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METODOLOGIAS ATIVAS DE APRENDIZAGEM 
APLICADAS EM CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM 
SEGURANÇA DO TRABALHO 
Marcos Bella Cruz Silva 
marcos.cruz@rj.senac.br 
SENAC RIO 
Rosana Ravaglia 
rosana.ravaglia@aedb.br 
AEDB e UniFOA/MECSMA 
RESUMO 
A educação profissional, um tanto esquecida nas décadas passadas, ressurge de forma aquecida nos 
últimos anos. Muito, em função da necessidade urgente de uma mão de obra qualificada, treinada e 
capacitada, para fazer frente a uma demanda, sinalizada pelo mercado. Este imperativo reflete um 
pleito do mundo do trabalho, em diversos segmentos da indústria, sempre à busca de um 
profissional, ético, ativo, convergente, e multifuncional. Para tal, é importante a revisão contínua de 
práticas metodológicas tradicionais; mesclando com novas diretrizes pedagógicas, além de uma 
transformação radical de paradigmas na formação docente. Dentro deste contexto, será abordada a 
dinâmica utilizada na relação ensino – aprendizagem, em um curso profissional, de ensino médio, 
denominado Técnico de Segurança do Trabalho. A unidade curricular inserida na discussão é 
chamada de Saúde Ocupacional com carga horária de oitenta horas. Serão abordadas algumas 
estratégias dentro de sala de aula que propiciaram um ambiente adequado para o desenvolvimento 
de atividades de aprendizagem ativa, baseadas em prática docente aplicada especialmente para este 
segmento profissional. 
Palavras-Chave: Metodologias ativas; Educação Profissional; processo ensino-aprendizagem. 
1. INTRODUÇÃO 
O homem contemporâneo inserido dentro uma sociedade democrática e plural tem a 
oportunidade de ocupar espaço de atuação, possuir acesso ao conhecimento, além de emitir 
opiniões ou questionamentos a cerca dos mais variados assuntos. O ser humano é singular, 
quer em sua vida interior, quer em suas percepções e avaliações do mundo. A pessoa humana é 
considerada em processo contínuo de descoberta de seu próprio ser. 
O Conhecimento, segundo Mizukami (1986) é uma experiência pessoal e subjetiva, 
sobre o qual o conhecimento é construído, no decorrer do processo de crescimento do ser. 
Conforme assinala Piaget (apud MIZUKAMI, 1986) O conhecimento humano é 
essencialmente ativo. Conhecer um objeto é agir sobre e transformá-lo, aprendendo os 
mecanismos desta transformação vinculados com as ações transformadoras (pg. 30). 
Portanto, conhecer é assimilar o real às estruturas de transformações quando o 
prolongamento direto da ação são estruturas elaboradas pela inteligência.
IX SIMPED – Simpósio Pedagógico e Pesquisas em Educação - 2014 
2 
O ato de ensinar antes de tudo deve estar centrado no conhecimento da condição 
humana, inseri-lo no universo, além de possibilitar fluxo de conhecimentos capaz de iluminar 
questionamentos atávicos que acompanham o ser humano em sua caminhada. “Quem somos”? 
“Onde estamos”, “De onde viemos”, “Para onde vamos”? 
Neste século XXI é de fundamental importância que os cidadãos possam ter 
disponibilidade e acesso as ferramentas do conhecimento. São condições básicas e necessárias 
para uma melhor compreensão do mundo atual, norteado pela era das telecomunicações, da 
informação, da internet. 
De acordo com Vernadski (apud MORIN, 2000), (...) o homem compreendeu 
realmente que é um habitante do planeta, talvez, deva pensar, agir sob novo aspecto, não 
somente pela perspectiva do indivíduo, da família ou gênero, do Estado ou grupo de Estados, 
porém também sob o aspecto planetário (pg. 63). 
Na ótica do conhecimento vertical, ensinar é como um rio em maré cheia. Para 
transbordar em todas as direções é necessário captar; armazenar e sobrepor os limites impostos 
(o que ensina) rumo à corredeira de seus afluentes (o que aprende). O ciclo natural em sua fase 
final impele ao receptor final do conhecimento adquirido partilhar o novo aprendizado com o 
próximo. 
Ao término deste ciclo contínuo e generoso cabe a lembrança da citação de Heráclito 
de Efeso (540 – 480 a.c): - Nas etapas subsequentes do processo. “O rio não será mais o 
mesmo rio e o homem não mais o mesmo homem”. 
A educação e o conhecimento têm poder transformador, à medida que remete para 
frente em direção a um futuro que abre possibilidades e esperanças na promoção integral do 
ser. 
Dentro desta perspectiva a metodologia de aprendizagem ativa, aplicado ao ensino 
profissional, vem de encontro às novas mudanças, as recentes relações interpessoais, ao novo 
formato de pirâmide que permite um equilíbrio maior entre os atores envolvidos na nova 
interrelação ensino – aprendizagem; referimos à: aprendizes, instrutores e sociedade. 
A inquietude natural do mundo contemporâneo, o contexto socioeconômico, as novas 
mídias e tecnologias, pressupõem profissionais com formação capaz de responder as 
expectativas do mercado, cada vez mais exigente e competitivo. 
2. APRENDIZAGEM ATIVA 
Nesta modalidade, o aluno tem papel central no processo de ensino. A atitude do 
professor deve ser no intuito de criar ferramentas e juntamente com os alunos, propiciar um 
ambiente saudável e instigante à aprendizagem. 
Conforme preconiza Bilkstein (apud BARBOSA, MOURA, 2014) 
[...] o grande potencial de aprendizagem que é desperdiçado em 
nossas escolas, diária e sistematicamente, em nome de ideias educacionais. 
obsoletas. [...] É uma tragédia ver, a cada dia, milhares de 
alunos sendo convencidos de que são incapazes e pouco inteligentes 
simplesmente porque não conseguem se adaptar a um sistema equivocado (pg. 1) 
A necessidade de mudanças impostas pelo contínuo desenvolvimento da sociedade, em 
todas suas vertentes, clama também por modificações nas ferramentas utilizadas na escola 
tradicional, A opção pelo uso de estratégias para resolução de determinadas tarefas, em 
detrimento, apenas a utilização de técnicas específicas.
IX SIMPED – Simpósio Pedagógico e Pesquisas em Educação - 2014 
3 
A primeira está associada a operações baseado em um conjunto de regras que 
possibilitam decisões a cada momento. Enquanto o segundo termo, mais afeito a habilidade 
especial em executar uma determinada tarefa. 
Miller (apud BARBOSA, MOURA, 2014), vislumbra uma transformação na relação 
ensino – aprendizagem, em nossas escolas, para este século, onde a aprendizagem ativa estará 
cada vez mais presente na realidade escolar em um contexto educacional para este século, 
Caldwell (apud BARBOSA, MOURA, 2014) intui modificações estruturais na escola, 
com reflexos expressivos nas atividades precípuas em uma instituição de ensino. Dentre estas 
diretrizes, pode ser citada, a solução de problemas, possibilidades de vivências de capacitação 
para uma melhor fixação da aprendizagem. 
Bonwell, Eison (apud BARBOSA, MOURA, 2014), apontam algumas estratégias para 
propiciar um ambiente, onde possa ser desenvolvidas atividades de aprendizagem ativa, dentre 
estas podemos citar: 
- Apresentar temas específicos do segmento profissional 
- Trabalhos em equipe 
- Proposição de estudos de caso direcionados aos interesses profissionais. 
- Discussão de temas atuais 
- Resolução de problemas, com enfoque prevencionista (*) 
- Trabalho com mapas e layouts. 
- Simulação de situações reais, utilizando ferramentas disponíveis. 
- Utilização de novas mídias. 
Conforme, Goldberg (2012) são citadas sete habilidades básicas pouco desenvolvidas 
pelos jovens, futuros profissionais inseridos no mundo do trabalho. 
(1) Fazer boas perguntas 
(2) Nomear objetos tecnológicos 
(3) Modelar qualitativamente processos e sistemas 
(4) Decompor problemas complexos em situações de menor dificuldade. 
(5) Coletar dados para análise 
(6) Visualizar soluções e gerar novas ideias 
(7) Comunicar soluções de forma oral e por escrito 
A ausência do preenchimento dessas e outras lacunas observadas na formação 
acadêmica desses alunos, principalmente no ensino fundamental e médio, sugerem 
metodologias que possam suprir exigências impostas pelos novos anseios do mundo do 
trabalho. 
3. METODOLOGIA 
O técnico em Segurança do Trabalho é o profissional envolvido no planejamento, 
elaboração e implementação de uma política de gestão, nas áreas de saúde, meio ambiente e 
segurança (SMS) em uma empresa.
IX SIMPED – Simpósio Pedagógico e Pesquisas em Educação - 2014 
4 
Promovendo ações prevencionistas, seja de caráter educacional ou no tocante a 
capacitação e treinamento. 
O Projeto Pedagógico do Curso, técnico, em nível médio, em Segurança do Trabalho, 
na forma de oferta, concomitante ou subsequente, oferecida pela instituição de ensino 
profissional, apresenta as seguintes características. 
Como competência de perfil, este profissional deve apresentar conhecimentos que o 
capacite a mapear as condições de saúde e higiene ocupacional de uma empresa, como também 
identificar variáveis de controle que interfiram na saúde, na qualidade de vida e meio ambiente, 
de acordo com as legislações vigentes. 
Deve ser capaz de elaborar relatórios de riscos ambientais, segundo as Normas 
Regulamentadoras (NR); estar apto a responder questionamentos referentes a processos de 
perícia, auditorias e fiscalizações, através de gestão de documentos relativos à saúde e 
segurança do trabalho. 
É um profissional com perspectivas de uma formação sólida, capaz de participar de 
uma gestão integrada na área em que converge, saúde, segurança e meio ambiente. 
A estrutura curricular do curso apresenta características bastante favoráveis à 
realização dos trabalhos utilizando o método de aprendizagem ativa. 
As unidades curriculares são roteirizadas, com material tanto para o professor, como 
para o aluno, possibilitando assim uma formação homogênea deste profissional, em qualquer 
unidade que venha a estudar, nesta instituição. 
O profissional técnico de segurança do trabalho possui um espectro abrangente de 
atuação, aproximadamente vinte segmentos das diversos tipos da indústria e comércio. 
É importante salientar que em suas atividades profissionais nas empresas, estes alunos, 
em algumas ocasiões, deverão desenvolver papel de protagonista, participarão de processos de 
gestão integrada ou atuarão como lideres de unidades, e para tal, é necessário o domínio de 
outros saberes, que não apenas, os específicos. 
A configuração do curso apresenta um conjunto de módulos com unidades curriculares 
bastante aderentes a ao seu grupo principal, como também proporciona uma interrelação e um 
fluxo contínuo, muito enriquecedor entre os saberes envolvidos. 
Os módulos, além de Saúde e Higiene Ocupacional abrangem análise e avaliação de 
riscos; tecnologia de produção e processos; perícia, auditoria e fiscalização, ações necessárias 
em segurança do trabalho, além de gestão integrada, que aborda, além de segurança, saúde e 
meio ambiente. 
Cabe acrescentar, que a roteirização das unidades curriculares, não impedem, tanto o 
docente quanto aos aprendizes, de prestar contribuições, no que se referem as suas 
experiências, seja de caráter pessoal, quanto profissional. 
Os limites de aplicação das ferramentas propostas para este trabalho têm como limites 
as seguintes condições; 
- Módulo: Saúde e Higiene Ocupacional 
- Unidade Curricular: Saúde Ocupacional 
- Carga horária: 80h (divididos em 20 encontros de 04 horas) 
4. AÇÃO DOCENTE 
A turma tem 20 alunos matriculados e a experiência profissional é bastante variada, 
alguns trabalhando em montadoras automotivas da região, outros em segmento comercial, um
IX SIMPED – Simpósio Pedagógico e Pesquisas em Educação - 2014 
5 
percentual considerável de profissionais em busca de novas oportunidades, presença também 
de jovens, principalmente, oriundos do programa do governo federal denominada Programa 
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), sem nenhuma experiência 
anterior. Cabe salientar que esta instituição também possui outras modalidades de bolsa de 
estudos, acessíveis a todos os interessados. 
Dentre as estratégias adequadas ao desenvolvimento das metodologias ativas, 
apontadas por Bonwell, Eison (apud BARBOSA, MOURA, 2014), está aquela que enaltece a 
importância de apresentar temas específicos do segmento profissional. 
A experiência em sala de aula aponta primeiramente para uma dificuldade acentuada, na 
leitura, entendimento e síntese do assunto em questão, além da exposição desta compreensão, 
seja de forma verbal ou oral. 
No intuito de trabalhar esta deficiência dentro das estratégias da metodologia ativa, 
lembrando também ser esta uma turma bastante heterogênea, foi sugerido no segundo 
encontro, uma atividade com texto específico sobre segurança do trabalho. 
Após um tempo para leitura, foram direcionados, pelo docente, aqueles alunos que 
pudessem manter uma analogia entre o assunto do texto abordado e suas experiências 
profissionais, para tal, foram convidados a apresentar oralmente. 
Em um segundo momento, aqueles alunos, sem vivência em indústrias, também foram 
também incentivados a expor suas observações, tão somente, quanto suas vivências pessoais 
do cotidiano. 
Este texto, praticamente, foi o primeiro contato destes alunos, com as questões de 
segurança do trabalho. 
Dentre os conceitos básicos de segurança do trabalho, encontram-se quatro pilares; 
antecipação; reconhecimento; avaliação e controle. 
Portanto o conceito de risco / perigo que oferece um botijão caseiro, quando em 
condições não aceitáveis de segurança, pode ser entendido, a princípio por qualquer aluno, em 
virtude de sua proximidade com esta realidade, como também pode ser trabalhado o conceito 
dos quatro pilares, citados no parágrafo. 
Este mesmo conceito de risco / perigo, aplicado na atividade anterior pode também ser 
explicitado, como a presença de um cilindro de gás, seja em um laboratório industrial, como 
em um setor de solda de uma montadora, ou diversas outras formas de similaridade com o 
cenário abordado. 
A continuidade das ações em aprendizagem ativa, no encontro seguinte, saiu do eixo 
técnico, para uma atividade administrativa. Os alunos em grupos foram convidados a pesquisar 
na internet, as principais empresas, alguns preços de fornecedoras de gás para indústrias. 
É importante lembrar, que está será uma atividade usual em sua atuação profissional 
dentro de uma empresa, no sentido de dar subsídios a gerencia de compras, quando da 
necessidade de material específico. 
Em outro encontro, também relativo a esta unidade curricular, foi enviado 
antecipadamente uma mensagem de texto, para o grupo da turma, criado na rede social, 
facebook, informando a necessidade de um acompanhamento de determinado setor, no tocante 
à medidas denominadas de “Stress Térmico.” 
Independente de ser um conhecimento novo foi criado uma oportunidade, fora do 
contexto da escola, para que individualmente, pudessem desenvolver o sagrado direito da 
busca da informação, dentro dos limites de interesse e curiosidade de cada um.
IX SIMPED – Simpósio Pedagógico e Pesquisas em Educação - 2014 
6 
A experiência docente demonstra que em algumas situações, a antecipação dos 
conteúdos a serem aplicados em um encontro posterior é sinônimo de aula em ritmo e cadencia 
de interesse. 
Na atividade relatada acima, foram apresentados, primeiramente os conceitos básicos 
de calor, em seguida, o instrumental utilizado neste monitoramento, que são termômetro de 
globo e termômetro de bulbo úmido natural e finalmente a metodologia de das medições. 
Posteriormente, foi solicitado, para que em grupo, tivessem um primeiro contato, com 
a Norma Regulamentadora (NR 15), denominada, Atividades e Operações Insalubres, onde em 
seu Anexo III, constam as diretrizes necessárias ao desenvolvimento do cálculo de limites de 
tolerância à exposição de calor. 
Assim, para um mesmo foco de interesse, neste caso, medidas de stress térmico, foram 
utilizadas algumas ferramentas de estratégias aprendizagem ativa, porém alternando-as de 
acordo com as necessidades impostas pelas especificidades do contexto. 
Outra prática desenvolvida com esta turma, dentro do escopo à que este trabalho se 
propõe, foi o ensino, de maneira dialogada, do procedimento de medida de ruído. 
O instrumento adequado para realização das medidas de ruído é o chamado 
decibelímetro. Conforme, Norma Regulamentadora (NR 15), denominada Atividades e 
Operações Insalubres, em seu Anexo III; indicado para medir em decibéis, ruídos de impacto, 
contínuo ou intermitente. 
Como a unidade da instituição não dispunha deste instrumento, em condições de uso, 
optou-se pelo monitoramento através de um aplicativo para smartfone chamado decibelímetro. 
Inicialmente os grupos foram divididos e receberam a incumbência de preparar um 
desenho do local. Cada grupo foi responsável por determinado andar e setores. 
Desta forma, o trabalho foi executado, os resultados foram analisados, discutidos e 
apresentados. 
Naturalmente foram observados os limites de restrições que a legislação pertinente 
impõe quanto aceitabilidade, a confiabilidade e a viabilidade desta possibilidade de 
monitoramento. 
5. CONSIDERAÇÕES 
O cenário, acima descrito corresponderia em uma atividade com contexto industrial; 
medidas de tendência de comportamento; estimativas; ordem de grandeza. 
Trilhando os generosos caminhos descortinados por Paulo Freire, que em toda sua obra 
valoriza o diálogo, desmistifica a realidade e a coloca em prática. 
Através da chamada educação libertadora; não restringe o contexto problematizado em 
mero entrave ao fluxo natural, porém transforma os conflitos surgidos em alimento permanente 
para sua realização. 
A presença do docente, instrutor, dentro deste processo foi primeiramente preparar um 
ambiente de confiança, respeito, onde todos pudessem contribuir com suas experiências e ao 
mesmo tempo absorver os saberes do outro. Contribuiu com sua experiência em diversos 
segmentos abordados, dentro das seguintes palavras chave: riscos e perigo em ambiente de 
trabalho; insalubridade e periculosidade; monitoramento instrumental. Da mesma forma atuou 
como um orientador deste processo, pontuando em algumas situações, direcionando e 
colimando o fluxo abrangente de ideias, com intuito de convergi-las. Em outras oportunidades, 
agiu como aquele que também está aberto a novos aprendizados, especialmente nos aspectos
IX SIMPED – Simpósio Pedagógico e Pesquisas em Educação - 2014 
7 
práticos, com aqueles discentes que vivenciam o seu cotidiano profissional em áreas 
específicas. 
A adoção de estratégias de metodologia ativa, conforme acima exemplificados, através 
do incentivo a utilização de estudos de caso, a proposição de problematizações, sempre com o 
nicho prevencionista, a simulação de situações mais próximas do real, a apresentação dos 
produtos gerados, ora individualmente, em outras oportunidades, em grupos, sugere que o 
somatório das contribuições nas diferentes dimensões, contribui de maneira importante para o 
entendimento de todo o grupo. 
Desta forma, percorrendo os caminhos de um Projeto Pedagógico do Curso (PPC) 
consistente; o comprometimento, a satisfação, a vibração, a experiência do professor; o 
ambiente propício, e acolhedor, caminhem em direção ao aluno, atividade fim deste projeto. 
Facultando-lhe a possibilidade de uma transformação integral como homem, além de 
lhe propor ferramentas que os acompanharão para sempre em sua vida profissional; a tríade do 
fazer: o que fazer; como fazer; porque fazer. 
6. REFERÊNCIAS 
MIZUKAMI, M. G. N. ENSINO: As abordagens do processo. São Paulo: EPU. 1986. 
BARBOSA, E. F. & MOURA, D. G. Metodologias ativas de aprendizagem no ensino de engenharia. XIII 
International Conference on Engineering and Technology Education – INTERTECH 2014, Portugal, 
março/2014 - http://www.copec.org.br/intertech2014/. 
BLIKSTEIN, P. O mito do mau aluno e porque o Brasil pode ser o líder mundial de uma revolução 
educacional. 2012. Disponível em: http://www.blikstein.com/paulo/documents/books/Blikstein- 
Brasil_pode_ser_lider_mundial_em_educacao.pdf, Acesso: 30 de junho de 2014. 
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 4ª Edição. São Paulo: CORTEZ EDITORA, 
2001. 
GOLDBERG, D. E., The Missing Basics & Other Philosophical Reflections for the Transformation of 
Engineering Education, in PhilSciArchive. Disponível em: http://philsci-archive.pitt.edu/4551/ Acesso: 30 de 
junho de 2012.

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  • 1. METODOLOGIAS ATIVAS DE APRENDIZAGEM APLICADAS EM CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM SEGURANÇA DO TRABALHO Marcos Bella Cruz Silva marcos.cruz@rj.senac.br SENAC RIO Rosana Ravaglia rosana.ravaglia@aedb.br AEDB e UniFOA/MECSMA RESUMO A educação profissional, um tanto esquecida nas décadas passadas, ressurge de forma aquecida nos últimos anos. Muito, em função da necessidade urgente de uma mão de obra qualificada, treinada e capacitada, para fazer frente a uma demanda, sinalizada pelo mercado. Este imperativo reflete um pleito do mundo do trabalho, em diversos segmentos da indústria, sempre à busca de um profissional, ético, ativo, convergente, e multifuncional. Para tal, é importante a revisão contínua de práticas metodológicas tradicionais; mesclando com novas diretrizes pedagógicas, além de uma transformação radical de paradigmas na formação docente. Dentro deste contexto, será abordada a dinâmica utilizada na relação ensino – aprendizagem, em um curso profissional, de ensino médio, denominado Técnico de Segurança do Trabalho. A unidade curricular inserida na discussão é chamada de Saúde Ocupacional com carga horária de oitenta horas. Serão abordadas algumas estratégias dentro de sala de aula que propiciaram um ambiente adequado para o desenvolvimento de atividades de aprendizagem ativa, baseadas em prática docente aplicada especialmente para este segmento profissional. Palavras-Chave: Metodologias ativas; Educação Profissional; processo ensino-aprendizagem. 1. INTRODUÇÃO O homem contemporâneo inserido dentro uma sociedade democrática e plural tem a oportunidade de ocupar espaço de atuação, possuir acesso ao conhecimento, além de emitir opiniões ou questionamentos a cerca dos mais variados assuntos. O ser humano é singular, quer em sua vida interior, quer em suas percepções e avaliações do mundo. A pessoa humana é considerada em processo contínuo de descoberta de seu próprio ser. O Conhecimento, segundo Mizukami (1986) é uma experiência pessoal e subjetiva, sobre o qual o conhecimento é construído, no decorrer do processo de crescimento do ser. Conforme assinala Piaget (apud MIZUKAMI, 1986) O conhecimento humano é essencialmente ativo. Conhecer um objeto é agir sobre e transformá-lo, aprendendo os mecanismos desta transformação vinculados com as ações transformadoras (pg. 30). Portanto, conhecer é assimilar o real às estruturas de transformações quando o prolongamento direto da ação são estruturas elaboradas pela inteligência.
  • 2. IX SIMPED – Simpósio Pedagógico e Pesquisas em Educação - 2014 2 O ato de ensinar antes de tudo deve estar centrado no conhecimento da condição humana, inseri-lo no universo, além de possibilitar fluxo de conhecimentos capaz de iluminar questionamentos atávicos que acompanham o ser humano em sua caminhada. “Quem somos”? “Onde estamos”, “De onde viemos”, “Para onde vamos”? Neste século XXI é de fundamental importância que os cidadãos possam ter disponibilidade e acesso as ferramentas do conhecimento. São condições básicas e necessárias para uma melhor compreensão do mundo atual, norteado pela era das telecomunicações, da informação, da internet. De acordo com Vernadski (apud MORIN, 2000), (...) o homem compreendeu realmente que é um habitante do planeta, talvez, deva pensar, agir sob novo aspecto, não somente pela perspectiva do indivíduo, da família ou gênero, do Estado ou grupo de Estados, porém também sob o aspecto planetário (pg. 63). Na ótica do conhecimento vertical, ensinar é como um rio em maré cheia. Para transbordar em todas as direções é necessário captar; armazenar e sobrepor os limites impostos (o que ensina) rumo à corredeira de seus afluentes (o que aprende). O ciclo natural em sua fase final impele ao receptor final do conhecimento adquirido partilhar o novo aprendizado com o próximo. Ao término deste ciclo contínuo e generoso cabe a lembrança da citação de Heráclito de Efeso (540 – 480 a.c): - Nas etapas subsequentes do processo. “O rio não será mais o mesmo rio e o homem não mais o mesmo homem”. A educação e o conhecimento têm poder transformador, à medida que remete para frente em direção a um futuro que abre possibilidades e esperanças na promoção integral do ser. Dentro desta perspectiva a metodologia de aprendizagem ativa, aplicado ao ensino profissional, vem de encontro às novas mudanças, as recentes relações interpessoais, ao novo formato de pirâmide que permite um equilíbrio maior entre os atores envolvidos na nova interrelação ensino – aprendizagem; referimos à: aprendizes, instrutores e sociedade. A inquietude natural do mundo contemporâneo, o contexto socioeconômico, as novas mídias e tecnologias, pressupõem profissionais com formação capaz de responder as expectativas do mercado, cada vez mais exigente e competitivo. 2. APRENDIZAGEM ATIVA Nesta modalidade, o aluno tem papel central no processo de ensino. A atitude do professor deve ser no intuito de criar ferramentas e juntamente com os alunos, propiciar um ambiente saudável e instigante à aprendizagem. Conforme preconiza Bilkstein (apud BARBOSA, MOURA, 2014) [...] o grande potencial de aprendizagem que é desperdiçado em nossas escolas, diária e sistematicamente, em nome de ideias educacionais. obsoletas. [...] É uma tragédia ver, a cada dia, milhares de alunos sendo convencidos de que são incapazes e pouco inteligentes simplesmente porque não conseguem se adaptar a um sistema equivocado (pg. 1) A necessidade de mudanças impostas pelo contínuo desenvolvimento da sociedade, em todas suas vertentes, clama também por modificações nas ferramentas utilizadas na escola tradicional, A opção pelo uso de estratégias para resolução de determinadas tarefas, em detrimento, apenas a utilização de técnicas específicas.
  • 3. IX SIMPED – Simpósio Pedagógico e Pesquisas em Educação - 2014 3 A primeira está associada a operações baseado em um conjunto de regras que possibilitam decisões a cada momento. Enquanto o segundo termo, mais afeito a habilidade especial em executar uma determinada tarefa. Miller (apud BARBOSA, MOURA, 2014), vislumbra uma transformação na relação ensino – aprendizagem, em nossas escolas, para este século, onde a aprendizagem ativa estará cada vez mais presente na realidade escolar em um contexto educacional para este século, Caldwell (apud BARBOSA, MOURA, 2014) intui modificações estruturais na escola, com reflexos expressivos nas atividades precípuas em uma instituição de ensino. Dentre estas diretrizes, pode ser citada, a solução de problemas, possibilidades de vivências de capacitação para uma melhor fixação da aprendizagem. Bonwell, Eison (apud BARBOSA, MOURA, 2014), apontam algumas estratégias para propiciar um ambiente, onde possa ser desenvolvidas atividades de aprendizagem ativa, dentre estas podemos citar: - Apresentar temas específicos do segmento profissional - Trabalhos em equipe - Proposição de estudos de caso direcionados aos interesses profissionais. - Discussão de temas atuais - Resolução de problemas, com enfoque prevencionista (*) - Trabalho com mapas e layouts. - Simulação de situações reais, utilizando ferramentas disponíveis. - Utilização de novas mídias. Conforme, Goldberg (2012) são citadas sete habilidades básicas pouco desenvolvidas pelos jovens, futuros profissionais inseridos no mundo do trabalho. (1) Fazer boas perguntas (2) Nomear objetos tecnológicos (3) Modelar qualitativamente processos e sistemas (4) Decompor problemas complexos em situações de menor dificuldade. (5) Coletar dados para análise (6) Visualizar soluções e gerar novas ideias (7) Comunicar soluções de forma oral e por escrito A ausência do preenchimento dessas e outras lacunas observadas na formação acadêmica desses alunos, principalmente no ensino fundamental e médio, sugerem metodologias que possam suprir exigências impostas pelos novos anseios do mundo do trabalho. 3. METODOLOGIA O técnico em Segurança do Trabalho é o profissional envolvido no planejamento, elaboração e implementação de uma política de gestão, nas áreas de saúde, meio ambiente e segurança (SMS) em uma empresa.
  • 4. IX SIMPED – Simpósio Pedagógico e Pesquisas em Educação - 2014 4 Promovendo ações prevencionistas, seja de caráter educacional ou no tocante a capacitação e treinamento. O Projeto Pedagógico do Curso, técnico, em nível médio, em Segurança do Trabalho, na forma de oferta, concomitante ou subsequente, oferecida pela instituição de ensino profissional, apresenta as seguintes características. Como competência de perfil, este profissional deve apresentar conhecimentos que o capacite a mapear as condições de saúde e higiene ocupacional de uma empresa, como também identificar variáveis de controle que interfiram na saúde, na qualidade de vida e meio ambiente, de acordo com as legislações vigentes. Deve ser capaz de elaborar relatórios de riscos ambientais, segundo as Normas Regulamentadoras (NR); estar apto a responder questionamentos referentes a processos de perícia, auditorias e fiscalizações, através de gestão de documentos relativos à saúde e segurança do trabalho. É um profissional com perspectivas de uma formação sólida, capaz de participar de uma gestão integrada na área em que converge, saúde, segurança e meio ambiente. A estrutura curricular do curso apresenta características bastante favoráveis à realização dos trabalhos utilizando o método de aprendizagem ativa. As unidades curriculares são roteirizadas, com material tanto para o professor, como para o aluno, possibilitando assim uma formação homogênea deste profissional, em qualquer unidade que venha a estudar, nesta instituição. O profissional técnico de segurança do trabalho possui um espectro abrangente de atuação, aproximadamente vinte segmentos das diversos tipos da indústria e comércio. É importante salientar que em suas atividades profissionais nas empresas, estes alunos, em algumas ocasiões, deverão desenvolver papel de protagonista, participarão de processos de gestão integrada ou atuarão como lideres de unidades, e para tal, é necessário o domínio de outros saberes, que não apenas, os específicos. A configuração do curso apresenta um conjunto de módulos com unidades curriculares bastante aderentes a ao seu grupo principal, como também proporciona uma interrelação e um fluxo contínuo, muito enriquecedor entre os saberes envolvidos. Os módulos, além de Saúde e Higiene Ocupacional abrangem análise e avaliação de riscos; tecnologia de produção e processos; perícia, auditoria e fiscalização, ações necessárias em segurança do trabalho, além de gestão integrada, que aborda, além de segurança, saúde e meio ambiente. Cabe acrescentar, que a roteirização das unidades curriculares, não impedem, tanto o docente quanto aos aprendizes, de prestar contribuições, no que se referem as suas experiências, seja de caráter pessoal, quanto profissional. Os limites de aplicação das ferramentas propostas para este trabalho têm como limites as seguintes condições; - Módulo: Saúde e Higiene Ocupacional - Unidade Curricular: Saúde Ocupacional - Carga horária: 80h (divididos em 20 encontros de 04 horas) 4. AÇÃO DOCENTE A turma tem 20 alunos matriculados e a experiência profissional é bastante variada, alguns trabalhando em montadoras automotivas da região, outros em segmento comercial, um
  • 5. IX SIMPED – Simpósio Pedagógico e Pesquisas em Educação - 2014 5 percentual considerável de profissionais em busca de novas oportunidades, presença também de jovens, principalmente, oriundos do programa do governo federal denominada Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), sem nenhuma experiência anterior. Cabe salientar que esta instituição também possui outras modalidades de bolsa de estudos, acessíveis a todos os interessados. Dentre as estratégias adequadas ao desenvolvimento das metodologias ativas, apontadas por Bonwell, Eison (apud BARBOSA, MOURA, 2014), está aquela que enaltece a importância de apresentar temas específicos do segmento profissional. A experiência em sala de aula aponta primeiramente para uma dificuldade acentuada, na leitura, entendimento e síntese do assunto em questão, além da exposição desta compreensão, seja de forma verbal ou oral. No intuito de trabalhar esta deficiência dentro das estratégias da metodologia ativa, lembrando também ser esta uma turma bastante heterogênea, foi sugerido no segundo encontro, uma atividade com texto específico sobre segurança do trabalho. Após um tempo para leitura, foram direcionados, pelo docente, aqueles alunos que pudessem manter uma analogia entre o assunto do texto abordado e suas experiências profissionais, para tal, foram convidados a apresentar oralmente. Em um segundo momento, aqueles alunos, sem vivência em indústrias, também foram também incentivados a expor suas observações, tão somente, quanto suas vivências pessoais do cotidiano. Este texto, praticamente, foi o primeiro contato destes alunos, com as questões de segurança do trabalho. Dentre os conceitos básicos de segurança do trabalho, encontram-se quatro pilares; antecipação; reconhecimento; avaliação e controle. Portanto o conceito de risco / perigo que oferece um botijão caseiro, quando em condições não aceitáveis de segurança, pode ser entendido, a princípio por qualquer aluno, em virtude de sua proximidade com esta realidade, como também pode ser trabalhado o conceito dos quatro pilares, citados no parágrafo. Este mesmo conceito de risco / perigo, aplicado na atividade anterior pode também ser explicitado, como a presença de um cilindro de gás, seja em um laboratório industrial, como em um setor de solda de uma montadora, ou diversas outras formas de similaridade com o cenário abordado. A continuidade das ações em aprendizagem ativa, no encontro seguinte, saiu do eixo técnico, para uma atividade administrativa. Os alunos em grupos foram convidados a pesquisar na internet, as principais empresas, alguns preços de fornecedoras de gás para indústrias. É importante lembrar, que está será uma atividade usual em sua atuação profissional dentro de uma empresa, no sentido de dar subsídios a gerencia de compras, quando da necessidade de material específico. Em outro encontro, também relativo a esta unidade curricular, foi enviado antecipadamente uma mensagem de texto, para o grupo da turma, criado na rede social, facebook, informando a necessidade de um acompanhamento de determinado setor, no tocante à medidas denominadas de “Stress Térmico.” Independente de ser um conhecimento novo foi criado uma oportunidade, fora do contexto da escola, para que individualmente, pudessem desenvolver o sagrado direito da busca da informação, dentro dos limites de interesse e curiosidade de cada um.
  • 6. IX SIMPED – Simpósio Pedagógico e Pesquisas em Educação - 2014 6 A experiência docente demonstra que em algumas situações, a antecipação dos conteúdos a serem aplicados em um encontro posterior é sinônimo de aula em ritmo e cadencia de interesse. Na atividade relatada acima, foram apresentados, primeiramente os conceitos básicos de calor, em seguida, o instrumental utilizado neste monitoramento, que são termômetro de globo e termômetro de bulbo úmido natural e finalmente a metodologia de das medições. Posteriormente, foi solicitado, para que em grupo, tivessem um primeiro contato, com a Norma Regulamentadora (NR 15), denominada, Atividades e Operações Insalubres, onde em seu Anexo III, constam as diretrizes necessárias ao desenvolvimento do cálculo de limites de tolerância à exposição de calor. Assim, para um mesmo foco de interesse, neste caso, medidas de stress térmico, foram utilizadas algumas ferramentas de estratégias aprendizagem ativa, porém alternando-as de acordo com as necessidades impostas pelas especificidades do contexto. Outra prática desenvolvida com esta turma, dentro do escopo à que este trabalho se propõe, foi o ensino, de maneira dialogada, do procedimento de medida de ruído. O instrumento adequado para realização das medidas de ruído é o chamado decibelímetro. Conforme, Norma Regulamentadora (NR 15), denominada Atividades e Operações Insalubres, em seu Anexo III; indicado para medir em decibéis, ruídos de impacto, contínuo ou intermitente. Como a unidade da instituição não dispunha deste instrumento, em condições de uso, optou-se pelo monitoramento através de um aplicativo para smartfone chamado decibelímetro. Inicialmente os grupos foram divididos e receberam a incumbência de preparar um desenho do local. Cada grupo foi responsável por determinado andar e setores. Desta forma, o trabalho foi executado, os resultados foram analisados, discutidos e apresentados. Naturalmente foram observados os limites de restrições que a legislação pertinente impõe quanto aceitabilidade, a confiabilidade e a viabilidade desta possibilidade de monitoramento. 5. CONSIDERAÇÕES O cenário, acima descrito corresponderia em uma atividade com contexto industrial; medidas de tendência de comportamento; estimativas; ordem de grandeza. Trilhando os generosos caminhos descortinados por Paulo Freire, que em toda sua obra valoriza o diálogo, desmistifica a realidade e a coloca em prática. Através da chamada educação libertadora; não restringe o contexto problematizado em mero entrave ao fluxo natural, porém transforma os conflitos surgidos em alimento permanente para sua realização. A presença do docente, instrutor, dentro deste processo foi primeiramente preparar um ambiente de confiança, respeito, onde todos pudessem contribuir com suas experiências e ao mesmo tempo absorver os saberes do outro. Contribuiu com sua experiência em diversos segmentos abordados, dentro das seguintes palavras chave: riscos e perigo em ambiente de trabalho; insalubridade e periculosidade; monitoramento instrumental. Da mesma forma atuou como um orientador deste processo, pontuando em algumas situações, direcionando e colimando o fluxo abrangente de ideias, com intuito de convergi-las. Em outras oportunidades, agiu como aquele que também está aberto a novos aprendizados, especialmente nos aspectos
  • 7. IX SIMPED – Simpósio Pedagógico e Pesquisas em Educação - 2014 7 práticos, com aqueles discentes que vivenciam o seu cotidiano profissional em áreas específicas. A adoção de estratégias de metodologia ativa, conforme acima exemplificados, através do incentivo a utilização de estudos de caso, a proposição de problematizações, sempre com o nicho prevencionista, a simulação de situações mais próximas do real, a apresentação dos produtos gerados, ora individualmente, em outras oportunidades, em grupos, sugere que o somatório das contribuições nas diferentes dimensões, contribui de maneira importante para o entendimento de todo o grupo. Desta forma, percorrendo os caminhos de um Projeto Pedagógico do Curso (PPC) consistente; o comprometimento, a satisfação, a vibração, a experiência do professor; o ambiente propício, e acolhedor, caminhem em direção ao aluno, atividade fim deste projeto. Facultando-lhe a possibilidade de uma transformação integral como homem, além de lhe propor ferramentas que os acompanharão para sempre em sua vida profissional; a tríade do fazer: o que fazer; como fazer; porque fazer. 6. REFERÊNCIAS MIZUKAMI, M. G. N. ENSINO: As abordagens do processo. São Paulo: EPU. 1986. BARBOSA, E. F. & MOURA, D. G. Metodologias ativas de aprendizagem no ensino de engenharia. XIII International Conference on Engineering and Technology Education – INTERTECH 2014, Portugal, março/2014 - http://www.copec.org.br/intertech2014/. BLIKSTEIN, P. O mito do mau aluno e porque o Brasil pode ser o líder mundial de uma revolução educacional. 2012. Disponível em: http://www.blikstein.com/paulo/documents/books/Blikstein- Brasil_pode_ser_lider_mundial_em_educacao.pdf, Acesso: 30 de junho de 2014. MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 4ª Edição. São Paulo: CORTEZ EDITORA, 2001. GOLDBERG, D. E., The Missing Basics & Other Philosophical Reflections for the Transformation of Engineering Education, in PhilSciArchive. Disponível em: http://philsci-archive.pitt.edu/4551/ Acesso: 30 de junho de 2012.