O documento discute a concepção de Plotino sobre o belo, contrastada com a visão tradicional de Aristóteles. Segundo Plotino, a beleza pertence ao mundo inteligível e não ao sensível, sendo um valor espiritual e não material. Ele propõe uma ascensão do mundo sensível ao inteligível através da contemplação, para alcançar a beleza suprema. O documento analisa essas ideias plotinianas sobre a natureza metafísica do belo.
C. w. leadbeater e annie besant formas de pensamentoClaudinha Aldana
Este documento discute as formas de pensamento e como elas podem ser observadas e representadas. Ele explica que os pensamentos produzem formas definidas no mundo espiritual com cores próprias que refletem a natureza do pensamento. Além disso, discute experiências científicas que tentaram capturar imagens dessas formas mentais usando métodos como fotografia. O objetivo final é ensinar sobre o poder do pensamento e como ele pode ser usado de forma positiva.
O documento descreve o estado do universo antes da criação, quando os construtores cósmicos repousavam nas trevas desconhecidas e nada existia além do movimento eterno. Ainda não havia luz ou matéria, e o raio criador ainda não havia penetrado no germe do mundo.
O documento discute os conceitos fundamentais da alquimia interior, como:
1) A busca pela verdade é um processo contínuo e não existe uma verdade absoluta;
2) O autoconhecimento deve ser feito de forma imparcial, sem vínculos a correntes de pensamento;
3) Através da sabedoria interior podemos descobrir nossa essência divina e transformar nossa personalidade.
1. O documento descreve o estado do universo antes da criação, quando apenas o "Pai Eterno" existia envolto em suas "Vestes Invisíveis", representando a matéria cósmica indiferenciada. Neste estado, não havia tempo, mente universal ou causas do sofrimento, já que nada além do "Pai" existia.
Léon denis síntese doutrinária - prática do espiritismoGempaz Apucarana
Este documento apresenta um resumo da obra "Síntese Doutrinária e Prática do Espiritismo" de Léon Denis. O autor discute os principais temas do Espiritismo de forma dialogada, respondendo perguntas sobre o homem, a alma, o corpo, a reencarnação e outras doutrinas espíritas. O objetivo é apresentar esses conceitos de forma simples e acessível para iniciantes no Espiritismo.
Este documento fornece ensinamentos sobre como viver de acordo com os princípios do Thelema. O capítulo descreve que o Thelemita vive de acordo com sua verdadeira vontade, sem se prender a religiões ou crenças específicas, enquanto compreende a função positiva delas. O Thelemita busca contribuir para a construção de uma nova civilização por meio de ações baseadas no amor e na vontade.
O documento discute a necessidade de uma abordagem integrada entre religião, ciência e filosofia para se entender a verdade sobre o homem, Deus e o universo. Individulamente, essas áreas não conseguem responder satisfatoriamente às grandes questões, já que cada uma aborda apenas parte do mistério. Uma solução integral é essencial para um trabalho eficiente na busca da verdade.
Este documento fornece um resumo dos fundamentos da filosofia esotérica segundo H.P. Blavatsky. Ele descreve a Lei Fundamental Única, as Quatro Idéias Básicas, e as Três Proposições Fundamentais da Doutrina Secreta de Blavatsky. O objetivo é apresentar as ideias centrais de seus ensinamentos para guiar o estudo de seus textos.
C. w. leadbeater e annie besant formas de pensamentoClaudinha Aldana
Este documento discute as formas de pensamento e como elas podem ser observadas e representadas. Ele explica que os pensamentos produzem formas definidas no mundo espiritual com cores próprias que refletem a natureza do pensamento. Além disso, discute experiências científicas que tentaram capturar imagens dessas formas mentais usando métodos como fotografia. O objetivo final é ensinar sobre o poder do pensamento e como ele pode ser usado de forma positiva.
O documento descreve o estado do universo antes da criação, quando os construtores cósmicos repousavam nas trevas desconhecidas e nada existia além do movimento eterno. Ainda não havia luz ou matéria, e o raio criador ainda não havia penetrado no germe do mundo.
O documento discute os conceitos fundamentais da alquimia interior, como:
1) A busca pela verdade é um processo contínuo e não existe uma verdade absoluta;
2) O autoconhecimento deve ser feito de forma imparcial, sem vínculos a correntes de pensamento;
3) Através da sabedoria interior podemos descobrir nossa essência divina e transformar nossa personalidade.
1. O documento descreve o estado do universo antes da criação, quando apenas o "Pai Eterno" existia envolto em suas "Vestes Invisíveis", representando a matéria cósmica indiferenciada. Neste estado, não havia tempo, mente universal ou causas do sofrimento, já que nada além do "Pai" existia.
Léon denis síntese doutrinária - prática do espiritismoGempaz Apucarana
Este documento apresenta um resumo da obra "Síntese Doutrinária e Prática do Espiritismo" de Léon Denis. O autor discute os principais temas do Espiritismo de forma dialogada, respondendo perguntas sobre o homem, a alma, o corpo, a reencarnação e outras doutrinas espíritas. O objetivo é apresentar esses conceitos de forma simples e acessível para iniciantes no Espiritismo.
Este documento fornece ensinamentos sobre como viver de acordo com os princípios do Thelema. O capítulo descreve que o Thelemita vive de acordo com sua verdadeira vontade, sem se prender a religiões ou crenças específicas, enquanto compreende a função positiva delas. O Thelemita busca contribuir para a construção de uma nova civilização por meio de ações baseadas no amor e na vontade.
O documento discute a necessidade de uma abordagem integrada entre religião, ciência e filosofia para se entender a verdade sobre o homem, Deus e o universo. Individulamente, essas áreas não conseguem responder satisfatoriamente às grandes questões, já que cada uma aborda apenas parte do mistério. Uma solução integral é essencial para um trabalho eficiente na busca da verdade.
Este documento fornece um resumo dos fundamentos da filosofia esotérica segundo H.P. Blavatsky. Ele descreve a Lei Fundamental Única, as Quatro Idéias Básicas, e as Três Proposições Fundamentais da Doutrina Secreta de Blavatsky. O objetivo é apresentar as ideias centrais de seus ensinamentos para guiar o estudo de seus textos.
1) O documento discute a natureza, origem e evolução do homem segundo uma perspectiva de universalismo.
2) Defende que o homem surgiu através de um longo processo evolutivo, mas que também possui uma origem metafísica que justifica sua perfeição.
3) Argumenta que apenas admitindo uma "Potência" como causa inicial pode-se compreender plenamente a evolução do homem e conciliar os fatos físicos com os valores metafísicos.
O capítulo discute como os espíritos podem criar objetos materiais através da manipulação de substâncias, incluindo roupas, móveis e pinturas. Explica que os espíritos podem concentrar elementos da atmosfera terrestre e dar-lhes forma usando o pensamento e a vontade. Também descreve como locais podem ser "assombrados" por espíritos apegados à vida terrena.
O documento descreve capítulos do livro "O Livro dos Médiuns" de Allan Kardec, que trata de fenômenos espíritas como manifestações físicas, inteligentes, visuais, bicorporeidade e transfiguração. O capítulo sobre manifestações visuais discute aparições durante o sono ou estado de vigília e a natureza dos Espíritos que se manifestam.
1. O documento discute a relação entre o manifesto e o não-manifesto, explicando que ambos são aspectos da mesma Realidade Suprema.
2. É apresentado o exemplo da luz branca se tornando cores diferentes através de um prisma, sem que a luz branca original seja afetada, para ilustrar esta relação.
3. O manifesto é descrito como a diferenciação e diversidade provenientes do estado integrado do não-manifesto, sem que haja qualquer perda na Realidade Suprema subjacente.
O documento discute os conceitos de reencarnação segundo a filosofia teosófica. Apresenta que o princípio vivo que habita o corpo humano, chamado de Pensador ou Ego, é o que se reencarna através de sucessivas vidas, enquanto o corpo físico e outros elementos não se reencarnam. Também explica que os desejos e ações de uma vida passada moldam o caráter e circunstâncias da próxima encarnação, segundo o princípio do karma.
1) O documento discute as ideias de Epicuro e Diógenes sobre a felicidade, argumentando que ambos falharam ao não considerar a atitude interna como fator decisivo; 2) A felicidade verdadeira depende da harmonia entre todas as partes da natureza humana, não apenas de posses materiais ou espirituais; 3) Somente ao conhecer o Eu interior através da consciência espiritual o homem pode alcançar a paz e felicidade permanentes.
Huberto Rohden - Saúde e Felicidade pela Cosmo-meditaçãouniversalismo-7
Este documento fornece instruções sobre a prática da Cosmo-Meditação. Em 3 frases ou menos:
A Cosmo-Meditação ensina a reduzir os pensamentos do ego a zero e elevar a consciência do Eu divino a 100%, permitindo que Deus fale diretamente com a alma. Isto é feito visualizando e se tornando uma luz cósmica, dissolvendo os limites do eu no infinito. Ao praticar, a felicidade e a paz interior se tornam experiências constantes, transformando a
O documento descreve capítulos do livro "O Livro dos Médiuns" de Allan Kardec, que discute diferentes tipos de manifestações espíritas, incluindo manifestações físicas, inteligentes, visuais, bicorporeidade e transfiguração. O documento fornece resumos e explicações de cada um desses fenômenos paranormais.
1) O documento discute as manifestações visuais dos Espíritos, incluindo aparições, bicorporeidade e transfiguração.
2) A bicorporeidade ocorre quando o Espírito de um vivo pode projetar seu perispírito e aparecer em outro lugar enquanto o corpo físico permanece.
3) A transfiguração envolve o perispírito envolvendo e modificando a aparência do corpo físico.
O documento discute a razão e a moralidade no século das luzes. Afirma que embora se diga que vivemos no século das luzes, ainda falta uma luz mais elevada para iluminar nossa razão e coração. A razão humana não pode encontrar a verdade absoluta nos fenômenos externos, mas sim no interior através da sabedoria e do amor em Jesus Cristo.
O documento discute os conceitos de beleza e estética na filosofia e arte. A estética estuda o belo e como ele é percebido. Historicamente, o belo foi visto como objetivo por Platão e subjetivo por Hegel. Atualmente, a originalidade e capacidade de provocar emoções são mais valorizadas do que padrões clássicos de beleza.
O documento discute o conceito de estética e beleza. Apresenta diferentes perspectivas filosóficas sobre o que é considerado belo ao longo da história, desde Platão, que via a beleza ligada a uma essência universal, até a fenomenologia, que enxerga a beleza de forma singular em cada obra. Também aborda a importância da educação da sensibilidade por meio da arte e museus.
Este documento discute conceitos fundamentais de estética, arte e beleza. Aborda definições de estética por Kant e Baumgarten, interpretações de Kant, Hegel e outros sobre o que é belo, e analisa a arte como expressão criativa da sensibilidade humana e como fenômeno social e universal.
O documento discute a cultura de massa e o kitsch. Apresenta definições e pontos de vista de autores como Adorno e Debord sobre como a indústria cultural transforma a cultura em mercadoria e promove a alienação do indivíduo através do consumismo e espetáculo. Também define kitsch como estilo que explora estereótipos e valores medianos para agradar as massas, em contraste com as vanguardas.
O documento discute a estética como o estudo da natureza do belo e das artes. A estética examina como o belo é percebido e como as emoções são produzidas por experiências estéticas, além de diferentes formas de arte. Platão via o belo como uma ideia perfeita e eterna, enquanto Aristóteles via o belo como algo concreto que pode evoluir. Kant acreditava que a arte podia transmitir ideias sobre o belo de forma que a razão não poderia.
O documento introduz o objetivo da Net Aula Unicanto de reforçar os conteúdos estudados pelos alunos por meio de resumos, webaulas e exercícios. Também apresenta brevemente os tipos de arte, incluindo artes cênicas, plásticas e música, e conclui que a arte desde os tempos antigos ajuda o homem a se compreender.
O documento discute a definição de arte ao longo da história da filosofia, apresentando diferentes perspectivas sobre o que constitui arte. Também lista diversas formas de arte reconhecidas e traz exemplos de obras famosas em cada uma. Por fim, aborda a literatura brasileira, destacando a obra de Machado de Assis.
A Estética estuda o julgamento do belo, as emoções causadas por fenômenos estéticos e as diferentes formas de arte. Na Antiguidade, o belo era associado ao bom segundo Platão, Aristóteles e Plotino. A estética evoluiu de uma teoria normativa do belo para uma metafísica que buscava a origem da beleza, separando-se da filosofia apenas no século 18.
Planejamento de Filosofia e arte 2º bimestreMary Alvarenga
Este documento apresenta três planos bimestrais para a disciplina de Filosofia em diferentes séries e turmas. No 1o ano, os tópicos abordados serão Antropologia Filosófica. No 2o ano, o foco será O Conhecimento, incluindo Lógica e a busca pela verdade. Para o 3o ano, as unidades são Ética, Estética e Filosofia das Ciências.
1) O aluno deveria analisar 8 obras de arte e identificar qual função da arte cada uma pertencia de acordo com um gabarito: pragmática, formalista ou naturalista. 2) O aluno deveria então completar um projeto extraclasse de artes sobre funções da arte para melhorar sua nota no primeiro bimestre. 3) A tarefa tinha como objetivo avaliar a compreensão do aluno sobre diferentes abordagens da arte.
O documento discute a estética e a experiência estética. A estética analisa como os sentidos são afetados por objetos artísticos e naturais. Há debates sobre o que é belo e como justificamos nossos gostos. A experiência estética envolve a contemplação desinteressada de obras de arte, imagens da natureza ou objetos do cotidiano.
A estética na antiguidade estudava o belo fundido com a lógica e ética, enquanto na idade média surgiu o estudo independente da estética. Hoje a estética é fundamental para a atração das pessoas por qualquer coisa produzida e exposta, gerando mais consumo.
1) O documento discute a natureza, origem e evolução do homem segundo uma perspectiva de universalismo.
2) Defende que o homem surgiu através de um longo processo evolutivo, mas que também possui uma origem metafísica que justifica sua perfeição.
3) Argumenta que apenas admitindo uma "Potência" como causa inicial pode-se compreender plenamente a evolução do homem e conciliar os fatos físicos com os valores metafísicos.
O capítulo discute como os espíritos podem criar objetos materiais através da manipulação de substâncias, incluindo roupas, móveis e pinturas. Explica que os espíritos podem concentrar elementos da atmosfera terrestre e dar-lhes forma usando o pensamento e a vontade. Também descreve como locais podem ser "assombrados" por espíritos apegados à vida terrena.
O documento descreve capítulos do livro "O Livro dos Médiuns" de Allan Kardec, que trata de fenômenos espíritas como manifestações físicas, inteligentes, visuais, bicorporeidade e transfiguração. O capítulo sobre manifestações visuais discute aparições durante o sono ou estado de vigília e a natureza dos Espíritos que se manifestam.
1. O documento discute a relação entre o manifesto e o não-manifesto, explicando que ambos são aspectos da mesma Realidade Suprema.
2. É apresentado o exemplo da luz branca se tornando cores diferentes através de um prisma, sem que a luz branca original seja afetada, para ilustrar esta relação.
3. O manifesto é descrito como a diferenciação e diversidade provenientes do estado integrado do não-manifesto, sem que haja qualquer perda na Realidade Suprema subjacente.
O documento discute os conceitos de reencarnação segundo a filosofia teosófica. Apresenta que o princípio vivo que habita o corpo humano, chamado de Pensador ou Ego, é o que se reencarna através de sucessivas vidas, enquanto o corpo físico e outros elementos não se reencarnam. Também explica que os desejos e ações de uma vida passada moldam o caráter e circunstâncias da próxima encarnação, segundo o princípio do karma.
1) O documento discute as ideias de Epicuro e Diógenes sobre a felicidade, argumentando que ambos falharam ao não considerar a atitude interna como fator decisivo; 2) A felicidade verdadeira depende da harmonia entre todas as partes da natureza humana, não apenas de posses materiais ou espirituais; 3) Somente ao conhecer o Eu interior através da consciência espiritual o homem pode alcançar a paz e felicidade permanentes.
Huberto Rohden - Saúde e Felicidade pela Cosmo-meditaçãouniversalismo-7
Este documento fornece instruções sobre a prática da Cosmo-Meditação. Em 3 frases ou menos:
A Cosmo-Meditação ensina a reduzir os pensamentos do ego a zero e elevar a consciência do Eu divino a 100%, permitindo que Deus fale diretamente com a alma. Isto é feito visualizando e se tornando uma luz cósmica, dissolvendo os limites do eu no infinito. Ao praticar, a felicidade e a paz interior se tornam experiências constantes, transformando a
O documento descreve capítulos do livro "O Livro dos Médiuns" de Allan Kardec, que discute diferentes tipos de manifestações espíritas, incluindo manifestações físicas, inteligentes, visuais, bicorporeidade e transfiguração. O documento fornece resumos e explicações de cada um desses fenômenos paranormais.
1) O documento discute as manifestações visuais dos Espíritos, incluindo aparições, bicorporeidade e transfiguração.
2) A bicorporeidade ocorre quando o Espírito de um vivo pode projetar seu perispírito e aparecer em outro lugar enquanto o corpo físico permanece.
3) A transfiguração envolve o perispírito envolvendo e modificando a aparência do corpo físico.
O documento discute a razão e a moralidade no século das luzes. Afirma que embora se diga que vivemos no século das luzes, ainda falta uma luz mais elevada para iluminar nossa razão e coração. A razão humana não pode encontrar a verdade absoluta nos fenômenos externos, mas sim no interior através da sabedoria e do amor em Jesus Cristo.
O documento discute os conceitos de beleza e estética na filosofia e arte. A estética estuda o belo e como ele é percebido. Historicamente, o belo foi visto como objetivo por Platão e subjetivo por Hegel. Atualmente, a originalidade e capacidade de provocar emoções são mais valorizadas do que padrões clássicos de beleza.
O documento discute o conceito de estética e beleza. Apresenta diferentes perspectivas filosóficas sobre o que é considerado belo ao longo da história, desde Platão, que via a beleza ligada a uma essência universal, até a fenomenologia, que enxerga a beleza de forma singular em cada obra. Também aborda a importância da educação da sensibilidade por meio da arte e museus.
Este documento discute conceitos fundamentais de estética, arte e beleza. Aborda definições de estética por Kant e Baumgarten, interpretações de Kant, Hegel e outros sobre o que é belo, e analisa a arte como expressão criativa da sensibilidade humana e como fenômeno social e universal.
O documento discute a cultura de massa e o kitsch. Apresenta definições e pontos de vista de autores como Adorno e Debord sobre como a indústria cultural transforma a cultura em mercadoria e promove a alienação do indivíduo através do consumismo e espetáculo. Também define kitsch como estilo que explora estereótipos e valores medianos para agradar as massas, em contraste com as vanguardas.
O documento discute a estética como o estudo da natureza do belo e das artes. A estética examina como o belo é percebido e como as emoções são produzidas por experiências estéticas, além de diferentes formas de arte. Platão via o belo como uma ideia perfeita e eterna, enquanto Aristóteles via o belo como algo concreto que pode evoluir. Kant acreditava que a arte podia transmitir ideias sobre o belo de forma que a razão não poderia.
O documento introduz o objetivo da Net Aula Unicanto de reforçar os conteúdos estudados pelos alunos por meio de resumos, webaulas e exercícios. Também apresenta brevemente os tipos de arte, incluindo artes cênicas, plásticas e música, e conclui que a arte desde os tempos antigos ajuda o homem a se compreender.
O documento discute a definição de arte ao longo da história da filosofia, apresentando diferentes perspectivas sobre o que constitui arte. Também lista diversas formas de arte reconhecidas e traz exemplos de obras famosas em cada uma. Por fim, aborda a literatura brasileira, destacando a obra de Machado de Assis.
A Estética estuda o julgamento do belo, as emoções causadas por fenômenos estéticos e as diferentes formas de arte. Na Antiguidade, o belo era associado ao bom segundo Platão, Aristóteles e Plotino. A estética evoluiu de uma teoria normativa do belo para uma metafísica que buscava a origem da beleza, separando-se da filosofia apenas no século 18.
Planejamento de Filosofia e arte 2º bimestreMary Alvarenga
Este documento apresenta três planos bimestrais para a disciplina de Filosofia em diferentes séries e turmas. No 1o ano, os tópicos abordados serão Antropologia Filosófica. No 2o ano, o foco será O Conhecimento, incluindo Lógica e a busca pela verdade. Para o 3o ano, as unidades são Ética, Estética e Filosofia das Ciências.
1) O aluno deveria analisar 8 obras de arte e identificar qual função da arte cada uma pertencia de acordo com um gabarito: pragmática, formalista ou naturalista. 2) O aluno deveria então completar um projeto extraclasse de artes sobre funções da arte para melhorar sua nota no primeiro bimestre. 3) A tarefa tinha como objetivo avaliar a compreensão do aluno sobre diferentes abordagens da arte.
O documento discute a estética e a experiência estética. A estética analisa como os sentidos são afetados por objetos artísticos e naturais. Há debates sobre o que é belo e como justificamos nossos gostos. A experiência estética envolve a contemplação desinteressada de obras de arte, imagens da natureza ou objetos do cotidiano.
A estética na antiguidade estudava o belo fundido com a lógica e ética, enquanto na idade média surgiu o estudo independente da estética. Hoje a estética é fundamental para a atração das pessoas por qualquer coisa produzida e exposta, gerando mais consumo.
O documento discute os conceitos de estética, arte e belo. Estética é o campo da filosofia que discute noções de belo, feio e gosto. A estética envolve arte, que é uma forma de interpretação do mundo, e é o campo que mais discute arte. Conceitos de belo variam entre filósofos e culturas ao longo do tempo.
O documento discute o tema "O que é arte?" para alunos do 8o e 9o ano. Ele define arte como técnica ou habilidade segundo o latim, e como objetos únicos criados por artistas a partir de emoções e ideias. A arte pode ser expressa de muitas formas como pintura, escultura, música e cinema, e pode causar sentimentos como admiração, raiva ou contemplação no espectador. Exemplos de diferentes estilos artísticos são dados para ilustrar a diversidade da arte.
O documento discute definições de arte, funções da arte e tipos de arte. Ele pergunta sobre ideal de beleza estética e moral, funções da arte como educativa, recreativa e libertadora, tipos de arte como visual e corporal, e o que é arte visual. Ele também relaciona exemplos como pintura e violão a funções da arte e pergunta sobre sentidos humanos e experiências artísticas.
O documento discute a arte rupestre, que inclui pinturas e gravuras feitas em rochas por humanos pré-históricos. A arte rupestre mais antiga data de 40.000 a.C. e foi encontrada em cavernas. No Brasil, a arte rupestre nordestina é particularmente rica e demonstra a adaptação humana, com tradições como Nordeste, Agreste e São Francisco.
Exercício de revisão sobre história da arte com gabaritoSuelen Freitas
O documento discute a história da arte e as primeiras manifestações artísticas da humanidade. Aborda os períodos Paleolítico e Neolítico, incluindo as pinturas e esculturas rupestres encontradas nas cavernas, que fornecem informações sobre como essas sociedades primitivas viviam e se expressavam artisticamente. Também resume a civilização da Mesopotâmia, uma das primeiras da história, destacando sua arquitetura, escultura e pintura.
- O documento discute a importância da arte na primeira infância, cobrindo tópicos como o desenvolvimento das garatujas, a significação da cor, e como as garatujas refletem o desenvolvimento da criança. O documento também fornece exemplos de materiais artísticos apropriados e inapropriados para crianças pequenas.
O documento descreve a filosofia de Plotino e do neoplatonismo. Plotino fundou sua escola em Roma após uma expedição à Pérsia e Índia para estudar suas doutrinas. Sua filosofia gira em torno da busca pela unidade através da contemplação das três hipóstases: o Uno, a Alma e o Intelecto. Ela influenciou diversos pensadores posteriores e oferece lições sobre a experiência espiritual do absoluto para a pós-modernidade.
O documento discute a filosofia da percepção de Merleau-Ponty e sua análise da pintura como forma de visão. Ele argumenta que a visão e o corpo estão intimamente ligados e que ver é um processo encarnado, não representacional. A pintura explora esse processo de tornar o mundo visível através do corpo do pintor.
O documento discute o uso das artes visuais na adoração corporativa, reconhecendo que os adoradores chegam à igreja com experiências e perspectivas subjecivas. A arte pode ajudar a "prolongar a presença" de Deus e envolver os adoradores de uma forma positiva, desde que não seja manipuladora ou contraditória com a verdade bíblica. A arte também deve fortalecer a comunidade e expressar temas como perdão e seguimento a Deus.
1) O documento discute como as artes visuais podem ser usadas na adoração corporativa para envolver as emoções e experiências internas dos adoradores.
2) Historicamente, houve debates sobre se as imagens deveriam ser usadas na adoração devido a preocupações de que poderiam distrair dos ensinamentos bíblicos ou representar Deus de forma errada.
3) Atualmente, há um maior reconhecimento que a experiência humana é subjetiva e que as artes podem ajudar os adoradores a dar sentido ao seu mundo interno
Jiddu Krishnamurti - A Luz Que Não se Apaga.pdfHubertoRohden2
1. O documento discute o conceito de percepção segundo as ideias de Krishnamurti, destacando a percepção superficial dos sentidos e a reação psicológica condicionada à percepção, que cria a divisão entre "eu" e "não eu".
2. Krishnamurti explica que a percepção pura é livre de julgamento, enquanto a reação psicológica envolve agrado, desagrado e memória, gerando conflito.
3. Ele argumenta que o "eu" existe apenas nas relações condic
(1) O documento apresenta uma avaliação de Filosofia com 10 questões objetivas sobre textos relacionados a temas estéticos.
(2) As questões discutem conceitos como beleza, obra de arte, consumismo, subjetividade e historicidade da arte.
(3) Os textos abordam autores como Platão, Confúcio, Hume, Hegel, Kant, Lebow entre outros.
1) O Mito da Caverna descreve como os prisioneiros confundem sombras com a realidade, representando como vivemos presos aos sentidos. 2) Um prisioneiro escapa e vê a luz do sol, representando a ascensão ao conhecimento. 3) Ele retorna à caverna para ensinar os outros, mostrando como a filosofia ensina a buscar a verdade.
O documento discute a relação entre o manifesto (o universo) e o não-manifesto (Deus ou a Realidade última). Explica que o universo manifesto deriva do não-manifesto sem afetar a perfeição deste. Também afirma que embora o manifesto pareça imperfeito, à medida que nos aproximamos dos níveis mais profundos, a perfeição se torna aparente, pois o manifesto é essencialmente da mesma natureza do não-manifesto.
O documento discute três aspectos fundamentais que influenciam a felicidade humana: 1) características pessoais como saúde e inteligência; 2) posses materiais; 3) status social. No entanto, o autor argumenta que os fatores internos como temperamento e intelecto são muito mais importantes para o bem-estar do que fatores externos.
(1) O documento introduz a ideia de uma vida sábia e feliz, discutindo diferentes abordagens para alcançar a felicidade. (2) Ele divide os fatores que influenciam a sorte dos homens em três categorias: o que um homem é, o que um homem tem, e o que um homem representa. (3) O autor argumenta que o fator mais fundamental é o que um homem é, ou seja, sua personalidade e características intrínsecas.
O documento discute a noção de realidade e supra-realidade. Afirma que nossa percepção da realidade é limitada e baseada nas imagens produzidas por nossos sentidos, não na realidade em si. Também argumenta que pensamentos "irreais" podem ter grande poder e influência, e que devemos reconhecer a realidade do mundo psíquico.
1. O documento apresenta um curso introdutório sobre educação com uma carga horária de 60 horas.
2. Inclui dicas importantes como ler atentamente o conteúdo, explorar ilustrações, buscar informações fora do curso e criticar o que está sendo aprendido.
3. Detalha os tópicos que serão abordados no curso, incluindo conceitos como educação formal vs informal e autoritária vs democrática.
1) A alma é complexa e pode ser analisada sob diferentes ângulos, como reflexo do mundo e do homem.
2) Os conteúdos da consciência incluem percepções sensoriais, pensamentos, sentimentos, intuições, processos volitivos e instintivos, fantasias e sonhos.
3) Além da consciência, existe também uma alma inconsciente, evidenciada por processos psíquicos que ocorrem mesmo quando fora da consciência, como durante o sono.
Platão (428-347 a.C.) foi um importante filósofo da Grécia Antiga que desenvolveu uma filosofia baseada na busca da verdade por meio da razão, não dos sentidos. Ele acreditava na existência de formas ideais eternas que representam a essência das coisas materiais. Sua influente teoria separava o mundo sensível do mundo inteligível das ideias, ilustrada na alegoria da caverna.
O documento apresenta uma introdução a uma obra filosófica sobre a presença total do ser. Defende que o pensamento não nos separa do mundo mas nos permite estabelecer-nos nele, descobrindo a imensidão do real do qual fazemos parte. Argumenta que só é possível confiar na vida e no pensamento se estivermos inscritos num absoluto presente em todo o seu inteiro, do qual somos responsáveis.
Este documento apresenta um estudo sobre as obras de Pietro Ubaldi, notadamente "A Grande Síntese". Discute como a ciência atual falha em satisfazer as necessidades espirituais do homem e propõe a intuição como caminho para uma compreensão mais profunda do universo. Também enfatiza a importância de aprimoramento moral para alcançar tal nível de compreensão.
Filosofia e teologia como expresses propriamente humanasSusana Barbosa
1) A filosofia é essencial para a teologia porque permite uma experiência de fé racional através da reflexão e da razão, características únicas do ser humano.
2) A capacidade de reflexão distingue os seres humanos de outros animais. Sem filosofia não há teologia porque não há relação lógica com o divino.
3) Para Platão e Sócrates, uma vida sem filosofia não é digna de um ser humano, pois a filosofia constitui a própria humanidade através da
Este documento apresenta as explicações prévias do livro "Filosofia Cósmica do Evangelho" de Huberto Rohden. O autor explica que o livro não pretende compreender o Evangelho através de um processo intelectual, mas sim indicar o caminho para a experiência direta com Deus. Ele também esclarece que o Cristianismo não é ascético ou materialista, mas sim "cósmico", ou universalista, afirmando todas as obras de Deus.
Huberto Rohden - Filosofia Cósmica do Evangelhouniversalismo-7
Este documento discute a Filosofia Cósmica do Evangelho de Huberto Rohden. Ele analisa e intui os ditos de Jesus à luz de sua própria experiência direta da realidade cósmica. Rohden aponta que o único caminho para a libertação do homem é o Cristo interno presente em cada um de nós. Ele apresenta as palavras de Jesus de forma a apontar para a "única coisa necessária" e convida o homem a se libertar da prisão do ego.
Este documento discute como nosso espírito vive uma experiência limitada no corpo físico durante a vida na Terra, porém com um propósito evolutivo. Explica que o corpo é moldado pelo espírito e é uma "concha milagrosa" que nos permite angariar experiências para nossa jornada. Também destaca que embora os sentidos sejam restritos no corpo, o espírito recebe oportunidades para o autoaperfeiçoamento através do trabalho sobre si mesmo.
Semelhante a O belo aos olhos da alma plotiniana dm 2. (20)
1. DIANA ISABEL PEREIRA MENDES
O BELO AOS OLHOS
DA
ALMA PLOTINIANA
VILA REAL
2011/2012
2. DIANA ISABEL PEREIRA MENDES
O BELO AOS OLHOS
DA
ALMA PLOTINIANA
Trabalho de licenciatura apresentado
à Universidade de Trás-os-Montes
e Alto Douro de Vila Real,
como requisito total para a obtenção da
avaliação da unidade curricular designada
por Estética e Comunicação.
Docente: Elisa Maria Oliveira Gomes da Torre
VILA REAL
UTAD
2011/2012
3. (…)”Não há um orgasmo que ponha fim ao desejo. E ela lhe parece bela, como
nenhuma outra. Porque uma pessoa é bela, não pela beleza dela, mas pela beleza
1
nossa que se reflete nela” (...)
“O que vê então esta visão interior”? Uma vez habituada àquelas belezas, a alma
então se introverte. Caso ainda não veja sua própria beleza, que retire de si todo o
supérfluo até que, purificada, resplandeça. Trata-se de outra imagem muito
conhecida: a do escultor que raspa, pule, limpa, até que surja uma bela estátua (Cf.
I, 6, 9, 7-15). “A purificação e o embelezamento não são, entretanto, uma luta
contra uma feiúra alheia. Retirar a ferrugem do tempo nos é tanto menos fácil por
se tratar de limpar o que lentamente tornou-se nosso2”.
______________________________________________________________________
1 Alves, Ruben (1933): “O retorno e terno”. Crónicas Ruben Alves 27ª Edição. Papirus
2 Oliveira, Loraine (2008): “O Belo em Plotino”
4. Resumo
Plotino é apologista de que a beleza pertence ao mundo inteligível e não ao mundo
sensível onde a maioria das pessoas tendem a colocá-la e a ficar só por lá.
A beleza não é o que os sentidos captam instantaneamente quando os olhos corporais
se abrem. É um valor semeado no nosso interior mais profundo, na nossa bagagem interna
que não é visível num simples devaneio visual.
A beleza está para além do que vemos. Não se deve então resumir ao mundo sensível
que está aqui tão perto de nós.
Segundo Plotino, o Belo é definido a partir de uma perspectiva metafísica.
Calcar e vasculhar não só o chão que pisamos... Ele não se deixa ficar pela solidez
deste piso. Tocar não só a epiderme que reveste o nosso esqueleto, mas as camadas interiores
sobrepostas que são igualmente nossas e não devem ser descartadas como se nada dissessem
do nosso ser e beleza.
Com isto quero eu dizer que não podemos nos limitar a este “rés-do-chão”, a este patamar tão
baixo onde só cabe a brutalidade, ou seja, a materialidade das coisas.
É um valor inteligível que não permite o sedentarismo do exercício de olhar sem olhos
de ver.
Não permite a diluição na vulgaridade para onde caiu esse gesto. É muito mais do que
os semelhantes pensam ser e captar.
Não pertence, então, ao campo visual. É um valor tão grande que só cabe no tamanho
de uma visão ampla e completa que tanto tem de abstracta como de concreta...e essa só tem
lugar reservado na nossa alma, no nosso espírito.
Não é algo dado de bandeja, como se tratasse de doses de refeição gratuitas. É algo
que nos alimenta e nos enriquece de dentro para fora. E quando essa riqueza chegar à tona,
ninguém vê. A claridade do dia que a nossa íris capta leva a um encadeamento que nos deixa
cegos e incapazes de dizer se coisa X é bela ou pessoa Y é dotada de uma beleza excepcional.
Porque não é essa a beleza que Plotino anseia. A beleza de que falamos neste projeto não está
à superfície.
Para assistirmos ao espetáculo dela devemos então partir do mundo sensível, mas sempre com
o olhar para cima, em jeito de contemplação rumo ao inteligível.
4
5. Sumário
Resumo........................................................................................................................................4
Introdução................................................................................................................................6-7
Concepção Tradicional Versus Concepção Plotiniana............................................................8-9
Escadório Espiritual.............................................................................................................10-11
O Belo como Bem...............................................................................................................12-13
Onde está a Beleza? ............................................................................................................14-15
Os Observadores da Beleza Suprema.......................................................................................16
Identificação........................................................................................................................17-18
Conclusão............................................................................................................................19-20
Referências Bibliográficas........................................................................................................21
5
6. Introdução
O presente trabalho segue várias linhas de pensamento traçadas em livros, artigos de
revistas, estudos, teses e dissertações. Há ainda comentários e traduções da própria obra das
Eneádas, uma vez que escrito na sua língua original oferecia um nulo conhecimento à autora
deste trabalho.
Em relação às teses, as que seleccionei estudam a concepção metafísica do Belo em
Plotino. E fazem-no a partir de análises exaustivas de capítulo a capítulo. É possível ver
também que é tentador relacionar a Eneáda I com a Eneáda V, pois abordam o Belo em
ambos os mundos (sensível e inteligível). E torna-se interessante e esclarecedor fazer esse
paralelismo.
Há ainda a tendência de colocar frente a frente, Plotino e o pensamento antigo
partilhado por Platão e Aristóteles, destacando-se assim as diferenças e semelhanças.
A análise de “Eneáda V” de Plotino exige sérios preparativos mentais. O
entendimento do leitor só chegará à devida interpretação ou à proximidade da mesma se
alargar os horizontes filosóficos.
Esta obra deve então ser lida com o Intelecto para ser compreendida.
Pensamentos transcendentes são exigidos para uma boa reflexão da teorização antiga sobre o
Belo.
Não devemos então cingir-nos às linhas de pensamento unidirecionais.
Torna-se necessário entender que os valores propostos por este autor são os de ordem
espiritual, pelo que a dimensão corpórea é imediatamente depreciada.
Um dos objectivos deste projecto é perceber como o Belo se expõe no mundo
sensível.
É imprescindível desbravar os tópicos da metafísica de Plotino, apurando o modo
como surge o mundo sensível, e qual a fonte do belo. Para isso, não podemos ignorar a tríada
do mundo inteligível: o Uno, a Inteligência e a Alma.
Estes pilares inteligíveis conduzirão a um entendimento da nossa parte quanto à noção do
mundo inteligível e ficaremos a saber que é precisamente de lá que “nascem” o Belo e a
Forma.
A forma e a matéria são interdependentes, uma não se pode expressar sem a outra e
vice-versa.
6
7. Plotino fala também da teoria da processão. Este pensador convida a uma passagem
natural sem barreiras do mundo sensível ao mundo inteligível por emanações ou processões.
Tudo o que tem origem no Uno, pode retornar a ele, através da contemplação. Esse
retorno de que falamos é designado por conversão.
O Belo é, então, um meio de conversão.
A descoberta do Belo no mundo sensível e o encontro com o Belo na dimensão
inteligível exige subtilmente a purificação da alma.
Assim, a tentativa de tornar-se Belo levará a uma leveza indescritível.
Poder-se-à dizer que esta prova estética é também sobrenatural.
Esta simples investigação pretende então colocar à tona a novidade plotiniana. Na sua
obra intitulada de “Enéadas” ele fez questão de erguer bem alto a sua concepção de beleza
que em tudo se distancia da tradicional.
Plotino prefere considerar a beleza como um valor puramente inteligível, associado à
congruência moral e à sumptuosidade metafísica.
O autor quer com isto modificar o nosso jeito de ver pois a esmagadora maioria das
pessoas tende a alcançar apenas o limiar intermédio, nunca atingindo o mais alto, aquele que
simultaneamente consegue ser o mais profundo... profundo de ser, de descoberta, de espírito.
Esta viagem ascendente requer obviamente a uma introspectiva para que a gente descubra e
veja em nós o início e o fim de toda a realidade, o Uno.
A beleza, esta de Plotino consegue estabelecer uma ligação encantadora onde as raízes
racionais cessam momentâneamente de crescer para assistirmos à presença satisfatória do
Uno.
7
8. Concepção Tradicional Versus Concepção Plotiniana
Plotino faz uso de uma linha de pensamento contrária à de Aristóteles.
A teoria estética antiga dava primazia a conceitos, como por exemplo, medida, ordem,
simetria e proporção.
A noção de Belo estipulada por Aristóteles sobreviveu durante alguns séculos até que
surgiu uma escola filosófica bem diferente que trilhou caminhos recusando os ideais
anteriores.
Esta nova filosofia de Plotino assenta sobre a Beleza como um valor metafísico.
Se a maioria dos mortais tinham nas suas mentes a concepção aristotélica de beleza,
quais foram os argumentos que levaram Plotino a recusar este conceito?
É óbvio que não é à toa que Plotino ergueu uma noção que revolucionou a época.
Há que destacar as razões que levaram a esta concepção metafísica de Belo:
1) Simetria:
“A alma do mundo é um “reflexo transparente do Uno”, e se torna opaca quando misturada com
a matéria no mundo sensível... O homem que vê o belo no relâmpago, no fogo ou na estrela da
noite, vê transparecer o Uno na alma do mundo. Ou seja, deixa de ver a opacidade material.”
Se a simetria é um factor dos quais a beleza depende, só em objectos palpáveis seria
um factor a ter em consideração. O que significa que nas coisas espirituais não nos restaria
hipóteses de avaliar o que é belo, ficando este caminho vedado. Mas, se pensarmos bem, as
vozes, o arco-íris e o sol são igualmente belos. Concluimos que a simetria é apenas uma das
manifestações externas da beleza, não a sua fonte.
2) Proporção: Se a beleza dependesse, de facto, da proporção, se formos a verificar o rosto
de x3 pessoa tem sempre a mesma proporção, por mais que possa manifestar diferentes
expressões. É então uma constante e não uma variável4 como o pensamento grego ditou.
3) Acordo: Algo é belo se exisitir relação entre as partes de um todo. Este era o pensamento
antigo, esteticamente falando. Plotino diz que as peças do puzzle têm que ser belas
individualmente para na conjunção o serem também. Se assim não fosse, as coisas brutas5
seriam igualmente belas.
8
9. A beleza não é o que existe numa combinação como acontece num puzzle, em termos
exemplares. Não é de todo uma questão de relação, deve ser vista como elemento interno do
objecto, como uma extensão do mesmo. Esta só é apreendida por uma faculdade intelectual.
O autor sublinha que as partes de um todo sejam dotadas de igual beleza, e não que
esta existe apenas no resultado da correlação.
A matéria em si não é bela. O espírito que nela reside é que é belo.
O importante a reter é a questão do reconhecimento e identificação. Só o espírito
“detecta” o seu semelhante (espírito). Então, só o espírito está em plena capacidade para
captar a beleza.
_______________________________________________________________________________
3
A expressão “x pessoa” é uma forma de não personificar, pois pretendo dar um exemplo geral.
4
Em relação à proporção, digo matematicamente que não é uma variável pois esta não mostra diversidade, é
sempre a mesma.
5
Brutas no sentido de matéria no seu estado “bruto”, portanto, inicial sem ser tido alvo de algum processo
de lapidação. É portanto, a materialidade das coisas propriamente dita.
9
10. Escadório espiritual
“A beleza é um caminho para afastar-nos do mundo brutal da matéria e, assim, subir às
regiões do espírito desejadas pela nossa alma.”6
O segredo para interpretar a beleza inteligível está descodificado nas Enéadas.
A concepção de beleza por Plotino poderá acender algumas chamas ambíguas, as
quais desaparecerão ou apaziguarão com um sopro metafísico e amplo.
É urgente perceber que Plotino distingue 3 níveis da realidade: a alma, o intelecto e o
Uno.
“A alma não pode contemplar a beleza se não se torna, ela mesma, bela”7
A possibilidade de compreensão da Beleza está no exercício de transformação
individual e íntima rumo aos níveis superiores da realidade.
A Alma contempla em seu âmago a beleza sendo igualmente bela.
O espírito caminha para a beleza e o ponto de encontro juntará as duas realidades não
corpóreas num só.
Neste contexto a arte é valorizada mediante o reconhecimento da beleza que traz.
A beleza transparece na arte porque ela nasce da forma abrigada no intelecto do artista
e não do exercício de colocar mãos à obra.
Portanto, o artista quando possui conhecimento intelectual da forma traz à visão a beleza.
Plotino descreve a ascendência necessária para se chegar À beleza de que tanto fala.
Esta não está à nossa mão, temos que estendê-la e subir. Subir por inteiro.
Descreve então a busca da Alma pela beleza, partindo dos objectos sensíveis e
chegando à beleza dela mesma e do inteligível.
Unir a alma à beleza, é uma relação simbiótica que o autor constantemente deseja.
___________________________________________________________________________
6,7
Ramos, Bento Silva - UFES – Plotino: Uma perspectiva neoplatónica da estética. Departamento de Filosofia
Soares, Luciana Gabriela E. C. Traduçã - Plotino, Acerca da Beleza Inteligível (Eneáda V, 8 [31]) - Introdução,
tradução e notas
10
11. Esta relação é o patamar mais alto que a alma pode alcançar.
Quanto às belezas superiores – que já não cabe à percepção ver – a alma, sem órgãos, as
vê e proclama, pois, para aqueles que contemplam, é necessário elevar-se, abandonando a
percepção, que permanece embaixo. Assim como não é possível descrever aos que não
vêem, caso forem cegos de nascença, as belezas da sensibilidade ou aos que não as
reconhecem como belas, do mesmo modo não [é possível descrever] a beleza das
ocupações a não ser para os que as aceitam plenamente [...].8
Esta viagem ética-contemplativa tem no seu fim a descoberta do belo como bem.
Só atingimos o bem se aceitarmos fazer essa viagem ascendente.
E para tocarmos nele, teremos que obrigatoriamente nos ajoelharmos e despirmos a
nossa indumentária, só assim nos é permitida a subida por este escadório espiritual. É um “ir”
purificado…trata-se de olhar para si próprio nuo e achar a pureza.
Deve-se subir de novo para o Bem, para aquilo que toda a alma deseja. Se alguém viu isto,
sabe o que eu digo, em que sentido ele é belo [...] mas somente o obterão aqueles que
subirem até o alto e se converterem, e ao se despir das vestimentas que receberam ao vir
para baixo9 [...].
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8
Ramos, Bento Silva - UFES – Plotino: Uma perspectiva neoplatónica da estética. Departamento de Filosofia
Soares, Luciana Gabriela E. C. Traduçã - Plotino, Acerca da Beleza Inteligível (Eneáda V, 8 [31]) - Introdução,
tradução e notas
9
(2007): Viso. Cadernos de Estética Aplicada - Revista electrónica de estética N.º 3, Set – Dez/2007
11
12. O Belo como Bem
Segundo Plotino, a matéria não é detentora de beleza, só o Espírito o é.
Plotino desvia-se das noções de Belo que o mundo moderno tem.
O Belo evidencia o espírito presente numa realidade corpórea10.
Somente o Espírito pode captar o Belo.
De facto, Plotino destaca a índole deixando para trás a exteriorização, a aparência que
é visível aos olhos de quem não vê11.
O Belo reflecte a presença do espírito e quão este é rico e belo.
A beleza deixou de estar associada às simetrias e proporções de que o pensamento
grego era apologista.
Os filhos contemporâneos pensam que a beleza está no que se vê diretamente no
patamar abaixo.
O Belo é aquilo que torna o homem Bom.
O que gera a beleza é a pureza e a bondade.
Tudo o que revela a beleza da presença do Uno é Belo. O Belo é, portanto, inteligível.
Quando o homem é realmente puro e nuo consegue captar essa presença.
E assim, a visão ganha cor, nitidez e a vida torna-se bem mais bela.
Para Plotino, o Belo é tudo aquilo que conduz o homem ao Bem.
O Bem é o fundamento metafísico do mundo.
A beleza sensível do mundo material apenas nos permite recordar que existe uma
outra Beleza, superior, suprema: a Inteligível.
Na modernidade, o que se busca é a beleza sensível.
Ela é o fim, uma rua sem sentido e não um caminho que pode apontar para algo grandioso e
bastante que transcende o mundo das aparências e toca a dimensão do essencial.
Quem se cinge pela beleza sensível, quem recusa subir vive num mundo ilusório em
que os seus olhos estão absolutamente vendados. Por esta razão, as pessoas procuram a
perfeição somente nessa beleza e não na natureza espiritual.
___________________________________________________________________________
10
Realidade corpórea é o mesmo que dizer corpo, matéria.
11
“olhos de quem não vê” Pode parecer ambíguo, mas quero dizer com isto que só quem vê com o sentido
(visão) literalmente falando só se depara com o mundo sensível, o mesmo que é depreciado pelo autor das
Enéadas. Os que olham sem ver são as pessoas que se deixam mergulhar pela ilusão da forma exteriorizada da
matéria.
12
13. Esta necessidade de beleza em jeito de “máscara” mostra o quão decadente estamos de
espírito. Cabisbaixos olhamos para baixo ao invés de olhar rumo ao Uno.
A filosofia espiritualista de Plotino toma a beleza como qualidade do ser, é uma
criação metafísica.
A beleza não se mede quantificamente, é pura qualidade. No máximo o que poder-se-à
dizer é que há graus relativos à sua pureza.
Não podemos ignorer o factor de dinâmica do ser segundo Plotino.
Em termos práticos, supondo que existem duas realidades, uma corpórea A e outra
espiritual B12.
A designada por A é um corpo, uma matéria, a qual é dada de imediato. Não existem
ambiguidades nem lacunas na compreensão da mesma. É uma massa corpórea estática e sem
vida.
Já o B é a reserva mental da imagem, é um mapa mental, intelectual que através da
memória nos faz relembrar do mesmo. Esta é viva, porque vive a vida do nosso espírito.
É no nosso espírito que reside a beleza superior do ser, assim o espírito pode criar o belo.
A beleza em Plotino ultrapassa as barreiras físicas e apresenta-se em sua autêntica
pureza e imaterialidade.
Esta beleza afastada da realidade material e sensível exige uma ascensão.
Poder-se-à dizer que Plotino atribuiu uma função à beleza que é caminhar para o alto (Bem) e
finalmente chegar ao observatório metafísico do mundo.
12
Ramos, Bento Silva - UFES – Plotino: Uma perspectiva neoplatónica da estética. Departamento de Filosofia
Soares, Luciana Gabriela E. C. Traduçã - Plotino, Acerca da Beleza Inteligível (Eneáda V, 8 [31]) - Introdução,
tradução e notas
13
14. Onde está a Beleza?
“(…)A beleza, portanto, está lá em cima e provém do alto”13(…)
A alma consegue apreender a beleza através do intelecto.
Para essa apreensão ser bem sucedida, são imprescindíveis as faculdades cognoscitivas e
intelectuais.
Quando falamos de fonte da beleza, falamos do espírito e não da matéria.
O espírito satisfaz a sede da Beleza.
“Então, tome como exemplo, se quiser, duas pedras que se encontram em estado bruto
uma ao lado da outra, uma sem proporção e desprovida de arte e a outra já transformada
pelo domínio da arte na estátua de um deus ou ainda de um homem, de um deus como uma
Graça ou uma Musa e de um homem , não qualquer um, mas aquele que a arte criou
escolhendo todas as belas qualidades.
Aquela pedra que atingiu a beleza de uma forma devida à arte, aparecerá bela não em
relação ao seu ser pedra —pois seria igualmente bela também a outra— mas pela forma
que a arte infundiu.
Portanto, a matéria não tinha esta forma, mas esta estava em quem a pensava já antes de
atingir a pedra; estava no artífice, não enquanto é dotado de olhos e mãos, mas porque
participava da arte14.”
Dois blocos de pedra, um em bruto, e outro trabalhado dando origem a uma estátua.
O mais Belo supostamente é a estátua.
Mas essa beleza não está na matéria. Pois, se tivesse o bloco de pedra em bruto era
igualmente bela.
Assim sendo, a realidade corpórea só é bela pela forma que a arte lhe deu. Pela forma
que está no intelecto do artista.
“Forjar o belo na matéria é buscar encontrar aquilo que amamos, que é o mais próprio de
nossa natureza, o inteligível. Assim, toda a escada própria da erótica dialética ascendente
configura a compreensão sublime da arte em Plotino: a beleza percebida no mundo
sensível é o primeiro passo do lembrar-se de si mesmo, o qual deve ser superado na
descoberta amorosa das realidades psíquicas. Forjando o belo no sensível, o artista se
apresenta como um apaixonado pelas realidades mais intensamente belas do psíquico, e,
num próximo momento, também a psyché se apaixona pelo inteligível, e mais belas ainda
serão suas produções15.”
____________________________________________________________________
13
Eneádas V, 8, 13
14
Plotino Eneáda V Cap I
15
(2007): Viso. Cadernos de Estética Aplicada - Revista electrónica de estética N.º 3, Set – Dez/2007
14
15. “o intelecto dá forma às coisas da natureza, as torna belas pelo grau de participação na
mesma ideia16.”
Este pensador diz que para além da beleza das coisas sensíveis, naturais e próprias da
arte, existem belezas supremas, as belezas que se encontram no alto, num patamar bem
superior, belezas essas que não cabem na percepção das sensações, mas à contemplação.
“enquanto a beleza permanece externa não a vemos ainda, quando finalmente é interna à
alma tem efeito sobre nós. Na verdade, apenas a forma entra através dos olhos: senão
como poderia entrar através de uma abertura tão pequena? Mas a forma traz consigo
também a grandeza, não aquela grande enquanto massa, mas aquela que é grande pela
forma17.”
Essa ascensão da beleza sensível em direção à beleza inteligível faz-se através do
conhecimento do Homem em relação a si. Este conhecimento da realidade inteligível alcança-
se com a alma.
Para entender o Belo, a forma na alma não passa de um preceito.
___________________________________________________________________________
16. 17
Ramos, Bento Silva - UFES – Plotino: Uma perspectiva neoplatónica da estética. Departamento de
Filosofia
Soares, Luciana Gabriela E. C. Traduçã - Plotino, Acerca da Beleza Inteligível (Eneáda V, 8 [31]) - Introdução,
tradução e notas
15
16. Os Observadores da Beleza Suprema
...
Quem são?
(...)nós que não estamos habituados a ver nada das coisas internas nem as conhecemos,
seguimos o exterior ignorando que é o interior que move. Como se alguém, vendo a
própria imagem, não reconhecendo de onde esta vem, a seguisse.
Além disso, tanto a beleza nos estudos como a beleza nos hábitos, ou ainda, em geral, a
beleza nas almas, revela que isto que é seguido é outro e que a beleza não está na
grandeza. E certamente, na verdade, há mais beleza quando tu vês a sabedoria em alguém
e ficas admirado não olhando para o rosto — este poderia ser na verdade feio — mas
deixando de lado todo o aspecto exterior, tu segues a sua beleza interior .
Se ao invés não te comove ainda, ao ponto de definir bela uma tal pessoa, olhando para o
teu próprio interior tampouco te alegrará de ti mesmo como belo. De maneira que em vão
tu buscarias a beleza estando em tal condição; pois a buscarás no feio e no impuro; por
isso os discursos sobre tais argumentos não são para todos.
Mas se tu também viste a ti mesmo belo, recorda-te18(...) Cap2
Ora respondendo à questão que coloquei anteriormente, nem todos os homens
conseguem enxergar esta Beleza. Aliás, de facto, falamos de uma “amostra” bem selectiva.
Ou seja, são poucos os que reúnem esforços intelectuais para aceitar o “bilhete de viagem
ascendente” até ao Uno.
Estes homens de que falamos terão que ser alvo de um trabalho prévio que consiste
em ver não a “capa” que reveste os “corpos”, mas a sabedoria que não reside na feíura nem na
aparente perfeição, mas sim no interior, no espírito. Para isso, têm que raspar e lapidar o seu
próprio ser e a perspectiva de ver.
“(...)De fato, a beleza ilumina todas as coisas e sacia aqueles que estão lá, ao ponto que
também esses se tornam belos, como muitas vezes os homens subindo sobre lugares
elevados, no momento em que a terra de lá adquire uma cor dourada, são inundados por
aquela cor tornado-se semelhantes à terra sobre a qual caminham. Mas lá a cor que
floresce é beleza, ou ainda, tudo é cor e beleza em profundidade. Pois o belo não é alguma
coisa de diverso, como se fosse um simples florescimento em superfície.
Mas aqueles que não vêem o todo crêem somente na impressão externa; ao contrário,
àqueles que estão, por assim dizer, totalmente embriagados e saciados de néctar, já que a
beleza penetrou toda a alma, é consentido ser não apenas espectadores, porque não existe
mais uma coisa externa e uma outra, aquela que olha, por sua vez externa; mas isto que vê
com a vista aguda possui em si mesmo isto que é visto; todavia, mesmo o possuindo, muitas
vezes ignora que o possui e olha como se o objeto fosse exterior, já que olha como se isto
fosse uma coisa visível e porque quer vê-lo como tal.
Tudo isto que alguém olha como se fosse visível, olha do exterior. Mas é preciso agora
transferir;o objeto visível em si mesmo e olhar para ele como se fosse uma unidade e vê-lo
como si mesmo, como se alguém possuído por um deus, inspirado por Febo ou por uma
Musa gerasse em si mesmo a visão do deus, se tivesse a força de olhar um deus em si
mesmo.19(...)”
__________________________________________________________________________________
19
Prof. Pizzinga, Dr. R - Um iniciado que estudou a natureza da alma
Pensamentos de Plotino (incluindo biografia do autor das Enéadas) - Membro dos Iluminados de Kemet
16
17. Identificação
“Intertextualidade” com a Eneáda I
“Jamais um olho verá o sol sem ter-se tornado semelhante ao sol, nem uma alma verá a
beleza sem ter se tornado bela. Todo ser deve tornar-se divino e belo, se deseja contemplar
a Deus e a Beleza.20”
A beleza expressa-se como luz, esplendor, como qualidade pura.
O espírito do homem é criador de beleza; assim pode atingir a contemplação do
esplendor metafísico.
Aquele que contempla a beleza física não deve ficar hipnotizado, mas dar-se conta de
que se trata apenas de uma imagem, de uma ilusão, e que deveria assim subir em direcção à
fonte da qual esta não passa de um reflexo.
Pode-se ainda acrescentar que de facto existem graus ascendentes de beleza. Isto para
percebermos melhor da estrutura da viagem ascendente.
O grau zero não existe, isto porque, segundo Plotino, em cada corpúsculo de matéria,
o esplendor do bem ainda transparece.
Voltando ao processo identificativo, quem quiser exercer o papel de aluno de Plotino
só o fará quando se reconhecer a si próprio.
“[…]Volte-se sobre ti mesmo, e olha. Se ainda não vês tu mesmo belo, como um criador de
esculturas que busca torná-las belas – ele retira uma parte, recorta a outra, outra faz
suave, outra ainda faz pura – desta forma também tu, retire o excesso, alinha aquilo que
for torto, trabalha sobre o que for obscuro, purifica-os, para que sejam brilhantes. E não
cesse de moldar sua própria escultura, até que o esplendor da virtude deiforme brilhe, até
que tu vejas a temperança fixada no trono sagrado. Se, tendo te tornado isto, tu também
vês isto, associe-se consigo mesmo de modo puro21 [...].
E isso significa, pôr de lado a dimensão corpórea e assim iniciar a sua própria
purificação. Esta decorrerá se na alma do próprio existir o desejo de alcançar o Além22.
Plotino é um amante da identificação da nossa índole com a da Beleza inteligível.
Percorrendo as Enéadas, deparamo-nos com algumas “ordens” no sentido de nos fazer
crer pragmaticamente que o melhor é lapidar o nosso ser, removendo tudo o que seja
impurezas. Isto, para que no final as sobras melhorem a “visão”, para que possamos descobrir
17
18. a beleza em nós para contemplar a de lá.
Quando a alma se apercebe que partilha a mesma natureza da beleza inteligível
recorda-se de si própria.
Um homem puro, de bem conseguirá detectar as qualidades de outro homem, desde
que este último também viva em tranquilidade e em sintonia com a sua vida interior. Ou seja,
não pode estar mergulhada na mera ilusão do mundo sensível que é tão enganador.
___________________________________________________________________________
20
Plotino Eneáda I, 6, 8-9
21
(2007): Viso. Cadernos de Estética Aplicada - Revista electrónica de estética N.º 3, Set – Dez/2007
22
O Além é tomado semânticamente como a Beleza inteligível, a essência.
18
19. Conclusão
O autor a quem esta análise se dedica, influenciou a filosofia platónica que também
procurava atingir a essência das coisas através da contemplação das essências, do belo em si
mesmo.
Trata-se de uma busca racional da verdade e do sentido de todas as coisas.
A carta lançada para a mesa levanta a questão do Belo que é bem mais relativo e
complexo do que possa parecer.
Não se trata aqui da aquisição de uma beleza de natureza diversa daquela que é inata à
alma. Trata-se apenas da beleza que é revelada à alma à medida que ela se dirige em direcção
ao Intelecto.
Essa conversão que ele quer “ensinar” a qualquer aprendiz que esteja disposto a subir
para o mais alto rumo à beleza, e ao Uno será purificado ao longo desta.
Plotino cria uma concepção diferente de Beleza que estamos habituados a ver
imediatamente através dos nossos sentidos.
Ele fala da conversão, da mudança do nosso comportamento visual, fala de um
enriquecimento de alma, de espírito.
Não se ilude, nem se verga perante as cores, ou porporções aparentemente perfeitas.
Porque a forma é apenas um reflexo. E sem forma, seria apenas uma matéria amorfa que não
suscitaria atenção nem do observador mais perito.
Plotino é um especialista da metafísica, ele vê para além do que a realidade lhe dá
instantaneamente, ele vê para além da “brutalidade” dos corpos.
A meu ver, o maior desafio está no facto de que nós hoje temos um conceito de belo e
de arte como algo da sensibilidade e ligado à múltiplas interpretações.
A filosofia antiga procurava uma compreensão racional de tudo, desvalorizando a
sensibilidade como forma de conhecimento. Neste sentido o belo em si mesmo, existe no
intelecto e a arte seria uma forma de o expressar.
Plotino aborda a beleza num sentido metafísico. A contemplação do belo consiste
numa apreensão intelectual que se obtém por um percurso cognitivo. Atingir o belo é o
máximo que a alma pode alcançar. Será como que a captação da essência das coisas. Atingir a
beleza inteligível é uma atividade intelectual que a aproxima do Uno.A arte tem um sentido
metafísico. Ela é valorizada na medida em que consiste num dos modos de reconhecimento da
beleza. A arte provém do intelecto. Isto significa que a arte transporta o conhecimento
intelectual do belo.
19
20. Para Plotino a beleza não está na forma da realidade corpórea mas na sua índole, no
seu espírito. Aqueles que vêem a beleza desse modo não vêem coisa nenhuma, estão "cegos".
Quem tem a capacidade de ver é quem olha com a alma, é quem aceita fazer essa viagem
ascendente até encontrar-se a si próprio despido, que é o mesmo que dizer, encontrar a beleza
suprema.
O Uno será a inteligência suprema da qual emanam todas as coisas. O ser humano no
intuito de alcançar o verdadeiro conhecimento, deve elevar-se das coisas sensíveis às
inteligíveis. Trata-se de um percurso intelectual até se atingir a compreensão do belo. Será o
confronto do homem com a essência e verdadeira natureza das coisas.
20
21. Bibliografia
Oliveira, Loraine (2005): O Belo em Plotino: Do Múltiplo ao Uno - Síntese – Rev. de Filosofia
(2007): Viso. Cadernos de Estética Aplicada - Revista electrónica de estética N.º 3, Set – Dez/2007
Ramos, Bento Silva - UFES – Plotino: Uma perspectiva neoplatónica da estética. Departamento de Filosofia
Soares, Luciana Gabriela E. C. Traduçã - Plotino, Acerca da Beleza Inteligível (Eneáda V, 8 [31]) - Introdução,
tradução e notas
Santoprete, Luciana; Oliveira, Loraine; de Caldas, Emmannuela - Primeiro Repertório bibliográfico dos estudos
em língua portuguesa dedicados a Plotino e ao neoplatonismo da Antiguidade tardia
Consciência e a epistemologia da Beleza: A Bricolagem como Pedagogia
Francisco Antonio Pereira Fialho
Ermelinda Garrem Fernandes Silveira
Prof. Pizzinga, Dr. R - Um iniciado que estudou a natureza da alma
Pensamentos de Plotino (incluindo biografia do autor das Enéadas) - Membro dos Iluminados de Kemet
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