SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
Florbela Espanca Ser Poeta É…
Florbela Espanca Nasceu em Vila Viçosa, no final do ano de 1894 Põe fim à vida em 8 de Dezembro de 1930
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!   É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor!   É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… É condensar o mundo num só grito!   E é amar-te, assim, perdidamente… É seres alma e sangue e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente!  (Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa»)
Características do Texto Lírico ,[object Object]
«mim» (v. 13);
- Apresentação das opiniões da poetisa:
«Ser poeta é ser mais alto» (v. 1);
- Apresentação dos sentimentos da poetisa: «E é amar-te assim perdidamente» (v.  12)
Características do Texto Lírico ,[object Object],[object Object]
Estrutura Externa  ,[object Object]
- Versos maioritariamente decassílabos:
«Ser / poe / taé / ser / mais / al / toé / ser / mai/ or/

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lurdes Augusto
 
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAnabela Fernandes
 
Auto da Barca do Inferno
Auto da Barca do InfernoAuto da Barca do Inferno
Auto da Barca do InfernoCristina Seiça
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaSamuel Neves
 
teste-3-10f-gv-farsa-de-ines-pereira.docx
teste-3-10f-gv-farsa-de-ines-pereira.docxteste-3-10f-gv-farsa-de-ines-pereira.docx
teste-3-10f-gv-farsa-de-ines-pereira.docxIsabelVieira2093
 
Predicativo do complemento direto
Predicativo do complemento diretoPredicativo do complemento direto
Predicativo do complemento diretoquintaldasletras
 
Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de PortugalMensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de PortugalMaria Teixiera
 
Sílabas Métricas
Sílabas MétricasSílabas Métricas
Sílabas Métricas713773
 
Gigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os LusíadasGigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os LusíadasDina Baptista
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana SofiaJoana Azevedo
 
Características Poéticas de Álvaro de Campos
Características Poéticas de Álvaro de CamposCaracterísticas Poéticas de Álvaro de Campos
Características Poéticas de Álvaro de CamposDina Baptista
 
Eugénio de Andrade, Mário de Sá Carneiro
Eugénio de Andrade, Mário de Sá CarneiroEugénio de Andrade, Mário de Sá Carneiro
Eugénio de Andrade, Mário de Sá CarneiroRosário Cunha
 
Principais Temáticas de Alberto Caeiro
Principais Temáticas de Alberto CaeiroPrincipais Temáticas de Alberto Caeiro
Principais Temáticas de Alberto CaeiroDina Baptista
 

Mais procurados (20)

Ceifeira
CeifeiraCeifeira
Ceifeira
 
Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões
 
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
 
Auto da Barca do Inferno
Auto da Barca do InfernoAuto da Barca do Inferno
Auto da Barca do Inferno
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
 
teste-3-10f-gv-farsa-de-ines-pereira.docx
teste-3-10f-gv-farsa-de-ines-pereira.docxteste-3-10f-gv-farsa-de-ines-pereira.docx
teste-3-10f-gv-farsa-de-ines-pereira.docx
 
Predicativo do complemento direto
Predicativo do complemento diretoPredicativo do complemento direto
Predicativo do complemento direto
 
Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de PortugalMensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
 
Amor é fogo que arde
Amor é fogo que ardeAmor é fogo que arde
Amor é fogo que arde
 
A métrica e a rima
A métrica e a rimaA métrica e a rima
A métrica e a rima
 
A fragmentação do eu
A fragmentação do euA fragmentação do eu
A fragmentação do eu
 
Sílabas Métricas
Sílabas MétricasSílabas Métricas
Sílabas Métricas
 
Gigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os LusíadasGigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os Lusíadas
 
Swoosh 9 evaluation tests
Swoosh 9   evaluation testsSwoosh 9   evaluation tests
Swoosh 9 evaluation tests
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
 
Características Poéticas de Álvaro de Campos
Características Poéticas de Álvaro de CamposCaracterísticas Poéticas de Álvaro de Campos
Características Poéticas de Álvaro de Campos
 
Proposição
ProposiçãoProposição
Proposição
 
Recursos expressivos
Recursos expressivosRecursos expressivos
Recursos expressivos
 
Eugénio de Andrade, Mário de Sá Carneiro
Eugénio de Andrade, Mário de Sá CarneiroEugénio de Andrade, Mário de Sá Carneiro
Eugénio de Andrade, Mário de Sá Carneiro
 
Principais Temáticas de Alberto Caeiro
Principais Temáticas de Alberto CaeiroPrincipais Temáticas de Alberto Caeiro
Principais Temáticas de Alberto Caeiro
 

Destaque

Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela EspancaAna Tapadas
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela EspancaJosé Alves
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espancasin3stesia
 
Ser poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela EspancaSer poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela Espancaanocas_rita
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela EspancaAna Tapadas
 
Introdução texto poético
Introdução texto poéticoIntrodução texto poético
Introdução texto poéticoarmindaalmeida
 
Poesia do século XX - 1
Poesia do século XX - 1Poesia do século XX - 1
Poesia do século XX - 1Dina Baptista
 
Analise de poemas
Analise de poemasAnalise de poemas
Analise de poemasPaula CAA
 
Análise de poemas de Fernando Pessoa
Análise de poemas de Fernando PessoaAnálise de poemas de Fernando Pessoa
Análise de poemas de Fernando PessoaMargarida Rodrigues
 

Destaque (15)

Florbela Espanca
Florbela Espanca Florbela Espanca
Florbela Espanca
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Ser poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela EspancaSer poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela Espanca
 
Florbela espanca 2
Florbela espanca 2Florbela espanca 2
Florbela espanca 2
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Florbela Espanca e Miguel Torga
Florbela Espanca e Miguel TorgaFlorbela Espanca e Miguel Torga
Florbela Espanca e Miguel Torga
 
Poema amigo
Poema amigoPoema amigo
Poema amigo
 
Introdução texto poético
Introdução texto poéticoIntrodução texto poético
Introdução texto poético
 
Ser Poeta
Ser PoetaSer Poeta
Ser Poeta
 
Poesia do século XX - 1
Poesia do século XX - 1Poesia do século XX - 1
Poesia do século XX - 1
 
Análise de poemas
Análise de poemasAnálise de poemas
Análise de poemas
 
Analise de poemas
Analise de poemasAnalise de poemas
Analise de poemas
 
Análise de poemas de Fernando Pessoa
Análise de poemas de Fernando PessoaAnálise de poemas de Fernando Pessoa
Análise de poemas de Fernando Pessoa
 

Semelhante a O que é um poeta segundo Florbela Espanca

Semelhante a O que é um poeta segundo Florbela Espanca (20)

Modelo para análise dos poemas
Modelo para análise dos poemasModelo para análise dos poemas
Modelo para análise dos poemas
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Ser poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela EspancaSer poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela Espanca
 
Af5 fernanda bandeira-1
Af5 fernanda bandeira-1Af5 fernanda bandeira-1
Af5 fernanda bandeira-1
 
Af5 fernanda bandeira-2
Af5 fernanda bandeira-2Af5 fernanda bandeira-2
Af5 fernanda bandeira-2
 
Grandes pensadores
Grandes pensadoresGrandes pensadores
Grandes pensadores
 
Tipos de poesias
Tipos de poesiasTipos de poesias
Tipos de poesias
 
Tipos De Poesias
Tipos De PoesiasTipos De Poesias
Tipos De Poesias
 
P.point texto poético
P.point texto poéticoP.point texto poético
P.point texto poético
 
25 De Abril
25 De Abril25 De Abril
25 De Abril
 
25 de-abril-poemas
25 de-abril-poemas25 de-abril-poemas
25 de-abril-poemas
 
Dia mundial da poesia vf
Dia mundial da poesia vfDia mundial da poesia vf
Dia mundial da poesia vf
 
A poesia e os poetas
A poesia e os poetasA poesia e os poetas
A poesia e os poetas
 
Quero Ser Tambor, José Craveirinha
Quero Ser Tambor, José CraveirinhaQuero Ser Tambor, José Craveirinha
Quero Ser Tambor, José Craveirinha
 
Vaidade - Florbela Espanca
Vaidade - Florbela EspancaVaidade - Florbela Espanca
Vaidade - Florbela Espanca
 
Literatura portuguesa
Literatura portuguesaLiteratura portuguesa
Literatura portuguesa
 
O Trovadorismo
O Trovadorismo O Trovadorismo
O Trovadorismo
 
Conceito generos-e-poetica
Conceito generos-e-poeticaConceito generos-e-poetica
Conceito generos-e-poetica
 
I Juca Pirama - Gonçalves Dias
I   Juca Pirama - Gonçalves DiasI   Juca Pirama - Gonçalves Dias
I Juca Pirama - Gonçalves Dias
 
Parque dos poetas
Parque dos poetasParque dos poetas
Parque dos poetas
 

O que é um poeta segundo Florbela Espanca

  • 1. Florbela Espanca Ser Poeta É…
  • 2. Florbela Espanca Nasceu em Vila Viçosa, no final do ano de 1894 Põe fim à vida em 8 de Dezembro de 1930
  • 3. Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!   É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor!   É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… É condensar o mundo num só grito!   E é amar-te, assim, perdidamente… É seres alma e sangue e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente!  (Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa»)
  • 4.
  • 6. - Apresentação das opiniões da poetisa:
  • 7. «Ser poeta é ser mais alto» (v. 1);
  • 8. - Apresentação dos sentimentos da poetisa: «E é amar-te assim perdidamente» (v. 12)
  • 9.
  • 10.
  • 11. - Versos maioritariamente decassílabos:
  • 12. «Ser / poe / taé / ser / mais / al / toé / ser / mai/ or/
  • 13.
  • 14. Rima Ser poeta é ser mais alto, é ser maior a Do que os homens! Morder como quem beija! b É ser mendigo e dar como quem seja b a- Interpolada Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! a   É ter de mil desejos o esplendor a E não saber sequer que se deseja! b É ter cá dentro um astro que flameja, b b - Emparelhada É ter garras e asas de condor! a   É ter fome, é ter sede de Infinito! c Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… d c /e - cruzadas É condensar o mundo num só grito! c   E é amar-te, assim, perdidamente… e É seres alma e sangue e vida em mim d d - Interpolada E dizê-lo cantando a toda a gente! e
  • 15. Tema O que é um poeta.
  • 16. Assunto A poetisa Florbela Espanca tenta explicar o que é um poeta «É ter cá dentro um astro que flameja» (v. 7) e apresenta diversas definições. Depois conclui que é também amar uma pessoa «E é amar-te assim perdidamente» (v. 12)
  • 17. Trabalho realizado por: - Susana Anjo - Tiago Ferreira - Yana 9º D