas de quem o substituirá, tem igualmente,
dificuldade em acreditar que alguém possa fazer seu trabalho, pois ver-se mais forte do que as
outras pessoas, capaz de fazer tudo, até mesmo de realizar o impossível pelo paciente. Ao
mesmo tempo em que assume que a sua função não pode ser executada por qualquer ser
humano, porém não deixa de discorrer sobre os caminhos que um bom cuidador deve trilhar.
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Ser cuidador implica ter atributos subjetivos, tipo: paciência, boa vontade, força,
responsabilidade, compromisso e fé em Deus, pois sem estas características não é possível
resistir e suportar a função, passando de cuidador a paciente.
“Eu fiz o possível e impossível por ele”. (C. 5, 66 anos)
“Não é qualquer ser humano que cuida de uma pessoa que não é saudável, que tem distúrbio
mental”. (C. 12, 54 anos).
“Que tenha muita paciência, que peça muita força à Deus, porque é difícil, é muito difícil se você
não tiver pulso firme, se você não for forte, não buscar força com Deus, você não consegue e
acaba caindo na mesma doença também, porque é difícil, é muito difícil você lutar com pessoa
que tem problema mental”. (C. 3, 33 anos).
CAPS como instrumento de apoio
O CAPS, serviço comunitário de saúde mental, é verbalizado pelos entrevistados
como um espaço de aprendizagem. O cuidador familiar sente-se acolhido pelo serviço,
encontra neste espaço abertura para falar de si, dos seus temores e de suas dores, dividi com
os outros familiares as suas angústias, nesta troca de sentimentos, sentem-se aliviados e
apoiados pelo serviço, uma vez que estas instituições dispoêm de grupos vocacionados para
prestar apoio e orientação à familia. Cabe salientar, que estes grupos, usualmente chamados
de grupos de família, são espaços de partilha de medos e angústias. Porém seu direcionamento
está voltado a orientar o cuidador a conhecer melhor o transtorno mental, para este saber
como lidar com as necessidades do paciente.
“A experiência que eu já tive no CAPS, aprendi muita coisa, porque cada dia a gente aprende
com eles, isso pra mim eu já tiro de letra”. (C. 8, 44 anos)
“Por enquanto estou ainda me dominando, sabe que a gente tem o domínio próprio, o que não
pode perder é a razão... qualquer coisa que apertar demais vai no CAPS conta a situação, sempre
se levanta um para ajudar, não me sinto só não, mesmo dependendo da família, ainda tem o
CAPS, tem ajudado muito”. (C. 15, 56 anos)
“Quando eu vou pra reunião da família no CAPS, eu falo para a psicóloga que faz o trabalho, eu
tô aqui minha filha, acho que pior do que João (risos) (...) Alivia, quando eu saio do CAPS parece
que saio outra pessoa, sabe? Porque eu desabafo, alias a gente tudo que participa daquele grupo
de família a gente desabafa, a gente fala o que a gente está sentindo e ali a gente recebe um
acolhimento muito bom”. (C. 4, 51 anos)
Além do CAPS, os parentes e amigos constituem fonte de apoio e suporte, no que
concerne ao alívio das tensões. Alguns entrevistados relataram sentirem-se aliviados em
momentos que dividem suas experiências com pessoas pelas quais não são intimas ou até com
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estranhos. Para eles falar de si e da própria vivência, significa desabafar e ao mesmo tempo
pressupõem ajudar quem ouve.
“Falo com todo mundo, o pessoal da família, de fora, porque ele está assim, eu sempre divido
com os outros, agora o pessoal dá conselho a mim também…” (C. 16, 79 anos)
“Meus sentimentos eu sempre converso, mais eu converso muito assim com estranhos… alguém
começa a desabafar comigo, eu vejo que parece um amparo aí começa a desabafar, aí depois eu
digo minha filha agora deixe eu contar minha vida, eu gosto muito de desabafar”. (C. 8, 44 anos)
DISCUSSÃO
Os resultados sociodemográficos apontam a heterogeneidade da amostra quanto à
idade, ao constatar adultos jovens e idosos na mesma proporção. Outras pesquisas apresentam
grupos maioritários de idosos como cuidador familiar, alguns atribuem esta situação ao
envelhecimento demográfico da população, este dado é referido como um fator agravante
relacionado com a sobrecarga dos cuidadores, pois com o avanço da idade o cuidador tende a
sentir mais desgaste físico, decorrente de esforços (Santos, 2005; Ricarte, 2009; Yamashita,
Amedola, Alvarenga & Oliveira, 2010). No caso específico desta pesquisa podemos não ter
constatado essa diferença pelo fato da amostra ter um número reduzido de participantes.
A prevalência de mulheres entre os cuidadores é algo presente em outras pesquisas da
mesma natureza (Silva, Lippi & Pinto, 2008; Yamashita et al, 2010). Os resultados do
presente estudo confirmaram essa tendência. De entre as possíveis razões estão a longevidade
feminina; as normas culturais e sociais, que consideram a mulher destinada a cuidar da casa e
da família - o cuidar do outro é visto como mais uma função feminina - e a pouca
acessibilidade dos homens às pesquisas (Silva, 1998; Floriani, 2004).
A maioria dos cuidadores entrevistados eram pais e mães que assumiram a função de
cuidadores dos seus filhos doentes psíquicos, porém as mães correspondem a metade dos
participantes, este dado confirma a literatura existente sobre esta matéria, a qual indica as
mães como as principais cuidadoras dos filhos doentes psíquicos (Barroso, Bandeira, &
Nascimento, 2007).
Grande parte dos cuidadores é casada, este dado encontra consistência em outros
estudos (Santos, 2005; Barroso et al, 2007; Ricarte, 2009).
Constatamos ainda a baixa escolaridade dos entrevistados, a maioria não concluiu o
ensino fundamental, dado que pode estar relacionado com o tipo de ocupação profissional,
pois verificamos que metade da amostra foi composta por aposentados e donas de casa. A
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associação entre o nível de escolaridade e a ocupação profissional está de acordo com outros
estudos (Santos, 2005; Ricarte, 2009).
A crença religiosa predominante foi a religião católica, informação confirmada em
estudo da área. Na mesma literatura, verificamos que a maioria dos cuidadores possui casa
própria, prevalência encontrada também na presente pesquisa (Barroso, 2006).
De acordo com Melman (2006), muitos estudos sobre a sobrecarga familiar vêm sendo
desenvolvidos nos últimos anos, este interesse surge para investigar os encargos econômicos,
físicos e emocionais produzidos pelo impacto gerado na família pela presença de uma pessoa
com transtorno mental. A convivência com o paciente psiquiátrico representa para os
membros da família um peso material, subjetivo, organizativo e social.
No que diz respeito às repercussões do cuidar, vale salientar dois níveis de sobrecarga:
as objetivas, que são os cuidados práticos, referentes às demandas concretas do paciente e as
subjetivas, resultantes das primeiras, as quais representam as questões emocionais, que são
menos perceptíveis, pois expressam-se através de stress ou sofrimento (Ricarte, 2009).
Sabendo que a função da família é a de acompanhar seus membros adoecidos e cuidar
deles, esta está diretamente ligada à sobrecarga objetiva e subjetiva (Melman, 2006). O estudo
ora apresentado, visou compreender como o familiar cuidador representa o cuidar,
encontrando resultados que se relacionam mais significativamente com a sobrecarga
subjetiva, assim como verificamos, também, estratégias de enfrentamento que são usadas na
diminuição dessa sobrecarga.
Analisando os discursos percebemos uma grande ênfase no sentimento medo,
sobretudo nos pais idosos que cuidam de filhos com transtornos mentais, conforme a idade
avança a situação torna-se mais comovente, pois passam a vivenciar mais angústia e
ansiedade diante da possibilidade da própria morte, visto que, julgam ser o filho doente
completamente dependente dos seus cuidados e incapaz de assumir responsabilidades, que
atendam às suas necessidades básicas e sociais. Logo, os pais percebem que seus filhos
ficarão completamente desamparados na sua ausência física. Outra questão relacionada e que
causa grande aflição para alguns pais cuidadores é a de não possuírem uma estratégia que
assegure condições mínimas de vida para o familiar doente. As pesquisas na área confirmam
essa predisposição do cuidador familiar em sentir medo de adoecer ou de vir a morrer e de
não conseguir prestar o apoio que o parente precisa (Barroso et al, 2007; Baptista, 2011;
Saraiva, 2011).
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Cuidar de um familiar com transtorno mental, inicialmente, obriga os cuidadores a
refazerem seus projetos de vida. Com o passar dos anos e o avanço da idade, além da
fragilidade e limitação física, imposta pelo processo de envelhecimento, o cuidador é tomado
por grande angústia, gerada pelas incertezas que cercam o destino do filho. De acordo com o
depoimento dos entrevistados, fica evidente a preocupação dos participantes com o futuro do
paciente, fator que alcança mais vigor a partir da consciência da proximidade da própria
morte. A percepção de que pode em algum momento faltar na vida do filho, faz com que o
cuidador busque junto da família quem poderá desempenhar a responsabilidade de zelar pela
vida do doente psíquico.
Outros autores que investigaram a relação entre o familiar e o doente objeto de
cuidado no contexto da saúde mental identificaram em seus estudos a preocupação do
cuidador com o futuro do seu ente querido, preocupação esta, sentida constantemente à
medida que a idade avança. Fato que o leva a procurar atenuar o desassossego com a procura
de quem irá assumir, por si, os cuidados de que o seu dependente carece (Goes, 2007;
Navarini & Hirdes, 2008; Santin & Klafke, 2011).
Em seu estudo, Albuquerque (2010), constata que os pais possuem um grau maior de
preocupação comparado a outros cuidadores, isso se deve ao fato de os pais não acreditarem
que outros membros da família possam em algum momento assumir a função de cuidador do
paciente. Portanto, os resultados da presente pesquisa corroboram com os achados da
literatura, destacando como intensa a preocupação de pais cuidadores, em relação ao futuro do
filho, por eles julgarem não haver na família uma pessoa a quem possa confiar a vida do ser
que amam.
O dado anterior sobre a preocupação maior com o futuro do paciente ser algo mais
evidente em pais cuidadores justifica termos percebido no estudo que a preocupação com o
futuro não é algo apenas de pessoas idosas, mas presente também em adultos jovens, o que
nos leva a considerar que os pais, independentemente da idade, temem a não continuidade da
vida e a falta que farão na vida dos filhos, julgando serem únicos responsáveis pelo cuidado,
logo se compreende o grau de parentesco como uma relação de afetividade intensa. Ao
analisar o discurso de mães cuidadoras, Goes (2007) percebe igualmente a valorização do
cuidado a partir da afetividade, desligado de questões sócio-culturais.
Nas entrevistas alguns participantes apresentaram até aquele momento, dúvidas na
escolha do filho que cuidará do paciente, mas expressam uma ideia de quem possa ser;
enquanto outros revelaram suas preferências. Porém, em alguns casos o filho preferido não
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sabe que será o cuidador depois da morte dos pais. Em relação ao tema ainda é preciso mais
estudos que investiguem a expectativa desses familiares, acerca da tarefa de assumirem a
função de cuidador como a desempenhada pelos pais e de se tornarem no futuro os
responsáveis por esta função. Por meio dessas informações seria possível entender a
sobrecarga sentida pelos pais, decorrente dessa preocupação e entender melhor os sentimentos
que envolvem os futuros cuidadores na aceitação deste compromisso. Em sua pesquisa
Albuquerque (2010), também sugere que este tema seja mais aprofundado.
Encontrar uma pessoa que cuide do doente psíquico na ausência física do cuidador
familiar, pode significar alívio para o peso que a preocupação com o futuro acarreta, dessa
forma, podemos conceber que os recursos utilizados para a adaptação a situações
problemáticas são consideradas como estratégias de enfretamento. Na literatura uma
estratégia de enfrentamento que pode ser usada pelo cuidador para lidar com a sobrecarga por
ele sentida, chama-se coping, que são recursos "utilizados pelos indivíduos com o objetivo de
lidar com demandas específicas, internas ou externas, que surgem em situações de stress e
são avaliadas como sobrecarregando ou excedendo seus recursos pessoais" (Lazarus &
Folkman, 1984, como referido em Antoniazzi, Dell’Aglio & Bandeira 1998, p. 276).
Segundo Ricarte (2009) existem quatro razões que levam alguém a querer cuidar de
outrem, para ele são múltiplas e diferentes as considerações levadas em conta para tornar-se
um cuidador. O amor; a gratidão (noção de dever; dever ou pressão social; modelo da família
tradicional); a moralidade (expectativas sociais; dever moral; reciprocidade); a solidariedade
conjugal (laços filiais e laços familiares) e a vontade própria em promover cuidados a
alguém. Os familiares entrevistados acreditam que ser cuidador é um ato que requer muita
doação. Sinalizam também que enquanto conseguem executar da melhor forma possível as
suas funções, vão suportando tudo sem se preocuparem consigo mesmos. A forma pela qual
os participantes nas entrevistas caracterizaram um bom cuidador, ao apontarem atributos
subjetivos como os vistos na citação anterior, legítima o estudo.
A religião também foi mencionada pelos entrevistados como fonte de motivação para
ser um cuidador. De acordo com (Silva & Moreno, 2004) a religião assume um importante
papel de apoio social, pois ajuda o cuidador a conseguir estabilidade, à medida que ameniza a
dor e o sofrimento e diminui a depressão e a ansiedade, auxiliando-o no enfrentamento das
adversidades.
Então, ao mencionarem as qualidades necessárias para ser um bom cuidador os
entrevistados manifestam sentimentos positivos de gratificação, de dever cumprido e de bem-
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estar pessoal, apresentam ao mesmo tempo necessidades de apoio. O serviço de saúde mental
(CAPS) surge como um dos espaços citados pelos cuidadores familiares, onde encontram
suporte emocional e acolhimento para suas angústias, nas suas verbalizações expressam ser o
CAPS um lugar de aprendizagem, onde se pode buscar ajuda e falar o que se sente.
Em um estudo sobre a concepção de familiares de paciente psiquiátrico sobre os
cuidados oferecidos no CAPS, foi constatado que a participação no Grupo de Família tem
favorecido a construção de laços afetivos, fortalecido pelas relações de reciprocidade
existente no grupo, pois a partir das trocas de vivências são construídas estratégias de
enfrentamento, o que vem gerar nas famílias assistidas um melhor convívio no lar (Andrade et
al, 2013). Outro estudo menciona que partilhar angústias e experiências com outros
cuidadores familiares é uma forma de centrar-se nos aspectos positivos do cuidar (Saraiva,
2011).
Os estudos citados confirmam os resultados observados na presente pesquisa, visto
que, o familiar cuidador ao indicar o CAPS como um lugar de acolhimento, de suporte
emocional, está falando especificamente, do Grupo de Família, já que são estes grupos que
oferecem espaço de fala no serviço. Os cuidadores também demonstram em seus discursos o
quanto a função de cuidar representa crescimento pessoal e ao dividirem o que sentem com
outras pessoas, sejam elas cuidadoras ou não, além de representar um alívio, significa ainda
uma forma de partilhar experiências.
A família, particularmente marido e filho, e os amigos também são mencionados pelo
cuidador como fontes de apoio, não apenas em termos práticos como a nível emocional.
Pegoraro & Caldana (2006), perceberam em sua pesquisa a grande importância que as
entrevistadas atribuíram à figura do marido, pelo fato de sentirem que a presença do
companheiro proporciona o compartilhamento dos sofrimentos vividos.
Em seu estudo Barroso (2006), observou que o cuidador familiar utiliza estratégias de
enfrentamento para lidar com a doença mental em sua família, sendo que, as três principais
estratégias de enfrentamento são: rezar, conversar sobre o paciente com outros familiares e
com amigos. Logo, o estudo mencionado ratifica os resultados desta pesquisa, pois
observamos nos discursos dos familiares a menção da religiosidade como forma de suportar
as adversidades e o diálogo com familiares e amigos, sobre sua vivência com o parente
cuidado, como um meio de aliviar suas tensões.
Da mesma forma que é importante individualizar os serviços prestados ao doente
psíquico, como tal é imprescindível singularizar os apoios ao cuidador, de acordo com
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aspectos ligados em termos materiais, psicossociais, de saúde e de qualidade de vida. É
preciso construir mecanismos de apoio mais comprometidos com a participação e a integração
da família, de modo a ser o próprio cuidador familiar a indicar como percebe a qualidade dos
serviços prestados ao doente e os reflexos que os mesmos assumem na sua qualidade de vida.
Não são necessárias apenas políticas de cuidados voltadas para as questões práticas (objetiva).
As redes de apoio que evidenciam-se no emocional (subjetiva) do cuidar, também são de
grande importância no contexto da saúde mental. Então, para que a ação do cuidar seja
equilibrada para o familiar e o doente psíquico, os cuidados objetivos e subjetivos devem
coexistir e interligar-se (Tomasi et al, 2010, Saraiva, 2011).
De acordo com Trindade (2007), para existir uma possibilidade de relacionamento
entre profissionais de saúde mental e cuidadores familiares e, consequentemente, haver uma
construção conjunta de possibilidades terapêuticas, é preciso ultrapassar dois grandes desafios
no campo da saúde mental: compreender a família em seu contexto cultural, considerando sua
especificidade e a sua diversidade e; assisti-la de acordo com esses contextos, respeitando a
dinâmica própria de cada uma.
Concluímos, que a família no processo de tratamento do paciente, tende a ser uma
parceira a mais da equipe de saúde mental, pois ela pode sinalizar quando os instrumentos de
apoio são ou não eficazes. Por isso, planear um cuidado digno e justo, que reflita a qualidade
de vida da família, requer conhecer a sua estrutura profundamente, analisando sua rede social,
sua percepção cognitiva, sua cultura, suas crenças e valores e sua situação socioeconômica.
Só assim será possível entender comportamentos julgados muitas vezes pelos profissionais
como inapropriados, o que ocasiona distanciamento ou até mesmo rupturas entre familiar e
equipe.
Conceber uma relação de cooperação positiva é possível, sem vitimização ou
culpabilidade da família, para isso os profissionais de saúde mental deverão encarar a família
com outros olhos, acolhendo as suas especificidades.
REFERÊNCIAS
Albuquerque, E. P. T. (2010). Sobrecarga de familiares de paciente psiquiátricos: Estudo de
diferentes tipos de cuidadores. (Dissertação de mestrado, Universidade Federal de São João
del-Rei - São João). Disponível em: http://www.ufsj.edu.br/portal2-
repositorio/File/mestradopsicologia/2010/Dissertacoes/DissertacaoELLEN.pdf
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