O documento apresenta uma introdução ao ensino em ambientes virtuais ministrado por Rosemara Perpetua Lopes. Ela discute conceitos como aulas presenciais versus virtuais, abordagens pedagógicas, ferramentas digitais, avaliação e desafios do ensino remoto. Lopes enfatiza a importância de se levar em conta a realidade dos alunos e adaptações necessárias para a modalidade virtual.
Atividade com a música Xote da Alegria - Falamansa
Introdução ao Ensino em Ambiente Virtual
1. R O S E M A R A PERPETUA LOPES
INTRODUÇÃO AO ENSINO EM
AMBIENTE VIRTUAL
Webinário realizado em 22/07/2020, a convite da Pró-Reitoria de
Graduação da Universidade Federal de Jataí.
Em caso de citação:
LOPES, Rosemara P. Introdução ao ensino em ambiente virtual. SlideShare, 29 jul.
2020. Disponível em: <endereço>. Acesso em: <data>.
2. Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Educação
rosemaralopes@ufg.br
Ø Doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Ø Pós-doutorado em tecnologias móveis e educação
Ø Professora do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) da
Universidade Federal de Jataí (UFJ)
Ø Líder do Grupo de Pesquisa Tecnologias Digitais e Formação de
Professores (GTDiF)
Ø Coordenadora do projeto de pesquisa “Trabalho pedagógico com
tecnologias digitais e móveis na rede pública de educação básica
durante o período de suspensão das aulas presenciais pelo
contingenciamento Covid-19” – financiado pela Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg)
3. GTDIF RESPONDE
Ø atendimento on-line e gratuito
Ø criado para atendimento a professores e gestores escolares
Ø o professor acessa o link, preenche o formulário com a sua
dúvida e envia
Ø a resposta chegará em até 48 horas
Ø são passíveis de atendimento dúvidas de caráter pedagógico ou
técnico ou ainda dicas de material didático virtual
Ø ativo a partir de agosto de 2020
O GTDiF Responde é parte do Projeto de Extensão Universitária:
Núcleo de Assistência Pedagógica em Tecnologias na Educação (NATEC)
E-mail GTDiF: gtdif.gp@gmail.com
4. NOSSO ASSUNTO:
ENSINO DURANTE A PANDEMIA
Imagem extraída do site da Revista Época. Matéria Como estudar em
tempos de Pandemia, publicada em 22 mar. 2020, acessada em 20 jul. 2020.
7. AULA PRESENCIAL
Na modalidade presencial a aula varia conforme a
abordagem pedagógica
Tradicional Cognitivista
Ausubeliana
Piagentiana
Sociointeracionista
Sociocultural
Histórico-crítica
Histórico-cultural
MMD
Professor Transmissor Facilitador Mediador
Aluno Passivo Ativo Sujeito histórico
Tecnologia Ferramenta
para exibição
de conteúdo
pelo professor
Ferramenta para a
construção de
conhecimento
pelo aluno
Instrumento mediador
Avaliação Somativa Formativa Formativa e
contextualizada
Referencial teórico: Mizukami (1986), Almeida, Oliveira e Arnoni (2007), Marsiglia (2011), Moreira (2011).
8. AULA PRESENCIAL
Não há uma única maneira de
ministrar aula no presencial.
Não há uma única maneira de
ministrar aula no virtual.
9. AULA VIRTUAL NÃO NECESSARIAMENTE
É AULA EM AMBIENTE VIRTUAL
Aula em ambiente virtual Aula virtual
Aula remota ou ensino remoto
10. FORMATO DA AULA
AULA EM CASA
Aula in real time
- uso de plataformas virtuais
- comunicação síncrona
Aula gravada
- investimento no material (ex. vídeo-aulas)
- comunicação assíncrona
11. AULA COM TDIC
A aula virtual segundo a abordagem pedagógica
Instrucionista
Conservadora
Construcionista
Inovadora
Emergente
Professor Transmissor Facilitador, mediador
Aluno Passivo (aluno-ouvinte) Ativo
Tecnologia Fazer o que já se fazia com
giz e lousa
Fazer o que antes não se
fazia com as velhas
tecnologias
Atividades Expositivas Investigativas, colaborativas,
experimentais
Avaliação Produto Processo
Referencial teórico: Papert (1992), Coll e Monereo(2010), Behrens (2013), Oliveira (2016).
12. FUNDAMENTOS DA AULA
Fundamentos: concepções e conhecimentos do professor.
Podem ou não ser alterados do presencial para o virtual.
Esses fundamentos, que correspondem a base de conhecimentos para a
docência do professor e compõem os seus quadros referenciais para a
docência não necessariamente serão alterados simplesmente porque a
aula deixou de ser presencial.
Fundamentos
epistemológicos e
outros
Base de
conhecimentos
para a
docência
Quadros
referenciais
para a
docência
13. AULA SEGUNDO A ABORDAGEM
INSTRUCIONISTA
Manutenção do tradicional no ambiente virtual
Virtualização do ensino
Presencial
Tradicional
Virtual
Virtualização do ensino
14. VIRTUALIZAÇÃO DO ENSINO
“transferir o conteúdo das aulas convencionais para a tela do computador”.
(OLIVEIRA, 2016, p. 196)
Indicadores:
- Aula expositiva
- Exibir vídeo sem problematização ou produção do aluno
- Utilizar software exclusivamente para ilustração
- Ausência de problematização (não se restringe a perguntas e
respostas durante a aula expositiva)
- Participação do aluno restrita a ouvir e reproduzir
A aula pode ser híbrida (parcialmente instrucionista e construcionista).
Teoria antes e prática depois.
15. AULA SEGUNDO A ABORDAGEM
CONSTRUCIONISTA
Tradicional
VirtualPresencial
Construcionista
Inovadora
Emergente
Cognitivista
Sociointeracionista
Histórico-cultural
Histórico-crítica
Ø participação do aluno na aula
Ø atividades
Ø avaliação
A prática antecede a teoria.
Assentada em conceitos como aluno ativo e professor aprendente.
16. Flipped Classroom: também conhecida como “Sala de Aula Invertida”, prevê o envio prévio de
material de estudo ao aluno, sobre o conteúdo de ensino, a aula parte das dúvidas,
questionamentos e demais apontamentos apresentados pelos mesmos, num misto de senso
comum (pré-concepções dos estudantes) e conhecimento científico (em processo de
apropriação pelo estudante) para chegar ao conhecimento científico, propriamente dito, pela
mediação do professor.
Referencial teórico: Bergmann e Sams (2016). Sobre PBL (POPBL): Sousa (2015).
Metodologia ativa PBL, Flipped Classroom
Investigativa WebQuest
Colaborativa Wiki
Problematizadora Debate (Google Classroom)
Problematizadora Discussão por chat (G-Suíte)
A AULA SEGUNDO A ABORDAGEM
CONSTRUCIONISTA
17. ASPECTOS A CONSIDERAR NO
AMBIENTE VIRTUAL
Linguagem Deve ser clara, simples, dialogada e
mais familiar, para não haver “mal
entendidos”
Conteúdos Na medida do possível, buscar o
rompimento das fronteiras disciplinares
tradicionais
Atividades Interatividade – Atividades síncronas e
assíncronas, como fóruns de discussão,
chats, videoconferência
Orientação e
acompanhamento
Contínuo e sistemático
19. MUDANÇA PEDAGÓGICA
Um professor que no presencial realizava seu
trabalho pedagógico fundamentado em
pressupostos da pedagogia histórico-crítica
tende a continuar a fazê-lo no virtual.
20. A DECISÃO É SUA, PROFESSOR!
Ao passar do presencial para o virtual, o
professor decide a partir de que abordagem
pedagógica realizar a sua aula.
A mudança evolve mais do que a escolha dos meios e
da forma de participação dos alunos.
21. AULA EM AMBIENTE VIRTUAL
Postura
Ø Como o professor se posiciona diante do trabalho em ambiente
virtual.
Ø Não se trata de aderir ou não (trabalho em caráter
emergencial).
Ø No presencial não há garantia de que uma aula será bem
sucedida, que ocorrerá conforme planejada, no virtual não é
diferente.
Ø Não fetichizar o virtual: tecnologia é meio.
Domínio dos recursos
Ø Quanto maior o domínio, maior a segurança (isto vale para a
aula em qualquer modalidade). Explore o ambiente.
Conhecimentos
Ø Para dar uma aula presencial o professor não espera saber tudo,
no virtual não é diferente.
22. QUE AMBIENTE VIRTUAL PRIORIZAR
EM SUAS AULAS?
ü Levar em conta os objetivos da aula
ü Levar em conta as ferramentas e funcionalidades de cada ambiente virtual
ü Levar conta seu conhecimento sobre o ambiente (familiaridade) e o quanto se
sente seguro para utilizá-lo
Optar pelos institucionalmente possíveis
23. CONDIÇÕES DE ESTUDO DOS ALUNOS
Evite surpresas.
Antes de iniciar as aulas, faça um mapeamento.
Faça um check-list.
24. MAPEAMENTO
ü De onde o aluno acessa a internet (considerar a plataforma menos
“pesada”)
ü Tipo de internet (Wi-Fi, 3G, 4G, via rádio ou outra)
ü Tipo de aparelho (se computador ou celular)
ü Capacidade de processamento, memória e armazenamento
ü Sistema operacional (no computador Windows, Linux ou outro, no celular
Android, IOS ou outro)
ü Navegador (Chrome, Mozilla, Safari ou outro)
ü Familiaridade do aluno com o ambiente selecionado para as aulas
ü Se o aluno já teve aula virtual ou já realizou atividades educacionais on-
line
Em caso de dúvida, busque suporte.
25. PRESENÇA DO ALUNO NA AULA
No ambiente virtual também é possível ter um
aluno presente, mas ausente da aula.
Independentemente da modalidade, a
resposta está na interação promovida pelo
desenho metodológico da aula.
26. AVALIAÇÃO
Garantir que um trabalho efetivamente foi feito pelo aluno avaliado é uma preocupação tanto no
presencial, quanto no virtual. No presencial o professor sabe o que fazer. E no virtual?
27. Independentemente da modalidade
(presencial ou virtual), considere o formato da
avaliação proposta.
AVALIAÇÃO
Sugestão:
Propor problemas, preferencialmente relacionados ao campo de
atuação profissional do estudante ou ao seu cotidiano, e solicitar que,
em grupo (dupla ou trio), encontre a solução.
Neste caso, não haverá resposta pronta na internet ou junto a outros
colegas.
Opções: PBL ou WebQuest.
28. MINHA INTERNET CAIU!
Se a internet cair ou a energia acabar durante a aula,
não entre em pânico.
Passe ao plano B.
Combine previamente com os alunos o que fazer nesses casos.
29. VARIÁVEL DIDÁTICA
O que pode dar errado em sua aula virtual
Ø Queda de energia
Ø Perda de conexão (acesso à internet)
Ø Equipamento travando, configuração, qualidade de áudio e vídeo,
resolução de imagens, ruído ou interferência durante a aula, arquivo não
abre etc.
Ø Erros de configuração, por exemplo, um link enviado aos alunos não abrir
em determinado navegador
Ø Configuração do material preparado para a aula alterar do computador
para o celular
Ø Câmera com defeito
Ø Desinteresse sinalizado pela ausência de feedback do aluno durante a
aula
Ø Outros (imprevistos)
30. HOMEOFFICE
Não esquecer:
Aspectos legais e éticos
Assim como o presencial, o trabalho em ambiente virtual envolve
aspectos legais e éticos.
Exemplo 1: propagandas veiculadas aos objetos educacionais
adotados pelo professor para a sua aula.
Exemplo 2: WhatsApp (celular) não é institucional, é de uso
pessoal.
Nota Técnica GT Covid-19 N°. 11/2020
Sobre a saúde e os direitos fundamentais de professoras e professores quanto ao
trabalho por meio de pataformas virtuais e/ou em homeoffice durante o período
da pandemia causada pela Covid-19
31. EXPERIÊNCIAS DE PROFESSORES E
OUTRAS INFORMAÇÕES
UFG EM CASA
Disponível em: https://ufgemcasa.ufg.br/
IFGW se desdobra para manter qualidade de ensino durante isolamento
Disponível em:
https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2020/04/21/ifgw-se-desdobra-para-
manter-qualidade-de-ensino-durante-isolamento
USP, Unicamp e Unesp decidem voltar no 2º semestre só com aulas remotas
Disponível em:
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2020/06/18/usp-
unicamp-e-unesp-decidem-voltar-no-2-semestre-so-com-aulas-remotas.htm
32. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, José Luís Vieira; OLIVEIRA, Edilson Moreira de; ARNONI, Maria Eliza Brefere. Mediação
dialética na educação escolar: teoria e prática. São Paulo, SP: Edições Loyola, 2007.
BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática pedagógica. 6. ed. São
Paulo: Ed. Vozes, 2013.
BERGMANN, Jonathan; SAMS, Aaron. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de
aprendizagem. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
COLL, Cesar; MONEREO, Carles. (Orgs.). Psicologia da educação virtual: aprender e ensinar com
as tecnologias da informação e da comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010.
MARSIGLIA, Ana Carolina Galvão. A prática pedagógica histórico-crítica na educação infantil e
ensino fundamental. Campinas, SP: Autores Associados, 2011.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.
MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de aprendizagem. 2. ed. São Paulo: E. P. U., 2011.
OLIVEIRA, Elsa Guimarães. Aula virtual e presencial são rivais? In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro
(Org.). Aula: gênese, dimensões, princípios e práticas. 2. ed. 5. reimpr. São Paulo: Papirus, 2016. p.
187-223.
PAPERT, Seymour. The children’s machine: rethinking school in the age of the computer. New York:
BasicBooks, 1992.
SOUSA, Sidinei de Oliveira. Blended Online POPBL: uma abordagem blended learning para uma
aprendizagem baseada em problemas e organizada em projetos. 2015. 278 f. Tese (Doutorado
em Educação) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente
Prudente, 2015.