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O HELENISMO
O ENCONTRO DO
OCIDENTE COM O ORIENTE
Nesse novo clima cultural, a Filosofia continua a florescer e a Antiguidade
tardia conhece mesmo uma rica profusão de escritos filosóficos. No entanto, a
era do gênios criadores pertencia ao passado. Será necessário esperar por
Plotino, no século III d.C., para que venha a surgir um pensador da estatura de
um Platão ou de um Aristóteles
PLOTINO E O NEOPLATONISMO
O neoplatonismo (séc. III d. C.) inicia-se em Alexandria no
Egito e se estende por todos os centros culturais do mundo
greco-romano. Alguns autores vêem nele uma das últimas
reações pagãs contra o Cristianismo. Seja como for, não se
trata de um movimento puramente filosófico, apresentando
fortes traços de sentimento religioso
Plotino nasceu no Egito em 203 d.C. Acontecimento de suma importância
para o desenvolvimento de sua personalidade e de seu gênio reflexivo foi a
participação na expedição promovida pelo imperador romano Gordiano
contra os persas. Plotino tomou parte de tal expedição com o intuito de
conhecer mais profundamente a doutrina dos mesmos e, também, dos povos
hindus, algo que, como constataremos, influenciou decisivamente a sua
filosofia. Assim que regressou a Roma, fundou sua escola que logo tornou-se
conhecida, passando a ser amplamente freqüentada, inclusive por diversos
senadores do império. Plotino gozava da admiração do novo imperador de
Roma, Galieno, e de sua esposa, Salomina, o que demonstra a penetração de
seu pensamento nos círculos do poder imperial. Morreu aos 66 anos, em 270
d.C.
Plotino foi educado na Escola Neoplatônica de Alexandria, por seu fundador
Amônio Sacas. A tradição neoplatônica da qual Plotino é o expoente maior
não pode ser reduzida à continuidade da filosofia de Platão pura e
simplesmente. O movimento neoplatônico possui particularidades que
impedem tal reducionismo. Estamos, portanto, diante do primeiro obstáculo
que nos turva a compreensão da filosofia plotiniana.
Prolongando uma linha que parte do Primeiro Alcibíades – verdadeiro breviário do
platonismo para os neoplatônicos – Plotino, acentua as tendências mísiticas-
intelectualistas do platonismo clássico, fazendo da atividade contemplativa (theoria)
a atividade por excelência do homem.
É notável a ligação de Plotino com Platão, Aristóteles e Estóicos, mas não se trata
de simples sincretismo. Seu pensamento é uma síntese vigorosa com caráter e
espírito próprios, tendo como fundamento a tese da absoluta transcendência do
Uno e a estreita dependência de todos os seres inferiores com relação a Ele. Alia-se a
tendência intelectualista a um profundo impulso místico
O fenômeno da dispersão de escolas filosóficas teve conseqüências para o próprio
ensino. Pode-se falar, sem dúvida, em uma espécie de democratização, com as
vantagens e os riscos que tal situação pode comportar. [...] Mas essas múltiplas
escolas já não têm, em sua maior parte, uma relação viva de continuidade com as
grandes ancestrais[...]
Cada comentário é considerado um
exercício espiritual, não só porque a
investigação do sentido de um texto
exige qualidades morais de modéstia
e de amor pela verdade, mas também
porque a leitura de cada obra
filosófica deve produzir uma
transformação no ouvinte ou no
leitor do comentário, como atestam,
por exemplo, as palavras finais que
Simplício, exegeta neoplatônico de
Aristóteles e de Epíteto, pôs no fim
de alguns de seus comentários e que
sempre enunciam o benefício
espiritual que se pode extrair da
exegese deste ou daquele escrito
Diante de tanta diversidade cultural, diante de tantos povos e etnias,
Plotino vê a necessidade de uma Filosofia que voltada para um principio
único:
O UNO
E com o Uno as três hispostases, fundamento de sua filosofia
O fato de a Alma estar presente nos corpos particulares não
significa em si mesmo uma queda, como acontece, por exemplo,
em Platão. Para Plotino, a Alma do universo está sempre
encarnada em seu corpo. Primeiramente, Plotino se refere aos
astros celestiais, os quais possuem um grau de perfeição elevado
que permite à Alma governá-los sem grandes dificuldades.
Contudo, os corpos dos homens exigem da Alma esforço e
vigilância constantes. A natureza desses corpos obriga a Alma a
penetrar cada vez mais profundamente nos mesmos, o que pode
levá-la a ser tomada por um desejo impuro de desligamento do
Uno, de auto-suficiência. Desse modo, a Alma que se faz presente
na multiplicidade dos corpos tende a desligar-se da Alma
universal. Quando isso acontece a Alma é sepultada em um corpo
particular e se fecha à relação ontológica fundamental à qual está
submetida e atrelada por origem e atividade. Porém, Plotino não
persevera nessa visão extremamente próxima da concepção
dualista identificada em Platão.
O Belo
Para Plotino, o belo não se revela somente a si mesmo. Ele desvela algo que o
transcende, não se isola enquanto experiência fechada em seus próprios
limites, cujos horizontes são voltados para dentro. O contato com a beleza
exerce uma função “iniciática” para Plotino. Portanto, o movimento do
retorno que caracteriza a existência humana não se processa unicamente pela
via racional. Embora esses atos da Alma sejam essenciais, a preparação
intelectual passa necessariamente pelo Belo, uma vez que, através da
inteligência, a Alma é capaz de captar a beleza, beleza esta que não é uma
simples cópia do inteligível, mas sua manifestação.
As considerações de Plotino sobre a Beleza ultrapassam largamente o quadro
da estética e devem ser ligados à sua filosofia da contemplação, porque é nelas
que se encontra particularmente bem afirmada a idéia segundo a qual aquele
que vê se identifica com aquilo que vê. O Belo aponta para algo e, por isso,
conduz o homem ao retorno. Além disso, o conceito de Belo em Plotino é
indissociável da hipóstase da Alma.
A MÍSTICA
O enamoramento, o estar tomado pelo amor, consiste, para Plotino, na saudade da pátria já
expressa como característica da experiência do Belo. O Amor enquanto nostalgia significa
identificar o domícilio daquele a quem se ama e aplicar-se em alcançá-la. Tomado por esse
amor nostálgico, o homem empreende a segunda parte de seu itinerário de retorno ao Uno:
atingir a meta suprema do bem, em outras palavras, tornar-se bom.
Mudar a si próprio é essencial. Conforme indicamos até aqui, Plotino distancia-se de uma
concepção puramente racional no que tange ao processo pelo qual o homem se reconhece
enquanto Alma e, assim, esforça-se por retornar ao Uno. Há, portanto, de se assumir um
determinado modo de vida que está diretamente ligado ao itinerário intelectual e estético
descrito até aqui, porém jamais reduzido a este. O modo de vida recomendado por Plotino é
o de se viver segundo o espírito, que nada mais é do que a ação pela qual o homem reconhece
sua esfera mais elevada e devota-se totalmente a ela.
Uma vez que a alma atinge o Espírito e o contempla, nessa contemplação e imitação do
Espírito as virtudes, por assim dizer, se transfiguram. No Espírito, as “virtudes” são como que
os modelos dos quais as virtudes da alma são imagem e cópia. Com efeito, nesse nível
superior a sabedoria torna-se contato da alma com o Espírito, a justiça, o voltar-se do ato da
alma para o Espírito, a temperança, o íntimo aderir da alma ao Espírito, e a fortaleza, o
perseverar impassível da alma no Espírito impassível, sem sofrer qualquer paixão do corpo. Em
resumo: nesse nível as virtudes-paradigma são, justamente, o modo de viver da alma que,
desapegada das coisas sensíveis e tendo reentrado totalmente em si, vive em absoluta pureza a
própria vida dos Deuses, ou seja, tornada semelhante ao Espírito, vive a mesma vida do
Espírito.
“Muitas vezes ocorreu-me ser retirado do meu corpo e conduzido a mim mesmo,
ser retirado das coisas externas e introduzido em mim mesmo; e então ver uma
Beleza maravilhosa, tornando-se ainda maior a certeza de que pertenço à ordem
superior dos seres por ter realizado em ato a mais nobre forma de vida; ter-me
identificado com a divindade; ter-me estabelecido nela; ter vivido o seu ato e me
situado acima de tudo quanto é inteligível, exceto o Supremo. No entanto, depois
dessa estadia na região divina, quando desço da Inteligência ao raciocínio,
pergunto-me perplexo como é possível a minha alma estar neste corpo, sendo ela,
mesmo estando no corpo, essa coisa elevado que se revelou a mim”
A busca pela unidade que emerge da filosofia plotiniana valoriza cada
dimensão metafísica e imanente, a qual influenciou direta e indiretamente
grande número de pensadores. Contrariamente ao que se pensa, estamos
distantes de esquemas dualísticos. Entretanto, isso não significa a inexistência
de patamares mais elevados que a realidade física e corpórea. Significa sim,
que o homem pleno é necessário no percurso que o conduz ao Uno
mediante o reconhecimento de sua própria natureza espiritual. Há no ser
humano uma disposição profunda e, muitas vezes, esquecida de abrir-se, de
assumir-se ponte e não fim. Tal ímpeto pela abertura consiste, em última
análise, não num mover-se para fora de si, e sim em se distanciar do que o
impede de ser o que de fato é. A identidade que o ser humano tanto busca
está, simultaneamente, próxima e distante. É próxima porque do contrário a
existência se restringiria a uma agonia perpétua, um estar intoleravelmente
preso e apartado, tornando a busca insensata. É distante porque é preciso
alcançar a meta transformando-se, porém sem deixar para trás ou esquecer-
se de nada daquilo que se é. Portanto, podemos dizer que o homem procura
a morada do Uno e, ao fazê-lo, encontra o seu próprio ethos.
A Influência de seu Pensamento
A inflência de Plotino sobre o pensamento islâmico, judaico, e sobretudo, cristão –
embora não fosse adepto da religião oriunda da Palestina – bem como os
pensadores de proa do Renascimento, foi enorme. Foram direta e indiretamente
influenciados por ele: Gregório de Nanziano, Gregório de Nissa, Agostinho,
Dionísio Pseudo-Areopagita, Boécio, Scoto Erígena, Alberto Magno, Tomás de
Aquino, Dante Alighieri, Mestre Eckhart, Johannes Tauler, Nicolau de Cusa, João da
Cruz, Marsílio Ficino, Pico de la Mirandola, Giordano Bruno, Avicena, Ibn Gabirol,
Espinosa, Leibniz, Coleridge, Henri Bergson.
Tal influência pode ser contemplada em escritos como o de Macróbio – “Entre os
mestre da filosofia, Plotino é príncipe com Platão.” – bem como Pico de la
Mirandola – “Plotino, o mestre por excelência, sob todos os pontos admirável, pois
soube falar divinamente a respeito das coisas divinas e sobrepuja os homens quando
fala das coisas humanas.” – por fim, em um de seus tratados, Marsílio Ficino
(fundador da escola platônica de Florença) faz Platão dizer a respeito de Plotino –
“Este é meu filho bem-amado, escutai-o”.
A Mensagem da Mística Plotiniana para a Pós-Modernidade
Contrariamente aos homens contemporâneos, que se
autodivinizaram ou baniram, pelo assim dizer, Deus da ciência, da
moral, da política e da economia, e só recorrem a ele nas
dificuldades, nas crises psíquicas e na insegurança, convertendo-o
num legítimo Deus de bastidores, Plotino vivia em permanente
presença do divino.
Cumpre, pois assinalar que, da privilegiada experiência mística de
Plotino, o mundo tem lições a colher. O pensamento disperso no
múltiplo, que caracteriza o homem de hoje, sem ponto fixo de
referência, desconhecendo, ou não conhecendo suficientemente a
sua origem e seu destino, encontra no autor da Enéadas um forte
apelo à unidade interior e à experiência espiritual do Absoluto que
pode ser feita por todo homem. Retornar a Plotino não é busca
nostálgica do passado, mas significa tomar o antigo
contemporâneo nosso com a sua potencialidade inovadora.

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Plotino

  • 1. O HELENISMO O ENCONTRO DO OCIDENTE COM O ORIENTE
  • 2. Nesse novo clima cultural, a Filosofia continua a florescer e a Antiguidade tardia conhece mesmo uma rica profusão de escritos filosóficos. No entanto, a era do gênios criadores pertencia ao passado. Será necessário esperar por Plotino, no século III d.C., para que venha a surgir um pensador da estatura de um Platão ou de um Aristóteles
  • 3. PLOTINO E O NEOPLATONISMO
  • 4. O neoplatonismo (séc. III d. C.) inicia-se em Alexandria no Egito e se estende por todos os centros culturais do mundo greco-romano. Alguns autores vêem nele uma das últimas reações pagãs contra o Cristianismo. Seja como for, não se trata de um movimento puramente filosófico, apresentando fortes traços de sentimento religioso
  • 5. Plotino nasceu no Egito em 203 d.C. Acontecimento de suma importância para o desenvolvimento de sua personalidade e de seu gênio reflexivo foi a participação na expedição promovida pelo imperador romano Gordiano contra os persas. Plotino tomou parte de tal expedição com o intuito de conhecer mais profundamente a doutrina dos mesmos e, também, dos povos hindus, algo que, como constataremos, influenciou decisivamente a sua filosofia. Assim que regressou a Roma, fundou sua escola que logo tornou-se conhecida, passando a ser amplamente freqüentada, inclusive por diversos senadores do império. Plotino gozava da admiração do novo imperador de Roma, Galieno, e de sua esposa, Salomina, o que demonstra a penetração de seu pensamento nos círculos do poder imperial. Morreu aos 66 anos, em 270 d.C. Plotino foi educado na Escola Neoplatônica de Alexandria, por seu fundador Amônio Sacas. A tradição neoplatônica da qual Plotino é o expoente maior não pode ser reduzida à continuidade da filosofia de Platão pura e simplesmente. O movimento neoplatônico possui particularidades que impedem tal reducionismo. Estamos, portanto, diante do primeiro obstáculo que nos turva a compreensão da filosofia plotiniana.
  • 6. Prolongando uma linha que parte do Primeiro Alcibíades – verdadeiro breviário do platonismo para os neoplatônicos – Plotino, acentua as tendências mísiticas- intelectualistas do platonismo clássico, fazendo da atividade contemplativa (theoria) a atividade por excelência do homem. É notável a ligação de Plotino com Platão, Aristóteles e Estóicos, mas não se trata de simples sincretismo. Seu pensamento é uma síntese vigorosa com caráter e espírito próprios, tendo como fundamento a tese da absoluta transcendência do Uno e a estreita dependência de todos os seres inferiores com relação a Ele. Alia-se a tendência intelectualista a um profundo impulso místico O fenômeno da dispersão de escolas filosóficas teve conseqüências para o próprio ensino. Pode-se falar, sem dúvida, em uma espécie de democratização, com as vantagens e os riscos que tal situação pode comportar. [...] Mas essas múltiplas escolas já não têm, em sua maior parte, uma relação viva de continuidade com as grandes ancestrais[...]
  • 7. Cada comentário é considerado um exercício espiritual, não só porque a investigação do sentido de um texto exige qualidades morais de modéstia e de amor pela verdade, mas também porque a leitura de cada obra filosófica deve produzir uma transformação no ouvinte ou no leitor do comentário, como atestam, por exemplo, as palavras finais que Simplício, exegeta neoplatônico de Aristóteles e de Epíteto, pôs no fim de alguns de seus comentários e que sempre enunciam o benefício espiritual que se pode extrair da exegese deste ou daquele escrito
  • 8. Diante de tanta diversidade cultural, diante de tantos povos e etnias, Plotino vê a necessidade de uma Filosofia que voltada para um principio único: O UNO E com o Uno as três hispostases, fundamento de sua filosofia
  • 9.
  • 10. O fato de a Alma estar presente nos corpos particulares não significa em si mesmo uma queda, como acontece, por exemplo, em Platão. Para Plotino, a Alma do universo está sempre encarnada em seu corpo. Primeiramente, Plotino se refere aos astros celestiais, os quais possuem um grau de perfeição elevado que permite à Alma governá-los sem grandes dificuldades. Contudo, os corpos dos homens exigem da Alma esforço e vigilância constantes. A natureza desses corpos obriga a Alma a penetrar cada vez mais profundamente nos mesmos, o que pode levá-la a ser tomada por um desejo impuro de desligamento do Uno, de auto-suficiência. Desse modo, a Alma que se faz presente na multiplicidade dos corpos tende a desligar-se da Alma universal. Quando isso acontece a Alma é sepultada em um corpo particular e se fecha à relação ontológica fundamental à qual está submetida e atrelada por origem e atividade. Porém, Plotino não persevera nessa visão extremamente próxima da concepção dualista identificada em Platão.
  • 11. O Belo Para Plotino, o belo não se revela somente a si mesmo. Ele desvela algo que o transcende, não se isola enquanto experiência fechada em seus próprios limites, cujos horizontes são voltados para dentro. O contato com a beleza exerce uma função “iniciática” para Plotino. Portanto, o movimento do retorno que caracteriza a existência humana não se processa unicamente pela via racional. Embora esses atos da Alma sejam essenciais, a preparação intelectual passa necessariamente pelo Belo, uma vez que, através da inteligência, a Alma é capaz de captar a beleza, beleza esta que não é uma simples cópia do inteligível, mas sua manifestação. As considerações de Plotino sobre a Beleza ultrapassam largamente o quadro da estética e devem ser ligados à sua filosofia da contemplação, porque é nelas que se encontra particularmente bem afirmada a idéia segundo a qual aquele que vê se identifica com aquilo que vê. O Belo aponta para algo e, por isso, conduz o homem ao retorno. Além disso, o conceito de Belo em Plotino é indissociável da hipóstase da Alma.
  • 12. A MÍSTICA O enamoramento, o estar tomado pelo amor, consiste, para Plotino, na saudade da pátria já expressa como característica da experiência do Belo. O Amor enquanto nostalgia significa identificar o domícilio daquele a quem se ama e aplicar-se em alcançá-la. Tomado por esse amor nostálgico, o homem empreende a segunda parte de seu itinerário de retorno ao Uno: atingir a meta suprema do bem, em outras palavras, tornar-se bom. Mudar a si próprio é essencial. Conforme indicamos até aqui, Plotino distancia-se de uma concepção puramente racional no que tange ao processo pelo qual o homem se reconhece enquanto Alma e, assim, esforça-se por retornar ao Uno. Há, portanto, de se assumir um determinado modo de vida que está diretamente ligado ao itinerário intelectual e estético descrito até aqui, porém jamais reduzido a este. O modo de vida recomendado por Plotino é o de se viver segundo o espírito, que nada mais é do que a ação pela qual o homem reconhece sua esfera mais elevada e devota-se totalmente a ela. Uma vez que a alma atinge o Espírito e o contempla, nessa contemplação e imitação do Espírito as virtudes, por assim dizer, se transfiguram. No Espírito, as “virtudes” são como que os modelos dos quais as virtudes da alma são imagem e cópia. Com efeito, nesse nível superior a sabedoria torna-se contato da alma com o Espírito, a justiça, o voltar-se do ato da alma para o Espírito, a temperança, o íntimo aderir da alma ao Espírito, e a fortaleza, o perseverar impassível da alma no Espírito impassível, sem sofrer qualquer paixão do corpo. Em resumo: nesse nível as virtudes-paradigma são, justamente, o modo de viver da alma que, desapegada das coisas sensíveis e tendo reentrado totalmente em si, vive em absoluta pureza a própria vida dos Deuses, ou seja, tornada semelhante ao Espírito, vive a mesma vida do Espírito.
  • 13. “Muitas vezes ocorreu-me ser retirado do meu corpo e conduzido a mim mesmo, ser retirado das coisas externas e introduzido em mim mesmo; e então ver uma Beleza maravilhosa, tornando-se ainda maior a certeza de que pertenço à ordem superior dos seres por ter realizado em ato a mais nobre forma de vida; ter-me identificado com a divindade; ter-me estabelecido nela; ter vivido o seu ato e me situado acima de tudo quanto é inteligível, exceto o Supremo. No entanto, depois dessa estadia na região divina, quando desço da Inteligência ao raciocínio, pergunto-me perplexo como é possível a minha alma estar neste corpo, sendo ela, mesmo estando no corpo, essa coisa elevado que se revelou a mim”
  • 14. A busca pela unidade que emerge da filosofia plotiniana valoriza cada dimensão metafísica e imanente, a qual influenciou direta e indiretamente grande número de pensadores. Contrariamente ao que se pensa, estamos distantes de esquemas dualísticos. Entretanto, isso não significa a inexistência de patamares mais elevados que a realidade física e corpórea. Significa sim, que o homem pleno é necessário no percurso que o conduz ao Uno mediante o reconhecimento de sua própria natureza espiritual. Há no ser humano uma disposição profunda e, muitas vezes, esquecida de abrir-se, de assumir-se ponte e não fim. Tal ímpeto pela abertura consiste, em última análise, não num mover-se para fora de si, e sim em se distanciar do que o impede de ser o que de fato é. A identidade que o ser humano tanto busca está, simultaneamente, próxima e distante. É próxima porque do contrário a existência se restringiria a uma agonia perpétua, um estar intoleravelmente preso e apartado, tornando a busca insensata. É distante porque é preciso alcançar a meta transformando-se, porém sem deixar para trás ou esquecer- se de nada daquilo que se é. Portanto, podemos dizer que o homem procura a morada do Uno e, ao fazê-lo, encontra o seu próprio ethos.
  • 15. A Influência de seu Pensamento A inflência de Plotino sobre o pensamento islâmico, judaico, e sobretudo, cristão – embora não fosse adepto da religião oriunda da Palestina – bem como os pensadores de proa do Renascimento, foi enorme. Foram direta e indiretamente influenciados por ele: Gregório de Nanziano, Gregório de Nissa, Agostinho, Dionísio Pseudo-Areopagita, Boécio, Scoto Erígena, Alberto Magno, Tomás de Aquino, Dante Alighieri, Mestre Eckhart, Johannes Tauler, Nicolau de Cusa, João da Cruz, Marsílio Ficino, Pico de la Mirandola, Giordano Bruno, Avicena, Ibn Gabirol, Espinosa, Leibniz, Coleridge, Henri Bergson. Tal influência pode ser contemplada em escritos como o de Macróbio – “Entre os mestre da filosofia, Plotino é príncipe com Platão.” – bem como Pico de la Mirandola – “Plotino, o mestre por excelência, sob todos os pontos admirável, pois soube falar divinamente a respeito das coisas divinas e sobrepuja os homens quando fala das coisas humanas.” – por fim, em um de seus tratados, Marsílio Ficino (fundador da escola platônica de Florença) faz Platão dizer a respeito de Plotino – “Este é meu filho bem-amado, escutai-o”.
  • 16. A Mensagem da Mística Plotiniana para a Pós-Modernidade Contrariamente aos homens contemporâneos, que se autodivinizaram ou baniram, pelo assim dizer, Deus da ciência, da moral, da política e da economia, e só recorrem a ele nas dificuldades, nas crises psíquicas e na insegurança, convertendo-o num legítimo Deus de bastidores, Plotino vivia em permanente presença do divino. Cumpre, pois assinalar que, da privilegiada experiência mística de Plotino, o mundo tem lições a colher. O pensamento disperso no múltiplo, que caracteriza o homem de hoje, sem ponto fixo de referência, desconhecendo, ou não conhecendo suficientemente a sua origem e seu destino, encontra no autor da Enéadas um forte apelo à unidade interior e à experiência espiritual do Absoluto que pode ser feita por todo homem. Retornar a Plotino não é busca nostálgica do passado, mas significa tomar o antigo contemporâneo nosso com a sua potencialidade inovadora.