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Profº Alexandre Donha
 É um conjunto de efeitos nocivos representado pelos
sinais e sintomas que revelam o desequilíbrio orgânico
produzido pela interação do agente químico com
o sistema biológico. Corresponde ao estado
patológico provocado pelo agente tóxico, em
decorrência de sua interação com o organismo.
Efeito tóxicoEfeito tóxico
==
Dose da substânciaDose da substância
++
Tempo contatoTempo contato
Suficientes para quebrar a homeostasia do organismoSuficientes para quebrar a homeostasia do organismo
 Fase de Exposição: Contato do agente tóxico com o
organismo.
 Fase Toxicocinética: Interação do AT com o
organismo.
◦ absorção,
◦ distribuição,
◦ armazenamento
◦ eliminação (biotransformação e excreção).
 Fase Toxicodinâmica: Ação do AT no organismo.
Atingindo o alvo, o AT interage biologicamente
causando alterações morfológicas e funcionais,
produzindo danos.
 Fase Clínica: Manifestação clínica dos efeitos
resultantes da ação tóxica. Sinais e sintomas que
caracterizam o efeito tóxico e evidenciam a intoxicação.
 Exposição é a medida do contato entre o AT e a superfície
corpórea do organismo.
 Sua intensidade e a velocidade de aparecimento dos efeitos
dependem de fatores, tais como:
 i) Via ou local de exposição: As principais vias de
exposição, através das quais os AT são introduzidos no
organismo são:
◦ via gastrintestinal (ingestão)
◦ via pulmonar (inalação)*
◦ via cutânea (contato)*
◦ Parenteral (menos importante)
endovenosa > pulmonar > intraperitoneal > sub-
cutânea > intra muscular > intra-dérmica > oral >
cutânea
 ii) Duração e frequência da exposição: são importantes
na determinação do efeito tóxico, assim como na sua
intensidade.
 Classificação quanto à duração da exposição:
◦ Aguda: exposição única ou múltipla que ocorra em um
período máximo de 24 horas
◦ Sub-aguda: aquela que ocorre durante algumas semanas
(até 1 mês)
◦ Sub-crônica: aquela que ocorre durante alguns meses
(geralmente entre 1 e 3 meses)
◦ Crônica: ocorre por um tempo maior do que 3 meses.
 Frequência - Doses fracionadas reduzem o efeito tóxico, caso
a duração da exposição não seja aumentada.
◦ velocidade de eliminação// efeito tóxico revertido
 Ação do organismo sobre o agente tóxico, procurando
diminuir ou impedir a ação nociva da substância
sobre ele.
 É de grande importância, porque dela resulta a
quantidade de AT disponível para reagir com o receptor
biológico e exercer a ação tóxica.
 É constituída dos seguintes processos:
◦ Absorção
◦ Distribuição
◦ Eliminação: biotransformação e excreção
 2.1- Absorção: É a passagem do AT do meio externo
para o meio interno, atravessando membranas
biológicas.
◦ O meio externo na absorção pode ser o estômago, os
alvéolos, o intestino, ou seja, dentro do organismo,
mas fora da célula.
 Existem três tipos de absorção mais importantes para a
Toxicologia.
◦ Pelo trato gastrintestinal (TGI) ou Oral
◦ Cutânea
◦ Respiratória
 Absorção pelo trato gastrintestinal (TGI) ou
Oral
◦ Absorção desde a boca até o reto - difusão passiva
◦ Boca absorção
  tempo de contato
  para lipossolúveis (cocaína, estricnina, atropina)
◦  Absorção de substâncias no estado não ionizado
 ácidos fracos em meio ácido (absorção na mucosa gástrica)
 bases fracas em meio alcalino (absorção no intestino)
◦ Absorção por transporte ativo
 Chumbo e Tálio (sistemas transportadores do Cálcio e do
Ferro)
 Absorção Cutânea
◦ A pele íntegra é uma barreira efetiva contra a
penetração de substâncias químicas exógenas.
◦ Alguns xenobióticos podem sofrer absorção cutânea,
(anatomia, propriedades fisiológicas e propriedades
físico-químicas dos agentes.
 Tipos de absorção cutânea:
◦ Absorção transepidérmica
◦ Absorção transfolicular
 Absorção pelo trato respiratório
◦ A via respiratória é a via de maior importância para
Toxicologia Ocupacional.
◦ A maioria das intoxicações Ocupacionais é decorrente
da aspiração de substâncias contidas no ar ambiental.
◦  fluxo sanguíneo no local
◦ As substâncias poderão sofrer absorção em dois
locais:
 Vias aéreas superiores
 Alvéolos
◦ Agentes absorvidos pelo trato respiratório:
 Gases, vapores e os aerodispersóides.
 Gases e Vapores
 Vias aéreas superiores
◦ Não recebe muita atenção
◦ É importante por reter algumas substâncias
◦ Influenciada pela HIDROssolubilidade – umidade das
mucosas é favorável
◦ Nem sempre é sinônimo de proteção
- Possibilidade de hidrólise química = compostos
nocivos.
- Ex.: dióxido de enxofre (SO2) + H2O → ácido
sulfúrico.
- Efeitos irritantes e favorecimento da absorção
destes ou de outros agentes pela mucosa lesada.
◦ “Barreira” Placentária: proteger o feto contra a
passagem de substâncias nocivas provenientes do
organismo materno
 Troca de nutrientes e gases, como O2, CO2 – processo ativo
 Entrada de AT – difusão passiva
 A placenta não representa uma barreira protetora efetiva
contra a entrada de substâncias estranhas na circulação
fetal
 Mecanismos de biotransformação que podem prevenir a
passagem placentária de alguns xenobióticos.
 2.2- Armazenamento: Os agentes tóxicos podem ser
armazenados no organismo, especialmente em dois
tecidos distintos:
◦ Tecido adiposo: lipossolubilidade - transporte por
membranas
 Xenobióticos armazenados - dissolução física nas gorduras
neutras do tecido.
◦ Tecido Ósseo: Tecido relativamente inertem mas
serve como local de armazenamento de AT
inorgânicos.
 Reação entre o AT e a matriz inorgânica do osso.
 Ex.: flúor, chumbo e estrôncio.
 Liberação gradativa para a corrente sanguínea
 2.4- Eliminação: É composta de dois processos: a
biotransformação e a excreção.
◦ Biotransformação: Conjunto de alterações que um
agente químico sofre no organismo, visando aumentar
sua polaridade e facilitar sua excreção.
 Mecanismo de defesa
 Maioria das substâncias (endógenas ou exógenas) -
biotransformadas no fígado
 A biotransformação pode ocorrer através de dois
mecanismos:
 i) Ativação: Produz metabólitos com atividade igual ou
maior do que o precursor - pode aumentar a toxicidade da
substância.
 ii) Desativação: Produto resultante é menos ativo
(tóxico) que o precursor - mais comum para os xenobióticos.
◦ Excreção: Pode ser vista como um processo inverso
ao da absorção - fatores que influem na entrada do
xenobiótico podem dificultar a saída.
 Muitas vezes, denominado Eliminação, embora pelo
conceito atual a eliminação inclui também o processo de
biotransformação.
 Existem três classes de excreção:
 i) Secreções: tais como a biliar, sudorípara, lacrimal,
gástrica, salivar, láctea.
 ii) Excreções: urina, fezes e catarro.
 iii) Ar expirado
◦ Outras secreções:
 Secreção sudorípara: Conhecida há muitos anos. Ex.:
iodo, bromo, ácido benzóico, ácido salicílico, chumbo,
arsênio, álcool, etc.
 Difusão passiva – pode causar dermatites em indivíduos
suscetíveis
 Secreção salivar: É significativa para alguns xenobióticos.
 Lipossolúveis - difusão passiva / hidrossolúveis – filtração
 Secreção láctea: Ingestão por recém-nascidos. Ex.:
morfina, álcool, etc.
 Lipossolúveis - difusão passiva do sangue para o leite
 Exteriorização dos efeitos do agente tóxico, ou seja, o
aparecimento de sinais e sintomas da intoxicação ou
alterações laboratoriais causadas pela substância
química.
 4.1- Classificação dos efeitos tóxicos
 Quanto ao tempo de aparecimento dos sintomas
◦ Efeitos Imediatos ou agudos: aparecem
imediatamente após uma exposição única (24 horas) -
graves.
◦ Efeitos crônicos: exposição a pequenas doses -
vários meses ou anos. Podem advir de dois
mecanismos:
 i) Somatória ou Acúmulo do AT: velocidade de
eliminação < que a de absorção - AT se acumula - nível
tóxico.
 ii) Somatória de Efeitos: dano irreversível, sendo
aumentado a cada exposição - nível detectável; ou dano
reversível, com tempo entre as exposições insuficiente para a
recuperação do organismo.
◦ Efeitos retardados: só ocorrem após um período de
latência, mesmo quando cessa a exposição. Ex.: efeitos
carcinogênicos- latência 20-30 anos.
 Quanto à gravidade
◦ Efeitos reversíveis: desaparecem quando cessa a
exposição
◦ Efeitos irreversíveis: persistem mesmo após o
término da exposição. Ex.: carcinomas, mutações,
cirrose hepática
 Capacidade de recuperação
 Lesões hepáticas são geralmente reversíveis
 Lesões no SNC são, geralmente, irreversíveis
 Quanto à abrangência da lesão
◦ Locais: ocorrem no local do primeiro contato com o
AT.
 Pele e mucosas da boca, garganta olhos e trato respiratório.
 Ex.: gases irritantes (gás mostarda, NO2, cloro) e
lacrimogêneos
◦ Sistêmicos: exigem absorção e distribuição
◦ Existem substâncias que apresentam os dois tipos de
efeitos. Ex.: benzeno, chumbo tetraetila, etc.
 Quanto ao tipo de alteração provocada
◦ Efeitos morfológicos: mudanças micro e
macroscópicas na morfologia dos tecidos afetados.
Muitos são irreversíveis. Ex.: necrose, neoplasia
◦ Efeitos funcionais: normalmente mudanças
reversíveis nas funções dos órgãos-alvo. Geralmente
são detectadas antes das alterações morfológicas, ou
em menores doses.
◦ Efeitos bioquímicos: efeitos manifestam-se sem
modificações morfológicas aparentes. Ex.: inibição da
AChE por inseticidas organofosforados ou carbamatos.
 Quanto ao tipo de célula alterado
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Efeitos Tóxicos e Intoxicação

  • 2.  É um conjunto de efeitos nocivos representado pelos sinais e sintomas que revelam o desequilíbrio orgânico produzido pela interação do agente químico com o sistema biológico. Corresponde ao estado patológico provocado pelo agente tóxico, em decorrência de sua interação com o organismo. Efeito tóxicoEfeito tóxico == Dose da substânciaDose da substância ++ Tempo contatoTempo contato Suficientes para quebrar a homeostasia do organismoSuficientes para quebrar a homeostasia do organismo
  • 3.  Fase de Exposição: Contato do agente tóxico com o organismo.  Fase Toxicocinética: Interação do AT com o organismo. ◦ absorção, ◦ distribuição, ◦ armazenamento ◦ eliminação (biotransformação e excreção).  Fase Toxicodinâmica: Ação do AT no organismo. Atingindo o alvo, o AT interage biologicamente causando alterações morfológicas e funcionais, produzindo danos.  Fase Clínica: Manifestação clínica dos efeitos resultantes da ação tóxica. Sinais e sintomas que caracterizam o efeito tóxico e evidenciam a intoxicação.
  • 4.  Exposição é a medida do contato entre o AT e a superfície corpórea do organismo.  Sua intensidade e a velocidade de aparecimento dos efeitos dependem de fatores, tais como:  i) Via ou local de exposição: As principais vias de exposição, através das quais os AT são introduzidos no organismo são: ◦ via gastrintestinal (ingestão) ◦ via pulmonar (inalação)* ◦ via cutânea (contato)* ◦ Parenteral (menos importante) endovenosa > pulmonar > intraperitoneal > sub- cutânea > intra muscular > intra-dérmica > oral > cutânea
  • 5.  ii) Duração e frequência da exposição: são importantes na determinação do efeito tóxico, assim como na sua intensidade.  Classificação quanto à duração da exposição: ◦ Aguda: exposição única ou múltipla que ocorra em um período máximo de 24 horas ◦ Sub-aguda: aquela que ocorre durante algumas semanas (até 1 mês) ◦ Sub-crônica: aquela que ocorre durante alguns meses (geralmente entre 1 e 3 meses) ◦ Crônica: ocorre por um tempo maior do que 3 meses.  Frequência - Doses fracionadas reduzem o efeito tóxico, caso a duração da exposição não seja aumentada. ◦ velocidade de eliminação// efeito tóxico revertido
  • 6.  Ação do organismo sobre o agente tóxico, procurando diminuir ou impedir a ação nociva da substância sobre ele.  É de grande importância, porque dela resulta a quantidade de AT disponível para reagir com o receptor biológico e exercer a ação tóxica.  É constituída dos seguintes processos: ◦ Absorção ◦ Distribuição ◦ Eliminação: biotransformação e excreção
  • 7.  2.1- Absorção: É a passagem do AT do meio externo para o meio interno, atravessando membranas biológicas. ◦ O meio externo na absorção pode ser o estômago, os alvéolos, o intestino, ou seja, dentro do organismo, mas fora da célula.  Existem três tipos de absorção mais importantes para a Toxicologia. ◦ Pelo trato gastrintestinal (TGI) ou Oral ◦ Cutânea ◦ Respiratória
  • 8.  Absorção pelo trato gastrintestinal (TGI) ou Oral ◦ Absorção desde a boca até o reto - difusão passiva ◦ Boca absorção   tempo de contato   para lipossolúveis (cocaína, estricnina, atropina) ◦  Absorção de substâncias no estado não ionizado  ácidos fracos em meio ácido (absorção na mucosa gástrica)  bases fracas em meio alcalino (absorção no intestino) ◦ Absorção por transporte ativo  Chumbo e Tálio (sistemas transportadores do Cálcio e do Ferro)
  • 9.  Absorção Cutânea ◦ A pele íntegra é uma barreira efetiva contra a penetração de substâncias químicas exógenas. ◦ Alguns xenobióticos podem sofrer absorção cutânea, (anatomia, propriedades fisiológicas e propriedades físico-químicas dos agentes.
  • 10.  Tipos de absorção cutânea: ◦ Absorção transepidérmica ◦ Absorção transfolicular
  • 11.  Absorção pelo trato respiratório ◦ A via respiratória é a via de maior importância para Toxicologia Ocupacional. ◦ A maioria das intoxicações Ocupacionais é decorrente da aspiração de substâncias contidas no ar ambiental. ◦  fluxo sanguíneo no local ◦ As substâncias poderão sofrer absorção em dois locais:  Vias aéreas superiores  Alvéolos ◦ Agentes absorvidos pelo trato respiratório:  Gases, vapores e os aerodispersóides.
  • 12.
  • 13.  Gases e Vapores  Vias aéreas superiores ◦ Não recebe muita atenção ◦ É importante por reter algumas substâncias ◦ Influenciada pela HIDROssolubilidade – umidade das mucosas é favorável ◦ Nem sempre é sinônimo de proteção - Possibilidade de hidrólise química = compostos nocivos. - Ex.: dióxido de enxofre (SO2) + H2O → ácido sulfúrico. - Efeitos irritantes e favorecimento da absorção destes ou de outros agentes pela mucosa lesada.
  • 14. ◦ “Barreira” Placentária: proteger o feto contra a passagem de substâncias nocivas provenientes do organismo materno  Troca de nutrientes e gases, como O2, CO2 – processo ativo  Entrada de AT – difusão passiva  A placenta não representa uma barreira protetora efetiva contra a entrada de substâncias estranhas na circulação fetal  Mecanismos de biotransformação que podem prevenir a passagem placentária de alguns xenobióticos.
  • 15.  2.2- Armazenamento: Os agentes tóxicos podem ser armazenados no organismo, especialmente em dois tecidos distintos: ◦ Tecido adiposo: lipossolubilidade - transporte por membranas  Xenobióticos armazenados - dissolução física nas gorduras neutras do tecido. ◦ Tecido Ósseo: Tecido relativamente inertem mas serve como local de armazenamento de AT inorgânicos.  Reação entre o AT e a matriz inorgânica do osso.  Ex.: flúor, chumbo e estrôncio.  Liberação gradativa para a corrente sanguínea
  • 16.  2.4- Eliminação: É composta de dois processos: a biotransformação e a excreção. ◦ Biotransformação: Conjunto de alterações que um agente químico sofre no organismo, visando aumentar sua polaridade e facilitar sua excreção.  Mecanismo de defesa  Maioria das substâncias (endógenas ou exógenas) - biotransformadas no fígado  A biotransformação pode ocorrer através de dois mecanismos:  i) Ativação: Produz metabólitos com atividade igual ou maior do que o precursor - pode aumentar a toxicidade da substância.  ii) Desativação: Produto resultante é menos ativo (tóxico) que o precursor - mais comum para os xenobióticos.
  • 17. ◦ Excreção: Pode ser vista como um processo inverso ao da absorção - fatores que influem na entrada do xenobiótico podem dificultar a saída.  Muitas vezes, denominado Eliminação, embora pelo conceito atual a eliminação inclui também o processo de biotransformação.  Existem três classes de excreção:  i) Secreções: tais como a biliar, sudorípara, lacrimal, gástrica, salivar, láctea.  ii) Excreções: urina, fezes e catarro.  iii) Ar expirado
  • 18. ◦ Outras secreções:  Secreção sudorípara: Conhecida há muitos anos. Ex.: iodo, bromo, ácido benzóico, ácido salicílico, chumbo, arsênio, álcool, etc.  Difusão passiva – pode causar dermatites em indivíduos suscetíveis  Secreção salivar: É significativa para alguns xenobióticos.  Lipossolúveis - difusão passiva / hidrossolúveis – filtração  Secreção láctea: Ingestão por recém-nascidos. Ex.: morfina, álcool, etc.  Lipossolúveis - difusão passiva do sangue para o leite
  • 19.  Exteriorização dos efeitos do agente tóxico, ou seja, o aparecimento de sinais e sintomas da intoxicação ou alterações laboratoriais causadas pela substância química.
  • 20.  4.1- Classificação dos efeitos tóxicos  Quanto ao tempo de aparecimento dos sintomas ◦ Efeitos Imediatos ou agudos: aparecem imediatamente após uma exposição única (24 horas) - graves. ◦ Efeitos crônicos: exposição a pequenas doses - vários meses ou anos. Podem advir de dois mecanismos:  i) Somatória ou Acúmulo do AT: velocidade de eliminação < que a de absorção - AT se acumula - nível tóxico.  ii) Somatória de Efeitos: dano irreversível, sendo aumentado a cada exposição - nível detectável; ou dano reversível, com tempo entre as exposições insuficiente para a recuperação do organismo. ◦ Efeitos retardados: só ocorrem após um período de latência, mesmo quando cessa a exposição. Ex.: efeitos carcinogênicos- latência 20-30 anos.
  • 21.  Quanto à gravidade ◦ Efeitos reversíveis: desaparecem quando cessa a exposição ◦ Efeitos irreversíveis: persistem mesmo após o término da exposição. Ex.: carcinomas, mutações, cirrose hepática  Capacidade de recuperação  Lesões hepáticas são geralmente reversíveis  Lesões no SNC são, geralmente, irreversíveis  Quanto à abrangência da lesão ◦ Locais: ocorrem no local do primeiro contato com o AT.  Pele e mucosas da boca, garganta olhos e trato respiratório.  Ex.: gases irritantes (gás mostarda, NO2, cloro) e lacrimogêneos ◦ Sistêmicos: exigem absorção e distribuição ◦ Existem substâncias que apresentam os dois tipos de efeitos. Ex.: benzeno, chumbo tetraetila, etc.
  • 22.  Quanto ao tipo de alteração provocada ◦ Efeitos morfológicos: mudanças micro e macroscópicas na morfologia dos tecidos afetados. Muitos são irreversíveis. Ex.: necrose, neoplasia ◦ Efeitos funcionais: normalmente mudanças reversíveis nas funções dos órgãos-alvo. Geralmente são detectadas antes das alterações morfológicas, ou em menores doses. ◦ Efeitos bioquímicos: efeitos manifestam-se sem modificações morfológicas aparentes. Ex.: inibição da AChE por inseticidas organofosforados ou carbamatos.  Quanto ao tipo de célula alterado ◦ Efeitos somáticos: afetam uma ou mais funções vegetativas do indivíduo ◦ Efeitos germinativos: perturbações nas funções de reprodução - integridade dos descendentes e desenvolvimento de tumores.