SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
Trabalho realizado po
Pedro Pires Nº24 10º
• Florbela Espanca nasceu em Vila Viçosa, a 8 de
Dezembro de 1894, sendo baptizada, com o nome de
Flor Bela Lobo, como filha de Antónia da Conceição
Lobo e de pai incógnito.
• Aos sete anos de idade, Florbela escreve a sua primeira
poesia de que há conhecimento, «A Vida e a Morte», e o
primeiro soneto.
• Em 1906 Florbela aponta os primeiros sinais da sua
doença, a neurastenia (transtorno psicológico resultado
do enfraquecimento do sistema nervoso central,
culminando em desgaste físico e psicológico).
• Em 1917 Florbela acaba por se inscrever, em Outubro,
na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, o
que a obriga a mudar-se para Lisboa, onde começa a
contactar com a vida boémia.
• Teve vários casamentos mal sucedidos, dada a sua
instabilidade.
• Suicida-se a 8 de Dezembro de 1930, com 36 anos.
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e
cetim…
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em
mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
(Florbela Espanca, «Charneca em
Flor», in «Poesia Completa»)
• O poema é composto por 2 quadras e 2 tercetos (soneto).
• Esquema rimático: ABBA/ABBA/CDC/EDE.
• Possui 10 sílabas métricas. (“Ser/poe/taé/ser/mais/al/toé/ser/mai/or”)
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior (A)
Do que os homens! Morder como quem beija! (B)
É ser mendigo e dar como quem seja (B)
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! (A)
É ter de mil desejos o esplendor (A)
E não saber sequer que se deseja! (B)
É ter cá dentro um astro que flameja, (B)
É ter garras e asas de condor! (A)
É ter fome, é ter sede de Infinito! (C)
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… (D)
É condensar o mundo num só grito! (C)
E é amar-te, assim, perdidamente… (E)
É seres alma e sangue e vida em mim (D)
E dizê-lo cantando a toda a gente! (E)
• Hipérbole: “É ser maior do que os homens”
• Comparação: ”Morder como quem beija”
• Metáfora: “É ter cá dentro um astro que flameja”
• Enumeração: “É seres alma e sangue e vida em mim”
• Anáfora: “É…É…É”
• A poetisa define o que é um poeta.
“Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!”
Nesta estrofe, a poetisa eleva o poeta a uma figura superior à do
Homem comum (vv.1 e 2); Nos versos 3 e 4, esta transmite,
através da poesia, as experiências por que passou.
“É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!”
Nesta estrofe são exprimidos os sentimentos interiores do
Poeta – sendo estes intensos, irradiando luz própria (“É ter
cá dentro um astro que flameja”). Ao mesmo tempo,
quando é referida a figura de “condor” (uma ave de rapina),
concluímos que o Poeta não só é uma figura solitária,
como, ao mesmo tempo, tem o desejo de “voar mais alto”,
de buscar novas sensações.
“É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…
É condensar o mundo num só grito!”
Neste terceto é demonstrada a busca constante de
sensações e experiências, tendo o “poder” de as juntar
num só poema.
“E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!”
O Poeta conclui, nesta estrofe, o valor que a poesia tem
para si, e a vontade que tem de a partilhar com os outros.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Heteronimo Alberto Caeiro
Heteronimo Alberto CaeiroHeteronimo Alberto Caeiro
Heteronimo Alberto CaeiroPedro Martins
 
Miguel Torga - Poemas
Miguel Torga - PoemasMiguel Torga - Poemas
Miguel Torga - PoemasAna Tapadas
 
Fernando Pessoa Ortónimo
Fernando Pessoa Ortónimo Fernando Pessoa Ortónimo
Fernando Pessoa Ortónimo nanasimao
 
A poesia lírica de luís vaz de camões
A poesia lírica de luís vaz de camõesA poesia lírica de luís vaz de camões
A poesia lírica de luís vaz de camõesma.no.el.ne.ves
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analisekeve semedo
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoafromgaliza
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana SofiaJoana Azevedo
 
Fernando Pessoa Heterónimos
Fernando Pessoa   HeterónimosFernando Pessoa   Heterónimos
Fernando Pessoa HeterónimosESVieira do Minho
 
Características de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de CamposCaracterísticas de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de CamposAline Araújo
 
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos Ricardo Amaral
 
Álvaro de Campos
Álvaro de CamposÁlvaro de Campos
Álvaro de CamposAna Isabel
 

Mais procurados (20)

Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoa
 
Miguel torga
Miguel torgaMiguel torga
Miguel torga
 
áLvaro de campos
áLvaro de camposáLvaro de campos
áLvaro de campos
 
Heteronimo Alberto Caeiro
Heteronimo Alberto CaeiroHeteronimo Alberto Caeiro
Heteronimo Alberto Caeiro
 
Miguel Torga - Poemas
Miguel Torga - PoemasMiguel Torga - Poemas
Miguel Torga - Poemas
 
Ser poeta é
Ser poeta éSer poeta é
Ser poeta é
 
Fernando Pessoa Ortónimo
Fernando Pessoa Ortónimo Fernando Pessoa Ortónimo
Fernando Pessoa Ortónimo
 
A poesia lírica de luís vaz de camões
A poesia lírica de luís vaz de camõesA poesia lírica de luís vaz de camões
A poesia lírica de luís vaz de camões
 
Ceifeira
CeifeiraCeifeira
Ceifeira
 
Cristalizacoes
CristalizacoesCristalizacoes
Cristalizacoes
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analise
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoa
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
 
Fernando Pessoa Heterónimos
Fernando Pessoa   HeterónimosFernando Pessoa   Heterónimos
Fernando Pessoa Heterónimos
 
Os Maias - análise
Os Maias - análiseOs Maias - análise
Os Maias - análise
 
Características de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de CamposCaracterísticas de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de Campos
 
A métrica e a rima
A métrica e a rimaA métrica e a rima
A métrica e a rima
 
Ricardo reis
Ricardo reisRicardo reis
Ricardo reis
 
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
 
Álvaro de Campos
Álvaro de CamposÁlvaro de Campos
Álvaro de Campos
 

Destaque

Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela EspancaAna Tapadas
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela EspancaAna Tapadas
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela EspancaJosé Alves
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espancasin3stesia
 
Where is the Wisdom we lost in knowledge: security issues and human relation...
Where is the Wisdom we lost in knowledge: security issues and human relation...Where is the Wisdom we lost in knowledge: security issues and human relation...
Where is the Wisdom we lost in knowledge: security issues and human relation...Luis Borges Gouveia
 
Florbela Espanca (DADOS BIOGRÁFICOS)
Florbela Espanca  (DADOS BIOGRÁFICOS)Florbela Espanca  (DADOS BIOGRÁFICOS)
Florbela Espanca (DADOS BIOGRÁFICOS)Pibid-Letras Córdula
 
Poema i am an oak tree (sou uma árvore de carvalho)
Poema   i am an oak tree (sou uma árvore de carvalho)Poema   i am an oak tree (sou uma árvore de carvalho)
Poema i am an oak tree (sou uma árvore de carvalho)Gustavo Paz
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela EspancaGina Vidal
 
Entre flores e claustros as poéticas de Florbela Espanca e Rosalía de Castro
Entre flores e claustros as poéticas de Florbela Espanca e Rosalía de CastroEntre flores e claustros as poéticas de Florbela Espanca e Rosalía de Castro
Entre flores e claustros as poéticas de Florbela Espanca e Rosalía de CastroRenata Bomfim
 
A poesia de tomás antônio gonzaga
A poesia de tomás antônio gonzagaA poesia de tomás antônio gonzaga
A poesia de tomás antônio gonzagama.no.el.ne.ves
 
History Of Portugal
History Of PortugalHistory Of Portugal
History Of PortugalKT12
 
Fanatismo - Florbela Espanca
Fanatismo - Florbela EspancaFanatismo - Florbela Espanca
Fanatismo - Florbela EspancaMima Badan
 

Destaque (20)

Florbela espanca 2
Florbela espanca 2Florbela espanca 2
Florbela espanca 2
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Florbela Espanca
Florbela Espanca Florbela Espanca
Florbela Espanca
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Florbela espanca
Florbela espancaFlorbela espanca
Florbela espanca
 
68ª cipm 07 07 - 2014
68ª cipm  07 07 - 201468ª cipm  07 07 - 2014
68ª cipm 07 07 - 2014
 
Where is the Wisdom we lost in knowledge: security issues and human relation...
Where is the Wisdom we lost in knowledge: security issues and human relation...Where is the Wisdom we lost in knowledge: security issues and human relation...
Where is the Wisdom we lost in knowledge: security issues and human relation...
 
Pensamentos
PensamentosPensamentos
Pensamentos
 
8 de março
8 de março8 de março
8 de março
 
Florbela Espanca (DADOS BIOGRÁFICOS)
Florbela Espanca  (DADOS BIOGRÁFICOS)Florbela Espanca  (DADOS BIOGRÁFICOS)
Florbela Espanca (DADOS BIOGRÁFICOS)
 
Poema i am an oak tree (sou uma árvore de carvalho)
Poema   i am an oak tree (sou uma árvore de carvalho)Poema   i am an oak tree (sou uma árvore de carvalho)
Poema i am an oak tree (sou uma árvore de carvalho)
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Entre flores e claustros as poéticas de Florbela Espanca e Rosalía de Castro
Entre flores e claustros as poéticas de Florbela Espanca e Rosalía de CastroEntre flores e claustros as poéticas de Florbela Espanca e Rosalía de Castro
Entre flores e claustros as poéticas de Florbela Espanca e Rosalía de Castro
 
Cláudio manuel da costa
Cláudio manuel da costaCláudio manuel da costa
Cláudio manuel da costa
 
A poesia de tomás antônio gonzaga
A poesia de tomás antônio gonzagaA poesia de tomás antônio gonzaga
A poesia de tomás antônio gonzaga
 
History Of Portugal
History Of PortugalHistory Of Portugal
History Of Portugal
 
Fanatismo - Florbela Espanca
Fanatismo - Florbela EspancaFanatismo - Florbela Espanca
Fanatismo - Florbela Espanca
 
I1 a07alcroeweylferna
I1 a07alcroeweylfernaI1 a07alcroeweylferna
I1 a07alcroeweylferna
 

Semelhante a Florbela Espanca poema

Introdução texto poético
Introdução texto poéticoIntrodução texto poético
Introdução texto poéticoarmindaalmeida
 
Vaidade - Florbela Espanca
Vaidade - Florbela EspancaVaidade - Florbela Espanca
Vaidade - Florbela EspancaMima Badan
 
Ser poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela EspancaSer poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela EspancaMima Badan
 
Grandes pensadores
Grandes pensadoresGrandes pensadores
Grandes pensadorespatricia790
 
ROMANTISMO
ROMANTISMOROMANTISMO
ROMANTISMODiego
 
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptxModernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptxLUCELIOFERREIRADASIL
 
Ser Poeta
Ser PoetaSer Poeta
Ser PoetaJNR
 
Pdf reportagem sobre florbela espanca folha sp
Pdf reportagem sobre florbela espanca folha spPdf reportagem sobre florbela espanca folha sp
Pdf reportagem sobre florbela espanca folha spRenata Bomfim
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptx
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptxslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptx
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptxGANHADODINHEIRO
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptMnicaOliveira567571
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptaldair55
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptEdilmaBrando1
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptWandersonBarros16
 
Gêneros literários 2
Gêneros literários 2Gêneros literários 2
Gêneros literários 2juliolimampu
 
Tipos De Poesias
Tipos De PoesiasTipos De Poesias
Tipos De Poesiasklauddia
 

Semelhante a Florbela Espanca poema (20)

Introdução texto poético
Introdução texto poéticoIntrodução texto poético
Introdução texto poético
 
Modelo para análise dos poemas
Modelo para análise dos poemasModelo para análise dos poemas
Modelo para análise dos poemas
 
Af5 fernanda bandeira-2
Af5 fernanda bandeira-2Af5 fernanda bandeira-2
Af5 fernanda bandeira-2
 
Af5 fernanda bandeira-1
Af5 fernanda bandeira-1Af5 fernanda bandeira-1
Af5 fernanda bandeira-1
 
Vaidade - Florbela Espanca
Vaidade - Florbela EspancaVaidade - Florbela Espanca
Vaidade - Florbela Espanca
 
Generos literarios
Generos literariosGeneros literarios
Generos literarios
 
Ser poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela EspancaSer poeta - Florbela Espanca
Ser poeta - Florbela Espanca
 
Grandes pensadores
Grandes pensadoresGrandes pensadores
Grandes pensadores
 
ROMANTISMO
ROMANTISMOROMANTISMO
ROMANTISMO
 
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptxModernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
 
Ser Poeta
Ser PoetaSer Poeta
Ser Poeta
 
Pdf reportagem sobre florbela espanca folha sp
Pdf reportagem sobre florbela espanca folha spPdf reportagem sobre florbela espanca folha sp
Pdf reportagem sobre florbela espanca folha sp
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptx
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptxslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptx
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptx
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.ppt
 
Gêneros literários 2
Gêneros literários 2Gêneros literários 2
Gêneros literários 2
 
Tipos De Poesias
Tipos De PoesiasTipos De Poesias
Tipos De Poesias
 
Generros literarios-2
Generros literarios-2Generros literarios-2
Generros literarios-2
 

Último

11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 

Último (20)

11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 

Florbela Espanca poema

  • 1. Trabalho realizado po Pedro Pires Nº24 10º
  • 2. • Florbela Espanca nasceu em Vila Viçosa, a 8 de Dezembro de 1894, sendo baptizada, com o nome de Flor Bela Lobo, como filha de Antónia da Conceição Lobo e de pai incógnito. • Aos sete anos de idade, Florbela escreve a sua primeira poesia de que há conhecimento, «A Vida e a Morte», e o primeiro soneto. • Em 1906 Florbela aponta os primeiros sinais da sua doença, a neurastenia (transtorno psicológico resultado do enfraquecimento do sistema nervoso central, culminando em desgaste físico e psicológico).
  • 3. • Em 1917 Florbela acaba por se inscrever, em Outubro, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, o que a obriga a mudar-se para Lisboa, onde começa a contactar com a vida boémia. • Teve vários casamentos mal sucedidos, dada a sua instabilidade. • Suicida-se a 8 de Dezembro de 1930, com 36 anos.
  • 4. Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor! É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… É condensar o mundo num só grito! E é amar-te, assim, perdidamente… É seres alma e sangue e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente! (Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa»)
  • 5. • O poema é composto por 2 quadras e 2 tercetos (soneto). • Esquema rimático: ABBA/ABBA/CDC/EDE. • Possui 10 sílabas métricas. (“Ser/poe/taé/ser/mais/al/toé/ser/mai/or”) Ser poeta é ser mais alto, é ser maior (A) Do que os homens! Morder como quem beija! (B) É ser mendigo e dar como quem seja (B) Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! (A) É ter de mil desejos o esplendor (A) E não saber sequer que se deseja! (B) É ter cá dentro um astro que flameja, (B) É ter garras e asas de condor! (A) É ter fome, é ter sede de Infinito! (C) Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… (D) É condensar o mundo num só grito! (C) E é amar-te, assim, perdidamente… (E) É seres alma e sangue e vida em mim (D) E dizê-lo cantando a toda a gente! (E)
  • 6. • Hipérbole: “É ser maior do que os homens” • Comparação: ”Morder como quem beija” • Metáfora: “É ter cá dentro um astro que flameja” • Enumeração: “É seres alma e sangue e vida em mim” • Anáfora: “É…É…É”
  • 7. • A poetisa define o que é um poeta. “Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!” Nesta estrofe, a poetisa eleva o poeta a uma figura superior à do Homem comum (vv.1 e 2); Nos versos 3 e 4, esta transmite, através da poesia, as experiências por que passou.
  • 8. “É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor!” Nesta estrofe são exprimidos os sentimentos interiores do Poeta – sendo estes intensos, irradiando luz própria (“É ter cá dentro um astro que flameja”). Ao mesmo tempo, quando é referida a figura de “condor” (uma ave de rapina), concluímos que o Poeta não só é uma figura solitária, como, ao mesmo tempo, tem o desejo de “voar mais alto”, de buscar novas sensações.
  • 9. “É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… É condensar o mundo num só grito!” Neste terceto é demonstrada a busca constante de sensações e experiências, tendo o “poder” de as juntar num só poema.
  • 10. “E é amar-te, assim, perdidamente… É seres alma e sangue e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente!” O Poeta conclui, nesta estrofe, o valor que a poesia tem para si, e a vontade que tem de a partilhar com os outros.