SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
Nasceu em Vila Viçosa, no final do ano de 1894
Põe fim à vida em 8 de Dezembro de 1930
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
(Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa»)
Recurso
Expressivo
Exemplo Justificação
Hipérbole
«é ser maior do que os
homens»
O exagero surge para destacar
a superioridade do poeta
através da sua escrita.
Comparação «Morder como quem
beija»
Comparação de um gesto
agressivo, com outro, que é
suplantado pela ternura de um
beijo apenas porque se é
poetisa.
Recurso
Expressivo
Exemplo Justificação
Metáfora
«É ter cá
dentro um
astro que
flameja»
Os sentimentos dentro do peito do
poeta surgem como um astro que o
inflama.
Enumeração «É seres alma
e sangue e
vida em mim»
Apresentação daquilo que o objecto
amado significa para a poetisa.
Anáfora «É…É…É…» Ajuda a apresentação da definição.
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior a
Do que os homens! Morder como quem beija! b
É ser mendigo e dar como quem seja b
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! a
É ter de mil desejos o esplendor a
E não saber sequer que se deseja! b
É ter cá dentro um astro que flameja, b
É ter garras e asas de condor! a
É ter fome, é ter sede de Infinito! c
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… d
É condensar o mundo num só grito! c
E é amar-te, assim, perdidamente… e
É seres alma e sangue e vida em mim d
E dizê-lo cantando a toda a gente! e
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior a
Do que os homens! Morder como quem beija! b
É ser mendigo e dar como quem seja b a- Interpolada
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! a
É ter de mil desejos o esplendor a
E não saber sequer que se deseja! b
É ter cá dentro um astro que flameja, b b - Emparelhada
É ter garras e asas de condor! a
É ter fome, é ter sede de Infinito! c
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… d c /e - cruzadas
É condensar o mundo num só grito! c
E é amar-te, assim, perdidamente… e
É seres alma e sangue e vida em mim d d - Interpolada
E dizê-lo cantando a toda a gente! e
Definição de poeta por Florbela Espanca
Definição de poeta por Florbela Espanca

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Exp10 emp lp_007 atos ilocutorios
Exp10 emp lp_007 atos ilocutoriosExp10 emp lp_007 atos ilocutorios
Exp10 emp lp_007 atos ilocutoriosmariaric
 
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando PessoaResumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando PessoaRaffaella Ergün
 
O heteronimo Alberto Caeiro
O heteronimo Alberto CaeiroO heteronimo Alberto Caeiro
O heteronimo Alberto Caeiroguest155834
 
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimocaracterísticas temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimoDina Baptista
 
Alberto Caeiro - poema I do guardador de rebanhos
Alberto Caeiro - poema I do guardador de rebanhosAlberto Caeiro - poema I do guardador de rebanhos
Alberto Caeiro - poema I do guardador de rebanhosBruno Meirim
 
Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Lurdes Augusto
 
sintese_farsa_ines.ppt
sintese_farsa_ines.pptsintese_farsa_ines.ppt
sintese_farsa_ines.pptcnlx
 
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/Neopaganismo
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/NeopaganismoRicardo Reis- Classicismo e Paganismo/Neopaganismo
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/NeopaganismoTelma Carvalho
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoafromgaliza
 
Poemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andradePoemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andradeAnaGomes40
 
Principais Temáticas de Alberto Caeiro
Principais Temáticas de Alberto CaeiroPrincipais Temáticas de Alberto Caeiro
Principais Temáticas de Alberto CaeiroDina Baptista
 
Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de PortugalMensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de PortugalMaria Teixiera
 

Mais procurados (20)

Exp10 emp lp_007 atos ilocutorios
Exp10 emp lp_007 atos ilocutoriosExp10 emp lp_007 atos ilocutorios
Exp10 emp lp_007 atos ilocutorios
 
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando PessoaResumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
 
O heteronimo Alberto Caeiro
O heteronimo Alberto CaeiroO heteronimo Alberto Caeiro
O heteronimo Alberto Caeiro
 
Textos de opinião
Textos de opiniãoTextos de opinião
Textos de opinião
 
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimocaracterísticas temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
 
áLvaro de campos
áLvaro de camposáLvaro de campos
áLvaro de campos
 
Alberto Caeiro - poema I do guardador de rebanhos
Alberto Caeiro - poema I do guardador de rebanhosAlberto Caeiro - poema I do guardador de rebanhos
Alberto Caeiro - poema I do guardador de rebanhos
 
Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca
 
De tarde - Cesário Verde
De tarde - Cesário VerdeDe tarde - Cesário Verde
De tarde - Cesário Verde
 
sintese_farsa_ines.ppt
sintese_farsa_ines.pptsintese_farsa_ines.ppt
sintese_farsa_ines.ppt
 
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/Neopaganismo
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/NeopaganismoRicardo Reis- Classicismo e Paganismo/Neopaganismo
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/Neopaganismo
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoa
 
Oracoes subordinadas
Oracoes subordinadasOracoes subordinadas
Oracoes subordinadas
 
Coesão gramatical
Coesão gramaticalCoesão gramatical
Coesão gramatical
 
Poemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andradePoemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andrade
 
Ricardo Reis
Ricardo ReisRicardo Reis
Ricardo Reis
 
Principais Temáticas de Alberto Caeiro
Principais Temáticas de Alberto CaeiroPrincipais Temáticas de Alberto Caeiro
Principais Temáticas de Alberto Caeiro
 
Cantigas trovadorescas
Cantigas trovadorescasCantigas trovadorescas
Cantigas trovadorescas
 
Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de PortugalMensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
 
Dona tareja
Dona tarejaDona tareja
Dona tareja
 

Semelhante a Definição de poeta por Florbela Espanca

Semelhante a Definição de poeta por Florbela Espanca (20)

Ser poeta é
Ser poeta éSer poeta é
Ser poeta é
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Grandes pensadores
Grandes pensadoresGrandes pensadores
Grandes pensadores
 
Introdução texto poético
Introdução texto poéticoIntrodução texto poético
Introdução texto poético
 
Ser poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela EspancaSer poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela Espanca
 
25 De Abril
25 De Abril25 De Abril
25 De Abril
 
25 de-abril-poemas
25 de-abril-poemas25 de-abril-poemas
25 de-abril-poemas
 
Ser poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela EspancaSer poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela Espanca
 
ROMANTISMO
ROMANTISMOROMANTISMO
ROMANTISMO
 
Dia mundial da poesia
Dia mundial da poesiaDia mundial da poesia
Dia mundial da poesia
 
Vinicius de moraes
Vinicius de moraesVinicius de moraes
Vinicius de moraes
 
Romantismo - panorama mundial e Brasileiro
Romantismo - panorama mundial e Brasileiro Romantismo - panorama mundial e Brasileiro
Romantismo - panorama mundial e Brasileiro
 
Af5 fernanda bandeira-2
Af5 fernanda bandeira-2Af5 fernanda bandeira-2
Af5 fernanda bandeira-2
 
Af5 fernanda bandeira-1
Af5 fernanda bandeira-1Af5 fernanda bandeira-1
Af5 fernanda bandeira-1
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Dia dos Namorados
Dia dos NamoradosDia dos Namorados
Dia dos Namorados
 
Dia dos Namorados
Dia dos NamoradosDia dos Namorados
Dia dos Namorados
 
25 de Abril PS Alvalade
25 de Abril PS Alvalade25 de Abril PS Alvalade
25 de Abril PS Alvalade
 
Poetas falam de poesia.8ano
Poetas falam de poesia.8anoPoetas falam de poesia.8ano
Poetas falam de poesia.8ano
 

Mais de José Antonio Ferreira da Silva

Producao de texto_no_enem_pre_requisitos_e_temas_possiveis
Producao de texto_no_enem_pre_requisitos_e_temas_possiveisProducao de texto_no_enem_pre_requisitos_e_temas_possiveis
Producao de texto_no_enem_pre_requisitos_e_temas_possiveisJosé Antonio Ferreira da Silva
 

Mais de José Antonio Ferreira da Silva (20)

Gêneros Textuais - Notícia.pptx
Gêneros Textuais - Notícia.pptxGêneros Textuais - Notícia.pptx
Gêneros Textuais - Notícia.pptx
 
Aulão português
Aulão   portuguêsAulão   português
Aulão português
 
Política antiga e medieval aula - 3º ano
Política antiga e medieval   aula  - 3º anoPolítica antiga e medieval   aula  - 3º ano
Política antiga e medieval aula - 3º ano
 
Variação Linguística
Variação LinguísticaVariação Linguística
Variação Linguística
 
Figuras de linguagem
Figuras de linguagemFiguras de linguagem
Figuras de linguagem
 
Bioetica
BioeticaBioetica
Bioetica
 
Como fazer um Artigo Científico
Como fazer um Artigo CientíficoComo fazer um Artigo Científico
Como fazer um Artigo Científico
 
Palestra sobre psicografia
Palestra sobre psicografiaPalestra sobre psicografia
Palestra sobre psicografia
 
Pratica livro
Pratica livroPratica livro
Pratica livro
 
Coesão
CoesãoCoesão
Coesão
 
Metodologia do ensino
Metodologia do ensinoMetodologia do ensino
Metodologia do ensino
 
Reflexões sobre a aula de português
Reflexões sobre a aula de portuguêsReflexões sobre a aula de português
Reflexões sobre a aula de português
 
Projeto de Pesquisa
Projeto de PesquisaProjeto de Pesquisa
Projeto de Pesquisa
 
Monografia
MonografiaMonografia
Monografia
 
Romantismo prosa
Romantismo prosaRomantismo prosa
Romantismo prosa
 
Projeto de Pesquisa - ISEP
Projeto de Pesquisa -  ISEPProjeto de Pesquisa -  ISEP
Projeto de Pesquisa - ISEP
 
Erros dissertativo argumentativo
Erros dissertativo argumentativoErros dissertativo argumentativo
Erros dissertativo argumentativo
 
A estrutura do texto dissertativo
A estrutura do texto dissertativoA estrutura do texto dissertativo
A estrutura do texto dissertativo
 
Paráfrase
ParáfraseParáfrase
Paráfrase
 
Producao de texto_no_enem_pre_requisitos_e_temas_possiveis
Producao de texto_no_enem_pre_requisitos_e_temas_possiveisProducao de texto_no_enem_pre_requisitos_e_temas_possiveis
Producao de texto_no_enem_pre_requisitos_e_temas_possiveis
 

Último

PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 

Último (20)

PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 

Definição de poeta por Florbela Espanca

  • 1.
  • 2. Nasceu em Vila Viçosa, no final do ano de 1894 Põe fim à vida em 8 de Dezembro de 1930
  • 3. Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor! É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… É condensar o mundo num só grito! E é amar-te, assim, perdidamente… É seres alma e sangue e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente! (Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa»)
  • 4.
  • 5. Recurso Expressivo Exemplo Justificação Hipérbole «é ser maior do que os homens» O exagero surge para destacar a superioridade do poeta através da sua escrita. Comparação «Morder como quem beija» Comparação de um gesto agressivo, com outro, que é suplantado pela ternura de um beijo apenas porque se é poetisa.
  • 6. Recurso Expressivo Exemplo Justificação Metáfora «É ter cá dentro um astro que flameja» Os sentimentos dentro do peito do poeta surgem como um astro que o inflama. Enumeração «É seres alma e sangue e vida em mim» Apresentação daquilo que o objecto amado significa para a poetisa. Anáfora «É…É…É…» Ajuda a apresentação da definição.
  • 7.
  • 8. Ser poeta é ser mais alto, é ser maior a Do que os homens! Morder como quem beija! b É ser mendigo e dar como quem seja b Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! a É ter de mil desejos o esplendor a E não saber sequer que se deseja! b É ter cá dentro um astro que flameja, b É ter garras e asas de condor! a É ter fome, é ter sede de Infinito! c Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… d É condensar o mundo num só grito! c E é amar-te, assim, perdidamente… e É seres alma e sangue e vida em mim d E dizê-lo cantando a toda a gente! e
  • 9. Ser poeta é ser mais alto, é ser maior a Do que os homens! Morder como quem beija! b É ser mendigo e dar como quem seja b a- Interpolada Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! a É ter de mil desejos o esplendor a E não saber sequer que se deseja! b É ter cá dentro um astro que flameja, b b - Emparelhada É ter garras e asas de condor! a É ter fome, é ter sede de Infinito! c Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… d c /e - cruzadas É condensar o mundo num só grito! c E é amar-te, assim, perdidamente… e É seres alma e sangue e vida em mim d d - Interpolada E dizê-lo cantando a toda a gente! e