SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 23
Baixar para ler offline
INTEGRAL
Prof. Dr. Carlos A. P. Campani
1 O Problema da Área
A = A1 + A2 + A3 + A4
A = lim
n→∞
An = lim
n→∞
A′
n
1
2 O Problema da Determinação da Área de
uma Região que Está Sob o Gráfico de uma
Função
Rn =
n
X
k=1
(Basek × Alturak)
Rn =
n
X
k=1
1
n

k
n
2
!
2
Rn =
n
X
k=1

k2
n3

Rn =
1
n3
n
X
k=1
k2
n
X
k=1
k2
=
n(n + 1)(2n + 1)
6
Rn =
1
n3
n(n + 1)(2n + 1)
6
=
n(n + 1)(2n + 1)
6n3
R10 =
10(10 + 1)(2.10 + 1)
6.103
= 0, 385
Ln =
1
n3
n−1
X
k=0
k2
=
1
n3
(n − 1)n(2n − 1)
6
=
(n − 1)n(2n − 1)
6n3
L10 =
(10 − 1)10(2.10 − 1)
6.103
= 0, 285
0, 285  A  0, 385
3
R30 =
30(30 + 1)(2.30 + 1)
6.303
= 0, 3502
L30 =
(30 − 1)30(2.30 − 1)
6.303
= 0, 3169
0, 3169  A  0, 3502
lim
n→∞
Rn = lim
n→∞
Ln = A
4
A = lim
n→∞
Rn = lim
n→∞
n(n + 1)(2n + 1)
6n3
= lim
n→∞
2n3
+ 3n2
+ n
6n3
=
= lim
n→∞
2n3
6n3
=
1
3
= 0, 3333
3 Formalizando o Problema da Área de uma
Região que Está Sob o Gráfico de uma Fun-
ção
∆x =
b − a
n
xk = a + k∆x
f(xk) = f(a + k∆x)
Rn = f(x1)∆x + f(x2)∆x + · · · + f(xn)∆x
A = lim
n→∞
Rn = lim
n→∞
[f(x1)∆x + f(x2)∆x + · · · + f(xn)∆x]
A = lim
n→∞
n
X
k=1
f(xk)∆x
Em vez de usar as extremidades esquerda e direita dos retângulos, po-
demos tomar a altura do i-ésimo retângulo como o valor de f em qualquer
número x∗
i do i-ésimo subintervalo. Chamamos os números x∗
1, x∗
2, . . . , x∗
n de
pontos amostrais.
5
A = lim
n→∞
n
X
k=1
f(x∗
k)∆x
4 A Integral Definida
Se f é uma função contı́nua definida em a ≤ x ≤ b, dividimos o intervalo
[a, b] em n subintervalos de comprimento ∆x = (b − a)/n. Sejam x0(=
a), x1, x2, . . . , xn(= b) as extremidades destes subintervalos, escolhemos
os pontos amostrais x∗
1, x∗
2, . . . , x∗
n nesses subintervalos, de forma que x∗
i
esteja no intervalo [xi−1, xi]. Então a integral definida de f de a a b é:
Z b
a
f(x)dx = lim
n→∞
n
X
k=1
f(x∗
k)∆x
desde que o limite exista. Se existir, dizemos que f é integrável em [a, b].
Observações:
• a e b são chamados de limites de integração. O intervalo [a, b] é chamado
de intervalo de integração.
• A função f não precisa ser necessariamente contı́nua em [a, b] para
que f seja integrável. Se f apresenta apenas um número finito de
descontinuidades de saltos em [a, b], então f é integrável em [a, b].
•
Pn
k=1 f(x∗
k)∆x é chamada de soma de Riemann.
6
EXEMPLOS
• Calcular a soma de Riemann para f(x) = x3
−6x em [0, 3], com n = 6.
∆x =
b − a
n
=
3 − 0
6
=
1
2
Tomando a extremidade direita dos retângulos:
x1 = 0, 5 x2 = 1 x3 = 1, 5 x4 = 2 x5 = 2, 5 x6 = 3
R6 =
6
X
k=1
f(xk)∆x =
= f(0, 5)∆x + f(1)∆x + f(1, 5)∆x + f(2)∆x+
f(2, 5)∆x + f(3)∆x =
= 0, 5(−2, 875 − 5 − 5, 625 − 4 + 0, 625 + 9) = −3, 9375
Observe-se que a soma resultou em negativa pois a função f (ilustrada
no gráfico) apresenta valores positivos e negativos no intervalo de in-
tegração. O sinal da função é negativo de 0 a
√
6 e positivo de
√
6 a
3. Assim, a soma calculada é a diferença entre as áreas dos retângulos
em que a função é positiva e as áreas em que é negativa. Como a área
com valores negativos é maior, a soma resulta em valor negativo.
7
• Calcular
R 3
0
(x3
− 6x)dx
∆x =
b − a
n
=
3
n
Sabemos que:
n
X
k=1
k =
n(n + 1)
2
n
X
k=1
k3
=

n(n + 1)
2
2
Utilizando as extremidades direitas dos retângulos:
Z 3
0
(x3
− 6x)dx = lim
n→∞
n
X
k=1
f(xk)∆x = lim
n→∞
n
X
k=1
f

3k
n

3
n
=
= lim
n→∞
3
n
n
X
k=1

3k
n
3
− 6

3k
n
#
= lim
n→∞
3
n
n
X
k=1

27
n3
k3
−
18
n
k

=
= lim
n→∞

81
n4
n
X
k=1
k3
−
54
n2
n
X
k=1
k
#
=
= lim
n→∞
(
81
n4

n(n + 1)
2
2
−
54
n2
n(n + 1)
2
)
=
= lim
n→∞

81
4

1 +
1
n
2
− 27

1 +
1
n
#
=
81
4
− 27 = −
27
4
= −6, 75
8
CÁLCULO DE SOMAS DE RIEMANN POR MEIO DE RECUR-
SOS COMPUTACIONAIS
Consideremos a função f(x) = x2
, com a = 0 e b = 1:
∆x =
b − a
n
=
1 − 0
n
=
1
n
xk =
k
n
Rn =
n
X
k=1
f(xk)∆x =
n
X
k=1

k
n
2
1
n
!
Programa em linguagem de programação do Octave:
a = input(a=);
b = input(b=);
n = input(n=);
dx = (b-a)/n;
area = 0;
for k = 1:n
area = area + ((k/n)**2)*dx;
endfor
disp(area)
Resultados em relação ao n, com a = 0 e b = 1, são mostrados na seguinte
tabela:
n área
10 0,385
30 0,3502
100 0,3384
200 0,3358
300 0,3350
9
PROPRIEDADES DA INTEGRAL DEFINIDA
Z b
a
f(x)dx = −
Z a
b
f(x)dx
Z a
a
f(x)dx = 0 pois ∆x = 0
Z b
a
dx = b − a
Z b
a
cdx = c(b − a) com c ∈ R
Z b
a
cf(x)dx = c
Z b
a
f(x)dx com c ∈ R
Z b
a
[f(x) ± g(x)]dx =
Z b
a
f(x)dx ±
Z b
a
g(x)dx
Z c
a
f(x)dx +
Z b
c
f(x)dx =
Z b
a
f(x)dx
5 O Teorema Fundamental do Cálculo
O Teorema Fundamental do Cálculo afirma que a integral é a antideri-
vada. Ou seja, derivação e integração são processos inversos (ou operações
inversas). Para o cálculo de integrais é necessário encontrar a primitiva de
uma função.
Uma função F é denominada primitiva de f no intervalo I se F′
(x) =
f(x) para todo x em I.
Ou seja, uma função é a primitiva de sua derivada.
Se F é uma primitiva de f em um intervalo I, então a primitiva mais
geral de f em I é F(x) + C, onde C é uma constante arbitrária.
10
TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO
Seja f contı́nua em [a, b].
1. Se g(x) =
R x
a
f(t)dt, então g′
(x) = f(x).
2.
R b
a
f(x)dx = F(b) − F(a) e F é primitiva de f, isto é, F′
= f.
Essas duas afirmações significam que:
1. d
dx
R x
a
f(t)dt = f(x)
2.
R b
a
F′
(x)dx = F(b) − F(a)
EXEMPLOS
1. Calcular
R 2
−1
(x3
− 2x)dx
Sabemos que se f(x) = x4
4
− x2
+ C, onde C ∈ R, então
f′
(x) =
d
dx

x4
4
− x2
+ C

=
4x3
4
− 2x + 0 = x3
− 2x
Ou seja, f(x) = x4
4
− x2
+ C é uma primitiva de g(x) = x3
− 2x.
Então,
Z 2
−1
(x3
− 2x)dx =
x4
4
− x2
+ C
2
−1
=
=
24
4
− 22
+ C −

(−1)4
4
− (−1)2
+ C

=
3
4
2. Calcular
R 1
0
x3/7
dx
Sabemos que d
dx
( 7
10
x10/7
+ C) = x3/7
, C ∈ R. Então:
Z 1
0
x3/7
dx =
7
10
x10/7
+ C
1
0
=
7
10
.1 + C − (0 + C) =
7
10
11
3. Calcular g(x) =
R x
1
ln tdt
Se f(x) = x ln x−x+C, onde C ∈ R, então f′
(x) = ln x. Confirmando:
f′
(x) =
d
dx
(x ln x − x + C) =
d
dx
(x ln x) −
d
dx
x +
d
dx
C =
=

x
d
dx
ln x + ln x
d
dx
x

− 1 + 0 = x
1
x
+ ln x − 1 = ln x
Então,
g(x) =
Z x
1
ln tdt = x ln x − x + C − (1 ln 1 − 1 + C) =
= x ln x − x + C − 0 + 1 − C = x ln x − x + 1
4. Calcular
R 6
3
dx
x
.
Uma primitiva de f(x) = 1/x é F(x) = ln |x| + C, e, como 3 ≤ x ≤ 6,
podemos escrever F(x) = ln x + C. Logo,
Z 6
3
dx
x
= ln x + C|6
3 = ln 6 − ln 3
5. Calcular
R x
0
sin tdt
Sabemos que a primitiva de f(t) = sin t é F(t) = − cos t + C. Assim,
Z x
0
sin tdt = − cos t + C|x
0 = − cos x+C −(−cos(0)+C) = − cos x+1
6. Existe
R 3
−1
1
x2 dx?
A primitiva de f(x) = 1/x2
é g(x) = −x−1
. O cálculo então seria:
Z 3
−1
1
x2
dx = −3−1
− (−(−1)−1
) = −
1
3
− 1 = −
4
3
Este cálculo só pode estar errado, pois todos os retângulos da soma
de Riemann da função f(x) = 1/x2
são positivos e a soma não pode-
ria resultar em um número negativo. Isso ocorre porque a função f
apresenta uma descontinuidade infinita em x = 0. Logo,
R 3
−1
1
x2 dx não
existe porque a função não é integrável no intervalo [−1, 3].
12
6 Integrais Indefinidas
Uma vez que o Teorema Fundamental do Cálculo estabelece uma relação
entre primitivas e integrais, a notação
R
f(x)dx é usada para a primitiva de
f e é chamada de integral indefinida. Assim,
Z
f(x)dx = F(x) significa F′
(x) = f(x)
EXEMPLO
Z
x2
dx =
x3
3
+ C pois
d
dx

x3
3
+ C

= x2
TABELA DE INTEGRAIS INDEFINIDAS
R
cf(x)dx = c
R
f(x)dx
R
[f(x) ± g(x)]dx =
R
f(x)dx ±
R
g(x)dx
R
kdx = kx + C
R
dx = x + C
R
xn
dx = xn+1
n+1
+ C (n ̸= −1)
R 1
x
dx = ln |x| + C
R
ex
dx = ex
+ C
R
ax
dx = ax
ln a
+ C
R
sin xdx = − cos x + C
R
cos xdx = sin x + C
R
sec2
xdx = tan x + C
R
csc2
xdx = − cot x + C
R
sec x tan xdx = sec x + C
R
csc x cot xdx = − csc x + C
R 1
x2+1
dx = arctan x + C
R 1
√
1−x2 dx = arcsin x + C
R
sinh xdx = cosh x + C
R
cosh xdx = sinh x + C
EXEMPLOS
1. Verificar que
R x
√
x2+1
dx =
√
x2 + 1 + C
d
dx
(
√
x2 + 1+C) =
1
2
√
x2 + 1
d
dx
(x2
+1)+0 =
1
2
√
x2 + 1
2x =
x
√
x2 + 1
13
2. Determinar a integral
R
(10x4
− 2 sec2
x)dx
Z
(10x4
− 2 sec2
x)dx =
Z
10x4
dx −
Z
2 sec2
xdx =
= 10
Z
x4
dx − 2
Z
sec2
xdx = 10
x5
5
+ C1 − 2 tan x + C2 =
= 2x5
− 2 tan x + C
Onde C = C1 + C2.
3. Calcular
R cos θ
sin2 θ
dθ
Z
cos θ
sin2
θ
dθ =
Z 
1
sin θ
 
cos θ
sin θ

dθ =
Z
csc θ cot θdθ = − csc θ + C
4. Calcular
R 9
1
2t2+t2
√
t−1
t2 dt
Z 9
1
2t2
+ t2
√
t − 1
t2
dt =
Z 9
1
(2 + t1/2
− t−2
)dt = 2t +
t3/2
3/2
−
t−1
−1
9
1
=
= 2t +
2
3
t3/2
+
1
t
9
1
=

2.9 +
2
3
93/2
+
1
9

−

2.1 +
2
3
(1)3/2
+
1
1

=
292
9
5. Achar a integral indefinida
R
(
√
x3 +
3
√
x2)dx
Z
(
√
x3 +
3
√
x2)dx =
Z √
x3dx +
Z
3
√
x2dx =
Z
x3/2
dx +
Z
x2/3
dx =
=
x3/2+1
3/2 + 1
+C1 +
x2/3+1
2/3 + 1
+C2 =
x5/2
5/2
+
x5/3
5/3
+C =
2
5
√
x5 +
3
5
3
√
x5 +C
6. Obter a integral indefinida
R sin 2x
sin x
dx
Sabemos que sin(a+b) = sin a cos b+cos a sin b. Fazendo b = a, obtemos
sin 2a = 2 sin a cos a. Assim,
Z
sin 2x
sin x
dx =
Z
2 sin x cos x
sin x
dx = 2
Z
cos xdx = 2 sin x + C
14
7. Calcular a integral
R 3π/2
0
| sin x|dx
Sabemos que sin x ≥ 0 para 0 ≤ x ≤ π e que sin x  0 para π  x ≤
3π/2. Assim, | sin x| = sin x para 0 ≤ x ≤ π e | sin x| = − sin x para
π  x ≤ 3π/2. Logo,
Z 3π/2
0
| sin x|dx =
Z π
0
sin xdx +
Z 3π/2
π
(− sin x)dx =
=
Z π
0
sin xdx −
Z 3π/2
π
sin xdx =
= (− cos x + C1)|π
0 − (− cos x + C2)|3π/2
π =
= (− cos π +C1 −(− cos 0+C1))−(− cos 3π/2+C2 −(− cos π +C2)) =
= cos 0 − cos π + cos 3π/2 − cos π = 1 − (−1) + 0 − (−1) = 3
8. Determinar
R π
4
0
1
cos2 x
dx
Z π
4
0
1
cos2 x
dx =
Z π
4
0
sec2
xdx = (tan x + C)|
π
4
0 =
tan
π
4
+ C − (tan 0 + C) = tan
π
4
− tan 0 = 1 − 0 = 1
9. Seja f′′
(x) = x + 2. Encontrar f.
Sabemos que
R
f′
(x)dx = f(x). Assim,
f′
(x) =
Z
f′′
(x)dx =
Z
(x + 2)dx =
x2
2
+ 2x + C1
e
f(x) =
Z
f′
(x)dx =
Z 
x2
2
+ 2x + C1

dx =
x3
6
+ x2
+ C1x + C2
10. Encontrar uma função polinomial g tal que g(2) = 3, g′
(2) = −1 e
g′′
(2) = 2.
Vamos assumir que g′′
(x) = 2. Então
g′
(x) =
Z
g′′
(x)dx =
Z
2dx = 2x + C1
15
Sabemos que g′
(2) = −1, então 2.2 + C1 = −1 e C1 = −5. Logo
g(x) =
Z
(2x − 5)dx = x2
− 5x + C2
Sabemos que g(2) = 3, então 22
− 5.2 + C2 = 3 e C2 = 9. Assim,
g(x) = x2
− 5x + 9.
Observe-se que este problema tem infinitas soluções, dependendo do
polinômio usado para g′′
. Como exercı́cio sugerimos mostrar que se
assumı́ssemos inicialmente g′′
(x) = x, terı́amos como resposta g(x) =
x3
6
− 3x + 23
3
.
7 Regra da Substituição
Existem casos em que a obtenção da primitiva não é direta. Um exemplo
é o cálculo da integral
R
2x
√
1 + x2dx. Para resolver isso é necessário efetuar
uma transformação de variáveis. Assim,
Z
2x
√
1 + x2dx =
Z √
1 + x22xdx
Podemos fazer u = 1 + x2
e du = 2xdx. Logo,
Z
2x
√
1 + x2dx =
Z
√
udu =
2
3
u3/2
+ C =
2
3
(1 + x2
)3/2
+ C
Confirmando:
d
dx

2
3
(1 + x2
)3/2
+ C

=
2
3
3
2
(1 + x2
)1/2 d
dx
(1 + x2
) + 0 =
= 2x
√
1 + x2
16
REGRA DA SUBSTITUIÇÃO
Se u = g(x) for uma função derivável cuja imagem é um intervalo I
e f for contı́nua em I, então
Z
f(g(x))g′
(x)dx =
Z
f(u)du
Observe-se que a Regra da Substituição baseia-se na Regra da Cadeia de
Derivada.
EXEMPLOS
1. Encontrar
R
x3
cos(x4
+ 2)dx
Fazemos u = x4
+ 2 e du = 4x3
dx. Assim, x3
dx = 1
4
du. Então
Z
x3
cos(x4
+ 2)dx =
Z
cos u.
1
4
du =
1
4
Z
cos udu =
=
1
4
sin u + C =
1
4
sin(x4
+ 2) + C
2. Calcular
R √
2x + 1dx
Fazemos u = 2x + 1. Então, du = 2dx e dx = du/2. Assim,
Z
√
2x + 1dx =
Z
√
u
du
2
=
1
2
Z
u1/2
du =
1
2
u3/2
3/2
+ C =
=
1
3
(2x + 1)3/2
+ C
Outra possibilidade de substituição é u =
√
2x + 1. Então, du = dx
√
2x+1
e dx =
√
2x + 1du = udu. Assim,
Z
√
2x + 1dx =
Z
u.udu =
Z
u2
du =
u3
3
+ C =
1
3
(2x + 1)3/2
+ C
3. Encontrar
R x
√
1−4x2 dx
Seja u = 1 − 4x2
. Então du = −8xdx e xdx = −1
8
du. Assim,
Z
x
√
1 − 4x2
dx = −
1
8
Z
1
√
u
du = −
1
8
Z
u−1/2
du = −
1
8
(2
√
u) + C =
17
= −
1
4
√
1 − 4x2 + C
4. Calcular
R
e5x
dx
Fazemos u = 5x, então du = 5dx e dx = du/5. Assim,
Z
e5x
dx =
1
5
Z
eu
du =
1
5
eu
+ C =
1
5
e5x
+ C
5. Achar
R √
1 + x2x5
dx
Vamos fatorar x5
= x4
.x. Fazemos u = 1+x2
, du = 2xdx e xdx = du/2.
Observe que x2
= u − 1 e x4
= (u − 1)2
. Logo,
Z √
1 + x2x5
dx =
Z √
1 + x2x4
.xdx =
Z
√
u(u − 1)2 du
2
=
=
1
2
Z
u1/2
(u2
− 2u + 1)du =
1
2
Z
(u5/2
− 2u3/2
+ u1/2
)du =
=
1
2
(
2
7
u7/2
− 2.
2
5
u5/2
+
2
3
u3/2
) + C =
=
1
7
(1 + x2
)7/2
−
2
5
(1 + x2
)5/2
+
1
3
(1 + x2
)3/2
+ C
6. Calcular
R
tan xdx Z
tan xdx =
Z
sin x
cos x
dx
Fazemos u = cos x, então du = − sin xdx e sin xdx = −du.
Z
tan xdx =
Z
sin x
cos x
dx = −
Z
du
u
= − ln |u| + C = − ln | cos x| + C =
= ln | cos x|−1
+ C = ln
1
| cos x|
+ C = ln | sec x| + C
Observe-se que usamos como primitiva mais geral para 1/x, ln |x| − C
pois d
dx
(ln |x| − C) = 1
x
.
18
7. Determinar
R dt
(1−6t)4
Fazemos u = 1 − 6t, du = −6dt e dt = −du/6. Então
Z
dt
(1 − 6t)4
= −
1
6
Z
1
u4
du = −
1
6
Z
u−4
du =

−
1
6
 
u−3
−3

+ C =
=
1
18(1 − 6t)3
+ C
8. Determinar
R
esin θ
cos θdθ
Fazemos u = sin θ e du = cos θdθ. Então
Z
esin θ
cos θdθ =
Z
eu
du = eu
+ C = esin θ
+ C
9. Calcular
R
x2
(x3
+ 5)9
dx
Fazemos u = x3
+ 5, du = 3x2
dx e x2
dx = du/3. Então
Z
x2
(x3
+ 5)9
dx =
1
3
Z
u9
du =
u10
30
+ C =
(x3
+ 5)10
30
+ C
10. Encontrar
R
ex
sin(ex
)dx
Fazemos u = ex
e du = ex
dx. Logo,
Z
ex
sin(ex
)dx =
Z
sin udu = − cos u + C = − cos(ex
) + C
11. Determinar
R (ln x)2
x
dx
Seja u = ln x então du = dx/x. Assim,
Z
(ln x)2
x
dx =
Z
u2
du =
u3
3
+ C =
(ln x)3
3
+ C
12. Achar
R √
x sin(1 + x3/2
)dx
Seja u = 1 + x3/2
e du = 3
2
x1/2
dx = 3
2
√
xdx. Logo,
√
xdx = 2
3
du.
Assim,
Z
√
x sin(1 + x3/2
)dx =
2
3
Z
sin udu = −
2
3
cos u + C =
= −
2
3
cos(1 + x3/2
) + C
19
13. Calcular
R arctan x
1+x2 dx
Sabemos que d
dx
arctan x = 1
1+x2 . Assim, fazemos u = arctan x e du =
dx
1+x2 . Então,
Z
arctan x
1 + x2
dx =
Z
udu =
u2
2
+ C =
(arctan x)2
2
+ C
14. Determinar
R sin
√
x
√
x
dx
Seja u =
√
x e du = 1
2
√
x
dx. Então dx
√
x
= 2du. Logo
Z
sin
√
x
√
x
dx =
Z
sin u.2du = 2
Z
sin udu = −2 cos u + C =
= −2 cos
√
x + C
15. Encontrar
R x2
√
1−x
dx
Fazemos u = 1 − x e x = 1 − u. Assim, du = −dx e dx = −du. Logo,
Z
x2
√
1 − x
dx = −
Z
(1 − u)2
√
u
du = −
Z
1 − 2u + u2
u1/2
du =
= −
Z
(u−1/2
− 2u1/2
+ u3/2
)du = −
u1/2
1/2
+ 2
u3/2
3/2
−
u5/2
5/2
+ C =
= −2u1/2
+
4
3
u3/2
−
2
5
u5/2
+ C =
= −2(1 − x)1/2
+
4
3
(1 − x)3/2
−
2
5
(1 − x)5/2
+ C
REGRA DA SUBSTITUIÇÃO PARA AS INTEGRAIS DEFINIDAS
Se g′
for contı́nua em [a, b] e f for contı́nua na imagem de u = g(x),
então Z b
a
f(g(x))g′
(x)dx =
Z g(b)
g(a)
f(u)du
20
EXEMPLOS
1. Calcular
R 4
0
√
2x + 1dx
Repetindo o que fizemos em exemplo anterior, fazemos u = 2x + 1 e
dx = du/2. Os limites de integração serão:
• Para x = 0, u = 2.0 + 1 = 1
• Para x = 4, u = 2.4 + 1 = 9
Então,
Z 4
0
√
2x + 1dx =
1
2
Z 9
1
√
udu =

1
2
 
2
3

u3/2
9
1
=
=
1
3
(93/2
− 13/2
) =
26
3
2. Calcular a integral definida
R 2
1
dx
(3−5x)2
Seja u = 3 − 5x e du = −5dx. Logo, dx = −du/5. Os limites de
integração ficam:
• Para x = 1, u = 3 − 5.1 = −2
• Para x = 2, u = 3 − 5.2 = −7
Assim,
Z 2
1
dx
(3 − 5x)2
= −
1
5
Z −7
−2
du
u2
= −
1
5

−
1
u
−7
−2
=
1
5u
−7
−2
=
=
1
5(−7)
−
1
5(−2)
=
1
14
3. Determinar
R e
1
ln x
x
dx
Fazemos u = ln x e du = dx/x. Os limites de integração ficam:
• Para x = 1, u = ln 1 = 0
• Para x = e, u = ln e = 1
21
Z e
1
ln x
x
dx =
Z 1
0
udu =
u2
2
1
0
=
1
2
4. Calcular
R 1
0
xe−x2
dx
Seja u = −x2
. Então, du = −2xdx e xdx = −du
2
. Os limites de
integração serão:
• Para x = 0, u = −02
= 0
• Para x = 1, u = −(1)2
= −1
Logo,
Z 1
0
xe−x2
dx = −
1
2
Z −1
0
eu
du = −
1
2
eu
−1
0
= −
1
2
(e−1
− e0
) =
= −
1
2

1
e
− 1

=
e − 1
2e
≈ 0, 316
5. Calcular
R π/2
0
cos x sin(sin x)dx
Seja u = sin x e, portanto, du = cos xdx. Os limites de derivação ficam:
• Para x = 0, u = sin 0 = 0
• Para x = π
2
, u = sin(π/2) = 1
Então,
Z π/2
0
cos x sin(sin x)dx =
Z 1
0
sin udu = − cos u|1
0 =
= − cos 1 − (− cos 0) = 1 − cos 1 ≈ 0, 4597
6. Determinar
R π
2
0
sin θ
√
1+cos θ
dθ
Sejam u = 1 + cos θ e du = − sin θdθ. Os limites de integração serão:
• Para x = 0, u = 1 + cos 0 = 2
• Para x = π
2
, u = 1 + cos(π/2) = 1
22
Assim,
Z π
2
0
sin θ
√
1 + cos θ
dθ = −
Z 1
2
du
√
u
= −
Z 1
2
u−1/2
du = −
u1/2
1/2
1
2
=
= −2u1/2 1
2
= −2(1)1/2
− (−2(2)1/2
) = 2
√
2 − 2 ≈ 0, 828
7. Calcular
R 4π2
π2
sin
√
x
√
x
dx
Seja u =
√
x. Portanto, du = 1
2
√
x
dx e dx
√
x
= 2du.
• Para x = π2
, u = π
• Para x = 4π2
, u = 2π
Então,
Z 4π2
π2
sin
√
x
√
x
dx =
Z 2π
π
sin u.2du = 2
Z 2π
π
sin udu = −2 [cos u]2π
π =
= −2[cos(2π) − cos π] = −2(1 − (−1)) = −4
8. Determinar
R 1/2
0
arcsin x
√
1−x2 dx
Sabemos que d
dx
arcsin x = 1
√
1−x2 . Assim, fazemos u = arcsin x e du =
dx
√
1−x2 . Os limites de integração ficam:
• Para x = 0, u = arcsin 0 = 0
• Para x = 1/2, u = arcsin 1/2 = π/6
Então Z 1/2
0
arcsin x
√
1 − x2
dx =
Z π/6
0
udu =
u2
2
π/6
0
=
π2
72
9.
R 10
1
x
x2−4
dx existe?
Observe-se que a função f(x) = x
x2−4
apresenta uma descontinuidade
infinita em x = 2, que pertence ao intervalo de integração. Assim, a
integral não existe.
23

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Integral

Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 14
Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 14Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 14
Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 14Bowman Guimaraes
 
Cesgranrio petrobras engenheiro petroleo 2018
Cesgranrio petrobras engenheiro petroleo 2018Cesgranrio petrobras engenheiro petroleo 2018
Cesgranrio petrobras engenheiro petroleo 2018Arthur Lima
 
Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 10
Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 10Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 10
Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 10Bowman Guimaraes
 
Ita2008 3dia
Ita2008 3diaIta2008 3dia
Ita2008 3diacavip
 
Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 6
Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 6Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 6
Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 6Bowman Guimaraes
 
Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Carlos Campani
 
Matemática- Miniteste: Polinómios
Matemática- Miniteste: PolinómiosMatemática- Miniteste: Polinómios
Matemática- Miniteste: PolinómiosDark_Neox
 
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia CivilApostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia CivilAna Carolline Pereira
 
Exercicios resolv3 mat
Exercicios resolv3 matExercicios resolv3 mat
Exercicios resolv3 mattrigono_metria
 
Resolucao dos exercicios_integrais
Resolucao dos exercicios_integraisResolucao dos exercicios_integrais
Resolucao dos exercicios_integraisWilson Kushima
 
Unidad i jose chavez
Unidad i jose chavezUnidad i jose chavez
Unidad i jose chavezASIGNACIONUFT
 

Semelhante a Integral (20)

Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 14
Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 14Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 14
Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 14
 
Derivadas
DerivadasDerivadas
Derivadas
 
Cesgranrio petrobras engenheiro petroleo 2018
Cesgranrio petrobras engenheiro petroleo 2018Cesgranrio petrobras engenheiro petroleo 2018
Cesgranrio petrobras engenheiro petroleo 2018
 
Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 10
Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 10Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 10
Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 10
 
Ita2008 3dia
Ita2008 3diaIta2008 3dia
Ita2008 3dia
 
Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 6
Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 6Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 6
Www.uff.br gma informacoes disciplinas_calc 03 -a- 2012-2_lista 6
 
Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8
 
Funcao exponencial
Funcao exponencialFuncao exponencial
Funcao exponencial
 
Matemática- Miniteste: Polinómios
Matemática- Miniteste: PolinómiosMatemática- Miniteste: Polinómios
Matemática- Miniteste: Polinómios
 
lista-de-exercicios-funcao-exponencial
lista-de-exercicios-funcao-exponenciallista-de-exercicios-funcao-exponencial
lista-de-exercicios-funcao-exponencial
 
00 propserpot
00 propserpot00 propserpot
00 propserpot
 
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia CivilApostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
 
Cálculo de Derivadas
Cálculo de DerivadasCálculo de Derivadas
Cálculo de Derivadas
 
Exercicios resolv3 mat
Exercicios resolv3 matExercicios resolv3 mat
Exercicios resolv3 mat
 
Polinomios
PolinomiosPolinomios
Polinomios
 
Resolucao dos exercicios_integrais
Resolucao dos exercicios_integraisResolucao dos exercicios_integrais
Resolucao dos exercicios_integrais
 
Resolucao dos exercicios_integrais
Resolucao dos exercicios_integraisResolucao dos exercicios_integrais
Resolucao dos exercicios_integrais
 
Ex algebra (7)
Ex algebra  (7)Ex algebra  (7)
Ex algebra (7)
 
Unidad i jose chavez
Unidad i jose chavezUnidad i jose chavez
Unidad i jose chavez
 
Eq. 2º grau
Eq. 2º grauEq. 2º grau
Eq. 2º grau
 

Mais de Carlos Campani

Lista de exercícios 3
Lista de exercícios 3Lista de exercícios 3
Lista de exercícios 3Carlos Campani
 
Lista de exercícios 2
Lista de exercícios 2Lista de exercícios 2
Lista de exercícios 2Carlos Campani
 
Aplicações da integração
Aplicações da integraçãoAplicações da integração
Aplicações da integraçãoCarlos Campani
 
Lista de exercícios 1
Lista de exercícios 1Lista de exercícios 1
Lista de exercícios 1Carlos Campani
 
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃOANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃOCarlos Campani
 
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕESPROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕESCarlos Campani
 
Funções, suas propriedades e gráfico
Funções, suas propriedades e gráficoFunções, suas propriedades e gráfico
Funções, suas propriedades e gráficoCarlos Campani
 
Solução de equações modulares
Solução de equações modularesSolução de equações modulares
Solução de equações modularesCarlos Campani
 
Equações polinomiais
Equações polinomiaisEquações polinomiais
Equações polinomiaisCarlos Campani
 
Instruções de Aprendiz
Instruções de AprendizInstruções de Aprendiz
Instruções de AprendizCarlos Campani
 
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...Carlos Campani
 

Mais de Carlos Campani (20)

Lista de exercícios 3
Lista de exercícios 3Lista de exercícios 3
Lista de exercícios 3
 
Lista de exercícios 2
Lista de exercícios 2Lista de exercícios 2
Lista de exercícios 2
 
Aplicações da integração
Aplicações da integraçãoAplicações da integração
Aplicações da integração
 
Lista de exercícios 1
Lista de exercícios 1Lista de exercícios 1
Lista de exercícios 1
 
Semana 14
Semana 14 Semana 14
Semana 14
 
Semana 13
Semana 13 Semana 13
Semana 13
 
Semana 12
Semana 12Semana 12
Semana 12
 
Semana 11
Semana 11Semana 11
Semana 11
 
Semana 10
Semana 10 Semana 10
Semana 10
 
Semana 9
Semana 9 Semana 9
Semana 9
 
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃOANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
 
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕESPROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
 
Funções, suas propriedades e gráfico
Funções, suas propriedades e gráficoFunções, suas propriedades e gráfico
Funções, suas propriedades e gráfico
 
Solução de equações modulares
Solução de equações modularesSolução de equações modulares
Solução de equações modulares
 
Equações polinomiais
Equações polinomiaisEquações polinomiais
Equações polinomiais
 
PROVAS DE TEOREMAS
PROVAS DE TEOREMASPROVAS DE TEOREMAS
PROVAS DE TEOREMAS
 
Instruções de Aprendiz
Instruções de AprendizInstruções de Aprendiz
Instruções de Aprendiz
 
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
 
Iezzi solcos
Iezzi solcosIezzi solcos
Iezzi solcos
 
Iezzi93 109
Iezzi93 109Iezzi93 109
Iezzi93 109
 

Integral

  • 1. INTEGRAL Prof. Dr. Carlos A. P. Campani 1 O Problema da Área A = A1 + A2 + A3 + A4 A = lim n→∞ An = lim n→∞ A′ n 1
  • 2. 2 O Problema da Determinação da Área de uma Região que Está Sob o Gráfico de uma Função Rn = n X k=1 (Basek × Alturak) Rn = n X k=1 1 n k n 2 ! 2
  • 3. Rn = n X k=1 k2 n3 Rn = 1 n3 n X k=1 k2 n X k=1 k2 = n(n + 1)(2n + 1) 6 Rn = 1 n3 n(n + 1)(2n + 1) 6 = n(n + 1)(2n + 1) 6n3 R10 = 10(10 + 1)(2.10 + 1) 6.103 = 0, 385 Ln = 1 n3 n−1 X k=0 k2 = 1 n3 (n − 1)n(2n − 1) 6 = (n − 1)n(2n − 1) 6n3 L10 = (10 − 1)10(2.10 − 1) 6.103 = 0, 285 0, 285 A 0, 385 3
  • 4. R30 = 30(30 + 1)(2.30 + 1) 6.303 = 0, 3502 L30 = (30 − 1)30(2.30 − 1) 6.303 = 0, 3169 0, 3169 A 0, 3502 lim n→∞ Rn = lim n→∞ Ln = A 4
  • 5. A = lim n→∞ Rn = lim n→∞ n(n + 1)(2n + 1) 6n3 = lim n→∞ 2n3 + 3n2 + n 6n3 = = lim n→∞ 2n3 6n3 = 1 3 = 0, 3333 3 Formalizando o Problema da Área de uma Região que Está Sob o Gráfico de uma Fun- ção ∆x = b − a n xk = a + k∆x f(xk) = f(a + k∆x) Rn = f(x1)∆x + f(x2)∆x + · · · + f(xn)∆x A = lim n→∞ Rn = lim n→∞ [f(x1)∆x + f(x2)∆x + · · · + f(xn)∆x] A = lim n→∞ n X k=1 f(xk)∆x Em vez de usar as extremidades esquerda e direita dos retângulos, po- demos tomar a altura do i-ésimo retângulo como o valor de f em qualquer número x∗ i do i-ésimo subintervalo. Chamamos os números x∗ 1, x∗ 2, . . . , x∗ n de pontos amostrais. 5
  • 6. A = lim n→∞ n X k=1 f(x∗ k)∆x 4 A Integral Definida Se f é uma função contı́nua definida em a ≤ x ≤ b, dividimos o intervalo [a, b] em n subintervalos de comprimento ∆x = (b − a)/n. Sejam x0(= a), x1, x2, . . . , xn(= b) as extremidades destes subintervalos, escolhemos os pontos amostrais x∗ 1, x∗ 2, . . . , x∗ n nesses subintervalos, de forma que x∗ i esteja no intervalo [xi−1, xi]. Então a integral definida de f de a a b é: Z b a f(x)dx = lim n→∞ n X k=1 f(x∗ k)∆x desde que o limite exista. Se existir, dizemos que f é integrável em [a, b]. Observações: • a e b são chamados de limites de integração. O intervalo [a, b] é chamado de intervalo de integração. • A função f não precisa ser necessariamente contı́nua em [a, b] para que f seja integrável. Se f apresenta apenas um número finito de descontinuidades de saltos em [a, b], então f é integrável em [a, b]. • Pn k=1 f(x∗ k)∆x é chamada de soma de Riemann. 6
  • 7. EXEMPLOS • Calcular a soma de Riemann para f(x) = x3 −6x em [0, 3], com n = 6. ∆x = b − a n = 3 − 0 6 = 1 2 Tomando a extremidade direita dos retângulos: x1 = 0, 5 x2 = 1 x3 = 1, 5 x4 = 2 x5 = 2, 5 x6 = 3 R6 = 6 X k=1 f(xk)∆x = = f(0, 5)∆x + f(1)∆x + f(1, 5)∆x + f(2)∆x+ f(2, 5)∆x + f(3)∆x = = 0, 5(−2, 875 − 5 − 5, 625 − 4 + 0, 625 + 9) = −3, 9375 Observe-se que a soma resultou em negativa pois a função f (ilustrada no gráfico) apresenta valores positivos e negativos no intervalo de in- tegração. O sinal da função é negativo de 0 a √ 6 e positivo de √ 6 a 3. Assim, a soma calculada é a diferença entre as áreas dos retângulos em que a função é positiva e as áreas em que é negativa. Como a área com valores negativos é maior, a soma resulta em valor negativo. 7
  • 8. • Calcular R 3 0 (x3 − 6x)dx ∆x = b − a n = 3 n Sabemos que: n X k=1 k = n(n + 1) 2 n X k=1 k3 = n(n + 1) 2 2 Utilizando as extremidades direitas dos retângulos: Z 3 0 (x3 − 6x)dx = lim n→∞ n X k=1 f(xk)∆x = lim n→∞ n X k=1 f 3k n 3 n = = lim n→∞ 3 n n X k=1 3k n 3 − 6 3k n # = lim n→∞ 3 n n X k=1 27 n3 k3 − 18 n k = = lim n→∞ 81 n4 n X k=1 k3 − 54 n2 n X k=1 k # = = lim n→∞ ( 81 n4 n(n + 1) 2 2 − 54 n2 n(n + 1) 2 ) = = lim n→∞ 81 4 1 + 1 n 2 − 27 1 + 1 n # = 81 4 − 27 = − 27 4 = −6, 75 8
  • 9. CÁLCULO DE SOMAS DE RIEMANN POR MEIO DE RECUR- SOS COMPUTACIONAIS Consideremos a função f(x) = x2 , com a = 0 e b = 1: ∆x = b − a n = 1 − 0 n = 1 n xk = k n Rn = n X k=1 f(xk)∆x = n X k=1 k n 2 1 n ! Programa em linguagem de programação do Octave: a = input(a=); b = input(b=); n = input(n=); dx = (b-a)/n; area = 0; for k = 1:n area = area + ((k/n)**2)*dx; endfor disp(area) Resultados em relação ao n, com a = 0 e b = 1, são mostrados na seguinte tabela: n área 10 0,385 30 0,3502 100 0,3384 200 0,3358 300 0,3350 9
  • 10. PROPRIEDADES DA INTEGRAL DEFINIDA Z b a f(x)dx = − Z a b f(x)dx Z a a f(x)dx = 0 pois ∆x = 0 Z b a dx = b − a Z b a cdx = c(b − a) com c ∈ R Z b a cf(x)dx = c Z b a f(x)dx com c ∈ R Z b a [f(x) ± g(x)]dx = Z b a f(x)dx ± Z b a g(x)dx Z c a f(x)dx + Z b c f(x)dx = Z b a f(x)dx 5 O Teorema Fundamental do Cálculo O Teorema Fundamental do Cálculo afirma que a integral é a antideri- vada. Ou seja, derivação e integração são processos inversos (ou operações inversas). Para o cálculo de integrais é necessário encontrar a primitiva de uma função. Uma função F é denominada primitiva de f no intervalo I se F′ (x) = f(x) para todo x em I. Ou seja, uma função é a primitiva de sua derivada. Se F é uma primitiva de f em um intervalo I, então a primitiva mais geral de f em I é F(x) + C, onde C é uma constante arbitrária. 10
  • 11. TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO Seja f contı́nua em [a, b]. 1. Se g(x) = R x a f(t)dt, então g′ (x) = f(x). 2. R b a f(x)dx = F(b) − F(a) e F é primitiva de f, isto é, F′ = f. Essas duas afirmações significam que: 1. d dx R x a f(t)dt = f(x) 2. R b a F′ (x)dx = F(b) − F(a) EXEMPLOS 1. Calcular R 2 −1 (x3 − 2x)dx Sabemos que se f(x) = x4 4 − x2 + C, onde C ∈ R, então f′ (x) = d dx x4 4 − x2 + C = 4x3 4 − 2x + 0 = x3 − 2x Ou seja, f(x) = x4 4 − x2 + C é uma primitiva de g(x) = x3 − 2x. Então, Z 2 −1 (x3 − 2x)dx = x4 4 − x2 + C 2 −1 = = 24 4 − 22 + C − (−1)4 4 − (−1)2 + C = 3 4 2. Calcular R 1 0 x3/7 dx Sabemos que d dx ( 7 10 x10/7 + C) = x3/7 , C ∈ R. Então: Z 1 0 x3/7 dx = 7 10 x10/7 + C 1 0 = 7 10 .1 + C − (0 + C) = 7 10 11
  • 12. 3. Calcular g(x) = R x 1 ln tdt Se f(x) = x ln x−x+C, onde C ∈ R, então f′ (x) = ln x. Confirmando: f′ (x) = d dx (x ln x − x + C) = d dx (x ln x) − d dx x + d dx C = = x d dx ln x + ln x d dx x − 1 + 0 = x 1 x + ln x − 1 = ln x Então, g(x) = Z x 1 ln tdt = x ln x − x + C − (1 ln 1 − 1 + C) = = x ln x − x + C − 0 + 1 − C = x ln x − x + 1 4. Calcular R 6 3 dx x . Uma primitiva de f(x) = 1/x é F(x) = ln |x| + C, e, como 3 ≤ x ≤ 6, podemos escrever F(x) = ln x + C. Logo, Z 6 3 dx x = ln x + C|6 3 = ln 6 − ln 3 5. Calcular R x 0 sin tdt Sabemos que a primitiva de f(t) = sin t é F(t) = − cos t + C. Assim, Z x 0 sin tdt = − cos t + C|x 0 = − cos x+C −(−cos(0)+C) = − cos x+1 6. Existe R 3 −1 1 x2 dx? A primitiva de f(x) = 1/x2 é g(x) = −x−1 . O cálculo então seria: Z 3 −1 1 x2 dx = −3−1 − (−(−1)−1 ) = − 1 3 − 1 = − 4 3 Este cálculo só pode estar errado, pois todos os retângulos da soma de Riemann da função f(x) = 1/x2 são positivos e a soma não pode- ria resultar em um número negativo. Isso ocorre porque a função f apresenta uma descontinuidade infinita em x = 0. Logo, R 3 −1 1 x2 dx não existe porque a função não é integrável no intervalo [−1, 3]. 12
  • 13. 6 Integrais Indefinidas Uma vez que o Teorema Fundamental do Cálculo estabelece uma relação entre primitivas e integrais, a notação R f(x)dx é usada para a primitiva de f e é chamada de integral indefinida. Assim, Z f(x)dx = F(x) significa F′ (x) = f(x) EXEMPLO Z x2 dx = x3 3 + C pois d dx x3 3 + C = x2 TABELA DE INTEGRAIS INDEFINIDAS R cf(x)dx = c R f(x)dx R [f(x) ± g(x)]dx = R f(x)dx ± R g(x)dx R kdx = kx + C R dx = x + C R xn dx = xn+1 n+1 + C (n ̸= −1) R 1 x dx = ln |x| + C R ex dx = ex + C R ax dx = ax ln a + C R sin xdx = − cos x + C R cos xdx = sin x + C R sec2 xdx = tan x + C R csc2 xdx = − cot x + C R sec x tan xdx = sec x + C R csc x cot xdx = − csc x + C R 1 x2+1 dx = arctan x + C R 1 √ 1−x2 dx = arcsin x + C R sinh xdx = cosh x + C R cosh xdx = sinh x + C EXEMPLOS 1. Verificar que R x √ x2+1 dx = √ x2 + 1 + C d dx ( √ x2 + 1+C) = 1 2 √ x2 + 1 d dx (x2 +1)+0 = 1 2 √ x2 + 1 2x = x √ x2 + 1 13
  • 14. 2. Determinar a integral R (10x4 − 2 sec2 x)dx Z (10x4 − 2 sec2 x)dx = Z 10x4 dx − Z 2 sec2 xdx = = 10 Z x4 dx − 2 Z sec2 xdx = 10 x5 5 + C1 − 2 tan x + C2 = = 2x5 − 2 tan x + C Onde C = C1 + C2. 3. Calcular R cos θ sin2 θ dθ Z cos θ sin2 θ dθ = Z 1 sin θ cos θ sin θ dθ = Z csc θ cot θdθ = − csc θ + C 4. Calcular R 9 1 2t2+t2 √ t−1 t2 dt Z 9 1 2t2 + t2 √ t − 1 t2 dt = Z 9 1 (2 + t1/2 − t−2 )dt = 2t + t3/2 3/2 − t−1 −1 9 1 = = 2t + 2 3 t3/2 + 1 t 9 1 = 2.9 + 2 3 93/2 + 1 9 − 2.1 + 2 3 (1)3/2 + 1 1 = 292 9 5. Achar a integral indefinida R ( √ x3 + 3 √ x2)dx Z ( √ x3 + 3 √ x2)dx = Z √ x3dx + Z 3 √ x2dx = Z x3/2 dx + Z x2/3 dx = = x3/2+1 3/2 + 1 +C1 + x2/3+1 2/3 + 1 +C2 = x5/2 5/2 + x5/3 5/3 +C = 2 5 √ x5 + 3 5 3 √ x5 +C 6. Obter a integral indefinida R sin 2x sin x dx Sabemos que sin(a+b) = sin a cos b+cos a sin b. Fazendo b = a, obtemos sin 2a = 2 sin a cos a. Assim, Z sin 2x sin x dx = Z 2 sin x cos x sin x dx = 2 Z cos xdx = 2 sin x + C 14
  • 15. 7. Calcular a integral R 3π/2 0 | sin x|dx Sabemos que sin x ≥ 0 para 0 ≤ x ≤ π e que sin x 0 para π x ≤ 3π/2. Assim, | sin x| = sin x para 0 ≤ x ≤ π e | sin x| = − sin x para π x ≤ 3π/2. Logo, Z 3π/2 0 | sin x|dx = Z π 0 sin xdx + Z 3π/2 π (− sin x)dx = = Z π 0 sin xdx − Z 3π/2 π sin xdx = = (− cos x + C1)|π 0 − (− cos x + C2)|3π/2 π = = (− cos π +C1 −(− cos 0+C1))−(− cos 3π/2+C2 −(− cos π +C2)) = = cos 0 − cos π + cos 3π/2 − cos π = 1 − (−1) + 0 − (−1) = 3 8. Determinar R π 4 0 1 cos2 x dx Z π 4 0 1 cos2 x dx = Z π 4 0 sec2 xdx = (tan x + C)| π 4 0 = tan π 4 + C − (tan 0 + C) = tan π 4 − tan 0 = 1 − 0 = 1 9. Seja f′′ (x) = x + 2. Encontrar f. Sabemos que R f′ (x)dx = f(x). Assim, f′ (x) = Z f′′ (x)dx = Z (x + 2)dx = x2 2 + 2x + C1 e f(x) = Z f′ (x)dx = Z x2 2 + 2x + C1 dx = x3 6 + x2 + C1x + C2 10. Encontrar uma função polinomial g tal que g(2) = 3, g′ (2) = −1 e g′′ (2) = 2. Vamos assumir que g′′ (x) = 2. Então g′ (x) = Z g′′ (x)dx = Z 2dx = 2x + C1 15
  • 16. Sabemos que g′ (2) = −1, então 2.2 + C1 = −1 e C1 = −5. Logo g(x) = Z (2x − 5)dx = x2 − 5x + C2 Sabemos que g(2) = 3, então 22 − 5.2 + C2 = 3 e C2 = 9. Assim, g(x) = x2 − 5x + 9. Observe-se que este problema tem infinitas soluções, dependendo do polinômio usado para g′′ . Como exercı́cio sugerimos mostrar que se assumı́ssemos inicialmente g′′ (x) = x, terı́amos como resposta g(x) = x3 6 − 3x + 23 3 . 7 Regra da Substituição Existem casos em que a obtenção da primitiva não é direta. Um exemplo é o cálculo da integral R 2x √ 1 + x2dx. Para resolver isso é necessário efetuar uma transformação de variáveis. Assim, Z 2x √ 1 + x2dx = Z √ 1 + x22xdx Podemos fazer u = 1 + x2 e du = 2xdx. Logo, Z 2x √ 1 + x2dx = Z √ udu = 2 3 u3/2 + C = 2 3 (1 + x2 )3/2 + C Confirmando: d dx 2 3 (1 + x2 )3/2 + C = 2 3 3 2 (1 + x2 )1/2 d dx (1 + x2 ) + 0 = = 2x √ 1 + x2 16
  • 17. REGRA DA SUBSTITUIÇÃO Se u = g(x) for uma função derivável cuja imagem é um intervalo I e f for contı́nua em I, então Z f(g(x))g′ (x)dx = Z f(u)du Observe-se que a Regra da Substituição baseia-se na Regra da Cadeia de Derivada. EXEMPLOS 1. Encontrar R x3 cos(x4 + 2)dx Fazemos u = x4 + 2 e du = 4x3 dx. Assim, x3 dx = 1 4 du. Então Z x3 cos(x4 + 2)dx = Z cos u. 1 4 du = 1 4 Z cos udu = = 1 4 sin u + C = 1 4 sin(x4 + 2) + C 2. Calcular R √ 2x + 1dx Fazemos u = 2x + 1. Então, du = 2dx e dx = du/2. Assim, Z √ 2x + 1dx = Z √ u du 2 = 1 2 Z u1/2 du = 1 2 u3/2 3/2 + C = = 1 3 (2x + 1)3/2 + C Outra possibilidade de substituição é u = √ 2x + 1. Então, du = dx √ 2x+1 e dx = √ 2x + 1du = udu. Assim, Z √ 2x + 1dx = Z u.udu = Z u2 du = u3 3 + C = 1 3 (2x + 1)3/2 + C 3. Encontrar R x √ 1−4x2 dx Seja u = 1 − 4x2 . Então du = −8xdx e xdx = −1 8 du. Assim, Z x √ 1 − 4x2 dx = − 1 8 Z 1 √ u du = − 1 8 Z u−1/2 du = − 1 8 (2 √ u) + C = 17
  • 18. = − 1 4 √ 1 − 4x2 + C 4. Calcular R e5x dx Fazemos u = 5x, então du = 5dx e dx = du/5. Assim, Z e5x dx = 1 5 Z eu du = 1 5 eu + C = 1 5 e5x + C 5. Achar R √ 1 + x2x5 dx Vamos fatorar x5 = x4 .x. Fazemos u = 1+x2 , du = 2xdx e xdx = du/2. Observe que x2 = u − 1 e x4 = (u − 1)2 . Logo, Z √ 1 + x2x5 dx = Z √ 1 + x2x4 .xdx = Z √ u(u − 1)2 du 2 = = 1 2 Z u1/2 (u2 − 2u + 1)du = 1 2 Z (u5/2 − 2u3/2 + u1/2 )du = = 1 2 ( 2 7 u7/2 − 2. 2 5 u5/2 + 2 3 u3/2 ) + C = = 1 7 (1 + x2 )7/2 − 2 5 (1 + x2 )5/2 + 1 3 (1 + x2 )3/2 + C 6. Calcular R tan xdx Z tan xdx = Z sin x cos x dx Fazemos u = cos x, então du = − sin xdx e sin xdx = −du. Z tan xdx = Z sin x cos x dx = − Z du u = − ln |u| + C = − ln | cos x| + C = = ln | cos x|−1 + C = ln 1 | cos x| + C = ln | sec x| + C Observe-se que usamos como primitiva mais geral para 1/x, ln |x| − C pois d dx (ln |x| − C) = 1 x . 18
  • 19. 7. Determinar R dt (1−6t)4 Fazemos u = 1 − 6t, du = −6dt e dt = −du/6. Então Z dt (1 − 6t)4 = − 1 6 Z 1 u4 du = − 1 6 Z u−4 du = − 1 6 u−3 −3 + C = = 1 18(1 − 6t)3 + C 8. Determinar R esin θ cos θdθ Fazemos u = sin θ e du = cos θdθ. Então Z esin θ cos θdθ = Z eu du = eu + C = esin θ + C 9. Calcular R x2 (x3 + 5)9 dx Fazemos u = x3 + 5, du = 3x2 dx e x2 dx = du/3. Então Z x2 (x3 + 5)9 dx = 1 3 Z u9 du = u10 30 + C = (x3 + 5)10 30 + C 10. Encontrar R ex sin(ex )dx Fazemos u = ex e du = ex dx. Logo, Z ex sin(ex )dx = Z sin udu = − cos u + C = − cos(ex ) + C 11. Determinar R (ln x)2 x dx Seja u = ln x então du = dx/x. Assim, Z (ln x)2 x dx = Z u2 du = u3 3 + C = (ln x)3 3 + C 12. Achar R √ x sin(1 + x3/2 )dx Seja u = 1 + x3/2 e du = 3 2 x1/2 dx = 3 2 √ xdx. Logo, √ xdx = 2 3 du. Assim, Z √ x sin(1 + x3/2 )dx = 2 3 Z sin udu = − 2 3 cos u + C = = − 2 3 cos(1 + x3/2 ) + C 19
  • 20. 13. Calcular R arctan x 1+x2 dx Sabemos que d dx arctan x = 1 1+x2 . Assim, fazemos u = arctan x e du = dx 1+x2 . Então, Z arctan x 1 + x2 dx = Z udu = u2 2 + C = (arctan x)2 2 + C 14. Determinar R sin √ x √ x dx Seja u = √ x e du = 1 2 √ x dx. Então dx √ x = 2du. Logo Z sin √ x √ x dx = Z sin u.2du = 2 Z sin udu = −2 cos u + C = = −2 cos √ x + C 15. Encontrar R x2 √ 1−x dx Fazemos u = 1 − x e x = 1 − u. Assim, du = −dx e dx = −du. Logo, Z x2 √ 1 − x dx = − Z (1 − u)2 √ u du = − Z 1 − 2u + u2 u1/2 du = = − Z (u−1/2 − 2u1/2 + u3/2 )du = − u1/2 1/2 + 2 u3/2 3/2 − u5/2 5/2 + C = = −2u1/2 + 4 3 u3/2 − 2 5 u5/2 + C = = −2(1 − x)1/2 + 4 3 (1 − x)3/2 − 2 5 (1 − x)5/2 + C REGRA DA SUBSTITUIÇÃO PARA AS INTEGRAIS DEFINIDAS Se g′ for contı́nua em [a, b] e f for contı́nua na imagem de u = g(x), então Z b a f(g(x))g′ (x)dx = Z g(b) g(a) f(u)du 20
  • 21. EXEMPLOS 1. Calcular R 4 0 √ 2x + 1dx Repetindo o que fizemos em exemplo anterior, fazemos u = 2x + 1 e dx = du/2. Os limites de integração serão: • Para x = 0, u = 2.0 + 1 = 1 • Para x = 4, u = 2.4 + 1 = 9 Então, Z 4 0 √ 2x + 1dx = 1 2 Z 9 1 √ udu = 1 2 2 3 u3/2 9 1 = = 1 3 (93/2 − 13/2 ) = 26 3 2. Calcular a integral definida R 2 1 dx (3−5x)2 Seja u = 3 − 5x e du = −5dx. Logo, dx = −du/5. Os limites de integração ficam: • Para x = 1, u = 3 − 5.1 = −2 • Para x = 2, u = 3 − 5.2 = −7 Assim, Z 2 1 dx (3 − 5x)2 = − 1 5 Z −7 −2 du u2 = − 1 5 − 1 u −7 −2 = 1 5u −7 −2 = = 1 5(−7) − 1 5(−2) = 1 14 3. Determinar R e 1 ln x x dx Fazemos u = ln x e du = dx/x. Os limites de integração ficam: • Para x = 1, u = ln 1 = 0 • Para x = e, u = ln e = 1 21
  • 22. Z e 1 ln x x dx = Z 1 0 udu = u2 2 1 0 = 1 2 4. Calcular R 1 0 xe−x2 dx Seja u = −x2 . Então, du = −2xdx e xdx = −du 2 . Os limites de integração serão: • Para x = 0, u = −02 = 0 • Para x = 1, u = −(1)2 = −1 Logo, Z 1 0 xe−x2 dx = − 1 2 Z −1 0 eu du = − 1 2 eu −1 0 = − 1 2 (e−1 − e0 ) = = − 1 2 1 e − 1 = e − 1 2e ≈ 0, 316 5. Calcular R π/2 0 cos x sin(sin x)dx Seja u = sin x e, portanto, du = cos xdx. Os limites de derivação ficam: • Para x = 0, u = sin 0 = 0 • Para x = π 2 , u = sin(π/2) = 1 Então, Z π/2 0 cos x sin(sin x)dx = Z 1 0 sin udu = − cos u|1 0 = = − cos 1 − (− cos 0) = 1 − cos 1 ≈ 0, 4597 6. Determinar R π 2 0 sin θ √ 1+cos θ dθ Sejam u = 1 + cos θ e du = − sin θdθ. Os limites de integração serão: • Para x = 0, u = 1 + cos 0 = 2 • Para x = π 2 , u = 1 + cos(π/2) = 1 22
  • 23. Assim, Z π 2 0 sin θ √ 1 + cos θ dθ = − Z 1 2 du √ u = − Z 1 2 u−1/2 du = − u1/2 1/2 1 2 = = −2u1/2 1 2 = −2(1)1/2 − (−2(2)1/2 ) = 2 √ 2 − 2 ≈ 0, 828 7. Calcular R 4π2 π2 sin √ x √ x dx Seja u = √ x. Portanto, du = 1 2 √ x dx e dx √ x = 2du. • Para x = π2 , u = π • Para x = 4π2 , u = 2π Então, Z 4π2 π2 sin √ x √ x dx = Z 2π π sin u.2du = 2 Z 2π π sin udu = −2 [cos u]2π π = = −2[cos(2π) − cos π] = −2(1 − (−1)) = −4 8. Determinar R 1/2 0 arcsin x √ 1−x2 dx Sabemos que d dx arcsin x = 1 √ 1−x2 . Assim, fazemos u = arcsin x e du = dx √ 1−x2 . Os limites de integração ficam: • Para x = 0, u = arcsin 0 = 0 • Para x = 1/2, u = arcsin 1/2 = π/6 Então Z 1/2 0 arcsin x √ 1 − x2 dx = Z π/6 0 udu = u2 2 π/6 0 = π2 72 9. R 10 1 x x2−4 dx existe? Observe-se que a função f(x) = x x2−4 apresenta uma descontinuidade infinita em x = 2, que pertence ao intervalo de integração. Assim, a integral não existe. 23