SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
RESUMO: PROGRAMA MELHOR EM CASA
O Programa Melhor em casa é regulamentado pela Portaria 963 de 27 de maio de
2013, a qual redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do SUS, tendo como objetivo a
reorganização do processo de trabalho dasequipes que prestam cuidado domiciliar na atenção
básica, ambulatorial, nos serviços de urgência e emergência e hospitalar, com vistas à redução
da demanda por atendimento hospitalar e/ou redução do período de permanência de usuários
internados, a humanização da atenção, a desinstitucionalização e a ampliação da autonomia
dos usuários.
A AtençãoDomiciliardeveseguirasseguintesdiretrizes:
 Ser estruturada na perspectiva das Redes de Atenção à Saúde, tendo a atenção
básicacomo ordenadoradocuidadoe da ação territorial;
 Estar incorporada ao sistema de regulação, articulando-se com os outros
pontosde atençãoà saúde e com serviçosde retaguarda;
 Ser estruturada de acordo com os princípios de ampliação do acesso,
acolhimento,equidade,humanizaçãoe integralidade daassistência;
 Estar inserida nas linhas de cuidado por meio de práticas clínicas cuidadoras
baseadas nas necessidades do usuário, reduzindo a fragmentação da
assistência;
 Adotar modelo de atenção centrado no trabalho de equipes multiprofissionais
e interdisciplinarese
 Estimular a participação ativa dos profissionais de saúde envolvidos, do
usuário,dafamíliae do cuidador.
Para que os municípios tenham o Serviço de Atendimento Domiciliar eles devem
apresentar, isoladamente ou por meio de agrupamento de municípios, conforme pactuaçao
previa na Comissão Intergestores Bipartite e, se houver, na Comissao Intergestores Regional,
população igual ou superior a 20.000 habitantes, com base na população estimada pelo IBGE.
Ainda devem ser cobertos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e possuir
hospital de referência no Municipio ou região a qual integra. Nos municípios com população
superior a 40.000 habitantes, a cobertura por serviço móvel local de atenção às urgências
diferente doSAMU192 será tambémconsideradarequisitoparaaimplantaçãode um SAD.
As equipesde atençãodomiciliarque compõemoSADsão:
 EMAD (EquipesMultiprofissionaisde AtençãoDomiciliar) Tipo1:
Para municípios com população igual ou superior a 40.000 habitantes, com
composição mínima de médicos (40h/semana), enfermeiros (40h/semana),
fisioterapeuta e/assistente social (30h/semana) e auxiliares/técnicos de
enfermagem(120h/semana).
 EMAD (EquipesMultiprofissionaisde AtençãoDomiciliar) Tipo2:
Para municípios com população inferior a 40.000 habitantes, com composição
mínima de médico (20h/semana), enfermeiro (30h/semana), 1 fisioterapeuta
ou 1 assistente social (30h/semana) e auxiliares/técnicos de enfermagem
(120h/semana).
 EMAP (EquipesMultiprofissionaisde Apoio):
Terá composição mínima de 3 profissionais de nível superior, escolhidos
dentre as ocupações listadas abaixo, cuja soma das cargas horárias semanais
dos seus componentes acumularão, no mínimo, 90 horas de trabalho, onde
nenhumprofissional poderáterCHSinferiora20 horas de trabalho:
- fisioterapeuta
-assistente social
- fonoaudiólogo
-nutricionista
-odontólogo
-psicólogo
-farmacêutico
-terapeutaocupacional
A Atenção Domiciliar será organizada em três modalidades, observando a
complexidade e as características do quadro de saúde do usuário, bem como a frequência de
atendimentonecessário:
 AtençãoDomiciliartipo1(AD1):
Para usuários que possuam problemas de saúde controlados/compensados e
com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de
saúde, usuários que necessitem de cuidados de menor complexidade,
incluídos os de recuperação nutricional, de menor frequência, com menor
necessidade de recursos de saúde e dentro da capacidade de atendimentos
das Unidades Básicas de Saúde e para aqueles usuários que não se enquadrem
nos critériosprevistosparaas modalidade AD2e AD3.
 AtençãoDomiciliartipo2(AD2):
Para usuários com demanda de procedimentos de maior complexidade, que
podem ser realizados no domicílio, tais como: curativos complexos e
drenagem de abscessos, dependência de monitoramento frequente de sinais
vitais, necessidade frequentes de exames de laboratório de menor
complexidade, adaptação usuário ou cuidador ao uso do dispositivo de
traqueostomia, órteses/próteses, sondas e ostomias, acompanhamento
domiciliar em pós-operatório, reabilitação de pessoas com deficiência
permanente ou transitória, uso de aspirador de vias aéreas para higiene
brônquica, acompanhamento de ganho ponderal de recém-nascidos de baixo
peso, necessidade de atenção nutricional, necessidade de cuidados paliativos e
necessidade de medicação endovenonosa, muscular ou subcutânea por tempo
pré-estabelecido.
 AtençãoDomiciliartipo3(AD3):
Destina-se a usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou
impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, com
necessidade de maior frequencia de cuidado, recursos de saúde,
acompanhamento continuo e uso de equipamentos, podendo ser oriundos de
diferentesserviçosdarede de atençãoà saúde.
Para que o usuário seja incluído na modalidade AD3 é necessário que exista
pelo menos uma das situações admitidas como critério de inclusão para
cuidados na modalidade AD2 e a necessidade do uso de, no mínimo, um dos
seguintesequipamentos/procedimentos:
-Suporte Ventilatorio nãoInvasivo:
PressãoPositivaContínuanasVeiasAéreas(CPAP)
PressãoAéreaPositivapordoisNíveis(BIPAP)
-Diálise Peritoneal
-Parecentese
O usuário não será incluído no SAD,em qualquer das três modalidades, na presença de
pelomenosumadas seguintessituações:
-necessidade de monitorizaçãocontínua
- necessidadede assistênciacontinuaemenfermagem
-necessidade de propedêutica complementar, com demanda potencial para a
realizaçãode váriosprocedimentosdiagnósticos,semsequenciacomurgência
- necessidadede tratamentocirúrgicoemcaráterde urgência
-necessidade de usode ventilaçãomecânicainvasivacontinua
A estratégia de alta programada deve ser uma prática reforçada entre os profissionais
que compõem a equipe do hospital. Esta prática é uma das ferramentas necessárias a
desospitalização. Para isso, é necessário que os profissionais reservem um espaço para dos
casos passíveis de transferência da assistência para a AD, visando promover a
longitudinalidadedocuidado,considerandoocuidadodomiciliar.
Na alta programada é preciso a sistematização do trabalho, com instrumentos de
monitoramento, encaminhamento e determinação de fluxos, para facilitar as altas e atenuar
os problemasrelativosàpermanênciahospitalardesnecessária.Comofazer:
 Busca ativa, com corridas de leito periódicas pré-estabelecidas, para
discussões sistematizadas com corpo clinico do hospital, visando adequação de
estratégiasparaalta e desospitalizaçãoresponsável;
 Elaboração e implantação de protocolos e fluxos, alem de formulários
específicosparadesospitalização;
 Integração com a Regulação, na construção conjunta de critérios para altas e
transferênciasdocuidado;
 Elaboração e implantação de planilhas de acompanhamento de usuários de
longapermanência,comavaliaçãoperiódica;
 Reuniões quinzenais para discussão de casos clínicos e pendências de cada
setordo hospital;
 Educação permanente paraqualificaçãoe orientaçãodosprofissionais;
 Preparação para alta por meio de contatos familiares e interinstitucionais,
acesso aos equipamentos, medicamentos e insumos. É imprescindível
articulação com todos os pontos de atenção à saúde e outros setores e
equipamentossociais.
É altamente recomendável que a equipe hospitalar se comunique pessoalmente ou por
telefone com a equipe da Unidade Básica ou SAD, para que os detalhes do caso e da proposta
de planoterapêuticopossamserdiscutidase alinhavadasentre ambas.
FLUXOGRAMAS DO PROGRAMA MELHOR EM CASA:
Os fluxogramas abaixo ajudam no melhor entendimento à cerca do funcionamento do
Programa MelhoremCasa:
 Fluxode Indicação da AD a partir dos Serviçosde Urgência/Emergência
 Fluxograma de Desospitalização
 Fluxograma para tomada de decisãona Desospitalição

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)Luis Dantas
 
Saude da familia
Saude da familiaSaude da familia
Saude da familiakarensuelen
 
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAOSISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAOJorge Samuel Lima
 
Política nacional de humanização
Política nacional de humanizaçãoPolítica nacional de humanização
Política nacional de humanizaçãoPriscila Tenório
 
Atendimento domiciliar do idoso
Atendimento domiciliar do idosoAtendimento domiciliar do idoso
Atendimento domiciliar do idosoNatha Fisioterapia
 
Estudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
Estudo de Caso - Diagnóstico de EnfermagemEstudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
Estudo de Caso - Diagnóstico de EnfermagemYasmin Casini
 
Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)
Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)
Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)Will Nunes
 
Aula saúde-da-família[1][1]
Aula saúde-da-família[1][1]Aula saúde-da-família[1][1]
Aula saúde-da-família[1][1]Monica Mamedes
 
A Qualidade e a Avaliação dos Serviços de Saúde e de Enfermagem
A Qualidade e a Avaliação dos Serviços de Saúde e de EnfermagemA Qualidade e a Avaliação dos Serviços de Saúde e de Enfermagem
A Qualidade e a Avaliação dos Serviços de Saúde e de EnfermagemCentro Universitário Ages
 
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdfAula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdfUNEMAT
 
Modelos assistenciais de saúde
Modelos assistenciais de saúdeModelos assistenciais de saúde
Modelos assistenciais de saúdeLeticia Passos
 

Mais procurados (20)

Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)
 
Redes de atenção à saúde
Redes de atenção à saúdeRedes de atenção à saúde
Redes de atenção à saúde
 
Visita domiciliar
Visita domiciliarVisita domiciliar
Visita domiciliar
 
Uti
UtiUti
Uti
 
Saude da familia
Saude da familiaSaude da familia
Saude da familia
 
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAOSISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
 
Política nacional de humanização
Política nacional de humanizaçãoPolítica nacional de humanização
Política nacional de humanização
 
Atendimento domiciliar do idoso
Atendimento domiciliar do idosoAtendimento domiciliar do idoso
Atendimento domiciliar do idoso
 
SUS
SUSSUS
SUS
 
Estudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
Estudo de Caso - Diagnóstico de EnfermagemEstudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
Estudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
 
Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)
Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)
Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)
 
Aula saúde-da-família[1][1]
Aula saúde-da-família[1][1]Aula saúde-da-família[1][1]
Aula saúde-da-família[1][1]
 
Classificação
ClassificaçãoClassificação
Classificação
 
Slides grupo8
Slides grupo8Slides grupo8
Slides grupo8
 
Sae
SaeSae
Sae
 
A Qualidade e a Avaliação dos Serviços de Saúde e de Enfermagem
A Qualidade e a Avaliação dos Serviços de Saúde e de EnfermagemA Qualidade e a Avaliação dos Serviços de Saúde e de Enfermagem
A Qualidade e a Avaliação dos Serviços de Saúde e de Enfermagem
 
Resumo Lei 8080 para Concursos
Resumo Lei 8080 para ConcursosResumo Lei 8080 para Concursos
Resumo Lei 8080 para Concursos
 
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdfAula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
 
Modelos assistenciais de saúde
Modelos assistenciais de saúdeModelos assistenciais de saúde
Modelos assistenciais de saúde
 
Atenção Primária à Saúde
Atenção Primária à SaúdeAtenção Primária à Saúde
Atenção Primária à Saúde
 

Destaque

Programa “Melhor em Casa” leva assistência às residências dos brasileiros
 Programa “Melhor em Casa” leva assistência às residências dos brasileiros Programa “Melhor em Casa” leva assistência às residências dos brasileiros
Programa “Melhor em Casa” leva assistência às residências dos brasileirosMinistério da Saúde
 
Aula nasf
Aula nasfAula nasf
Aula nasfenfgabi
 
SAMU completa 10 anos e já atende 72% da população brasileira
SAMU completa 10 anos e já atende 72% da população brasileiraSAMU completa 10 anos e já atende 72% da população brasileira
SAMU completa 10 anos e já atende 72% da população brasileiraMinistério da Saúde
 
Situação de aprendizagem1
Situação de aprendizagem1Situação de aprendizagem1
Situação de aprendizagem1sanscritam
 
PMAQ Oficina BA
PMAQ Oficina BAPMAQ Oficina BA
PMAQ Oficina BAtmunicipal
 
Aula 6 crase
Aula 6   craseAula 6   crase
Aula 6 craseJ M
 
41777304 crase-atividades
41777304 crase-atividades41777304 crase-atividades
41777304 crase-atividadesAnielle Alves
 
Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e ...
Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e ...Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e ...
Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e ...bibliotecasaude
 
Novas legislações do SUS: Portaria 1654 PMAQ-AB
Novas legislações do SUS: Portaria 1654 PMAQ-ABNovas legislações do SUS: Portaria 1654 PMAQ-AB
Novas legislações do SUS: Portaria 1654 PMAQ-ABLeonardo Savassi
 
Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica - PM...
Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica - PM...Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica - PM...
Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica - PM...comunidadedepraticas
 
Atualização em curativos e exercício
Atualização em curativos e exercícioAtualização em curativos e exercício
Atualização em curativos e exercícioJuninho Spina
 

Destaque (20)

Programa “Melhor em Casa” leva assistência às residências dos brasileiros
 Programa “Melhor em Casa” leva assistência às residências dos brasileiros Programa “Melhor em Casa” leva assistência às residências dos brasileiros
Programa “Melhor em Casa” leva assistência às residências dos brasileiros
 
Aula nasf
Aula nasfAula nasf
Aula nasf
 
SAMU completa 10 anos e já atende 72% da população brasileira
SAMU completa 10 anos e já atende 72% da população brasileiraSAMU completa 10 anos e já atende 72% da população brasileira
SAMU completa 10 anos e já atende 72% da população brasileira
 
Saude crianca materiais
Saude crianca materiaisSaude crianca materiais
Saude crianca materiais
 
Situação de aprendizagem1
Situação de aprendizagem1Situação de aprendizagem1
Situação de aprendizagem1
 
PMAQ Oficina BA
PMAQ Oficina BAPMAQ Oficina BA
PMAQ Oficina BA
 
Aula 6 crase
Aula 6   craseAula 6   crase
Aula 6 crase
 
41777304 crase-atividades
41777304 crase-atividades41777304 crase-atividades
41777304 crase-atividades
 
Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e ...
Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e ...Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e ...
Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e ...
 
Atenção Básica: Brasil e Mundo
Atenção Básica: Brasil e MundoAtenção Básica: Brasil e Mundo
Atenção Básica: Brasil e Mundo
 
Novas legislações do SUS: Portaria 1654 PMAQ-AB
Novas legislações do SUS: Portaria 1654 PMAQ-ABNovas legislações do SUS: Portaria 1654 PMAQ-AB
Novas legislações do SUS: Portaria 1654 PMAQ-AB
 
Estatudo do idoso
Estatudo do idosoEstatudo do idoso
Estatudo do idoso
 
Curso de Qualificação - Agentes Comunitários de Saúde
Curso de Qualificação - Agentes Comunitários de SaúdeCurso de Qualificação - Agentes Comunitários de Saúde
Curso de Qualificação - Agentes Comunitários de Saúde
 
Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica - PM...
Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica - PM...Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica - PM...
Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica - PM...
 
Atualização em curativos e exercício
Atualização em curativos e exercícioAtualização em curativos e exercício
Atualização em curativos e exercício
 
Pmaq apresentacao - rs
Pmaq   apresentacao - rsPmaq   apresentacao - rs
Pmaq apresentacao - rs
 
nasf
nasfnasf
nasf
 
O trabalho do ACS.
O trabalho do ACS.O trabalho do ACS.
O trabalho do ACS.
 
Feridas Traumáticas e Queimaduras
Feridas Traumáticas e QueimadurasFeridas Traumáticas e Queimaduras
Feridas Traumáticas e Queimaduras
 
Competencia dos acs
Competencia dos acsCompetencia dos acs
Competencia dos acs
 

Semelhante a Programa Melhor em Casa cuidados domiciliares SUS

Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
Rede Nacional de Cuidados Continuados IntegradosRede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
Rede Nacional de Cuidados Continuados IntegradosFábio Simões
 
Internação domiciliar
Internação domiciliarInternação domiciliar
Internação domiciliarNancy Cabral
 
Manual instrucao melhor_casa
Manual instrucao melhor_casaManual instrucao melhor_casa
Manual instrucao melhor_casaDiane Carvalho
 
educação em saúde e humanização
educação em saúde e humanizaçãoeducação em saúde e humanização
educação em saúde e humanizaçãoVanessaAlvesDeSouza4
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA UNIDADE 1 1 2 3.pptx
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA UNIDADE 1 1 2 3.pptxASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA UNIDADE 1 1 2 3.pptx
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA UNIDADE 1 1 2 3.pptxRaymariAlmeida1
 
30.07.14.Saúde de Ilhéus investe nos serviços de atenção domiciliar
30.07.14.Saúde de Ilhéus investe nos serviços de atenção domiciliar30.07.14.Saúde de Ilhéus investe nos serviços de atenção domiciliar
30.07.14.Saúde de Ilhéus investe nos serviços de atenção domiciliarGuy Valerio Barros dos Santos
 
27154604-oficina-ampliacao-do-acesso-na-aps-e-programa-saude-na-hora.ppt
27154604-oficina-ampliacao-do-acesso-na-aps-e-programa-saude-na-hora.ppt27154604-oficina-ampliacao-do-acesso-na-aps-e-programa-saude-na-hora.ppt
27154604-oficina-ampliacao-do-acesso-na-aps-e-programa-saude-na-hora.pptEloisaMariaAlvesLope
 
Apresentação Dra. Montserrat Dolz no Congresso FEHOSP 2013
Apresentação Dra. Montserrat Dolz no Congresso FEHOSP 2013Apresentação Dra. Montserrat Dolz no Congresso FEHOSP 2013
Apresentação Dra. Montserrat Dolz no Congresso FEHOSP 2013Gesaworld do Brasil
 
Informe saude.outubro
Informe saude.outubroInforme saude.outubro
Informe saude.outubroneepssuerj
 
gestão da clínica.ppt
gestão da clínica.pptgestão da clínica.ppt
gestão da clínica.pptZoraide6
 
administração hospitalar
administração hospitalaradministração hospitalar
administração hospitalarbiblisaocamilo
 
Linhas de Cuidado Assistencial Multidisciplinar
Linhas de Cuidado Assistencial MultidisciplinarLinhas de Cuidado Assistencial Multidisciplinar
Linhas de Cuidado Assistencial MultidisciplinarHospital Em Foco
 
Aula - Regilene - POLITICA DE ATENCAO UE-14fev17-Tarde.ppt
Aula - Regilene - POLITICA DE ATENCAO UE-14fev17-Tarde.pptAula - Regilene - POLITICA DE ATENCAO UE-14fev17-Tarde.ppt
Aula - Regilene - POLITICA DE ATENCAO UE-14fev17-Tarde.pptCristianodaRosa5
 
Componentes e interfaces da rede de atenção às
Componentes e interfaces da rede de atenção àsComponentes e interfaces da rede de atenção às
Componentes e interfaces da rede de atenção àsJosé Carlos Pereira
 
Apresentação sobre acolhimento
Apresentação sobre acolhimentoApresentação sobre acolhimento
Apresentação sobre acolhimentoFelipe Cavalcanti
 

Semelhante a Programa Melhor em Casa cuidados domiciliares SUS (20)

Brasília Saudável
Brasília SaudávelBrasília Saudável
Brasília Saudável
 
Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
Rede Nacional de Cuidados Continuados IntegradosRede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
 
Internação domiciliar
Internação domiciliarInternação domiciliar
Internação domiciliar
 
Manual instrucao melhor_casa
Manual instrucao melhor_casaManual instrucao melhor_casa
Manual instrucao melhor_casa
 
educação em saúde e humanização
educação em saúde e humanizaçãoeducação em saúde e humanização
educação em saúde e humanização
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA UNIDADE 1 1 2 3.pptx
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA UNIDADE 1 1 2 3.pptxASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA UNIDADE 1 1 2 3.pptx
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA UNIDADE 1 1 2 3.pptx
 
30.07.14.Saúde de Ilhéus investe nos serviços de atenção domiciliar
30.07.14.Saúde de Ilhéus investe nos serviços de atenção domiciliar30.07.14.Saúde de Ilhéus investe nos serviços de atenção domiciliar
30.07.14.Saúde de Ilhéus investe nos serviços de atenção domiciliar
 
Homero_Saude_bucal
Homero_Saude_bucalHomero_Saude_bucal
Homero_Saude_bucal
 
27154604-oficina-ampliacao-do-acesso-na-aps-e-programa-saude-na-hora.ppt
27154604-oficina-ampliacao-do-acesso-na-aps-e-programa-saude-na-hora.ppt27154604-oficina-ampliacao-do-acesso-na-aps-e-programa-saude-na-hora.ppt
27154604-oficina-ampliacao-do-acesso-na-aps-e-programa-saude-na-hora.ppt
 
Apresentação Dra. Montserrat Dolz no Congresso FEHOSP 2013
Apresentação Dra. Montserrat Dolz no Congresso FEHOSP 2013Apresentação Dra. Montserrat Dolz no Congresso FEHOSP 2013
Apresentação Dra. Montserrat Dolz no Congresso FEHOSP 2013
 
Informe saude.outubro
Informe saude.outubroInforme saude.outubro
Informe saude.outubro
 
Principios e diretrizes
Principios e diretrizesPrincipios e diretrizes
Principios e diretrizes
 
gestão da clínica.ppt
gestão da clínica.pptgestão da clínica.ppt
gestão da clínica.ppt
 
administração hospitalar
administração hospitalaradministração hospitalar
administração hospitalar
 
Linhas de Cuidado Assistencial Multidisciplinar
Linhas de Cuidado Assistencial MultidisciplinarLinhas de Cuidado Assistencial Multidisciplinar
Linhas de Cuidado Assistencial Multidisciplinar
 
Homero_Acolhimento
Homero_AcolhimentoHomero_Acolhimento
Homero_Acolhimento
 
Aula - Regilene - POLITICA DE ATENCAO UE-14fev17-Tarde.ppt
Aula - Regilene - POLITICA DE ATENCAO UE-14fev17-Tarde.pptAula - Regilene - POLITICA DE ATENCAO UE-14fev17-Tarde.ppt
Aula - Regilene - POLITICA DE ATENCAO UE-14fev17-Tarde.ppt
 
Componentes e interfaces da rede de atenção às
Componentes e interfaces da rede de atenção àsComponentes e interfaces da rede de atenção às
Componentes e interfaces da rede de atenção às
 
Manual regulacao ambulatorial2_20140606
Manual regulacao ambulatorial2_20140606Manual regulacao ambulatorial2_20140606
Manual regulacao ambulatorial2_20140606
 
Apresentação sobre acolhimento
Apresentação sobre acolhimentoApresentação sobre acolhimento
Apresentação sobre acolhimento
 

Programa Melhor em Casa cuidados domiciliares SUS

  • 1. RESUMO: PROGRAMA MELHOR EM CASA O Programa Melhor em casa é regulamentado pela Portaria 963 de 27 de maio de 2013, a qual redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do SUS, tendo como objetivo a reorganização do processo de trabalho dasequipes que prestam cuidado domiciliar na atenção básica, ambulatorial, nos serviços de urgência e emergência e hospitalar, com vistas à redução da demanda por atendimento hospitalar e/ou redução do período de permanência de usuários internados, a humanização da atenção, a desinstitucionalização e a ampliação da autonomia dos usuários. A AtençãoDomiciliardeveseguirasseguintesdiretrizes:  Ser estruturada na perspectiva das Redes de Atenção à Saúde, tendo a atenção básicacomo ordenadoradocuidadoe da ação territorial;  Estar incorporada ao sistema de regulação, articulando-se com os outros pontosde atençãoà saúde e com serviçosde retaguarda;  Ser estruturada de acordo com os princípios de ampliação do acesso, acolhimento,equidade,humanizaçãoe integralidade daassistência;  Estar inserida nas linhas de cuidado por meio de práticas clínicas cuidadoras baseadas nas necessidades do usuário, reduzindo a fragmentação da assistência;  Adotar modelo de atenção centrado no trabalho de equipes multiprofissionais e interdisciplinarese  Estimular a participação ativa dos profissionais de saúde envolvidos, do usuário,dafamíliae do cuidador. Para que os municípios tenham o Serviço de Atendimento Domiciliar eles devem apresentar, isoladamente ou por meio de agrupamento de municípios, conforme pactuaçao previa na Comissão Intergestores Bipartite e, se houver, na Comissao Intergestores Regional, população igual ou superior a 20.000 habitantes, com base na população estimada pelo IBGE. Ainda devem ser cobertos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e possuir hospital de referência no Municipio ou região a qual integra. Nos municípios com população superior a 40.000 habitantes, a cobertura por serviço móvel local de atenção às urgências diferente doSAMU192 será tambémconsideradarequisitoparaaimplantaçãode um SAD. As equipesde atençãodomiciliarque compõemoSADsão:  EMAD (EquipesMultiprofissionaisde AtençãoDomiciliar) Tipo1: Para municípios com população igual ou superior a 40.000 habitantes, com composição mínima de médicos (40h/semana), enfermeiros (40h/semana), fisioterapeuta e/assistente social (30h/semana) e auxiliares/técnicos de enfermagem(120h/semana).  EMAD (EquipesMultiprofissionaisde AtençãoDomiciliar) Tipo2: Para municípios com população inferior a 40.000 habitantes, com composição mínima de médico (20h/semana), enfermeiro (30h/semana), 1 fisioterapeuta
  • 2. ou 1 assistente social (30h/semana) e auxiliares/técnicos de enfermagem (120h/semana).  EMAP (EquipesMultiprofissionaisde Apoio): Terá composição mínima de 3 profissionais de nível superior, escolhidos dentre as ocupações listadas abaixo, cuja soma das cargas horárias semanais dos seus componentes acumularão, no mínimo, 90 horas de trabalho, onde nenhumprofissional poderáterCHSinferiora20 horas de trabalho: - fisioterapeuta -assistente social - fonoaudiólogo -nutricionista -odontólogo -psicólogo -farmacêutico -terapeutaocupacional A Atenção Domiciliar será organizada em três modalidades, observando a complexidade e as características do quadro de saúde do usuário, bem como a frequência de atendimentonecessário:  AtençãoDomiciliartipo1(AD1): Para usuários que possuam problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, usuários que necessitem de cuidados de menor complexidade, incluídos os de recuperação nutricional, de menor frequência, com menor necessidade de recursos de saúde e dentro da capacidade de atendimentos das Unidades Básicas de Saúde e para aqueles usuários que não se enquadrem nos critériosprevistosparaas modalidade AD2e AD3.  AtençãoDomiciliartipo2(AD2): Para usuários com demanda de procedimentos de maior complexidade, que podem ser realizados no domicílio, tais como: curativos complexos e drenagem de abscessos, dependência de monitoramento frequente de sinais vitais, necessidade frequentes de exames de laboratório de menor complexidade, adaptação usuário ou cuidador ao uso do dispositivo de traqueostomia, órteses/próteses, sondas e ostomias, acompanhamento domiciliar em pós-operatório, reabilitação de pessoas com deficiência permanente ou transitória, uso de aspirador de vias aéreas para higiene brônquica, acompanhamento de ganho ponderal de recém-nascidos de baixo peso, necessidade de atenção nutricional, necessidade de cuidados paliativos e necessidade de medicação endovenonosa, muscular ou subcutânea por tempo pré-estabelecido.  AtençãoDomiciliartipo3(AD3): Destina-se a usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, com
  • 3. necessidade de maior frequencia de cuidado, recursos de saúde, acompanhamento continuo e uso de equipamentos, podendo ser oriundos de diferentesserviçosdarede de atençãoà saúde. Para que o usuário seja incluído na modalidade AD3 é necessário que exista pelo menos uma das situações admitidas como critério de inclusão para cuidados na modalidade AD2 e a necessidade do uso de, no mínimo, um dos seguintesequipamentos/procedimentos: -Suporte Ventilatorio nãoInvasivo: PressãoPositivaContínuanasVeiasAéreas(CPAP) PressãoAéreaPositivapordoisNíveis(BIPAP) -Diálise Peritoneal -Parecentese O usuário não será incluído no SAD,em qualquer das três modalidades, na presença de pelomenosumadas seguintessituações: -necessidade de monitorizaçãocontínua - necessidadede assistênciacontinuaemenfermagem -necessidade de propedêutica complementar, com demanda potencial para a realizaçãode váriosprocedimentosdiagnósticos,semsequenciacomurgência - necessidadede tratamentocirúrgicoemcaráterde urgência -necessidade de usode ventilaçãomecânicainvasivacontinua A estratégia de alta programada deve ser uma prática reforçada entre os profissionais que compõem a equipe do hospital. Esta prática é uma das ferramentas necessárias a desospitalização. Para isso, é necessário que os profissionais reservem um espaço para dos casos passíveis de transferência da assistência para a AD, visando promover a longitudinalidadedocuidado,considerandoocuidadodomiciliar. Na alta programada é preciso a sistematização do trabalho, com instrumentos de monitoramento, encaminhamento e determinação de fluxos, para facilitar as altas e atenuar os problemasrelativosàpermanênciahospitalardesnecessária.Comofazer:  Busca ativa, com corridas de leito periódicas pré-estabelecidas, para discussões sistematizadas com corpo clinico do hospital, visando adequação de estratégiasparaalta e desospitalizaçãoresponsável;  Elaboração e implantação de protocolos e fluxos, alem de formulários específicosparadesospitalização;  Integração com a Regulação, na construção conjunta de critérios para altas e transferênciasdocuidado;  Elaboração e implantação de planilhas de acompanhamento de usuários de longapermanência,comavaliaçãoperiódica;  Reuniões quinzenais para discussão de casos clínicos e pendências de cada setordo hospital;
  • 4.  Educação permanente paraqualificaçãoe orientaçãodosprofissionais;  Preparação para alta por meio de contatos familiares e interinstitucionais, acesso aos equipamentos, medicamentos e insumos. É imprescindível articulação com todos os pontos de atenção à saúde e outros setores e equipamentossociais. É altamente recomendável que a equipe hospitalar se comunique pessoalmente ou por telefone com a equipe da Unidade Básica ou SAD, para que os detalhes do caso e da proposta de planoterapêuticopossamserdiscutidase alinhavadasentre ambas. FLUXOGRAMAS DO PROGRAMA MELHOR EM CASA: Os fluxogramas abaixo ajudam no melhor entendimento à cerca do funcionamento do Programa MelhoremCasa:  Fluxode Indicação da AD a partir dos Serviçosde Urgência/Emergência  Fluxograma de Desospitalização
  • 5.  Fluxograma para tomada de decisãona Desospitalição